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Abraão, um passeio na história.

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ


Mais um dia de chuva... Nossa primeira intenção era subirmos o Pico do Papagaio hoje, mas ninguém merece subir quase 1000m de altura para não enxergar nada, ainda mais em um lugar lindo como este. Amanhã a previsão é de sol, então deixamos para o dia do meu aniversário este presente. Com chuva e um pouco de frio, hoje resolvemos fazer uma parte mais histórica da Ilha que ainda não conhecíamos.

Molhando os pés na Cachoeira do Poção, na Ilha Grande - RJ

Molhando os pés na Cachoeira do Poção, na Ilha Grande - RJ


Andamos pela vila e fomos direto ao Centro de Visitantes, que fica na Sede do Parque Nacional da Ilha Grande. O centro é muito bacana, tem várias informações muito interessantes sobre a história da ilha, trilhas e fica instalado onde foi um dia a lavanderia do Lazareto.

Visitando o Centro de Visitantes do INEA em Abraão, na Ilha Grande - RJ

Visitando o Centro de Visitantes do INEA em Abraão, na Ilha Grande - RJ


De lá seguimos para o Circuito do Abraão, que passa pelo Mirante da Praia Preta, Mirante do Aqueduto, Poção, Aqueduto, Praia Preta, Lazareto e finalmente o Mirante do Pescador. Ilha Grande faz parte da história do Brasil desde 1700, quando fazendeiros de café e cana começaram a explorar a ilha para agricultura. Grande parte da ilha é recoberta pela Mata Atlântica, porém boa parte dela já é uma mata secundária que se refez sobre esta área de cultivo. Mais tarde D. Pedro II comprou a fazenda do Holandês para instalar o Lazareto, instalação da vigilância sanitária que funcionava como um hospital de quarentena dos imigrantes e visitantes do Brasil. Lá era feito o controle de entrada de pestes e doenças contagiosas que se alastravam pelo mundo naquela época. Todos os navios que chegavam ao Brasil aportavam no Lazareto da Ilha Grande e todos os passageiros eram examinados. Caso algum deles apresentasse alguma suspeita, era retirado para observação e instalado conforme a sua classe em um dos prédios do Lazareto. Foi no prédio de passageiros de 1ª classe também, que o próprio D. Pedro II ficou hospedado com sua família antes de ser exilado em Portugal, logo após a Proclamação da República. O Lazareto posteriormente se tornou uma prisão, conhecida como a Alcatraz Brasileira, fazendo parte do Complexo Prisional de Ilha Grande, juntamente com a C.C.D.R. de Dois Rios. Para atender a demanda de água da Vila de Abraão e do Lazareto foi construído o belíssimo Aqueduto, com rochas e óleo de baleia, e ele mesmo até hoje faz parte do sistema de abastecimento de água supre a vila.

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ


Dia relax, trabalhando bastante! Quero colocar uns vídeos novos, mas editar esse negócio dá trabalho! Uma amiga minha é entusiasta dos vídeos mais roots, sem edição mesmo, quem sabe começo a me desapegar desses preciosismos e começamos a postar uns vídeos brutos para vocês! Por enquanto o dia trabalhando em condições precárias, sem mesa e internet ¼ de meia boca, me renderam um vídeo quase pronto e um belo torcicolo!

O rio da Praia Preta, na Ilha Grande - RJ

O rio da Praia Preta, na Ilha Grande - RJ


No final do dia fiquei meio deprê, em outros anos essa hora eu estaria ligando para todos os meus amigos para combinar o festerê de aniversário em um bar em Curitiba. É o meu primeiro aniversário na estrada, amanhã temos a programação de subir o Pico do Papagaio, segundo ponto mais alto da Ilha Grande e depois seguir para o Rio de Janeiro. Já que estamos aqui pertinho, escolhi passar o aniversário na cidade maravilhosa, com meus queridos cunhados e sobrinha, afinal, aniversário com a família é muito mais gostoso.

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande, Abraão, Praia, trilha

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Juréia do Sul

Brasil, São Paulo, Juréia

Caminhando até a Barra do Ribeira, em Iguape-SP

Caminhando até a Barra do Ribeira, em Iguape-SP


Um dos espetáculos mais bonitos da natureza é o desaguar do rio no mar. Esse encontro de águas pode ser tão especial que em alguns lugares tem até nome, como a pororoca, o encontro das águas dos rios amazônicos com o mar. Hoje o nosso programa era justamente ir até a barra do Rio Ribeira, como comentei ontem, o mesmo rio que corre por toda a região do PETAR. Fica a 4km da vila, aqui na Juréia Sul, portanto sugeri ao Rodrigo retomarmos o nosso treino de corrida para chegarmos até lá. Caraca! Foram uns 50 dias que fiquei sem treinar e já perdi o fôlego? Espero que seja só o efeito da areia fofa e vento contra! Rsrsrs!

Pegando um bronze na Barra do Ribeira em Iguape-SP

Pegando um bronze na Barra do Ribeira em Iguape-SP


Chegando lá tomamos um belo banho de rio olhando para a margem oposta, onde tentamos chegar com a Fiona e não conseguimos. Várias casas imensas ali, ameaçadas pela correnteza e altas do rio e do mar, uma delas aparentemente fora abandonada recentemente, pois a parede lateral já estava no chão. Cada dia que passa fica mais claro que quando não respeitamos o meio ambiente, ele acaba mostrando as conseqüências de forma natural, literalmente.

Nadando na Foz do Rio Ribeira em Iguape-SP

Nadando na Foz do Rio Ribeira em Iguape-SP


Voltando da barra almoçamos e fomos trabalhar. Consegui produzir mais 2 vídeos para o site, a produção está acelerada! Acabamos decidindo passar a noite por aqui. Aparentemente a internet tinha voltado a funcionar e queríamos aproveitar ao máximo, já que internet rápida é coisa rara por estas bandas. No final, infelizmente, era só fogo de palha, não funcionou mais. Amanhã cedo sairemos cedo rumo à vizinha do norte, próxima à Peruíbe, a Juréia do Norte.

Homem e seu cachorro se divertem na praia da Barra do Ribeira em Iguape=SP

Homem e seu cachorro se divertem na praia da Barra do Ribeira em Iguape=SP

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A long day in Long Island

Bahamas, Long Island - Stella Maris

Praia de Cape Santa Maria, em Long Island - Bahamas

Praia de Cape Santa Maria, em Long Island - Bahamas


Hoje o dia começou cedo. Acordamos às 7h e resolvemos explorar uma das principais praias do norte da Ilha, Cape Santa Maria. Uma praia paradisíaca! Fica a 15 km de distância de Stella Maris. Ao invés de alugarmos um carro ou irmos de táxi aproveitamos a bicicleta que o hotel nos dava na faixa e resolvemos pedalar até lá. Tínhamos que ser rápidos, pois às 11h da manhã já tínhamos agendado a ida ao Dean´s Blue Hole. A pedalada foi ótima, uma Caloi super confortável e uma estrada tranqüila, sempre em mão inglesa. Fizemos estes 30 km em 2 horas, com um intervalo de 30 minutos para tomar um banho de mar completamente sozinhos naquela praia paradisíaca! A água era azul fosforescente, mesmo sem sol!

Seguimos para o Blue Hole, ansiosos por dois grandes acontecimentos: assistir ao Free Dive Suunto Chalange, um campeonato organizado para desafiar os 16 melhores apneístas do mundo! Eu e o Rodrigo fizemos o curso de apnéia no Brasil, então estávamos empolgadíssimos para assistir a competição. O segundo evento era o mergulho em um buraco de mais de 210m de profundidade. Chegando lá infelizmente a competição já havia acabado, mas por 2 minutos encontramos ninguém menos do que a nossa amiga Carol Sharappe, campeã brasileira e recordista sul-americana (veja mais detalhes no post “mundo pequeno”).

Dean's Blue Hole - Long Island - Bahamas

Dean's Blue Hole - Long Island - Bahamas


O cenário desta competição é algo impressionante. Uma praia protegida pelos corais, de areias branquinhas e água turquesa, que ali, há 3 metros de distância tem um buraco de 210 metros de profundidade! Ninguém sabe explicar ao certo como se formou, O Dean´s Blue Hole não é o único aqui na região, que possui em torno de 30 como ele, mas é o mais profundo. Lugarzinho mais ou menos... Nós nos preparamos para mergulhar, ao lado da estrutura montada para a competição e não nos agüentamos, tivemos que brincar ali também. Lembramos das técnicas de respiração que a Carol nos ensinou e praticamos um pouquinho a nossa apnéia. Não tivemos muito tempo para nos concentrar e relaxar, mas ali, naquele azul maravilhoso não foi difícil para o Rodrigo chegar aos 20m e eu aos 16m. Com mais um pouquinho de treino acho que bateríamos nossos recordes da pedreira (Ro, 30m e o meu 23m). Dá até raiva de pensar que com cilindros e toda aquela parafernália nós só vamos poder ir até 30 metros, enquanto hoje o recordista mundial já chegou até os 114m! Mas, fazer o que... Temos que lidar com as nossas limitações.

Se preparando para mergulhar no Dean's Blue Hole - Bahamas

Se preparando para mergulhar no Dean's Blue Hole - Bahamas


O mergulho no blue hole é diferente dos outros que fizemos até agora para o famoso fishwatching. A paisagem é de uma beleza especial. Uma caverna com águas transparentes e uns 50 metros de diâmetro em formato cônico, que quando mais você desce mais ela se abre e mais escura fica. Levamos lanternas e percebemos que mesmo descendo a 30 metros, não chegaremos nem perto de imaginar o que é que existe lá no fundo. Ali é fácil perceber como a luz é essencial para a vida. Lá no escuro não encontramos nenhum peixe, só alguns musgos, alguns tipos de esponjas e quase um jardim daquele bicho que parece uma flor que se recolhe no seu buraco, o mesmo que o James Cameron se inspirou para o jardim do Avatar, ainda vou descobrir o nome. A partir dos 20 metros começamos a ver alguns tarpons e aos 15 todos os outros peixes, até a praga do Lion Fish chegou lá. Mas a visão mais bonita é quando estamos bem no meio dele e olhamos para cima, aquele círculo azul super iluminado é maravilhoso, vimos até uma cachoeira de areia, que caía aos poucos enquanto alguém andava lá em cima.

Saltando no Blue Hole - Bahamas

Saltando no Blue Hole - Bahamas


Pra fechar o passeio com chave-de-ouro, ainda descobrimos uma escada que ia até as pedras que circundam o blue hole, com uns 7m de altura. Quem viu e nos convidou foi o Doug, um americano super bacana que veio pilotando seu próprio avião de New Jersey até Long Island. Primeiro fomos nós, eu e Doug saltar lá de cima, depois o Rodrigo não agüentou e acabou se rendendo. Eu subi as duas vezes, estava tão empolgada que parecia uma criança! Voltando pela estrada ainda paramos no Max, bar de beira de estrada, mas com uma super personalidade. Tomamos uma Guinnes de garrafa, produzida nas Bahamas e brindamos com o grupo ao Robert, ao Blue Hole, às Bahamas!

Saltando no Blue Hole - Bahamas

Saltando no Blue Hole - Bahamas


De volta ao hotel, nós e o Doug fomos direto conhecer uma caverna próxima muito usada para festas no inverno, tem até uma infra lá com mesinhas de pedra e uma churrasqueira improvisada. A atração acaba sendo os seus habitantes, dezenas de morcegos! É, esse dia não acaba mesmo... Voltamos para o hotel, tomamos um ótimo banho de piscina de frente para o mar e fomos ver o pôr-do-sol no mirante, enquanto Doug nos contava mais como foi a sua aventura de fazer sozinho o primeiro vôo internacional. Ele até nos ofereceu uma carona para o Deadsman Cay, para assistirmos a Carol amanhã cedo, mas isso ia depender se conseguiríamos mudar o nosso vôo.

Jantar delicioso, boas conversas e uns drinks de despedida no bar do hotel, conversando com o Robert, nosso amigo, dive master e filósofo e Doug, ótima companhia para os mergulhos e longas conversas sempre interessantes. É, um longo dia em Long Island, mais um dia que vai deixar saudades!

Bar na estrada em Long Island - Bahamas

Bar na estrada em Long Island - Bahamas

Bahamas, Long Island - Stella Maris, Mergulho, Praia

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Colón

Panamá, Colón

A Ana espera no táxi enquanto eu percorro os meandros da burocracia panamenha para tentar retirar a Fiona do porto, em Colón

A Ana espera no táxi enquanto eu percorro os meandros da burocracia panamenha para tentar retirar a Fiona do porto, em Colón


Chegando a Colón nos despedimos dos nossos amigos Andy, Alex e Ben que seguiram direto para Cidade do Panamá. A cidade feia e suja não impressiona... É exatamente como todos a haviam descrito. Um panamenho nos avisou: “Sabe o Rio de Janeiro? Pega só a parte ruim, esta é Colón.”

Colón, no Panamá, em tempos de celebraçao da independência do país

Colón, no Panamá, em tempos de celebraçao da independência do país


Nos aventuramos pelas ruas de uma das cidades mais violentas das Américas, até chegar ao nosso hotel. Casas caindo aos pedaços, lixo, bueiros entupidos e ruas inundadas em quaisquer dez minutos de chuva. Becos escuros, crianças desnudas no meio da imundice e do descaso. A cidade que já foi uma “Tacinha de Ouro” nos tempos da administração americana do Canal do Panamá, hoje parece ter sido completamente abandonada pelo poder público. “Olha, acho que era até melhor quando os americanos estavam aqui”, nos disse Júlio, o taxista. Preocupados com a malária e outras doenças, as bases militares norte-americanas asfaltaram, sanearam, combateram os mosquitos e faziam a limpeza e manutenção das cidades ao longo do canal.

Típico ônibus urbano em Colón, no Panamá

Típico ônibus urbano em Colón, no Panamá


O povo passa fome ao mesmo tempo em que vê o porto cada vez mais movimentado, o canal em ampliação e os ricos recursos nacionalizados se esvaindo nas mãos e bolsos dos políticos. Nada é reinvestido para o povo, nada garante que tenham as condições mínimas de saúde e moradia. A falta de emprego e esperança traz consigo o aumento da criminalidade. É um círculo vicioso que parece não ter fim...

Uma das entradas da gigantesca Zona Livre de Colón, no Panamá

Uma das entradas da gigantesca Zona Livre de Colón, no Panamá


A Zona Franca de Colón foi a primeira no mundo e é uma das principais atividades econômicas da cidade. Chato é que fecha aos sábados, domingos e feriados... vai entender! Acaba que nem dá ânimo de entrar ou ficar um dia a mais na cidade para comprar. Os navios aportam ali, as hordas de turistas entram, compram e seguem viagem. Nós chegamos com outra missão, retirar a Fiona do Porto de Manzanillo, mas essa é uma outra história.

A cidade de Colón (Panamá) faz justa homenagem a um de seus mais ilustres filhos

A cidade de Colón (Panamá) faz justa homenagem a um de seus mais ilustres filhos

Panamá, Colón,

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Halloween com Paul van Dyk

Estados Unidos, Washington State, Seattle

Show do famoso DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Show do famoso DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


O Halloween é um dos feriados preferidos dos norte-americanos, dos poucos momentos no ano em que todos se sentem livres para soltar a imaginação, vestir suas mais loucas fantasias e aproveitar a noite como se fosse a última. A desculpa é tão boa, que na verdade eles antecipam ao máximo as festas e comemorações durante todo o mês de outubro.

Fantasias de Halloween na noite do show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Fantasias de Halloween na noite do show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


É claro que é uma ótima data para o mercado também, que lucra com venda e aluguel de fantasias, ingressos para festas, shows e decorações. As festas vão esquentando quando a data se aproxima, aqui em Seattle o final de semana anterior ao 31 contabilizou mais de 20 grandes festas, sem contar as que acontecem em cada restaurante, bar, escola e comunidade.

O famoso teatro da parede de chicletes, em Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos

O famoso teatro da parede de chicletes, em Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos


Nós chegamos a Seattle no dia 26 de outubro e não nos demos conta que poderia ser uma ótima oportunidade para ver o famoso Halloween. Só depois de cruzarmos bruxas e fadas, caveiras e lobos e toda a liga da justiça reunida é que me caiu a ficha. No sábado, entre um alarme de incêndio no prédio do hotel, com direito a evacuação completa, corpo de bombeiros e mais de 150 hóspedes entre crianças sonolentas, mulher maravilha, batman e homem-aranha, resolvi pesquisar e procurar por festas. Naquela noite descobri que havia perdido um show do Armin, um dos top DJs mundiais, em uma das melhores festas da cidade, no Market Theater. Este teatro fica na área do Pike Market e é famoso por sua grande parede adornada de chicletes. Essa história começou com um espectador descontente com a apresentação que assistia, desertou a peça no meio e como protesto colou um chiclete na parede. Hoje são trilhões de chicletes que cobrem a parede externa do teatro. Curioso, mas no mínimo disgustin!

Mensagem escrita com chicletes, em parede de teatro de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos

Mensagem escrita com chicletes, em parede de teatro de Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos


Bem, esta festa estava acontecendo ali, a 10 minutos de nós, mas estava com ingressos esgotados para a sorte e felicidade do marido. Pesquisando eu descobri que no dia 31 de Outubro a cidade ainda teria algumas festas e a melhor delas, um show do maior DJ da atualidade, o alemão Paul van Dyk! A minha reação foi de total inquietação, pois sabia que mesmo querendo ir, nós não estaríamos mais aqui. Íamos embora de Seattle no dia seguinte em direção a vários parques nacionais e depois Portland, que péssima sorte!

Chegando à Foundation para assistir o show do  DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Chegando à Foundation para assistir o show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


No casal eu sou a fã de música eletrônica, festas e baladas, Rodrigo é o meu oposto. Antes de conhecê-lo eu era arroz em quase todas as festas raves de Curitiba, algumas em São Paulo, Florianópolis ou onde encontrasse uma galera animada, amigos e um bom DJ. Tudo bem que os tempos mudam, nós amadurecemos (para não dizer envelhecemos) e acabamos diminuindo o ritmo, mas quando nos casamos fiz a ele apenas um pedido: que ele me prometesse que iríamos a algum show de música eletrônica pelo menos duas vezes ao ano. Depois de 6 anos juntos (3 destes casados), adivinhem a quantos fomos? DOIS! Ele estava em débito, e depois do meu chororô, resolveu que era hora de começar a cumprir a promessa. Decidimos sair de Seattle, conhecer os parques próximos do Mt Rainier e Mt St Helens e retornar no dia 31 de Outubro para o ápice da festa, assistir o show do Paul van Dyk neste super Halloween!

O movimentado show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

O movimentado show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


Fantasia não era obrigatória e nem nos ligamos que nós seríamos os únicos que estaríamos “normais” ali. Na realidade, nós éramos os únicos anormais da festa. Como assim não nos preparamos e não vestimos as nossas melhores fantasias!?!

Prontos para o show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Prontos para o show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


Nada disso mais importaria alguns minutos depois, quando pisou no palco Paul van Dyk. Um alemão nascido na Berlim comunista, que teve o seu primeiro contato a música através das rádios proibidas do outro lado do muro. Ele ouvia secretamente as rádio RIAS (Radio in the American Sector), SFB e fitas K-7 que cruzavam o muro ilegalmente e eram pirateadas entre os amigos. Adolescente, Paul começou a trabalhar em uma rádio como assistente técnico e diz ter sido esta a maior influencia para o desenvolvimento musical.

O movimentado show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

O movimentado show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


Fantasias de Halloween na noite do show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Fantasias de Halloween na noite do show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


Nas pistas há mais de 20 anos, com hits aclamados por todo o mundo, Paul não deixa a batida e a qualidade da música cair nem um minuto nas mais de duas horas de show! Seu novo show Evolution tem uma batida incrível! Sua música emociona e contagia multidões, que entram em uma vibração positiva, em um circulo virtuoso. Mesmo o Rodrigo, que não é fã passou a entender de onde vem esse meu fascínio pela boa música eletrônica.

Mulheres fantasiadas de 5o Elemento animam o show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Mulheres fantasiadas de 5o Elemento animam o show do DJ Paul van Dyke, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos


Paul sabe disso, tem prazer em tocar e ver todos à sua volta explodindo de alegria e felicidade, através da sua música. No final ele queria continuar, mas regras são regras, mesmo em dia de Halloween, a casa o fez parar e não deixou voltar nem para uma palhinha, um bis sequer! Enfim, lavei a alma, mas se o Rodrigo pensa que este show matou a minha vontade, ele está enganado! Shows bons assim só me dão mais gana de continuar dançando, aproveitando e seguindo a boa música.

DJ Paul van Dyke em ação, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

DJ Paul van Dyke em ação, em Seattle, estado de Washington, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Washington State, Seattle, DJ, Eletrônica, Halloween, Música, Paul van Dyk

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A Chuva Amazônica

Brasil, Amazonas, Mamirauá

O maravilhoso reflexo do céu nos rios que cortam a Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

O maravilhoso reflexo do céu nos rios que cortam a Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


A Amazônia abriga o sistema fluvial mais extenso e de maior massa líquida do Planeta Terra, sendo coberta pela maior floresta pluvial tropical. O Rio Amazonas drena mais de 7 milhões de metros quadrados de terras, com uma vazão anual média de 200 mil metros cúbicos por segundo.

Enorme árvore da floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Enorme árvore da floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Aqui no sul aprendemos que o nosso inverno corresponde à estação de chuvas na Amazônia, mas essa é uma visão simplista, senão incorreta. A sazonalidade da região é sim marcada pelas chuvas e inundações que ocorrem todos os anos, elevando em até 12 metros o nível dos rios. Porém ela não é homogênea, ocorrendo em diferentes períodos nas diferentes localidades amazônicas. Na região onde estamos localizados, a parte meridional do Rio Amazonas, as precipitações anuais alcançam 2.600mm, já no noroeste amazônico chega a chover mais de 3.600mm por ano e ao oeste, na região de Santarém podem ocorrer estiagens, ficando 3 ou 4 semanas sem chuva alguma.

Centenas de pássaros descansam tranquilos em lago na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Centenas de pássaros descansam tranquilos em lago na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Nós chegamos aqui no inverno amazonense, época de chuvas e de cheia na região da várzea, onde está localizada a Reserva Mamirauá. A cheia facilita o avistamento de certos tipos de vida selvagem, pois estamos mais próximos das copas de árvores. Ao mesmo tempo ficamos totalmente dependentes dos barcos para qualquer atividade, navegando sobre as trilhas que no verão são usadas para longos trekkings pela floresta.

Depois de mais um passeio, chegando de volta à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Depois de mais um passeio, chegando de volta à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Mesmo com a manhã chuvosa, pronta para mais um dia de explorações na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Mesmo com a manhã chuvosa, pronta para mais um dia de explorações na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Tomamos um café da manhã logo cedo e saímos para um passeio de barco pela manhã, passando por outros rios e canos. Avistamos e identificamos uma infinidade de pássaros, tucanos, pica-paus, o gavião preto e o gavião panema, socó boi, socó onça, o jaçanã e até um alencorne.

Passeio em canoa motorizada Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas. No colo, livro para ajudar na identificação de pássaros

Passeio em canoa motorizada Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas. No colo, livro para ajudar na identificação de pássaros


São inúmeras as espécies de pássaros que vivem na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

São inúmeras as espécies de pássaros que vivem na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Aprendemos a reconhecer as imensas samaúmas, aningas, paracuubas, catorés e sapucaias, ver as mungubas virando algodão e o matamatá para ver se encontrávamos um dos mais raros primatas que vive nesta região, o Uacari-Branco.

Pintura do macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas

Pintura do macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas


Enquanto não o encontramos, macacos de cheiro comum animaram o passeio. Ao longe cada formigueiro aéreo era potencialmente um bicho-preguiça, porco-espinho ou até um tamanduá-mirim sobre o tronco das árvores. O sonho de todos seria mesmo encontrar uma onça pintada deitada preguiçosamente em uma figueira!

Macaco caminha na copa das árvores na floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

Macaco caminha na copa das árvores na floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


Apresentação sobre a Reserva do Mamirauá (na Pousada Uacari, perto de Tefé, no Amazonas)

Apresentação sobre a Reserva do Mamirauá (na Pousada Uacari, perto de Tefé, no Amazonas)


A tarde foi de muita chuva e tivemos que partir para o plano B, uma palestra do Adriano sobre o Instituto Mamirauá, com números sobre a reserva, história do Instituto e detalhes que eu conto aqui.

Palestra sobre a região amazônica, na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, egião de Tefé, no Amazonas

Palestra sobre a região amazônica, na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, egião de Tefé, no Amazonas


Descansamos na rede do nosso bangalô, com vista para o rio, a floresta e a chuva amazônica que insistia em cair. A noite depois do jantar assistimos ao documentário do sertanista e indigenista brasileiro José Carlos Meirelles, especializado em tribos isoladas no Acre, trabalho incansável para o estudo e a defesa dos índios isolados.



Mais tarde ainda exploramos os decks e encontramos dois amiguinhos simpáticos, um sobre e o outro sob o nosso flutuante. Que tal?

De noite, um sapo vem nos visitar na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

De noite, um sapo vem nos visitar na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


De noire, um jacaré descansa sob uma das construções da Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas

De noire, um jacaré descansa sob uma das construções da Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas


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Brasil, Amazonas, Mamirauá, Amazônia, Birdwatching, Chuvas, Inverno, pássaros, Pousada Uacari, Reserva Sustentável Mamirauá

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Speyside Inn

Trinidad e Tobago, Speyside

A bela praia do Blue Waters Inn, em Speyside - Tobago

A bela praia do Blue Waters Inn, em Speyside - Tobago


Depois de uma longa noite mal dormida, tive que me colocar em pé e com malas prontas logo cedo, pois Brian estava nos esperando. Ontem à noite me empolguei e fiquei tirando o atraso aqui do blog até as 3am, depois com dor de cabeça não conseguia dormir! Enfim... Aproveitei para descansar um pouco na viagem para Speyside, enquanto Rodrigo se inteirava das vilas e cidades no caminho, na conversa com Brian. A tranqüilidade dele realmente nos espantou, no meio do caminho alguém o avisou que estava com pneu furado, sem nem reclamar, Brian saiu do carro e constatou o fato. Rapidamente retirou o step, macaco e ferramentas e aí tudo o que ele tem de tranquilo, ele teve também de ágil e prático para trocar o pneu. Engraçado que o step era tão pequenininho, parecia um pneu de bicicleta perto dos outros! Mais uns 2 km e já estávamos na borracharia, que em 10 minutos já colocou aquele chicletão (o mesmo que usamos na Fiona uma vez) e pronto! Tudo muito prático, tudo muito zen. Seguimos viagem e logo chegamos à pequena vila de Speyside.

Caminhando para a praia do Blue Waters Inn, em Speyside - Tobago

Caminhando para a praia do Blue Waters Inn, em Speyside - Tobago


Uma pequena vila de pescadores, Speyside começou a ser freqüentada por turistas em meados do século XX, quando um engenho de açúcar se transformou em um grande hotel, o Blue Water Resort.

O barco sabe pescar sozinho! (em Speyside - Tobago)

O barco sabe pescar sozinho! (em Speyside - Tobago)


A bela praia do Blue Waters Inn, em Speyside - Tobago

A bela praia do Blue Waters Inn, em Speyside - Tobago


Emile nos indicou um hotel chamado Speyside Inn, disse que era próximo à praia e o principal, tem tinha uma operadora de mergulho! Assim que chegamos vimos que não é apenas perto da praia, é exatamente em frente à praia! Já deixamos a nossa saída agendada para amanhã com o pessoal da Extra Divers, não vemos a hora de colocar as nadadeiras e cair na água!

Ruínas de antigo forte em Speyside - Tobago

Ruínas de antigo forte em Speyside - Tobago


Um cenário sensacional, logo em frente fica a Goat Island e Little Tobago. Esta é uma grande ilha que nos idos de 1800 abrigava uma plantação de algodão e no início do século XX, se tornou a Ilha dos Pássaros do Paraíso. O britânico Sir Willian Ingram, apaixonado por aves, importou da Papua Nova Guiné mais de 50 espécies de aves e criou um santuário para a proteção destas espécies em extinção. Flora, o furacão de 1963, dizimou a maioria dos pássaros e seu habitat, e hoje o governo administra a ilha, mantendo o projeto de Sir Ingram, porém com aves nativas.

Vista do mar em Speyside - Tobago

Vista do mar em Speyside - Tobago


Uma curta caminhada nos levou do nosso hotel à praia do Blue Waters. Passamos pelas ruínas do engenho de açúcar e por um pequeno monte com uma vista panorâmica da belíssima baía. Do alto a vista da praia é sensacional, principalmente quando o sol ilumina as águas azul-esverdeadas. Um ano depois, começo a me sentir no Caribe novamente!

Placa com informação importante! (em Speyside - Tobago)

Placa com informação importante! (em Speyside - Tobago)

Trinidad e Tobago, Speyside, beach, Blue Waters Resort, Praia, Speyside Inn, Tobago

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San Blás - O Paraíso dos Kunas

Panamá, San Blás, Portobelo

Mais uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Mais uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Após a tormenta sempre tem a calmaria... ou seria ao contrário? Enfim, 38 horas de navegação depois chegamos a San Blás!

Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


Arquipélago na costa do Panamá com 378 ilhas, sendo apenas 49 delas habitadas. É uma província autônoma gerida pelos índios Kuna, que mantém suas tradições, costumes, língua e artesanatos, já adaptaram e modernizaram parte do seu estilo de vida.

Índias Kuna se aproximam do nosso veleiro para vender artesanato, em San Blás, na costa do Panamá

Índias Kuna se aproximam do nosso veleiro para vender artesanato, em San Blás, na costa do Panamá


Convivendo com o “homem branco” desde a chegada dos espanhóis na América, passando pela construção do Canal do Panamá e Segunda Guerra Mundial, os Kunas já estão um tanto quanto escolados e sabem bem defender o seu espaço. Um bom exemplo é a histórias de um gringo que construiu uma casa em uma das ilhas paradisíacas, com a ajuda e o conhecimento dos Kunas, até que quando ficou pronta os indígenas tomaram a casa e o expulsaram dali.

Indígenas Kuna, os habitantes das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Indígenas Kuna, os habitantes das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


A sociedade é matriarcal, a mulher é o pulso firme, quem organiza e define os rumos de cada família e sociedade. Cada família possui uma ilha, que as vezes podem ser habitadas por mais até 3 ou 4 famílias. A pesca, o coco, o artesanato e o turismo são as principais atividades econômicas, podendo ser encontrados em algumas ilhas hotéis e áreas de camping. Os hotéis seguem o estilo e a arquitetura Kuna, são simples, feitos de madeira, bambus, redes no lugar de camas, luz e banheiro comunitário.

Moradias Kuna em San Blás, na costa do Panamá

Moradias Kuna em San Blás, na costa do Panamá


O artesanato é vendido de barco em barco pelas mulheres, que só se deixam ser fotografadas por 10 ou 15 dólares ou se você comprar uma de suas peças. Longas pulseiras multicoloridas, feitas de miçangas e mola-molas, coloridos tecidos trabalhados com uma técnica de recorte, sobreposição e bordados maravilhosos. É claro que eu não agüentei e acabei levando um com a representação de um cão com asas kuna.

Índia Kuna, representante da tribo que há séculos habita San Blás, na costa do Panamá

Índia Kuna, representante da tribo que há séculos habita San Blás, na costa do Panamá


As ilhas são um pedaço de areia com dezenas, quiçá centenas, de coqueiros. A maioria das vezes você pode dar a volta a pé em menos de 20 minutos. As suas águas esmeralda, areias brancas são a tradução perfeita do paraíso.

Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


Sob as águas quentes do mar do Caribe, encontramos arraias chitas, naufrágios e toda espécie de vida marinha. Algumas ilhas possuem fundo de areia e plantas aquáticas que contribuem para o verde intenso da água.

Barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Outras possuem costas rodeadas por arrecifes com diferentes formações e espécies de peixes. O scuba dive é proibido no arquipélago, mas só com uma máscara e um snorkel a diversão é garantida. No naufrágio encontramos milhares de christmas trees, nudibranchs e até um cardume de lulas, difícil de ser encontrado normalmente.

Banho de mar nas paradisíacas ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Banho de mar nas paradisíacas ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


O veleiro aportou na primeira ilha no nosso terceiro dia pela manhã, aproveitamos o dia nadando e explorando as ilhas e as águas nos arredores. Una barbacoa de pollo na praia deserta e uma noite maravilhosa sob o céu de estrelas. No dia seguinte navegamos para a próxima ilha, onde encontramos os kunas e nadamos para a praia, onde tomamos a nossa primeira Balboa no barzinho da pousada. Nosso último dia nos reservava ainda uma surpresa.

Churrasquinho no fim de tarde em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Churrasquinho no fim de tarde em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


O encontro com a Dana, mineira de Guaxupé, radicada em San Blás. Após alguns anos vivendo na Espanha, Dana e seu marido decidiram comprar um veleiro e hoje operam charters em San Blás. O barco é lindo, super confortável e o cardápio preparada pela chef deve ser de comer ajoelhado! Pena que só descobrimos no último dia... Mas fica a dica para quem quiser conhecer o arquipélago com boas companhias e um serviço especial!

Encontro fortuito com a brasileira Dana, que está morando e trabalhando em San Blás, na costa do Panamá

Encontro fortuito com a brasileira Dana, que está morando e trabalhando em San Blás, na costa do Panamá


Velejamos a ultima noite em direção à Porto Belo, noite tranquila, primeira em que não choveu e que pudemos dormir com janela e ar condicionado natural funcionando a noite inteira. Noite especial para ficarmos com as melhores memórias dessa aventura no paraíso na costa do Panamá.

Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Uma das ilhas paradisíacas do arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


Explorando uma das praias paradisíacas de San Blás, na costa do Panamá

Explorando uma das praias paradisíacas de San Blás, na costa do Panamá

Panamá, San Blás, Portobelo, Comarca Kuna, Indígendas, Kunas, Veleiro

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La Goma...

Guatemala, Antigua

Banho de sol na manhã do primeiro dia do ano em Antigua, na Guatemala

Banho de sol na manhã do primeiro dia do ano em Antigua, na Guatemala


Rodrigo foi deitar perto das 4am, eu ainda encontrei uns vizinhos de hostal acordados e emendei a madrugada batendo papo com uns chilenos viajantes e três guatemaltecos super curiosos sobre a nossa viagem e as histórias do caminho. Ficamos ali batendo papo e vendo os outros hóspedes chegarem da festança naquele estado lastimável, “adorando el diós porcelana”, como disse a nossa amiga! Hahaha! Quando vi já eram 5h30 e faltava pouco para o sol nascer... Aí já viram! O primeiro dia do ano começou de goma (ressaca) e com um dos meus pecados favoritos, a gula!

Café da manhã em hotel de Antigua, na Guatemala

Café da manhã em hotel de Antigua, na Guatemala


Acordamos a tempo de aproveitar o nosso desayuno super especial no Hotel Camiño Real, que o Rodrigo ganhou no sorteio de ontem. Nos esbaldamos em um verdadeiro banquete, com direto à banda de Marimbas, frutas, iogurte com granola, sucos naturais, pães, panquecas, crepes e tudo o que você pode imaginar. Detalhe: ainda deixamos metade do buffet intocado, o café da manhã tradicional chapín inclui ainda ovos, tortillas de milho, tutu de feijão, lingüiças fritas e outros preparados de milho especiais.

Café da manhã chique, ao som de marimba, em hotel de Antigua, na Guatemala

Café da manhã chique, ao som de marimba, em hotel de Antigua, na Guatemala


Caminhamos um pouco pela cidade que estava entregue à goma, vazia e toda fechada para o feriado. Ainda antes do meio dia, trocamos de pousada para uma vizinha que passada a nochevieja já oferecia quartos muito melhores pela metade do preço. Confortavelmente instalados, meu maridão não teve dúvida, se jogou na cama e apagou completamente. Eu descansei um pouco e aproveitei para colocar uma das resoluções de ano novo já em prática: deixar o site em dia!

Ruas tranquilas no primeiro dia do ano em Antigua, na Guatemala

Ruas tranquilas no primeiro dia do ano em Antigua, na Guatemala


Ok, não tão em dia assim, mas já tirei um atraso... um dia eu chego lá.

Café da manhã em hotel de Antígua, prêmio ganho em rifa na noite de reveillon (Guatemala)

Café da manhã em hotel de Antígua, prêmio ganho em rifa na noite de reveillon (Guatemala)

Guatemala, Antigua, Cidade Colonial, cidade histórica, réveillon

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Viajantes Latinos

México, Playa del Carmen

Encontro com os viajantes argentinos dos projetos Travesia Wawamericu e Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

Encontro com os viajantes argentinos dos projetos Travesia Wawamericu e Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


Depois de quase 3 anos na estrada fomos conhecendo a grande comunidade de viajantes, não apenas aqueles apaixonados por viagens e que se esforçam para conseguir mais de 30 dias de férias e explorar este nosso planeta, mas também os que, como nós, deram uma guinada na vida e colocaram o pé na estrada!

Encontro com os viajantes argentinos dos projetos Travesia Wawamericu e Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

Encontro com os viajantes argentinos dos projetos Travesia Wawamericu e Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


Há várias pessoas que tem o mesmo sonho e a mesma estrela, de seja lá como for, realizá-lo. Seja um mochilão de um ano, dois ou mais, com passagens de volta ao mundo, como nossos amigos Carol e Alex do Kiki Around the World, ou cruzando a América Central de ônibus, trem, barco e carona, um roteiro geralmente de 3 meses cada vez mais comum entre os viajantes americanos e europeus.
Encontramos também alguns backpackers que se aventuram pela América Latina e fazem em um ano ou um ano e meio o roteiro do México à Patagônia por terra, quase sempre excluindo o Brasil. Os motivos apontados geralmente são os preços, “Brasil está muito caro”, a língua, pois ainda estão terminando de aprender o espanhol e o tamanho do país: “O Brasil é um mundo por si só, merece uma viagem especial”. Pena é que a maioria acaba não voltando tão cedo.

O Maxi e a Marianela, da expedição Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

O Maxi e a Marianela, da expedição Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


Os viajantes que mais me impressionam são aqueles que saíram sem dinheiro, sem rumo e sem data para voltar. Ok, eles começaram com um rumo, a América Latina, começando pelo México. Eles tinham algum dinheiro e muitas vezes até algum plano, mas nada disso é fixo. No caminho eles vão descobrindo outras formas de pagar pela viagem, trocando trabalho no hostel por hospedagem e alguma comida, trabalhando em um bar ou em uma escola de mergulho, enfim, vão vivendo a vida sem nenhum plano de médio, quiçá nem de longo prazo. Isso sim é ser livre, não se impor barreiras de quaisquer tipos para viver dia a dia, fazendo o seu melhor. Geralmente estes acabam se mesclando mais com a comunidade, conhecendo melhor a cultura e não se importam de não ter passado por todos os lugares turísticos, mas sim de ter vivido um, dois ou três meses naquele país. Eu tiro o chapéu!

O Jorge e a Maria Belen, do Travesia Wawamericu, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

O Jorge e a Maria Belen, do Travesia Wawamericu, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


Agora, quando o assunto é viagem de carro, a tal “overlanding” é que fica ainda mais interessante. Sem querer puxar a sardinha para “o nosso” lado, mas viajar de carro é sempre uma aventura diferente, pois você consegue misturar um pouco de tudo o que descrevi aí acima, indo para onde quer, quando quer. No nosso caso nós nos impusemos este objetivo de passar por todos os lugares, um prazo, etc, mas poderíamos também resolver parar, trabalhar, viver um tempo em um lugar e depois seguir viagem. A verdade é que de todos estes viajantes nós somos os mais caretas.

O jipe do Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

O jipe do Latinoamerica Sonrie, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


Nosso canal de comunicação com os viajeros latinos é um grupo fechado no facebook chamado “Red de Viajeros”, criado por um blogueiro e viajero esporádico Guatemalteco, nosso amigo Pablo Emílio. O conhecemos na Ciudad de Guatemala justo quando ele estava começando a organizar o grupo, pois na sua sede de viajar, ficava buscando e descobrindo os outros malucos que estão na estrada como nós. Ele nos encontrou, mais de 130 viajeros de todas as partes da América Latina que trocam informações, ideias e histórias via facebook. A maioria destes viajantes são os nossos hermanos argentinos, que tem no sangue esse espírito Che Guevara! Eles não se apertam mesmo, guerreiros saem de viagem no carro que tiverem, antigo, novo ou meia-boca, o transformam em sua casa, acampam, cozinham, aprendem a fazer artesanatos para vender no caminho e vão, assim, realizando o seu sonho.

O valente Renault do Travesia Wawamericu, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

O valente Renault do Travesia Wawamericu, em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


A América é imensa, mas existem alguns gargalos onde fica mais fácil encontrarmos estes viajantes, como a Colômbia, onde conhecemos Pato e Nati da Chancha Viajera e cruzamos nossos carros juntos para o Panamá. A região de Playa del Carmen e Tulum, aqui no México é outro grande gargalo, na realidade é o ponto onde a maioria deles deseja chegar e aí se deparam com aquela pergunta existencial do “fim da viagem” e agora? Alguns voltam de carro, a maioria tenta encontrar um navio para enviar o carro até Buenos Aires e voam de volta para casa e enquanto eles decidem isso, param por aqui para trabalhar, viver, conhecer.

Há algum tempo vínhamos falando com o pessoal do Latino America Sonríe, Maxi e Marianela. Um casal de dentistas que se casou e resolveu sair com o seu Jeep, da Argentina ao México, fazendo um lindo trabalho de educação e prevenção de saúde bucal. Eles fazem contato com escolas em comunidades carentes e oferecem a sua palestra, ensinando as crianças a escovar os dentes de um jeito divertido. Um projeto lindo! Eu já havia me apaixonado por ele desde que o conheci pela internet e vinha de olho no seu paradeiro. Depois de quase 10 dias tentando encontrá-los, finalmente conseguimos marcar e fomos até o apartamento que eles alugaram em Playa del Carmen.


Conheça o projeto Latino America Sonríe.

Chegando lá descobrimos que não apenas eles estavam aqui, mas também o pessoal do Travesía Wawamericu! Jorge e Belem, também argentinos, tem um trabalho lindo com o teatro de fantoches. O seu antigo Renault se transforma no palco para o teatro que transporta as crianças de comunidades carentes para um mundo mágico de sonhos! O trabalho deles é voluntário, mas uma ajuda de estadia ou doações são sempre bem vindas!


Confira o trailer sobre o projeto Travesía Wawamericu.

Foi um encontro maravilhoso, onde os 3 casais puderam contar histórias, fatos e causos das nossas vidas na estrada, trocando dicas e informações sobre os caminhos percorridos, em viagens tão distintas em um mesmo continente. A sintonia foi tanta que em 2 dias nos vimos 3 vezes e sem vontade de parar, a noitada de papo embalada por caipiroskas foi até as 3 da manhã! História que não acaba mais!

Os carros das expedições argentinas em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México

Os carros das expedições argentinas em Playa del Carmen, no litoral do Yucatán, no México


Nosso encontro só não foi completo, pois faltou um quarto casal de viajantes que andou com este pessoal e que nós já acompanhamos há muito tempo. Os viajantes profissionais e “escritores en ruta” Pablo Rey (argentino) e Anna Callau (espanhola) estão na estrada há 13 anos, já rodaram o mundo inteiro e agora estão de volta à América. Nos perdemos por muito pouco, estivemos em Tulum no mesmo dia, mesmo momento. Os procuramos pelas praias de Tulum, e sabe como é, esses viajantes sem telefone local (nós) acabaram se desencontrando. Já conhecíamos a sua viagem, blogada com maestria por Pablo no blog www.viajeros4x4x4.com . Ele já lançou dois livros que estou super curiosa para ler, adoro seu estilo. Enfim, este encontro ficou para outras estradas da América.

Uma vez que entramos neste universo de viagens e viajantes é que percebemos que o mundo todo está se movimentando. São milhares, milhões de pessoas que possuem o mesmo sonho: ver novos lugares, conhecer diferentes culturas, trocar experiências e mais que tudo, aprender. Acredito piamente que esta é a melhor forma de aprendermos a ser mais tolerantes, compreensivos e respeitosos com o ser humano, deixando pré-conceitos de lado e abrindo a nossa cabeça e o nosso coração para o novo mundo que está por vir. O que descobrimos durante essa nossa vida mambembe é que loucos não somos nós que estamos aqui, torrando as nossas economias e realizando um sonho... Louco é quem nem pensa que isso é possível.

México, Playa del Carmen, Travesia Wawamericu, viagem, Viajantes, viajeros

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