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Blog da Ana - 1000 dias

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SHUFFLE Há 1 ano: Há 2 anos:

Até logo Fiona!

Brasil, Amazonas, Manaus

Área de passageiros e usuários, no porto flutuante de Manaus - AM

Área de passageiros e usuários, no porto flutuante de Manaus - AM


Dia de embarcar a Fiona no Luis Afonso, barco que irá nos levar de Manaus a Santarém através do maior rio do mundo, o Rio Amazonas. O barco irá partir apenas amanhã, mas combinamos com Zoca, uma das responsáveis pela embarcação, que o carro deveria ser entregue hoje para ser embarcado no Porto Demetrio.

O nosso barco, Luiz Afonso, que nos levará à Santarém (no porto em Manaus - AM)

O nosso barco, Luiz Afonso, que nos levará à Santarém (no porto em Manaus - AM)


A entrega foi no Porto Flutuante ao meio-dia, ali o nível do píer não é compatível com o andar onde a Fiona ficará estacionada. Depois ela foi levada até o outro porto próximo para a manobra. De qualquer forma foi bacana irmos até lá, já conhecemos a plataforma de embarque flutuante, agora de outra perspectiva.

Orla do Rio Negro no centro de Manaus - AM

Orla do Rio Negro no centro de Manaus - AM


A visão do píer onde fica a praça de alimentação, os prédios antigos e a placa que marca todas as maiores cheias do Rio Negro. Os níveis mais altos foram marcados nos anos de 1953, 1976 e depois no ano de 2009.

A placa com dados anuais da cheia máxima do Rio Negro durante o último século em Manaus - AM. A cheia máxima foi em 2009!

A placa com dados anuais da cheia máxima do Rio Negro durante o último século em Manaus - AM. A cheia máxima foi em 2009!


Nossa convivência com este carro é tanta que nós já sabemos o que ela pensa e como ela se sente. Com certeza estava pensado, “Ihhh, porto de novo? Vocês terão coragem de me abandonar mais uma vez?”. Mal sabe ela que amanhã iremos encontrá-la e que desta vez viajaremos juntos de barco, até Santarém!

Fiona aguardando para ser embarcada, no porto de Manaus - AM

Fiona aguardando para ser embarcada, no porto de Manaus - AM

Brasil, Amazonas, Manaus, Fiona

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Estradas Equatorianas

Equador, Montañita, Quito


Exibir mapa ampliado

As estradas equatorianas não são fáceis. Hoje percorremos uma das principais rotas entre a capital Quito e o litoral do país. Por um lado nunca nos sentimos tão em casa, pois essa via litorânea vai passando por balneários, pequenos povoados e cidades ao longo da rodovia, exatamente como o litoral brasileiro. Muitas montanhas verdes, muita banana, pássaros, gente na rua, se piscarmos o olho e nos distrairmos pensamos que estamos no Brasil.

Por outro lado a combinação disso, ao relevo completamente montanhoso, estrada curva e a pouca prática de ultrapassagens dos outros veículos, faz com que uma viagem de 400km demore de 6 a 7 horas! Além disso a sinalização é péssima e mapas rodoviários quase impossíveis de encontrar. Pegamos as dicas das cidades por onde deveríamos passar com o nosso novo amigo quiteño, Cristian. No mapa parecia lógico pegarmos a 40 e encontrarmos a Panamericana perto de Latacunga e subir para Quito. Cristian nos alertou que parte desta estrada que está no mapa mal existe, que o caminho correto é subir em direção à Manta e pegar a Rodovia 30, passando por Santo Domingo de los Colorados. Lá fomos nós entre curvas e montanhas e com muita paciência, pois a ansiedade para chegar estava grande! Hoje é o dia que encontraremos os nossos amigos e padrinhos de casamento Laura e Rafael, que chegaram em Quito ontem. Eles farão todo o trecho do Equador conosco, quando vamos conhecer os vales, vulcões e cordilheiras e fecharemos com o tão esperado live aboard em Galápagos!

Encontrando a Laura e o Rafa em Quito, no Equador

Encontrando a Laura e o Rafa em Quito, no Equador


Entrar em Quito foi outra aventura, a cidade possui uns 35km de extensão, localizada ao longo de um imenso vale na inclinação oriental do Pichincha, vulcão ativo de 4.794m de altura. Instalados em um hotel em Mariscal, ainda conseguimos aproveitar a noite para conhecer a famosa Calle La Ronda, uma rua no centro histórico cheia de restaurantes, bares e um bom agito!

Caminhando de noite pela rua Ronda, no centro de Quito - Equador

Caminhando de noite pela rua Ronda, no centro de Quito - Equador

Equador, Montañita, Quito, estradas

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Mergulho Tek em Cayman

Ilhas Caiman, George Town

A Ana segura uma arraia em Stingray City, em Grand Cayman

A Ana segura uma arraia em Stingray City, em Grand Cayman


Cayman não é apenas o paraíso do mergulho, como simples atração turística. É também o paraíso do mergulho técnico, por suas características submarinas como uma grande parede submarina há 200m da costa com mais de 3.000m de profundidade! Suas águas quentes, transparentes e profundas atraem mergulhadores recreacionais, técnicos e apneistas do mundo inteiro. Não é a toa que escolheram como sede para uma das principais competições mundiais de mergulho livre. Não sei dizer o que veio primeiro, os malucos querendo bater seus recordes de apnéia em águas profundas só no pulmão, ou os mergulhadores técnicos com o mesmo objetivo, porém estes muito bem equipados. Na ilha existem duas boas operadoras de mergulho técnico, a Dive Tek e a In Depth, formada por ex-funcionários da primeira. Fato é que mesmo utilizando técnicas completamente distintas estes dois grupos têm uma relação quase simbiótica, pois os mergulhadores técnicos fazem a segurança para os apneistas, que por sua vez podem chegar ainda mais fundo, sem precisar parecer pinheirinhos de natal, com meia-dúzia de caixas estanques ou um belo rebreather nas costas.

Prontos para mergulho técnico em West bay, no norte de Grand Cayman

Prontos para mergulho técnico em West bay, no norte de Grand Cayman


Enfim, a nossa paixão pelo mergulho é tanta que além dos mergulhos recreacionais, 98% dos mergulhos que realizamos, também entramos no imenso mundo do mergulho técnico. Tudo começou com o meu sonho de mergulhar em cavernas. O Rodrigo resolveu me presentear com um curso e levou a fundo essa história. Alguém que quer mergulhar em caverna precisa ter todo o conhecimento técnico para tal, começando por cursos de resgate e primeiros socorros, requeridos para a formação do dive master rec (recreacional) e para o curso Tek Lite. Feitos estes três cursos, aí pudemos seguir para o Intro to Cave, segundo nível do curso de mergulhadores “caverneiros”. Estes cursos foram parte da nossa preparação para esta aventura, já que em lugares como México e Flórida não poderíamos deixar de explorar suas belezas naturais, subterrâneas e subaquáticas.

Já na água, início de mergulho técnico em Turtle Reef, no norte de Grand Cayman

Já na água, início de mergulho técnico em Turtle Reef, no norte de Grand Cayman


Assim sendo, já mergulhamos em lugares como a Mina da Passagem, mina de ouro em Mariana – MG, diversos naufrágios profundos da costa brasileira, como o vapor 48 em Recife e a magnífica Corveta em Fernando de Noronha. Ainda assim somos apenas iniciantes nessa arte, pois a maior dificuldade é encontrar lugares com a estrutura necessária para os mergulhos técnicos, como garrafas duplas de ar, os gases especiais que compõe as misturas Trimix e um bom blender que possa entregar as misturas prontas. Aqui foi o primeiro lugar durante estes 1000dias que esta estrutura toda existia e estava super acessível! Não em preço, infelizmente, não é por acaso que a IANTD, operadora que certifica os instrutores e mergulhadores técnicos, é conhecida como “Input ANother Thousand Dollar”. Mas, já investimos em toda a formação e o equipamento, agora não tem mais volta, não podemos deixar de praticar e cair na água quando temos oportunidade.

Prontos para mergulho técnico em West bay, no norte de Grand Cayman

Prontos para mergulho técnico em West bay, no norte de Grand Cayman


Já havíamos feito uma primeira reunião com Nat, o proprietário e instrutor da In Depth, para combinar o perfil do mergulho para que ele e sua equipe preparassem todo o material necessário. Trimix 20/30 (20% Hélio/ 30% Oxigênio/ 50% Nitrogênio) e o stage de descompressão com 70% de Oxigênio.

Já na água, início de mergulho técnico em Turtle Reef, no norte de Grand Cayman

Já na água, início de mergulho técnico em Turtle Reef, no norte de Grand Cayman


Já que éramos apenas dois, elegemos o ponto de mergulho mais próximo à costa, para não precisarmos fretar um barco especialmente para nós. Fizemos a saída da costa, utilizando a infra de um resort de mergulho em West Bay. Jeff foi o instrutor que nos acompanhou, Nat preparou os equipamentos, revisamos o planejamento e seguimos para a o Turtle Reef.

Nadando em direção ao início do mergulho técnico em Turtle Reef, em Grand Cayman, nas Ilhas Caiman

Nadando em direção ao início do mergulho técnico em Turtle Reef, em Grand Cayman, nas Ilhas Caiman


A parede de uma montanha gigante, revestida de corais e esponjas imensos e com uma vista para o fundo infinito e azul maravilhosa. Fomos aos 53m de profundidade, justo onde encontrávamos um penhasco submarino que despencava para os 2, 3, 4 mil metros! O ponto faz jus ao nome, encontramos lá no fundo grandes tartarugas verdes se alimentando tranquilamente das esponjas, das mais saudáveis que já vimos, as esponjas e as tartarugas!
Logo ali, a mais de 60m de profundidade, começava um curioso túnel vertical na parede rochosa. Sua entrada redonda como um Dunkin Donut nos chamava hipnoticamente, mas nós resistimos bravamente, pensando: “eu voltarei!” Depois fomos saber lá começa o túnel e sua saída principal está aos 80m! É, ficou para uma próxima vez.

O barco que vai nos levar à Stingray City, em Grand Cayman

O barco que vai nos levar à Stingray City, em Grand Cayman


Após um breve almoço no hotel, seguimos para a programação da tarde, um mergulho na Stingray City. Uma das principais atrações turísticas de Cayman, a Cidade das Arraias é uma área protegida por corais com uma profundidade de 3 a 4m, não mais que isso. As arraias estão acostumadas a se alimentar nessa área, pois o local é o porto de descanso e limpeza de peixes trazidos pelos pescadores.

A famosa Stingray City, em Grand Cayman

A famosa Stingray City, em Grand Cayman


Nós levamos o mais importante, um pote e uma mamadeira de lulas, a comida preferida das stingrays. As bichinhas são espertas e já sabem que vamos lá para brincar com elas, tocá-las e nos maravilharmos. Tudo isso, é claro, em troca de umas lulinhas básicas. Jeff, nosso instrutor, já está acostumado a levar turistas lá, mas confessou que ficou surpreso de ver dois mergulhadores técnicos caírem para uma parada de segurança de uma hora depois de um mergulho tão lindo e profundo. Bem, não é por sermos tão conservadores, mas sim por que a experiência com essas borboletas marinhas é simplesmente fantástica!

Prontos para mergulhar em Stingray City, em Grand Cayman

Prontos para mergulhar em Stingray City, em Grand Cayman


Como nem tudo na vida é perfeito, não conseguimos tirar nenhuma foto sub com elas, pois a nossa máquina sub inundou no mergulho anterior... ficamos sem fotos das tartarugas, da imensa parede e sobrou apenas essa foto que conseguimos tirar trazendo uma das nossas amigas para a superfície. Há também a opção de ir até um banco de areia próximo com a água na cintura e brincar com as arraias ali, no rasinho, pegando, tirando da água, dando beijinhos e tudo. São experiências diferentes e igualmente mágicas.

Fim de tarde em 7 Mile Beach, em Grand Cayman

Fim de tarde em 7 Mile Beach, em Grand Cayman


Nossa última noite em Grand Cayman, não poderia passar sem vermos uma última vez os nossos amigos André, Mercedes e Isabela (coming soon), que saíram do trabalho e foram nos encontrar na 7 Mile Beach. Caminhamos na praia, jogamos conversa fora e vimos juntos um lindo pôr-do-sol, torcendo para que a Isabela venha logo para podermos conhecê-la! Dia de despedida em alto estilo em Grand Cayman, das profundezas da big wall, às piscinas da Stingray City e fechando com um belo final de tarde acompanhado de bons amigos na 7 Mile Beach. Acho que agora sim estamos prontos para ir.

Com o André e a Mercedes em 7 Mile Beach, em Grand Cayman

Com o André e a Mercedes em 7 Mile Beach, em Grand Cayman

Ilhas Caiman, George Town, Cayman Islands, Mergulho

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Seu Francisco, o nosso Francisco…

Brasil, Minas Gerais, Delfinópolis (P.N. Serra da Canastra), São João Batista (P.N. Serra da Canastra)

Nossa logo na placa no Caminho do Céu, próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG

Nossa logo na placa no Caminho do Céu, próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG


Oswaldo Montenegro tem um álbum maravilhoso onde ele canta as melhores canções do Seu Francisco, Chico Buarque, o nosso Francisco... na introdução da música “A Banda” ele fala desse jeitinho, gostoso, intimista de um dos maiores músicos brasileiros. Eu peço licença para usar o mesmo carinho e intimidade para falar de outro Chico que faz parte da vida de milhares de brasileiros. Tão fluido como a música, límpido, transparente, e às vezes gélido, como o compositor, o Rio São Francisco.

Caminho do Céu, próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG

Caminho do Céu, próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG


Cruzamos a Serra da Canastra por um caminho diferente, nas estradas de 4x4 volta e meia desbravadas por valentes carros sem tração mas com muita determinação. Saímos de Delfinópolis cedo em direção ao vilarejo de São João Batista. O roteiro passava pelo Caminho do Céu, estrada que sobe a serra atravessando a crista de uma montanha e que chega a mais de 1500m de altitude. Lá de cima temos uma vista maravilhosa da região e conseguimos enxergar o próximo destino, as montanhas do Parque Nacional da Serra da Canastra. No caminho, além de muitas fazendas de gado e produção do famoso queijo canastra, vemos a Serra Branca. Vencida esta grande subida, finalmente avistamos o nosso primeiro objetivo do dia, a Casca D´Anta.

Estrada 'Caminho do Céu', próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG

Estrada "Caminho do Céu", próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG


De longe já podemos perceber o poder do nosso Francisco. Sabemos que ali próximo está a sua nascente, no entanto já o vemos despencar, majestoso, do alto de 186m, formando esta belíssima cachoeira. A Casca D´Anta já fica dentro da parte baixa do Parque Nacional, bem estruturado com banheiros, mirante e uma trilha bem sinalizada. Para chegar à parte alta do parque pode-se seguir em torno de 60km de carro ou ainda caminhar uma hora por uma trilha, acompanhado de monitores do parque. A queda é imensa, ainda estava na sombra e com bastante vento, mas tomamos coragem e entramos no lago que chega a até 30 metros de profundidade!

A primeira grande queda do São Francisco, a Casca d'Anta, próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG

A primeira grande queda do São Francisco, a Casca d'Anta, próximo à Delfinópolis na região da Serra da Canastra - MG


Meu primeiro banho nas águas do Rio São Francisco foi rápido, mas muito emocionante! A água estava tão gelada que não agüentei muito tempo lá dentro. Tivemos sorte de chegar em um período mais seco, pois em épocas mais chuvosas é quase impossível se banhar na parte baixa, tamanho o vapor d´água e vento que a cachoeira forma.

Primeira ponte sobre o Rio São Francisco, no Parque da Serra da Canastra - MG

Primeira ponte sobre o Rio São Francisco, no Parque da Serra da Canastra - MG


Seguimos para a parte alta do parque, passando pela cidadezinha de São Roque, chegamos à portaria do parque de mesmo nome. São quilômetros e quilômetros de cerrado, com os olhos atentos procurando os tamanduás-bandeira, cervos e outros animais. No caminho passamos pela nascente do Rio São Francisco, onde o velho Chico é ainda apenas uma criança. Mais alguns quilômetros e chegamos à parte alta da Casca D´Anta, onde o rio, já mais largo, forma um pequeno cânion e outras belas cachoeiras.

Primeira cachoeira do Rio São Francisco, na Serra da Canastra - MG

Primeira cachoeira do Rio São Francisco, na Serra da Canastra - MG


Indo embora, quase sem esperanças de avistar um tamanduá, cruzamos o bichão lindo no meio da estrada! Essa hora é difícil decidir se damos as costas para pegar a máquina fotográfica ou se ficamos olhando antes dele fugir e se esconder novamente. Tentei fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mas ele foi mais rápido e não conseguimos bater boas fotos, infelizmente. De quebra vai a foto de uma cerva, linda!

Cervos no Parque da Serra da Canastra - MG

Cervos no Parque da Serra da Canastra - MG


Chegamos á São João Batista, um arraialzinho vizinho do parque, outra bela base para a Serra da Canastra. Muito mais roots e muito mais próximo do parque e possui diversas de cachoeiras para explorar também. Ficamos na Pousada da Serra, onde conhecemos o Ricardo, outro aventureiro e expedicionário de plantão. Trocamos ótimas experiências e dicas para as nossas viagens. Quem sabe nos cruzamos nas estradas desse mundão véio sem porteira! Jantamos no Bar do Seu Vicente, na cozinha da sua casa, puxando um bom dedin de prosa sobre os causos da região. Dormimos tarde, ao som do lobo guará que uivava para a lua cheia que, por sua vez, iluminava a todos: a Canastra, o Seu Francisco e a Fiona em mais uma destas 1000 noites.

Fazendo ioga ao lado do São Francisco, na Serra da Canastra - MG

Fazendo ioga ao lado do São Francisco, na Serra da Canastra - MG

Brasil, Minas Gerais, Delfinópolis (P.N. Serra da Canastra), São João Batista (P.N. Serra da Canastra), Cachoeiras

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Firmeza

Brasil, Tocantins, Mateiros

Fervedouro e as tradicionais bananeiras, próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO

Fervedouro e as tradicionais bananeiras, próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO


Uma ressurgência de água com uma pressão tão grande e areias rosadas e tão finas que só fazem rebolar. “Fervedouros de verdade são os que rebolam”, nos disse um morador da região. Quando perguntamos quantos deles existem, este morador nos disse serem mais de 20 fervedouros, em cada sítio ou terreno pode-se encontrar algum. Lá na casa dele mesmo tem, mas a pressão é menor, então a areia não rebola como este daqui.

Pressão da água faz a areia 'rebolar' no fervedouro próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO

Pressão da água faz a areia "rebolar" no fervedouro próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO


Há 30 km de Mateiros fica “O Fervedouro” perto do povoado de Mumbuca. Este fervedouro sempre foi único aqui no Jalapão, um dos únicos conhecidos e por isso também o mais visitado. Fácil perceber isso quando falamos com o caseiro que toma conta do local. Quanto perguntamos o nome do fervedouro ele disse “Este aqui é O FERVEDOURO”, insistimos e ele emendou “é o FIRMEZA”, sabe Deus por que escolheu este nome, mas deve para deixar claro que este foi o primeiro, pioneiro no turismo de fervedouros jalapaneses, firmeza mano?

Visitando o mais tradicional fervedouro do Jalapão, próximo à Mateiros - TO

Visitando o mais tradicional fervedouro do Jalapão, próximo à Mateiros - TO


Firmeza mesmo, a areia deste fervedouro é mais densa e um pouco mais grossa que o de São Félix. A água mais rasa e a pressão ainda mais forte fazia a areia rebolar mais (borbulhar) e a sensação de estarmos afundados em uma areia movediça também era ainda maior.

Visitando o mais tradicional fervedouro do Jalapão, próximo à Mateiros - TO

Visitando o mais tradicional fervedouro do Jalapão, próximo à Mateiros - TO


Ali ao lado está o fervedouro do Sozinho, propriedade particular liberada para visitação apenas para a Korubo Expedições. Pelo que entendi o dono da Korubo é o dono do terreno onde está este fervedouro, antes liberado para todos, hoje apenas para quem participa de suas expedições. Insistimos ao caseiro que queríamos visitá-lo, ver ao menos, dizem que este é o maior de todos os fervedouros. Porém ele deve seguir as regras, o último caseiro foi demitido, pois desrespeitou as regras do patrão, liberando por módicos 8 reais a entrada de “terceiros”.

Fim de tarde no cerrado próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO

Fim de tarde no cerrado próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO


Vemos que a região ainda tem um grande potencial para ser explorada, bem conversadinho e com bastante tempo poderíamos ficar 10 dias aqui só procurando novos fervedouros em fazendas e sítios. Espero que os proprietários aprendam a preservá-los e explorá-los da forma correta, afinal é uma riqueza natural apenas encontrada no Jalapão.

Fervedouro e as areias borbulhantes, próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO

Fervedouro e as areias borbulhantes, próximo à Mateiros, região do Jalapão - TO

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Dive in Bermuda

Bermuda, Hamilton

Posando para fotos no deck de navio afundado no litoral sul de Bermuda

Posando para fotos no deck de navio afundado no litoral sul de Bermuda


Uma ilha isolada no meio do Oceano Atlântico nas bordas de uma cratera vulcânica submarina criada no mesmo processo que formou a cadeia montanhosa que cruza o centro do Oceano Atlântico de norte a sul. Águas azuis turquesa, cristalinas e algumas das melhores histórias de naufrágios e desaparecimentos de aviões e navios do mundo. Alguém duvida que Bermuda seria um ótimo lugar para mergulhar? Pois é, eu sou a viciada no universo sub e encanei que queria mergulhar lá. O Rodrigo estava meio preguiçoso, agora, querem aventura mais incrível do que mergulhar no Triângulo das Bermudas?!

O belo mar do litoral sul de Bermuda

O belo mar do litoral sul de Bermuda


Logo no primeiro dia entrei em contato com as operadoras de mergulho da ilha que me informaram que fazem saídas todos os dias que o vento permite. Perdemos o primeiro dia de mergulho, mas de hoje não iria passar! Equipamentos em mãos e um táxi direto para Somerset Bridge e logo estávamos prontos para descobrir as belezas submarinas de Bermudas.

Felizes, voltando de mergulhos no litoral sul de Bermuda

Felizes, voltando de mergulhos no litoral sul de Bermuda


Naufrágios são uma de nossas paixões e sabemos que existem vários naufrágios do final dos anos 1800s ao redor da ilha e é claro, eu queria visitar algum deles! Colocamos uma pressão mas os pontos de mergulho são escolhidos pelo capitão, que adora tirar um sarro da cara dos turistas que quase sempre fazem a mesma pergunta: os naufrágios têm alguma coisa a ver com a lenda do Triângulos das Bermudas? Podem rir da minha cara, mas essa porcaria de lenda não surgiu à toa e se estou aqui eu tinha que perguntar!

Canyon de coral no litoral sul de Bermuda

Canyon de coral no litoral sul de Bermuda


Fato é que eles nos olham com uma cara de “claro que não sua besta!” e dizem que não existe nenhum fundamento para essas histórias fantasiosas. Enfim, os naufrágios que vamos ver aqui foram afundados propositalmente para os mergulhos recreacionais.

Imaginando-se no Titanic, em pequeno barco afundado no litoral sul de Bermuda

Imaginando-se no Titanic, em pequeno barco afundado no litoral sul de Bermuda


Navegamos para a costa sul da ilha direto para os dois dos principais naufrágios da ilha: o Forceful e o King. Os dois barcos rebocadores foram afundados por um time de mergulhadores locais em 2008. Forceful tem 75 pés (22,8m aprox.) e está a 20m de profundidade em pé ao lado de uma parede de corais. O King, também um rebocador (tugboat), tem 55 pés (aprox. 16,7m) e está deitado de lado em meio à um cânion coralíneo.

Um dos muitos barcos afundados no litoral sul de Bermuda

Um dos muitos barcos afundados no litoral sul de Bermuda


Na cabine de comando de um barco afundado no litoral sul de Bermuda

Na cabine de comando de um barco afundado no litoral sul de Bermuda


Descemos com o grupo até a base de areia, passando pela hélice de 5 pás, exploramos a cabine do capitão, ótimo lugar para tirar uma foto e entramos em todas as salas e buracos que encontramos. Os naufrágios servem como recifes artificiais, mas como são recentes ainda não encontramos muitos corais ou peixes.

Explorando barco afundado no litoral sul de Bermuda

Explorando barco afundado no litoral sul de Bermuda


Depois do Forceful seguimos as instruções do dive master e fomos até o King sozinhos e tivemos todo o naufrágio para nós. Eles podem ser naufrágios “artificiais” mas ninguém me tira o prazer de saber que estamos mergulhando no Triângulo das Bermudas! Rs!

Aproximando-se de mais um barco afundado no litoral sul de Bermuda

Aproximando-se de mais um barco afundado no litoral sul de Bermuda


Lap top na cabina de barco afundado no litoral sul de Bermuda. será que ainda funciona?

Lap top na cabina de barco afundado no litoral sul de Bermuda. será que ainda funciona?


O segundo mergulho foi nos recifes apelidados de Three Sisters. Os 3 recifes que afloram na superfície têm uma formação parecida com Pedras Secas em Noronha. Muitos canions, arcos e cavernas com peixes de todos os tipos se escondendo nas pequenas grutas que se formam. Os corais berudenses são estranhos, tem uma cobertura esverdeada e sem muitas cores, mas a paisagem é muito bacana para um mergulho longo e tranquilo.

Atravessando túnel de coral no litoral sul de Bermuda

Atravessando túnel de coral no litoral sul de Bermuda


Mergulhando bem próximo à superfície e às ondas, no litoral sul de Bermuda

Mergulhando bem próximo à superfície e às ondas, no litoral sul de Bermuda


Eu adoraria continuar mergulhando e descobrindo os naufrágios mais antigos nos arredores de Bermudas, mas ainda tínhamos muito para descobrir em cima d´água. Aproveitamos que já estávamos a meio caminho e seguimos de ônibus, carregando roupas e equipamentos de mergulho, até o Westend Dockyard. Pegamos o ônibus na estrada principal, sem tokens, mas com o valor exato da passagem, como manda a regra. O que ainda não sabíamos é que eles só aceitam moedas, nada de notas! Quase não pudemos entrar, mas no final o cobrador se compadeceu dos turistas desavisados e nos deixou subir mesmo assim! =)

Dockyards, na ponta oeste de Bermuda

Dockyards, na ponta oeste de Bermuda


O Royal Naval Dockyard foi construído no começo do século XIX e foi a maior base naval britânica fora do Reino Unido. Desde a guerra de 1812 entre os EUA e a Inglaterra, até a Segunda Guerra Mundial esta foi uma base importantíssima para a defesa do Atlântico Oeste, conhecido como Gibraltar do Oeste.

Antigo forte inglês em Dockyards, na ponta oeste de Bermuda

Antigo forte inglês em Dockyards, na ponta oeste de Bermuda


Navios-cruzeiro aportados em Dockyards, na ponta oeste de Bermuda

Navios-cruzeiro aportados em Dockyards, na ponta oeste de Bermuda


Hoje a grande fortaleza é o novo terminal de cruzeiros na ponta oeste da ilha. O Dockyard possui restaurantes, lojas de artesanatos, praia particular com aluguel de jet-skis e equipamentos para snorkel e caiaque. A estrutura é imensa e muito bem organizada, então aproveitamos para provar uma cerveja artesanal local e ainda pegamos uma prainha do outro lado da muralha.

Turistas nadam em praia artificial em Dockyards, na ponta oeste de Bermuda

Turistas nadam em praia artificial em Dockyards, na ponta oeste de Bermuda


No final da tarde cortamos caminho e voltamos para Hamilton no último ferry boat que cruza direto do Dock para a capital e logo fizemos amizade com duas bermudenses super divertidas que nos deram ótimas dicas da ilha. Afinal, quer conhecer a verdadeira Bermuda, pergunte aos locais!

Novas amigas no ferry entre Dockyards e Hamilton, em Bermuda

Novas amigas no ferry entre Dockyards e Hamilton, em Bermuda


Quem quiser ver de perto os naufrágios, dá uma olhadinha nesse vídeo que encontrei.

Bermuda, Hamilton, Forceful, Mergulho, Naufrágio, Royal Naval Dockyard

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Cartagena

Colômbia, Cartagena

Nas muralhas de Cartagena, na Colômbia

Nas muralhas de Cartagena, na Colômbia


Cartagena, nosso portal de saída e de entrada da América do Sul, sempre foi ambos, um paraíso e um pesadelo. Foram 18 meses explorando a América do Norte e finalmente era hora de chegarmos e enfrentarmos as burocracias portuárias para desembaraço da Fiona no Porto de Cartagena. Foram 18 meses viajando e finalmente era hora de sentirmos de perto a simpatia dos colombianos, a alegria do mundo latino que na Colômbia ganha força e nos recebe como se estivéssemos pisando novamente em casa.

Arte nas ruas de Cartagena, na Colômbia

Arte nas ruas de Cartagena, na Colômbia


Trabalhadores na cidade murada de Cartagena, na Colômbia

Trabalhadores na cidade murada de Cartagena, na Colômbia


Uma das portas da cidade murada de Cartagena, na Colômbia

Uma das portas da cidade murada de Cartagena, na Colômbia


Viajar por lugares onde já estivemos é sempre um prazer imenso! Imaginem vocês o que é estar em lugares novos todos os dias por mais de 1000dias?! Excitante, aventuresco, maravilhoso, um sonho! Mas isso nos exige um esforço de adaptação, que a esta altura já é natural e trabalha no nosso inconsciente. Mas nestes raros casos em que retornamos a um lugar que já visitamos, só de vermos as mesmas ruas, já sabermos onde fica o mercado, o bar, o restaurante e aquela rua lá no centro, nos acolhe e traz à nossa mente um conforto, quase como se estivéssemos de volta ao nosso lar.

As ruas charmosas da cidade amuralhada de Cartagena, na Colômbia

As ruas charmosas da cidade amuralhada de Cartagena, na Colômbia


Uma soneca em uma das janelas da muralha de Cartagena, na Colômbia

Uma soneca em uma das janelas da muralha de Cartagena, na Colômbia


Vendedora de frutas em Cartagena, na Colômbia

Vendedora de frutas em Cartagena, na Colômbia


Passeamos pela antiga Cartagena buscando os caminhos e lugares que já havíamos visitado, a Esquina San Diegana, a muralha e o Café del Mar. Neste ano e meio o nosso hotel mudou de dono e de nome, alguns restaurantes abriram, a praça centenário está quase terminando de ser reformada e a Batalha de Flores ainda nem começou. As ruas de Cartagena estavam mais vazias, mais tranquilas que nas animadas Festas Novembrinas que presenciamos naquele 2011, mas o espírito festivo e aqueles sorrisos gostosos que tínhamos guardados na memória continuam os mesmos.

Nosso bar do coração em Cartagena, na Colômbia

Nosso bar do coração em Cartagena, na Colômbia


Vendedora de doces em Cartagena, na Colômbia

Vendedora de doces em Cartagena, na Colômbia


A Ana tenta (e não consegue!) equilibrar a bacia de doces na cabeça, nas ruas de Cartagena, na Colômbia

A Ana tenta (e não consegue!) equilibrar a bacia de doces na cabeça, nas ruas de Cartagena, na Colômbia


Foram 5 dias em Cartagena, 2 deles em Playa Blanca enquanto esperávamos a liberação do contêiner da Evergreen no porto. Ficamos hospedados no Hostel Mamallena (70 mil pesos por casal em quarto com banheiro privado, wifi, lavanderia e bar), no bairro de Getsemaní, um hostel que recebe mochileiros do mundo inteiro, naquele clima de festa e animado, com novas descobertas a cada 2 minutos.

Nosso hostal em Cartagena, na Colômbia

Nosso hostal em Cartagena, na Colômbia


Cores fortes nas ruas de Cartagena, na Colômbia

Cores fortes nas ruas de Cartagena, na Colômbia


Comércio de chamadas telefônicas em Cartagena, na Colômbia

Comércio de chamadas telefônicas em Cartagena, na Colômbia


Os anfitriões mais divertidos e curiosos da pousada eram os animais que conviviam com tamanha fauna de viajantes na mais completa harmonia. Um coelho que agia como se fosse um cachorro, pulando no colo de todos, pedindo carinho e devorando todas as plantas do jardim, quando não estava fugindo do gatinho de apenas 3 meses em uma perseguição endoidada por toda a pousada. O gato negro e sábio dividia o espaço harmoniosamente com o pastor dinamarquês, branco, lindo e paciente com os filhotes que lhe importunavam assim como todos os bebês.

Amizade entre o cão e o coelho no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

Amizade entre o cão e o coelho no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


O gatinho sempre de olho no papagaio, no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O gatinho sempre de olho no papagaio, no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


Dois dos mascotes do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

Dois dos mascotes do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


Em meio a tudo isso Alex, o papagaio, tentava se adaptar ao seu novo lar. Ele ainda não fala e é menos social que o coelho e o gato, caminhava por tudo e quando precisava sabia chamar a nossa atenção para ajudá-lo a subir na próxima árvore. Senti que ele, mesmo jovem, tem aquele espírito mais rabugento, talvez por ter perdido parte da sua asa e não poder voar... talvez simplesmente por que faz parte da sua personalidade.

Rua em Cartagena, na Colômbia

Rua em Cartagena, na Colômbia


Marcos e Tina chegaram um dia antes que nós e aproveitaram para conhecer bem a cidade. Enquanto Marcos e Rodrigo iam ao porto e ao DIAN para tirar os documentos e agilizar a papelada, eu e Tina passávamos o dia na pousada, trabalhando nos nossos blogs, trocando figurinhas e histórias de vida, entre o Brasil e a Suíça.

Com os suiços Marco e Tina, logo após recuperarmos os carros no porto em Cartagena, na Colômbia

Com os suiços Marco e Tina, logo após recuperarmos os carros no porto em Cartagena, na Colômbia


Aproveitamos as comidas de rua em uma praça de Getsemaní, tostones con todo, brochetas de pollo y carne, pastelitos de maíz e as preferidas empanadas argentinas eram nosso jantar ao lado dos locais enquanto uma academia de Rumba embalava as noites de terças e quintas dando aula de aeróbica e dança em frente à igreja. Eu até me animei e prestei o papelão de tentar acompanha-los, ótimo para dar umas risadas e perder várias calorias.

vendedor de mamoncillo, em Cartagena, na Colômbia

vendedor de mamoncillo, em Cartagena, na Colômbia


Na nossa última noite conseguirmos encontrar o Elith, um amigo colombiano que conhecemos aqui, reencontramos em Nova Iorque e voltamos a rever em terras colombianas. Essa América é muito pequena mesmo!

Reencontro com nosso amigo Elith, agora em Cartagena, na Colômbia

Reencontro com nosso amigo Elith, agora em Cartagena, na Colômbia


Eis que, com muita paciência e perseverança, finalmente Fiona e Bode (leia-se Boudi, o namorado suíço-americano da Fiona), estavam liberados!

Abrindo o contêiner da Fiona, no porto de Cartagena, na Colômbia

Abrindo o contêiner da Fiona, no porto de Cartagena, na Colômbia


Já desembarcada, a Fiona terá de esperar mais um doa no porto de Cartagena, na Colômbia

Já desembarcada, a Fiona terá de esperar mais um doa no porto de Cartagena, na Colômbia


Aparentemente o processo foi demorado, mas indolor. Rodrigo está cada vez mais experiente com os portos latinos e desta vez passou pelo processo sem tantas agonias. Hora de colocar o pé na estrada outra vez, agora rumo à Venezuela, mas não sem algumas surpresas pelo caminho.

Reencontro com o Marco e a Tina na estrada entre Cartagena, e Santa Marta, na Colômbia

Reencontro com o Marco e a Tina na estrada entre Cartagena, e Santa Marta, na Colômbia

Colômbia, Cartagena, cidade histórica, fronteira

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Tren a las Nubes y Salinas

Argentina, Salta, San Antonio de los Cobres

O impressionante viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

O impressionante viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


O Tren a las Nubes é o quarto trem mais alto do mundo em operação e fica aqui, em Salta, Argentina. O trem sai de Salta a 1187m de altitude a nível do mar, corta montanhas, vales e quebradas e chega aos 4200m de altura.

O Tren de Las Nubes atravessa o altiplano rumo à San Antonio de Los Cobres - Argentina

O Tren de Las Nubes atravessa o altiplano rumo à San Antonio de Los Cobres - Argentina


O ferrocarril atravessa o Valle de Lerma, entra na Quebrada del Toro até chegar à Puna, como são conhecidos os altiplanos argentinos localizados na Cordilheira dos Andes. São 434km (ida e volta), atravessa 29 pontes, 21 túneis e 13 viadutos e custa a “bagatela” de 170 dólares ou 695 pesos.

Vegetação típica das terras altas argentinas na região de Salta

Vegetação típica das terras altas argentinas na região de Salta


A rota completa está neste infográfico, muito informativo:
http://www.trenalasnubes.com.ar/turismo_salta/es_tren_a_las_nubes_recorrido.html
Aos que não querem (ou podem) gastar esta grana toda, há outra opção. Existe uma estrada que percorre o mesmo roteiro do trem, desviando apenas em alguns trechos, quando o trem está cortando as montanhas pelos túneis. Algumas agências de turismo em Salta oferecem o passeio de van por 85 dólares por pessoa e ainda incluem no tour as maravilhosas Salinas Grandes. É importante confirmar se a agência irá até o Viaducto La Polvorilla, 64m de altura, 224m de comprimento e 4200m de altitude, ponto final do passeio onde o trem faz uma parada.

O famoso viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

O famoso viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


Já viemos até aqui de carro justamente para ter a liberdade de ir e vir, então decidimos economizar esta e fazer o trecho de carro. Foi a melhor escolha! Saímos mais tarde, o trem sai as 6h30, nós saímos do hotel as 9h, da cidade as 10h30 (1h30 buscando combustível! Vide nota no rodapé). A estrada é lindíssima, montanhas multicoloridas, cactos cardones adornam a seca paisagem até o ponto mais alto da estrada, 4060m de altitude, onde foi quebrado o recorde mundial de carro em altura em 1915!

Ponto mais alto da estrada, no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina

Ponto mais alto da estrada, no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina


Ali encontramos uma moradora de Santo Antônio de Los Cobres, cidade mais próxima onde o trem também faz uma parada. Na carona descolamos umas tortillas de queijo deliciosas e um bom papo sobre a região. Uma cidade muito pobre, a economia de Santo Antonio está embasada no turismo gerado pelo trem. Neste horário, ela e dezenas de outros ambulantes correm para o La Polvorilla, para vender seus artesanatos, tortillas, levam suas llamas para tirar fotos com os turistas.

Filhote de lhama meio desengonçada, no viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

Filhote de lhama meio desengonçada, no viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


O carro chegará ao viaduto por baixo, onde se tem uma das vistas mais lindas da ponte. O córrego congelado dá uma ideia do frio. É importante já estar aclimatado e ter paciência para subir a trilha que leva as llamas e vendedores ao mirante. Cercados de picos nevados esperamos o trem que em minutos inunda um lugar calmo e tranquilo com turistas loucos para esticar as pernas depois de 7h30 dentro do trem, todos ávidos por fotos e compras de lãs e artesanatos.

O Tren de Las Nubes sobre o viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

O Tren de Las Nubes sobre o viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


Antes mesmo do trem partir, foi a nossa vez de seguir viagem para a segunda maior atração do dia: Salinas Grandes. São em torno de 100km de estrada de rípio entre Santo Antônio de Los Cobres até o encontro com a Ruta 52.

Casebres abandonados no altiplano no norte da  Argentina

Casebres abandonados no altiplano no norte da Argentina


As salinas são simplesmente fantásticas. Uma imensidão branca. Uma das maiores salinas da Argentina, possui 12 mil hectares de sal a céu aberto. São três áreas distintas no salar: a salina poligonal, o florescências salinas e o limoso.

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina


Ao redor as montanhas em diferentes tons de vermelhos, verdes, róseos, amarelos, brancos, cinzas e violetas, são explicados pelos minerais presentes na rocha como o ferro, cobre, dolomita, enxofre, lima, dianteira e hematita.

Montanhas coloridas no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina

Montanhas coloridas no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina


Tanto sal nos deu sede! Ali há um bar feito de blocos de sal, que mesmo desativado, ainda nos vendeu uma cervejinha. Retornamos à Salta pela estrada de Purmamarca, onde encontramos a Rota 9, entre Tilcara e Jujuy.


Exibir mapa ampliado

Aos amantes o passeio de trem deve ser ótimo, sem dúvida tem o conforto dos vagões, a opção de ir aproveitando uma cervejinha no vagão restaurante, além dos inúmeros túneis e viadutos. Aos que querem conhecer o roteiro com mais liberdade, parando quando quiser, tirando fotos e aproveitando para conhecer pessoas e a cultura local, acredito que a opção de carro ou van seja mais indicada, e ainda tem o grande diferencial de conhecer as Salinas.

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina


Seja qual for a opção escolhida, as paisagens do norte da Argentina continuarão a surpreender e deixar mesmo os viajantes mais urbanos de queixo caído.

Chegando perto da neve e de San Antonio de Los Cobres - Argentina

Chegando perto da neve e de San Antonio de Los Cobres - Argentina


Informação útil aos expedicionários
A Argentina está em crise de combustíveis. A maioria dos postos YPF, a maior rede nacional, está sem diesel (gasoil) em seus postos. A Refinor geralmente tem, mas é um diesel sabidamente de péssima qualidade e mais caro. O ideal é buscar os postos Shell e Esso, estão abastecidos e garantem melhor qualidade e preço.

Argentina, Salta, San Antonio de los Cobres,

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1000dias no youtube!

Brasil, Paraná, Superagui

A produção de vídeos do 1000dias começou e está a todo vapor! Como sou uma, só consegui colocar 2 filmes editados no ar, mas logo teremos mais, tanto dos lugares por onde estamos passando quanto da nossa coluna "Soy loco por ti América". Confiram!!!

- 1000dias. O primeiro dos 1000dias - http://www.youtube.com/watch?v=NtpZyYBXyQo&
- 1000dias. Superagui - Barra do Ararapira - http://www.youtube.com/watch?v=myc8YE2Jsrg

ps: podem conferir no link que não tem vírus.

Beijos!
Ana

Brasil, Paraná, Superagui, soy loco por ti américa

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Pedal Marajoara

Brasil, Pará, Soure (Ilha de Marajó)

Nadando no mar de água doce na praia de Araruna, na Ilha de Marajó - PA

Nadando no mar de água doce na praia de Araruna, na Ilha de Marajó - PA


Soure é uma das principais cidades da Ilha do Marajó e disputa o título de “capital da ilha” com Salvaterra. Hoje possui 25 mil habitantes, grande parte de suas ruas são largas e asfaltadas, embora sejam poucos os carros que circulam na cidade. A maioria da população usa moto ou bicicleta, quando não andam a cavalo ou ainda em carros de búfalos. As principais atrações turísticas são as praias, fazendas de búfalo, mangues imensos e igarapés. Ninguém sabe ao certo como os búfalos chegaram por aqui, a versão mais creditada é a do naufrágio de um navio francês que transportava os animais para a Guiana Francesa, e os búfalos nadaram até a praia da Ilha de Marajó, onde se adaptaram totalmente ao clima e às terras alagadas. Ainda há pouco tempo existiam animais mais selvagens e nervosos, mas a maioria hoje já foi “domesticada” e hoje vive em paz dentre as ruas e campos da ilha.

Búfalo pasta tranquilamente no meio de Soure, na Ilha de Marajó - PA

Búfalo pasta tranquilamente no meio de Soure, na Ilha de Marajó - PA


Para quem tem um pique mais esportivo e exploratório, uma das melhores formas de conhecer os arredores de Soure é de bicicleta. Você pode alugar as bikes em uma oficina que no centro da cidade ou mesmo verificar na sua pousada, a nossa pagamos 10 reais pela diária. As distâncias para as principais praias são pequenas, 5 km até a Praia de Araruna e os mesmos 5km até Barra Velha. Elas ficam uma em frente à outra, divididas pela barra de um igarapé. Pegamos uma carona de barco com bicicleta e tudo e atravessamos para Araruna, praia de água salobra (mais doce que salgada), margeada por um extenso e imenso manguezal.

Casa de pescador na praia de Araruna, na Ilha de Marajó - PA

Casa de pescador na praia de Araruna, na Ilha de Marajó - PA


Na maré baixa em mais 30 minutos de pedalada, contra o vento, chega-se à Praia do Pesqueiro. Nós não sabíamos disso, então voltamos pela mesma barra e atravessamos a ponte que passa sobre o manguezal para a Praia de Barra Velha. Esta já é mais agitada, point dos marajoaras no final de semana, com barracas de praia com uma bela vista para a Barra de Araruna, o mangue e o rio.

Praia de Barra Velha, na Ilha de Marajó - PA

Praia de Barra Velha, na Ilha de Marajó - PA


Feito o pit stop para uma água de coco e uma isca de peixe em Barra Velha, seguimos nossa pedalada para a Praia do Pesqueiro. São em torno de 10km a partir do centro, nós pedalamos os 5 de volta e pegamos no caminho uma chuva animal! Tivemos que parar em toldos amigos para esperar a tempestade passar.

Coletor de mangas continua a trabalhar mesmo na chuva, em Soure, na Ilha de Marajó - PA

Coletor de mangas continua a trabalhar mesmo na chuva, em Soure, na Ilha de Marajó - PA


Depois de uns 20 minutos no toldo continuamos a pedalada, curtindo as paisagens bucólicas da Ilha de Marajó, fazendas de búfalo à beira da estrada, alagados, coqueirais e mais mangue. A estrada é toda asfaltada e praticamente plana, o vento contra mais uma vez dificulta um pouco a pedalada, aumentando o efeito tonificador das coxas! Era só o que eu pensava para seguir mesmo com dor! Rsrsrs!

Pedalando nas estradas da Ilha de Marajó - PA

Pedalando nas estradas da Ilha de Marajó - PA


Pesqueiro é outra vila de pescadores em Marajó, a praia também fica próxima à foz de um rio. Uma praia mais ampla, possui também a infra-estrutura de restaurantes e barracas com uma boa cerpa gelada para repor as energias. Paramos próximos a umas pedras à beira mar (ooops, rio!) e tive a minha lente de contato engolida pelas “pedras-corais”. Tive que tirá-la, pois estav com areia nos olhos, o vento a levou direto para o labirinto infindável dessas pedras. Provavelmente o sirizinho vai passar a enxergar bem melhor agora!

Praia do Pesqueiro, na Ilha de Marajó - PA

Praia do Pesqueiro, na Ilha de Marajó - PA


Voltei dirigindo meio cegueta, com raiva de mim mesma, da areia, da pedra, do vento e do siri. Mas 12km de pedalada logo curaram a minha raiva e como sempre a volta pareceu bem mais curta do que a ida. Até a pequena subida ficou mais fácil no retorno. No caminho uma das coisas que percebemos é como o som faz parte da vida desse povo, mas não qualquer som, tem que ser um som potente, com caixas mega amplificadoras e que toquem todo o tipo tecno-brega do Pará. Quase chegando na pousada essa minha percepção foi confirmada, passamos por um caminhão de som que alardeava uma festa, fazendo propaganda do equipamento de som que eles estariam usando. Voz de locutor de rádio: “Trazemos para a Ilha de Marajó, o mais novo lançamento em qualidade de som! É o super, mega, ultra, intergaláctico “equipamento de som” com trocentos watts de potência, de última tecnologia! Os DJs Edvam e Ednelson vão agitar a ga-le-raaaa!”

Manada de búfalos em estrada da Ilha de Marajó - PA

Manada de búfalos em estrada da Ilha de Marajó - PA


Meu Deus! Só conseguíamos pensar na nossa pousada, piscina com hidromassagem (chique no úrtimo!) e no alongamento para salvar as minhas pernas. O dia foi uma beleza, tivemos direito a tudo! Chuva, praia, rio, manada de búfalos, bike e até a piscininha. Conseguimos tirar o atraso de ontem e aproveitar ao máximo esse nosso dia nos 34km de pedal marajoara.

Piscina do Hotel Casarão da Amazônia, em Soure, na Ilha de Marajó - PA

Piscina do Hotel Casarão da Amazônia, em Soure, na Ilha de Marajó - PA

Brasil, Pará, Soure (Ilha de Marajó), Araruna, Barra Velha, Bicicleta, bike, pedalada

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