0 Blog do Rodrigo - 1000 dias

Blog do Rodrigo - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão

paises

Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Argentina Há 2 anos: Argentina

Chegamos à Nicarágua!

Nicarágua, San Juan Del Sur

Surfistas aproveitam o belo fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Surfistas aproveitam o belo fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


A Nicarágua, de certa forma, fez parte da minha infância e formação. Ainda com nove anos de idade, começava a assistir com um pouco mais de atenção o Jornal Nacional. Notícias de economia ainda não me interessavam, mas o noticiário internacional, principalmente o de guerra, esse sim já era um ímã para minha imaginação.

Painel em casa na cidade de San Juan del Sur, na Nicarágua

Painel em casa na cidade de San Juan del Sur, na Nicarágua


Pois bem, o ano era 1979 e a sangrenta e odiosa ditadura da dinastia Somoza vivia seus extertores. Desde a década de 30 que pai e filhos governavam o pequeno país da América Central com mãos de ferro, saqueando as finanças da nação e deixando seus habitantes na penúria. A guerrilha sandinista, agora com o apoio das correntes de centro cansadas de tentar apear o ditador por vias pacíficas, ameaçava tomar conta do país. O que ainda segurava o tirano era o apoio financeiro americano. Aí, veio o golpe de morte: um jornalista americano da rede de TV ABC foi assassinado à sangue frio, na frente das câmeras, com um tiro na cabeça, desferido por um soldado do regime. A imagem dele se ajoelhando e depois deitando em um posto de controle da Guarda Nacional para, covardemente, levar o tiro fatal, tudo filmado secretamente pelo seu cinegrafista, correu o mundo. No Brasil, a voz grave do Cid Moreira narrou o fato enquanto a imagem era passada e repassada em câmara lenta, para nunca mais sair da memória da jovem criança que assistia o Jornal Nacional. Nos EUA, seu efeito foi muito mais devastador (para o governo Somoza!). A opinião pública passou a odiá-lo e não havia mais quem o defendesse. Poucos meses depois, caía o seu governo, com 40 anos de atraso. Exilou-se no Paraguai de Strossner para, poucos anos depois, ser morto com um tiro de bazuca num atentado feito por agentes sandinistas e organizado pela KGB. Poucas lágrimas foram derrubadas...

Rua de  San Juan del Sur, na Nicarágua

Rua de San Juan del Sur, na Nicarágua


Os sandinistas assumiram o poder do país num governo de coalizão, mas a paz não durou muito. Com a saída das correntes de centro da aliança e a chegada ao poder nos EUA dos republicanos de Reagan, obcecados em vencer a Guerra Fria (o que, eventualmente, conseguiram!), uma nova guerrilha passou a operar no país. Durante toda a década de 80, os "Contras", operando desde Honduras e Costa Rica e financiados pelos EUA, combateram o governo sandinista, apoiado por Cuba e URSS. A paz só chegou na década de 90, com o fim da URSS e da Guerra Fria e de eleições que tiraram os sandinistas do poder. Pouco mais de 10 anos mais tarde eles voltaram, agora chavistas e dessa vez por vias democráticas, e daí não sairam mais, depois de reformar a constituição para possibilitar reeleições repetidas.

Igreja decorada para o natal em San Juan del Sur, na Nicarágua

Igreja decorada para o natal em San Juan del Sur, na Nicarágua


Essa imagem de um país em guerra de certa forma marcou e ainda marca a Nicarágua. Com isso, o turismo se afastou e é nítida essa diferença quando se cruza o país vindo da popular Costa Rica. Mas, para quem gosta de algo mais autêntico e também cheio de belezas, o país é o destino perfeito. Belas praias, vulcões imponentes, povo hospitaleiro, sensação de segurança, preços módicos e menos turistas. Era a América Central que estávamos procurando!

Praia do centro de San Juan del Sur, na Nicarágua

Praia do centro de San Juan del Sur, na Nicarágua


A passagem pela fronteira em Peñas Blancas, na rodovia panamericana, foi bem tranquila. Por enquanto ainda não experimentamos aquele "caos" que dizem ser as fronteiras aqui do centro da América. Mas ainda não podemos cantar vitória, claro! Pela frente, Honduras e El Salvador ainda nos esperam...

Praia Marseille em San Juan del Sur, na Nicarágua

Praia Marseille em San Juan del Sur, na Nicarágua


Saímos de lá já no escuro, afinal tínhamos começado o dia fazendo trekking para o Rio Sereno, ainda na Costa Rica (post anterior) e só saímos do Parque Nacional Tenorio depois da uma da tarde. A luz do dia tem acabado antes das 17:30 e isso promete piorar, já que estamos indo mais para o norte e o inverno vem chegando. Enfim, mais uma vez, entramos num país já no escuro, assim como tinha sido na Costa Rica. Esperemos que isso não se torne um padrão! Felizmente, a primeira parada era logo ali, pouco mais de meia hora de estrada.

Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


Estou falando da cidade costeira (Oceano Pacífico) de San Juan del Sur. É a mais concorrida região de praias da Nicarágua, principamente por mochileiros e surfistas do mundo todo. Achamos um hotel bem gostoso, fomos passear na praça com sua igreja já decorada para o natal e comemos uma pizza num restaurante italiano.

Nadando na praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Nadando na praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


Hoje pela manhã deu para ver melhor a cidade. Bem pacata, ruas tranquilas e simpáticas, dezenas de opções de hospedagem, algumas absolutamente lotadas de mochileiros. A praia do centro é uma baía de águas calmas repleta de pequenos barcos. Mas as praias mais procuradas ficam mais ao norte, 10 km de estradas de terra até lá. Os mochileiros e surfistas lotam camionetes e taxis para chegar até lá, mas nós temos a nossa amiga Fiona para nos levar.

Passeando na bela praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Passeando na bela praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


As praias de Marsella e Madeira são muito bonitas, grandes formações rochosas ao fundo e faixas de areia boas para caminhar na maré baixa. Já na maré alta, aí sim as ondas aparecem e, com elas, legiões de surfistas, boa parte deles ainda em fase de aprendizagem. Em frente à praia, o arquétipo mais bem acabado de um hostal para surfistas, dezenas de pranchas penduradas em sua varanda e saindo por suas janelas. O hostal é muito concorrido e os que não conseguem vaga ali tem de se resignar em ficar no centro mesmo e repartir um taxi diariamente para lá.

Observando os surfistas no fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Observando os surfistas no fim de tarde em praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


A gente já ficou bem feliz foi em tomar uma cerveja por lá e admirar o fim de tarde na praia, nós e uma galera de surfistas e houlies. Clima descontraído total, sensação de paz e boa vida pairando pelo ar. Impossível imaginar que esse país já passou por tantas guerras...

Fim de tarde em Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua

Fim de tarde em Praia Madero, em San Juan del Sur, na Nicarágua


Bom, tínhamos experimentado duas das grandes atrações da cidade: suas praias e esse clima de surf town. Faltava a terceira, as suas tartarugas. Uma praia um pouco ao sul de San juan del Sur atrai milhares e milhares de tartarugas na época de desova. Justo agora! É um programa noturno e para lá iremos hoje bem de noite. A desova de tartarugas nos escapou no Brasil, na Guiana Francesa e em alguma ilha caribenha. Mas não nos escapará aqui, na Nicarágua!

A Fiona também vai `praia em em San Juan del Sur, na Nicarágua

A Fiona também vai `praia em em San Juan del Sur, na Nicarágua

Nicarágua, San Juan Del Sur, Costa Rica, Peñas Blancas, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

O Último Dia em Yellowstone

Estados Unidos, Wyoming, Yellowstone National Park, Montana, West Yellowstone

Bisões, símbolo do Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Bisões, símbolo do Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Começamos o dia de hoje como havíamos feito ontem: do mesmo lugar onde tínhamos parado no dia anterior. A diferença foi que, dessa vez, saímos de mala e cuia do nosso simpático hotel na pequena West Yellowstone, na entrada do parque voltada ao estado de Montana. A ideia era, depois da programação no parque, já seguir para o norte, na direção do Glacier National Park, nosso próximo destino, já na fronteira com o Canadá.

A Upper Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

A Upper Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Escadaria para o mirante das Lower Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Escadaria para o mirante das Lower Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Assim, como havíamos terminado o dia de ontem no fantástico Grand Canyon of Yellowstone, foi para lá que seguimos. O lugar é tão lindo que faríamos tudo de novo com prazer. Mas o que queríamos mesmo era ir aos mirantes onde não havíamos estado, além de poder ver aquela maravilha da natureza iluminada com o sol da manhã, ao invés daquela luz do fim de tarde.

as magníficas Lower Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

as magníficas Lower Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Hoje fomos ao outro lado do rio (os americanos colocam estradas e trilhas em todos os lados possíveis) e pudemos ver mais de perto as Upper Falls, que ontem só tínhamos visto de bem longe. Mas, mais legal ainda, foi poder descer as centenas de degraus de uma escada de metal pendurada nas encostas do canyon para poder ver, quase de frente, as imponentes Lower Falls.

No mirante das Lower Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

No mirante das Lower Falls, no Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Por fim, seguimos para o mais famoso dos mirantes, o “Artist Point”, de onde se tem uma visão ampla do canyon amarelo com a cachoeira ao fundo. O nome do mirante vem dos incontáveis pintores que já passaram por ali, tentando retratar aquela paisagem impressionante que se tem diante dos olhos. Nós, mais modernos e menos pretensiosos, tentamos “retratar” mesmo com a nossa Nikon. Fica menos artístico da nossa parte, mas deixamos toda a arte nas mãos da natureza. E que natureza!

Uma verdadeira pintura, o Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Uma verdadeira pintura, o Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Após esses momentos de puro êxtase visual, seguimos em frente pelas estradas do parque, explorando a parte norte de Yellowstone. É uma área menos visitada por turistas e, por isso mesmo, com mais chances de ver animais. Dito e feito, lá estavam os bisões, em diversas manadas.

Manada de bisões no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Manada de bisões no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Bisão entra na frente da Fiona no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Bisão entra na frente da Fiona no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Algo faz bem ao nosso espírito quando vemos esses grandes animais vagando pelos campos, tranquilamente, aqui em Yellowstone. A mesma imagem que se via há milhares de anos, é como se voltássemos ao passado. Eles parecem combinar muito mais com a paisagem do que os carros e turistas que se movimentam pelas estradas. Aqui, pelo menos, são eles que tem a preferência e hoje, por mais de uma vez, fomos testemunhas de grandes grupos de bisões cruzando as pistas de rodagem enquanto carros e turistas aguardavam, pacientemente e com suas máquinas fotográficas em ação, que eles voltassem para a relva.

Tronco de Redwood petrificado há 30 milhões de anos, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Tronco de Redwood petrificado há 30 milhões de anos, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Outro ponto visitado (parece que as atrações de Yellowstone não tem fim!) foi a da floresta petrificada. Na verdade, é uma floresta de uma árvore só, uma Redwood, parente daquelas árvores da Califórnia que são as mais altas do mundo. Essa daqui vivia muito bem até 30 milhões de anos atrás, quando foi enterrada por uma erupção vulcânica. Não foi uma super erupção, pois essas só começaram há dois milhões de anos, nesta área. Uma erupção “normal”, o bastante para soterrar rapidamente toda uma floresta de árvores gigantes. Algumas acabaram se fossilizando e, quando foram descobertas, eram três exemplares, há cerca de 100 anos. Dois deles se foram, graças aos caçadores de relíquias e lembranças. A última foi protegida, pelo exército e por uma grande cerca, e continua de pé, como se ainda fosse nova. Nós já estivemos em outros lugares admirando árvores petrificadas, mas esta foi a primeira que vimos na sua posição original, ainda plantada ao chão. Sem folhas ou galhos, apenas a parte de baixo do tronco, parece que foi incendiada há poucos meses, e não que tenha sido vítima de um vulcão há 30 milhões de anos. Impressionante!

Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Algumas poucas cachoeiras depois e chegamos na última grande atração do parque que ainda não havíamos visitado, a Mammouth Springs. O nome vem do grande tamanho dessa fontes termais que construíram, literalmente, uma montanha de terraços de calcita. Para nós, acostumados a ver essas formações em cavernas, foi impressionante ver algo desse porte.

Incríveis terraços de calcita na região das Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Incríveis terraços de calcita na região das Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


A paisagem das gigantescas Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

A paisagem das gigantescas Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Novamente, o que chama a atenção são as cores fortes da paisagem. Amarelo, vermelho e branco formam um caleidoscópio de cores bem definidas nos diversos andares de terrações, alguns formados nos últimos meses, outros nos últimos anos e outros ao longo dos últimos séculos. As fontes mudam constantemente de lugar, criando novos terraços e deixando outros secos. A vegetação avança sobre os antigos, mas perece onde crescem os novos. Como tudo em Yellowstone, um incansável processo de nascimento, crescimento, morte e renovação, seja da vida, seja da geologia. Difícil imaginar algum outro lugar do planeta onde esse processo fique mais claro.

A impressionante paisagem de Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

A impressionante paisagem de Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Novas fontes termais matam árvores em Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Novas fontes termais matam árvores em Mammouth Springs, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos


Agora, já no final da tarde, deixamos esse parque espetacular e o belo estado de Wyoming para trás. É o típico do lugar que tenho aquela forte sensação de que, um dia, voltaremos. Seja com os filhos, netos ou sós. Aliás, Yellowstone é um lugar que todas as pessoas deveriam ver antes de morrer. Como dizem em inglês: “A must see destination”

Feliz e impressionado com o Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Feliz e impressionado com o Grand Canyon of Yellowstone, no Yellowstone National Park, no Wyoming, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Wyoming, Yellowstone National Park, Montana, West Yellowstone, Bichos, Canyon, Parque, trilha

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Vila Rica

Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto

Visão do centro histórico de Ouro Preto - MG

Visão do centro histórico de Ouro Preto - MG


Deixamos a Pousada da Serrinha depois de sermos muito bem tratados pela Cris e seguimos para a vizinha Ouro Preto, a cidade mais rica e movimentada do Brasil e do continente durante todo o séc. XVIII. Não é à tôa que tinha o nome de Vila Rica.

Pousada da Serrinha, em Mariana - MG, com a Cris

Pousada da Serrinha, em Mariana - MG, com a Cris


No finalzinho do século anterior, por volta de 1695, foi descoberto ouro em grandes quantidades em um dos rios da região. Era a tão esperada notícia por Portugal por quase 200 anos! Antes tarde do que nunca. Em pouquíssimo tempo a notícia se espalhou pelo reino, pela colônia e até para outros países, atraindo aventureiros em busca de riqueza rápida de todos os cantos. A situação foi tal que a colônia ficou despovoada em outros lugares e superpovoada na região de Vila Rica. Também de Portugal vieram dezenas de milhares de pessoas. Esse rápido e forte fluxo migratório para uma região sem a menor infraestrutura fez com que pessoas com bolsos abarrotados de ouro morressem de fome, já que simplesmente não havia alimentos para todos. Causou também a Guerra dos Emboabas, entre paulistas e portuguêses, todos disputando os melhores pontos de lavras e garimpos. Minas virou uma terra sem lei onde valia a lei do mais forte. Muito pior que o faroeste americano de cem anos mais tarde.

Uma das igrejas em Ouro Preto - MG, com o Pico do Itacolomi ao fundo

Uma das igrejas em Ouro Preto - MG, com o Pico do Itacolomi ao fundo


Aos poucos, o Estado foi ocupando seus espaços, organizando a produção e, principamente, coletando seus impostos. O ouro extraído de Minas sustentou Portugal pelo século seguinte, causou uma inflação mundial e foi parar no bolso da burquesia inglêsa, abrindo caminho para a revolução industrial.

A famosa igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto - MG

A famosa igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto - MG


Aqui no Brasil, e principalmente nas cidades da região, toda essa riqueza ajudou a construir belas igrejas e criar e fortalecer uma classe média ávida por cultura e liberdade. Escolas foram criadas, assim como teatros e obras de infraestrutura.

Detalhe da fachada da igraja de S. Francisco de Assis, obra de Aleijadinho, em Ouro Preto - MG

Detalhe da fachada da igraja de S. Francisco de Assis, obra de Aleijadinho, em Ouro Preto - MG


O ouro acabou, o Brasil ganhou sua independência e Ouro Preto entrou em lento processo de decadência. Uma decadência meio charmosa, eu diria, Continuou a atrair escritores, estudantes, poetas e outros boêmios. Tinha uma vida vibrante cem anos após o fim do ciclo do ouro e ainda hoje é conhecida pelas suas festas e repúblicas de estudantes. E, claro, pelo patrimônio cultural e arquitetônico que abriga.

As famosas 'repúblicas' de Ouro Preto - MG

As famosas "repúblicas" de Ouro Preto - MG


Foi essa Ouro Preto que eu fui passear com a Ana. Igrejas, ladeiras, largos e o delicioso restaurante do Passo onde almoçamos como reis, atrasando nossa saída para Tiradentes. A viagem que era para ser feita de dia, foi quase toda de noite mesmo.

Cerveja Teresópolis, em Ouro Preto - MG

Cerveja Teresópolis, em Ouro Preto - MG


Sempre que visito Ouro Preto, ou a saudosa Vila Rica, desde os tempos em que lá estive numa festa do Doze (festa anual realizada em 12 de Outubro), presto homenagem a um parente longíncuo. Acho que seu nome era Pedro. Era o irmão mais velho do meu bisavô e primogênito do meu abastado trisavô. Foi para Ouro Preto em fins do séc XIX, estudar. Época áurea da terceira fase do romantismo, quando a boemia era valorizada ao máximo. A cidade era um celeiro de poetas. Imagino a vida que teve por ali. Deve ter sido intensa. Terminou como a maioria dos poetas daquela época, pego pela combinação fatal da tuberculose com a boemia. Fico só imaginando a Vila Rica daqueles dias...

Admirando Ouro Preto - MG

Admirando Ouro Preto - MG

Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto,

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Em Teresina

Brasil, Piauí, Teresina

Monumento no encontro dos rios, em Teresina - PI

Monumento no encontro dos rios, em Teresina - PI


Depois da balada de ontem, difícil foi sair da cama. O horário limite do café da manhã do hotel foi um bom estímulo mas o ar condicionado do quarto também foi um estímulo para que voltássemos. Enfim, demorou para colocarmos o pé para fora do hotel...

Mas conseguimos! E fomos direto para uma das maiores atrações turísticas da cidade, o encontro dos rios Poty e Parnaíba. Suas águas tem cores diferentes e a mistura demora a acontecer. Não chega a ser aquele espetáculo lá de Manaus, encontro do Solimões com o Negro, mas não deixa de ter seu encanto.

Encontro dos rios Parnaíba e Poty, em Teresina - PI

Encontro dos rios Parnaíba e Poty, em Teresina - PI


Bem neste lugar está ancorado um barco transformado em restaurante. É conhecido como o "Restaurante Flutuante" e serve, claro, comida própria do rio. O bolinho de peixe estava uma delícia! Logo na primeira mordida a Ana exclamou: "Nossa! Esse é de peixe mesmo! Não aquela coisa que comemos por aí..." Ficamos ali, admirando o movimento, vendo as águas passarem e lendo um pouco sobre a história da cidade.

Almoço no Restaurante Flutuante, em Teresina - PI

Almoço no Restaurante Flutuante, em Teresina - PI


Teresina foi a primeira cidade planejada do Brasil, fundada na metade do séc XIX. Nasceu para ser a nova capital, no lugar da histórica Oeiras. Seu nome é uma homenagem à esposa de D. Pedro II, Tereza Cristina. A cidade não tem um centro compacto, floresta de prédios. Ao contrário, é bem espalhada ao longo dos dois rios que agora víamos.

O Restaurante Flutuante, em Teresina - PI

O Restaurante Flutuante, em Teresina - PI


Por estar longe do litoral e sem grandes belezas naturais, Teresina nunca teve grande vocação para o turismo recreacional. Ao contrário, especializou-se no "turismo de negócios". E também transformou-se num centro de excelência médico regional. Nosso hotel, por exemplo, era bem no meio de uma área cheia de hospitais, clínicas especializadas e muitas, muitas farmácias!

A vantagem disso é que temos um povo bem mais autêntico que nas outras capitais nordestinas. Não estão ali para nos agradar ou vender mercadorias ou passeios de bugue com emoção. Estão ali vivendo suas vidas, seu dia-a-dia normal. De alguma maneira, isso os torna mais verdadeiros. Trataram-me como um igual e não como um turista. Bem, isso foi no meu caso. Já a Ana, uma loira de 1,80... acho que chamava mais a atenção. Mas também não era tratada como turista. Era como se fosse uma extra-terrestre. Hehehehe

Artesanato em Teresina - PI

Artesanato em Teresina - PI


Do restaurante seguimos para a Floresta Petrificada, um conjunto de fósseis de árvores com quase 200 milhões de anos. Fica ao lado do rio Poty, bem perto do shopping Teresina. Ficamos meio decepcionados com a infraestrutura do lugar. Uma atração dessa tinha de ser mais valorizada! Com algum custo, achamos algumas das árvores e tiramos fotos. Mas, painéis informativos, não achamos nenhum. Será que não fomos no lugar certo?

A Floresta Petrificada, em Teresina - PI

A Floresta Petrificada, em Teresina - PI


Por fim, ninguém é de ferro e pegamos um cineminha no shopping. Um pouco da vida local não faz mal a ninguém! De lá para o hotel e para nossa deliciosa caminha com ar condicionado. Amanhã, temos longa viagem para Parnaíba, com passagens pelos campos do Jenipapo e pela cachoeira do Urubu. Em Teresina, só foi pena não termos conhecido o "Nós e Elis". Não foi culpa nossa, entretanto. Este é o nome de um bar que marcou época na cidade, nas décadas de 80 e 90. A Ana devorou um livro sobre ele e era como se nós o conhecêssemos.. Sabe aquele lugar que morremos de saudade sem nunca termos conhecido? Pois é... Vai continuar assim. No seu lugar e em sua homenagem, a gente se divertiu no Planeta Diário. Bem, é assim que funciona. Bares vem e vão. E nós também. Viemos, e amanhã, vamos.

Caminhando em parque de Teresina - PI

Caminhando em parque de Teresina - PI

Brasil, Piauí, Teresina,

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Mangue Seco e a

Brasil, Ceará, Jericoacoara

Na duna do pôr-do-sol, em Jericoacoara - CE

Na duna do pôr-do-sol, em Jericoacoara - CE


Hoje foi mais uma daquelas raras ocasiões da viagem em que eu e a Ana nos separamos. Infelizmente, algo que ela tomou ou comeu não lhe fez muito bem. Aparentemente, é a mesma coisa que pegou muita gente daqui. Ontem de noite, ela jásaiu meio no sacrifício. Tudo por um bom vinho e um brinde à sogra querida. Mas hoje, melhor ficar na pousada descansando.

Longa praia no caminho para o Mangue Seco, em Jericoacoara - CE

Longa praia no caminho para o Mangue Seco, em Jericoacoara - CE


Assim, enquanto ela repousava, eu fui caminhando até Mangue Seco, uma pequena comunidade próxima à Jericoacoara. São uns 6 km pela praia, mais 1,5 km trilha adentro. Eu tinha feito este caminho na minha última vez por aqui, há sete anos.

AS dunas e os serrotes de Jericoacoara - CE

AS dunas e os serrotes de Jericoacoara - CE


A praia estava magnífica. Maré baixa, dia ensolarado, brisa agradável. Vinte minutos de caminhada e as pessoas já ficaram para trás. Estou só naquela praia linda toda rodeada de enormes dunas de areias brancas. Mas a solidão é momentânea. De quando em quando passam bugues indo ou voltando de Tatajuba. Com uma hora de caminhada, com direito à pausas para fotos, cheguei à pequena e simpática barraca na praia que marca o ponto onde deve-se entrar para o interior, mangue adentro. Na barraca, ótima conversa, sombra e cerveja gelada. Quem pode pedir mais? É, na verdade eu posso. Fico o tempo todo imaginando que a Ana adoraria estar lá, participando da conversa com Seu Manuelzinho, dono da barraca e sábio pescador. Ele me conta coisas sobre o mar, as dunas e a antiga Jericoacoara. Comigo dando pilha com minha curiosidade infinita, a conversa vai longe.

A lagoa de Mangue Seco está quase seca! (em Jericoacoara - CE)

A lagoa de Mangue Seco está quase seca! (em Jericoacoara - CE)


Mas eu deixo um pouco para a volta. Sigo a trilha, passo pela ponte que agora possibilita o acesso de carros e nos evita pisar na lama e chego na comunidade. A deliciosa lagoa, onde eu havia nadado quando estive aqui, está quase seca. Começa a encher agora, com as chuvas. Não me animo e deixo meu mergulho para o mar, que estava bem mais apetitoso.

Subindo a duna do pôr-do-sol no fim de tarde em Jericoacoara - CE

Subindo a duna do pôr-do-sol no fim de tarde em Jericoacoara - CE


Subindo a duna do pôr-do-sol no fim de tarde em Jericoacoara - CE

Subindo a duna do pôr-do-sol no fim de tarde em Jericoacoara - CE


Trilha de volta, mais cerveja e conversa das boas e agora a caminhada é em direção à Jeri, observando a duna do pôr-do-sol, suas irmãs e os serrotes logo atrás. Visual maravilhoso e inspirador. Dessa vez, ao invés de caminhar, corro. Assim, logo chego na pousada para encontrar minha amada recém-levantada, escrevendo. Recebe-me com um sorriso, Poucas horas já são o suficiente para nos causar saudades!

Na duna do pôr-do-sol, em Jericoacoara - CE

Na duna do pôr-do-sol, em Jericoacoara - CE


Na duna do pôr-do-sol, em Jericoacoara - CE

Na duna do pôr-do-sol, em Jericoacoara - CE


De tardezinha, seguimos para o topo da "duna". Há mais de uma nas redondezas, mas "a duna" é uma só. Para lá, todo santo dia, dezenas de pessoas seguem neste horário. Ali, além do pôr-do-sol, a gente vê o mar, pessoas do mundo inteiro, línguas diferentes e os rapazes locais se exibindo com suas técnicas de sand board. A tranquilidade paira no ar. Misturada com felicidade e simplicidade. Uma delícia!

Fim de tarde em Jericoacoara - CE

Fim de tarde em Jericoacoara - CE


Manobra radical na duna do pôr-do-sol em Jericoacoara - CE

Manobra radical na duna do pôr-do-sol em Jericoacoara - CE


A Ana até se animou para um banho de mar. Ótimo sinal! Afinal, amanhã ela tem de estar inteira para nosso novo desafio: uma longa caminhada pela praia até a vizinha Tatajuba, onde vamos dormir. Pouco peso para enfrentar os mais de 20 km até lá. Internet e notícias, só quando voltarmos. Isso tuco, claro, se ela acordar bem...

Pôr-do-sol em Jericoacoara - CE

Pôr-do-sol em Jericoacoara - CE


Pôr-do-sol na praia de Jericoacoara - CE

Pôr-do-sol na praia de Jericoacoara - CE

Brasil, Ceará, Jericoacoara, duna

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Esticando as Pernas em Villa O'Higgins

Chile, Villa OHiggins

Um belíssimo e verdejante bosque na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Um belíssimo e verdejante bosque na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Quem acompanha nossa viagem de perto sabe que, apesar de termos dirigido até o Alaska e a Terra do Fogo, o 1000dias é muito mais feito de pernas do que de rodas. Sim, foram mais de 160 mil quilômetros rodados até aqui, mas se toda essa quilometragem for distribuída ao longo da viagem, são cerca de 110 quilômetros por dia. Não é muito e há bastante gente que roda mais do que isso sem nunca sair de sua cidade ou estado, apenas na sua rotina diária de trabalho. Na média, isso significa, talvez, 1h 30min diários dentro da Fiona e o resto, fora dela! É onde os 1000dias realmente acontecem, conosco perambulando entre montanhas e florestas, praças e museus.

A cidade de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, vista do alto do parque Cerro Santiago (sul do Chile)

A cidade de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, vista do alto do parque Cerro Santiago (sul do Chile)


Caminhando pela praça central de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Caminhando pela praça central de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


Pois bem, digo isso porque os últimos 10 dias de nossa viagem foram bem atípicos nesse sentido. Desde nosso último dia cheio em Torres del Paine, exatamente na véspera de natal, que temos dirigido todos os dias. Fomos até a Terra do Fogo, cruzamos o sul da Argentina, entramos no Chile e chegamos à Carretera Austral sempre a bordo da nossa querida Fiona. Apenas em Punta Arenas e Ushuaia passamos mais de uma noite, mas mesmo nessas cidades, durante o dia cheio que nelas passamos, foi nosso carro que nos levou até o ponto extremo da América do Sul, na primeira, e ao Parque Nacional Tierra del Fuego, na segunda. Sim, caminhamos também, não só em Ushuaia como também no Bosque Petrificado ou nas passarelas de Caleta Tortel, mas a Fiona foi bastante usada todos esses dias. Enfim, uma correria, mas uma correria sobre rodas!

A charmosa e rústica arquitetuta de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

A charmosa e rústica arquitetuta de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


Embalado por cerveja, trabalhando um pouco no computador em nosso albergue em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Embalado por cerveja, trabalhando um pouco no computador em nosso albergue em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


Então, merecidamente, vimos a chance aqui em Villa O’Higgins de quebrar um pouco esse ritmo. Esticar as pernas de verdade e dar um descanso à Fiona. Não poderíamos escolher melhor lugar, pois a cidade que fica no extremo sul da Carretera Austral está circundada por uma natureza exuberante e quase virgem. Bosques, geleiras, rios, lagos e montanhas formam o entorno dessa cidade perdida no meio da patagônia chilena e que se autodenomina “a porta de entrada do Campo de Gelo Sul”. Pois é, nós já estivemos em outras “portas de entrada” desse enorme campo gelado, como El Chaltén e El Calafate, ambos do lado argentino. Mas aqui desse lado da fronteira, é mesmo Villa O’Higgins a principal via de acesso ao segundo maior banco de gelo do planeta fora das regiões polares.

Nosso albergue em Villa O'Higgins, também muito frequentado por ciclistas que viajam pela Carretera Austral, no sul do Chile

Nosso albergue em Villa O'Higgins, também muito frequentado por ciclistas que viajam pela Carretera Austral, no sul do Chile


Nosso albergue em Villa O'Higgins, também muito frequentado por ciclistas que viajam pela Carretera Austral, no sul do Chile

Nosso albergue em Villa O'Higgins, também muito frequentado por ciclistas que viajam pela Carretera Austral, no sul do Chile


Nós chegamos aqui no dia 2 às 21:00 e ainda aproveitamos a luz de fim de tarde (viva o dia “esticado” da patagônia!) para dirigir até o fim da estrada, alguns quilômetros ao sul de Villa O’Higgins. Foi só depois disso que viemos para a pequena cidade de 600 habitantes para nos instalar no aconchegante El Mosco Hostel. É um misto de albergue e hostel, muito popular com os ciclistas que fazem a travessia daqui para a Argentina, ou vice-versa. Tem quartos coletivos e para casais e infraestrutura para cozinharmos as próprias refeições. Todo em madeira, é uma delícia!

Despedida da Fili, proprietária da nossa casa em Villa O'Higgins, o Hostel Rio Mosco (sul do Chile)

Despedida da Fili, proprietária da nossa casa em Villa O'Higgins, o Hostel Rio Mosco (sul do Chile)


Despedida da Fili, proprietária da nossa casa em Villa O'Higgins, o Hostel Rio Mosco (sul do Chile)

Despedida da Fili, proprietária da nossa casa em Villa O'Higgins, o Hostel Rio Mosco (sul do Chile)


A dona do hostel é a simpaticíssima Fili e conversamos bastante com ela nessa noite e na manhã seguinte. Foi ela que nos indicou o excelente “Entre Patagones”, um restaurante delicioso que jamais imaginei encontrar nesse verdadeiro fim de mundo (no bom sentido!). Aí nos refestelamos com comida e vinho chilenos, nós e muitos dos viajantes de passagem por aqui. Todos celebrando estar no lugar onde estamos. Mas, voltando a Fili, foi ela também que nos deu um panorama geral da questão da Hidroaysen, as hidrelétricas que querem construir na região. Muito ponderada, nos mostrou prós e contras tentando não influenciar nossa própria opinião. Uma ótima e agradável conversa, um dos pontos altos de nossa estadia por aqui.

Mirante no alto do parque Cerro Santiago, em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Mirante no alto do parque Cerro Santiago, em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


A caminho do Glaciar do rio Mosco, perto de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

A caminho do Glaciar do rio Mosco, perto de Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


Foi também ela que nos orientou sobre os diversos trekkings existentes na região. Conforme já esperávamos, a caminhada até o Campo de Gelo Sul dura vários dias, tempo que infelizmente não dispomos. Vamos mesmo ter de voltar à patagônia algum dia só para conhecer essa que é uma das mais fascinantes e inexploradas regiões do mundo. Por outro lado, ela também deu várias dicas de caminhadas de apenas um dia pela região e foi assim que escolhemos o nosso trekking de hoje: uma trilha pelo vale do Rio Mosco até o glaciar onde nasce o rio. Certamente, não é uma trilha tão impressionante como o trekking até o Campo de Gelo, mas ainda sim mais belo do que a maioria das trilhas espalhadas pelo nosso continente.

Marcações na trilha para o Glaciar do rio Mosco, em Villa O'Higgins, no sul do Chile

Marcações na trilha para o Glaciar do rio Mosco, em Villa O'Higgins, no sul do Chile


Atravessando um bosque na trilha do Glaciar do rio Mosco, em Villa O'Higgins, no sul do Chile

Atravessando um bosque na trilha do Glaciar do rio Mosco, em Villa O'Higgins, no sul do Chile


Foi assim que, devidamente agasalhados e com sanduíches na mochila, saímos a caminhar hoje, primeiro pela própria cidade e depois subindo o vale do rio Mosco. O primeiro destino foi o Cerro Santiago, o parque municipal de Villa O’Higgins. Aí subimos um pequeno morro de onde temos belas vistas da cidade e ruas retas e ordenadas e construções baixas e de madeira. Era daí que partia a nossa trilha, devidamente sinalizada com tinta em árvores e pedras a cada 50 ou 100 metros.

Trecho aberto da trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Trecho aberto da trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Durante a caminhada para o Glaciar do Rio Mosco, uma visão do belo vale onde está Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Durante a caminhada para o Glaciar do Rio Mosco, uma visão do belo vale onde está Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


Durante a caminhada para o Glaciar do Rio Mosco, uma visão do belo vale onde está Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Durante a caminhada para o Glaciar do Rio Mosco, uma visão do belo vale onde está Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


Aqui ou ali, alguma bifurcação e a dúvida sobre por onde seguir. Principalmente no trecho inicial, ainda perto de fazendas e gado que cria suas próprias trilhas. Mas, aos poucos, fomos nos afastando da civilização e a trilha ficou bem clara ao cruzar bosques ou subir e descer encostas.

Na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, um mirante para o vale onde está  Villa O'Higgins, no sul do Chile

Na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, um mirante para o vale onde está Villa O'Higgins, no sul do Chile


Retornando à cidade depois de fazermos a trilha para o Glaciar do Rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Retornando à cidade depois de fazermos a trilha para o Glaciar do Rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Do ponto mais alto do caminho, tivemos uma belíssima visão do vale onde está Villa O’Higgins, desde a própria cidade até o lago onde chegamos ontem, ponto de término da Carretera Austral. Ao fundo, do outro lado do vale, as montanhas que escondem atrás de si o Campo de Gelo Sul. Um dia, chegamos lá... Já olhando para o outro lado, para a direção em que caminhávamos, as montanhas e o glaciar do Rio Mosco. Ele está longe de ser grande como os glaciares que nascem no Campo Sul, como o Viedma, o Grey ou o Perito Moreno, mas não deixa de ser uma visão impressionante, aquele rio de gelo pendurado entre as montanhas longínquas. Acho que brasileiros nunca vão se acostumar ou achar “normal” a visão de uma geleira. Mesmo nós que vimos tantas delas nesses últimos anos, no norte e no sul do nosso continente.

Um belíssimo e verdejante bosque na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Um belíssimo e verdejante bosque na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Um belíssimo e verdejante bosque na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Um belíssimo e verdejante bosque na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Dessa parte alta descemos para o vale criado pela própria geleira alguns milênios atrás, mas que hoje é percorrido apenas pelo rio de mesmo nome que nasce na sua linha de frente. A partir daí, entramos em bosques maravilhosos e por eles caminhamos durante horas, acompanhando as curvas do terreno e as curvas de nível. Muitos córregos e pequenas cascatas no caminho, mas o mais impressionante mesmo é o verde exuberante do bosque.

Encontrando o rio Mosco, na trilha que leva ao Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Encontrando o rio Mosco, na trilha que leva ao Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


No meio do bosque, o refúgio Puesto Rivera, na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

No meio do bosque, o refúgio Puesto Rivera, na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Chegando ao refúgio Puesto Rivera, na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Chegando ao refúgio Puesto Rivera, na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Por fim, chegamos à uma pequena casa de madeira no meio da floresta. Era o refúgio Puesto Rivera, nome que homenageia um dos pioneiros da região e que também usava essa mesma trilha que caminhamos hoje muito tempo atrás. Era um dos caminhos que levava à terras argentinas, do outro lado das montanhas. O refúgio é bem simples e rústico, mas convidativo o suficiente para lancharmos lá dentro. Não sei como seria passar a noite por ali, certamente algo entre o aventureiro e o amedrontador, o clima meio parecido com a Bruxa de Blair, principalmente no meio daquele bosque e totalmente longe da civilização.

Interior do refúgio Puesto Rivera, com direito até a chaminé para fazzer uma fogueira, na trilha para o glaciar do rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Interior do refúgio Puesto Rivera, com direito até a chaminé para fazzer uma fogueira, na trilha para o glaciar do rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Lanche para recuperar as energias, no refúgio Puesto Rivera, na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

Lanche para recuperar as energias, no refúgio Puesto Rivera, na trilha para o Glaciar do Rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Mas nossos planos nunca foram mesmo dormir ali. Continuamos um pouco mais adiante, até a beira do rio Mosco que agora corria ao nosso lado. Daí voltamos a ter uma vista mais ampla, o glaciar já bem mais perto de nós. Foi o ponto final da nossa trilha, já bastante satisfeitos com a esticada de pernas, com o ar puro ingerido, o contato com a natureza e a sensação total de liberdade. Hora de retornar.

O rio Mosco, na trilha que leva ao glaciar de mesmo nome, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

O rio Mosco, na trilha que leva ao glaciar de mesmo nome, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


O rio Mosco, que nasce no glaciar de mesmo nome, ao fundo, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

O rio Mosco, que nasce no glaciar de mesmo nome, ao fundo, na região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Poucas horas mais tarde e chegávamos ao hostel. Além de uma cama mais confortável e de mais calor humano do que no refúgio no meio da floresta, ali tínhamos material para um nutritivo jantar. Muito macarrão, cerveja gelada e o sempre bom e barato vinho nacional, uma das grandes vantagens de se estar no Chile. Podíamos não estar tão isolados como se estivéssemos ainda no Puesto Rivera, mas, mesmo assim, ficar bebericando aquele vinho numa varanda nessa cidade perdida no meio da patagônia chilena entre ciclistas de todo o mundo foi mais do que o suficiente para saciar nossos “instintos selvagens”.

O Glaciar do Rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile

O Glaciar do Rio Mosco, região de Villa O'Higgins, no sul do Chile


Fim de tarde e de caminhada, hora de merecido lanche acompanhado de vinho e cerveja no nosso albergue em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Fim de tarde e de caminhada, hora de merecido lanche acompanhado de vinho e cerveja no nosso albergue em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile


A Fiona ganhou seu dia de descanso, assim como nossos corações e espíritos. Apenas quem se cansou foram as pernas, mas o motivo foi justo, hehehe. Amanhã, elas terão seu descanso, já que retomaremos a estrada. Dessa vez, rumo ao norte. Para nós, a Carretera Austral começa aqui e agora e seu final está a 1.250 km ao norte, lá na distante Puerto Montt. Será uma viagem e tanto...

Fim de tarde e de caminhada, hora de merecido lanche acompanhado de vinho e cerveja no nosso albergue em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Fim de tarde e de caminhada, hora de merecido lanche acompanhado de vinho e cerveja no nosso albergue em Villa O'Higgins, última cidade da Carretera Austral, no sul do Chile

Chile, Villa OHiggins, Carretera Austral, geleira, Patagônia, Trekking, trilha

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Chegando em San Blás

Panamá, San Blás

Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


As longas horas de navegação entre Cartagena, na Colômbia, e as ilhas de San Blás, na costa panamenha, não foram das mais fáceis. Especialmente para quem enjôa no mar, o que não é, felizmente, o meu caso. Mas é o caso da Ana e de alguns outras passageiros, que se mantém vivos à custo de muitas pílulas para enjôo.

Nosso quarto no veleiro que nos levou à San Blás, na costa do Panamá

Nosso quarto no veleiro que nos levou à San Blás, na costa do Panamá


Vista a partir do nosso quarto da parte interna do veleiro que nos levou da Colômbia para o Panamá

Vista a partir do nosso quarto da parte interna do veleiro que nos levou da Colômbia para o Panamá


O Lycka, nosso veleiro, é meio pequeno para as 8 pessoas que nele navegam. Mas, por apenas cinco dias, três deles no paraíso, a gente dá um jeito! Eu e a Ana ficamos com um quarto na ponta frontal do barco, com direito à teto solar mas também à muito balanço. O alemão e o espanhol dividiram o quarto que fica atrás do barco enquanto os australianos se acomodaram na sala/cozinha, onde sofás se transformam em camas. O capitão e a Glória se revezavam na ponte de comando, um deles sempre acordado para acompanhar a longa navegação de 40 horas.

Nem sinal de terra à vista no primeiro dia de navegação entre Cartagena (Colômbia) e San Blás (Panamá)

Nem sinal de terra à vista no primeiro dia de navegação entre Cartagena (Colômbia) e San Blás (Panamá)


Quando acordamos no dia 21, já não se via terra firme. E assim continuou até a manhã de hoje, dia 22, quando avistamos o Panamá continental e suas montanhas (enfim, a América Central!!!) e as ilhotas de San Blás. Ao longo do dia de ontem, nosso passatempo eram as gostosas refeições preparadas pela Glória, além de um rápido e sempre renovador encontro com golfinhos, esses animais mágicos que habitam todos os oceanos da Terra.

Golfinhos nos acompanham em mar aberto no primeiro e longo dia de travessia de veleiro de Cartagena (Colômbia) até o arquipélago de San Blás (Panamá)

Golfinhos nos acompanham em mar aberto no primeiro e longo dia de travessia de veleiro de Cartagena (Colômbia) até o arquipélago de San Blás (Panamá)


Fora isso, muita conversa para conhecer melhor nossos colegas de barco. O Andy, o alemão, está terminando uma viagem de 1 ano ao redor do globo. O australianos Ben está viajando pela América Latina e quer passar o reveillon no Rio de Janeiro. Encontrou seu amigo Alex (que vivia nos EUA) em Cartagena, para juntos viajarem pela América Central. O espanhol Johan veio passar uns dias com seu amigo catalão Marc, o nosso capitão. E a Glória já é "usera e vesera" dessas viagens pelos mares. Duas vezes já cruzou o Atlântico rumo à Europa e por aqui, acho que já fez essa travessia Colômbia-Panamá umas 100 vezes!

Hora do almoço, nossos companheiros no veleiro em San Blás, na costa do Panamá: um espanhol, um alemão e dois australianos

Hora do almoço, nossos companheiros no veleiro em San Blás, na costa do Panamá: um espanhol, um alemão e dois australianos


Bom, tivemos de enfrentar duas noites de muito balanço e calor para chegarmos ao paraíso. Na verdade, com o nosso teto solar, até que ficava fresco. O problema era quando começava a chover e tínhamos de fechar a janela do teto. Aí ficava tudo abafado, a gente suando e sem chance de tomar banho. Água doce no barco, só para beber e cozinhar, lavar frutas e os dentes. Banho, só de balde com água do mar! Mergulhos refrescantes, só em San Blás!

Banho de mar nas paradisíacas ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Banho de mar nas paradisíacas ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Relaxando numa das praias do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Relaxando numa das praias do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


Mas o sacrifício valeu à pena e chegamos às primeiras ilhas desse arquipélago com quase 400 ilhotas, dez por cento delas habitadas pelos índios Kuna, os donos do pedaço. Ancoramos firmemente entre três pequenas ilhas e o dia de hoje foi gasto entre mergulhos refrescantes e explorações das ilhotas, nas quais se dá a volta em poucos minutos. Areia branquinha, parace até um creme, e muitos coqueiros. Tudo cercado por um mar calmo e de águas verdes e transparentes. Aquela típica imagem que temos do paraíso em nossos sonhos!

Indígenas Kuna, os habitantes das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Indígenas Kuna, os habitantes das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


O Lycka, veleiro que nos levou até San Blás, na costa do Panamá, fotografado de debaixo d'água

O Lycka, veleiro que nos levou até San Blás, na costa do Panamá, fotografado de debaixo d'água


No lugar há outros poucos veleiros, inclusive um que vem no sentido contrário trazendo umas dez motos que viajam do México à Argentina. É, passar moto de um continente ao outro é muito mais fácil que passar carros... O pessoal que viaja neste barco, bem maior que o nosso, dividiu conosco uma das ilhotas no final da tarde. Ambs os grupos fazíamos um churrasco de celebração por termos chegado naquele lugar tão lindo.

Churrasquinho no fim de tarde em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Churrasquinho no fim de tarde em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Enfim, tivemos um dia maravilhoso e São Pedro realmente cooperou com sol e céu limpo. Protegidos entre as ilhas o mar quase não balança, o que também facilitou bastante nossa vida e nosso sono. Outros dois dias assim nos esperam, apenas com pequenas navegações para outros dois pontos de ancoragem, onde vamos conhecer mais um punhado de ilhotas que compõem esse cenário encantado da costa caribenha do Panamá.

Nosso primeiro fim de tarde no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Nosso primeiro fim de tarde no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Panamá, San Blás, barco, ilha

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

Susto na Fronteira

Guiana Francesa, Saint Laurent

Deixando para trás Saint Laurent e a Guiana Francesa

Deixando para trás Saint Laurent e a Guiana Francesa


Vamos ter de passar por muitas fronteiras nesses 1000 dias. A maioria delas, com a Fiona, mas algumas sem, especialmente nas ilhas do Caribe. Para passar por todas elas, a documentação básica é um passaporte válido por 6 meses, vacina de febre amarela, dinheiro e/ou cartão de crédito. Para os países que formos sem a Fiona, passagens aéreas saindo do país ou da região. Para os países continentais, aonde passaremos com a Fiona, um seguro internacional e a carteira de motorista internacional. E para alguns poucos países, um visto de entrada.

A Ana, que tem dupla nacionalidade, brasileira e italiana, consegue entrar em todos os países, ora usando um, ora usando outro. Eu, brasileiro puríssimo, preciso de visto para México, Estados Unidos, Canadá e Guiana Francesa. Os dois primeiros, consegui antes do início da viagem. O da Guiana, consegui em Macapá, em situação especial. O do Canadá, ainda falta resolver. A Ana, que descobriu que seu passaporte brasileiro está vencido, precisou fazer um visto para o Suriname, como italiana. Conseguimos fazer isso em Cayenne.

Bom... agora a nossa querida Fiona. Seguro internacional não é das coisas mais baratas. Paga-se por um período específico. Como só ficamos sabendo com certeza a data de entrar na Guiana com duas semanas de antecipação, foi aí que compramos o seguro. A nossa companhia, apesar de internacional, não está muito acostumada com seguros para as Guianas. Imagino que eu tenha sido o primeiro... Junte-se a isso o período de carnaval e o resultado é que o carro está segurado, mas eu só tenho um vago email escrito em português que diz que o carro está segurado no exterior ("extensão de perímetro").

Barco Gabrielle, que faz a travessia entre a Guiana Francesa e o Suriname

Barco Gabrielle, que faz a travessia entre a Guiana Francesa e o Suriname


Foi com isso que chegamos à Guiana Francesa, e era o que me deixava mais preocupado na época. Bom, por alguma grande sorte, ou por falta de costume mesmo, o cara na fronteira simplesmente confiou em mim e nós passamos.

Agora, hoje, já não foi bem assim. Para sair da Guiana, a policial fronteiriça já nos atazanou bastante. Depois de consultar seus superiores por teleone, disse que só nos deixaria passar porque estávamos saindo. Se estivéssemos entrando, ela não deixaria de jeito nenhum. Queria, no mínimo, algo escrito em inglês, com os países especificados. Ao final, já nossa amiga, alertou: "Vão ter problemas do lado de lá..."

Apesar da reza durante a travessia, ela acertou na mosca. O simpático policial surinamês disse que a Fiona não poderia entrar. As alternativas eram voltar para a Guiana ou comprar um seguro ali mesmo. A primeira opção foi logo descartada, afinal, meu visto tinha vencido hoje. A segunda opção, bem, hoje era sábado e tudo estava fechado. Quem sabe na segunda-feira...

Chegando à Albina, no Suriname

Chegando à Albina, no Suriname


Ou seja, teríamos de passar algumas noites na "simpática" Albina. Para quem não se lembra ou não quer "googar" essa cidade, Albina é o local onde, no natal de 2009, houve tumultos em que a comunidade local atacou a comunidade brasileira matando alguns e estuprando algumas. Um belo local para eu passar o fim de semana com minha linda esposa...

O guarda até nos emprestou seu celular para eu falar na linha internacional da companhia de seguros. Eles ficaram de mandar um fax com algum documento. Não sei se chegaram a mandar, mas o fato é que um anjo na forma de chefe do guarda apareceu por lá. O tal anjo entendia um pouco de português. Mostrei para ele o histórico de emails trocados com a companhia e, por milagre, ele resolveu nos deixar passar.

Assim, quase duas horas depois de chegarmos ao Suriname, conseguimos passar e deixar Albina para trás, rumo à Paramaribo, a capital do país. Não sei se sentia mais alegria por ter deixado aquele pesadelo para trás ou raiva da companhia por ter passado esse susto. Bom, o fato é que passamos e agora a briga continua para termos o tal documento em inglês antes de chegarmos à fronteira da Guiana. Como uma amiga disse que sempre gosto de fazer o "jogo do contente", vou ser positivo: o documento vai chegar!

Guiana Francesa, Saint Laurent,

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

Um Dia em Família

Estados Unidos, Illinois, Chicago, Wisconsin, Milwaukee

Toda a família sai de bicicleta pela orla do lago Michigan, em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Toda a família sai de bicicleta pela orla do lago Michigan, em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


Pouco menos de duas horas separam as cidades de Chicago e Milwaukee, ambas na orla do Lago Michigan. Foi a viagem que fizemos hoje pela manhã, rumo à casa da prima da Ana, a Silvia, e seu marido, o Marcelo. O casal já mora nos Estados Unidos há quase 14 anos, primeiro em Miami, depois em Salt Lake e há 7 anos, em Milwaukee. Aqui tiveram dois filhos, a Larissa e o André. Vieram para um período menor, 3 anos, mas foram esticando, esticando, boas oportunidades profissionais aparecendo e hoje já nem tem mais planos de voltar. Quer dizer, voltam sempre, de férias. Mas esse ano não puderam ir e foram os pais da Silvia que vieram para cá, de visita, o Tio Célio e a Tia Clari. Feliz coincidência, justo quando estávamos passando por aqui também.

A Silvia e família nos recebe em casa, em Brookfield, periferia de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

A Silvia e família nos recebe em casa, em Brookfield, periferia de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


A gente se encontrou em Chicago, anteontem, e marcamos um reencontro para hoje, na casa deles em Brookfield, cidadezinha na periferia de Milwaukee. Oportunidade de conhecer um novo estado, Wisconsin, e assim ir preenchendo nossa lista. Para mim, mais do que isso. Desde os 10 anos de idade que conheço o estado pelo nome. Isso porque era fã dos livros da Laura Ingalls, escritora americana que, com seus livros autobiográficos do final do século XIX, tão bem retratou o estilo de vida dos pioneiros. O primeiro livro da série, “Uma Casa na Floresta”, se passava nas florestas de Wisconsin e, desde então, eu queria conhecer esse lugar. Não vamos poder ir na cidade onde estava a tal casa e a tal floresta mas, só de botar o pé em Wisconsin, já sinto que estou fazendo minha homenagem!

O belo Museu de Artes de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

O belo Museu de Artes de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


Exposição de posters do Toulouse-Lautrec, no Museu de Artes de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Exposição de posters do Toulouse-Lautrec, no Museu de Artes de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


O GPS nos levou direitinho até a casa deles e aí fomos muito bem recepcionados. Depois de um almoço bem brasileiro, a Silvia nos levou para passear na cidade. A primeira parada foi no Museu de Artes de Milwaukee. Impressionante a categoria do prédio e das exposições! Arquitetura arrojada, enormes espaços e até uma mostra de pôsteres de Paris do Toulouse-Lautrec. Foi de tirar o chapéu! Para mim, o mais incrível é pensar num museu dessa classe numa cidade que nem é tão grande ou famosa assim. Quero dizer, esperaria encontrar algo desse nível e, Nova York, Chicago ou Washington, mas o fato de estar em Milwaukee mostra como o país é desenvolvido como um todo. Muito legal!

Toda a família sai de bicicleta pela orla do lago Michigan, em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Toda a família sai de bicicleta pela orla do lago Michigan, em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


O segundo programa foi igualmente interessante, mas bem diferente. A silvia alugou uma bicicleta em que cabia toda a família, os cinco adultos e as duas crianças. Estávamos eu e a Ana, a Silvia e os filhos e o Tio Célio e a Tia Clari. O Marcelo, a esta hora, estava dando duro no hospital (ele é médico). Muito legal a vitalidade dos tios, fazendo tanta força no pedal como nós. Passeamos por um parque na orla do lago, aproveitando o dia lindo que fazia. A tal bicicleta é confortável, mas não muito eficiente. Temos de fazer muito mais força que numa bicicleta comum, mas a farra conjunta fez valer o passeio.

Passeando em família po Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Passeando em família po Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


O belo lago Michigan, em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

O belo lago Michigan, em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


Depois disso, a Silvia ainda nos mostrou algumas vizinhanças da cidade, algumas com mansões gigantescas viradas para o lago. Finalmente, uma parada em outro parque, também de frente ao Lago Michigan e até com umas praias lá embaixo. Pelo menos nessa época do ano, lugar agradabilíssimo. Já no inverno... Parece que nos dias mais frios, a temperatura pode ficar abaixo do 30 graus negativos. Aí, ninguém merece.

Feliz da vida, com cerveja e comendo pão de queijo! (na casa da Silvia e Marcelo, em Brookfield, subúrbio de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos)

Feliz da vida, com cerveja e comendo pão de queijo! (na casa da Silvia e Marcelo, em Brookfield, subúrbio de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos)


Voltamos para casa e, ainda antes do jantar, a Silvia preparou uma bela surpresa para o mineiro que aqui escreve: uma cesta cheinha de pão de queijo! Hmmm, que delícia! Fazia muito tempo que eu não comia um e o desejo estava cada vez maior. Já fazia algum tempo que eu, meio sem esperanças, procurava esse quitute pelas padarias do caminho. A Silvia leu meu pensamento e eu me esbaldei!

Conhecendo o Marcelo, marido da Silvia, em sua casa em Brookfield, periferia de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Conhecendo o Marcelo, marido da Silvia, em sua casa em Brookfield, periferia de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


Bem nessa hora chegava o Marcelo. Pois é, não há nada que esteja tão bom que não possa ser melhorado! O Marcelo preparou um churrasco da melhor qualidade, com picanha legítima e linguiça dessas que só achamos no Brasil. Eles tem um fornecedor lá de Miami e o cara está aprovado! Assim como as habilidades de churrasqueiro do Marcelo!

Marcelo prepara delicioso churrasco em Brookfield, subúrbio de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Marcelo prepara delicioso churrasco em Brookfield, subúrbio de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


A Lari e o Andre em visita ao Museu de Artes de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

A Lari e o Andre em visita ao Museu de Artes de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


Enfim, tivemos um dia ótimo, para o estômago e para a alma. O André e a Lari são duas figuraças, o Marcelo é muito boa-praça, o Tio Célio e a Tia Clari, dois amores e a Silvia, uma ótima companhia. Ao longo do dia, me deu uma verdadeira aula sobre o sistema educacional americano e sobre como funcionam as escolas públicas por aqui, o envolvimento dos pais e da comunidade. Ela está vivendo bem isso, já que os filhos estão na idade escolar, um entrando na escola agora e a outra, indo para a 5ª série. Para mim, que adoro saber de tudo um pouco, foi uma aula e tanto!

Reencontro com a Tia Clari em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Reencontro com a Tia Clari em Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos


Já bem de noite, voltamos para Chicago, apesar dos convites para dormirmos em Milwaukee mesmo. Mas já estávamos com o hotel pago e queríamos já acordar na cidade, para aproveitar melhor o dia de explorações amanhã. E assim foi, viagem de volta ainda mais tranquila que a de ida e nós de baterias recarregadas para tudo o que nos espera no futuro, o que não é pouca coisa...

Jantar em família em Brookfield, perto de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Jantar em família em Brookfield, perto de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Illinois, Chicago, Wisconsin, Milwaukee,

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Cavalos, Flechas e Conchas

Argentina, Molinos, Cafayate

Atravessando o Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Atravessando o Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Clima de fazenda no nosso café da manhã no hotel em Molinos. Menos pela comida e mais pelo ambiente. Mas, principalmente, pelos nossos cavalos que estavam sendo arreados do lado de fora.

O Miguel nos mostrando seus truques om cavalos, em Molinos - Argentina

O Miguel nos mostrando seus truques om cavalos, em Molinos - Argentina


Assim, quando terminamos de nos alimentar, o Miguel já nos esperava com tudo preparado. Miguel é um legítimo argentino gaúcho, amante dos cavalos e também do Brasil. Durante sua juventude hippie, viajou muito pelo nosso país e é fã incondicional da Bahia e de Minas Gerais. Alguns anos mais tarde, deixou Buenos Aires encima de um cavalo com a intenção de chegar ao México. Não foi tão longe, mas acabou chegando, depois de uma ano de viagem, em Molinos. Aqui, estabeleceu um negócio com cavalos e sempre leva turistas para cavalgadas. O sonho de chegar ao México, à cavalo, só foi adiado!

Atravessando Molinos - Argentina à cavalo

Atravessando Molinos - Argentina à cavalo


Passeio à cavalo na região de Molinos - Argentina

Passeio à cavalo na região de Molinos - Argentina


Nossos cavalos eram da raça "peruano", cavalos bons de trilhas rústicas e também de altitude. Ideais para essa região. Para nós, foi um deleite, cavalgar nesse cenário de cinema, montanhas nevadas ao fundo, trilhas cortando rios e colinas, cenários semidesérticos e com vestígios de povos antigos e desaparecidos. Sentia-me o John Wayne encima do meu "peruano".

Passeio à cavalo na região de Molinos - Argentina

Passeio à cavalo na região de Molinos - Argentina


Foi um passeio de umas duas horas, logo após ele mostrar alguns "truques" que faz com seus cavalos. Como bem disse a Ana, ele é um "encantador de cavalos". Tivemos a chance de galopar, trotar, marchar e , no alto de alguma colina, simplesmente admirar a paisagem magnífica à nossa volta e sentir o vento em nossos rostos. Sempre com o Miguel a nos ensinar sobre a história e geografia da região, além de contar sobre suas peripécias no Brasil. Foi muito legal!

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


De volta à Molinos, deixamos nosso hotel e seguimos em direção à Cafayate, seguindo sempre pelo vale, parte dos "Vales Calchaquíes". No meio do aminho, uma região especial, um parque, conhecido como Vale das Flechas. O nome vem das rochas e encostas inclinadas, resultado de movimentos tectônicos causados pela formação dos Andes. Elas parecem flechas apontadas para o céu. É um cenário de outro planeta que nos dá vontade de explorar, fotografar e admirar.

Chegando no alto de uma das 'flechas', no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Chegando no alto de uma das "flechas", no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Em contato com Pachamama no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Em contato com Pachamama no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


E assim o fizemos, por uma hora ou mais. Até pequenas escaladas deu para fazer, sempre em busca de um pouco de aventura e também de um melhor ângulo para se admirar aquela beleza toda. Com certeza, poderíamos ficar horas por ali, explorando os diversos recantos desse lugar incrível.

Almoço em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Almoço em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Mas aí a fome começou a apertar e seguimos para uma pequena vila recomendada pelo Miguel, para almoçar e tomar uma famosa cerveja artesanal. E assim o fizemos, a Ana com uma salada, eu com as maravilhosas empanadas argentinas e nós dois com a tal cerveja artesanal, de grau 8, quase o dobro dessas industrializadas. Muito boa, por sinal! Mas, como seguiríamos viagem, tivemos que parar logo na primeira garrafa...

Deliciosa cerveja artesanal, de grau 8, em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Deliciosa cerveja artesanal, de grau 8, em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Chegando ao Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Chegando ao Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Chegando em Cafayate, nem entramos na cidade. Seguimos diretamente para uma de suas mais incríveis atrações. Sua e de toda a província e também do norte da Argentina. As incríveis formações rochosas do Vale das Conchas, ao longo da estrada que liga a cidade à Salta.

O majestoso Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

O majestoso Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Saindo do Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Saindo do Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Em muitos lugares, o cenário parece com as formações do Grad Canyon. Enormes paredes aavermelhadas em forma de castelos, obeliscos e enormes animais. Tudo pode ser admirado de dentro do carro mesmo. Em outros lugares, são canyons que mais parecem gargantas as atrações. Aí, estacionamos o carro e caminhamos um pouco, garganta adentro. No Anfiteatro, como o nome indica, a garganta termina numa enorme clareira cercada de enormes paredes. Um verdadeiro anfiteatro!. E para nós, o espetáculo do dia foi a lua nascendo por cima das paredes, bem no fim de tarde, enquanto um músico cantava, sua voz ecoando nas paredes, uma música em sua homenagem.

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Já na Garganta del Diablo, a caminhada é mais longa, pelo menos para aqueles que se dispõe a escalar um pouco. De obstáculo em obstáculo, por entre enormes paredes, vamos seguindo garganta adentro, cenário de Indiana Jones. Um espetáculo! Até que chegamos na parede final, essa interditada mesmo aos mais aventureiros. Aí, é só olhar para cima e para os lados e ficar maravilhado com aquele cenário.

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Com o sol se pondo, era hora de voltar à Cafayate para, dessa vez, entrar na cidade, encontrar algum hostal e dormir. Afinal, depois dos cavalos, flechas e conchas (e da ceveja grau 8!), o sono estava batendo. Precisamos estar prontos e descansados para o dia de amanhã, que nos trará as famosas ruínas de Quilmes e a longa viagem até Fiambalá, última cidade antes do Paso San Francisco, nossa almejada fronteira com o Chile!

Divertindo-se na Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Divertindo-se na Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Argentina, Molinos, Cafayate,

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

Página 148 de 161
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet