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Blog da Ana - 1000 dias

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Lake Tahoe

Estados Unidos, Califórnia, Lake Tahoe

O magnífico Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

O magnífico Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


O Lake Tahoe está localizado a 1.897m de altitude no alto da Sierra Nevada, na fronteira entre a Califórnia e o estado de Nevada. Com 35km de extensão e 19km de largura é o maior lago alpino da América do Norte, com mais de 116 km de praias e baías e 490km2 de superfície.

Pássaros voam sobre o Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Pássaros voam sobre o Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Emerald Bay, canto mais famoso do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Emerald Bay, canto mais famoso do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Estes não são seus únicos superlativos, ele se destaca também por ser o segundo lago mais profundo da América do Norte, com 501 metros de profundidade, atrás apenas do Crater Lake que visitamos há pouco. A temperatura das suas águas transparentes e profundas cria correntes verticais, mantendo o lago acima do ponto de congelamento mesmo durante o inverno. No verão as praias lotam, seus ventos atraem kite e wind surfers, além banhistas e toda a sorte de esportes.

Muita neve em marina no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Muita neve em marina no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Seu nome, como muitos outros aqui nos EUA, derivou da palavra indígena “washo”, que na língua dos Washoe, nativos que habitavam a região, significa “lago”. Aí já viu, na falha da pronuncia dos colonizadores, de washo para tahoe foi um pulo. Em meados do século XIX a região foi explorada por garimpeiros em busca de ouro na Sierra Nevada. Na falta do ouro a extração de madeira se tornou a principal atividade e praticamente extinguiu toda a floresta nativa da área. Em 1864 foi fundada a cidade de Tahoe City como uma área de resort para a vizinha Virginia City, começando aí a sua longa trajetória como um dos principais destinos turísticos tanto de Nevada, quanto da Califórnia.

Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


São pelo menos 12 grandes áreas de esqui nas montanhas ao redor do lago, a mais popular delas é o Heavelny Mountain Resort no sul do lago, onde estão grandes hotéis e logo ali, na esquina com Nevada, os cassinos. O North Tahoe por sua vez, tem o charme e o encanto que falta no sul.

Carro fantasiado de morro de neve ao lado do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Carro fantasiado de morro de neve ao lado do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Tahoe City possui toda a infraestrutura de serviços, além de inns, hotéis e restaurantes mais selecionados. Um almoço na marina às margens do Lake Tahoe e com vista para a Heavenly Mountain é sem dúvida uma ótima forma de se sentir mais íntimo do lago.

Muita neve em marina no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Muita neve em marina no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Brunch com vista para o Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Brunch com vista para o Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Há poucos quilômetros dali está o Squaw Valley, que foi a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno em 1962. A vila olímpica hoje virou uma vila turística aos pés de uma das mais disputadas montanhas de esqui. Os alojamentos foram transformados em hotéis, toda a estrutura foi reaproveitada e hoje é uma das áreas mais bacanas do norte.

A Vila Olímpica no Squaw Valley, no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

A Vila Olímpica no Squaw Valley, no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


As cadeirinhas esperam os esquiadores no Squaw Valley, no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

As cadeirinhas esperam os esquiadores no Squaw Valley, no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Homewood é uma pequena vila ao sul de Tahoe City, na margem oeste do lago, que possui uma estrada off-road belíssima. Logo no início está um sno-park para as brincadeiras e aluguel de equipamentos de neve, mas o bacana está em se aventurar pela estrada de snow mobile, cross country skies ou sapatos de neve e explorar as belezas naturais da região.

A bela paisagem tomada pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

A bela paisagem tomada pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Socializando com uma esquiadora cross-country, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Socializando com uma esquiadora cross-country, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Veículo com esquis, próprio para a neve, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Veículo com esquis, próprio para a neve, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Chegamos ao Lake Tahoe pela cidade de Trukee, ao norte do lago. A cidade, cortada por um trilho de trem ao longo da avenida principal, está repleta de restaurantinhos e inns super bacanas. Casas com telhados branquinhos, jardins cobertos de neve a neve caindo foram um mágico convite para pararmos por algumas horas e almoçarmos por ali.

Neve até onde a vista alcança, próximo à Susanville, na Sierra Nevada, Califórnoa, nos Estados Unidos

Neve até onde a vista alcança, próximo à Susanville, na Sierra Nevada, Califórnoa, nos Estados Unidos


A Ana derruba um bloco de nece de cima de uma árvore em uma estrada próxima à Susanville, na Sierra Nevada, Califórnoa, nos Estados Unidos

A Ana derruba um bloco de nece de cima de uma árvore em uma estrada próxima à Susanville, na Sierra Nevada, Califórnoa, nos Estados Unidos


No restaurante conhecemos Don e Barbara, nossos vizinhos de mesa, ele trabalha com mineração e ela agente de viagens e cruzeiros. Eles já viajaram o mundo em navios e adoraram ouvir sobre as nossas aventuras. A tarde que a princípio seria de explorações ao redor do lago acabou se tornando uma ótima oportunidade de socialização, fomos convidados a acompanhá-los no vinho, champagne e dá-lhe risadas e muitas histórias!

Nossos amigos Don e Barbara, que nos ofereceram vinho e champagne em um restaurante de Truckee, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Nossos amigos Don e Barbara, que nos ofereceram vinho e champagne em um restaurante de Truckee, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Estamos aqui no final da baixa temporada, quando todos os resorts ainda estão fechados esperando o acumulo de neve e a abertura oficial da temporada de inverno. O lado bom é que todos os preços ainda estão mais baixos e conseguimos nos hospedar no Squaw Valley Lodge, em frente à montanha nevada e à gôndola de esqui por um precinho bem camarada para os padrões de Tahoe. Acabamos não alugando nenhum equipamento de neve e deixamos para estrearmos no esqui lá no Utah ou Colorado. A neve chegou mais cedo este ano e os locais pareciam bem felizes de poderem estrear algumas das montanhas antes das hordas de turistas chegarem.

As pistas de esqui ainda estão fechadas no Squaw Valley, no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

As pistas de esqui ainda estão fechadas no Squaw Valley, no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Fiona enfrenta estradas cobertas pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Fiona enfrenta estradas cobertas pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


A melhor forma de conhecer a região é dirigindo ao redor do lago parando nos seus vários mirantes e atrações. A principal delas é a Emerald Bay, uma baía de águas esverdeadas que foi o cenário escolhido por Mrs. Lora Knight para a construção do seu pequeno castelo no ano de 1929.

Despedida do belo Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Despedida do belo Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Na orla do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Na orla do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


A casa apelidada de Vikingsholm foi construída em estilo escandinavo e ali, às margens do lago e nesta baía, por lembrá-la dos fiordes noruegueses. O acesso ao castelo é feito por uma trilha de pouco mais de 3km. O engenheiro e o arquiteto tiveram um trabalho e tanto, pois uma das exigências dela foi que nenhuma árvore fosse retirada do terreno, mantendo-o o mais intocado possível. Cenário de filme!

Vikingsholm Castle, na Emerald Bay, sul do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Vikingsholm Castle, na Emerald Bay, sul do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Entrada do Vikingsholm Castle, na Emerald Bay, sul do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Entrada do Vikingsholm Castle, na Emerald Bay, sul do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Continuamos a viagem, parando nos inúmeros mirantes ao redor do lago, passamos pela cidade de South Tahoe e cruzamos a fronteira com Nevada. Do lado de lá cassinos, imensos hotéis e centros de convenções parecem um mau presságio, mas alguns quilômetros depois chegamos ao Lake Tahoe State Park, que possui uma das vistas mais bonitas do lago! Chegamos lá no final da tarde, com o céu avermelhado em degrades de alaranjado, rosa, lilás e azul. Um pôr do sol sensacional!

Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos

Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos


Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos

Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos


Seja no verão ou no inverno, apaixonados por trilhas, caminhadas, esportes aquáticos ou de neve, o Lake Tahoe é um destino obrigatório na Califórnia. Mesmo para os mais preguiçosos, sua beleza cênica serve como inspiração para sair e explorar um dos recantos mais belos da Sierra Nevada. Só pesquisem bem e façam as suas reservas na alta temporada, pois sem dúvida você não será o único.

Celebrando a vida no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Celebrando a vida no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Califórnia, Lake Tahoe, North Tahoe, South Lake Tahoe, Squaw Valley, Tahoe City

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Olympic National Park

Estados Unidos, Washington State, Olympic National Park

A beleza selvagem da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

A beleza selvagem da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


A Olympic Peninsula está a menos de uma hora de ferry boat da cidade de Seattle e possui um mundo novo de cultura, história e muita natureza a serem explorados. A península é a casa do Olympic National Park, que orgulhosamente se apresenta como três parques em um, pois se estende da costa às montanhas e glaciares, passando pela floresta temperada úmida. São três ecossistemas completamente diferentes dentro dos seus 3.640 km2 de natureza selvagem.

Aproximando-se dos Elks na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Aproximando-se dos Elks na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Uma das muitas Elks fêmeas na manada que encontramos na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Uma das muitas Elks fêmeas na manada que encontramos na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Sua história geológica ainda é debatida entre especialistas, o basalto formado por lava vulcânica de mais de 50 milhões de anos dá uma pista, porém ela está coberta por argila e arenito de um imenso delta marinho que mais tarde emergiu do fundo do Oceano Pacífico. As eras glaciares esculpiram as rochas, montanhas e ilhas que hoje formam o Puget Sound e o Estreito de San Juan de Fuca. Ali, do outro lado, está a Ilha de Vancouver, San Juan Islands e outros pequenos arquipélagos.

Pôr-do-sol entre muitas nuvens na 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Pôr-do-sol entre muitas nuvens na 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


A beleza selvagem da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

A beleza selvagem da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


O isolamento do continente faz esta península quase uma ilha com mais de 20 espécies endêmicas, ou seja, que podem ser encontradas só aqui e em nenhum outro lugar do planeta! Para conhecer os três principais ecossistemas existentes no parque você irá precisar de um carro e disposição para algumas horas de estrada.

Pequeno veado cruza estrada do Olympic national Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Pequeno veado cruza estrada do Olympic national Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos



Port Townsend a La Push
Nós começamos o nosso tour pela cidade de Port Townsend, no norte da Península (leia o post aqui). Cidade cheia de músicos, vistas lindas das montanhas nevadas da Cascade Range, com direito a farol, praias e um toque cultural. De lá dirigimos pela US 101 em direção a Port Angeles, o portal de entrada para o Olympic National Park.

Chegando à floresta temperada úmida de Hoh, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Chegando à floresta temperada úmida de Hoh, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Lá está o centro de visitantes onde, além de poder assistir um filme sobre o parque, você consegue informações, mapas, dicas e dados atualizados sobre a previsão do tempo e abertura das rodovias. Nesta época do ano a estrada que sobe a 1.599m de altitude, na Hurricane Ridge, já está fechada devido à grande quantidade de neve. Ela fechou esta semana e deve reabrir a partir do mês de novembro durante os finais de semana, quando passa a receber manutenção. Bem, sem Hurricane Ridge, continuamos na US 101 em direção a La Push, mas fazendo a rota mais cênica, que passa às margens do Lake Crescent. O segundo lago mais profundo do estado de Washington tem oficialmente 190m de profundidade, mas dados extraoficiais já indicaram ser mais de 300m! O lago é uma das áreas recreativas mais populares entre os moradores e frequentadores da península. Esta área possui inúmeras trilhas que em dias mais quentes e secos devem ser maravilhosas, não hoje. =/

O magnífico Lake Crescent, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

O magnífico Lake Crescent, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Na costa, chegamos à região de La Push, onde está a Reserva Indígena Quileute. Quando falamos em reservas indígenas sempre temos a tendência de romantizar a vida e a cultura que iremos encontrar, mas não se enganem. Infelizmente aqui, como no Brasil, a comunidade está trabalhando para resgatar uma cultura que foi sufocada durante anos. Ainda assim a adaptação ao meio moderno acaba levando-os para atividades ainda menos românticas, como a abertura de cassinos, venda de mercadorias com menos taxas, etc.

A 2a Beach, praia repleta de troncos em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

A 2a Beach, praia repleta de troncos em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Sabiamente, aqui na pequena comunidade Quileute de La Push, as atividades mais ligadas à vocação ancestral como a pesca, agricultura e o artesanato, parecem prevalecer. E por que não o turismo? Nós ficamos hospedados em um ótimo hotel na beira da primeira praia de La Push, dentro da reserva indígena. Ótima infraestrutura, que fora alguns detalhes da decoração, é como as de todos os outros hotéis, com um benefício: estamos ajudando uma comunidade indígena.

Pôr-do-sol entre muitas nuvens na 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Pôr-do-sol entre muitas nuvens na 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


A vila está localizada em frente à First Beach e retornando um pouco na estrada encontramos a Second e a Third Beach. As praias ficam separadas da estrada por uma densa floresta e nas suas areias as toneladas de troncos imensos que são trazidos pelos rios e devolvidos pelo mar. Aqui vemos de perto as ilhas e rochedos que marcam o horizonte de La Push, esculpidas pelas ondas e pelo vento da inclemente Costa Pacífica.

Atravessando os troncos da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Atravessando os troncos da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Ali ao lado de La Push está a cidade de Forks, onde foi filmada a Série Twilight, da escritora Stephenie Meyer. Os filmes Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer se passam na cidade de Forks, vizinha a La Push. A saga de vampiros inclui até uma história fantástica da Tribo Quileute, que teria o poder de se transformar em lobos. Quem é fã da série pode fazer uma visita pela cidade, museu e sets de filmagem, você encontra mais dicas neste post da Turista Profissional, que também esteve lá.

Visitando a bela 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Visitando a bela 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos



Hoh Forest a Ruby Beach
Na manhã seguinte nossa primeira parada foi a Hoh Rain Forest, a segunda região mais chuvosa de todos os Estados Unidos, ela recebe mais de 5.080mm de chuva por ano, perdendo apenas para a ilha de Kauai, no Hawaii. Grande parte desta precipitação vem em forma de neve e cobre a cadeia montanhosa onde está o belíssimo e nevado Monte Olympic. (2.432m).

A magnífica Hoh Forest, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

A magnífica Hoh Forest, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Toda essa chuva forma um ecossistema riquíssimo, coníferas gigantes como a Douglas Fir crescem saudáveis e cobertas de musgos. Plantas rasteiras ganham nutrientes suficientes para se multiplicar. Manadas de Roosevelt Elk, o maior entre as 4 subespécies de elks na América do Norte, chega a 3 metros de comprimento e mais de 500kg! Eles se alimentam de gramíneas, frutas e outras plantas, com preferência especial pela salmonberry nesta época do ano.

Um grande Elk macho se alimenta na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Um grande Elk macho se alimenta na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Cara a cara com um Elk na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Cara a cara com um Elk na Hoh Forest, uma das mais úmidas do mundo, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


No lugar mais chuvoso dos Estados Unidos continental não nos resta outra opção a não ser enfrentar a água e cair nas trilhas. The Hall of Mosses (1,3km) e a Spruce Nature Trail (2km) são as trilhas mais fáceis, planas e já dão uma ótima ideia da floresta. Fizemos as duas seguindo uma manada com mais de 15 elks, machos, fêmeas e filhotes, lindos! A Hoh River Trail já exige mais preparo, tempo e até uma permissão especial para camping, para aqueles que estiverem dispostos a explorar os seus 30km (só de ida, tem mais 30 de volta).

A floresta de Hoh é tão úmida que galhos e troncos estão sempre cobertos de musgos, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

A floresta de Hoh é tão úmida que galhos e troncos estão sempre cobertos de musgos, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Nossa próxima parada foi a Ruby Beach, voltamos em direção à costa e seguimos um pouco ao sul para conhecer uma das praias mais bonitas da península. Ruby Beach é uma praia de pedras roladas, polidas pelo vai e vem das grandes marés do Pacífico. É uma praia única, pois consegue reunir a vista do alto do penhasco, o encontro do Cedar Creek, falésias e ilhas de pedra em um mesmo cenário.

Ruby Beach, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Ruby Beach, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Chegando à selvagem Ruby Beach, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Chegando à selvagem Ruby Beach, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Por todo este litoral encontramos várias placas informativas e educativas sobre tsunamis. Embora não tenham acontecido em uma história recente, a área está em uma zona de risco. Curioso foi que alguns dias depois da nossa visita, o alerta de tsunami foi lançado para toda a região, após o terremoto que ocorreu há 70 quilômetros da costa sul do Canadá. Ondas minúsculas chegaram à ilha de Vancouver, minúsculas mesmo, em torno de 12 cm! Mas tenho certeza que todos lá e aqui estavam bem informados!

Caminhada na bela e selvagem Ruby Beach, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Caminhada na bela e selvagem Ruby Beach, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos


Dois dias tranquilos explorando os arredores do Olympic National Park. Talvez acordando mais cedo e adicionando aí mais um dia e uns 400km, poderíamos incluir no roteiro a praia de Kalaloch, mais ao sul, a região do Ozette Lake e Neah Bay no noroeste da península, onde está o ponto mais à oeste dos Lower 48. Nós terminamos o nosso tour dirigindo novamente até a simpática cidade de Port Townsend, para mais uma noite musical nessa fantástica ilha da fantasia.

Enfrentando a umidade da floresta de Hoh, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Enfrentando a umidade da floresta de Hoh, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos

Estados Unidos, Washington State, Olympic National Park, Crepúsculo, Forks, La Push, Olympic National Park, Olympic Peninsula, parque nacional, Quileute Indian Reservation

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Trekking no Lake Louise

Canadá, Lake Louise

Vista privilegiada do Lake Louise e do hotel, vistos do alto da Beehive, , em Alberta, no Canadá

Vista privilegiada do Lake Louise e do hotel, vistos do alto da Beehive, , em Alberta, no Canadá


Principal cartão postal do Banff National Park e das Canadian Rockies, Lake Louise é um lago alpino incrustado entre montanhas com mais de 3 mil metros de altitude. Batizado de Lago Esmeralda pelo primeiro europeu que o visitou, foi rebatizado em homenagem à Princesa Louise Caroline Alberta, filha da Rainha Victoria e esposa do Governador Geral do Canadá.

Pode existir cenário mais belo para remar? (Lake Louise, em Alberta, no Canadá)

Pode existir cenário mais belo para remar? (Lake Louise, em Alberta, no Canadá)


O nome é charmoso, mas o primeiro expressaria mais a sua beleza. Sua cor varia de verde esmeralda a azul celeste, quase leitosa, que acontece pela quantidade de minerais e pó de pedra das altas montanhas varridas pelas águas lagoa adentro. Durante o verão, remadores exploram o lago em canoas e caiaques, durante o inverno ele se torna um imenso ringue de patinação com 2,5km de comprimento!

Caminhando ao redor de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Caminhando ao redor de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Às margens deste lago está o Chateau Lake Louise, construído no final do século XIX, que mesmo distante e sem acesso direto de trem recebia centenas de turistas aventureiros. Após dias de caminhada, cavalgadas ou dog sledge eles se hospedavam no Chateau, um luxuoso hotel de montanha para a época.

Há cem anos, essa mulher já sabia das coisas! (Lake Louise, em Alberta, no Canadá)

Há cem anos, essa mulher já sabia das coisas! (Lake Louise, em Alberta, no Canadá)


Os anos passaram, o hotel passou por reformas, incêndios e hoje o luxuoso Fairmont Chateau Lake Louise é um esqui resort e continua a receber milhares de turistas abonados todos os anos.

O famoso Chateau Lake Louise, em Alberta, no Canadá

O famoso Chateau Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Rodeado por picos nevados como Mont Temple (3.543m), o Mont Whyte (2.983m) e o Mont Niblock (2.976m), a região do Lake Louise é a porta de entrada para uma das principais áreas de montanhismo do Banff National Park. São mais de 40 trilhas sinalizadas e mapeadas em um pequeno guia disponível no centro de visitantes do parque.

Cada vez mais perto das geleiras, em caminhada na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Cada vez mais perto das geleiras, em caminhada na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Com mapa em mãos, lanches e câmera na mochila começamos a caminhada de 15 km ao redor do lago, subindo a trilha do Plain of Six Glaciers. São 5,3km de subida leve e constante entre vales, montanhas e glaciares até a Swiss Tea House. Dali, continuamos por 1,5km entre pedras e fortes ventos até o mirante do Lower Victoria Glacier, chegando pertinho do glaciar e com uma vista sensacional do vale e do Lake Louise.

Tentando abraçar a magnífica paisagem ao redor do Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Tentando abraçar a magnífica paisagem ao redor do Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Belíssima geleira no alto de montanha na região do Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Belíssima geleira no alto de montanha na região do Lake Louise, em Alberta, no Canadá


A Casa de Chá foi construída por uma família suíça que chegou à região a convite da Canadian Pacific Railway para abrir trilhas e guiar turistas para o alto das rochosas. A iniciativa aconteceu após a primeira morte em alta montanha, fatalidade ocorrida pela falta de experiência e treinamento do ávido desbravador. Até hoje a mesma família gerencia a Tea House que é uma ótima parada para uma torta acompanhada de um chá quentinho. Embora pareça longa a trilha até a casa de chás é fácil, durando de 4 a 5 horas e é uma das preferidas para famílias e senhores mais dispostos.

Chegando à uma Tea House na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Chegando à uma Tea House na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Voltando em direção à Tea House e ao Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Voltando em direção à Tea House e ao Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Obviamente nós não pararíamos por aí. Emendamos a trilha do Plain of the Six Glacier à Big Behive via Highline Trail e cruzamos para o outro lado da cadeia de montanhas esperando cruzar um urso a qualquer momento, pena (ou não!) que não aconteceu. A vista do Lake Louise e das montanhas do alto da Big Behive é fantástica!

Vista privilegiada do Lake Louise e do hotel, vistos do alto da Beehive, , em Alberta, no Canadá

Vista privilegiada do Lake Louise e do hotel, vistos do alto da Beehive, , em Alberta, no Canadá


A esplendorosa paisagem das montanhas ao redor do Lake Louise, em Alberta, no Canadá

A esplendorosa paisagem das montanhas ao redor do Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Descemos até o Agnes Lake, onde há outra casa de chás em estilo europeu, mas passamos reto. O sol estava caindo, o frio aumentando e ainda tínhamos um longo caminho pela frente. Fechamos o circuito passando pelo Mirror Lake e chegamos novamente ao Lake Louise, depois de 15 km e 5 horas de caminhada. Ótimo trekking pelas rochosas, com algumas das melhores vistas do Banff National Park.

A esplendorosa paisagem das montanhas ao redor do Lake Louise, em Alberta, no Canadá

A esplendorosa paisagem das montanhas ao redor do Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Montanhas ao redor do Lake Agnes, na caminhada que se inicia no Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Montanhas ao redor do Lake Agnes, na caminhada que se inicia no Lake Louise, em Alberta, no Canadá


No dia seguinte ainda um pouco doloridos da longa caminhada, aproveitamos as primeiras horas do dia ainda sem chuva para esticar as pernas nos 4km ao longo do Lake Morraine.

O belíssimo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

O belíssimo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


Fascinado pelas cores do Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Fascinado pelas cores do Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá


O tempo não ajuda muito nas cores das fotos, mas cá entre nós, o verde cristalino deste lago me impressionou ainda mais que a do Lake Louise. Voltamos ao mirante do Lake Morraine nos despedindo de Banff e pegamos a estrada em direção à Icefields Parkway, tema do meu próximo post.

feliz, durante passeio pelo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

feliz, durante passeio pelo Lake Moraine, na região de Lake Louise, em Alberta, no Canadá

Canadá, Lake Louise, Lago, parque nacional, Trekking, trilha

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A Caminho de Casa

Brasil, São Paulo, Ribeirão Preto

Na casa do Guto, com a Sossa, Leo, Karen e Lulu, em Ribeirão Preto - SP

Na casa do Guto, com a Sossa, Leo, Karen e Lulu, em Ribeirão Preto - SP


Hoje percorremos pouco mais de 600km. Despedimo-nos do Chico, grande companheiro de viagem por Goiás e seguimos em direção a Ribeirão Preto. Saímos de Rio Verde e os primeiros quilômetros já foram meio pentelhos, estrada em obras, alguns pontos de pista única alternando os lados. Bacana é que sempre que pára podemos conversar com alguém e fazer novos amigos na estrada. Passamos por Itumbiara, atravessamos o estado de Minas Gerais, cruzando as cidades de Uberlândia e Uberaba, verdadeiras metrópoles que já foram nos lembrando como são as cidades grandes do sul do país. Milhares de prédios e arranha-céus, pontes, viadutos e carros por todos os lados.

Anoiteceu e seguimos sem cansaço, afinal estamos chegando em casa. Ribeirão Preto é casa? Sim, aos que não lembram, lááá no início da viagem, já passamos por aqui. Ribeirão é a cidade onde mora a família do Rodrigo, meus sogros, cunhados, primos e sobrinhos. É uma emoção tão grande chegarmos a um lugar que já reconhecemos as ruas, a casa, a padaria e aquela pizzaria que fica pertinho da casa do Guto e da Sonia! Melhor ainda é tocar a campainha e darmos de cara com a nossa família.


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Guto e Sônia nos receberam em sua casa, com aquele sorriso gostoso, casa aconchegante, histórias para contar. Lulu, como sempre, curioso e cheio de perguntas, nos desafiando em acertar todas as capitais do mundo. Léo e Karen chegaram a tempo da pizza, vieram do cursinho, irão tentar vestibular para Administração de Empresas. Ficar longe é tão difícil... Só agora soubemos, por exemplo, que o Guto e a Sossa pegaram dengue, das bravas! Só agora vimos que o Lulu cresceu e já me passou na altura! Até o Flipper, inseparável dog companheiro do Guto, andou passando por cirurgias neste período.

O mais gostoso de tudo é saber que podemos ficar longe, mas que quando voltamos, eles estão sempre aqui, de braços abertos esperando por nós. Alguns dizem que famílias são sempre iguais... Que maravilha se forem sempre iguais às nossas.

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On the Road

Brasil, Paraná, Curitiba

Paparicando a Luiza em Curitiba - PR

Paparicando a Luiza em Curitiba - PR


Hoje viajamos de Parati até Curitiba em uma batida só. O motivo? O casamento de um dos meus melhores amigos, Gustavo e Paula. Nos conhecemos desde os 13 anos, quando estudamos juntos no Expoente e por uma grande coincidência (ou não) descobrimos que nossas famílias se conheciam há muito tempo, do movimento espírita. Paula e Gustavo já namoravam há anos e ficaram noivos na Ilha do Mel, no mesmo dia do nosso casamento. Aquela ilha inspirou muitos casais! Tudo isso junto fez com que eu não pudesse perder este momento de jeito nenhum! Antes mesmo de viajarmos já havia prometido ao casal que viríamos de onde estivéssemos para celebrar esta união.

A Luiza, sobrinha querida, em Curitiba - PR

A Luiza, sobrinha querida, em Curitiba - PR


Foram 8 horas de estrada, chegamos direto na casa da mais nova pessoinha da família, Dona Luiza Silveira Clivatti! A Lulu está a coisa mais linda do mundo! Havíamos a encontrado na sua primeira semana de vida e depois só a vi umas duas vezes no skype, quase morreeeeendo de saudades. Nestes 2 meses a Luiza ganhou 1,5kg, está super interativa e ainda mais deliciosa. Dani e Dudu, vocês realmente fizeram um ótimo trabalho!

Paparicando a Luiza em Curitiba - PR

Paparicando a Luiza em Curitiba - PR


Paparicando a Luiza em Curitiba - PR

Paparicando a Luiza em Curitiba - PR


Chegamos em casa e fomos ao trabalho, descarregar a Fiona, lavar os 10 kg de roupa que acumulamos e organizar as coisas para o pouco tempo que temos que Curitiba. Eis que, quando eu menos esperava, recebo uma ligação do Gustavinho, um amigo de faculdade.

“Você está em Curitiba?!?! Eu vi seu carro aqui do lado da minha casa! Venha já, está rolando um churrasco da turma!”

Com amigos da faculdade, em Curitiba - PR

Com amigos da faculdade, em Curitiba - PR


Já era mais de meia-noite, mas eu não via os meus amigos há tempos. O Ro totalmente cansado, mas eu não pude deixar de ir! Foi uma maravilha! Boas risadas lembrando das nossas histórias da época. Ainda reencontrei um amigo que não via há tempos, o Marcelo, ele está trabalhando na área de turismo de aventura, rodou o Brasil e a América do Sul nos últimos 3 anos e tem altas dicas para nós. Maravilha! Vemos que nada é por acaso mesmo! Vamos ver se conseguimos nos encontrar algum dia desses para anotar as dicas. Amanhã será um dia corrido, pois logo logo estaremos on the road again!

Brasil, Paraná, Curitiba,

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O caminho foi a viagem, o meio e o fim.

Brasil, São Paulo, São Paulo

Dos jardins ao centro, uma leitura básica e superficial da divisão social paulista a partir do metrô.

Linha Amarela – Nova Estação de Metrô da Faria Lima – proletariado curioso da Faria Lima, uma vez que este metrô está apenas em fase de teste. Realmente é um metrô de primeiro mundo, novinho, funcional e muito seguro. Achei curioso que nenhuma cadeira tem apoio no chão, são todas afixadas pela lateral ou barras elevadas, o que facilitará e muito a manutenção e limpeza do trem. Na estação as portas de vidro separam o trilho da plataforma, pensando na segurança dos usuários suicidas ou da muvuca em polvorosa por não perder o próximo trem.

A nova e moderna linha de metrô amarela, em São Paulo

A nova e moderna linha de metrô amarela, em São Paulo


Linha Verde – Paulista – estudantes de classe média-alta e trabalhadores engravatados. Todos apressados, muito ocupados, mas sempre com aquele tom blasé de quem se sente mais importante do que realmente é. O metrô condiz com a educação deste público, limpo, bem conservado, campanhas publicitárias bem direcionadas sobre cultura e marcas da moda.

Linha Vermelha e Linha Azul - Sé e República – classe média baixa, a famosa e tão falada classe C em ascensão. O metrô lotado já é mais sujo, pichações e as campanhas acompanham o interesse do povo. Show sertanejos, hip hop e shoppings populares. São milhares de pessoas preocupadas em sobreviver. Guerreiros dispostos a brigar por seu espaço, seja ele no mercado de trabalho ou até mesmo no trem lotado. Na Praça da Sé vemos o desdobramento disso, vendedores ambulantes, artistas solitários fazendo apresentações para um grupo de pessoas, manifestação no prédio do governo.

Catedral da Sé, em São Paulo

Catedral da Sé, em São Paulo



E no caminho, apenas em minha mente, o som de Caetano Veloso...

É que quando eu cheguei por aqui, eu nada entendi,
Da dura poesia concreta de suas esquinas,
Da deselegância discreta de suas meninas...”.

Permeando o caminho: um almoço no Bar da Dona Onça, no Copan, prédio de Oscar Niemayer.

O famoso prédio Copan

O famoso prédio Copan


Compras rápidas nas lojas de fotografia na 7 de Abril. Caminhar pelo Viaduto do Chá,

Vista a partir do Viaduto do Chá, no centro de São Paulo

Vista a partir do Viaduto do Chá, no centro de São Paulo

Viaduto do Chá

Viaduto do Chá


Pateo do Collegio, local onde foi fundada a cidade de São Paulo até chegar na “Sé Square”, como dizia a placa indicativa turística.

Pátio do Colégio, onde começou a cidade de São Paulo

Pátio do Colégio, onde começou a cidade de São Paulo


Pátio do Colégio, onde começou a cidade de São Paulo

Pátio do Colégio, onde começou a cidade de São Paulo

Brasil, São Paulo, São Paulo, Capital, centro, Metrô, Metropole

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Back to 80s

Brasil, Minas Gerais, Januária (P.N Cavernas do Peruaçu)

Obsservando praia do Rio São Francisco em Januária - MG

Obsservando praia do Rio São Francisco em Januária - MG


Quem diria que em plena Januária, norte de Minas Gerais, teríamos uma tarde com um flashback dos anos 80. Atravessamos de barco de uma margem para outra e chegamos à barraca do Primo. Chegando lá o CD de brega que estava tocando logo foi substituído por uma coletânea de anos 80. Dire Straits, Guns and Roses, Queen, entre outros.

Barraca na praia do Rio São Francisco, em Januária - MG

Barraca na praia do Rio São Francisco, em Januária - MG


O Rodrigo começou uma viagem pelo tempo, lembrando da sua adolescência e tempos de faculdade. Digo que ele tem sorte de ter se casado com uma meninona que gosta de música e tem boa memória, pois enquanto ele estava nas pistas de dança curtindo estes lançamentos eu estava no primário. Engraçado foi que essa viagem musical o levou para um flashback por entre os filmes do Rocky. Eu nunca assisti nenhum deles por completo, portanto ele passou a me contar cada um, do Rocky 1 ao Rocky 4. A história emocionante do duelo entre o Apolo e o Rocky, boxeador de terceira categoria que se tornou um vencedor. Porém ele não poderia deixar de citar o lendádio “The Champ”, filme clássico dos anos 70. Foi quando comecei a perceber uma voz mais trêmula, emocionada. “Esse pessoal que produz filmes de boxe, conta a história de um jeito para nos fazer chorar”, disse o Rodrigo. É a história de um pai, lutador decadente, que consegue vencer uma luta dificílima de olho no dinheiro para criar seu filho de 9 anos e morre minutos depois da luta. É aí que acontece a cena mais forte do filme, quando o filho chega à maca onde está o pai desfalecido e chorando diz “wake up Champion, wake up!”. Muito emocionado e com lágrimas nos olhos meu lindo finaliza a história: “Ninguém conseguia sair do cinema sem chorar, eu mesmo havia prometido e não consegui.” Como diz a minha amiga Ju, “quem gueeenta?”, enquanto ele chorava de emoção eu chorava de tanto rir! Nunca vi uma coisa dessas!

Barraca na praia do Rio São Francisco, em Januária - MG

Barraca na praia do Rio São Francisco, em Januária - MG

Brasil, Minas Gerais, Januária (P.N Cavernas do Peruaçu), Praia, Rio, Rio São Francisco

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Pachamama

Argentina, Humahuaca

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina


Tivemos sorte de chegar em um dia importante no calendário deste povo, que comemorava o final de um ciclo e início de um novo ano. Na praça central de Humahuaca encontramos vários grupos fazendo oferendas à Pachamama. O Rodrigo curioso foi ver e me falou, aquele pessoal ali está fazendo alguma coisa parecida com macumba. Eu que adoooro tudo isso foi logo ver o que estava acontecendo.

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina


Pachamama, na crença andina, é a mãe terra. A divindade responsável por tudo que existe na vida. Ela é muito protetora e fiel mas também cobra de vingativa quando se sente desrespeitada. Acredita-se que Pachamama tem uma presença sobrenatural nesta região e todos os anos no início do mês de agosto é feita uma cerimônia onde as pessoas oferecem seu respeito, amor, dignidade e agradecimento à mãe terra, pedindo por proteção, saúde e tempos melhores para o seu povo e sua família.

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina


A cerimônia é preparada com antecedência e faz oferendas diretamente à mãe terra. Na praça principal de Humahuaca foi cavado um buraco na terra, onde a divindade recebe diretamente as oferendas. Todos podem participar, fazendo uma fila e sempre em duplas. Dentre as oferendas estão cigarros de tabaco, um chá com diversas ervas, folhas de coca, planta sagrada dos povos ancestrais andinos, álcool, elemento da saúde. O papel picado, a cerveja, vinho são oferecidos como símbolo da alegria.

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina


Sempre me senti atraída por estes conhecimentos e crenças da cultura andina. Os xamãs possuem uma visão mais ampla do mundo e da natureza. Uma visão de integração entre nós, seres humanos, e a mãe terra. Lembro quando tinha 14 anos, participei de um congresso holístico e vi uma palestra de um xamã onde ele explicava em linhas gerais, fazendo um paralelo entre o nosso corpo e a terra. O solo é como os nossos músculos, nos dá a base e a força, os rios são como as nossas veias, limpam e purificam, as árvores os nossos pulmões... Assim, quando poluímos os rios, a terra fica doente, nosso sangue está doente... Está tudo interligado.

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina


Não tive dúvida, entrei na fila para participar da cerimônia. Minha dupla foi um argentino, artista muito espiritualizado que também estuda o xamanismo. Nós nos ajoelhamos em frente ao poço das oferendas, pedimos permissão à Pachamama, jogando folhas de coca, para lhe entregarmos nossas oferendas. Enquanto vamos derramando os diferentes tipos de bebida, vinho, cerveja, álcool, etc, pedimos perdão, fazemos nossas preces e pedidos e agradecemos à proteção da mãe terra. Durante toda a cerimônia é feita uma defumação com uma planta, que alguns dizem ser alucinógena. Ao final brindamos e bebemos algumas bebidas licorosas que eles nos dão em copinhos e recebemos os confetes da alegria na nossa cabeça.

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina

Cerimônia e homenagem à Pachamama, em Humahuaca - Argentina


É uma cerimônia forte e muito simbólica. Saí dali com uma ótima sensação de bem estar, não só pelo incenso e pelas bebidas, mas sem dúvida por toda a energia positiva da natureza canalizada naquele ato. Começamos um novo ano reenergizados para os próximos 550 dias de estrada, de paz com a vida e em sintonia com a mãe terra, Pachamama.

Mais informações sobre a cerimônia podem ser encontradas neste link: http://www.tilcarajujuy.com.ar/general/calendario/pachamama/pachamama1.htm

Argentina, Humahuaca,

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Oeiras

Brasil, Piauí, Oeiras

Oeiras, antiga capital do Piauí

Oeiras, antiga capital do Piauí


A qualidade de um guia pode modificar completamente uma viagem. Rafael, nosso guia na Serra da Capivara, sem dúvida alguma tornou a nossa experiência muito mais rica e especial. Um sanraimundense formado em geografia e criado nos arredores do parque, apaixonado pelo sertão, pela história de sua cidade, cultura e todas as riquezas pré-históricas e naturais aqui encontradas. Um guardião desta tesouro, como ele mesmo falou. Foi Rafael também quem nos falou sobre Oeiras, primeira cidade do Estado, que em 1718 foi elevada à condição de capital da Capitania do Piauí.

Com o Rafael, nosso guia na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Com o Rafael, nosso guia na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Estávamos ali tão próximos que não poderíamos deixar de conhecer a cidade mais antiga deste estado. Sabíamos que distância nem sempre quer dizer rapidez, mas não imaginávamos que seria tanto. Viemos ontem à tarde pela estrada que liga São Raimundo Nonato a Oeiras, passando por Simplício Mendes. Depois de Simplício a situação da estrada que já era precária ficou pior ainda. Completamente abandonada, com crateras na pista de asfalto e com o acostamento já tomado pela verde caatinga.

Transporte comum na Serra da Capivara e em todo o sul do Piauí

Transporte comum na Serra da Capivara e em todo o sul do Piauí


Enfim, chegamos à Oeiras, uma cidade histórica no interior do Piauí que participou ativamente da emancipação política brasileira em 1822. O casario antigo e a igreja matriz não deixam negar, Oeiras é uma cidade pequena, mas com muita personalidade. A população do município está em festa comemorando o dia da padroeira da cidade. Muito religiosos, todos participam dos festejos, novenas, quermesses e bingos de arrecadação da igreja.

Igreja em Oeiras, antiga capital do Piauí

Igreja em Oeiras, antiga capital do Piauí


Ficamos hospedados em na Pousada do Cônego, que fica em um casarão tombado pelo Patrimônio Histórico desde o século XVIII. A Fiona chama pouca atenção, ainda mais estacionada em frente à pousada e à principal praça da cidade, assim no dia seguinte tivemos uma ótima surpresa! Recebemos no hotel a visita de Bill, promotor de justiça de Oeiras e de Joca Oeiras, paulista radicado no Piauí há 8 anos. Joca é jornalista e na sua primeira visita à cidade logo se encantou e resolveu mudar-se pouco depois.

Com o João Oeiras, em Oeiras, antiga capital do Piauí

Com o João Oeiras, em Oeiras, antiga capital do Piauí


Trocamos entrevistas para nossos respectivos blogs, o Joca falou para o Soy loco e nós viramos notícia no Portal do Sertão, onde registraram a nossa passagem meteórica pela cidade, como bem disse Oeiras.

Veja a matéria .

Uma pena não termos ficamos mais, mas infelizmente com o cronograma apertado precisamos seguir viagem. Trocamos informações, conhecemos um pouco mais da cidade e ainda fomos agraciados com dois interessantes livros, um do próprio Joca Oeiras, Nós & Elis, que conta histórias que giram em torno da atmosfera política do bar de Teresina de mesmo nome. O segundo livro conta a história do Visconde de Parnaíba, líder político da cidade que lutou pela independência do Estado do Piauí, um dos últimos estados brasileiros a deixar de ser colônia de Portugal.


Foi uma passagem meteórica, mas muito rica e que deixou saudades da hospitalidade e das histórias. Que bom que pudemos levar conosco estas memórias e um pedacinho delas nestes livros.

Brasil, Piauí, Oeiras, cidade histórica

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Paso San Francisco

Argentina, Fiambalá, Belén

Neve soterra placa no Paso San Francisco - Argentina

Neve soterra placa no Paso San Francisco - Argentina


Acordamos, mas parecia que ainda estávamos sonhando. Um pequeno oásis incrustado na boca de um vulcão inativo. Ainda assim ele se faz presente nas águas termais e medicinais de Fiambalá. As piscinas de 25 a 45°C construídas da forma mais integrada com a natureza dá um charme ainda mais especial ao principal atrativo da cidade.

Termas de Fiambalá - Argentina, construídas dentro de um antigo vulcão

Termas de Fiambalá - Argentina, construídas dentro de um antigo vulcão


Caminhamos rio acima, escalando ao lado de uma cachoeira de águas quentes e fomos até a nascente do rio. Ele brota há apenas 200m da primeira piscina, com a temperatura perto dos 70°C! Ainda assim existe vida, uma espécie de alga gosmenta que se desenvolveu nestas condições adversas.

Uma cachoeira natural de água quente um pouco acima das termas de Fiambalá, na Argentina

Uma cachoeira natural de água quente um pouco acima das termas de Fiambalá, na Argentina


Neste dia lindo, saímos da boca do vulcão ainda com esperanças de encontrar o Paso San Francisco aberto. O pessoal de Informações Turísticas nos disse que o pessoal do exército chileno já estava começando a limpar a pista. Quem sabe hoje ou amanhã mesmo pode abrir? Compramos suprimentos suficientes para dois dias, os dois que estávamos dispostos a esperar “acampados” na base da Gendarmeria de Las Grutas. Eles possuem um abrigo para montanhistas e casos como o nosso. Já que chegamos até aqui temos que tentar! O máximo que vai acontecer é conhecermos apenas o lago Argentino de um dos mais belos pasos ao Chile.

Início de dia num dos terraços das termas de Fiambalá, na Argentina

Início de dia num dos terraços das termas de Fiambalá, na Argentina


Eu voltava ao carro depois de informações e compras e eis que dou de cara com o Rodrigo sendo entrevistado pela televisão local! Rsrs! Muito bacana! O repórter viu o carro e já quis saber sobre a viagem e o que estávamos achando da cidade, das termas, etc. Metidos que só até demos entrevista em espanhol! Só imagino o povo da cidade vendo os brazucas hablando portuñol e achando que estão abafando! Hahaha!

Entrevista para a TV de Fiambalá - Argentina

Entrevista para a TV de Fiambalá - Argentina


Pegamos estrada, são 130km até Las Grutas. 130 quilômetros de um cenário espetacular!!! Entre montes nevados, dunas de areia, morros coloridos, lagoas, vicuñas e apenas nós na estrada! Mais um indicativo de que a fronteira não irá abrir... mas já não importa, eu nunca havia visto uma paisagem andina tão maravilhosa.

Bela paisagem na estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile

Bela paisagem na estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile


O início da jornada hoje foi aos 1505m de altitude, saindo de Fiambalá em direção aos 4000m de Las Grutas. Neste caminho passamos por um hotel desativado às margens de um lindo lago com algumas partes congeladas.

Um lago a mais de 3 mil metros de altitude, na estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile

Um lago a mais de 3 mil metros de altitude, na estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile


Os campos de altitude com gramíneas douradas, montanhas nevadas ao fundo euma reta interminável que vai nos levando gradativamente aos 4000m. Em cada baixada encontramos grupos de vicuñas, camelídeo totalmente adaptado à altitude. Elas se agrupam nas regiões com mais água e gramíneas. Sua lã é uma das mais caras do mundo, devido à qualidade e dificuldade de ser retirada, já que este animal é selvagem e dificilmente domesticado.

Observando Vicunhas, animal comum na paisagem da estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile

Observando Vicunhas, animal comum na paisagem da estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile


Chegamos à Las Grutas, com a cancela fechada e um dos oficiais nos dizendo que nem adiantava insistirmos, o Paso estava fechado e não teríamos como passar. Olviedo estava comemorando seu aniversário hoje, recebendo várias ligações e ainda que super informal foi super atencioso. Nós conversamos, explicamos os nossos planos e ele já adiantou, o lado chileno não irá abrir pelo menos por mais uma semana. Já está fechado há 45 dias, este ano foi o pior e o lado chileno é o que mais sofre com a neve. Alguns trechos estão com blocos de gelo muito altos e eles ainda não conseguiram limpar.

A Fiona deixou suas marcas na neve, próximo ao Paso San Francisco - Argentina

A Fiona deixou suas marcas na neve, próximo ao Paso San Francisco - Argentina


Entendendo a nossa ansiedade por conhecer a região, ele nos liberou para passarmos, irmos até a fronteira e se a estrada permitisse, até a Laguna Verde, uma das principais atrações deste paso. Desde que voltássemos, pois ali eles não possuem muita mobilidade e estrutura para resgate de turistas e carros atolados na neve. Andamos uns 11km até encontramos a primeira e última barreira.

Não vai dar para passar! (Paso San Francisco - Argentina)

Não vai dar para passar! (Paso San Francisco - Argentina)


Um trecho longo de neve fofa fechava a estrada. Linda, branquinha, fofinha... eu parecia uma criança brincando na neve. Tentamos passar, mas em alguns trechos ela estava muito alta e a Fiona não teve forças para vencê-la. O Rodrigo estava inconformado. Andava de lá para cá, enquanto eu me divertia na neve, me afundando, feliz.

Brincando com a neve perto do Paso San Francisco - Argentina

Brincando com a neve perto do Paso San Francisco - Argentina


Ali, refizemos os planos. Não precisaríamos mais dormir no refúgio de Las Grutas, pois não vamos esperar por uma semana. E como não vamos mais até a lagoa, temos tempo suficiente para voltar o máximo possível já em direção ao nosso próximo objetivo, o Paso de Jama. Aproveitamos a paisagem senacional e a neve fofa para gelar as nossas Quilmes, relaxar e aproveitar! Essas horas eu sou bem prática, não adianta chorar e espernear, o que não tem remédio, remediado está. Voltaremos e cruzaremos por Jama.

Procurando nova rota para atravessar a fronteira para o Chile (no Paso San Francisco - Argentina não vai dar!)

Procurando nova rota para atravessar a fronteira para o Chile (no Paso San Francisco - Argentina não vai dar!)


Fizemos a nossa viagem de volta com uma luz ainda mais linda que na vinda. Nos despedimos dos gentis rapazes da gendarmeria argentina, demos parabéns novamente a Olviedo e pé na estrada. Vimos as mesmas vicuñas, montes coloridos e lago congelado... e pensar que aquela paisagem está lá todos os dias de nossas vidas! Que loucura.

Magnífica paisagem no Paso San Francisco, do lado argentino

Magnífica paisagem no Paso San Francisco, do lado argentino


A vantagem dessa nossa viagem é que podemos refazer os planos quando sentimos necessidade. E hoje decidimos, voltaremos ao Paso San Francisco em 2012, quando estaremos a caminho da Patagônia. Chegaremos ainda no verão, quando o paso estará aberto e a temporada de escaladas também! Vamos escalar o Ojos del Salado, segunda maior montanha da América. Até lá tenho tempo para me preparar!

Adesivo dos Mildias na fronteira do Paso San Francisco - Argentina. Vamos voltar!

Adesivo dos Mildias na fronteira do Paso San Francisco - Argentina. Vamos voltar!


Na estrada, esticamos até a cidade de Belén, no estado de Tucumán. A cidade possui um museu arqueológico e algumas atrações naturais nos seus arredores, que se tivéssemos tempo com certeza iríamos conhecer. Esta porém, ficará para os próximos 1000dias.

Chegando aos Andes, na estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile

Chegando aos Andes, na estrada para o Paso de San Francisco, entre Argentina e Chile

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