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1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos...
New Orleans, ou NOLA para os íntimos, é a cidade dos sonhos para qualqu...
Todos nós conhecemos as imagens do Grand Canyon, uma das 7 maravilhas na...
Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
Oi! Parabéns pelo site. Desde pequeno meu pai me chamava de Xalaco! Meu ...
Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Fiona chega ao Oceano Pacífico, em Iquique, no norte do Chile
Domingo nublado e preguiçoso em Iquique. Depois da correria para atravessar do Atacama ao Uyuni e voltar ao Chile, precisávamos de um dia tranquilo para respirar, descansar e trabalhar um pouco no site. Pode parecer que não, mas ficamos angustiados em não mantê-lo atualizado. Então, tiramos o dia de hoje para fazer isso e cuidar do nosso bem (material) mais precioso, nossa filha e companheira, Fiona.
O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)
A coitada, depois de cruzar tantos salares ela estava com uma crosta de sal de uns 2cm em toda a lataria e uns 5 a 8cm na frente e região dos pneus e rodas. Assim que o nosso principal objetivo do dia (fora do hotel) era colocá-la limpa e sem sal. Fomos ao posto para a ducha externa, ficamos meia hora na fila, depois ao shopping para tentar assistir um filme enquanto faziam a lavagem interna. Ai que prazer ver a nossa casinha limpa!
O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)
Sem um filme que nos interessasse, aproveitei o tempo para ir ao salão. Detalhe que cortei o cabelo há menos de 2 meses, mas as condições adversas já o deixaram parecendo uma vassoura, com pontas duplas, triplas e até quíntuplas. Esse é o tipo de preocupação que nunca precisei ter na vida e que surgiu na viagem. Até agora a solução foram os cortes mais freqüentes, xampus especiais de nutrição e todos os tipos de hidratação possível. Coisas de mulher. Assim rodamos um pouco por Iquique fazendo coisas da vida comum e cotidiana, que delícia! Nessa vida cigana, fica cada vez mais claro que as situações “normais” e rotineiras fazem nos sentirmos mais em casa.
Wind surf solitário nos mares de Jericoacoara - CE
Hoje era o dia de pegarmos estrada rumo à Ubajara, mas tínhamos alguns textos e fotos para colocar em dia, já que na caminhada ficamos sem internet e com os deveres dos últimos dias atrasados. Trabalhamos e quando vimos já era quase meio-dia. Eu estava louca para ficar mais um dia, tranquila, descansando e aproveitando a praia. O dia hoje estava convidativo, céu azul e muito sol! Acho que foi isso que fez o Rodrigo aos poucos mudar de ideia e sem eu precisar falar nada me propor, que tal ficarmos mais um dia? Nem precisou falar duas vezes, fechado!
No alto da duna em Jericoacoara - CE
Saímos tomar um sol perto da duna, banho de mar e dar aquela relaxada, lendo nossos guias fazendo o que mais gostamos, pesquisar e planejar a viagem. Estamos ansiosos para a passagem pelas Guianas, Francesa, Inglesa e Suriname. Quase todos os relatos que encontramos de viajantes que tentaram fazer este trecho, contam que tiveram algum problema e acabaram retornando. Nós, entretanto, ainda estamos confiantes conseguiremos passar. Veremos, falta menos de um mês!
A tradicional "peregrinação" verspertina em Jericoacoara - CE
Almoçamos no Bistrôgonoff (adorei este nome!) e fomos logo para a duna do pôr-do-sol. Finalmente conseguiremos ver o sol se pôr dignamente! Céu azul, poucas nuvens no céu, coisa rara nesta nossa passagem por Jeri.
Fim de tarde no alto da duna em Jericoacoara - CE
Não por acaso a duna hoje está recebendo uma peregrinação muito maior do que nos outros dias. É muito bacana, vemos que os tempos passam, mas o ser humano ainda tem uma conexão com alguns rituais da natureza, como este por exemplo. A duna ficou lotada de pessoas, casais, famílias, crianças, jovens e até cachorros, só admirando a paisagem e esperando o sol tocar o mar.
Garotos dão show de piruetas na duna de Jericoacoara - CE
O céu foi ficando cada vez mais vermelho, as nuvens que nem pareciam existir passaram a fazer parte show, refletindo cada raio de sol, formando o dégradé de amarelo, alaranjado, vermelho, lilás e todas as nuances de azul. Iemanjá foi saudada em Jericoacoara com este espetáculo, já que aqui não existe a tradição de festas para a rainha do mar. Alguém comentou comigo que seria comemorado em agosto, mas eu nunca ouvi falar que Iemanjá tem dois dias no ano, sabe-se lá.
Maravilhoso pôr-do-sol em Jericoacoara - CE
Eu não podia deixar de homenageá-la, nossa protetora e companheira de tantas aventuras em seus domínios. À noite saímos dar uma volta na vila, só para conferir se não teria mesmo nenhuma comemoração, nada! Fui atrás de flores para jogar ao mar, missão quase impossível! A cidade é toda enfeitada apenas com folhagens, foi dificílimo encontrar uma floreira. Até que o Celso, nosso novo amigo lá da creperia, liberou que eu pegasse uma flor do seu canteiro, salve a rainha! Aí eu achei que era só andar ali uns 10m até o mar e pronto. Que nada! A maré estava baixa e aqui, tanto pela pouca profundidade quanto por estarmos próximos do equador, tivemos que andar uns 300m “mar adentro” para alcançar as primeiras ondinhas. Tudo escuríssimo, barcos e canoas “encalhadas” e alguns malucos perdidos no escuro, além de nós. O Rodrigo foi muito fofo, mesmo sem ter fé alguma, ele foi comigo até lá preocupado em não me deixar sozinha, meu herói! Iemanjá deu trabalho, mas vale à pena!
Maravilhoso pôr-do-sol em Jericoacoara - CE
Nossa despedida de Jeri agora foi à altura, pôr-do-sol clássico na duna, homenagem à Iemanjá, só faltou mesmo o kite surf... Este vai ficar para uma próxima.
Autofoto assistindo ao pôr-do-dol em Jericoacoara - CE
A casa de Chico Mendes, em Xapuri, no estado do Acre
Foi lá, nos cafundós do Acre, que fica lá, nos cafundós do Brasil, que nasceu um dos maiores heróis brasileiros. Francisco Mendes Alves Filho, mais conhecido como Chico Mendes, era um dos 6 filhos que sobreviveram às doenças e dificuldades da infância, dos 17 filhos do seringueiro Francisco Mendes e sua esposa Iracê. Ele só aprendeu a ler e escrever aos 18 anos e desde então se tornou um aficcionado por livros de história e política. Parte de sua biblioteca ainda pode ser vista na sua casinha lá em Xapuri. A casinha azul de madeira de 5 cômodos é simples, mas bem ajeitada. Uma viagem no tempo e na vida deste poderoso ativista que lutou pelo direito dos trabalhadores rurais e pela preservação das florestas nativas.
Passeio na mata do Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
Foi aqui, nesta porta, no dia 22 de Dezembro de 1988, que Chico Mendes foi assassinado. Ele estava indo tomar banho na meia água dos fundos da sua casa quando Darly Alves da Silva Jr. atirou de trás de um arbusto onde estava há 2 dias esperando a hora certa para puxar o gatilho. Tudo foi mantido exatamente como estava, sua cama, os quadros da parede, as panelas e até o sangue seco no chão da cozinha.
Visitando a casa de Chico Mendes, onde ele viveu e foi assassinado, em Xapuri, no estado do Acre
Darly Jr. estava lá a mando de seu pai, Darly, um grande fazendeiro que já não aguentava mais os empates que Chico Mendes liderava, literalmente empatando seus negócios e as terras do Seringal Cachoeira, que ele reclamava serem suas. Chico Mendes já havia recebido diversas ameaças e já havia inclusive denunciado Darly à polícia, mas recusou sair de Xapuri.
Praça central de Xapuri, no estado do Acre
Quando a exploração da borracha deixou de ser lucrativa os seringais começaram a ser derrubados e substituídos por pastos. Foi em meados da década de 70 que a nova onda de ocupação liderada pelo governo militar atraiu ruralistas e madeireiras para ocuparem o território e fazerem dele algo lucrativo. Os seringueiros que já eram explorados e sobreviviam com salários de fome, perderam seus ofícios e viram a única forma de vida que conheciam começar a desaparecer.
Uma gigantesca Samaúma no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
Chico Mendes já lutava pelos direitos desse povo, liderava o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e organizava empates para impedir a derrubada dos seringais. Nesta mesma época o movimento ambientalista pela preservação de florestas nativas ganhou força nos Estados Unidos e a união de um líder comunitário como Chico Mendes e as ONGs americanas foi perfeita. Os seringueiros se tornaram ícones da preservação e os olhos da política nacional e internacional se voltaram para a causa ambientalista da Floreta Amazônica. Foi nesta época que se originou o conceito das reservas extrativistas, onde seringueiros e a população indígena comprovaram ser possível a coexistência de seres humanos e florestas de forma sustentável.
Frase de Chico Mendes, em em memorial em sua homenagem, em Xapuri, no estado do Acre
Ao lado da casa está a Sede da Fundação Chico Mendes, com um pequeno museu que guarda a história da sua luta. Seu último grande empate aconteceu no Seringal Cachoeira em 1988, lugar onde nasceu. Hoje, além da extração do látex destinado à uma fábrica de camisinhas construída pelo governo federal, o Seringal Cachoeira recebe turistas de vários cantos do Brasil e do mundo.
Visitando o Memorial de Chico Mendes, em Xapuri, no estado do Acre
A Pousada Ecológica do Seringal Cachoeira foi construída em parceria com o Ministério do Turismo para substituir um redário que já operava na reserva. Quartos coletivos e chalés podem ser reservados e para contar a sua história moradores do seringal foram treinados para guiar os turistas por suas trilhas ecológicas. Tivemos a sorte de chegar exatamente na hora que Nilson Mendes, um dos guias mais concorridos da reserva, estava saindo para guiar dois paulistas, Vitor e Rafael.
Visita ao Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
Vitor é psicólogo, se mudou há pouco mais de 2 anos para Rio Branco e adora. Além de ter mais oportunidades de trabalho para ele e a esposa advogada, tem a tranquilidade que nunca encontraria em São Paulo. Rafael, seu irmão, veio visita-lo de férias e aproveitaram para conhecer também Xapuri e a Reserva do Seringal Cachoeira.
O Nilson nos mostra como se extrai o látex de uma seringeira, no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
Nilson é primo de Chico Mendes, uma biblioteca ambulante sobre a floresta amazônica, a história e a vida dos seringueiros e de muitos que, como seu primo e ele, lutaram pela floresta e pela manutenção dos seringais. Saímos tarde, já deveriam ser perto das 18 horas e a noite na flroesta chega mais cedo, principalmente sob a sombra das imensas samaúmas. Nilson fez uma demonstração rápida da retirada do látex de uma seringueira, já que infelizmente não podemos acompanhar o trabalho dos seringueiros as 3 da manhã, quando saem fazer a sangria da seringueira, o horário é importantíssimo para a produtividade do látex.
O Nilson, primo de Chico Mendes, nos mostra uma seringueira no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
80% da produção do látex é utilizada para a confecção de pneus, (composto por 36% de borracha, 18% aço e 46% de derivados de petróleo e produtos químicos) e outros 20% são utilizados para produtos como solados de calçados, autopeças, luvas e cateteres cirúrgicos e preservativos. Pesquisando acabei descobrindo um dado super curioso: o Estado de São Paulo possui 77 mil hectares de seringais, que chegam a ser mais lucrativos que a cana de açúcar.
O látex escore de uma seringeuira no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
No caminho Nilson foi nos mostrando os diferentes tipos de árvores e folhas, descrevendo suas aplicações medicinais e práticas e ainda encontrou uma aranha caranguejeira gigante! Na ida ela estava escondida em sua toca e na volta já tinha um cadáver em decomposição do lado de fora para o jantar. O louco ainda cutucou a aranha com uma vara para podermos vê-la! Argh!
Nosso chalé no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
Quando voltamos já estava escuro e tivemos uma super experiência na floresta de noite, tateando com os pés o nosso caminho, com as poucas lanternas que tínhamos no grupo. Assim que saímos da floresta vimos o céu aberto e cheio de estrelas desde a ponte pencil e do deque do igarapé que passa nos fundos da pousada.
A lua brilha através da copa das árvores no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
Tivemos sorte de encontrar um chalé livre para nós sem reseva prévia! A manhã mesmo chegará um grupo grande que irá lotar a pousada. Quando vier a Xapuri, não deixe de conhecer o Seringal Cachoeira e se possível fique hospedado aqui para ter uma noite tranquila com os barulhos da floresta e ainda provar a comida gostosa que o pessoal da pousada prepara. A pequena cidade de Xapuri está localizada a 241 km de Rio Branco e o Seringal fica a mais 16km por um ramal da BR-317.
Nosso caminho pelo Acre: Saímos de Porto Velho-RO (A) para Rio Branco (B). Daí para a pequena Xapuri (C) e para Assis Brasil (D), na fronteira com o Perú
Aqui sentimos viva a alma e a memória de Chico Mendes, esse mártir e herói não só das florestas mas de todos nós, brasileiros.
Despedida do Nilson, primo de Chico Mendes, no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre
PS.: Darly, Darly Jr. e um capanga foram presos e cumpriram pena por 19 anos, com uma fuga em 1993 sob a vista grossa de policiais corruptos. Retornaram à prisão em 1996 e hoje, com a pena terminada, já estão livres e ainda vivem nos arredores de Xapuri.
Passeando no Quadrado, em Trancoso - BA
Nos despedimos de Caraíva em um dia chuvoso, o que sempre torna mais fácil a partida. Nossa idéia inicial era passarmos em Trancoso e dormirmos em Arraial da Ajuda. Nós havíamos combinado com as nossas companheiras de viagem que nos encontraríamos na Barraca Pé na Praia, um pouco para frente da praia dos Coqueiros.
Barraca Pé na Praia, em Trancoso - BA
O primeiro choque com a civilização já se dá quando estamos explorando a baixa Trancoso de carro, passamos por um estacionamento perto da praia dos Nativos que tinha em torno de 20 ônibus de turismo. Porto Seguro é famosa pelas suas festas e nesta época a região recebe milhares de estudantes que comemoram a formatura do ensino médio ou até de faculdade. Excursões da CVC e Forma Turismo lotam a cidade e levam para um dia de passeio em Trancoso todos os formandos.
As casa coloridas do Quadrado, em Trancoso - BA
Sorte que a Pé na Praia fica há uns 3km de tudo isso, chegamos lá junto com a chuva e as meninas tinham acabado de ir embora. Voltamos à cidade para conhecer o famoso quadrado de Trancoso. Eu não entendia quando o Rodrigo e a Greci falavam do “quadrado”, mas chegando lá fica fácil entender. É a praça central da cidade, um “quadrado” gramado que tem em seu entorno vários restaurantes muito charmosos, lojas de artesanato e arte. A igreja no alto do platô se destaca por ter a praia ao fundo, um jardim cheio de pitangueiras floridas e ao lado o cemitério com vista para o mar.
A Igreja no Quadrado, em Trancoso - BA
Uma graça a cidade e com o tempo chuvoso nem vale a pena ficar em um lugar com menos infra-estrutura. Acabamos decidindo ficar por aqui mesmo e fazer uma night de despedida das nossas companheiras de viagem. Rodamos vários restaurantes, um mais aconchegante e charmoso que o outro. Provamos entradas deliciosas e os nossos famosos drinks de frutas frescas.
Com a Luciana, Ana e a Gracie no restaurante "El Gordo" em Trancoso - BA
A previsão do tempo é de muita chuva, amanhã vamos até Arraial da Ajuda ver se Nossa Senhora D´Ajuda nos dá uma forcinha para o sol aparecer!
Sombrinha para enfrentar a chuva no Quadrado de Trancoso - BA
Caminhando na Praça da Independência, que na verdade é um boulevard, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Trinidad e Tobago são duas ilhas distintas que formam um dos maiores e mais desenvolvidos países do Caribe. Elas fazem parte da mesma formação geológica da Venezuela, portanto possuem terras férteis, florestas muito parecidas com as sul-americanas e principalmente, um solo muito rico em petróleo e gás. O país passava por uma grande recessão após a tentativa de um golpe de um grupo muçulmano minoritário que tentou tomar o poder, seqüestrando o primeiro ministro e diversos deputados. O golpe foi movido apenas por motivos econômicos e por isso acabou sendo apenas uma tentativa falida. O partido indiano assumiu o governo, com uma visão mais progressista e aos poucos vem trabalhando com o objetivo de colocar Trinidad e Tobago na lista dos países desenvolvidos. A boa administração da riqueza mineral e da agricultura fez com que o país crescesse 200% nos últimos 13 anos, tornando-se o principal centro comercial e econômico do Caribe.
A Casa Branca, um dos "Sete Magníficos", em frente ao Queen's Park Savannah, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
A população é composta principalmente por africanos e indianos, trazidos nos tempos de colonização. A ilha foi dominada pelos espanhóis, recebeu imigração francesa no final do século XVIII e foi tomada pelos dos ingleses em 1797. Depois da abolição da escravidão os ingleses começaram importar a mão de obra de sua outra colônia, a Índia. Recentemente os chineses também estão presentes, assim como uma pequena porcentagem de sírios, córsegos (da ilha italiana, Córsega), alguns europeus e americanos. Essa mistura se reflete também na religião, 37% católica pela influencia dos espanhóis, 35% hindu e o restante está dividido entre muçulmanos (indianos e africanos), e evangélicos.
Escolares visitam a NAPA, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Port of Spain é a capital do país, localizada na ilha de Trinidad, a maior e mais montanhosa delas. Hoje tiramos o dia para explorá-la, nossa guest house fica em Maraval, um distrito vizinho, portanto tivemos que procurar um transporte até o centro. Um táxi ou um ônibus seriam boas opções, porém como o transporte público basicamente não existe, as soluções informais acabaram se tornando a forma oficial de se locomover. As placas dos automóveis são a chave para entender como tudo funciona, aqui vai um guia rápido de como os veículos são classificados:
- Veículos Privados começam com a letra P, Private Cars.
- Veículos Privados começam com a letra R, Rental Cars.
- Veículos comerciais começam com a letra T, de Transportation, pois podem transportar produtos ou pessoas em serviço.
- Route Taxis ou Taxis comuns começam com a letra H, de hired (contratados). Os taxis são contratados para um roteiro personalizado e custam caro, uma viagem de ida e volta de Maraval para o centro de Porto of Spain pode custar até US$ 50 durante a noite, para apenas 6 ou 7km de distância. Já os route taxis funcionam mais durante o dia e com roteiros pré-definidos, porém sem horário, freqüência ou disciplina alguma. Várias pessoas podem pegar o mesmo carro e o custo é bem mais baixo, TT$ 4,00 ou US$ 0,65.
- Maxi Taxis, até onde conseguimos perceber, podem começar tanto com a letra H quanto com a letra T, são vans brancas que funcionam como os coletivos informais, que chamamos no Brasil de “lotação”, o custo varia do destino, mas é em média TT$ 6,00 ou pouco menos de 1 dólar americano.
Woodford Square, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Pegamos então o nosso primeiro route taxi para o Queen’s Park Savannah, propagandeado como a maior rotatória do mundo, é uma grande área verde utilizada para prática de esportes como corrida, caminhada e o críquete, principal esporte no país. Este parque também é o centro do carnaval de Trinidad e Tobago, lá fica uma arena onde acontecem as competições (equivalente ao nosso sambódromo) e todas as barraquinhas de comes e bebes. Na mesma rua ficam as Magnificent Seven, sete grandes construções pomposas em estilo colonial, algumas em uso como escola ou casa do bispo, outros ainda em restauração.
O prédio futurista da NAPA (National Academy of Performing Arts) em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Seguindo a pé à esquerda no round about, está a National Academy of Performing Arts (NAPA), construída para o Encontro da Commonwealth, comunidade formada por países que foram colônia da Inglaterra. Um grande teatro com diversas salas para convenções e apresentações e com uma estrutura super moderna. Lá vimos uma pequena exposição sobre um dos grandes cantores de calypso nacional e encontramos dois curitibanos que foram à Trinidad para dar uma palestra sobre judaísmo, um deles ainda por cima é Junqueira, primo distante do Rodrigo! Que coincidência, rsrs!
Encontro com brasileiros, um curitibano e um Junqueira, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
No caminho passamos pela Woodford Square e pela Trinity Cathedral, igreja anglicana de 1816, lindíssima por fora, mas infelizmente estava fechada e não conseguimos ver o interior que dizem ser ainda mais bonito.
Catedral anglicana de Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
A Cathedral of Immaculate Conception, a igreja católica construída em 1836, fica ao final da Independence Square, uma grande avenida com um calçadão central onde se reúnem os malucos, vendedores e a terceira idade jogando dominó. Após um sanduíche no subway e a compra dos tickets do ferry para Tobago, nosso walking tour terminou na Arapita Avenue, onde ficam todos os bares e restaurantes. Durante a tarde encontramos apenas um realmente funcionando, o Sweet Limon, ambiente agradável para um bom refresco e uma sobremesa.
Interior da catedral de em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
A noite resolvemos explorar também um pouco da balada trinbagonian e fomos a um dos hot spots na Arepita Avenue, o Coco Lounge. Como a “veiêra” está chegando, fomos cedo para comer alguma coisa e esticar para a balada e já deixamos o taxi agendado para a volta. Como eu disse acima, a noite só rola andar de táxi mesmo por aqui, conseguimos um “ida e volta” da Arepita Avenue por US$ 30,00, “uma verdadeira barganha”. A Arepita Avenue é onde fica realmente todo o agito na sexta e sábado à noite.
Botecão movimentado em Port of Spain, em Trinidad e Tobago
Bares, restaurantes, pubs e clubs com todos os tipos de música. O Coco Louge é bacana, um ambiente aberto, fresco e com boa música. O Rodrigo resolveu provar um “spicy chicken wings” que quase acabou com a nossa noite. O negócio era tão completamente apimentado que nós ficamos mal uns 40 minutos até passar o efeito. A hora que a pista estava começando a esquentar, viramos abóbora e o carro veio nos buscar, a 1am. Poderíamos ter alterado o horário, mas amanhã o dia começa cedo e o meu vovô já estava caindo de cansaço, melhor irmos para casa. Rsrsrs!
Night no Cocoa Lounge, em Port of Spain, em Trinidad e Tobago
Mirante ao lado da Igreja de La Recoleta, em Sucre - Bolívia
Sucre, primeira capital da Bolívia, perdeu seu posto para La Paz quando esta se tornou um ponto estratégico para o escoamento da produção do minério extraído em Oruro e Potosí. Ainda é a capital constitucional, porém La Paz é que abriga de fato todo o poder político do país. Fundada em 1538, a cidade trocou de nome algumas vezes, La Plata, Chuquisaca, Simón Bolívar até chegar à homenagem final ao primeiro presidente eleito pelo congresso, o General Antonio José de Sucre.
Homenagem ao grande nome da independência da américa espanhola, em Sucre - Bolívia
Nos idos de 1824, Sucre lutou ao lado de Simón Bolivar na Guerra pela Independência do Perú, do qual a Bolívia ainda fazia parte. Um ano mais tarde no Alto Perú foi proclamada a República da Bolívia. O primeiro presidente aclamado pelo congresso foi Simón Bolívar, que estava distante do país. Assim sendo Sucre assumiu o comando da nova república em dezembro de 1825 até o abril de 1828. Toda esta história nos foi contada em detalhes no Museu da Independência, por um guia muito esclarecido e apaixonado pela história do seu país. (Entrada: 15 bolivianos - 2,2 dólares aprox.).
Simon Bolivar entre todas as bandeiras da história da Bolívia, na Casa de La Libertad, em Sucre - Bolívia
Conhecida como “A cidade branca”, Sucre possui como lei a pintura das casas e prédios do centro histórico todos os anos, de branco, obviamente. Atingida por uma grande peste nos idos de antigamente, acreditava-se que as paredes caiadas diminuíam a disseminação da doença. O que antes era uma necessidade pela limpeza e higiene, hoje se tornou um marco arquitetônico da cidade.
Entrada do museu eclesiástico, em Sucre - Bolívia
A visita ao Mercado Municipal, independente da cidade, é sempre obrigatória. Ali vemos a cara do país, trabalhadores e consumidores, além de toda a qualidade de artesanatos, frutas, verduras, legumes, cereais, carnes e comidas típicas. Confesso que a área de restaurantes e lanchonetes não nos apeteceu muito o estômago, muitas carnes, embutidos e frituras, mas a apresentação de dança de um maluco borracho até que foi engraçada.
Abundância de frutas no mercado em Sucre - Bolívia
Outro lugar bacana de conhecer é a Casa de Cultura, pertinho da praça principal. Está acontecendo esta semana uma amostra de cinema e artes com a temática “Direitos Humanos”. Um concurso fotográfico foi lançado pelo Departamento de Imigrações da Espanha em parceria com o Governo Boliviano, mostrando a realidade e a ilusão dos processos migratórios. A exposição mostrou os trabalhos premiados, a maioria abordando a decisão das mulheres migrarem do campo para a cidade, ou mesmo da cidade para outros países, em busca de melhores condições para a sua família.
Exposição fotográfica em Sucre - Bolívia
Nessa mesma onda, fomos ao Teatro 3 de Fevereiro para assistir ao média metragem de produção espanhola “Diversidad”. Ele fala sobre a cidade de Nova Iorque como principal receptora de imigrantes de todo o mundo, como essas diferentes culturas e religiões convivem. Bacana, mas eu esperava algo mais “latino”, aí ficamos para assistir a segunda sessão, filme documentário peruano “Operación El Diablo”.
Cholas descansam no mercado em Sucre - Bolívia
O filme documentou toda a luta dos campesinos peruanos para salvar uma montanha, sua água e o seu estilo de vida, que estavam prestes a ser destruídos por uma mineradora americana. Um padre foi elegido como mediador entre a comunidade campesina e os órgãos governamentais que liberavam a exploração do monte. Esta luta teve vários desdobramentos e inclusive se iniciou uma perseguição, com requintes do serviço de inteligência militar e espionagem, aos chefes campesinos e a todos os que lutaram ao seu lado. Descobre-se que uma prática terrível havia sido implementada pelas empresas de segurança contratadas por estas mineradoras, que torturaram e até mataram vários dos ambientalistas.
Exposição fotográfica em Sucre - Bolívia
Aqui conhecemos uma Bolívia melhor e mais desenvolvida. São muitos museus, casas culturais, universidades e claramente gente politizada e formadora de opinião. Além de capital constitucional, Sucre é o berço da história e da cultura boliviana.
Iluminação noturna da bela igreja de São Francisco, em Sucre - Bolívia
Vista do hotel em La Parguera - Litoral Sudoeste de Porto Rico
Acordamos hoje com o maior pique para um programa diferente: explorar as imensas Cavernas do Rio Camuy e conhecer o maior rádio-transmissor do mundo no Observatório de Arecibo! O que é isso? Pois é, eu também não teria idéia se não fosse o James Bond! Lembram aquela antena parabólica gigante dentro de um buraco que o 007 cai rolando para impedir o Golden Eye? Então, é lá mesmo, mas infelizmente não tivemos sucesso na empreitada, os dois parques fecham segundas e terças-feiras e precisamos mudar os planos.
Próxima parada, Cerro Punta! O pico mais alto de Porto Rico que possui em torno de 1.400m. Havíamos nos informado com a Bernice (vejam mais detalhes sobre ela no blog do Rodrigo), e ela nos disse que poderíamos ver toda a ilha lá de cima se o dia estivesse aberto. Mudamos de estrada e seguimos para La Carretera Panorâmica! Urgh, eu já embrulho só de pensar, essas rotas panorâmicas são lindas, mas tem tantas curvas que me dão o maior enjôo. Bem, lá fomos nós, de novo parecia que estávamos no Brasil, montanhas e mais montanhas com muito verde, mata, rios e bambuzais. Lindo demais! Passamos por uma das entradas do parque, que no mapa claramente estava muito distante do Cerro Punta, então seguimos adiante em busca da outra entrada. Quando vimos já estávamos lejos, muy lejos e não tinha entrada coisa nenhuma. A esta altura acho que o Ro já estava meio cansado e eu, verde, não tinha condições de interagir.
Depois de cruzarmos quase metade do país, decidimos ir para o nosso próximo destino previsto para a semana, a cidade de Parguera, um dos melhores pontos de mergulho da ilha! Juro, nossa intenção era de fazer programas diferentes, mas em uma ilha de 130 x 40km depois de 4h no volante, não tínhamos mais onde chegar senão no litoral. Amanhã já está agendado mais um mergulho em uma parede com uns 30 metros de visibilidade e à tarde, praia! Peço desculpas aos não mergulhadores, mas estamos no Caribe e temos que aproveitar. Os próximos dias atravessando Porto Rico prometem muitas trilhas, cachoeiras, observatórios e cavernas!
Placa de aviso de Tsunami em La Parguera - Litoral Sudoeste de Porto Rico
Dentro da "boca", no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Dia de mudar de ares, sair da praia e ir para o interior, mas não sem antes nos despedirmos das magníficas falésias das praias de Madeiro e região. Mais uma vez partimos deixando alguns lugares na nossa lista de “quero mais”.
Falésias na região da Praia da Pipa - RN
Seguimos viagem e vamos para uma cidade de nome muito curioso, quase na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, Passa e Fica. Este nome foi dado por que as pessoas passavam por lá e acabavam ficando, mas afinal, a pessoa passou ou ficou? Rsrsrs! A cidade fica há apenas 5km do Parque Estadual da Pedra da Boca, já na Paraíba, formado em 2000 para a preservação de montanhas rochosas fantásticas. As formações graníticas lembram as mais variadas formas, caveira, carneiro, lagarto e a mais doida delas é a que dá nome ao parque, uma boca!
Região de Passa e Fica - RN
A Pedra da Boca possui 250m de altura e a boca está há mais ou menos uns 150m. A boca foi esculpida pelo vento e para chegar até ela são 40 minutos de uma íngreme escalaminhada.
Descendo da Pedra da Boca, no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
A vista é recompensadora, do alto avistamos as fazendas, açudes e cidades da região. O “céu da boca” é muito doido, todo esculpido pelo vento em pequenas panelas circulares, ali no teto tem uma via de escalada para os mais profissionais, haaaja braço!
Visual à partir da boca da pedra, no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Quem nos levou lá em cima foi o Maciel, filho do Seu Tico, dono da propriedade vizinha ao parque. Ele que um dia já foi predador, caçando para matar a fome, hoje se orgulha por trabalhar guiando turistas e preservando o meio ambiente. Ali comemos um delicioso açaí, batendo um papo com os escaladores que encontramos. Poderíamos acampar ali mesmo, mas os 41 anos do Rodrigo já não permitem mais essas aventuras! Rsrsrs! Voltamos para a cidade para nos hospedar, achar uma lan house e ficar prontos para amanhã. Iremos visitar as grutas e finalmente tirar a zica da escalada técnica, que não conseguimos colocar em prática até agora.
A Pedra da Boca, na fronteira do Rio Grande do Norte com Paraíba, próximo à Passa e Fica
O belo cenário da cordilheira dos Apalaches ao longo da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
A Blue Ridge Parkway é considerada a melhor road trip na costa leste dos Estados Unidos. Sua história começou em 1935, justamente após a grande depressão, com um objetivo principal: o primeiro era interligar o Great Smoky Mountains National Park e o Shenandoah National Park, oferecendo mais uma opção de turismo aos viajantes intrépidos da época.
Muitos motociclistas na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
O projeto fez parte do plano para empregar as vítimas da Crise de 1929, mais um dos esforços feitos pelo governo unindo o útil ao agradável. Eles recrutavam jovens de famílias pobres, treinavam, davam alimentação, abrigo e um trabalho que pagava em torno de 25 dólares por mês, sendo que o jovem era obrigado a enviar à família 20 dólares. Era a famosa “win-win situation”, estes que jovens construíram estradas e grande parte das trilhas e infraestruturas dos principais parques nacionais por um salário ridículo, mas que ninguém pagaria na época. Eles saiam de lá bem alimentados, fortes e treinados militarmente, prontos para a próxima guerra, além de ajudarem às suas famílias na época negra da grande depressão.
As montanhas azuis no horizonte dão o nome à Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
A Parkway, ou estrada-parque, como chamamos no Brasil, terminou de ser construída em 1983 e além de conectar os dois parques pode ser considerada uma série de parques em si só. Com dezenas de atrações ao longo dos seus 755km sobre a Blue Ridge, um trecho dos Montes Apalaches, é a unidade que mais recebe visitantes dentro do sistema de Parques Nacionais Americano.
A Blue Ridge Parkway, sempre na crista dos Apalaches, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Para os amantes de natureza não tem uma época específica, o ideal seria poder conhecê-la no seu auge em cada estação do ano! No início do verão, com incontáveis tonalidades de verde, como vimos agora, ou na primavera quando as flores estão se abrindo, borboletas e passarinhos enlouquecidos com tantos cheiros e cores ou no inverno, quando a paisagem fica branca e dourada dos raios de sol que batem nos galhos desfolhados. Atenção que a Blue Ridge não possui manutenção no inverno, dependendo da quantidade de neve ela pode estar intransitável.
Vista do Apalaches na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Ainda assim, uma das épocas favoritas para o turismo na Blue Ridge Parkway é no outono, segunda quinzena de outubro, quando as maple trees estão explodindo em degrades de vermelho, laranja, amarelo e marrom, variando conforme a altitude e latitude ao longo do parque.
Roteiro de 2 dias (e meio) – Primeira Parte
No Mount Mitchel, ponto mais alto da Blue Ridge Parkway e dos Apalaches, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Começamos o nosso roteiro pela Blue Ridge em Asheville, ao norte do Great Smoky Mountains National Park, já que o tempo chuvoso estava deixando o parque “smoky” demais para explorações.
Exibir mapa ampliado
Mesmo ao norte o início da viagem foi com muita neblina e quase nenhuma vista dos primeiros mirantes. Uma parada rápida no Craggy Gardens e infelizmente não podíamos ver 50m a frente. Seguimos para o Mount Mitchell State Park, o ponto mais alto do país ao leste do Rio Mississipi. O acesso é fácil, chegamos de carro até quase o topo, o tempo começou a melhorar e conseguimos ter uma linda vista sobre as nuvens e até fazer uma trilha de 30 minutos pela floresta úmida de coníferas.
Fazendo uma trilha pela mata na região da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
A parada para o almoço foi em Little Swizterland, com uma vista linda para as montanhas. Continuamos até o Crabtree Meadows e Crabtree Falls, onde há uma área de camping e uma trilha para uma cascata (sem área para banho) de uma hora ida e volta.
Uma das muitas cachoeiras ao longo da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Quem vem com tempo pode escolher dormir na vila de Little Switzerland ou mais adiante na cidade de Boone, ambas com várias opções de hotéis, dos rústicos-chiques aos mais sofisticados. Boone é uma cidade grande, se você quer uma cidadezinha menor e mais charmosa Blowing Rock é o lugar! Encantadora e muito animada, Blowing Rock é uma cidade de gente feliz! Chegamos e logo entramos em uma festa local onde uma banda tocava clássicos do rock e famílias inteiras, jovens, crianças e seus avós dançavam e se divertiam em um grande gramado, tipo piquenique de fim de tarde.
Banda de folk anima festa ao ar livre em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Festa no fim de tarde da pequena cidade de Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Onde ficar:
Cansada da impessoalidade dos hotéis pasteurizados de rede, decidimos buscar algo que nos fizesse entrar no clima desta viagem. Lá encontramos o lugar perfeito! Crippens Bed & Breakfast tem quartos charmosos e aconchegantes e super bem localizados. Sem dúvida é uma das melhores, senão a melhor, opção de hospedagem na parte sul da Blue Ridge.
Em frente ao noso aconchegante hotel em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Tivemos sorte de encontrar Jimmy em casa, o dono da pousada e organizador de competições gastronômicas em todo o estado de North Carolina, ele tem um dos melhores restaurantes da região! Super anfitrião, me apresentou um vinho produzido na North Carolina delicioso! A região está se desenvolvendo na produção de uvas e vinhos, várias vinícolas estão nos arredores da Parkway. Raylen Category 5, como os furacões! Um assemblage na linha do bordeax, delicioso! O café da manhã típico americano, com ovos, bacon fechou a nossa experiência americana com chave de ouro.
O café da manhã no nosso delicioso hotel em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos
Vista para o rio no Forte do Presépio, em Belém - PA
4 da manhã já estávamos em pé, esta linha Marajó – Belém não é muito tourist friendly. O barco sai as 6am, mas o transporte do Edgar que nos pega na pousada, que atravessa a balsa e leva de Soure até o porto, iria nos buscar entre 4h e 4h30. Chegaram as 4h50 e a barca saia às 5h. Ufa... deu tempo. Madrugamos e mesmo assim chegamos ao barco e ele estava lotado. Nossa sorte foi que decidimos bancar uma passagem mais cara (23,00) para a sala vip, com ar condicionado e cadeiras mais confortáveis para podermos descansar. Mesmo esta sala lotou e dois pestinhas que estavam na fileira de trás da minha me acordaram a viagem inteira, me cutucando, pegando coisas, gritando, etc. Enfim, coisas da vida em sociedade que temos que saber conviver.
Canhões do Forte do Presépio, em Belém - PA
Chegamos à Belém, confirmamos na transportadora que a Fiona havia chego a Macapá em segurança e fomos deixar nossas coisas no hotel. Temos um dia inteiro para dedicar à Belém e suas atrações históricas e à noite voaremos para Macapá. Almoçamos no grill (humm) e seguimos caminhando pelo centro até o Forte do Presépio. Construído em 1616, o forte está localizado na Baía de Guajará, próximo ao mercado Ver o Peso, para defender a entrada dos franceses e holandeses pelo rio às terras brasileiras.
Passeando no Forte do Presépio, em Belém - PA
O forte foi o marco zero da cidade de Belém, que se desenvolveu no seu entorno fazendo parte da vida da vila. Mais tarde, com o crescimento da cidade, foi construído um muro de segurança para separá-lo. Este, porém, foi colocado abaixo, mantendo apenas o portal como símbolo histórico e reintegrando o espaço do forte à comunidade. Hoje ele abriga um pequeno museu sobre as comunidades indígenas do estado.
Museu de Artes em Belém - PA
Tivemos uma infeliz coincidência na nossa data de visita à Belém: segunda-feira, o “dia internacional do não-turismo”, quando todos os museus e centros culturais estão fechados. Então pudemos passear e conhecer a maioria dos museus e atrações, apenas por fora, genial!
Igreja da Sé, em Belém - PA
Adiante do Forte fica uma antiga mansão de um Barão do Açúcar, transformada em galeria e restaurante, a Casa das Onze Janelas. Dizem que o restaurante é um dos mais caros e finos da cidade. Linda por fora, fechada “por dentro”. A frente encontra-se a Catedral da Sé, ainda bem que igreja (quase) nunca fecha. Belíssima igreja neoclássica-barroca da época colonial construída em meados do século XVIII.
Interior da Igreja da Sé, em Belém - PA
Já sem esperanças caminhamos para o Museu de Arte de Belém, onde os guardas muito simpáticos nos avisaram que ali e o Museu Zoobotânico também estariam fechados. Com o tempo anunciando chuva, nos restou caminhar até um dos monumentos modernos mais visitados da cidade, o Shopping Pátio Belém, antigo Iguatemi, reinaugurado no ano passado. Lá assistimos o filme “Caça as Bruxas”, com o Nicolas Cage. Nome bem sugestivo para o dia de hoje, mas ou era ele ou o “Bruna Surfistinha”. É, aí ficou difícil. Fechamos nossa tarde no tradicional Bar da Praça da República, prédio com 133 anos de idade que funcionava como bilheteria do Teatro da Paz e virou bar há uns 80 anos!
Bar tradicional na Praça da República, em Belém - PA
Voltamos à nossa base no centro, o Hotel Unidos, onde a equipe nos recebeu super bem, sempre animada e muito disposta a nos ajudar. Íamos trabalhar no site e internet ali na recepção mesmo, enquanto aguardávamos o horário para irmos ao aeroporto. Foi quando a maré de sorte começou a mudar, conhecemos um casal surinamês, Helen e Donavan. Ela super comunicativa e descolada foi logo nos dando dicas e contatos no Suriname, Guiana Francesa e Inglesa quando soube que estávamos indo para lá. As informações que temos são de pesquisas em guias de viagem e na internet, mas algumas coisas não conseguimos saber, como por exemplo, como é a segurança nestes países. Queríamos deixar o carro em Georgetown para a viagem ao Caribe e ela não hesitou em nos advertir que se fizéssemos isso a Fiona não estaria mais lá quando voltássemos. A Guiana Inglesa é realmente muito perigosa, segundo o casal, terra sem lei de pessoas muito corruptas, inclusive os policiais. Sempre achamos que é exagero, mas neste caso não encontramos ninguém que dissesse o contrário. Sendo assim já começamos a repensar parte do planejamento da viagem ao Caribe. Enfim, já temos contatos e visitas a fazer em Paramaribo, Cayenne e Saint Laurent Du Maroni nas próximas semanas!
Sorvete de Açaí no aeroporto de Belém - PA. Rumo à Macapá!
23h15 e já estávamos embarcados no nosso vôo para Macapá, com uma estranha sensação: será que estamos “roubando” ao pegarmos este vôo? Quero dizer, a viagem é de carro, será que deveríamos, obrigatoriamente, ter ido de barco para Macapá? Priorizamos mais um dia em Marajó e Belém, pois perderíamos 24h no barco em horários conflitantes para os dois últimos dias. Por que um barco seria menos “roubo” do que um avião? Bem, pelo menos a Fiona foi nos representando na balsa. Afinal, estaríamos “roubando” de quem? Essa é a vantagem de sermos donos do próprio nariz, sem compromissos com mais ninguém além o de sermos verdadeiros com a nossa viagem e os nossos leitores.
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