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1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos...
New Orleans, ou NOLA para os íntimos, é a cidade dos sonhos para qualqu...
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Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
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Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Muita arte nas ruas de Valparaiso, no Chile
Valparaíso é a cidade boêmia, adorada por artistas e poetas talvez, justamente, pela idiossincrasia de sua arquitetura, sua beleza e sua arte. O ar decadente de zona portuária somado ao encanto dos seus 42 cerros, suas ladeiras e vistas panorâmicas faz dela uma cidade cheia de personalidade. Muros pintados de todas as cores, com todos os estilos de street art contrastando com os bondes antigos que ainda circulam levando e trazendo cidadãos e turistas entre as vielas e prédios antigos do centro.
Os antigos trólebus ainda andam nas ruas de Valparaiso, no Chile
Desde 1990 a cidade é a sede do Congresso Nacional Chileno. Sua história sempre esteve relacionada ao mar, sendo um importante porto de passagem dos navios que se aventuravam à Costa Pacífica dando a volta no sul do continente a caminho do Perú, nos tempos da Colônia Espanhola, e mais tarde como parada e abastecimento para os que seguiam à costa californiana durante a corrida do ouro. No início do século XX dois acontecimentos balançaram a economia da cidade, o primeiro literalmente, um terremoto que acabou com Valparaíso. O segundo a inauguração do Canal do Panamá. Assim Valpo seguiu aos trancos e barrancos, como importante capital política, crescendo recentemente como porto de exportação de frutas.
Valparaiso, no Chile, vista do alto do cerro Artilleria
Nós chegamos à Valparaíso em um domingo à noite e esperando que os bares e a boemia estariam a todo vapor nos cerros subimos o Cerro Artilleria atrás das charmosas guest houses que encontramos em nosso guia. Foi uma forma curiosa de conhecer a cidade: noite escura, becos e ruas vazias, rodando e buscando nas paredes dos edifícios caindo aos pedaços e casas antigas a numeração dos hostels indicados. Na maioria deles, nem luz, nem campainha atendiam e dados os últimos acontecimentos, era essencial um lugar com estacionamento.
Um dos muitos cerros de Valparaiso, no Chile
Mesmo sendo tarde e cansados não nos demos por vencidos, o agito deve estar no Cerro Alegre, pensei, lá é o lugar boêmio da cidade. Subimos então o Cerro Alegre e nada, ninguém, uma cidade fantasma e abandonada. O único hostel que achamos aberto não tinha garagem e estacionamento próximo, além de um preço nada amigável, foi aí que decidimos nos entregar ao bom e velho Ibis, que aqui na verdade era novinho e muito bem localizado. Nada melhor do que chegar em casa, cama confortável, banho quentinho e decoração idêntica, aqui ou em Maringá e o melhor de tudo, com estacionamento seguro para a Fiona.
São vários cerros na cidade de Valparaiso, no Chile
A nossa primeira impressão da cidade poderia ter sido das piores, mas ao revés, os ares misteriosos dos cerros e a quietude da cidade nos surpreendeu de tal forma que não víamos a hora de sair para explorá-la. Saímos sem expectativas, sem planos e sem guias, nos deixando levar pelas aparências, curiosidades e cores que víamos em cada esquina. Começamos pela Plaza Sotomayor, praça central da parte baixa da cidade rodeada por antigos prédios imponentes.
Plaza Sotomayor, no centro de Valparaiso, no Chile
Demos um pulo no Muelle Prat onde barcos saíam lotados de turistas para passeios pelo porto prometendo belas vistas de Valparaíso desde o mar. Andamos, subimos o Cerro Concepción, nos enfiamos em um beco com escadarias e caímos dentro do Paseo Iugoslavo, já no Cerro Alegre, onde está o Palácio Baburizza, que com sua arquitetura art nouveau, abriga o Museu de Belas Artes. Segunda feira e, é claro, o museu estava fechado.
Subindo escadaria para um dos cerros de Valparaiso, no Chile
Muita arte nas ruas de Valparaiso, no Chile
Continuamos nos perdendo pelas ruas entre o Cerro Alegre e o Concepción, que durante o dia parecem muito mais receptivas e amigáveis, com belas vistas para o mar afunilando em suas ladeiras. Convites para conhecer La Sebastiana, uma das casas onde viveu Pablo Neruda, não faltavam espalhados por pinturas nos postes do cerro. Ela fica no cerro vizinho o Bellavista, mas não quis ter que lidar com a frustração de chegar lá e dar de cara com a porta, no dia internacional dos museus fechados.
O nome do grande poeta Neruda está por toda parte em Valparaiso, no Chile
No meio da tarde relaxamos e almoçamos em um restaurante no alto do Paseo Iugoslavo com belas vistas para os cerros, o porto e a cidade baixa. Mal sabíamos que estávamos escolhendo um dos preferidos da área, o Norma´s, também pudera, seu charmoso deck de madeira e as amplas vistas não poderiam ser mais convidativas.
Restaurante com uma bela vista de Valparaiso, no Chile
Queijo camembert derretido co geleia de framboesa, em Valparaiso, no Chile
Descemos o cerro novamente nos perdendo entre suas galerias de escadas, de arte e de fotografia. Os antigos elevadores (funiculares) que nos desculpem, mas não troco andar por estas ruas por uma carona corta-caminhos. Resolvemos sair correndo para o Cerro Artillería, estrategicamente localizado para a proteção da cidade e para um belíssimo pôr do sol no Paseo 21 de Mayo.
Um dos muitos funiculares que dão acesso aos cerros de Valparaiso, no Chile
Cruzamos a zona comercial próxima ao porto e subimos a mesma ladeira que nos levou ao topo na noite de ontem. Com pressa para não perder o pôr-do-sol um funicular até que ia bem, mas este fechava às 18h e tivemos que ir a pé mesmo. Do alto uma das vistas mais lindas de Valparaíso e sua vizinha mais jovem e moderna, Viña del Mar.
Valparaiso, no Chile, vista do alto do cerro Artilleria
Viña del Mar é o balneário preferido dos santiaguinos mais descolados. A Cidade Jardim é totalmente o oposto de Valparaíso. O charme caótico desta é substituído pela impecável organização, limpeza e jardinagem da primeira. Palmeiras e flores na orla, intercalados por fontes de água, esculturas, restaurantes, sorveterias e áreas de exercício, delineados pelo mar e por longas pistas de corridas e bicicleta. Atravessando a movimentada avenida beira mar, a Avenida Peru, estão os condomínios mais caros de Viña.
A praia de Viña del Mar, no Chile
O sempre tradicional futebol de praia, em Viña del Mar, no Chile
A orla muito bem cuidade de Viña del Mar, no Chile
O vento frio ainda soprava e as águas geladas do Pacífico não estavam muito amigáveis para um mergulho. Assim a nossa passagem por lá foi rápida e indolor! Uma manhã passeando na orla, um almoço à beira mar e logo pegávamos a estrada para Santiago, a apenas 160km dali.
Voltando para a parte baixa de Valparaiso, no Chile
Representação da grande explosão que criou a Meteor Crater, no Arizona - Estados Unidos
Nossa viagem pela legendária Route 66 continua, saímos hoje de Flagstaff e temos um longo dia de atividades e muita estrada para chegar em Santa Fé. Hoje novamente máxima que esta região é desprovida de atrações turísticas cai por terra na velocidade de um meteoro e dá uma olhada no estrago que fez!
Foto aérea da Meteor Crater, no Arizona - Estados Unidos
Àqueles ligados no que acontece no universo ao nosso redor, apaixonados pelo espaço, história geológica, química, física e biologia, este lugar vai lhes parecer familiar. Bem vindos à
Visita à Meteor Crater, no Arizona - Estados Unidos
Aqui há apenas 50 mil de anos um meteoro de 50m de diâmetro formado basicamente por ferro e níquel caiu e explodiu logo após penetrar a terra, formando uma explosão de imensa magnitude. Calcula-se que o tempo que ele levou do momento que entrou na atmosfera até o momento que explodiu no chão foi de ridículos 10 segundos. A sua velocidade, portanto seria em torno de 12 km/segundo e o impacto teve uma força estimada de 10 megatons, quase mil vezes a bomba de Hiroshima.
A impressionante cratera do meteoro, ou "Meteor Crater", no Arizona - Estados Unidos
O primeiro estudioso curioso com a cratera era o mineralogista Daniel Barringer em busca de reservas de ferro e metais preciosos pelos idos de 1900. Aqui, porém, ele encontrou um caso tão especial e intrigante que dedicou longos anos para entender qual seria a origem desta imensa cratera. Até aquele momento todas as crateras conhecidas eram consideradas de origem vulcânica, conclusão obtida inclusive pelo Chefe do Instituto Nacional de Geologia Americano.
A impressionante cratera do meteoro, ou "Meteor Crater", no Arizona - Estados Unidos
A prova final de que esta foi uma cratera criada por um meteoro foi encontrada 50 anos mais tarde pelo cientista Shoemaker, que estudava as crateras formadas pelas bombas nucleares que eram testadas pelos americanos em toda esta região. Esta cratera foi formada de forma parecida, o poderoso impacto explodiu o meteoro com um calor tão intenso que formou minerais só produzidos por eventos de grande impacto e eventualmente em explosões nucleares.
No museu, cenário simula o fundo da Meteor Crater, no Arizona - Estados Unidos
A cratera tem 1000m de diâmetro e 200m de profundidade, só para ter uma ideia, caberiam dentro dela mais de 20 campos de futebol! Observamos a maravilha natural do alto de um mirante enquanto imaginamos os primeiros astronautas a pisar na lua treinando lá embaixo, dentro dela.
Lunetas ajudam a visualizar a Meteor Crater, no Arizona - Estados Unidos
Não foi por acaso que este foi escolhido como local de treinamento para os astronautas. Este ambiente seria, na opinião dos especialistas, o local mais parecido com a superfície lunar aqui no planeta terra. Por exemplo, foi aqui que decidiram construir uma roupa mais resistente para os astronautas, pois a calça de um deles teria rasgado ao cair no chão. Simplesmente sensacional!
A NASA fez vários de seus treinamentos na Meteor Crater, no Arizona - Estados Unidos
O museu é muito completo, apresenta um filme com duração de uns 15 ou 20 minutos e uma exposição bem interativa sobre a formação do universo, a diferença entre meteoros, asteroides, cometas e meteoritos e várias outras informações interessantes sobre este universo. Esta atração fica há apenas 25 km da rodovia principal (I-40) e é uma ótima base para esticar as pernas e entender um pouco mais da história do nosso planeta terra.
Formação do Porta-retrato, na caverna Santana, no PETAR
Sempre adorei cavernas, um ambiente vivo, onde conseguimos enxergar a natureza, durante eras geológicas, trabalhando intensamente e com uma criatividade inigualável. As cavernas são como uma viagem no tempo. É fácil perceber em cada estalagmite e cada estalactite os milhões de anos que elas levaram para se formar e, portanto, os milhões de anos que aquela caverna existe nas mesmas Condições Normais de Temperatura e Pressão. Como somos pequenos, nossos parcos 100 anos de ótima expectativa de vida não são nada se comparados com a idade destas formações. 100 anos não seriam suficientes para formar 1cm dessas estalactites!
Entrada da caverna Água Suja, no PETAR
Ana e Edson na bela Figueira na trilha para a caverna Água Suja
Começamos o dia na Caverna Água Suja, uma caverna de mais ou menos 800m de trilha turística e mais uns 2km de túneis que só podem ser acessados pelos pesquisadores, geólogos e espeleólogos. Andando por dentro do rio por uns 40 minutos e chegamos ao final dela em uma cachoeira. Banho de cachoeira já é demais, dentro de uma caverna então? É maravilhoso! Dentre colunas, travertinos e salões imensos eu tentava relembrar a minha primeira visita a esta caverna. Na minha memória tinham também uma clarabóia e uma sala grande de travertinos que não encontramos... Mas aqui, posso ter certeza que o problema é a minha memória, pois a caverna está ali a milênios do mesmo jeito, nas mesmas CNTPs.
Formações dentro da caverna Água Suja, no PETAR
Formações dentro da caverna Água Suja, no PETAR
A segunda caverna que visitamos foi a Santana. A caverna de mais fácil acesso no parque, uma trilha de apenas 10 minutos leva a sua entrada. Antes havia uma grade, um portão de ferro com cadeados fechando a entrada. Justamente por ser muito fácil o acesso várias pessoas entravam sem guia e além de quebrar os espeleotemas acabavam se perdendo lá dentro. São mais de 10km de túneis e salões, subindo e descendo em vários andares de cavernas e com as formações mais impressionantes.
Formação dentro da caverna Santana, no PETAR
A Santana é uma das cavernas mais adornadas da região, onde você olha encontra uma forma diferente: a pata do elefante, o bolo da noiva, o cavalo, a serpente e até por isso um dos salões foi apelidado de forma sugestiva, o Salão da Fafá, por que será? Rs.
Formação Fafá de Belém, dentro da caverna Santana, no PETAR
Quando chegamos no salão do encontro fizemos um black out, tradição nas visitas a cavernas, ali você entende realmente o que é a ausência total de luz. Ficamos imaginando como faríamos para sair da caverna nessa situação, andar por um labirinto que a qualquer momento acaba em um abismo com 20m de altura ou mais, sem luz alguma? Deus me livre! Com certeza o Edson, nosso guia, teria muito mais chances de escapar dessa do que nós.
Grandes colunas, na caverna Santana, no PETAR
Atravessando o rio, no caminho de volta da caverna Água Suja, no PETAR
Seguimos para a Lambari, uma caverna molhada. Andamos a maior parte da trilha por dentro do rio, chegamos a ficar com água até o pescoço! Atravessamos da Lambari de Baixo até a Lambari de Cima, com aquela água gelada de trincar os dentes! Saímos dela já eram mais de 17h e logo começou a chover, acabamos desistindo do bóia-cross. Já tivemos água gelada suficiente hoje. Para terminar bem o dia, o Edson me salvou de pisar em uma Jararaca, cobrinha básica de 1,5m que estava passando no descampado.
Enfrentando a água fria da caverna Lambari, no PETAR
Jararaca, na trilha da caverna Lambari, no PETAR
Uma das vantagens de estar no PETAR durante um período chuvoso e frio como este é que chova ou faça sol, dentro das cavernas sempre encontraremos as mesmas condições normais de temperatura e pressão. Nas aulas de química e física o conceito de CNTP é apenas teórico, aqui você o vê na prática, ou seja, as cavernas estão com aquela mesma água gelada e aquele mesmo friozinho úmido. Mas também veremos as mesmas formações, esculturas naturais, cores e paisagens, pode ter certeza que estarão lá, sempre esperando por você.
A Serra do Espírito Santo se erodindo, alimentando as dunas do Jalapão - TO
Hoje fomos visitar duas das principais atrações do Jalapão: o Maciço do Espírito Santo e as Dunas. Há aproximadamente 40 minutos da cidade de Mateiros, a entrada para a trilha do Espírito Santo é bem sinalizada, possui uma área de estacionamento e apenas um pequeno trecho de areia que um carro baixo pode querer agarrar.
Fiona nos espera no pé da Serra do Espírito Santo, no Jalapão - TO
Só a estrada para lá já é um desbunde. Chapadas imensas com paredões coloridos entre cerrados, capins dourados e sempre vivas.
A vastidão do Jalapão - TO
A subida da chapada leva em torno de meia hora, a trilha é um pouco íngreme e vai ziguezagueando a encosta, com bancos para descanso e até cordas bem colocadas para auxiliar na subida e principalmente com as pedras soltas na descida. Lá em cima são mais 3 quilômetros de caminhada até o mirante. No alto vemos uma grande planície cerrada, vistas para todos os lados até cruzarmos efetivamente o chapadão para o outro lado da montanha e começarmos a avistar as dunas.
Serra do Espírito Santo e dunas do Jalapão - TO
O processo de erosão do maciço Espírito Santo está acontecendo em uma velocidade impressionante, o que parece quase um desastre da natureza, ao mesmo tempo forma uma das paisagens mais maravilhosas do Jalapão. Uma montanha escarpada colorida de vermelho, amarelo e branco, tons mais escuros e veias desgastadas pelo vento que a deixam com um visual similar à do Grande Cânion dos Estados Unidos.
No mirante do Espírito Santo, ponto de observação das dunas do Jalapão - TO
O desgaste desta encosta arenítica forma abaixo delas as famosas dunas do Jalapão, nossa próxima parada. São mais 15 minutos de carro até a entrada das dunas, em frente ao único bar que você verá do lado esquerdo da estrada. A tiazinha do bar vem abrir as porteiras e cobrar 5 reais por pessoa e dar as dicas de qual trilha seguir. Ali encontramos uma família do interior de São Paulo que está morando em Palmas, Lúcio, Daniela e seus filhos Felipe e Enzo. Eles estavam em uma caminhonete 4 x 2 e pediram resgate caso atolassem no areal. É claro! Vamos que vamos! Lúcio passou voando nas areias mais fofas, teve que ter braço forte e não precisou de resgate nenhum! Carros baixos já teriam problemas.
As famosas dunas avernelhadas do Jalapão - TO
Uma trilha de uns 500m nos levam a um dos cenário mais sensacionais da região. As dunas avermelhadas sugerem finalmente a imagem de deserto que fazemos do Jalapão. Um riacho que logo à frente vai encontrar o Rio Novo, forma um pequeno oásis na base das dunas. Ali vemos ao vivo e a cores o processo geológico de formação das dunas e erosão do maciço. Aquilo que a terra leva milhões de anos para construir e alguns chegam e conseguem destruir em minutos.
As famosas dunas avernelhadas do Jalapão - TO
O Naturatins, órgão governamental que trabalha junto ao ICM-Bio e à Secretaria de Meio Ambiente, fiscalizando e orientando, colocou uma placa na base das dunas solicitando que o paredão não seja utilizado para subidas ou descidas nas dunas. Este deslizamento de areia está causando o processo de assoreamento do riozinho abaixo dela e por conseqüência, do Rio Novo. Ainda assim chegamos lá e o paredão estava todo pisado, de cima abaixo, de um lado a outro. Pena ver que ainda existem pessoas sem consciência ambiental e o mínimo de respeito.
Explorando as dunas do Jalapão - TO
Esperamos que esta consciência mude, para que as gerações futuras possam ter o mesmo privilégio de chegar a um lugar em que o tempo é contado em cada grão de areia em que pisamos.
As planícies do Jalapão vistas do alto da Serra do Espírito Santo, no Jalapão - TO
Linda paisagem marcada por terraços para cultivo nas montanhas, no vale do rio Colca, região de Arequipa - Peru
O Cânion Colca é o segundo mais profundo do mundo, com 3.269m de profundidade, contando do pico nevado mais alto até o leito do Rio Colca, em suas águas verdes esmeralda. O primeiro é seu vizinho Cotahuasi com 3.501m. São diversas vilas localizadas ao longo do cânion, pequenas comunidades de cholas e “cholos” que vivem do pastoreio e plantio de diversas culturas e que recentemente vem experimentando o boom do turismo na região.
Venda de roupas típicas no ponto mais alto da estrada que leva ao Canyon Colca, a mais de 4.800 metros de altitude, (região de Arequipa, no Peru)
Eu já havia estado aqui há 6 anos, em um tour que saiu de Arequipa, passou uma noite em um bom hotel no vilarejo de Yanque (o melhor de toda a viagem pobrete) e retornou. Impossível chegar aqui e não lembrar dos banhos termais, das lindas paisagens e principalmente do episódio mais tragicômico da viagem. Meu amigo e companheiro de viagem cometeu o deslize de comer uma salada em um restaurante aqui, parecia limpo, mas o problema não é a higiene e sim o saneamento básico. A água com que se lavam os alimentos estava contaminada e ele pegou uma infecção alimentar das bravas. O cara passou mal a noite toda, coitado, nem foi até o cânion ver os condores no dia seguinte. Estava decidido a ficar aqui depois de ter escrito praticamente um testamento enquanto estive fora do hotel. Não retornar com a excursão à Arequipa, não era uma opção... eu também não estava das melhores, mas definitivamente não o deixaria ali e tampouco ficaria sem ter como retornar no dia seguinte. Peguei ele pela mão e, junto com a nossa guia, fomos ao hospital, onde foi medicado e tomou uma injeção que mais parecia com uma rolha, para que sobrevivesse as últimas 4 horas sem um banheiro. Rsrsrs! Coitado!!! Olhando do futuro é engraçadíssimo, mas ele realmente passou por maus bocados. Tenho até hoje o testamento guardado, um dia ainda irá render boas risadas. Saudades Luiz!
O ponto mais alto da estrada que leva ao Canyon Colca, a mais de 4.800 metros de altitude, é marcado por centenas de apachetas, ou totens de pedra (região de Arequipa, no Peru)
Voltando ao presente. Chegamos no cânion pela cidade de Chivay, com maior infra-estrutura e principal porta de entrada para a região. Ali além de pagarmos a entrada recebemos um mapa turístico que nos deixou com o coração na mão... São tantas atrações, mirantes, trekkings, raftings, banhos termais e restaurantes gostosos que seriam necessários pelo menos 3 dias para explorar bem a região. Entretanto, nessa corrida para conhecer todo um continente em 1000dias, tivemos que optar apenas por revisitar o ponto mais conhecido de todo o cânion, o Mirante da Cruz del Condor. São 30km de Chivay até o mirante, a estrada é fabulosa e super cênica.
Linda paisagem marcada por terraços para cultivo nas montanhas, no vale do rio Colca, região de Arequipa - Peru
Picos nevados, paredes imensas de pedra e um vale fértil verde todo cultivado em degraus inacreditavelmente construídos nos morros escarpados. A ocupação dessa região se deu nos tempos pré-incaicos, provavelmente pelos Waris (quéchuas) e Collagues (aymaras) e a ordem franciscana construiu a primeira capela em 1565. Plantações de cevada, milho, quinoa colorem os terraços plantados, enquanto cholas pastoreiam suas ovelhas e llamas pelas estradas que cortam o vale.
Chola caminha em estrada próxima ao Canyon Colca, região de Arequipa, no Peru
Na Cruz del Condor fomos agraciados com a visita de um casal de condores andinos, uma das maior aves do mundo chegando a 3m de envergadura. Elas são vistas facilmente pela manhã, logo cedo, mas não negaram o espetáculo para os que chegaram mais tarde.
Um condor plana sobre os abismos do Canyon Colca, região de Arequipa, no Peru
A sorte não foi só termos visto os condores como também termos fugido das multidões matinais vindas com os tours, lotando o mirante. Estávamos apenas nós, um casal de alemães e um tour que estava a a caminho de Cabanaconde.
Um condor plana sobre os abismos do Canyon Colca, região de Arequipa, no Peru
Aqui neste ponto o cânion possui 1200m de profundidade e já fica difícil enxergar o fundo, mas os trekkings até as margens do Rio Colca ficam mais encorajados depois de sabermos que lá existem pequenos oásis com águas termais maravilhosas.
Visitando o incrível Canyon Colca, na região de Arequipa - Peru
Este é o trekking de Cabanaconde, 30 minutos para descer e 2h para subir! Rsrsrs! Sem tempo, decidimos conhecer as águas termais de Yanque, que nos foi indicada pelos guias locais. “A maioria dos gringos vai às termas de Chivay, que possuem uma estrutura maior, os locais gostam mesmo é de Yanque.”, nos confirmou o guia. Tocamos para lá! Piscinas gostosas, roçadores, chuveiros, cervejinha para vender na porta e o principal, pouquíssimos turistas. Várias famílias locais, crianças brincando e o mais bacana, uma senhorinha chola que veio banhar-se com suas netas. Elas falavam o tempo todo em quéchua, mas pelo que pude perceber era a primeira vez que a senhorinha entrava naquela piscina. Com seu maiô, tranças e pele clarinha, ela estava maravilhada.
Piscina de águas termais em Yanque, no vale do Colca, região de Arequipa - Peru
Já estava anoitecendo quando pegamos a estrada à Arequipa. Cai o sol e q temperatura despenca imediatamente. Chegamos em Arequipa a tempo de jantar em um restaurante gostoso ao lado do nosso hotel. Mais um dia longo e intenso no calendário dos 1000dias, e que venham os próximos!
Por-do-sol a mais de 4 mil metros de altura, na região do Canyon Colca, no sul do Peru
Degustação de cervejas em bar de Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Há 5 anos estivemos visitando nossos primos Anita e Larry em Princeton. Naquele setembro de 2007 a Luiza já estava interagindo bastante super fofa com seu sotaque americano. Tomaz estava aprendendo a falar, mas ainda nos olhava muito desconfiado, “quem são esses estranhos na minha casa?” e a pequena Nina havia acabado de chegar na família Chevres.
A Nina, caçula da Anita e do Larry, devora seu frango em Princeton Junction, em New Jersey - EUA
Depois disso nos encontramos novamente algumas vezes nas férias de julho na fazenda, acompanhei as peripécias da família pelas lindas fotos da mamãe fotógrafa (salve o facebook!), mas estava super curiosa para encontrá-los novamente.
Fotografando a "comida brasileira", em Princeton Junction, em New Jersey - EUA
Anita e Larry nos levam para night em Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Depois de tantos planos e mais de 80 mil quilômetros finalmente chegamos à Princeton Junction, que além de ser nossa base para explorações na região, vôos de um dos hubs mais baratos da América do Norte, é um jeito de matarmos um pouco as saudades da família.
Chegando à casa da Anita e do Larry em Princeton Junction, em New Jersey - EUA
Almoço em família na casa da Anita, com o Tomas, Luiza e Nina em Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Princeton Junction fica há uns 15 minutos da cidade de Princeton, sede de uma das mais importantes Universidades dos Estados Unidos. Por aqui passaram 35 ganhadores do Prêmio Nobel, 3 presidentes americanos dentre eles o querido John F. Kennedy e mais um punhado de estudantes e novos empreendedores de todo o mundo.
Deliciosa cerveja em Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Tiramos o dia para organizar as malas para a nossa viagem ao Caribe, dentre as tarefas do dia fui resolver um assunto feminino que quase nunca falo aqui no blog, depilação. Depois que mulher acostuma é difícil migrar para a gilete... estou às voltas com isso tentando me adaptar dependendo do lugar por onde passamos. Assim, chegando aqui, peguei a dica com a prima “local” de um lugar para resolver esse problema e fui à depiladora. Não foi a mais cara dos EUA, mas sem dúvida foi a mais cara da minha vida! Primeira e última vez! Vou ter que continuar a busca por um novo método efetivo, prático e mais barato. Se tiverem dicas eu estou aceitando! Rsrs!
Chegando à New Jersey, nos Estados Unidos
No início da tarde tivemos um almoço delicioso preparado pela Anita, comida brasileira com tempero caseiro, acompanhado de boas histórias da família. Uma tarde de babysitter enquanto Anita fazia compras e a noite foi em uma cervejaria no centro de Princeton. Fizemos a rodada de degustações das cervejas artesanais com sete diferentes sabores de café ao bacon e provei a criatividade na cozinha americana vegetariana em um hambúrguer de cogumelo.
Comidinha brasileira! (em Princeton Junction, em New Jersey - EUA)
No dia seguinte continuamos nas arrumações, brincando com as crianças e a Peper, nova integrante canina da família, enquanto o Rodrigo foi intimado para uma corrida com o Larry. Esta noite começa a nossa quarta etapa de viagem pelas ilhas do Caribe, em um trem para o JFK Airport em Nova Iorque. Embarcamos as 7h30 da manhã para 35 dias em terras caribenhas em plena temporada de furacões, nos desejem sorte! Uma boa viagem para todos nós!
Esperando o trem para Nova iorque na estação de trem de Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Salinas Grandes, próximo ao Paso de Jama, fronteira entre Argentina e Chile
Acordamos cedo depois de uma noite curta mas bem dormida. Tomamos um delicioso café da manhã nos sentindo muito bem acolhidos no Hotel Marquês de Tojo. Faço questão de falar dele aqui pois pesquisamos bem e foi o único que além de aceitar cartão de crédito, nos recebeu de forma muito especial no final de um dia de cão.
Nosso hotel em Purmamarca - Argentina
Logo cedo a recepção do hotel nos ajudou e ligou para a Gendarmeria do Paso de Jama para confirmar se estava aberto e tivemos um balde de água fria. SIM, está aberto, mas apenas entre as 8h30 e 10h30. Daqui não chegaríamos a tempo... já eram 8h30 e levaríamos em torno de 3 horas até lá. Tá difícil... Enfim, aproveitamos para dar uma volta em Purmamarca, sacar dinheiro no ATM, tirar umas fotos da praça e pegamos o carro em direção à Susques.
Purmamarca - Argentina. Ao lado das montanhas coloridas
Chegando novamente às Salinas Grandes, no caminho para o Paso de Jama, entre Argentina e Chile
O trecho até lá é lindo, como tudo por aqui. Pegamos estrada tranquilos e aproveitando o tempo paramos mais uma vez no belíssimo salar que já havíamos visitado. A Salina Grande, com suas piscinas de evaporação e imensas pilhas de sal.
Exploração de sal nas Salinas Grandes, próximo ao Paso de Jama, fronteira entre Argentina e Chile
Susques é um lugarejo no estado de Salta na Argentina, que fica a 130km da fronteira com o Chile. Está a 4100m de altitude e neste inverno foi registrada a mínima de -20°C, no mês de julho, quando o paso ficou fechado por quase um mês.
Chegando em Susques, última cidade antes do Paso de Jama, fronteira entre Argentina e Chile
Lá ficamos em um hotel muito bacaninha, com uma boa infra para os viajantes e trabalhadores das minas na região. O Hotel Unquilar também é parada de muitos brasileiros em expedição ao Atacama. Os vidros de todos os lugares neste trecho estão cobertos por adesivos de expedições, principalmente de motociclistas.
Lua cheia e noite gelada em Susques, última cidade antes do Paso de Jama, entre Argentina e Chile
Sem pressa aproveitamos o caminho, visitamos a vila, que mais parece um faroeste das alturas. Casas de adobe, poucas pessoas nas ruas e todas olhando os forasteiros chegando na cidade. Falamos com a polícia local e confirmamos a abertura do paso e horários e fomos ao hotel, trabalhar muuuito e colocar o site e o sono em dia!
Venda de roupa em Purmamarca - Argentina
Buenas, amanhã pegaremos a estrada e chegaremos ao Chile nem que seja no lombo de uma llama!
Lhamas passeiam tranquilamente na estrada que corta a puna em direção ao Paso de Jama, entre Argentina e Chile
Hoje acordei curiosamente animada. Dormi pouco e mal, mas tive um sonho impressionante! Estes sonhos, que mais parecem filmes, acontecem com alguma frequência e o Rodrigo é o único que os escuta, logo cedo, se divertindo com a minha criatividade noturna. Já venho pensando em postá-los no blog, afinal, fazem parte das minhas viagens nestes 1000dias. Já digo antecipadamente que se alguém um dia se interessar em produzir um curta ou longa metragem, poderemos fazer uma ótima parceria, mas vou querer os direitos autorais! Rsrsrs.
Esta noite o sonho começou com um casamento super alternativo. A parte do casamento ficou meio confusa e logo foi seguido por um episódio surreal em que eu conversava com tubarões-baleia, tentando entender porque um deles havia encalhado em uma praia. Enquanto eu batia papo com o tubarão-baleia o Ro estava se divertindo preso nas patas de um caranguejo gigante. Eis que um filhote de tubarão-baleira aparece na praia, perdido, coitado, mas não demorou muito para uma onda de uns 20m de altura feita pela furiosa mãe tubarão-baleia acabar com a nossa brincadeira.
Eu já ia embora quando de repente uma pedra mega repelente começou a fazer um imenso buraco no fundo do mar e formou um redemoinho de água. A água estava sendo sugada pela terra, como num ralo de pia e não tínhamos o que fazer. Tudo culpa dos japoneses que criaram esta pedra em uma experiência nuclear, sem saber as conseqüências. Preocupada eu corri até a cidade para avisar as pessoas do desastre natural que iria acontecer, aí encontrei Dilma Roussef iniciando uma caminhada pela cidade. Ela estava com uma criança no colo e uma assessora ao seu lado. Comecei a conversar com ela, perguntando sobre seus planos de governo, etc. Queria entender se ela realmente achava que algum dos canditatos iria fazer algo diferente pelo país, afinal todos devem ter o mesmo objetivo ao governar o país. Foi aí que falei: “eu não estava lá vivenciando a situação, pode até ser que na época isso fizesse algum sentido, mas todos sabem do seu radicalismo, a ponto de ter empunhado armas para defender seus ideais durante a ditadura militar. Como podemos ter certeza de que você não terá este mesmo radicalismo no governo do Brasil? Agora você demonstra outra postura, será apenas uma máscara ou você conseguirá manter este seu discurso e diplomacia durante o governo? Ela logo se defendeu, dizendo que o Serra posa de santinho, mas que também tem um histórico que o condena. Ela ainda completou: “sim, precisei vestir esta máscara para governar o Brasil, pois é assim que as coisas funcionam hoje.” Ela foi muito atenciosa e sincera na conversa comigo, fiquei até bem impressionada! Porém ficou claro que ela irá usar do seu pulso firme para fazer o quiser e bem entender. Logo depois tive que sair, o Serra me viu falando com a Dilma e não gostou nada, uma vez que eu estava trabalhando no comitê dele. O segui e fomos conversando sobre agenda e logo ele parou para conversar sobre educação com jovens darks. Minutos depois ele já estava em sua sala conversando com o seu consultor e assessor para o assunto educação. Eu a esta altura já estava procurando a Marina para conversar, afinal era uma ótima oportunidade para ter informação e contato com os nossos presidenciáveis.
De repente, vejo a luz entrar pela janela e o despertador toca. Eu não queria acordar! Queria continuar sonhando, ainda não terminei de falar com a Marina e preciso destruir a pedra repelente! O mais maluco é que neste momento, antes de acordar, eu realizei que era tudo um sonho e que o mais importante seria lembrá-lo para depois contar a vocês.
Mil Dias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Sequoia National Park, um sonho antigo! Desde que ouvi falar sobre essas gigantes tenho o sonho de conhecer, abraçá-las e me perder entre esta floresta encantada. Bem o dia chegou! Tiramos dois dias para conhecer todo o parque, tentando mesclar estradas cênicas e caminhadas para conhecermos o máximo possível em dois dias.
Entrada do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
O parque estava bem movimentado, cheio de turistas emendando a semana do spring break para conhecer a região. A Foothills Area tem várias trilhas bonitas, rios cristalinos e uma mata verde com clima bem agradável nesta época do ano. Porém nós queríamos ver mesmo eram as sequoias, então passamos rapidamente pela Hospital Rock, assim apelidada, pois foi onde um caçador que sofreu um acidente com a própria arma foi tratado pelos indígenas que viviam nesta região. Na pedra podemos ver algumas pinturas rupestres e caminhar até as margens do rio. Nesse caminho também passamos pela Cristal Cave, infelizmente fechada no inverno.
Explorando rio no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
No primeiro dia cruzamos a Giant Forest que estava ainda mais encantadora com bastante neve fresquinha nos pinheiros menores, cena de filme! A neve e a neblina davam aquele ar mágico para a paisagem e os poucos raios solares logo destacavam o tom acanelado dos troncos das sequoias.
As primeiras e gigantescas sequoias que avistamos no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Pulamos as principais trilhas e a nossa primeira parada foi em um estacionamento bem longe da muvuca, pouco antes do Lodgepole Visitor Center. Um grupo de sequoias lindíssimas estava lá sozinhas, só nos esperando. Elas são fantásticas e a neve faz tudo ficar ainda mais divertido.
A Ana entre sequoias milenares no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Cruzamos todo o parque e a área da Sequoia National Forest, com vários mirantes bacanas sobre o mar verde de coníferas e finalmente temos uma ideia do que vamos encontrar pela frente, o magnífico Kings Canyon!
Estrada na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
A próxima parada é na General Grant Grove onde está localizada a segunda maior árvore do mundo (em volume), a General Grant Tree! Uma trilha entre sequoias gigantes no leva até a atração principal.
A imponente "General Grant", no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
No caminho um túnel log impressionante faz termos uma noção mais real de quão grandes elas podem ser. Esta árvore caiu há mais de 200 anos, suas raízes tem uma circunferência de uns 8m de diâmetro e o túnel formado no meio do tronco é grande o suficiente para abrigar todo um time de futebol e seus reservas!
As imponentes sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Continuamos para o Princess point, onde temos uma ótima vista do cânion, simplesmente sensacional. A Great Western Divide é onde culminam as maiores montanhas dos Estados Unidos, um pouco atrás está o Mount Whitney (4.417m), maior montanha americana nos “lower 48”. Montanhas nevadas e um belíssimo vale verde que pode ser completamente explorado durante o verão, já que nesta época a estrada ainda está fechada para prevenir dos possíveis desabamentos de rochas.
Visitando o Kings Canyon National Park, na Califórnia - EUA
Hume Lake é a antiga região da madeireira e que hoje se tornou uma grande área de turismo, com cabanas e uma linda vista do lado e picos nevados. Tentamos retornar por esta estrada, porém a neve estava alta e não conseguimos passar. Retornamos todo o caminho a tempo de chegar à Sherman Tree, a rainha de todas as sequoias, com idade estimada em 2.200 anos!
Lago no Kings Canyon National Park, na Califórnia - EUA
Chegamos quando a lua já apontava no céu, a neblina deixou o fim de tarde ainda mais gelado e já não havia quase ninguém na trilha mais visitada do parque. Tivemos um momento a sós com um dos seres mais impressionantes que já vi na minha vida. Conseguem imaginar toda a história que esta árvore já viu? Tudo que já aconteceu enquanto ela estava aqui, neste mesmo exato lugar? Esperamos poder absorver parte da sabedoria e da energia desta grande sentinela do tempo e da vida.
A famosa "General Sherman", a maior árvore do mundo, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
No segundo dia fomos direto para a Moro Rock Trail, oficialmente fechada pela neve, mas aberta a quem quisesse tentar explorá-la, por sua própria conta e risco. Subimos em torno de 6 km pela estrada e na trilha a neve estava ainda fofa, mas encontramos pegadas frescas e logo um grupo retornando do mirante, good news: o mirante estava aberto e absolutamente fantástico!
Ursos, só vimos nas placas do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Uma escadaria foi construída na crista desta pedra de onde podemos ter a vista completa do Kaweah Canyon, toda a Sierra Nevada e as montanhas nevadas do Kings Canyon e a magnífica floresta de coníferas a nossos pés. Ficamos lá em cima por quase mais de meia hora, apenas admirando a paisagem.
Mirante no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Um pequeno detour nos levou até o túnel log entre sequoias gigantes e pinheiros, passando pela Parker´s Group. Agrupamentos de sequoias como este são raros e ainda mais bonitos.
Um grupo de sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Este é um dos famosos túneis onde passam os carros quando a estrada está aberta. Ele foi recortado no tronco de uma sequoia caída e deu um certo trabalho para chegar lá em cima, já que estava cheia de neve e bem escorregadia, mas eu não perderia a oportunidade!
Estrada passa em tunel dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Terminamos o dia na Big Trees Trail, uma trilha interpretativa fantástica com explicações sobre os ciclos de vida e os principais elementos que fazem aquele o terreno ideal para o desenvolvimento das sequoias.
Admirando as árvores gigantes no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
O tempo estava perfeito, céu azul e paisagem perfeita para apenas caminharmos na floresta, abestalhados com a beleza do lugar. Retornamos por um novo caminho, brincamos na neve e aproveitamos cada segundo no silêncio contemplativo da floresta. Não nos despedimos agora das sequoias, diremos apenas um até logo! As encontraremos novamente no Yosemite!
As primeiras sequoias quando se chega na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Caribbean Gray Reef Sharks nadam ao nosso lado durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
O Blue Hole está localizado no Lighthouse Reef, um arrecife de corais dentro da área protegida pela Grande Barreira de Corais de Belize, a segunda maior do mundo, apenas atrás da Austrália. Ainda que vizinho, o Blue Hole não pertence à grande barreira de corais e está localizado a 70km da costa belizenha.
Navegando sobre o Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
A viagem de barco dura duas horas, acompanhada de um bonine para não enjoar, foi super tranquila. Tínhamos um grupo bem mesclado de italianos, israelenses, lituanos, alemães, canadenses e americanos, além dos dois brazucas aqui.
A caminho do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
O mergulho no Blue Hole foi lindíssimo, o que impressiona lá é a sua geografia, é imaginar que este gigante já esteve mais de 50m sobre o nível do mar e formou todas aquelas estalactites gigantescas! Não foi à toa que Jacques Cousteau o declarou um dos 10 melhores lugares para mergulhar no mundo!
Muitos mergulhadores no Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
Mesmo com uma visibilidade baixa, em torno de 5m, conseguimos ter uma ideia da grandiosidade do buraco, que possui 300m de diâmetro e 124m de profundidade. Mergulhamos apenas em um pequeno trecho da parede leste onde estão as grandiosas estalactites.
Mergulhando nos estalactites do Blue Hole, a 40 metros de profundidade. na grande barreira de corais de Belize
Alguns sortudos conseguiram ver alguns tubarões que estavam nadando ao nosso lado, enquanto nós seguíamos impressionados entre as imensas formações a mais de 40 m de profundidade! Pela falta de luz lá dentro do Blue Hole não existe muita vida, o que impressiona é mesmo o cenário e a história geológica do lugar.
Mergulhando nos estalactites do Blue Hole, a 40 metros de profundidade. na grande barreira de corais de Belize
Já adianto que quem não é mergulhador pode ficar decepcionado, já que lá, sobre o Blue Hole, não é possível ver nada. Aquela imagem linda que todos conhecemos é só sobrevoando mesmo.
Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Nossa próxima parada foi Half Moon Wall, um dos mergulhos mais impressionantes que já fizemos! A parede é maravilhosa, coberta de corais coloridos, muitos peixinhos, cavernas e pequenos cânions para explorar, mas ainda assim não olhamos nada disso.
Caribbean Gray Reef Sharks nadam ao nosso lado durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
Por quê? Não conseguíamos tirar os olhos dos lindos tubarões que estavam nos acompanhando no mergulho! Isso mesmo, geralmente tubarões vêm, nos olham de canto e continuam sua rota, mas estes eram diferentes. Os Gray Caribbean Reef Sharks tinham em torno de 2m de comprimento, vivem aqui e estavam curiosos com estes visitantes mergulhando em sua parede de corais.
Encontro com tubarões em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
Eles iam e vinham, passando a poucos metros de nós, muito curiosos! Difícil saber se quem estava sendo assistido ali, minha opinião? Eles estavam mergulhando para nos assistir, somos um bicho bem curioso mesmo embaixo d´água, não?
Início de mergulho no Blue Hole na grande barreira de corais de Belize
No final do mergulho ainda vimos uma tartaruga e uma raia, lindas! Um dos melhores mergulhos da viagem!
Nadando lado à lado com os belíssimos Caribbean Gray Reef Sharks, durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
Mergulhando nas paredes de corais de Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
De volta ao barco o almoço foi servido, frango ao curry, salada e arroz bem gostosos e logo tivemos um tempo livre para passear pela ilha e visitar a colônia de pássaros que vive na reserva.
Nosso almoço em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Caminhando nas praias de Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
O Half Moon Natural Monument é casa para mais de 4 mil Red-Footed Boobies, que vem para ilha se reproduzir e outra centena de Fragatas com seus papos vermelhos inflados, dando um show de cores e vida! Maravilhoso!
Pássaro infla seu papo vermelho em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Colônia de pássaros em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Colônia de pássaros em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Iguana em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Logo foi a vez do nosso terceiro e último mergulho, no Long Caye Aquarium, outra parede de corais maravilhosa, com mais de 30m de visibilidade e 50 de profundidade. Como era nosso terceiro mergulho ficamos nos 20m e agora sem os tubarões para nos distrair pudemos nos divertir explorando cada caverninha coral e ainda tivemos um encontro lindo com duas arraias xitas (spotted eagle rays). Sensacional!
Barracuda curiosa se aproxima de nós durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
No final do mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize, ainda encontramos essa tartaruga acompanhada de dois peixes pegando carona em seu casco
Uma bela arraia chita durante mergulho em Long Caye Aquarium, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize
Confesso a vocês que se nós tivéssemos pagado o valor acima citado apenas para o Blue Hole eu teria ficado um pouco decepcionada, mas a combinação dos três mergulhos, a visita à colônia de pássaros e o serviço da tripulação foram excepcionais e fizeram o preço super justo!
Momento de descanso em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
Dicas Práticas
Tubarão devora mergulhador na decoração de restaurante em San Pedro, na grande barreira de corais, em Belize
Uma das nossas únicas preocupações durante os 3 dias que ficamos em Caye Caulker era rodar todas as operadoras de mergulho para garantir que esta teria o grupo com no mínimo 8 pessoas para poder sair. Foram 2 dias até que eles conseguissem reunir o grupo. A operadora que nos garantiu a viagem foi a Frenchie´s, uma das maiores operações da ilha, muito sérios e organizados e por isso também um pouco mais caros. Este passeio não é barato, são 450 dólares belizenhos (US$ 225,00), incluindo tudo. O mesmo tour saindo de San Pedro custaria mais de B$ 700,00 além de mais tempo de navegação. A viagem em uma lancha rápida é de 2 horas de ida e mais 2 horas de volta, inclui almoço e 3 mergulhos com uma parada rápida na Área de Preservação em Half Moon Caye (taxa de entrada na área é cobrada à parte.)
Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize
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