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1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos...
New Orleans, ou NOLA para os íntimos, é a cidade dos sonhos para qualqu...
Todos nós conhecemos as imagens do Grand Canyon, uma das 7 maravilhas na...
Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
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Marco ( Marquinho ) (08/06)
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Henrique Faria (30/03)
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Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
As incríveis pedras que se movem, no leito seco de um antigo lago no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Desmontamos acampamento, mal dormidos e acabados. Ainda assim reunimos forças para parar mais uma vez e ver este incrível mistério da natureza. Serão ETs? Ou os ITs, intra-terrestres, se tentando comunicar com os terráqueos?
Nosso acampamento em meio a bela paisagem perto da Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Eu acho que a teoria da argila, gelo, ventos boa, mas acho que mais um agente pode ser adicionado aí, a seca. Quando o solo seca, erode e quebra, ele se parte e “empurra” a pedra em diferentes direções. E aí, convenci? Espero viver para ver os cientistas encontrarem uma explicação.
Encruzilhada nos setores mais isolados do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Nosso caminho para Las Vegas nos levava novamente à Furnace Creek e os vales do banho e das piscinas ainda estava válido, um banho quentinho após uma noite tão gelada era a nossa única saída para aguentar 3h de estrada e uma provável balada no encontro com a minha irmã.
A deliciosa piscina do hotel em Furnace Creek, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Passar a Páscoa com a minha irmã em Las Vegas foi um dos motivos de termos decidido pelo roteiro das duas semanas. A Juliane vive em Londres e tem um namorado inglês que vive em Nova Iorque, assim eles vão e vêm do velho ao novo continente para se ver sempre que podem e dessa vez decidiram conhecer juntos a Sin City! Para nós era perfeito, pois Las Vegas não era muito a nossa praia mesmo, melhor estar com um casal animado, matando as saudades da pequena que eu não via há 1 ano e meio!
Chegando à Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos
Viajamos para Las Vegas e chegamos no final do domingo de páscoa e aproveitamos os 3 dias para conhecer a cidade, ver alguns shows e planejar os nossos próximos meses de viagem. Daqui dos Estados Unidos iremos fazer duas etapas importantes da viagem, voaremos para Islândia e Groelândia, que geograficamente também fazem parte da América e iremos aproveitar os preços baixos para voar para mais uma etapa caribenha dos 1000dias.
Foram 3 dias de muita pesquisa de preços, pacotes, passagens aéreas, mapas e guias para conseguir fechar o roteiro pelos Estados Unidos, a tempo de voar para estes lugares e finalmente ficou definido.
Visualizar Roteiro 1000dias - Cruzando os EUA em um mapa maior
Cruzaremos os EUA pela Route 66 até Memphis, desceremos para New Orleans e seguiremos em direção à Orlando. Em Orlando uma parada estratégica, encontramos vôos diretos do Sandford International Airport com bons preços para a Islândia e um pacote que parte da Islândia para um tour de 5 noites na Groelândia. Odiamos pacotes, mas o transporte na Groelândia é todo feito por aviões e acaba saindo muito caro viajar de forma independente. Dia 25/04 pegamos o voo em Orlando para Reikjavik e depois dos 5 dias na terra verde teremos uma semana na Ilha Viking. De volta à Orlando no dia 08/05 a noite, teremos 20 dias para subir a costa leste, antes descendo até o Everglades e Miami, subindo pela Georgia e fazendo um pequeno detour pelo Kentuky para conhecer o Mamooth National Park! Pensem na correria!
Visualizar Roteiro 1000dias - Costa Leste em um mapa maior
Teremos pouco mais de 30 dias para conhecer 9 países caribenhos e voltamos para Nova Iorque, agora para encontrar a nossa querida sobrinha Bebel, que irá passar duas semanas viajando conosco pelo extremo leste dos EUA e parte do Canadá. Depois disso hora de cruzar novamente para a costa oeste rumo ao Alasca! Ufa, acho que estamos conseguindo conciliar quase tudo!
Visualizar Canadá - Cruzando de Leste a Oeste em um mapa maior
Sugestões? Não deixem de comentar aqui abaixo e nos ajudar a enriquecer os nossos 1000dias por toda América!
A bela Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Acordamos na Lapinha e que grata surpresa! A vila é rodeada de belíssimas montanhas e à beira de uma represa maravilhosa. A Lapinha é um distrito do município de Santana do Riacho e é bem conhecida por suas cachoeiras e pelo seu sotaque muito diferente. A princípio eu estava achando que eram apenas diferenças de sotaque, mas logo descobrimos que eles realmente possuem uma linguagem própria, o Inhangatú, derivado da mescla entre o português e o tupi. Algumas famílias sabem falar português mas utilizam em seu cotidiano apenas o inhangatu, não é difícil de entender desde que falem devagar. Os jovens utilizam ainda algumas palavras, mas aos poucos a língua vai se perdendo.
Com o nosso guia Walter, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
O centro comunitário Inhangatu é o responsável por organizar a atividade de ecoturismo na região, oferecendo guias locais para acompanhar nas principais atrações que são os Pocinhos, Cachoeira do Lageado, Cachoeira da Bicame e ainda a travessia Lapinha-Tabuleiro, passando pelo Pico do Breu, maior Pico da região com altitude em torno de 1600m.
Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Encontramos no nosso guia, Valter e fomos até a sede do Inhangatu para conhecer. Lá já conhecemos rapidamente o Seu Juquinha, mestre do batuque, dança típica aqui da Lapinha. O Seu Juquinha é o responsável por puxar as diversas cantigas, acompanhadas de batuques, palmas e de uma ciranda com passos marcados.
Com o Walter, Flávio e Gislei, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Começarmos o dia com uma longa caminhada até a Cachoeira da Bicame. A Fiona conseguiu nos levar quase até o portão da RPPN da Bicame, mas foi uma das piores estradas que ela já enfrentou. No caminho conhecemos o Flávio e a Gislei e demos uma carona a eles, ótimas companhias de caminhada. Foram 2 horas de caminhada, por campos rupestres em recuperação, uma área alta e plana com um cenário maravilhoso! Lá do alto avistamos a queda d´água e seu poço de águas ferruginosas.
Área da Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Curioso pensar que um dia esta cachoeira já teve seu poço todo drenado pelos mineradores em busca de diamantes, durante a drenagem se formaram várias bicas d´água, daí o nome Bicame. Lá em cima o vento não nos deixava nada a vontade para um banho nas suas águas frias, mas o próprio paredão da cachoeira a protege do vento e cria o ambiente perfeito para um mergulho.
Tomando banho na Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Voltamos os quase 8km de trilha e, do alto, avistamos o nosso próximo objetivo: a Represa da Lapinha. Será uma atividade diferente, atravessar de canoa a represa para conhecer as pinturas rupestres datadas de em torno de 8 mil anos. Voltamos à vila e já combinamos de encontrar nossos novos amigos a noite no bar em frente à igreja com a esperança que o Valter consiga falar com o Seu Juquinha para agitar um batuque para hoje a noite.
Represa na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Quarto e último dia, estávamos ansiosos para finalmente encerrar a Maratona da Serra do Cipó, mas infelizmente tivemos um pequeno probleminha. O Ivan, o canoeiro da cidade que ia nos levar teve que ir à Santana do Riacho resolver algumas pendências. Já deixamos o passeio agendado para amanhã cedo e fomos fazer um lanchinho, afinal também somos filhos de Deus.
Final de caminhada na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
No bar conhecemos dois casais interessantíssimos! Todos de Belo Horizonte aproveitando o final de semana aqui na Lapinha. Conversamos sobre a viagem, dicas na região, na capital a também para o Inhotim, que já está no nosso roteiro. Nos divertimos muito e já os chamamos para o batuque da noite. Pena que não aconteceu... a cidade foi acometida por uma ventania ao grande que quase todos se esconderam do vento e do frio em suas casas e o Valter não conseguiu encontrar o Seu Juquinha. Tudo bem, mais um motivo para voltarmos.
Flávio, Walter, Dedé, Rosa e Gislei com a Ana em boteco na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG
Paredes com quase mil metros de altura no Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
A estrada entre San Cristóbal a Oaxaca é longa. São mais de 700km subindo montanhas e cruzando vales no altiplano mexicano e cruzando a divisa de estados para chegar no nosso próximo destino.
Porém, essa viagem não seria completa se não fizéssemos uma paradinha em um dos maiores monumentos naturais do planeta, o Cânion do Sumidero.
Chegando ao Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
O cânion formado há aproximados 12 milhões de ano é uma falha geológica que se abriu na Serra Norte de Chiapas há apenas 5km de Tuxtla, a capital do estado. Com uma profundidade que chega há 300m e paredões com mais de 1000m de altura, o cânion hoje possui um rio navegável, sendo esta a melhor forma de visitá-lo.
Nossa lancha chega ao Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
Barcos partem de um porto próximo à Tuxtla ou no porto turístico de Chiapa del Corzo. A dica que recebemos foi de sairmos de Chiapa del Corzo mesmo, onde há muita procura e por isso os preços dos passeios são mais baratos. O tour de barco leva em torno de 2h, 2h30 e nos leva à entrada do cânion, passando ao lado das imensas paredes, até chegar ao lago da barragem, motivo pelo qual o rio tornou-se navegável.
Lanchas que levam turistas ao Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
O Rio Grijalva foi represado para a construção da Hidroelétrica de Chicoasén que está entre as plantas com maior geração de energia do país. O cânion faz parte da cultura local e é um símbolo natural do estado, estando presente no escudo de Chiapas.
Emblema do estado de Chiapas, o Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
Uma história curiosa e meio macabra sobre o cânion, foi que durante a ocupação espanhola, a tribo de etnia Chiapa (ou soctona, em seu idioma), preferiu realizar um suicídio em massa a se entregar aos conquistadores. Eles se atiraram dos paredões, direto para as corredeiras rápidas e cheias de pedra do rio, literalmente “voando” para a sua liberdade no inframundo.
Garça corcunda no Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
Durante o passeio avistamos aves como garças brancas, cinzas, uma colônia imensa de abutres, que possuem um papel muito importante na limpeza do ambiente natural, detonando todas as carcaças que sobram por lá. Um dos animais mais impressionantes que tivemos a sorte de observar foi um imenso crocodilo, que tomava um solzinho na beira do rio.
Um enorme e ameaçador crocodilo na entrada do Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
São mais de 150 crocodilos vivendo na extensão do cânion. Segundo o barqueiro eles são violentos e podem dar um salto de mais de 4m para atacar sua presa ou os turistas importunos. No início dos passeios eles se agitavam mais com a passagem de barcos, hoje já estão mais tranquilos e acostumados, deixando a lancha se aproximar para observá-los. O animal era imenso, totalmente pré-histórico! Foi a primeira vez que eu vi um crocodilo “ao natural”, ou melhor, fora de um zoológico. É emocionante, ainda mais um deste tamanho!
Um enorme e ameaçador crocodilo na entrada do Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
No percurso visitamos também uma pequena gruta natural onde foi colocada a estátua e uma santa e a formação impressionante conhecida como Árvore de Natal, quando a mescla das gotículas de água e a formação calcária das rochas formaram cortinas de pedra recobertas com musgo e vegetação que lhe dão um aspecto perfeito de um pinos, quando visto de frente. Lindíssimo!
Formação conhecida como Árvore de Natal, com quase 200 metros de altura, no Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
Retornamos aproveitando cada minuto daquela beleza surrealista, a (des)proporção do tamanho das paredes e o estreito do rio que formam uma paisagem única!
As enormes paredes do Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
Chegamos novamente o porto de Chiapa del Corzo. Uma das primeiras cidades do estado, sua arquitetura antiga com belas ruazinhas e casas em estilo coloniais, igrejinhas e praças animadas, hoje estavam preparadas para uma das maiores celebrações religiosas do ano!
Igreja matriz de Chiapa del Corso, no sul do México
A festa do Santo que Pula começa neste domingo pela manhã, marcada por celebrações religiosas, missas, etc, e termina com milhares de pessoas nas ruas, bebendo e comemorando, utilizando seus trajes típicos e fantasias.
Muitas cores nas fantasias durante festa em Chiapa del Corso, no sul do México
As mulheres com vestidos floridos, rendados, longos e rodados e os homens com uma roupa tradicional bem colorida, usam uma máscara com um rosto pequenininho e um ornamento redondo na cabeça com pelos dourados e espetados.
Festa em Chiapa del Corso, no sul do México
Estes grupos fazem um roteiro pela cidade passando por todas as igrejas e terminando no alto da Igreja Santo Domingo, onde está montado um palco com música ao vivo e diversas barraquinhas estão vendendo bebidas, comidas e doces. É um carnavalzão, todos comemoram juntos, homens e mulheres, crianças, adultos e velhinhos, uma festa linda e animada! Levamos a maior sorte!
Fantasias típicas na festa em Chiapa del Corso, no sul do México
Aquela dúvida e vontade de ficar novamente me arrastam pelas ruas, feliz e encantada com a festa. Por mim novamente ficaríamos acompanhando a festa do dia todo! Mas temos um tempo curto e meu amor me lembra que precisamos seguir. Pegamos a estrada novamente, cruzamos Tuxtla e seguimos em direção à Oaxaca.
Festa em Chiapa del Corso, no sul do México
No caminho passamos pela região de La Ventosa, parque eólico gigantesco em uma região de ventos fortes que chegam a tirar o carro do prumo! Rodrigo seguia com e punho forte e de olho no nosso objetivo. Anoiteceu e novamente a nossa regra de ouro foi quebrava. Dirigimos durante a noite, por uma serra de intermináveis curvas, subidas e descidas até chegar novamente em um plano, nos vales de altitude onde está localizada a cidade de Oaxaca.
O gigantesco parque eólico em La Ventosa, em Oaxaca, no México
Já eram quase dez horas da noite quando chegamos. Ruas vazias de uma cidade plana e bem planejada. Nos instalamos em um hotel e saímos comer o que encontrássemos na rua. Encontramos um carrinho de cachorro quente, ao lado de uma linda igreja e uma exposição imensa de esculturas em homenagem aos imigrantes. A primeira impressão já foi maravilhosa, amanhã teremos muito a explorar e conhecer na capital oficial e cultural do estado de Oaxaca.
Visita ao Canyon del Sumidero, em Chiapa del Corso, no México
Oranje Beach, uma das duas praias de Sint Eustatius - Caribe
Famosa por ter sido a primeira representante de uma potência estrangeira a reconhecer os Estados Unidos da América como uma nação independente, Sint Eustatius serviu como porto de fornecimento de pólvora e munição para a guerra da Independência Americana.
Homenagem ao grande feito histórico de Sint Eustatius - Caribe (o que lhe custou muito caro!)
A pequena Statia, como é carinhosamente chamada, possui em torno de 3200 habitantes e é ligada administrativamente à Holanda, como um estado das Antilhas Holandesas. Possui universidade e toda a infra-estrutura administrativa, além de abrigar um importante posto de abastecimento para navios de grande porte que estão na rota entre EUA ou Europa para a América do Sul.
Fort Oranje, em Oranjestad, única cidade de Sint Eustatius - Caribe
A cidade é dividida entre upper town e low town, mais ou menos como as praias no sul da Bahia, Trancoso e Arraial d´Ajuda. Um enorme degrau dividi a rua costeira, que possui os melhores hotéis e restaurantes com um estilo característico de Statia, nada que se possa dizer americanizado como o restante do Caribe. A praia que margeia esta rua é Oranjestad Bay, uma das únicas praias da ilha, ainda assim inconstante, com mais ou menos areia dependendo do período do ano e das correntes. A upper town parece uma cidade de casinhas de bonecas. As casas antigas datando do século XVII são de madeira, pequenininhas, baixinhas e coloridinhas. Ali fica a maioria dos prédios adminsitrativos, biblioteca, banco e comércio.
Passeando na simpática Oranjestad, capital de Sint Eustatius - Caribe
A principal atração é o Fort Oranje, que começou a ser construído pelos franceses em 1629, mas foi ampliado e concluído depois que os holandeses dominaram a ilha. Statia trocou de mãos entre franceses, ingleses e holandeses mais de 22 vezes! Isso sem contar que antes quem a habitava eram os Caribs. Foi neste forte que foram disparados a primeira saudação à nova nação americana, conhecido como “First Salute”, 11 disparos como resposta aos 13 disparos feitos pelo Andrew Doria, navio americano que carregava uma cópia da declaração de independência.
Vista do alto do Fort Oranje, em Sint Eustatius - Caribe
Há apenas 2 quadras dali ficam as ruínas da antiga Sinagoga Honen Dalim, de 1739, ao que consta, a segunda mais antiga sinagoga do hemisfério ocidental. Ela está sendo vagarosamente restaurada com doações feitas por entidades judaicas, principalmente holandesas.
Ruínas da segunda mais antiga sinagoga do hemisfério ocidental (em Oranjestad, Sint Eustatius - Caribe)
A Igreja Reformista Holandesa fica dentro do mesmo complexo do Fort Oranje, sua construção de 1755 está intacta, porém seu telhado foi arrancado por um furacão em 1792 e ela está aberta desde então. É uma bela estrutura em meio ao antigo cemitério.
Antiga igreja holandesa que perdeu seu teto num furacão em 1792 e assim permaneceu! (em Oranjestad, Sint Eustatius - Caribe)
Depois de explorarmos os pontos históricos descemos para a cidade baixa, buscando informações sobre mergulhos e um bom lugar para almoçar. Já agendei um mergulho para mim amanhã na Scubacqua, que vai me levar a alguns dos 36 pontos de mergulho da ilha. Almoçamos no Golden Era Hotel, à beira da baía de Oranjestad e com vista para Saba e os navios que aguardavam abastecimento.
Almoçando na orla do mar do Caribe, em Oranjestad, capital e única cidade de Sint Eustatius
Voltamos para a nossa pousada no “interior” da ilha, caminhando e procurando por lojas de equipamentos elétricos. Pois é, esquecemos em Saba o nosso super adaptador que cabia em todas estas tomadas americanas e ficamos sem ter como carregar as nossas baterias. Conhecemos toda a cidade e seus arredores visitando cada uma das lojas, Dougins, Rivers, Dutch Plumbing e até a Mansion Hardware, todos estavam “out of stock”. Já estava começando a acreditar que ficaríamos sem ter como escrever durante estes 4 dias, Rodrigo totalmente de bode, quando entrei em um mercadinho para comprar água e por acaso perguntei. Não é que eles tinham!?! No lugar menos provável foi onde conseguimos salvar o dia! (e o bom humor do marido, hahaha).
Vista do alto do Fort Oranje, em Sint Eustatius - Caribe
Statia me parece uma ilha mais autêntica, sem tanta influência turística, sem navios de cruzeiros, grandes lojas ou badalação. A vida como ela é, ou melhor, como ela realmente deveria ser no Caribe dos anos 50.
Admirando as pasisagens da Inside Passage, trecho entre Sitka e Ketchikan, no sudeste do Alaska
A região sudeste do Alasca é uma ponta meio isolada do mundo que poucos ouviram falar, mas muitos conhecem. Como assim? A sua divisão geográfica mal aparece no mapa, pois é uma língua na costa oeste do Canadá que antes de ser americana foi ocupada pelos russos. O contrato de compra e venda do território colocava a fronteira apenas no meridiano que faz a linha reta que conhecemos entre o Canadá e o Alasca.
Os muitos caminhos da Inside Passage, ao longo do sudeste do Alaska. O nosso caminho sai de Haines, passa por Juneau e Sitka e segue para Ketchkan, antes de passar ao Canadá
Quando começou a corrida pelo ouro os Estados Unidos reivindicou estas terras pelo uso histórico russo, enquanto o Canadá as defendia por estarem a leste do tal meridiano. Enfim, o assunto foi para uma arbitragem internacional que acabou dando ganho de causa aos americanos e o território foi adicionado ao mapa do Alasca. Detalhe: a Rússia vendeu todo o Alasca por ridículos 7,2 milhões de dólares, menos de 0,16 cents por acre! Foi um negócio da China! Pois nestas terras onde aparentemente não havia nada, depois foram descobertos ouro e petróleo, além da imensa riqueza natural.
Navegando na Inside Passage, trecho entre Sitka e Ketchikan, no sudeste do Alaska
Toda a área é isolada entre uma cordilheira de montanhas e o Oceano Pacífico, e a forma mais fácil de conhecê-la é pelo mar. Aí surgiram os cruzeiros, desde o início do século XX grandes navios e barcos a vapor começaram a explorar turisticamente estas águas. Este cruzeiro só se tornou mais conhecido no Brasil nos últimos 5 ou 10 anos. O Alasca é um dos grandes mercados das empresas de cruzeiros, assim como o Caribe, a Grécia ou o Mediterrâneo. Várias destas cidades se desenvolveram inicialmente em torno da pesca do salmão e hoje a sua economia gira em torno do turismo e dos turistas vindos nestes grandes navios.
Nosso ferry na Inside Passage, trecho entre Sitka e Ketchikan, no sudeste do Alaska
Seattle é o porto de partida e a primeira parada ao norte, após cruzar todo o litoral da British Columbia no Canadá, é a cidade de Ketchikan. Nós estamos fazendo o roteiro inverso, vindo do norte para o sul, portanto nossa jornada começou na cidade de Haines. Cruzeiros, no entanto, não são exatamente o tipo de turismo que nós estamos procurando, além de terem um itinerário e cronograma muito amarrados, eles podem ser um pouco caros. Foi buscando por uma alternativa para explorar esta região que descobrimos a Alaska Marine Highway System, uma linha de ferry boats que transita toda a região conhecida como Inside Passage.
O mapa do nosso caminho pela Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska
A Inside Passage é formada por uma longa cadeia de ilhas que costeia o litoral do Alasca, criando um verdadeiro corredor marítimo, protegido das grandes tempestades que abatem a costa do Pacífico. Uma das teorias migratórias da colonização da América diz que teria sido esta a rota de passagem dos povos vindos da Ásia. Os povos nômades, pescadores e bons navegadores, teriam vindo em embarcações costeado todo o Estreito de Bering durante a glaciação, em busca de alimento.
Memorial Tinglit em Ketchikan, no sudeste do Alaska
Toda a população que faz parte das primeiras nações a habitarem esta região tem traços mongóis, são orientais com a pele mais escura. Seus chapéus de caça e cerimoniais são parecidíssimos com os chapéus chineses. A estrutura desta sociedade surgiu em torno da exploração dos recursos naturais: as divisões de clãs, tribos e povos com diferentes culturas, idiomas e rituais. Os Tinglíts, Haidas e Tsimshians são apenas os maiores grupos e todos se dividem em diversas tribos, clãs e famílias. A sociedade era seminômade, vivendo a temporada de verão nos acampamentos de pesca e o inverno nas suas vilas fixas em baías protegidas.
Mapa das culturas e línguas indígenas do Alaska, no Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska
Durante o inverno os clãs se reuniam em torno do fogo com seus grandes chefes e anciãos, tomando as decisões políticas e passando aos mais jovens a sua história e cultura. Assim floresceu a arte que registrou em traços fortes uma cultura marcada pela relação de sobrevivência com a natureza, seus recursos naturais, a disputa dos territórios e a relação de poder que foi formada pela sociedade. Totens cerimoniais não apenas celebram a vida, um casamento ou a morte, mas também contam histórias, lendas e marcam a posição de poder dos líderes de cada clã.
Totem Tinglit em Ketchikan, no sudeste do Alaska
Quanto mais um líder fosse capaz de prover ao seu povo, roupas, comida, pele, etc, mais poderoso ele seria. Várias guerras ocorreram entre estes grupos que em épocas de caça e pesca mais escassa lutavam para ampliar suas fronteiras e garantir sua sobrevivência. Não é difícil entender onde tudo isso foi parar, pois hoje, mesmo que com diferentes tecnologias, rituais e nomenclaturas, as fronteiras, territórios, guerras e batalhas pelo poder se travam em torno do mesmo ponto: recursos, sobrevivência, riqueza e poder.
Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska
Estou super ansiosa para ver toda esta cultura de perto, ver como evoluiu, como vive este povo, qual é a arte que foi preservada e qual ainda é produzida hoje em dia. A cada vila, uma nova história e novas informações, um mundo novo para descobrirmos. Nossa viagem começou na pacata vila de Haines, ainda ligada ao interior por uma rodovia. Dali pegaremos um barco para Juneau, a capital do estado, seguiremos para Sitka, a primeira cidade e capital do antigo território russo, e finalmente à Ketchikan, onde nos despediremos do Alasca rumo à costa do Canadá.
Aproveitando o calor do sol na Inside Passage, trecho entre Sitka e Ketchikan, no sudeste do Alaska
O itinerário do ferry é bem completo no verão e entre o final de setembro e o início de outubro inicia o seu novo calendário de inverno, com menos frequência, porém viagens mais baratas e menos lotadas de turistas. Nesta época os navios já se foram, muitos dos melhores tours já encerraram suas atividades, mas é quando você finalmente pode encontrar e interagir com os habitantes locais que estão viajando entre cidades e ilhas, para conhecer melhor o verdadeiro Southest Alasca.
Paisagens magníficas, apesar do tempo nublado na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska
Já estamos com as passagens compradas e hoje começamos a nossa jornada pela Inside Passage. Primeira parada: Juneau!
DICAS PRÁTICAS
Tickets e Reservas: durante a alta temporada (junho a setembro), se você tem um roteiro apertado deve reservar com antecedência as passagens, principalmente se estiver viajando de carro. Esta é uma rota muito comum também para mochileiros europeus e canadenses, que sobem da British Columbia para o Yukon e descem por Haines pela Inside Passage.
Embarcando no ferry para a viagem entre Prince Rupert e Port Hardy, na Vancouver Island, sul da British Columbia, no Canadá
Ferry-boats: os ferries são como “mini-navios”. Além de oferecer cabines (80 a 100 dólares extras com 2 camas), possuem restaurante, cafeteria, bar, lounge, cinemas e um sun deck.
O deck principal do nosso ferry na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska
Overnight: Alguns dos trechos podem durar 18 ou até 24 horas. No verão uma ótima opção e bem popular, é reservar seu espaço no sun deck, também conhecido como solarium, colocando a sua barraca entre as outras dezenas de outros turistas. Você ganha um espaço mais reservado e confortável para ver as estrelas, o mar, as baleias e as belezas do caminho. Os nossos amigos Kombianos fizeram esta travessia durante o verão e escreveram um post bem bacana com dicas e relatos sobre essa experiência (veja aqui). Aos mochileiros de final de temporada, a dica para economizar é dormir nas salas reclináveis, como em um ônibus, ou trazendo seu saco de dormir para deitar no chão. Além de não estarem lotadas, você ficará mais protegido do vento gelado que já começa a soprar nesta época.
O solarium do nosso barco, apelidado de "chuvarium", na Inside Passage, trecho entre Sitka e Ketchikan, no sudeste do Alaska
Companhias: são duas companhias que percorrem o caminho entre Alasca e Vancouver Island, no Canadá. Todo o trecho americano da viagem pode ser feito com a Alaska Marine Highway System, eles também conectam a cidade de Bellingham, ao norte de Seattle, o primeiro porto americano dos Lower 48. Se você pretende parar no Canadá e conhecer também a região de Prince Rupert e Vancouver Island a companhia é a BC Ferries.
Dica de Roteiro Alternativo - Vancouver/ Whitehorse/ Inside Passage
Se você não tem muito tempo, mas quer ter um gostinho do Alasca, a dica é programar uma viagem para a British Columbia (Canadá) e dar uma estendidinha de dez dias para ver aurora, ursos, salmões, baleias e o mais a natureza te proporcionar! Uma boa ideia seria voar de Vancouver para Whitehorse no estado do Yukon, onde com sorte você pode ver a Aurora Boreal. De Whitehorse a cidade mais próxima no litoral do Alasca e com conexão via estrada é Skagway, há apenas 177km, por uma belíssima estrada cênica. Alugar um carro ou conseguir um ônibus não deve ser difícil e a partir de Skagway (ou Haines) é só fazer o seu roteiro de ferry pela Alasca Marine Highway e BC Ferry até Vancouver. Para checar informações de transporte rodoviário ou ferroviário o melhor caminho é o website do Yukon Visitor Center ou no White Pass & Yukon Route.
Roteiro Vancouver - Whitehorse - Inside Passage
Impressionada com o tamanho de uma das redwoods do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As Redwoods são as árvores mais altas do mundo, podendo atingir mais de 100m de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares! Elas são tão altas que não conseguimos enxergar o topo da árvore! Lá no alto, em sua copa, vivem salamandras e minhocas, arbustos e até outras árvores como a imensa sitka spruce.
Prestando reverência às redwoods com 100 metros de altura no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Estas gigantes só podem ser encontradas aqui na costa da Califórnia e são as únicas representantes de uma floresta que um dia cobriu todo o hemisfério norte. Não se sabe ao certo por que deixaram de existir em outros lugares, mas sabe-se que dos mais de 8 mil km2 de florestas de redwoods que existiam na costa oeste, foram desmatadas 95%, restando apenas 473 km2. 77% das redwoods existentes hoje estão protegidas, os outros 23% ainda podem ser derrubadas, pois estão em propriedades privadas ou florestas nacionais.
Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Comparadas com as gigantes sequoias, as redwoods são finas e altas. As sequoias ganham em volume, com troncos muito mais grossos, porém as primas do litoral as ultrapassam em altura. Curioso é que olhando de fora as sequoias é que são vermelhas, enquanto as redwoods (literalmente “madeira vermelha”) tem a casca marrom acinzentada. Sua casca chega a 30cm de espessura e é a sua principal protetora, resistente a insetos, fungos e até a incêndios.
O "pequeno" tronco de uma redwood, no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As folhas de uma redwood, uma sequoia e uma "parente" chinesa, no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As redwoods se desenvolvem melhor em vales e planícies úmidas, ao lado de rios ou locais que sofrem inundações, pois além de receber uma grande quantidade de água, elas estão mais protegidas do vento salgado que sopra do Pacífico. Quanto mais elevado ou seco o terreno, menores são as árvores, que então crescem até a média de 60m de altura.
Um magnífico exemplar de Redwood, no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
História
Durante a colonização da costa oeste a madeira era matéria prima fundamental para a sobrevivência dos que chegavam. Construção de casas, barcos, aquecimento, preparo de alimentos, enfim, ela era usada para tudo. As Redwoods logo ficaram conhecidas por sua durabilidade e maleabilidade, sem falar na quantidade de madeira que uma única árvore fornecia. Em 1849 o ouro foi descoberto na Califórnia e isso acelerou ainda mais o processo de devastação das florestas de Redwoods, que se tornavam um material ainda mais caro na mão das madeireiras. Em 1853, nove serralherias estavam em funcionamento em Eureka. A fraude na ocupação de terras públicas era comum, passando as áreas para domínio particular sem o conhecimento do estado e desaparecendo com imensas florestas das árvores gigantes.
Trilha no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
O desaparecimento das redwoods começou a preocupar parte da população e principalmente a comunidade científica da época. As árvores, além da sua beleza natural, eram um dos mais vigorosos links com o passado. Algumas delas chegam a mais de 2.000 anos de idade, tão antigas quanto o Império Romano! Assim, no ano de 1918, surgiu a Save the Redwoods League, uma organização sem fins lucrativos que através de doações e alianças com o estado conseguiu adquirir as terras para protegê-las. A maioria dos bosques de redwoods adquiridos está na costa norte da Califórnia, foram mais de 100 mil acres comprados entre 1920 e 1960, hoje transformados nos Parques Estaduais Jedediah Smith, Del Norte Coast, Prairie Creek e Humboldt Redwoods State Park.
Uma das maiores redwoods no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
A área é uma imensa colcha de retalhos de áreas preservadas entre parques estaduais e nacionais, formando o Redwoods National and State Parks. Os heróis da Liga Salvem as Redwoods continuam seus trabalhos até hoje e administram as áreas em conjunto com o parque nacional.
Roteiro
Rota Redwoods
Vindos do Oregon, foi pelo Jedediah Smith State Park que começamos a nossa visita. Uma estradinha de terra com pouco menos de 20 km cruza o parque entre as árvores gigantes, que guardam silenciosas o tempo e as histórias que presenciaram por mais de um milênio.
A Fiona fica minúscula perto das árvores gigantes do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Na primeira noite na região dormimos em Crescent City, uma cidade com várias opções de acomodações, Inns, B&Bs e os mais insossos, mas práticos, motéis americanos. Foi em um desses que dormimos depois de assistir à emocionante apuração dos votos da eleição americana na CNN. Dá-lhe Obama!
Litoral em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
No dia seguinte rumamos ao sul passando pelo Del Norte Coast Redwoods State Park e fizemos algumas trilhas no Prairie Creeke no Humboldt Redwoods State Park, onde encontramos os maiores e mais antigos exemplares das árvores. O Lady Bird Johnson Grove possui uma das trilhas mais populares da região, quase toda plana, de fácil acesso e belíssima! Este bosque foi nomeado em homenagem à primeira dama americana que lutou por causas ambientais.
Caminhada no parque das árvores gigantes, o Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As medidas de uma das redwoods do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Aproveitando ainda a última hora de luz, fizemos um detour para um mirante na Patrick J. Murphy Memorial Drive. O mirante está exatamente acima da foz do rio Klamath, onde está a Klamath Beach e uma bela vista do Pacífico!
Fim de tarde numa linda praia no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
O sol dourava o mar no fim de tarde enquanto nossos olhos ávidos tentavam encontrar as baleias cinzentas. As Baleias Cinzentas migram por mais de 16 mil km ido e vindo entre o México e o Alasca, passando pela costa da Califórnia. A melhor época para encontrá-las por aqui é entre os meses de Dezembro e Janeiro e depois entre Março e Abril.
Encontro do rio com o mar no litoral do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Finalmente chegamos a Arcata, cidade alternativa de democratas felizes pela eleição do Obama. A praça central lembra as cidades de colonização espanhola, diferente da maioria das cidades americanas. Jantamos no japonês da praça e ainda tomamos a Guinnes mais baratas da viagem, no bar e pizzaria perto do nosso motel, 2 dólares por pint!
Elks machos treinam suas habilidades de luta no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
No dia seguinte, ainda antes de seguirmos viagem, conseguimos encontrar o casal da Lost World Expedition, Luis e Lacey, americanos que estão rodando as Américas morando na sua Toyota Landcruiser 1987. Hoje o carro está no Chile, enquanto o casal aproveitou a viagem de visita à família, para dar uma trabalhadinha antes de continuar a viagem.
Encontro com o casal da expedição Lost World, em Arcata, na Califórnia, nos Estados Unidos
Nos encontramos no café mais gostoso da cidade e obviamente o papo se estendeu, com muitas histórias para contar, truques e perrengues para compartilhar. Eles retornam para o Chile no começo de Dezembro e logo logo estarão chegando ao Brasil! Como eles estão com menos pressa, espero ainda encontrá-los aí pela América do Sul. Boa viagem amigos!
Fim de tarde em mirante para ver baleias cinzentas no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Céu azul em Caraíva - BA
Um dia em Caraíva é uma das histórias que podemos equiparar com um dia em um paraíso. Primeiro você deve escolher: rio ou mar? Ambos estão ali, ao seu alcance e deliciosos te esperando.
Frente da pousada em Caraíva - BA
Acordamos e logo temos um belo café da manhã servido na varanda à beira mar da pousada. Iogurte, granola, mel, pão integral, suco de cacau, bolo de cenoura e banana terra grelhadinha, sem gordura, que saúde!
Café da manhã na Pousada da Praia, em Caraíva - BA
Estávamos meio indecisos, rio ou mar, então escolhemos os dois! Caminhamos pela praia para a barra do rio Caraíva, com a maré ainda baixa. A paisagem é completamente diferente da que vimos ontem. Na lua cheia a maré vai para os seus extremos, extremamente alta ou extremamente baixa. Agora pela manhã, ainda na baixa, as águas do mar deram espaço às águas ferruginosas do rio, que por sua vez formaram uma paisagem maravilhosa entre bancos de areia e ilhas de corais. O verde do mar se mostra apenas ao longe, onde o rio já não as alcança.
O rio em Caraíva - BA
Caminhamos e exploramos cada ilha, inclusive tentando fazer a menor delas resistir à subida da maré, lembrando dos tempos de criança. Infelizmente o nosso castelo e suas muralhas não resistiram à fúria das ondas e acabaram se rendendo.
O momento do ataque final! (em Caraíva - BA)
Nas barraquinhas às margens da barra encontramos as nossas amigas cariocas e ali passamos o dia vendo a paisagem se transformar. Aos poucos as águas verdes do mar tomam conta e vão vencendo a correnteza do rio. O rio antes vermelho já parece verde, antes calmo, já é corredeira. Nossa atividade, além de tomar uma cervejinha gelada em longas conversas com as meninas, é fazer uma hidroginástica brigando com as águas do mar que vão rio adentro.
As novas amigas cariocas, Ana, Gracie e Lu, em Caraíva - BA
Observar a terra em movimento é uma atividade corriqueira neste pedacinho do paraíso. As ilhas já foram completamente inundadas e o cenário já é outro, o sol começa a se despedir e o então começa o ritual de ver o sol se pôr, às margens do rio lá atrás do manguezal. A mula atravessa o rio verde a nado enquanto nós vamos comer um pastel de queijo ou camarão no Bar do Pará.
Meio de transporte em Caraíva - BA
Depois de um reconfortante banho, encontramos novamente nossas amigas para assistir de camarote o nascer da lua no mar. A lua amarela torna prata os verdes mares e cheia de si vence quaisquer nuvens para iluminar toda a vila de Caraíva. Rodamos a ilha e vamos para a beira da lagoa, provar mais um pouco da culinária local.
Fim de tarde em Caraíva - BA
Um dia em Caraíva. Um dia para respirar, sentir e viver cada segundo intenso na relação com a natureza. Um lugar especial, que a comunidade luta para conservá-la com as mesmas características. Espero poder encontrá-la assim ainda por muito tempo.
Autofoto em Caraíva - BA
Início de "callejonata" em Guanajuato, no México
Começamos o dia entocados em nossa caverna, trabalhando toda a manhã. No início da tarde saímos pelas ruas de Guanajuato apenas com dois compromissos: encontrar um barbeiro e um salão. O Rodrigo estava necessitado de uma geral e eu também! Barba, cabelo e bigode! Após um mês entre Jamaica, Cayman e Cuba estava na hora de se despir do espírito revolucionário e deixar a barba de lado.
Adeus, barba e cabelo! (em barbearia tradicional de Guanajuato, no México)
Duas horas depois, serviço terminado, queríamos apenas andar despretensiosamente pelas ruas da cidade em clima de festa. Amanhã irá acontecer a 3º Etapa do Mundial de Rally, que terá sua largada aqui em Guanajuato! Pelas ruas vemos a organização correndo doida para lá e para cá, carros da imprensa chegando e equipes fazendo suas últimas checagens.
Venda de frutas nas ruas de Guanajuato, no México
Almoçamos na agradável Plaza San Fernando, onde conhecemos um casal ainda mais sortudo do que nós. Ela curitibana (!!!) e ele sul africano, se conheceram na Índia, puseram o pé na estrada há 3 anos e por enquanto não tem nenhum plano de parar. Saíram do Brasil, rodaram toda a América Latina e agora estão pensando em mudar de ares, quem sabe África. Que delícia! Sem planos, sem tempos, sem obrigatoriedade alguma... um sonho! Existem muitas formas de viajar e quanto mais viajo, mais me admiro com o desprendimento e a coragem dos viajantes.
De cara limpa no alto do Cristo Rey, região de Guanajuato, no México
Seguimos para o nosso principal programa do dia, pegar um final de tarde magnífico em um mirante muito especial, o Cristo Rey.
Chegando ao Cristo Rey, monumento no alto do Cerro do Cubilete, próximo à Guanajuato, no México
O Cristo Rey é um dos grandes centros de peregrinação dos católicos mexicanos, na sua maioria devotos da Santa Padroeira Mexicana, a Nossa Senhora de Guadalupe. É fácil perceber a força que a Igreja Católica tem entre o povo mexicano, sempre marcando presença nas igrejas em qualquer horário do dia. Isso nos chama mais a atenção nos tempos de hoje, que em outros países latinos e inclusive o Brasil, os evangélicos já se fazem mais presentes e são um grande percentual da população. A fé católica do mexicano é tanta que há inclusive uma brincadeira que entre eles, que se perguntam “Você se considera primeiramente mexicano ou guadalupeño?” e a maioria responde: “guadalupeño!”
Muitos peregrinos e visitantes no Cristo Rey, região de Guanajuato, no México
O dia da virgem é 12 de Dezembro, quando a Cidade do México é tomada por peregrinos de todas as partes do país, já que em seus arredores está o principal Santuário da Virgem de Guadalupe. Mesmo não sendo um centro guadalupeño, visitar o Cristo Rey é parte do calendário de peregrinação anual. Chegamos lá no final da tarde e nos deparamos com mais de 30 ônibus estacionados e centenas de peregrinos se acomodando nos arredores da estátua de mais de 20m de altura.
Com o Ricardo em visita ao Cristo Rey, bem no centro do México, região de Guanajuato
Eles levam suas barracas, sacos de dormir, cobertores e toda a infra para acampar por uma, às vezes duas noites no sovaco do Cristo. Quem chega cedo tem sorte e consegue um lugarzinho nos abrigos disponibilizados no local, outros preferem já armar sua barraca na melhor localização externa, protegidos do vento e com uma bela vista para o Senhor.
Cristo Rey em reforma para a visita do Papa à Guanajuato, no México
O Cristo foi construído em 1950 e hoje está passando por uma reforma geral, já que será um dos pontos do roteiro do Papa Bento XVI em sua visita à Guanajuato. Além de um lindo lugar religioso a vista que temos lá do alto é belíssima.
região de Guanajuato, no México, vista do alto do Cristo Rey
Regressamos ao centro da cidade, nos despedimos de Ricardo, que nos fez um convite especial para o Rally de amanhã, vamos assistir juntos à abertura e à largada do evento. Caminhamos pelo conhecido Callejón del Beso, uma ruela estreita cenário de uma história de amor e morte.
A famosa "Callejón del Beso", em Guanajuato, no México
Eis que em frente ao Jardín de La Unión e ao grandioso Teatro Juárez, vejo a movimentação para o início de uma das famosas callejoneadas! Uma serenata ambulante feita por um grupo de mariachis e acompanhada por todos aqueles que querem se divertir!
Público reunido para assistir a "callejonata" em Guanajuato, no México
Eu resolvi seguir o grupo, enquanto o Rodrigo preferiu voltar à sua caverna e ao seu computador... vai entender! Como dizem por aí, “cada um, cada um”. Me infiltrei em um grupo de senhorinhas de Puebla, seus amigos, netos e maridos e saímos seguindo os mariachis pelas ruelas e escadarias de Guanajuato. Antigas canções tradicionais, românticas e animadas no melhor estilo mexicano! A cada plazuela os mariachis paravam e todos dançavam em ciranda, foi emocionante!
A Ana socializa durante "callejonata" pelas ruas de Guanajuato, no México
Dancei com um tiozinho ali mesmo da cidade, ninguém acreditava na güera (polaca) animada! Todos vinham me perguntar de onde era, pensando “americanas ou inglesas não dançam assim”. Bastava dizer que era brasileira que, depois de confirmar se tinham ouvido bem, entendiam de onde vinha toda aquela alegria! Rsrs!
A Ana socializa durante "callejonata" pelas ruas de Guanajuato, no México
O final da callejoneada foi nas escadarias da Universidade e finalmente pude entender porque é tão famoso o Callejón del Beso.
"Callejonata" segue pelas ruas de Guanajuato, no México
Um mariachi mirim divertidíssimo nos conta a história: uma nobre que se apaixona por um mineiro, que consegue alugar um quarto em frente à casa de sua amada. A rua é tão estreita que os dois podiam namorar escondido pela janela de seus quartos, mesmo jurados de morte pelo pai da nobre donzela. Um dia os dois foram pegos no ato e seu pai não teve dúvida, matou à sua filha, que morreu na sacada ainda ganhando um último beijo de seu amado.
As varandas quase se tocam no famoso "Callejón del Beso", em Guanajuato, no México
Se esta é uma lenda ou uma história verdadeira eu não saberia confirmar, mas que ela fica ainda mais emocionante quando contada por um dos niños sapecas das callejoneadas, disso eu tenho certeza!
A magnífica colunata do principal teatro de Guanajuato, no México
A energia de Guanajuato é indescritível, só estando aqui para você entender.
Ilha do Diabo, uma das três ilhas das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
Em meados do século XVIII, logo após ter perdido o território canadense para os ingleses, o Primeiro Ministro da França organizou uma expedição para colonizar a Guiana Francesa. Na sua visão, se os ingleses iam dominar a América do Norte, então a América do Sul seria francesa! Para isso eles precisavam ter uma base sólida na América do Sul. A expedição Kourou trouxe para a Guiana Francesa em torno de 13 mil pessoas, a maioria homens, porém metade morreu logo nos primeiros meses vítimas de febre amarela e malária. A falta de planejamento, suprimentos alimentícios e afins, fez com que a população diminuísse ainda mais, algumas famílias que tinham apenas um filho homem foram mandadas de volta, pois não teriam serventia na colonização. A expedição foi um fracasso. Os pouco mais de 200 homens que restaram ficaram nas Îles du Salut, ou Ilhas da Salvação, pois assim se distanciavam dos mosquitos e doenças que encontraram no continente.
Caminhando na Île Royale, a principal das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
As Ilhas da Salvação, são também conhecidas como Ilhas do Triângulo, por serem 3 a formarem o arquipélago, Île Royale, Île St. Joseph e Île du Diable. Quase um século depois, a França voltou aos planos de ocupação da região, mas agora a utilizando como Colônia Penal. Foram mais de 20 mil presos trazidos da Europa para cá a partir de 1854, quando foi assinada a lei do transporte de presos, dividindo-os entre os presos comuns, presos políticos e os inimigos do Rei Napoleão III. Os presidiários custavam caro aos cofres franceses, então deportá-los para uma nova terra a ser construída e ocupada era uma boa solução, já que sua pena incluía o trabalho pesado. Resolviam assim dois problemas, quando chegaram lá tiveram que construir toda a infra-estrutura na ilha, inclusive as suas celas. As condições de vida destes presidiários eram das piores, problemas sanitários, na alimentação, combate aos males tropicais acabavam fazendo com que muitos não suportassem e acabassem morrendo.
O antigo hospital na Île Royale, a principal das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
Alguns presos ilustres passaram pelas Îles du Salut, Alfred Dreyfus foi o maior deles. Um alto comandante do exército francês que foi julgado culpado por traição, pois acreditavam que estaria passando informações confidenciais ao exército alemão. Dreyfus cumpriu a pena de 5 anos em reclusão total na Ilha do Diabo, que se tornou a mais conhecida após o episódio. Antes esta era a ilha onde ficavam os presos com doenças contagiosas, como lepra, etc. A prepararam para recebê-lo, queimando tudo o que havia na olha e construindo uma única cela para que vivesse em total isolamento, 14 guardas o vigiavam 24h por dia.
Cela do antigo presídio na Île Royale, nas Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
Em momento algum, porém, deixou de acreditar que provariam sua inocência. Um comandante da inteligência francesa conseguiu finalmente desvendar toda a questão, porém foi colocado de lado em um posto na Tunísia para não trazer o caso ao público. Émile Zola, renomado escritor francês, tempos depois um recebeu a informação e publicou uma carta na capa do principal jornal do país, dizendo “J´accuse! Lettre au Président de la République” ou “Eu acuso! Carta ao Presidente da República.”, colocando o governo na parede. Tempos depois Dreyfus foi reincorporado ao exército francês, recobrou sua honra e continuou a servir o seu país. Ele se tornou um símbolo da luta contra o anti-semitismo na França.
Alfred Dreyfus, o preso mais famoso das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
Outro condenado que viveu nas prisões guianesas, este mais controverso, foi Papillon. Ninguém sabe ao certo qual é a sua identidade, pois o livro de mesmo nome escrito sobre as Colônias Penais, reunia histórias de mais de 20 anos de presídio. Acredita-se ser um preso comum, sem muito destaque e inclusive rejeitado pelos seus semelhantes, mas uma pessoa observadora e imaginativa, no mínimo, para relatar tais casos como seus. Este livro ficou famoso e acabou virando filme. As prisões foram fechadas ainda em meados do século XX, depois de um exaustivo trabalho feito pelo jornalista Albert Londres, de denunciando as condições subumanas a que eram submetidos os presos franceses.
Capa famosa de jornal em que Emile Zola intercede por Dreyfus, preso nas Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
Hoje as dependências da Île Royale, antes celas do presídio, são ruínas abertas à visitação. A casa do diretor virou um museu que nos conta em detalhes as histórias citadas acima e outras instalações foram adaptadas para serem usadas como restaurante e albergue. Quem busca conhecer a história da Guiana irá adorar e quem prefere a beleza natural irá se surpreender e ficar encantado com a flora e a fauna do lugar.
Dia chuvoso na visita às Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa
Terminamos nosso dia em Kourou, ainda buscando novidades e explorando a pequena cidade. Quase tudo fechado, nos foi indicado o Restaurante Petit Café, onde jantamos uma carne pouco comum no Brasil, Canguru, carne vermelha e macia ao molho roquefort, delícia!
Iluminação noturna na Plaza Colón, em Santo Domingo, na República Dominicana
Santo Domingo, a capital da República Dominicana, é uma cidade de quase 3 milhões de habitantes incluindo sua zona metropolitana. Imensa e moderna, tem todos os problemas que uma cidade grande padece, trânsito intenso, sujeira e pobreza que convivem com uma população trabalhadora e um grande número de imigrantes haitianos que disputam os subempregos nas construções e ruas do país vizinho.
A Ponte das Américas, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Em meio a toda esta loucura encontramos um oásis turístico de arquitetura colonial, uma rica história datando mais de 500 anos e que remonta a nada mais nada menos que o descobrimento da América.
A charmosa arquitetura da Zona Colonial, centro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana
Foi aqui na República Dominicana que Cristóvan Colón (Colombo na versão brasileira) desembarcou pela primeira vez nas Índias Ocidentais e logo dava-se conta que não estava na Índia e sim em um novo continente totalmente inexplorado pelos europeus.
Marcação de rua na Zona Colonial, bairro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana
Foi aqui que começou a história moderna das nossas terras, para a tristeza dos nossos índios e para a alegria dos colonizadores exploradores que enriqueceram levando nossa prata, nosso ouro, nossa mata e nosso povo.
As pombas não parecem se importar muito com o imponente Colombo, na Zona Colonial de Santo Domingo, capital da República Dominicana
Santo Domingo é a primeira cidade da América ainda em funcionamento, portanto um passeio pela Zona Colonial é uma visita à nossa história. Visitamos o Alcazár de Don Diego Colón, casa onde Cristóvão Colombo, seu filho e sua família viveram quando ganharam o vice-reinado da Nova Espanha. A imponente casa na Plaza España foi convertida em um museu de história colonial.
Antiga residência da família Colombo, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Palácio histórico, dos filhos de Colombo, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Visitamos rapidamente o Panteón de la Pátria e caminhamos pela Calle Las Damas entre antigos casarões das famílias mais abastadas da época, com vista para o mar e a muralha que protegia a cidade. Após nos abrigarmos de uma chuva tropical na entrada do Museo de las Casas Reales chegamos à Fortaleza Ozama, localizada na entrada da baía com uma torre de observação e canhões sempre prontos para proteger a cidade de invasões inimigas.
O Panteão dos Herois da República, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
A Torre del Homenaje, na Fortaleza Ozama, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Ali perto, galerias de arte e restaurantes rodeiam uma plazuela a caminho da Plaza Colón, praça central da Zona Colonial que além de uma estátua do navegador, possui uma as obras primas da arquitetura colonial-cristã: Catedral Primada de América, a primeira Catedral do novo mundo. São mais de 12 naves, além do altar principal, cada um em um estilo, dedicada a um santo e com uma boa história para ser ouvida. A entrada inclui um audio-guide que torna a visita muito mais interessante e interativa.
Interior da Catedral Primada de America, a mais antiga do continente, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Interior da Catedral Primada de America, a mais antiga do continente, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Na Plaza Colón uma das minhas galerias preferidas com arte dominicana e haitiana de forte influência dos Tainos, antiga população nativa da ilha, da qual nada restou a não ser os fortes traços de suas esculturas e pinturas. Os personagens de feições arredondadas representam divindades tainas como o Deus Sol e a Deusa Lua, guerreiros, mulheres e os ávidos navegadores que imigraram para esta ilha desde a América do Sul. Peças lindíssimas e muito expressivas, as minhas esculturas preferidas de toda a viagem.
A antiga arte Taino, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Para provar a culinária tradicional dominicana um dos restaurantes mais indicados é o Adrian Tropical, no Malecón há uns 10 minutos do centro em táxi. Lá provamos o mais delicioso Mofongo do país. O Mofongo é uma espécie de purê de banano verde, misturada com manteiga, leite e diferentes tipos de carne. Ele pode ser servido com frango, carne, linguiça ou até camarão e caranguejo. É delicioso!
Um delicioso Mofongo acompanhado de patacones, em Sosúa, praia na costa norte da República Dominicana
A noite a Zona Colonial também é bem movimentada, os restaurantes da Calle El Conde são um convite ao happy hour estendido. Frequentado por turistas e locais, são o ponto de início à peregrinação aos bares nos arredores da Plaza España com todos os tipos de música latina que vai do rip-rop, passando pelo reggaeton, à boa salsa e o tradicional merengue dominicano.
Carruagem nas ruas da Zona Colonial, em Santo Domingo, capital da República Dominicana
Os arredores de Santo Domingo ainda guardam algumas surpresas como praias e cavernas com formações lindíssimas. Vocês sabem que além das grutas secas nós somos vidrados em cavernas inundadas e esta foi a programação do nosso segundo dia na cidade, assunto para o próximo post. Está vindo a Punta Cana? Não deixe de visitar também a mais antiga cidade da América!
Rua da Zona Colonial, centro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana
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