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1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos...
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Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
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Marco ( Marquinho ) (08/06)
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Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Um dia de transito, transição de paisagens, ares e mundos. Saímos de Maresias, aconchegados nas companhias de nosso primo e amigos, para um novo lugar onde parecemos encontrar novos amigos e primos em nossas antigas lembranças.
Final de tarde na praia do Viana em Ilha Bela - SP
Já estivemos em Ilha Bela, em momentos anteriores. O mais recente deles foi justamente para conhecer um dos projetos de vida de outra família. Celina e Dudu, primos do lado Junqueira, na época nos mostravam o terreno que haviam comprado para começar a construir este sonho. Hoje já estamos aqui, dentro do sonho. Uma casa linda, deliciosa, que avista o mar e as montanhas em todos os lados.
Vista do quarto na casa da Celina e Dudu em Ilha Bela - SP
A casa está terminando de ser construída, mas já vemos em cada detalhe o cuidado, carinho e atenção que aqui foram investidos. Infelizmente não conseguimos nos encontrar com eles, pois só chegamos na segunda-feira, mas com certeza não faltarão oportunidades!
Centro histórico de São Sebastião - SP
A caminho daqui passamos por São Sebastião, conhecemos rapidamente a Praça da Igreja Matriz e as ruas centrais e já nos encaminhamos para a balsa.
Atravessando de balsa para Ilha Bela - SP
Almoçamos no Viana, vendo o sol se pôr nas montanhas da serra do mar. A noite fomos para a vila comemorar os nossos 100 dias de viagem!
Final de tarde na praia do Viana em Ilha Bela - SP
100 dias de estrada completos HOJE, segunda-feira. 10% da viagem já se passaram! 1000dias parecem muitos, mas voam quando se trata de uma viagem que tem como objetivo conhecer cada pedacinho da América. Nestes 100 dias vemos que o nosso maior desafio não será completar a viagem, mas sim fazer vocês viajarem junto conosco! Compartilhando os lugares, pessoas, momentos e sentimentos, tentando traduzi-los em palavras e imagens que os encorajem a realizar também os seus 1000dias! E aí? Vão encarar?
Almoço no Viana em Ilha Bela - SP
Solo desértico do Death Valley National Park, na Califórinia - EUA. É o lugar mais seco do país.
Imensas paredes de arenito formam o Red Rock State Park, cruzado pela rodovia 14, no nosso caminho para o Death Valley. O tom avermelhado é resultado da oxidação do ferro encontrado na composição do solo da região.
Chegando ao Red Rock Canyon State Park, perto de Mojave, na Califórinia - EUA
A erosão feita pela água e pelo vento transformou o paredão que um dia já esteve no fundo do mar em uma verdadeira catedral. A belíssima formação rochosa foi um convite a conhecermos um pouco mais do parque, do outro lado da estrada.
Enormes colunas de pedra no Red Rock Canyon State Park, perto de Mojave, na Califórinia - EUA
O guarda-parque que estava distante logo veio falar conosco curioso com a Fiona e nos deu a dica de uma trilha rápida para vermos o parque mais de perto. O vento ainda estava forte, mas as paisagens sensacionais fazem os 3 km de caminhada valerem à pena!
Explorando o Red Rock Canyon State Park, perto de Mojave, na Califórinia - EUA
Chegamos ao Death Valley pela Panamint Springs, passando pela Father Crowley Vista e fomos seriamente impactados pela grandiosidade do lugar. É sério, a primeira imagem que tivemos do famoso Death Valley, sobre o Rainbow Canyon foi simplesmente inacreditável!
Chegando ao Death Valley National Park, na Califórinia - EUA
Fizemos um almoço rápido na Panamint Springs onde começamos a entender como funcionam as coisas por aqui. Já faz mais de um mês que todos os quartos nas vilas dentro do Death Valley estão lotados, a opção é dirigir mais 85 km e dormir em Beaty, cidade mais próxima do parque, ou entrar na dança e acampar em algum dos RV Parks e Campings do Parque Nacional.
Acampamento de traillers no Death Valley National Park, na Califórinia - EUA
No caminho cruzamos o vale acompanhando de longe uma pequena tempestade de areia que lutava para atravessar a cadeia de montanhas.
Nuvem de areia no Death Valley National Park, na Califórinia - EUA
Nossa próxima parada foi no Stovepipe Wells Village, onde confirmamos a lotação na pousada, garantimos um lugar no camping, compramos alguns víveres, sanduíche de pão integral 9 grãos com roastbife, uma cervejinha, suco, água e um passe que nos dá direito ao uso da piscina (gelada) e o chuveiro (quente) até as 11pm. É insano pensar esta estrutura turística existe e está em funcionamento desde 1920, quando a corrida pelo ouro na costa oeste americana entra em decadência e as estruturas construídas na região começam a redirecionar as atividades.
Solo desértico do Death Valley National Park, na Califórinia - EUA. É o lugar mais seco do país.
Prontos para passar a nossa primeira noite na Fiona, aproveitamos os últimos raios de sol para conhecer as Mesquite Dunes. A própria imagem do deserto, as Mesquite Dunes estão a apenas 5 minutos de carro do Stovepipe Wells.
Belíssimo luar sobre as dunas de "Mesquite Dunes", no Death Valley National Park, na Califórinia - EUA
Vistas do alto parecem um pequeno amontoado de areias, mas começamos a caminhar e nos perdemos entre as dunas, enquanto o sol é substituído pela lua cheia. Na noite clara e iluminada, os ventos mais brandos e quentes nos deram as boas vindas aos viajantes no Death Valley.
Caminhada noturna no campo de dunas "Mesquite Dunes", no Death Valley National Park, na Califórinia - EUA
Por um segundo olhamos ao redor e relembramos da nossa passagem pelos
Com Júpiter e Vênus sobre uma das dunas de "Mesquite Dunes", no Death Valley National Park, na Califórinia - EUA
Tartaruga recém nascida caminha para o mar na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A Nicarágua é uma das principais áreas de anidação de tartarugas marinhas da espécie palasma, conhecida por nós como Tartaruga Oliva. Só aqui na Nicarágua são 4 praias que recebem centenas de milhares de tartarugas ao ano para depositarem seus ovos. Após viajarem toda a costa do pacífico, muitas vezes do extremo sul até o Alasca, elas retornam ao mesmo lugar onde nasceram para dar continuação ao ciclo da vida.
Placa informativa na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A caminho da famosa Playa Coco, ao sul de San Juan del Sur está localizada o Refúgio da Vida Silvestre La Flor. Uma praia muito especial que recebe sozinha quase 200 mil tartarugas Paslama por ano.
Registro com contagem de tartarugas na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A principal época de desova é nos meses de setembro e outubro, se estendendo até novembro, porém durante todo o ano algumas mamães solitárias aparecem na praia para fazer seus ninhos. Durante 6 ou 7 dias ao ano, com a lua no quarto-crescente, acontecem as “arrivadas”, quando milhares de tartarugas chegam em massa, todas em um mesmo dia, para colocar seus ovos na mesma praia. O recorde registrado foram 8 mil tartarugas em um mesmo dia! Segundo os moradores locais, existem fotos da praia La Flor inteirinha preta, coberta por mamães palasmas parindo seus ovos, não se vê um só centímetro de areia!
Tartaruga em pleno "trabalho de parto", na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
O Refúgio da Vida Silvestre La Flor possui funcionários, biólogos e guarda-parques, além de voluntários que ajudam na contagem e diferenciação de espécies, registrando a data de cada ninho para o acompanhamento do nascimento dos pequenos bebês. Um trabalho bem parecido com o do Projeto Tamar no Brasil. Depois de 45 a 60 dias começa a eclosão dos ovos e o nascimento das pequenas tartaruguinhas que irão lutar para chegar ao mar e passar por seus predadores ainda com vida. Suas chances aumentam bastante com a ajuda destes anjos da guarda, que acompanham cada uma delas no seu trajeto para o mar, assegurando que chegarão lá sãs e salvas.
Tartaruguas recém-nascidas e recolhidas na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Além dos predadores naturais, infelizmente ainda estão os seres humanos, que possuem o hábito de se alimentar dos ovos de tartarugas, costume dos antigos na região.
Ovos de tartaruga na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
De San Juan del Sur partem tours quase todas as noites de diferentes hostales e custam em média 30 dólares para o transporte e a entrada do parque. Nós fomos de Fiona e pagamos 10 dólares de entrada cada um. Tivemos muita sorte, pois mesmo estando no mês de dezembro, conseguimos acompanhar a desova de uma mamãe palasma e o nascimento de dezenas de bebês! A melhor hora para assistir as tartarugas é a noite, portanto levem lanternas, de preferência com luz vermelha. A luz branca assusta as mamães e confundem as pequeninas que se guiam pela claridade do mar (reflexo da luz da lua na água), para chegar conseguir chegar até lá. Passamos algumas horas acompanhando e ajudando a mamãe a cavar seu ninho, buscando tartaruguinhas perdidas e colocando-as no caminho correto e observando este espetáculo da vida! É emocionante!
Tartarugas recém nascidas caminham para o mar na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Quando saímos duas outras mamães estavam chegando, uma delas mais receosa, pois a lua cheia deixa a praia muito clara, o que facilita a ação de predadores e as deixa mais confusas, pelo reflexo da luz na areia. Uma delas retorna ao mar e a outra, vagarosamente caminha em direção à areia, buscando um lugar para desovar. Assim a vida continua e no ano que vem a mesma tartaruga estará aqui continuando um dos ciclos de vida mais antigos do planeta.
Logo após colocar os ovos, o duro retorno para o mar, na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Lhamas caminham ao lado da estrada, em Potosí - Bolívia
Há apenas 30km da cidade de Potosí na estrada para La Paz, fica a cidade de águas termais de Miraflores. Ela possui diversas piscinas cobertas, com diferentes temperaturas. São banhos públicos e por isso no sábado e domingo ficam impraticáveis, pois toda a população de Potosí se muda para o balneário.
A magnífica paisagem nas estradas próximas à em Potosí - Bolívia
Nós gostamos de piscinas termais, mas gostamos mais ainda de estar próximos à natureza. Procuramos dali, nos informamos daqui e descobrimos um lugar especial: El Ojo del Inca. Uma fonte de águas termais natural, El Ojo del Inca é um dos maiores lagos termais do país e já era utilizado desde o tempo dos Incas, que creditavam propriedades curadoras às suas águas.
A magnífica paisagem nas estradas próximas à em Potosí - Bolívia
A fonte está a aproximados 3400m de altitude em meio à uma lindíssima cadeia de montanhas multicoloridas. Ar puro, céu azul, cenário indescritível. A temperatura da água varia entre 28° e 31°C e a profundidade vai até os 22m no centro do lago. Segundo Fredy, El Ojo del Inca está sobre um vulcão adormecido que mantém suas águas aquecidas.
O Ojo del Inca, lago de águas termais próximo à em Potosí - Bolívia
Ele possui um formato bem arredondado, daí o nome. Este fato chegou a nos pregar uma peça, pois passamos reto por ele achando que este seria artificial, de tão redondinho. Fredy e Ilda são os “proprietários” do terreno, eles mantém o local e cobram uma taxa de 10 bolivianos de entrada.
O Ojo del Inca, lago de águas termais próximo à em Potosí - Bolívia
Existem algumas lendas sobre esta piscina natural, dizem que de tempos em tempos ela forma um redemoinho que pode “engolir” mesmo os melhores nadadores. Todos com quem conversamos nos alertaram para que entrássemos apenas nas beiradas. Dona Ilda, porém, afirma que já foram feitos diversos estudos técnicos e que está comprovada a inexistência de redemoinhos, já que a água está apenas minando dali e sendo renovada constantemente no lago.
Nadando no Ojo del inca, lago de águas termais próximo à Potosí - Bolívia
O caminho não é difícil, de carro, vans fretadas ou ônibus pode-se chegar até lá. A parte mais difícil é conseguir sair da cidade de Potosí. O trânsito pelas estreitas ruas torna-se ainda mais enlouquecedor levando em consideração a forma como os bolivianos dirigem, se enfiando em todo lugar sem dar sinal, furando semáforos, fechando cruzamentos e tocando a mão na buzina. As agências de turismo locais podem arranjar tours ou, para os mais descolados, é só pegar um ônibus por 4 bolivianos em direção à Miraflores e pedir para parar na ponte do “Ojo del Inca”. Nesta última opção, só se preparem para uma caminhada de uns 20 minutos morro acima, a 3400m de altitude. Ainda assim não desanimem, já imaginaram quanto os Incas tinham que andar para desfrutar deste mesmo lago?
Canyon estreito na estrada que leva ao olo del Inca, próximo à Potosí - Bolívia
Ontem a noite conhecemos no Eco Hostel 2 Gustavos. Um é o dono da pousada, gente boa pra caramba e outro é agente regional do Instituto Estrada Real, outro figura que entende muito aqui de toda a região. Ele trabalhou durante anos em agências de ecoturismo em Serra do Cipó e também como consultor de ecoturismo. Não tinha ninguém melhor para nos ajudar a resolver o roteiro que faríamos aqui na região. Foi uma noite de boas conversas e muitas perguntas para os Gustavos e acabamos saindo com uma consultoria completa!
Ana com os Gustavos, no Hostel de Tabuleiro - MG
Daí nasceu a Maratona Serra do Cipó, que ganhou o slogan “O máximo do mínimo”. Afinal, como faríamos para conhecer o máximo de coisas no mínimo de tempo, passando pelas 3 principais cidades e atrações da região em apenas 4 dias? O roteiro definido foi o seguinte:
MARATONA SERRA DO CIPÓ
1º DIA – 18/08/10
Cidade base: Tabuleiro, Distrito de Conceição do Mato Dentro.
Cachoeira Rabo de Cavalo – 170m, 2 horas de caminhada.
Cânion do Peixe Tolo – 3h30 de caminhada para chegar até o final do cânion, vamos ver até onde conseguiremos chegar.
2º DIA – 19/08/10
Cidade base: Tabuleiro, Distrito de Conceição do Mato Dentro.
Cachoeira de Congonhas – 107m de altura, 2 horas de caminhada.
Cachoeira do Tabuleiro – 273m de altura, a maior de Minas Gerais e 3ª maior do Brasil!
3º DIA – 20/08/10
Cidade base: Serra do Cipó, Distrito de Santana do Riacho.
Trekking de 20km que desce de Palácio, na parte alta do Parque Nacional da Serra do Cipó até a portaria do meio, passando por:
- Cachoeira de Congonhas de Cima ou dos Guedes
- Cachoeira de Congonhas de Baixo
- Cachoeira do Gavião
- Cachoeira das Andorinhas
4º DIA – 21/08/10
Cidade base: Lapinha, Distrito de Santana do Riacho.
- Cachoeira do Bicame – 15km em 2h30 de caminhada.
- Travessia da represa de canoa para ver as Pinturas Rupestres.
Será que vamos conseguir? Temos que correr! Vem com a gente!
Segurando no cabo para enfrentar a forte corrente, em Guarapari - ES
São Pedro nos deu uma janela no mau tempo para podermos mergulhar. A temporada de ideal para mergulhos aqui em Guarapari é de dezembro até maio, junho. Quando entram os meses de inverno, de julho a novembro os ventos e o mau tempo atrapalham muito a navegação e a visibilidade no mar.
Vista da costa capixaba a caminho do mergulho no Victory 8B, em Guarapari - ES
Há 4 meses não havia uma saída de mergulho para o Victory 8B, um naufrágio artificial preparado para mergulho que foi afundado em julho de 2003, entre as Ilhas Rasa e Escalvada. O Victory é um navio grego que foi apreendido em 1997 no Espírito Santo por problemas com impostos e multas. Um ano e meio depois sua tripulação abandonou o navio, que mais tarde foi confiscado pela Secretaria da Fazenda e doado para o Projeto RAM, Recifes Artificiais Marinhos. Durante 3 anos ele foi preparado para o afundamento, a limpeza, a preparação e o reboque foram feitos em parcerias e convênios desenvolvidos pelos responsáveis pelo projeto, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Fundação Cleanup Day.
Lagosta na Ilha Escalvada, em Guarapari - ES
Por ser um naufrágio artificial, inicialmente o navio encontrava-se em posição de navegação, assentado a 36 metros, porém diversas ressacas mudaram a sua configuração, inclusive a mais recente delas há 2 meses, que retorceu a popa tombando a embarcação que está inclinada em torno de 45° em relação ao fundo. O naufrágio é sempre um mergulho interessante, independente da visibilidade que encontramos, pois além de um recife artificial, abrigando diversas espécies de corais, esponjas, peixes, moluscos, etc, o navio nos conta uma história, como esta que eu acabei de descrever a vocês.
Usando a lanterna no mergulho no naufrágio Victory 8B, em Guarapari - ES
Um naufrágio é quase como um “organismo vivo”, pois ele está sempre se modificando, sendo alterado com o tempo, as marés e as ressacas. Como os nossos companheiros de mergulho hoje nos disseram, o Victory hoje é um novo naufrágio. Todos eles já estavam acostumados a mergulhar aqui, conheciam-no como a palma da mão seus compartimentos e suas linhas, agora terão que redescobri-lo. Fascinante!
Tripulantes e mergulhadores do barco da Acquasub, em Guarapari - ES
As condições deste nosso mergulho foram das mais adversas possíveis, mar batido, que complicou a navegação, muita correnteza, que nos cansou mais durante o mergulho, água muito fria, girando entre 18° e 20° e a visibilidade em torno de 5 metros. Tudo isso faz o mergulho mais estressante, mas também mais emocionante.
Nosso barco de mergulho em Guarapari - ES
O nosso segundo mergulho foi na Escalvada, uma lage de pedra mais abrigada da corrente. A visibilidade melhorou um pouco, em torno de 8m e a temperatura da água se manteve a mesma. Fomos a 17m de profundidade e vimos lagostas, peixes trombetas, peixe morcego, cofres, anêmonas, etc.
Peixe Frade na Ilha Escalvada em Guarapari - ES
Se com o tempo assim a diversidade de peixes já foi absurda, imaginem quando conseguirmos realmente enxergá-los! Rsrsrs! Valeu à pena, ficou para mim a vontade de retornar à Guarapari no verão para conhecer as maravilhas submarinas da região.
Relaxando depois do mergulho no Victory 8B, em Guarapari - ES
Chegando à região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Esatados Unidos
Mil e oitocentas e sessenta e quatro ilhas (sim, 1.864!!!!) para ser mais exata. Parece mentira, mas não é. Esta constelação de ilhas se formou ao longo de 80km do St Lawrence River depois da última glaciação. Há 12 mil anos a retração dos glaciares foi depositando aqui toneladas e mais toneladas de pedras e sedimentos que formaram as atuais ilhas.
Veleiro na região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Esatdos Unidos
Elas têm todos os tamanhos, podem ser particulares ou até abrigar pequenas vilas, mas para serem consideradas ilhas elas devem se encaixar nos seguintes critérios:
1) Estar acima d´água durante todo o ano.
2) Ter uma área maior que 1 square-foot ou, traduzindo para o mundo, 0,093m2 = 929,03cm2!!!
3) Comportar pelo menos uma árvore, viva, é claro.
A menor ponte internacional do mundo, ligando uma ilha canadense à outra americana, na região de 1000 Islands
Elas estão localizadas na fronteira dos estados de Nova Iorque, EUA e de Ontario, Canadá. Uma longa fronteira que se tornou refúgio de milionários de Nova Iorque, Chicago e outras grandes cidades dos EUA e do Canadá. A região nos fez lembrar Angra dos Reis, lugar de ricos e famosos reunidos em casas milionárias e com seus pequenos iates estacionados em suas garagens.
Pequena casa com seu "carrinho" na garagem, na região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Esatdos Unidos
As águas são verdes e transparentes, só diferem mesmo o sal do mar e as árvores tropicais que temos no lugar das coníferas. Um dos pontos altos do passeio é o Boldt Castle, construído por George Boldt, gerente geral dos hotéis Waldorf-Astoria em Nova Iorque nos idos de 1900.
Construções excêntricas na região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Esatdos Unidos
Curiosidade: o famoso molho de saladas Thousand Islands foi criado em um cruzeiro ao redor destas ilhas e batizado em sua homenagem. Sua notoriedade se deu justamente através de Boldt e seu chefe de cozinha, que o adotaram no badaladíssimo Waldorf-Astoria.
Uma das pequenas ilhas entre as mais de mil da região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Estados Unidos
A navegação ao redor das Thousand Islands é bastante dificultada pela quantidade de pedras, baixios e bancos de areia. Vários acidentes já aconteceram, barcos foram à pique e o que ficou por lá hoje é a alegria de mergulhadores, um grande parque de naufrágios. Este “museu naval submarino” possui embarcações do final do século XIX praticamente intactos, pois a água doce é menos corrosiva à estrutura do navio. Até onde conseguimos pesquisar existem duas operadoras de mergulho, ambas em Rockport há uns 25km de Gananoque. Faltou dizer que a primeira vez que ouvimos falar de Thousand Islands foi através do nosso amigo Tony Flaris, guia e instrutor de mergulho em cavernas na Flórida. O verão é a temporada de mergulho aqui, com a temperatura da água entre 21 e 24°C, já que no inverno ela pode chegar a até 10°C!
Passeio de barco pelas 1000 Islands, fronteira de Canadá e Estados Unidos
Uma das melhores formas de conhecer a região é em um tour de barco. O sobrevoo também deve valer muito à pena, mas é ainda mais dependente das condições climáticas e, em minha opinião, não substituiria o barco. As outras opções seriam um passeio de caiaque, mais jovem, esportivo e ecológico, mas menos abrangente. Outro “truque” é organizar uma saída de mergulho, pois além de mergulhar, já ganhamos uma carona para vermos a paisagem também acima da água.
Passagem estreita entre ilhas das região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Estados Unidos
Aqui do lado canadense também vale dirigir pela Thousand Islands Parkway, estrada que margeia o Rio St. Lawrence entre Elizabethtown e Gananoque. Nós saímos de Ottawa em torno das 17h e fizemos em menos de duas horas todo o trajeto, com uma parada rápida em Brockville e um final de tarde prateado sobre as águas do rio. Em Gananoque ficamos hospedados na pousada Turtle Island Inn, um bed and breakfast super charmoso com um café da manhã delicioso! Tive que quebrar a dieta e comer as exclusivas panquecas de blueberry, divinas!
Máscaras indígenas que enfeitam e protegem dos maus espíritos a nossa pousada em Gananoque, na região das 1000 Islands, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Gananoque é uma cidadezinha tranquila às margens do rio e uma ótima base para explorar a região. No dia seguinte, mesmo com chuva, saímos cedo e nos unimos a uma excursão de duas horas com a Gananoque Boat Line, para conhecer a região. O tour é guiado automaticamente, ou seja, com uma gravação que repete o mesmo conteúdo em todas as saídas. Ficamos com aquela sensação de termos caído em uma emboscada turística, mas barcos particulares não existem e as outras opções ficaram prejudicadas pela chuva. Detalhe, choveu quase o passeio inteiro, a sorte foi que o tour não estava cheio e pudemos nos proteger na parte interna da embarcação.
Nosso meio de transporte na região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Esatdos Unidos
Durante o nosso tour, eram intercaladas imagens dos mergulhos em cada um desses naufrágios, contando um pouco da história de cada um. Isso só nos deixou ainda mais loucos para mergulhar ali, mas sem saídas programadas e nem mais mergulhadores interessados, a contratação para a saída de um barco ficou inviável. Quem sabe voltaremos um dia para explorar as águas das mil ilhas com mais calma, mais sol e mais profundidade, literalmente!
Passeio de barco na região de 1000 Islands, na fronteira de Canadá e Esatdos Unidos
Auto foto no ponto mais alto da região sul do Brasil, no Pico Paraná - PR
Acordei hoje com um pouco de luz na barraca, mas logo fechei os olhos pedindo para que não fose hora de acordar. Voltei a dormir profundamente, estava até sonhando, mas logo o Ro me chamou, todo feliz pois nossas preces tinham sido atendidas, a chuva havia parado! Ainda estava frio e havia muita neblina, não conseguíamos avistar o pico, mas sabíamos que não estava distante dali. Nosso plano era chegar ao cume e depois retornar para desmontar acampamento. Duro foi colocarmos as meias molhadas e a bota encharcada para começar a caminhada.
Nossa barraca no acampamento 2, no Pico Paraná - PR
A trilha segue pela estreita crista da cadeia de montanhas, alguns trechos beirando precipícios imensos. O Ro já conhecia, mas eu tinha que ficar só imaginando que paisagens eu estava perdendo para as nuvens. Fomos vencendo pequenas montanhas tentando descobrir qual delas seria a derradeira até alcançarmos o cume. A cada cocoruto eu pensava, “agora vai” e assim foram uns quatro. A vegetação estava totalmente molhada e lá estávamos nós novamente encharcados. A informação é que subiríamos em 40 minutos, porém com a trilha completamente inundada e escorregadia acabamos levando em torno de uma hora.
A visão (só branco!) do topo do Pico Paraná - PR
Finalmente chegamos ao cume! São os 1870m mais custosos que encontramos até agora, mas a sensação de ter vencido este desafio é maravilhosa, conseguimos! A melhor parte foi quando sentei para descansar e ler algumas páginas do caderno de registros. Quantas pessoas passaram por ali e deixaram suas impressões, mensagens e emoções gravadas para outros, como eu, lerem. Até me emocionei quando encontrei uma mensagem que dizia: “Após 21 anos estou novamente no Pico Paraná! Uma vez escoteiro, sempre escoteiro!”. Enquanto eu a lia para o Rodrigo meus olhos encheram de lágrimas, pois desde os meus tempos de escoteira eu queria ter escalado esta montanha, foi uma forma de me sentir ali, 14 anos mais nova. Sei exatamente o que o cara sentiu enquanto escrevia esta mensagem.
O livro de registros, no topo do Pico Paraná - PR
O PP dificultou ao máximo a nossa subida, valorizou o passe e quis deixar marcada a sua passagem por estes nossos 1000dias! A caminhada de volta agora era mais tranqüila, sem chuva e com os trechos bem gravados na memória ficava mais fácil. Eu estava super concentrada para o momento da descida das escadas, queria que tudo desse certo, já pensaram ter que chamar o socorro? Nem pensar!
Trecho com corda na trilha do Pico Paraná - PR
No final, descer é sempre mais fácil que subir, como dizem, para baixo todo santo ajuda! Principalmente o santo marido, que desceu com a minha mochila nos lances de escada mais difíceis. Cada obstáculo vencido era um passo a mais para a nossa próxima aventura. Até o sol começou a aparecer quando nos aproximamos do Caratuva, é sempre assim, quando estamos indo embora ele aparece.
Bifurcação sinalizada na trilha do Pico Paraná - PR
Esgotados depois da trilha, noite mal dormida na barraca e ainda 4 horas de estrada depois, chegamos a Santos. Estávamos com os contatos para o mergulho na laje todos a postos, mas o celular não estava ajudando. A Laura entrou em ação e conseguiu falar com o pessoal da Nautilus. Assim que o celular voltou à ativa descobrimos que havia entrado um vento “x” que não permitiria a saída de barco para a laje. Um alívio por um lado, pois poderíamos descansar um pouco, nos recompor, cuidar dos equipamentos de camping que estavam enlameados e ainda explorar a região. Por pouco ficamos sem hotel em Santos. Chegando em uma quinta-feira achamos que não haveria problema, mas a cidade estava sediando 2 grandes eventos e todos os hotéis estavam lotados. Fomos salvos pelo Metralha, amigo de Unicamp do Ro que mora lá e conhece tudo! Nos arrumou um flat bem localizado e tinha tudo o que precisávamos depois desta escalada: um banho quente e uma cama confortável... boa noite!
Tempo enevoado descendo o Pico Paraná - PR
O colossal Denali, maior montanha da América do Norte, durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska
Adoraria que isso fosse verdade. Eu que nunca imaginei ser uma montanhista de verdade, quero dizer, uma alpinista de altas montanhas, comecei a mudar a minha opinião em duas diferentes situações: a primeira foi quando meu cunhado e meu primo voltaram do Equador depois de uma temporada de escalada no Cotopaxi e no Chimborazo. As fotos eram simplesmente lindas, um mundo que eu ainda não conhecia, branco, mágico. Na hora pensei: “um dia eu tenho que fazer isso.” A segunda vez foi quando o primo, Haroldo, esteve no alto do Denali e novamente compartilhou as fotos da expedição. A pergunta que sempre me perturbava era: será que eu sou capaz? Bem, eu acredito que se alguém quer muito alguma coisa, com foco e muita disciplina ela pode conseguir, só depende dela tomar a decisão.
Avião sobrevoando o Denali National Park, no Alaska
Durante a viagem tive a minha primeira experiência acima dos 5 mil metros no Atacama, Chile e o primeiro pico no El Misti (5.897m), no Perú. Não posso comparar com o Denali, mas posso dizer que já tenho uma milionésima ideia de como a coisa funciona. Além do preparo físico, aclimatação, o mais difícil é conseguir controlar o lado psicológico, as restrições, o sofrimento pela baixa temperatura, dedos dos pés, mãos e nariz congelando e o cansaço quase instransponível. Do outro lado uma vontade irracional de chegar, desistir não é uma opção, leve o tempo que levar, o cume é o meu único objetivo. Acho que melhores equipamentos e estrutura teriam me ajudado a encarar tudo de forma mais fácil, caminhar montanha acima pensando que vai perder um (ou mais) dedo(s), não é nada agradável. Mas, no meu caso, José, nosso guia teve um papel importantíssimo, pois teve a paciência de me esperar e seguir comigo até o cume. Outros ficaram para trás, dos 8 integrantes eu fui a quarta e última a chegar no alto do El Místi.
Sobrevoando montanha nevada no Denali National Park, no Alaska
Bem, já que não podemos chegar ao cume do Denali, pelo menos não ainda, encontramos um jeito de chegarmos mais perto desta gigante. Desde que começamos a viagem este era um dos pequenos luxos que havíamos programado. Sobrevoar o Denali é uma forma do Rodrigo, meu amado montanhista, se sentir mais perto da montanha. Quando passamos pela Nicarágua conhecemos um piloto de aviões que operava estes voos e ele nos falou: “Não deixem de fazer este sobrevoo, se vocês querem ter uma ideia da grandiosidade do Alasca, a única maneira é pelos ares.”
Sobrevoando montanhas do Denali National Park, no Alaska
O vôo panorâmico do Denali National Park tem várias rotas, escolhemos a que culminava em um looping entre os 12 e 14 mil pés ao redor do Mount McKinley. Este é um tour muito comum, várias empresas oferecem saindo de bases próximas à vila de Denali ou da cidade de Talkeetna, na fronteira sul do parque. Voar de Talkeetna é mais rápido e talvez um pouco mais barato, mas os tipos de aeronave mudam e um dia poderá fazer toda a diferença no clima sobre a montanha. O tempo estava mudando, o dia ensolarado de ontem já deu espaço para um dia mais nublado e incerto hoje. Em Denali encontramos uma agência que negociou e agendou o voo com a Denali Air em uma das aeronaves mais seguras e modernas da região, e o melhor, para hoje. A companhia só cancelaria o tour se o tempo fechasse completamente e não houvesse condição alguma para voar.
Sobrevoando montanhas do Denali National Park, no Alaska
16h30 decolamos e o espetáculo começou! Sobrevoamos o parque, suas montanhas mais baixas já estão cobertas por neve, uma novidade para o final desta temporada. Normalmente a neve só cai e fica depois de outubro. Voamos paralelos a Alasca Range, cruzamos os vales e ganhamos altitude rapidamente. Logo estamos ao lado de picos nevados, cristas de montanhas que parecem virgens e intocadas. Entre as montanhas, os imensos rios de gelo, glaciares fascinantes que escorrem vagarosamente esculpindo vales e dando nova forma ao relevo.
A gigantesca geleira que nasce entre os dois picos do Denali, no Denali National Park, no Alaska
No avião, durante voo sobre o Denali National Park, no Alaska
Durante o voo vamos escutando um áudio com uma trilha sonora épica, uma narração de cada trecho da viagem e parte de sua história. Aproximados 30 minutos de voo e finalmente avistamos o Denali, “the high one”, ainda acima das nossas cabeças. Entre as nuvens conseguimos ver os dois picos, o North Peak a 19,470 pés (5.934m) e o South Peak a 20.320 pés (6.193m). Damos a volta pela South Buttrees e logo estamos sobrevoando o famoso Amphitheater, local onde começa o árduo trabalho dos montanhistas. Até lá, eles chegam de avião e fazem um emocionante pouso no glaciar. Com mais 80 ou 100 dólares por passageiro as companhias podem adicionar ao pacote o pouso no mesmo local.
Muitas montanhas nevadas ao redor do Denali, durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska
O gelo retorcido dos glaciares visto do alto é um espetáculo à parte, difícil tirar os olhos e os dedos afoitos dos botões da máquina fotográfica. Damos outra volta e nos aproximamos agora da parede sudoeste da montanha, uma das mais perigosas e com altíssimo índice de avalanches.
Uma das muitas geleiras que descem do Denali, no Denali National Park, no Alaska
O retorno foi pelo norte da Alasca Range, sobrevoando o Muldrow Glacier, um dos maiores glaciares do parque nacional, seus rios e lagoas de águas azuis ciano. Nas montanhas próximas conseguimos ainda avistar um urso solitário em busca de alguma pobre dall sheep. As dall sheeps por sua vez, estavam bem espertas, do outro lado do vale, ainda mais elevadas em sua montanha. Estas sim são montanhistas por natureza, sem equipamento e medo algum sobem saltitantes para salvar-se dos seus predadores.
Avistando cabras montesas do avião durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska
Um urso é visto durante sobrevoo do Denali National Park, no Alaska
Até o pouso, próximo ao Rio Nenana, foi espetacular em um dia com muitas paisagens memoráveis. As nuvens podem ter atrapalhado um pouco a visão dos picos, ao mesmo tempo são elas que dão perspectiva para o cenário. Bom mesmo deve ser virar piloto e poder voar em todas as condições, dias ensolarados, nublados, nevados ou sobre as montanhas verdes e amareladas nos dias de outono. Mudamos a perspectiva e vemos que ainda temos todo um mundo novo para conhecer.
Sobrevoando vale no Denali National Park, no Alaska
O bimotor que nos levou para um sobrevoo do Denali National Park, no Alaska
As impressionantes cataratas de Niagara, em Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
As grandes Cataratas do Niágara que estão na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos foram a primeira atração turística dos Estados Unidos. Formadas pelo Rio Niágara que conecta dois dos Grandes Lagos, o Lago Erie e o Lago Ontário. A cor das águas estava linda, o azul se destacava no meio da espuma branca da principal queda conhecida como Horseshoe Falls (Ferradura), que são também as mais famosas. Do lado americano vemos as American Falls e a Véu de Noiva que têm a melhor visão também do lado canadense.
O ponte internacional em Niagara Falls, que liga o Canadá aos Estados Unidos
A tradição de visitar as cataratas nasceu em 1801, quando a filha do então vice-presidente americano Aaron Burr, Theodosia, decidiu passar a sua lua de mel na região. Ela foi seguida por Jerome Bonaparte, irmão do Napoleão em 1804 e a partir daí o turismo em Niagara só cresceu e recebeu visitas de famosos como a Marlin Monroe, Princesa Diana e o Rei George V da Inglaterra. Hoje a cidade recebe mais de 50 mil recém-casados em lua de mel todos os anos!
Movimento de turistas em Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Você sabia?
• Que em 1848 geleiras dentro do Lago Erie bloquearam a passagem de água para o Rio Niágara? A consequência disso foi o desaparecimento temporário das Cataratas do Niágara, que “secaram” durante 30 horas!
As impressionantes cataratas de Niagara, em Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
• Que em 1901 a Professora Annie Taylor, uma velhinha doida de 63 anos que queria ficar rica e famosa, se enfiou em um barril com o seu gato e se jogou no rio no alto das Cataratas do Niágara? A doida sobreviveu, teve mais sorte que outro maluco que na década de 90 tentou saltar de um jet sky e abrir um paraquedas.
Barco abarrotado de turistas se aproxima das Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
As Cataratas do Niágara me surpreenderam! Fizeram a brasileira e paranaense bairrista aqui tirar o chapéu e voltar atrás quando desfazia da sua grandeza comparada às Cataratas do Iguaçú. As nossas são maiores e mais bonitas, são mesmo, mas estas também não deixam nada a desejar! Da forma como muitas pessoas, inclusive americanos e canadenses, já as haviam descrito para mim, eu achava que seriam umas cascatinhas! Não, o volume de água é imenso e o cenário é maravilhoso! Só é um pouco estranho elas estarem rodeadas de uma cidade com grandes prédios, hotéis, torres e várias construções, completamente dominadas.
Os enormes hotéis e cassinos em frente à Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Então, para visitar as Niagara Falls basta chegar à cidade do mesmo nome, estacionar o carro em um dos vários estacionamentos que cobram entre 15 e 20 dólares e caminhar pela avenida ao longo do rio. Se você quiser um encontro mais íntimo com a bichinha você pode pagar por um tour no barco “Maid of the Mist”, que acelera seus motores e chega bem próximo à ferradura!
Barco abarrotado de turistas se aproxima das Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
A Fiona foi conhecer as famosas Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Se você tem mais uma tarde ou dois dias para explorar a região e não quer ficar se esbaldando em compras no Duty Free, pegue o carro e vá até a cidadezinha de Niagara on the Lake. Essa dica veio dos nossos amigos e de vários outros canadenses que visitam as cataratas, mas para almoçar e ter um ambiente mais tranquilo dirigem 20km ao norte.
Turistas caminham pela charmosa Niagara-on-the-Lake, no Canadá
Testando a água do lago Ontario, em Niagara-on-the-Lake, no Canadá
A cidadezinha é um charme, tem belas vistas do Lago Ontário e várias opções de restaurantes. No dia seguinte o que eu teria feito, se tivesse tempo, seria um tour pelas vinícolas ao longo das rodovias 81 e 87, degustando algumas das maravilhas de Baco produzidas na região.
Visitando as famosas Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
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