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Pedro Josino (28/05)
Amigo, Pretendo fazer o circuito da Islândia. Você pode me passar os lo...
Andrea Cristina Dos santos (24/05)
Amo Ubatuba...Amo Tanto que comprei uma casa ai..e tive olhando as fotos ...
Régis Gabriel Sá (23/05)
Olá....obrigado por compartilhar sua experiencia em LA.Estou indo em ago...
Juliano (20/05)
Muito interessante o relato da sua viagem. Estou com uma viagem marcada p...
Válter (16/05)
Graça e paz Rodrigo e Ana! Tudo bem com vocês? Só de olhar o blog d...
O Salto Aponwao, o maior da Gran Sabana, na Venezuela
Há apenas uma rodovia na Gran Sabana. São cerca de 700 quilômetros de uma estrada em muito boas condições ligando Ciudad Guyana à Santa Elena, já bem próxima da fronteira com o Brasil. Aliás, essa é a única rodovia do país em que os policiais já estão acostumados com motoristas brasileiros, já que esse é o caminho mais perto para a praia para quem mora em Roraima e Manaus, frequentadores assíduos de Isla Magarita. Até tínhamos sido avisados sobre a chance de sermos parados e extorquidos por algum motivo qualquer, mas não tivemos problema nenhum. E nem vimos tanta polícia assim, talvez por ter viajado em um fim de semana.
Placa informativa de estrada secundária na Gran Sabana, na Venezuela
A Fiona nos leva através da Gran Sabana, na Venezuela
Depois que deixamos El Dorado para trás e entramos na Gran Sabana propriamente dita, quase não há mais movimento na estrada. Ficamos só nós e aquela vastidão magnífica ao nosso redor. Para quem quer sair dessa estrada asfaltada, há apenas uma saída, uma estrada de terra de 70 quilômetros até um local chamado Kavanayen. Aì existiu uma missão religiosa, em um local privilegiado no meio de vários tepuis. As construções de pedra ainda estão lá, assim como a aldeia indígena. Na metade dessa estrada de terra, há uma bifurcação que leva ao Salto Aponwao, o maior da Gran Sabana. Nosso plano original era conhecer esses dois lugares e ver de perto uma região bem menos conhecida da Gran Sabana. Afinal, até lá, só carros tracionados, principalmente na época das chuvas.
A Fiona nos leva através da Gran Sabana, na Venezuela
A Fiona nos leva através da Gran Sabana, na Venezuela
Só que, com a dificuldade em abastecer o carro, ficou bem apertado conseguir fazer tudo. Quando chegamos ao início dessa estrada, nos falaram que haveria um posto mais para o sul, na rodovia principal. Resolvemos tentar e dirigimos 25 km até lá. O posto realmente existia, mas nada de diesel. Voltamos os 25 km até a estrada de terra e, com 50 km a menos de combustível no tanque, agora era certo que não poderíamos ir até a antiga missão.
Pronto para ir conhecer o Salto Aponwao, na Gran Sabana, na Venezuela
O Luis, nosso guia na região do Salto Aponwao, na Gran Sabana, na Venezuela
Mas até o Aponwao, esse dava para arriscar. Estrada de terra em situação razoável até a bifurcação. A partir daí, muita areia e água, mas nada que parasse a Fiona. Chegamos na aldeia no final da estrada já no meio da tarde e logo ficamos amigo do Luis, um indígena local. Conversamos com ele sobre o tempo para ir até o Salto e logo ficou claro que voltaríamos já no escuro. A solução seria dormir por ali mesmo. Pensamos primeiro em acampar, mas mudamos de ideia quando o Luis ofereceu uma casa que ele tem para um dia virar uma pousada para dormirmos. Toda de pedra, mas ainda sem móveis. Ideal para um “acampamento interno”.
De canoa, a caminho do Salto Aponwao, na Gran Sabana, na Venezuela
Caminhando na Gran Sabana, a caminho do Salto Aponwao, na Venezuela
Foi ele também que nos levou até o Salto. Só se entra lá com guia, ainda mais que temos de atravessar um rio e, para isso, é preciso um barco. São dez minutos na canoa e outros 30 minutos caminhando em meio a relva da savana. Visual lindo, lembrando-me alguns trechos da parte alta da Serra da Canastra.
O Salto Aponwao, o maior da Gran Sabana, na Venezuela
Admirando o Salto Aponwao, na Gran Sabana, na Venezuela
Mas a maior beleza estava mais adiante, no gigantesco Salto Aponwao. Trata-se de um rio bem caudaloso despencando mais de 100 metros num enorme vale. Cachoeira para ser fotografada e admirada. Nadar, nem pensar!
Caminhando nas vastidões da Gran Sabana, na Venezuela
Fim de tarde na região do Salto Aponwao, na Gran Sabana, na Venezuela
O caminho de volta foi ainda mais bonito, tanto na caminhada como na parte de barco. O motivo? A luz do fim de tarde que, com suas cores avermelhadas e douradas, torna tudo mais fotogênico.
Nossa casinha na aldeia perto do Salto Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
Nosso "acampamento" na casa do Luis, na Gran Sabana, na Venezuela
Voltamos para a aldeia e, antes de voltamos à nossa casinha de pedra, eis que um caminhão que aparece por lá quinzenalmente para fazer um comércio chegou. E ele tinha diesel! Conseguimos comprar um pouco, pelo menos para nos garantir até Santa Elena! Depois disso, fomos fazer nosso jantar no fogareiro na sala da nossa casa. Alimentado, eu fui dormir e a Ana, socializar com a família do Luis. O papo foi longe e nem vi direito a hora que ela voltou.
Caminhão atolado perto da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
Hoje cedinho, ela me contou da longa conversa que teve por lá. A esposa do Luis gosta muito de Roraima, pois teve de levar uma prima até um hospital por lá e foram muito bem tratadas. O seu sonho é ir morar no Brasil. Mas não foi só pela conversa que a Ana chegou tão tarde. O tal caminhão que nos vendeu o diesel acabou atolando numa estrada aqui perto, quando levava uns moradores para umas casas distantes. A Ana acabou por leva-los na Fiona, mas o pobre caminhão continuou por lá. A Ana prometeu ajuda assim que o dia amanhecesse.
A Fiona guincha um caminhão atolado perto da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
Assim, logo cedo, fiquei sabendo que já tínhamos programa: arrancar do barro um caminhão de nove toneladas. Para lá fomos nós, com cordas, pá, pranchas de alumínio e, claro, com o guincho da Fiona.
A prancha de aluminio nos ajuda a desatolar o caminhão perto da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
A Fiona guincha um caminhão atolado perto da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
A roda traseira do caminhão estava completamente enterrada no barro. Não ia ser fácil! Pessoas empurrando não faziam nem cócegas. Tentar puxar com uma corda também não. Então, cava daqui, cava dali, levanta com o macaco, joga pedra embaixo, coloca as pranchas de alumínio, amarra o guincho e força total!
Controlando o motor do guincho da Fiona durante operação paa desatolar um caminhão, perto da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
É claro que, quando o guincho funcionava, que era puxado era a Fiona e não o caminhã de 9 toneladas. Então, botamos umas pedras enormes para calçar as rodas da Fiona e, devagar, devagar, fomos tirando o bicho lá dentro.
Celebração após desatolarmos um caminhão perto da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
Ao final, quase duas horas de trabalho, pés, mãos e roupas imundas, mas pudemos comemorar! A Fiona acaba de cumprir seu maior desafio até hoje: resgatar um caminhão carregado nove vezes mais pesado do que ela!
O Luis, nosso guia, e sua esposa Stefany, moradores da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
O Luis, nosso guia, e sua esposa Stefany, moradores da Aldeia Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
Depois, hora de despedir do Luis e da sua simpática esposa e seguirmos viagem. Cinco minutos na estrada de areia e água e cruzamos várias landrovers e toyotas em sentido contrário. Eram carros de agências de Santa Elena trazendo turistas para o Salto Aponwao. “Chegaram atrasadas para a brincadeira!”, foi o que a Fiona disse para elas, hehehe
Tours vindos de Santa Elena se dirigem ao Salto Aponwao, na Grand Sabana, na Venezuela
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