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Mergulhando e Caminhando em Rapa Nui - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Mergulhando e Caminhando em Rapa Nui

Chile, Ilha de Pascoa, Ilha De Pascoa, Hanga Roa

Ao longo da trilha na costa norte da ilha, encontro com ruínas da antiga civilização da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Ao longo da trilha na costa norte da ilha, encontro com ruínas da antiga civilização da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Depois do intenso dia de ontem, quando demos a volta na Ilha de Pascoa num tour com o Patricio, já estávamos prontos a andar com as próprias pernas! Mais, já queríamos nadar com os próprios braços também. Bom, e para fazer isso, nada melhor do que fazer um mergulho e, logo depois, um trekking pela ilha.

Mergulhando com um falso Moai de concreto ba Ilha de Pascoa (foto da National Geographic)

Mergulhando com um falso Moai de concreto ba Ilha de Pascoa (foto da National Geographic)


O mergulho mais famoso que existe na ilha é aquele ao redor de um Moai submergido. Combina com essa ilha, não? Era o que nós tínhamos em mente, mesmo antes de chegar a Rapa Nui e foi o que fomos averiguar, nas operadoras de mergulho daqui. Mas a vontade de fazer esse mergulho passou rapidinho. Primeiro porque é para onde seguem quase todos os barcos de turismo, então está sempre movimentado. E segundo porque o tal Moai é falso! É um Moai de concreto usado em um filme de Hollywood na década de 90 e que alguém teve a ideia de jogar no mar para servir de atrativo para turistas que viessem para cá. Enfim, para mim, perdeu todo o charme...

Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


Esquecendo do tal Moai submergido, fomos buscar alternativas. Achamos uma operadora mais longe do centro e conversamos com eles. Tinham um mergulho marcado para uma área chamada Alcantillado e resolvemos ir com eles. Dia de sol, mar com águas claríssimas, não poderia dar errado. Como diz um amigo, “um mergulho, quando é ruim, é bom! E quando é bom, então, nem se fala!”.

Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Mergulhando nas águas claríssimas da Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


E lá fomos nós, num pequeno barco, acompanhado de outros 4-5 mergulhadores menos experientes, além dos guias. Esse foi o único porém: excesso de gente levantando poeira e nadando com os braços. Esquecendo isso, o lugar é maravilhoso!

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


A água tem uma visibilidade próxima dos 40 metros e nós mergulhamos sobre um jardim de corais que terminava em uma enorme parede cheia de pequenos canyons. Um cenário de tirar o fôlego! Apesar de não haver muitos peixes por ali (estamos muito mal acostumados com o Caribe...), as formações de corais ao longo da parede compensavam essa ausência.

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


O ponto alto foi descer, ou despencar, por um canyon que terminava em uma rachadura na parede e ir parar na boca de uma pequena caverna, onde entrávamos um por um. Já esperto, tratei de ser o primeiro a entrar. Antes que os outros fizessem sujeira lá dentro. Deu certo e foi maravilhoso! Só sentimos falta da nossa SeaLife, a câmera subaquática que nos roubaram em Totoralillo, no Chile. Tivemos que nos virar com a GoPro mesmo.

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico

Explorando corais e cavernas durante mergulho na Ilha de Páscoa, em pleno Oceano Pacífico


O segundo mergulho foi na parte mais rasa do mesmo banco de corais, sem descer a parede e, uma hora mais tarde, já estávamos no barco novamente. A boa notícia foi que o dono da agência gostou muito de nós e da nossa “técnica” e resolveu nos convidar para outro mergulho, em um lugar que exige mais experiência. Melhor ainda: só vamos nós dois de clientes! Vai ser depois de amanhã. Mal podemos esperar!

Mergulhando e caminhando mais de 20 km pelas encostas do vulcão Terevaka, até a praia de Anakena, na Ilha de Pascoa. A volta foi de carona, pela estrada!

Mergulhando e caminhando mais de 20 km pelas encostas do vulcão Terevaka, até a praia de Anakena, na Ilha de Pascoa. A volta foi de carona, pela estrada!


De volta à terra firme, era a hora da caminhada. Nós saímos meio despretensiosamente, passando pelos Moais do Ahu Tahai, onde estivemos no entardecer de ontem e seguimos em frente, sempre ao lado do mar, dando a volta na ilha no sentido anti-horário. Seguíamos por uma pequena e rústica estrada que passa ao lado do museu e segue até uma área da costa conhecida por suas cavernas formadas pela lava de antigas erupções.

Caminhando na estrada que liga, pela costa, Hanga Roa com o antigo vulcão Maunga Terevaka, o mais alto da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Caminhando na estrada que liga, pela costa, Hanga Roa com o antigo vulcão Maunga Terevaka, o mais alto da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Longa caminhada pelo norte da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Longa caminhada pelo norte da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


A estrada não passa daí. Na verdade, ela embica para o interior da ilha, em direção aos sete Moais do Ahu Akivi (ainda vamos lá!). Nossa ideia original era parar por aí, mas o dia e a paisagem chamavam aventura e exploração. Então, abandonamos a estrada e seguimos colina acima, sempre perto do mar, continuando a margear a costa e dando a volta no vulcão Terevaka, o mais alto de Rapa Nui.

Explorando antigas ruínas da civilização que floresceu na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Explorando antigas ruínas da civilização que floresceu na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Trilha pelas encostas do Maunga Terevaka, no litoral norte da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Trilha pelas encostas do Maunga Terevaka, no litoral norte da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


A paisagem era grandiosa! Ainda mais dessa parte mais alta onde estávamos, já em pleno Parque Nacional. A pequena trilha as vezes sumia, outras reaparecia, como trilha de cavalos. Mas não era difícil caminhar sobre a vegetação rasteira, a ampla visão sendo nossa mais perfeita guia. Falando nos cavalos, eles sempre apareciam, garbosos e felizes, desfrutando suas vidas de liberdade e pasto infinito. O pano de fundo era o mar azul profundo, milhares de quilômetros sem sinal de terra firme para todos os lados. Afinal, estamos no meio do Oceano Pacífico!

Parada para admirar a vista desde as encostas do vulcão Maunga Terevaka, na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Parada para admirar a vista desde as encostas do vulcão Maunga Terevaka, na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Um Ahu, ou altar, da antiga civilização da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Um Ahu, ou altar, da antiga civilização da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Pela primeira vez, nos vimos sós, sem nenhum turista por perto. Esse é um trecho da ilha muito pouco visitado. Os guias não vem para cá, pois não há estradas. Apenas os viajantes mais exploradores. Durante todo o dia, só vimos dois deles, andando em sentido contrário. Assim, essa solidão perfeita nos aproxima ainda mais de Rapa Nui, de sua natureza e sua história. A sensação é de plenitude.

Ao longo de toda a trilha que contorna o Maunga Terevaka, são comuns os encontros com cavalos selvagens (Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico)

Ao longo de toda a trilha que contorna o Maunga Terevaka, são comuns os encontros com cavalos selvagens (Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico)


Ao longo de toda a trilha que contorna o Maunga Terevaka, são comuns os encontros com cavalos selvagens (Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico)

Ao longo de toda a trilha que contorna o Maunga Terevaka, são comuns os encontros com cavalos selvagens (Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico)


Falando em história, é impressionante a quantidade de ruínas que encontramos no caminho. Não são ruínas restauradas ou reformadas, prontas para uma foto. Não! São ruínas verdadeiras, antigos ahus semi-cobertos pela vegetação, moais caídos ou partidos no chão, antigas habitações em formato de canoa, as terevakas, perfeitamente desenhadas no solo.

Resquícios de habitação da antiga civilização que habitava a Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Resquícios de habitação da antiga civilização que habitava a Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Explorando antigas ruínas da civilização que floresceu na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Explorando antigas ruínas da civilização que floresceu na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Ao caminhar entre essas ruínas em seu estado natural, nosso sentimento de estar na Ilha de Pascoa fica ainda mais forte e verdadeiro. É claro que gostamos de ver os Moais restaurados posando para fotos, mas esses aqui são, de alguma maneira, mais reais. O que impressiona também é o verdadeiro congestionamento de ruínas. Agora sim compreendemos que aqui viviam 15 mil pessoas! Parados ali, naquela imensidão silenciosa, tentamos ouvir os ecos de um agitado passado. Como seria aquele mesmo cenário há 300 anos? Se o mar a nossa frente ou vulcão em nossas costas pudessem falar... Eles sim, viram e sabem de tudo.

Ao longo da trilha na costa norte da ilha, encontro com ruínas da antiga civilização da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Ao longo da trilha na costa norte da ilha, encontro com ruínas da antiga civilização da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Observando poço que servia de habitação para antigos moradores da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Observando poço que servia de habitação para antigos moradores da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


E assim passamos quatro ou cinco horas seguidas, caminhando e explorando, admirando e divagando, fotografando e nos inspirando. Foram mais de 20 km no total, dando toda a volta na ponta norte de Rapa Nui, um longo passeio que recomendo a todos que visitarem a ilha e tiverem energia para gastar.

Finalmente, depois de uma longa caminhada pelo norte da ilha, a praia de Anakena aparece no nosso horizonte! (Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico)

Finalmente, depois de uma longa caminhada pelo norte da ilha, a praia de Anakena aparece no nosso horizonte! (Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico)


Alegria ao chegar à praia de Anakena, fim da nossa longa caminhada pelo norte da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Alegria ao chegar à praia de Anakena, fim da nossa longa caminhada pelo norte da Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Por fim, chegamos novamente à praia de Anakena. Fomos lá molhar os pés, mas o que queríamos mesmo era molhar a garganta, uma boa cerveja do Tahiti para nos sentirmos ainda mais polinésios. Na mesa do bar com vista para a praia, logo ficamos amigos de um simpático casal, ela nativa e ele sueco, já tentando se acostumar com sua nova pátria. Já tinham até um filho, um legítimo Rapa Nui de cabelos claros! Foram eles que nos ofereceram carona para voltar pela estrada, já no final do dia. Ainda bem, pois não existe transporte público na Ilha de Pascoa e não estávamos muito animados para caminhar ouros 20 km pelo asfalto de volta a Hanga Roa. Foi um término perfeito para um dia realmente especial!

Um dos bares na praia de Anakena, na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Um dos bares na praia de Anakena, na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico


Celebrando mais um dia fantástico na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico, com uma cerveja do Tahiti

Celebrando mais um dia fantástico na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico, com uma cerveja do Tahiti


Amanhã, é dia de termos nossas próprias rodas e irmos conhecer as atrações de Rapa Nui que ainda não vimos! Outro dia especial nos espera. Aliás, como são todos nessa ilha mágica.

Parada para admirar a vista desde as encostas do vulcão Maunga Terevaka, na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

Parada para admirar a vista desde as encostas do vulcão Maunga Terevaka, na Ilha de Páscoa, no sul do Oceano Pacífico

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Blog da Ana Água absolutamente cristalina, com visibilidadde de 60 metros durante mergulho na Ilha da Páscoa, território chileno no meio do Oceano Pacífico

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