0 Blog da Ana - 1000 dias

Blog da Ana - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha

paises

Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Há 2 anos:

Salve o Rio de Janeiro!

Brasil, Rio De Janeiro, Rio de Janeiro

Copacabana vista do Forte, no Rio de Janeiro - RJ

Copacabana vista do Forte, no Rio de Janeiro - RJ


Gente, essa coisa de redes sociais dá um trabalhão! Também é tão gostoso abrir a sua página no dia do aniversário e ver quantas pessoas lembraram de você. Amigos que não vejo há muito tempo, hoje quase todos a mais de 1000km de distância, se dão ao trabalho de escrever um recadinho com boas energias, dando parabéns e nos lembrando que mesmo longe estamos todos muito perto! A internet é uma coisa doida mesmo, hoje viajar já não significa necessariamente se isolar do seu mundo, como antigamente. Se você se mantiver online, que é a nossa proposta, estará conectado a todos que ama, às vezes muito mais do que se estivesse morando na mesma cidade! É, são novas descobertas que a vida vai nos proporcionando! Passei a manhã toda hoje lendo e respondendo recados no site, facebook pessoal e do 1000dias, rindo, lembrando, me deliciando em rever e me reconectar com vários amigos.

Pedalando do Leblon para Copacabana, no Rio de Janeiro - RJ

Pedalando do Leblon para Copacabana, no Rio de Janeiro - RJ


Final de tarde, já quase vesga de tanto computador, resolvemos dar uma volta na orla entre o Leblon e Copacabana. O Ro foi correndo e eu fui de bicicleta, outro esporte ótimo para o Rio. Orla plana, aquele vento na cara, praia e pessoas saudáveis correndo, se exercitando, aquela sensação de vida saudável. Ainda mais quando lembramos do frio e da chuva que está lá no sul! Fomos direto ao Forte de Copacabana conhecê-lo por dentro.

A lua ilumina o mar ce Copacabana, no Rio de Janeiro - RJ

A lua ilumina o mar ce Copacabana, no Rio de Janeiro - RJ


Muito bacana, mesmo já tendo visitado o Rio eu nunca havia estado lá. Prédio antigo com exposição externa de aparatos militares, pelo horário não conseguimos ver a exposição de aquarelas, que fica aberta só até as 18h. Vista linda da praia de Copa e do Pão de Açúcar, uma cervejinha no Café Colombo e um bom papo com os amigos... pelo celular, tudo bem, mas já podemos matar as saudades!

Visão noturna de Copacabana, no Rio de Janeiro - RJ

Visão noturna de Copacabana, no Rio de Janeiro - RJ


Retornamos queimando as calorias da long neck na corrida/pedalada e fomos para casa. Um belo final de tarde. Jantar saudável, daqueles que eu gostaria de ter todos os dias, salada, salmão e suco, hummm! Um mês aqui eu entraria em forma rapidinho! Mais tarde, como prometido ontem, fomos bisbilhotar a vida boemia do Leblon. No caminho já encontrei um curitibano “da gemada” como gosta de dizer, Luiz Felipe Leprevost, que estava participando de um evento de poemas em uma livraria e espaço cultural. Bons tempos de Ponto Final! Ainda ganhamos o seu livro “Barras antipânico e barrinhas de cereal”, boa leitura de cabeceira para a viagem! Dali, seguimos para o Jobi, tradicional bar com ótimo chopp e full of gringos. Bom irmos nos acostumando, acho que daqui para cima em turismo durante a semana, brazucada será peça rara!

Um brinde para a Lina no Jobi, Leblon, Rio de Janeiro - RJ

Um brinde para a Lina no Jobi, Leblon, Rio de Janeiro - RJ

Brasil, Rio De Janeiro, Rio de Janeiro, Copacabana, Leblon, pedalada, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

Linhas de Nazca

Peru, Nazca

Desenho de baleia no deserto de Nazca - Peru

Desenho de baleia no deserto de Nazca - Peru


Sobrevoar as linhas de Nazca é uma experiência única. Não apenas pela montanha-russa mais emocionante do mundo, mas pela descoberta inacreditável que fazemos quando olhamos para o imenso deserto marrom-acinzentado lá do alto.

Sobrevoando o deserto de Nazca - Peru

Sobrevoando o deserto de Nazca - Peru


As linhas de Nazca são geoglifos localizados no deserto de Nazca, 400km ao sul de Lima no Perú. Embora lembrem os geoglifos de Paracas, como o Gigante do Atacama, os cientistas acreditam que estes foram feitos pela civilização dos Nazca entre os anos de 400 e 650 d.C. Existem milhares de teorias e conspirações matemáticas, ufológicas e religiosas. Estes desenhos inspiraram aquele livro “Eram os Deuses Astronautas”, do escritor Eric Von Daniken.

Deserto cortado por linhas e desenhos em Nazca - Peru

Deserto cortado por linhas e desenhos em Nazca - Peru


Este foi o meu segundo sobrevôo, a primeira vez que vim ao Perú, Nazca não estava no meu roteiro, eu tinha apenas 15 dias. Eu e Luiz, meu companheiro de viagem, conhecemos uns mineiros e foi um deles que ficou colocando pilha para acelerarmos o passo e trocarmos as ilhas flutuantes de Puno por um bate e volta em Nazca. Nesta ocasião conhecemos um limeño que trocou sua prancha de surf por um sandboard e se mudou para esta região. Historiador e dono de um pequeno restaurante e bar no centro de Nazca, ele nos contou uma das teorias mais aceitas, que explicaria como estes desenhos foram parar ali.

Uma gigantesca aranha desenhada no deserto de Nazca - Peru

Uma gigantesca aranha desenhada no deserto de Nazca - Peru


Segundo ele, o povo Nazca seria um povo nômade e caçador que vivia na selva e que foi sendo atingido por diversas secas terríveis, falta de caça e comida. Eles acreditavam que estariam sendo castigados por seus Deuses, por não terem reciprocidade com a natureza e apenas retirar dela o que precisavam para viver. No processo de busca por uma solução e uma resposta para os seus problemas, os pagés ou xamãs destas tribos utilizavam o São Pedro, um cactos alucinógeno, nas suas cerimônias religiosas. Eles ficavam “viajando” durante dias, tendo visões que eram repassadas para o povo em grandes discursos públicos, até que foi decidido que iriam homenagear a seus Deuses, desenhando no deserto estas visões que eles tinham durante os rituais de São Pedro. Eles teriam utilizado o método de remoção da camada mais superficial de pedras e terra avermelhadas pelo óxido de ferro. Estacas de madeira eram fixadas pelos engenheiros e o povo faria imensas peregrinações arrastando seus pés e “limpando” o caminho formando as imagens.

O 'Colibri', desenhado no deserto de Nazca - Peru

O "Colibri", desenhado no deserto de Nazca - Peru


São mais de 100 formas geométricas como linhas retas perfeitas, trapézios e retângulos e animais como o beija-flor, o condor, aranha, um macaco, o cachorro, papagaio e até uma baleia! Muitas destas imagens são inexplicáveis, será que eles já haviam visto uma baleia? Ou o que estariam querendo representar ao fazer a imagem conhecida como “o astronauta”? Seriam mesmo motivos religiosos ou uma forma de tentar se comunicar com extra-terrestres, como dizem os ufólogos mais entusiastas? Como construíram linhas retas tão perfeitas?

O 'astronauta', um dos mais incríveis desenhos no deserto de Nazca - Peru

O "astronauta", um dos mais incríveis desenhos no deserto de Nazca - Peru


São perguntas que talvez nunca tenham respostas. O fato de estarmos ali, cara a cara com um feito tão impressionante, nos faz perceber a pequeneza que temos dentro da história da humanidade. É uma sensação estranha de impotência e de integração ao mesmo tempo... Pois através de um desenho, por um segundo estamos recebendo a mensagem de um povo enviada há quase 1500 anos. Agora cabe a nós entendê-la.

O deserto de Nazca - Peru. Os desenhos são feitos retirando-se as pedras da areia, por centenas e centenas de metros

O deserto de Nazca - Peru. Os desenhos são feitos retirando-se as pedras da areia, por centenas e centenas de metros



Informações úteis

Prontos para o sobrevôo das famosas Linhas de Nazca, no Peru

Prontos para o sobrevôo das famosas Linhas de Nazca, no Peru


A maioria dos vôos é feito com aviões Cessna C207, para 5 passageiros e duram em torno de 40 minutos. As linhas estão em uma altitude de 1860 pés e o sobrevôo é feito entre 2200 a 3200 pés. O custo é basicamente o mesmo em todas as agências, variando entre 145 e 160 dólares por pessoa e a maioria dos vôos parte pela manhã quando tem garantia de céu aberto e sem nuvens. Entretanto nós conseguimos agendá-lo para as 15h, horário ideal no nosso cronograma. Muitas pessoas já nos perguntaram sobre segurança, houveram alguns acidentes, o último há menos de um ano morreram 4 franceses. Foi quando o governo peruano resolveu assumir a operação dos vôos e manutenção das aeronaves, garantindo mais segurança aos turistas e passageiros. Mesmo tendo uma experiência emocionante, com direito à turbulência e sobes e desces, o vôo nos pareceu muito seguro.

Observando as linhas de Nazca - Peru

Observando as linhas de Nazca - Peru


Obs.: Aos que enjoam, como eu, é recomendado tomar um remédio para enjôo, tipo meclin ou dramin. Eu não tomei e passei mal quase o vôo todo.

Peru, Nazca, Linhas de Nazca, sobrevôo

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

DistanTeresina

Brasil, Piauí, Teresina

O Restaurante Flutuante, em Teresina - PI

O Restaurante Flutuante, em Teresina - PI


Fundada em 1851, Teresina foi a primeira cidade planejada do Brasil. Recebeu este nome em homenagem à esposa de D. Pedro II, Teresa Cristina, a então imperatriz brasileira. Localizada entre os rios Poty e Parnaíba é uma das únicas cidades que visitamos que respeita as margens dos rios dando espaço para a elasticidade natural que existe. A mata ciliar é tão respeitada que quase não se vê o rio, ficamos até na dúvida se não seria uma boa usar a área para quadras esportivas, pista de corrida e ciclovias, como uma área de lazer “alagável”. Rsrsrs!

Caminhando em parque de Teresina - PI

Caminhando em parque de Teresina - PI


A cidade é grande, bem espalhada e possui avenidas largas que facilitam a circulação rápida na cidade. Além do centro, onde ficamos hospedados, é dividida por zonas, norte, sul, leste e oeste, sendo a zona leste a mais rica em vida social, bares, restaurantes, shoppings, etc. Eu estava super curiosa sobre esta região, pois é para lá que fica a UFPI e é também onde ficava o Nós & Elis (cenas dos próximos capítulos).

Visitando o encontro dos rio, em Teresina - PI

Visitando o encontro dos rio, em Teresina - PI


Teresina é considerada a capital mais quente do Brasil e o calor é um dos assuntos preferidos dos teresinenses. Eu já havia lido a respeito, porém pude confirmar pessoalmente ontem quando fui ao banheiro no Planeta Diário. Uma teresinense muito simpática olhou pra mim e logo perguntou “você não é daqui, é? Por que não tem jeito mesmo.” Rsrsrs! Eu percebi que as mulheres me olhavam diferente, não sei se querendo entender de onde sou, as roupas que uso... enfim, coisas de mulher. Aí ela desandou a falar do calor, que eu tinha muita sorte de estar aqui no inverno, que está fresco, pois se chego “em setembro, outubro, novembro ou dezembro, MEU DEUS, é um calor do B-R-O Bró!”. Eu já havia comentado essa expressão aqui no blog, acho ela ótima! Ela foi retirada justamente nos meses do ano em que o calor fica insuportável! Importante: a expressão é assim mesmo, ela deve ser soletrada antes de ser falada B-R-Ó Bró!

Corredeiras no rio Poty, em Teresina - PI

Corredeiras no rio Poty, em Teresina - PI


Só imagino o calor que deve ser! Agora no inverno a noite até que é suportável, mas durante o dia são 30 graus desgraçados de abafados! Bem, falando em calor, tivemos que dar uma saidinha do nosso ar condicionado no hotel para conferir as atrações da cidade. O turismo aqui é voltado apenas a negócios, mas existem alguns lugares obrigatórios na visita à capital piauiense. O Encontro dos Rios Poty e Parnaíba, fica na parte noroeste da cidade, o acesso é através de um pequeno parque, onde se encontram lojas de artesanato local e o Museu do Peixe, uma mostra das espécies de peixes que habitam os rios, simples, mas bacana para as crianças curiosas. Lá a dica é logo conseguir um bom lugar no Restaurante Flutuante que fica aportado bem no encontro e degustar as suas peixadas ou moquecas dos variados tipos de peixes. Nós, com pouca fome, provamos o delicioso bolinho de peixe e uma cervejinha para refrescar. Lá conhecemos também a lenda do Cabeça-de-Cuia, uma lenda regional super “do mal” sobre um menino que mata a mãe a pancadas e tem uma praga rogada, vira um monstro que vive nos rios Poty e Parnaíba. Ele só se livrará da maldição depois que comer 7 marias virgens, já foram 3!

Monumento no encontro dos rios, em Teresina - PI

Monumento no encontro dos rios, em Teresina - PI


O segundo atrativo muito conhecido na cidade é a Floresta Petrificada, fósseis de árvores encontrados ali mesmo, no centro da cidade de Teresina. Às margens do Rio Poty e vizinha do Shopping Teresina, a Floresta foi meio difícil de ser encontrada. Estacionamos no shopping, como haviam nos sugerido, mas as duas casas que parecem ser um centro de visitantes estavam fechadas. Domingão, não poderíamos esperar muito também. Saímos andando pelas trilhas que o segurança do shopping indicou, dentro da área verde que margeia o rio. Achamos tudo muito esquisito, um dos principais atrativos da cidade não ter placa alguma? Fomos lá mesmo assim e acabamos encontrando alguns fósseis imensos de madeira expostos sem qualquer explicação, placa ou sinalização. O segurança nos falou que as casinhas de informação foram desativadas há pouco tempo. Não sei se nós é que chegamos no dia errado ou se foi a falta de informações ou ainda o quanto é abandono do governo, espero que sejam as primeiras opções.

Visitando a Floresta Petrificada, em Teresina - PI

Visitando a Floresta Petrificada, em Teresina - PI


Sem mais, acabamos nos mandando para o ar condicionado novamente, mas desta vez do Shopping e do cinema. Nada mal ter uma vida urbana de vez em quando. Assistimos o filme 72 horas com o Russel Crowell, confesso que achei meio fraquinho, mas valeu para distrair e mudar um pouco a rotina.

Admirando uma rede, em Teresina - PI

Admirando uma rede, em Teresina - PI


Várias pessoas nos perguntaram no caminho, por que vocês vão à Teresina? Não é muito fora do caminho? Sim, Teresina é mesmo distante de tudo, mas justamente por não ser uma cidade turística foi que me senti tão à vontade. Além do que seria uma grande injustiça, pois seria a única capital brasileira que deixaríamos de conhecer. É gostoso entrarmos em uma cidade e conhecermos as pessoas normais, vivendo suas vidas e podermos fazer coisas normais também, ir e vir sem sermos abordados por guias turísticos, bugueiros e ambulantes. Fiquei ainda mais curiosa de conhecer e participar da vida desta cidade e destas pessoas, pois em cada esquina eu lembrava das cenas e histórias descritas no livro que li sobre a DistanTeresina, mas esta história merece um post à parte.

Brasil, Piauí, Teresina, Encontro dos Rios, Floresta Petrificada, Rio Parnaíba, Rio Poty

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Big Wall in Little Cayman

Ilhas Caiman, Little Cayman

Mergulhando no Randy's Gazeboo, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Mergulhando no Randy's Gazeboo, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


O dia começou cedo. Já tínhamos reservado duas saídas, ou três mergulhos, com operadora do Beach Resort Little Cayman. Paul nos serviu o café da manhã e levou até lá ainda antes das 8h, a tempo de prepararmos nosso equipamento de mergulho e nos unirmos ao grupo. Após o briefing do barco, saímos em direção à famosa Bloddy Bay, onde estão localizados os principais pontos de mergulho, no norte da ilha.

Pronto para mergulhar, de sunga e meias! (em Little Cayman, nas Ilhas Caiman)

Pronto para mergulhar, de sunga e meias! (em Little Cayman, nas Ilhas Caiman)


Para a nossa surpresa a nossa dive master era uma brasileira! Roxane na verdade possui 3 cidadanias, cidadã do mundo tem pais europeus (belga e alemão, senão me engano), que viveram na Zaire (antigo Congo Belga) e que se mudaram para o Brasil, vivendo em Curitiba e depois no Rio de Janeiro, onde ela nasceu. Ainda pequena mudou-se com os pais para os EUA, falando então fluentemente inglês, francês, alemão e o português!

Muita cor nos corais de Marilyn's Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Muita cor nos corais de Marilyn"s Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


A estrutura e o serviço da operadora são ótimos! Recebemos um briefing detalhado de cada ponto de mergulho e podemos escolher nos unir ou não ao dive master que vai guiando o grupo. Eu e o Rodrigo decidimos fugir da muvuca e nos aventurar sozinhos nas águas da baía sangrenta. Quase todos os pontos estão à beira do abismo submarino, paredão vertical (e as vezes negativa) de mais de 4.000m de profundidade!

Acompanhando as impressionantes paredes do Marilyn's Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Acompanhando as impressionantes paredes do Marilyn"s Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


O primeiro ponto da manhã foi o Marilyns Cut. Começamos o mergulho descendo por um cânion coralíneo e já demos de cara com um caranguejo gigante, com quase 30cm de carapaça e patolas nada amigas! Saindo do cânion flutuamos sobre o abismo infinito e a linda imensidão azul. Cruzamos muita vida, todos os tipos de peixes e algumas tartarugas simpáticas.

Voando sobre um penhasco de mais de 2 km no Marilyn's Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Voando sobre um penhasco de mais de 2 km no Marilyn"s Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


O segundo mergulho foi no Randy´s Gazebo, o gazebo que dá nome ao local está abaixo dos 30m, após o primeiro mergulho profundo, deixamos o gazebo pra lá e seguimos o perfil mais conservador, indo no máximo aos 25m.

A inconfundível silhueta de uma tartaruga durante mergulho no Marilyn's Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

A inconfundível silhueta de uma tartaruga durante mergulho no Marilyn"s Cut, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


Logo no início do mergulho, saindo de algumas pequenas cavernas coralíneas, demos de cara com um Caribbean Reef Shark. O tubarão tinha pouco menos de 2m e estava entre 30 e 33m, cruzamos com ele na ida e na volta do seu “passeio” pela parede. Lindo!

Encontro com um tubarão no Randy's Gazeboo, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Encontro com um tubarão no Randy's Gazeboo, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


Voltamos à base de operações para um intervalo, almoçamos uma saladinha light e pegamos uma prainha básica, lugar perfeito para liberar todo o nitrogênio residual do organismo! Rsrs!

Muito sol e pouco vento no segundo dia em em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Muito sol e pouco vento no segundo dia em em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


Praia paradisíaca em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Praia paradisíaca em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


À tarde seguimos para o terceiro mergulho, já na parte sul da baía, em um ponto chamado Gay´s Reefs. A profundidade não passa dos 14m entre formações de corais entrecortados por corredores de areias.

Peixe se esconde na areia em mergulho no Gay's Reef, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Peixe se esconde na areia em mergulho no Gay's Reef, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


Imensos moluscos protegidos por suas conchas deixam rastros na areia em suas longas peregrinações, enquanto duas arraias (stingrays) voam apressadas para algum compromisso inadiável. Cardumes de peixes e lagostas solitárias nos fazem companhia nesse imenso mundo submarino.

Concha do mar habitada! (no Gay's Reef, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman)

Concha do mar habitada! (no Gay's Reef, em Little Cayman, nas Ilhas Caiman)


Terminado nosso primeiro dia de mergulho, Paul estava lá para nos buscar para o idílico final da tarde no Sunset Cove. Animei ainda a dar uma longa remada de caiaque até os arrecifes que protegem a baía, onde as garças se alimentam no final de tarde cada vez mais rosado, enquanto o sol se põe no nosso quintal. Foi perfeita para uma relaxada após um dia embaixo d´água.

A Ana aproveita o fim de tarde para remar na baía em frente ao nosso hotel em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

A Ana aproveita o fim de tarde para remar na baía em frente ao nosso hotel em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


Voltando à terra firme depois de remar pelo entardecer na baía em frente ao nosso hotel em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Voltando à terra firme depois de remar pelo entardecer na baía em frente ao nosso hotel em Little Cayman, nas Ilhas Caiman


Assim que o sol se pôs, nossos anfitriões ainda prepararam um churrasco ao estilo americano. Ao pé da fogueira trocamos histórias de nossas vidas, como começou o romance de Paul e Isabelle em um encontro pela internet que se concretizou em Londres e continua como um sonho neste pedaço de paraíso na terra. Noite estrelada, boa companhia e dia perfeito na mais exclusiva ilha Cayman.

Fim de tarde e início de fogueira no Sunset Cove, nosso hotel em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Fim de tarde e início de fogueira no Sunset Cove, nosso hotel em Little Cayman, nas Ilhas Caiman

Ilhas Caiman, Little Cayman, Cayman Islands, Mergulho

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Cruzando a Jamaica

Jamaica, Treasure Beach, Port Antonio

Prédio da prefeitura de Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Prédio da prefeitura de Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Seguimos em busca da verdadeira Jamaica. Será possível um país como este estar tomado pelo turismo? Despedimo-nos da Treasure Beach e dos resorts em direção ao nordeste da ilha, para um lugar chamado Port Antonio.

Cruzando a Jamaica de carro

Cruzando a Jamaica de carro


A viagem é longa, são em torno de 4 horas, cruzando todo o país de sudoeste a nordeste, passando por dezenas de vilazinhas, ao largo de Spanish Town, a antiga capital e dentro de Kingston, maior cidade da Jamaica e sua atual capital. A estrada quase sempre se parece com uma rua mal acabada, que atravessa todas as vilas.


Circuito de hoje do ponto C - Treasure Beach ao D - Port Antonio

Nas proximidades de Kingston escolhemos seguir por uma estrada pedagiada, dupla e novinha em folha! Pena que foram apenas 40km. Saindo da capital em direção ao norte cruzamos parte das Blue Mountains em uma rodovia sinuosa, estreita e bem movimentada, em alguns trechos ela parecia a Estrada da Graciosa, caminho alternativo para cruzar a Serra do Mar paranaense.

Estrada secundária na região de Treasure Beach, no sul da Jamaica

Estrada secundária na região de Treasure Beach, no sul da Jamaica


Chegamos à Port Antonio no meio da tarde, esfomeados e pela primeira vez não encontrávamos milhares de restaurantes e hotéis. Atravessamos a cidade, seguimos a imensa e linda baía de Port Antonio até encontrarmos o Anna Banana Restaurant. Comemos e saímos em busca de uma pousada. Seguindo as indicações do guia chegamos à Queen Street, na Titchfield Peninsula. Casas em estilo vitoriano dão um ar britânico na vizinhança onde estão localizadas as melhores opções de hospedagem. Escolhemos a Ocean Crest Guest House e fomos muito bem recebidos pela proprietária, Mrs. Lidia. Uma senhora amabilíssima que transformou sua casa em um aconchegante hostel com vista para a baía.

Port Antonio visto da janela da nossa Guest House, no nordeste da Jamaica

Port Antonio visto da janela da nossa Guest House, no nordeste da Jamaica


Pegamos um final de tarde caminhando pelas ruas da cidade, cruzando jamaicanos de todos os tipos, estudantes, trabalhadores, agricultores, vendedores, motoristas, ambulantes, homens, mulheres, jovens e crianças. Na feira um vendedor me chama “Hey whity anything from here?”, me fazendo relembrar que sou apenas mais uma turista “branquela”, por aqui.

Escolares caminham em rua de pequena cidade na Jamaica

Escolares caminham em rua de pequena cidade na Jamaica


O burburinho da cidade está no cruzamento da Harbour St. com a West St., próximo ao Musgrave Market e à praça central. Ali está uma estátua em memória daqueles que partiram de Port Antonio para a Primeira Guerra Mundial e nunca voltaram. Supermercados lotados e muita gente nas ruas, conversando, cantando, trabalhando e seguindo com suas vidas.

A movimentada praça central de Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A movimentada praça central de Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Visitamos também a Igreja da Portland Parish, belíssima igreja anglicana que se destaca na arquitetura da cidade. Outro bom ponto de encontro dos jovens da cidade são os jardins e passeios da marina, que embora pareça fechada, é aberta para todo o público. Fomos até lá conhecer o bar e descobrimos de onde surgiam os poucos turistas da terceira idade da cidade. São a maioria velejadores que atracaram aqui para passar alguns dias, se abastecer e conhecer a região. Essas marinas são muito comuns em várias ilhas do Caribe, mas aqui na Jamaica foi a primeira vez que vimos.

A bela igreja anglicana Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A bela igreja anglicana Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Depois de uma imersão involuntária no mundo dos resorts, cair em um lugar como este me parece muito mais real, é muito mais real. É assim que a maioria dos jamaicanos vivem, no campo ou na praia, mas em suas comunidades, igrejas e escolas, sem um batalhão de turistas vindo mudar sua cultura e sua vida.

Céu de fim de tarde sobre o Mercado de Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Céu de fim de tarde sobre o Mercado de Port Antonio, no nordeste da Jamaica


A Jamaica que encontramos em Montego Bay, Negril e Treasure Beach também é real, mas é uma realidade já mais pasteurizada, globalizada e ainda com um delicioso sabor jamaicano. Port Antonio é Jamaica pura, com personalidade, suas qualidades e defeitos, como todos os lugares do mundo. Agora posso dizer com gosto: bem vindos à Jamaica!
______________________________________________

INTRODUÇÃO AO PATOIS
O patoá é a lingua nativa da Jamaica, nasceu no século XVII quando os negros africanos trazidos pelos britânicos como escravos e tiveram que adaptar seus dialetos ao idioma do colonizador. Aí vão algumas expressões:

Patois | Inglês | Português

IRIE | Fell good, more than nice | Muito legal!
FI-WI | Ours | Nosso
WA DAT | What is that? | O que é isso?
MI-WI | I will | Eu vou...

Encontrei também um bom dicionário patois-português com as principais expressões usadas no cotidiano e nas músicas de reggae. Vale a pena conferir!

Jamaica, Treasure Beach, Port Antonio, Caribe, cultura, Estrada, On the Road, Patois, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Recapitulando

Brasil, Paraná, Curitiba, Amazonas, Manaus

Admirando o pôr-do-sol do alto da ponte sobre o rio Madre de Dios, em Puerto Maldonado, na amazônia peruana

Admirando o pôr-do-sol do alto da ponte sobre o rio Madre de Dios, em Puerto Maldonado, na amazônia peruana


Depois de uma pneumonia amazonense, emendada por uma infecção alimentar peruana e muitas aventuras mato-grossenses, numa correria danada, a desintoxicação digital foi quase compulsória, por mais que eu tentasse, a correria do roteiro, horas de estrada ou mesmo de cama nas recuperações, me incapacitaram de escrever e colocar em dia o meu blog. São 2 meses de atraso com uma grande dor no coração, mas todas as memórias intactas e um novo fôlego para retomar o blog, recuperando as histórias atrasadas e contando todas as novas aventuras que vem por aí.

A caminho de Porto Velho, no início da BR-319, ainda bem perto de Manaus, mas já do outro lado do rio Amazonas

A caminho de Porto Velho, no início da BR-319, ainda bem perto de Manaus, mas já do outro lado do rio Amazonas


Nestes dois meses passamos pela Amazônia, visitamos a Reserva do Mamirauá, cruzamos a pior BR do Brasil, a BR-319 de Manaus à Porto Velho. Nessa estrada encontramos uma preguiça atravessando a estrada, reencontramos os amigos overlanders do Lost World Expedition, dos Estados Unidos, e conhecemos o pessoal do “Vuelta al mundo em N Días” da Costa Rica, além do encontro com os motociclistas que cruzaram toda a Transamazônica, do Atlântico à Manaus, voltando ao Piauí, Maranhão, Sorocaba e Ceará. Um deles, Verô, conhece até o nosso amigo Joca Oeiras, lá em Oeiras no interiorzão do Piauí! Eita mundo pequeno!

O bicho-preguiça parece nos pedir ajuda para cruzar a estrada, no trecho inicial da BR-319, rodovia que liga Manaus à Porto Velho

O bicho-preguiça parece nos pedir ajuda para cruzar a estrada, no trecho inicial da BR-319, rodovia que liga Manaus à Porto Velho


Reencontrando o Luis e a Lancy, do Lost World Expedition, e o casal costarriqueno do Vuelta al Mundo en N Dias na BR-319, que liga Manaus à Porto Velho, nos seus trechos iniciais

Reencontrando o Luis e a Lancy, do Lost World Expedition, e o casal costarriqueno do Vuelta al Mundo en N Dias na BR-319, que liga Manaus à Porto Velho, nos seus trechos iniciais


Os motociclistas que, de uma só vez, fizeram a transamazônica e a BR-319, em Igapó-Açu, já a poucas horas de Manaus, no Amazonas

Os motociclistas que, de uma só vez, fizeram a transamazônica e a BR-319, em Igapó-Açu, já a poucas horas de Manaus, no Amazonas


Chegando à Rondônia fomos muito bem recebidos por um antigo amigo que eu não via há anos, Rodrigo, que foi escoteiro comigo no Grupo Escoteiro Paraná Clube! Bons tempos... Rodrigo e sua esposa Rosana hoje vivem em Porto Velho e garantiram nunca terem recebido visitas curitibanas de carro, muito menos vindo do norte! Rsrs!

Logo depois da cidade de Realidade, a Fiona enfrenta os piores trechos da BR-319, estrada que liga Manaus à Porto Velho, em Rondônia

Logo depois da cidade de Realidade, a Fiona enfrenta os piores trechos da BR-319, estrada que liga Manaus à Porto Velho, em Rondônia


Despedida do Rodrigo e da Rosana, que nos deram um lar em Porto Velho, capital de Rondônia

Despedida do Rodrigo e da Rosana, que nos deram um lar em Porto Velho, capital de Rondônia


Deixamos Rondônia rumo ao Acre, visitamos a cidade de Rio Branco e sua gameleira, mas a grande atração foi mesmo a Casa de Chico Mendes na cidade de Xapuri. Lá visitamos a casa, o museu e até a Reserva do Seringal Cachoeira onde aconteceu o maior empate de terras liderado por Chico Mendes! Seu primo nos guiou pela floresta do seringal que hoje recebe turistas de todo o mundo.

A casa de Chico Mendes, em Xapuri, no estado do Acre

A casa de Chico Mendes, em Xapuri, no estado do Acre


O Nilson nos mostra como se extrai o látex de uma seringeira, no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre

O Nilson nos mostra como se extrai o látex de uma seringeira, no Seringal Cachoeira, próximo à Xapuri, no estado do Acre


Nenhum lugar compete, porém, com o Peru. Um país incrível e preparadíssimo para o turismo, que se deixou colonizar pelos turistas estrangeiros pero sin perder la ternura jamás! A cultura do povo andino, sua gastronomia exótica que vai dos melhor ceviche vindo lá da costa pacífica, aos cuys, porquinhos da índia assados e crocantes, bem acompanhados por um pisco sour.

Delicioso prato típico (quase um ensopado) no restaurante Chicha, em Cusco, no Peru

Delicioso prato típico (quase um ensopado) no restaurante Chicha, em Cusco, no Peru


Porta de igreja em Cusco, no Peru

Porta de igreja em Cusco, no Peru


Reencontro com a Karin e o Coen, os holandeses do Lanncruising Adventure que viajam há mais de dez anos, em Cusco, no Peru

Reencontro com a Karin e o Coen, os holandeses do Lanncruising Adventure que viajam há mais de dez anos, em Cusco, no Peru


No Perú recebemos a visita de um grande amigo de faculdade, Gustavo é cinegrafista, diretor e editor de vídeos e nos acompanhou no nosso tour pelas ruas da histórica Cusco, o mágico Vale Sagrado e as ruínas incas de Machu Picchu e Choquequirao! Este último em uma aventura de 63 quilômetros de trekking pesado que renderam um super vídeo que você pode assistir aqui.

Com o Gustavo, nas ruínas incas de Machu Picchu, no Peru

Com o Gustavo, nas ruínas incas de Machu Picchu, no Peru


Junto com o Jimmy Hendrix, na despedida do Gustavo em um delicioso bar no bairro de San Blas, em Cusco, no Peru

Junto com o Jimmy Hendrix, na despedida do Gustavo em um delicioso bar no bairro de San Blas, em Cusco, no Peru


Nos despedimos do Gustavo e partimos para o Lago Titicaca, onde viajamos pela cultura dos Uros e suas ilhas flutuantes de totora, as ilhas de Amantani, Taquiles e é claro, muita cultura e novos amigos!

Fazendo compras e vestida a carater na Ilha San Miguel, uma das mais de cem Islas Flotantes do lago Titicaca, perto de Puno, no Peru

Fazendo compras e vestida a carater na Ilha San Miguel, uma das mais de cem Islas Flotantes do lago Titicaca, perto de Puno, no Peru


Almoçando no pátio interno da nossa hospedagem na ilha de Amantani, no lago Titicaca, no Peru

Almoçando no pátio interno da nossa hospedagem na ilha de Amantani, no lago Titicaca, no Peru


Chegando à Bolívia continuamos revisitando lugares já vistos por mim em 2005 e por Rodrigo em 1990, porém agora juntos e com novas emoções. Tive o prazer de apresentar ao Rodrigo a Isla del Sol e ele me levou ao topo de uma das montanhas do Conjunto Chacaltaya, na Cordillera Real.

O incrível cenário da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia

O incrível cenário da Isla del Sol, no lago Titicaca, na Bolívia


Descemos sob neblina e chuva a Carretera de la Muerte e finalmente, depois de muita poeira, chegamos ao famoso estado dos Yungas. Coroico é charmosa e teria muito mais a ser explorada, mas a nossa vontade de continuar rumo ao Brasil era grande e após um dia de descanso colocamos novamente o pé na estrada para mais 800km de muita terra, buraqueira e paisagens incríveis desta região que faz a transição entre os Andes e a Amazônia boliviana. Ufa! Foi um perrengue! Haja paciência para tanta estrada ruim!

Saindo de Xapuri, no estado do Acre, a caminho da fronteira com o Peru

Saindo de Xapuri, no estado do Acre, a caminho da fronteira com o Peru


Chegando em La Paz, capital da Bolívia

Chegando em La Paz, capital da Bolívia


Saímos da Bolívia por Guayaramirim e de volta à terras brasileiras voltamos à casa do nosso amigo Rodrigo, lá em Porto Velho. Desta vez a passagem foi ainda mais rápida para seguirmos logo ao sul, mais de 1000 quilômetros passando por Vilhena e finalmente chegando ao Mato Grosso.

A Fiona entra na pequena balsa para atravessar o lago Titicaca, entre Copacabana e La Paz, na Bolívia

A Fiona entra na pequena balsa para atravessar o lago Titicaca, entre Copacabana e La Paz, na Bolívia


Nobres e Bom Jardim, Chapada dos Guimarães, Pantanal Norte lá em Porto Jofre e muitas onças pintadas, antas e tuiuiús! A natureza do pantanal norte é realmente incomparável, incrível e absurdamente especial. Nem adiantarei muitos detalhes por aqui, logo contaremos mais nos posts. Visto o norte, cruzamos ao sul, indo novamente até a fronteira com a Bolívia, mas agora no lado das planícies alagadas pelo Rio Paraguai na cidade de Corumbá. Bonito? Sim, bonito, mas a Transpantaneira vale muito mais e se quer ver Bonito no sul vai logo na original! A cidade de Bonito também não era novidade para nós, mas escolhemos os passeios à dedo e nós e nosso primo Chico curtimos muito a natureza exuberante da Serra da Bodoquena. Bem... já estamos pertinho de casa, André Iki nem acreditou quando nos viu em Maringá e nem nós quando passamos por Londrina. O destino é a Patagônia, mas como passar a 350km de casa, depois de 1000 dias e não desviar para ver a família?! Finalmente chegamos à Curitiba, para recarregar as energias e alimentar a alma com tudo aquilo que mais amamos.

1000dias em visita às incríveis ruínas incas de Pisac, no Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru

1000dias em visita às incríveis ruínas incas de Pisac, no Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru

Brasil, Paraná, Curitiba, Amazonas, Manaus, Recapitulando, roteiro

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

O Recife Antigo

Brasil, Pernambuco, Recife

Arte nos jardins do museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Arte nos jardins do museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Olinda e Recife são cidades vizinhas, ambas muito históricas e culturais, mas é fácil sentir a diferença. A primeira é a capital do estado e por isso possui uma infra-estrutura mais completa. Hoje a nossa manhã foi dedicada a resolver algumas coisas de ordem prática, como fazer o alinhamento e balanceamento na Fiona e uma pequena revisão no meu visual. Tantos dias ao sol, vento, chuva, rio, mar, praia deixam os nossos cabelos mais quebrados, opacos e sem vida, é aí que entra a necessidade de um corte básico. Eu gosto de aventura, mas sou menina e as vezes preciso de um salão de beleza. Enquanto o Ro procurava o lugar para levar a Fiona eu fui cortar o cabelo e fazer as unhas. Até nisso vemos as diferenças culturais, espero que o corte tenha ficado bom, pois saí do salão com o cabelo meio duro e sem um bife do meu dedão do pé. O pior foi que doeu, eu perguntei a pedicure se estava sangrando e ela disse que não, foi um passo que a unha se encheu de sangue... cara de pau! Além de arrancar o bife ainda mentiu! Ok, passou.

Corredor no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Corredor no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Depois dessa vamos voltar às atividades que dominamos. Hoje, sábado, a Oficina do Francisco Brennand está fechada, então decidimos prestigiar o Instituto de seu primo Ricardo Brennand. Ricardo é um industrial que desde cedo desenvolveu o hábito de colecionar. Quando tinha 5 ou 6 anos ganhou do seu pai um canivete, o que deveria ser apenas um briquedo virou a sua paixão. Hoje o Instituto Ricardo Brennand possui a maior exposição de armarias do Brasil, dentre espadas, adagas, canivetes, facas e até armaduras! Todas elas tiveram participação nas guerras e na história do Oriente e do Ocidente. A coleção é exposta em uma réplica de um castelo em estilo medieval-gótico, dentro do Instituto em Recife.

Salão das armaduras no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Salão das armaduras no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Na pinacoteca do instituto pudemos observar também uma coleção de obras de arte do período em que o Brasil foi dominado pelos holandeses, no século XVII. Maurício Nassau foi um dos homens mais visionários de sua época e em 30 anos de comando no Nordeste ele construiu pontes, desenvolveu estudos cartográficos e catalogou grande parte da fauna e flora brasileiras.

'Juke Box' no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

"Juke Box" no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Tudo isso esta exposto neste museu em obras de literatura, tapeçarias e peças raras encontradas em algumas escavações no Recife antigo. Outra sala curiosa é a sala de bonecos de cera, que remonta o julgamento do ministro das finanças do Rei Sol, Luis XIV. Os personagens parecem estar vivos, tamanha a perfeição. É um espaço de primeiro mundo, vale a visita.

Personagens em cera no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Personagens em cera no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE



Conhecido também como “A Veneza Brasileira”, Recife já foi considerado um dos principais portos do Novo Mundo, sendo a principal ligação entre Europa no período da 2ª Guerra Mundial. Curioso é saber que a palavra Arrecife tem origem árabe, veja abaixo o texto de Deonísio da Silva:

“Recife: de arrecife, seu registro primitivo, feito no Manuscrito Valentim Fernandes, oferecido à Academia Portuguesa de História por Joaquim Bensaúde (1859-1952), com leitura e revisão de António Baião, quando é descrito o mar nas proximidades de localidade chamada Arzila, a 7 léguas de Tanger: "E tem um arrecife onde se pode meter navios e é costa brava do mar." Por tal registro se nota que, no século XIII, arrecife tinha o significado de dique, paredão, molhe, cais. Depois o sentido se transformou em problema sério, já que as águas encobrem as pedras que, ocultas, são a desgraça dos navios. O árabe arrasif, de onde procede a palavra, tinha o significado de estrada pavimentada. A capital de Pernambuco recebeu o nome de Recife pelas formações rochosas na costa, com as quais o navegador deveria ter cuidado, atendendo a antiga recomendação, primeiro dos lavradores romanos, "aperire oculo", abrir os olhos, expressão reduzida para abr'olhos, depois mais ainda para uma palavra só: abrolho.(...)”

Fonte: http://www.caras.com.br/edicoes/649/textos/a-palavra-recife-que-da-nome-a-bela-capital-pernambucana-derivou/

Passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Sendo assim, agendamos um passeio de catamarã, para conhecer o Recife antigo de outra perspectiva. Os canais formados pelo rios Capibaribe e Pina. O passeio é lindíssimo, ainda mais agora que a cidade está toda iluminada para as festividades natalinas. As pontes e prédios ganham iluminação especial, assim como a coloridíssima Assembléia Legislativa. A Prefeitura saúda o natal solidário e deseja Boas Festas e Feliz 2011 no seu painel gigante.

Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Dali vemos também o parque de esculturas de Francisco Brennand, artista revolucionário da cidade, pena que ele estava com suas luzes apagadas, são esculturas belíssimas colocadas em um pátio construído sobre o muro de arrecifes que deram nome à cidade. Para os mais ecologistas como eu, é indignante sim, mas este muro foi construído sob os arrecifes há décadas, mito antes de se discutir estas questões, mas ainda bem que os tempos mudaram.

Árvore de natal da cidade vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Árvore de natal da cidade vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Nós geralmente fugimos destes tours mais turísticos, mas este valeu a pena, o guia vai apresentando os locais por onde passamos com informações curiosas e relevantes sobre a cidade. Fechamos a noite em um bar próximo à Praça 13 de Maio, Bar Central, local de vida noturna fervilhante, próximo à Assembléia Legislativa e à Faculdade de Direito. O sanduíche de falafel é uma boa pedida. Amanhã, carnaval de rua em Olinda!

Monumento a Chico Science, em Recife - PE

Monumento a Chico Science, em Recife - PE

Brasil, Pernambuco, Recife, museu, Ricardo Brennand

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

Curitiba, 10 graus.

Brasil, Paraná, Curitiba

Surreal! Passar 40 dias pelo Caribe e chegar a Curitiba com temperatura girando em torno de 10°C, com sensação térmica de 6! Chegamos hoje depois de 10 horas em trânsito e fomos calorosamente recepcionados pelo Dr. Mário Sérgio, meu pai. Como é gostoso chegar “em casa”. Nossa casa hoje não é mais Curitiba e sim a Fiona, mas chegar a um lugar que conhecemos, encontrar a família, os amigos, é definitivamente o que faz nos sentirmos em casa.

Temos milhares de tarefas para fazer nos poucos dias que programamos aqui em Curitiba, dá uma olhada na agenda de hoje:

11h - Buscar a Fiona – ela passou essa temporada na casa de amigos ali no Ahú.
11h30 - Levar a máquina fotográfica para o conserto - as praias do Caribe são lindas, mas cheias de areia, que são um suplício para os eletrônicos. Provavelmente um grão de areia entrou e travou a lente dela. Por isso vocês devem ter achado as fotos piorzinhas ultimamente, na última semana fotografamos tudo com o nosso celular, de dia até que vai, mas a noite ficamos todos com olhos vermelhos e luz beeem mais ou menos.
12h30 - Almoço na casa da mãe - arroz, feijão, farofa e bife acebolado. Tem coisa melhor que a comida de casa?
14h30 - Reunião na Acquanauta - eles continuam nos dando uma super consultoria na configuração dos nossos equipamentos de mergulho.
17h30 - Reunião na Race - empresa que está desenvolvendo o nosso site. Ees passaram por alguns probleminhas, o que atrasou a entrada do site, mas agora temos várias páginas “quase” prontas e espero adiantarem bastante coisa até pegarmos a estrada no domingo.
20h30 - Jantar - nachos deliciosos na nova casa da Dani e do Dudu, irmã e cunhado. A Dani está maravilhosa com uma barrigona de 32 semanas, mas ainda bem que a Luiza está lá dentro bem quentinha.

Para terminar o dia, 8°C a noite, vento e sensação térmica de 4. Ai que saudade do Caribe.

Configurando o equipamento, com a Carol

Configurando o equipamento, com a Carol


Testando o equipamento,na Acquanauta

Testando o equipamento,na Acquanauta

Brasil, Paraná, Curitiba,

Veja mais posts sobre

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Preserve o Muriqui

Brasil, Minas Gerais, Ipanema (Reserva dos Muriquis)

Visão próxima dos Muriquis, maior primata das Américas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Visão próxima dos Muriquis, maior primata das Américas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Nestas nossas andanças pelos Parques Nacionais, Áreas de Preservação e Reservas Naturais uma das minhas vontades, inclusive já colocada aqui neste blog, é de ser pesquisadora na próxima encarnação. Muitas destas áreas só liberam a entrada para pesquisadores, biólogos, geólogos, etc. Para a nossa felicidade, este não é o caso da RPPN Feliciano Abdala. A Reserva Particular de Patrimônio Natural foi criada pelo Sr. Feliciano Abdala, um visionário fazendeiro da região de Ipanema – MG, que pôde conciliar a atividade agropecuária, cultivo de café e gado, com a preservação da mata que fazia parte da sua fazenda. Segundo Bragança, chefe do parque, a visão de preservação da mata já era anterior, tendo sido um pedido do antigo dono que vendeu a área ao Sr. Feliciano. Quando este se comprometeu a preservar a mata existiam apenas 8 primatas na sua área, hoje são mais de 300 indivíduos, apenas desta espécie.

Visão próxima dos Muriquis, maior primata das Américas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Visão próxima dos Muriquis, maior primata das Américas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Os Muriqui é, das espécies de primatas, uma das mais dóceis, por isso mesmo está arriscada de extinção. Só na RPPN dos Muriquis são 4 grandes bandos, sendo o maior deles com mais de 130 indivíduos. Eles convivem na reserva com outras 3 espécies de macacos, o Sagui e o Macaco Prego, mais difíceis de serem avistados e o Bugio, fácil de ser localizado pelo seu barulho ensurdecedor.

Os pequenos saguis na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Os pequenos saguis na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Mirante de observação da RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Mirante de observação da RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


A área tem em torno de 1500 hectares, incluindo as matas vizinhas à reserva onde os Muriquis também transitam, por isso o trabalho para encontrá-los não é simples. São 3 biólogos que trabalham seguindo os 4 grupos durante uma semana inteira. Eles acompanham os macacos desde cedo, desde a hora que acordam, marcam o local em que eles param para dormir no final da tarde e tornam a encontrá-los no mesmo ponto para recomeçar o dia de pesquisa. Quando os grupos estão localizados, é muito mais fácil para um turista avistá-lo, seguindo as orientações de um destes 3 biólogos. Porém há um dia na semana em que os biólogos saem do campo para fazer o trabalho administrativo e assim os perdem de vista. O dia seguinte acaba sendo sempre de muita caminhada em busca dos Muriquis. Nós tivemos a grande sorte de chegar neste dia, onde pudemos sentir na pele parte do trabalho que estes pesquisadores têm para encontrar os bichinhos. Chegamos lá as 8h30 da manhã e após assistir a uma reportagem sobre a RPPN começamos a caminhar, perto das 9h.

Caminhando na mata a procura dos Muriquis, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Caminhando na mata a procura dos Muriquis, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


O Bragança já tinha uma pista e foi por esta mata que começamos a procurar. Atravessamos a fronteira da reserva por trilhas já demarcadas pelos pesquisadores e chegamos a sentir o cheiro e ver as frutas que eles haviam acabado de comer, mas não tivemos nenhum sinal sonoro do bando. Este é facilmente reconhecido pela sua vocalização, parecida com um relinchar de um cavalo.

Frutas comidas pelos Muriquis, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Frutas comidas pelos Muriquis, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Caminhamos pouco mais de duas horas, onde tivemos a sorte de encontrar as outras 3 espécies de primatas que habitam a área, o Bugiu que é o mais fácil de encontrar foi o primeiro ainda ao lado da sede, logo depois o Sagui e o Prego deram o ar da graça. Os Muriquis nos deram uma bela canseira, mas quando conseguimos encontrá-los foi um verdadeiro show da natureza.

Bugio Gritador, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Bugio Gritador, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Estava acontecendo um encontro de grupos e por isso eles ficaram muito alvoroçados em uma gritaria absurda, parecia que tinham uns 6 potros pendurados nas árvores. Nunca atravessei um cafezal tão rápido na minha vida, correndo por entre os pés de café chegamos à mata e tivemos em torno de 10 minutos de interação com os muriquis. Lindos! Chegam a quase 1,5m de altura, totalmente pacíficos não possuem um macho dominante, de onde podemos concluir que são dos primeiros primatas democratas da história. As fêmeas do grupo migram para grupos vizinhos quando atingem a idade adulta, para evitarem a consangüinidade, já que esta também pode ser coberta por vários machos no mesmo cio.

Foi apaixonante e nada difícil entender por que a Tati, bióloga que nos ajudou a encontrar o grupo, escolheu esta rotina. Ela sabe o nome de cada um dos Muriquis, que são diferenciados pela sua despigmentação no rosto, a Roberta, Mel, Eric Clapton e assim por diante. A Roberta, senão me engano, foi a macaca que ficou mais intrigada com a nossa presença, pois percebeu que não éramos parte da equipe que já estão acostumados. Ela parou em um galho próximo a nós e nos encarava, observava, fazia movimentos preocupados enquanto o restante do bando passava seguindo o seu caminho. Infelizmente tudo que é bom dura pouco, minha vontade era de me juntar à Tati e continuar seguindo esses lindos animais.

Visão próxima dos Muriquis, maior primata das Américas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Visão próxima dos Muriquis, maior primata das Américas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Além dos macacos a reserva abriga milhares de espécies de animais comuns à Mata Atlântica e possui também horta orgânica e um grande viveiro de mudas nativas, com mais de 80 espécies e 150 mil mudas que irão ajudar a recuperar áreas dentro e fora da reserva.

Horta orgânica, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Horta orgânica, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Plantio de mudas de árvores nativas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Plantio de mudas de árvores nativas, na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Bando de Anus Negros na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Bando de Anus Negros na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG


Os Muriquis são considerados os maiores primatas do Continente Americano, por isso mesmo uma viagem de 1000dias pelas Américas não poderia deixar de conhecê-los.

Enorme jequitibá na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Enorme jequitibá na RPPN Feliciano Abdalla, Reserva dos Muriquis, em Ipanema, próximo a Caratinga - MG

Brasil, Minas Gerais, Ipanema (Reserva dos Muriquis), Animal, Ipanema, Macaco, muriquis, Parque, primata, RPPN Feliciano Abdala

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

A Hora Certa

Brasil, Paraná, Curitiba

Há vários meses decidimos a nossa data de partida. Já tínhamos uma ideia de que seria em março ou abril, mas ela foi fixada assim que vimos que a contagem dos 1000 dias para o fim do mundo iniciaria no dia 27 de Março de 2010.

Durante os meses de preparação, conversamos com alguns aventureiros que já tinham empreitado outras expedições parecidas com a nossa, sempre buscando informações e mais que isso, aquelas dicas valiosas que só quem já fez algo assim poderia dar. Uma das dicas que não saiu da minha cabeça foi sobre a data de partida: "na hora de partir você verá que nunca está tudo pronto, sempre haverá alguma coisa que poderia ter ficado melhor, mesmo eu que sou super organizado quando vi estava esquecendo meu capacete", disse o Dr. Clodoaldo Braga, motociclista radical que já possui 2 livros escritos sobre suas aventuras, uma até a Patagônia e outra até o Alaska. Outro causo que ele me contou e me marcou foi sobre a partida da Família Portela, que saiu de barco para costear a América num veleiro. Ele contou que o Portela atrasou 2 dias a sua partida da data programada, pois havia decidido que não sairia enquanto não tivesse certeza de que tudo estava pronto. Decisão sábia esta, ainda mais se tratando de uma viagem de barco, que tem uma logística ainda mais complicada. Eu ouvi com muita atenção a tudo isso mas não imaginei o quanto seriam úteis estas informações.

Nossa partida aconteceu no dia 28 de março de 2010, com 1 dia dia de atraso. Mesmo calculando, planejando e trabalhando muito não conseguimos terminar toda a nossa mudança a tempo de partirmos no dia planejado. Isso tudo unido à vontade de São Pedro, que mandou 22mm de chuva justo no sábado em que subiríamos o Pico Marumbi, nos fez atrasar a nossa partida.

Bem, já vemos o quanto temos a aprender com essa viagem, logo no primeiro dia um grande aprendizado. Podemos dar várias explicações, mas acredito que nenhuma delas explicará tão bem e de forma tão simples quando esta: saímos quando deveríamos ter saído, na hora certa.

Brasil, Paraná, Curitiba,

Veja mais posts sobre

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

Página 1 de 113
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet