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José Roberto de Souza Rhein (05/05)
Quero aqui testemunhar a passagem dos dinamarqueses nas atuais USVI. Meu ...
José Roberto de Souza Rhein (05/05)
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José Roberto de Souza Rhein (05/05)
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Veronica (04/05)
Adorei ler sobre sua experiência em LOS Angeles. Obrigada por compartil...
Veronica (04/05)
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Um belo visual de Mérida, na Venezuela, e das montanhas que a cercam, as mais altas do país
Mérida é a principal cidade na região dos Andes venezuelanos, uma posição geográfica com profundas consequências históricas e que continua influenciando a vida da cidade até hoje. Ela foi fundada em 1558 por uma expedição vinda de Nova Granada, hoje Colômbia, e permaneceu ligada àquela capitania até o final do século XVIII, quando foi finalmente transferida para a jurisdição da futura Venezuela. Na verdade, sua fundação foi ilegal, já que feita sem a autorização da coroa. Por esse “crime”, seu fundador foi preso e condenado à morte. Mas um bom suborno salvou-lhe a vida enquanto que a cidade que fundara foi movida alguns quilômetros vale acima, apenas para fazer valer a autoridade real.
Rua no centro de Mérida, na Venezuela
Mas, independente desses poucos quilômetros, a nova cidade permaneceu isolada, tanto das terras colombianas como venezuelanas, pelos próximos três séculos. Cercada por gigantescas montanhas por todos os lados, incluindo os dois mais altos picos da Venezuela, Mérida era praticamente inacessível. Foi isso que a manteve incólume às décadas de guerra civil que se seguiram à independência da Venezuela. Na verdade, a cidade até cresceu abrigando os refugiados das mais diferentes facções que buscavam um pouco de paz e segurança naqueles anos sangrentos.
Vendo a vida passar, em uma praça de Mérida, na Venezuela
A simpática Plaza Milla, na região central de Mérida, na Venezuela
Por fim, esse isolamento foi vencido 90 anos trás, com a construção da primeira estrada transandina. Pavimentada nas décadas seguintes, a estrada sobe até os 4 mil metros de altitude para superar a barreira dos Andes, ligando finalmente a cidade ao resto do país. Mérida começava a se desenvolver.
Passeando na Plaza Milla, na região central de Mérida, na Venezuela
Localizada em meio à paisagens tão belas, não demorou para descobrir sua vocação para o turismo, passando a atrair cada vez mais visitantes nacionais e estrangeiros. Tendo os Andes no seu “quintal” e os picos Bolívar e Humboldt (que com 5 mil e 4.950 metros, respectivamente, são os mais altos da Venezuela) logo ali na esquina, a cidade atrai trekkers, montanhistas e mesmo aqueles que não querem fazer muito esforço, mas apenas admirar as magníficas paisagens. Para eles, foi construído o mais alto e mais longo teleférico do mundo que, com seus 12,5 km de extensão, parte quase do centro de Mérida, pouco abaixo dos 1.600 metros de altitude, para atingir os 4.800 metros de altura, no topo do Pico Espelho. Ele seria, sem dúvida, a maior atração turística da cidade.
O mais longo e mais alto teleférico do mundo, em Mérida, na Venezuela. Pena que não está funcionando...
Digo “seria” porque, infelizmente, está em uma eterna reforma, ou seja, não funciona. Parte da “idiossincrasia” do chavismo. Sem ele, tivemos que nos contentar em passear pelo agradável centro da cidade. Na verdade, as grandes atrações de Mérida são as paisagens e montanhas que estão fora da cidade, justamente onde havíamos passado os últimos dois dias. No centro mesmo, o que se faz é caminhar por praças e ruas, visitar igrejas e prestar homenagem aos inúmeros monumentos à Bolívar. Aliás, Mérida tem o mérito de ter sido a primeira cidade a homenagear o grande libertador, ainda em 1842, pouco mais de uma década após a sua morte.
Uma das infinitas homenagens ao libertador Bolívar, em Mérida, na Venezuela
Um gigantesco pedestal para um pequeno busto de Bolívar, em Mérida, na Venezuela
Aproveitamos nosso dia na cidade também para trocar dólares (o melhor lugar para fazer isso é nos hotéis e agências de viagem) e para definir nosso roteiro pelos Llanos, a versão venezuelana do nosso Pantanal. A melhor maneira de vivenciar essas planícies alagadas e repletas de vida animal é visitar suas fazendas turísticas. Haviam várias delas anos atrás, mas seus proprietários privados não se adaptaram muito bem à era chavista e elas foram fechadas uma à uma, tomadas pelo governo. Felizmente, ainda há uma aberta, o Hato El Cedral, e para lá seguiremos depois de mais uma visita às terras altas dos Andes, amanhã.
A fachada da Catedral de Mérida, na Venezuela
O belo interior da Catedral de Mérida, na Venezuela
Por fim, uma outra coisa que nos chamou a atenção por aqui foi a ausência de turistas estrangeiros, em um destino que costumava ser tão popular. Não é a toa que, dentre as grandes cidades do país, esta costuma ser uma das mais anti-chavistas. Afinal, numa cidade tão ligada ao turismo, é fácil perceber que algo não está funcionando bem...
Admirando o vale de um dos rios que contornam Mérida, na Venezuela
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