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SHUFFLE Há 1 ano: Há 2 anos:

Highlanders Pernambucanas

Brasil, Pernambuco, Triunfo, Serra Talhada, Gravatá

O pub Highlander em Gravatá - PE

O pub Highlander em Gravatá - PE


Quem diria que em Pernambuco encontraríamos montanhas, vales verdes, lagos e até um friozinho gostoso? Pois é, como sempre o nordeste vem nos surpreendendo! Ontem, depois do Vale dos Dinossauros, pegamos uma estrada que cortava a Paraíba até a fronteira com Pernambuco, chegando à cidade de Triunfo. Chegamos tarde, pois viemos por um trecho da estrada de terra, à noite e com chuva! Mas não éramos os únicos (ou mais) doidos, no caminho fomos ajudados e ajudamos um casal que estava indo até Maraíra. Nós pedíamos informações sobre o caminho, que eles conheciam bem, mas eles estavam neste mesmo cenário e ainda por cima de moto! Doidos mesmo, no caminho a moto derrapou em uma valeta na terra e a Galega, que estava na garupa, caiu e acabou se machucando um pouquinho. Dali ela veio de carona conosco até a cidade. Ela ainda nos contou que aquela estrada ali é perigosa à noite não por todos estes motivos acima, mas por que tem muitos assaltos. Que beleza!

Hotel em Triunfo - PE

Hotel em Triunfo - PE


O fato é que chegamos bem e logo nos instalamos no belo hotel do SESC-Triunfo. O Hotel mudou a paisagem da cidade, instalando-se no alto das montanhas e colocando um teleférico que o liga ao centro. Pena que não tivemos muito tempo para aproveitá-lo, jantamos, dormimos e no dia seguinte já seguimos viagem para o leste, em direção à Recife.

Teleférico em Triunfo - PE

Teleférico em Triunfo - PE


No caminho paramos para conhecer a cidade onde “naisceu” o famoso cangaceiro Lampião. Serra Talhada fica próxima à Triunfo, no pé da serra. Uma cidade “quenti, ma quenti”, que o povo não faz cerimônia não para fechar o museu na hora do almoço e estender até umas 14h30... Assim ficamos sem conhecer o Museu do Cangaço, demos com a cara na porta e os burros n´água, ou melhor, no sertão.

Lampião e Maria Bonita em museu de Serra Talhada - PE

Lampião e Maria Bonita em museu de Serra Talhada - PE


Amanhã temos o vôo marcado para Noronha, portanto decidimos que iríamos dormir próximo à cidade de Recife, em outra cidade serrana, Gravatá. Eu estava receosa, queria passar reto e dormir logo em Recife, pois tínhamos alguns afazeres na capital, como ir ao salão, alinhar e balancear a Fiona e ainda deixar uma de nossas câmeras fotográficas na assistência técnica. O Rodrigo relutou e fez questão de ficar em Gravatá, cidade base para vários hotéis-fazenda nas montanhas.

Praça em Serra Talhada - PE

Praça em Serra Talhada - PE


Não demorou muito para eu estar agradecendo a ele a escolha, ficamos em um belíssimo hotel, chamado Highlander. Conhecemos o dono, um homem muito viajado e interessantíssimo! Uma das histórias que ele nos contou foi como escolheu o nome deste hotel e, embora esteja em “terras altas” no estado de Pernambuco, o motivo é outro. Dentro do Hotel se encontra um pub inglês original, trazido de navio em um contêiner com todas as bolachas de Guinnes, bancos e até a máquina registradora com design exclusivo feito pela Tiffany! Como ela existem apenas 100 no mundo! O pub era o Highlander, local que ele adorava freqüentar em Recife e que logo teve a oportunidade de comprar, primeiro para a sua casa e depois colocado no seu hotel. A história é muito mais interessante se contada direto pelo Fonseca, sem dúvida alguma!

Caixa Registradora do pub Highlander, no nosso hotel em Gravatá - PE

Caixa Registradora do pub Highlander, no nosso hotel em Gravatá - PE


Além de ótima companhia, ele também nos deu muita sorte, pois quando planejávamos que ele deixaria a Sony na assistência técnica em Recife para nós, vimos que ela havia, DO NADA, voltado a funcionar! Sensacional!

Com o Cláudio Fonseca, o simpaticíssimo proprietário do Hotel Highlander, em Gravatá - PE

Com o Cláudio Fonseca, o simpaticíssimo proprietário do Hotel Highlander, em Gravatá - PE


Nessa correria toda, nem demorou a lembrarmos que hoje estávamos completando 1 ano e 7 meses de casamento, data memorável e que deve ser comemorada! Comemos um delicioso foundue de queijo e tomamos um vinho chileno em nossa homenagem! Logo a neblina subiu e fechou a vista da serra. Friozinho gostoso das highlanders pernambucanas, ótimo para uma boa noite de sono.

Brasil, Pernambuco, Triunfo, Serra Talhada, Gravatá,

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Sheet´ka

Alaska, Sitka

Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska

Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska


Sitka foi a primeira cidade da era colonial no sudeste do Alasca. Quando o homem branco aportou nestas águas nem imaginava que iriam encontrar um povo bravo e guerreiro, soberano e orgulhoso de sua cultura e origem. O Kiksadi Clan, pertencente à etinia Tinglít, batizou a cidade Sheet´ka, que significa “a terra por detrás das pequenas ilhas”.

A tranquila baía em frente ao local da batalha entre russos e Tinglits, em parque de Sitka, no sudeste do Alaska

A tranquila baía em frente ao local da batalha entre russos e Tinglits, em parque de Sitka, no sudeste do Alaska


Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska

Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska


Alexander Baranov, gerente da Russian-American Company, foi o primeiro a ter este encontro surreal com os nativos que há muito chamavam Sheet´ka de lar. Vocês conseguem se colocar no lugar dele? O ano era 1799, e o objetivo posto pela grande companhia, aumentar “a produção” de pele de lontras, uma das mais isolantes e quentes de qualquer mamífero marinho.

As tradicionais Babuskas russas, em loja de Sitka, no sudeste do Alaska

As tradicionais Babuskas russas, em loja de Sitka, no sudeste do Alaska


Ele construiu um forte ao norte da atual cidade e os Tinglíts logo perceberam que não seria um bom negócio para eles, pois entenderam que se submeter aos russos significaria trabalho escravo caçando os pobres animais. Em 1802 os Tinglíts destruíram o forte e em 1804 sofreram uma forte retaliação dos russos. Mesmo preparados com um grande forte e boas estratégias de guerrilha, os nativos foram obrigados a bater em retirada. Desde então Sitka prosperou e se tornou uma das principais cidades da costa oeste, recebendo o apelido de Paris do Pacífico. A propósito, várias cidades deste continente adoram este apelido... A Paris do Caribe, a Paris do Norte... já vimos umas 4 ou 5 “ex-parises” pela América.

A famosa Igreja Ortodoxa Russa, em Sitka, no sudeste do Alaska

A famosa Igreja Ortodoxa Russa, em Sitka, no sudeste do Alaska


Quando os russos quase extinguiram as lontras-marinhas perderam o interesse pela região (no caso o Alasca) e decidiram vendê-la aos Estados Unidos. A população americana achou um péssimo negócio, um monte de terras que não serviriam para nada, compradas por 7,2 milhões de dólares! Enfim, a negociação seguiu e em 18 de outubro de 1867, no Castle Hill aqui em Sitka, foi feita a cerimônia de transferência de terras da Rússia para os Estados Unidos. Não demorou muito e os americanos já descobriram a maior riqueza da região, o salmão! Novamente, onde há salmão há também ursos, águias, leões marinhos, lontras-marinhas e baleias em um cenário de vulcões e ilhas em pleno Pacífico.

Paisagens magníficas, apesar do tempo nublado na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska

Paisagens magníficas, apesar do tempo nublado na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska


Embora seja um pequeno desvio no roteiro da Inside Passage, Sitka é uma das cidades chaves para entendermos como tudo começou. Os ferries para Sitka não são muito frequentes e no trânsito entre Juneau e Ketchikan conseguimos programar apenas um dia para a cidade.

Chuva na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska

Chuva na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska


A temporada está no fim, então avistar algum desses animais é um golpe de sorte. Nós chegamos no ferry às 12h e seguimos direto para o sul da ilha direto para o Whale Park. Localizado em uma baía o parque promete ser um dos melhores pontos para visualização de baleias e outros animais marinhos, mas o mau tempo não colaborou.

Todos os mamíferos que costumam frequentar os mares de Sitka, no sudeste do Alaska

Todos os mamíferos que costumam frequentar os mares de Sitka, no sudeste do Alaska


Continuamos na estrada em direção ao Green Lake e descobrimos a Herring Cove Trail. Uma trilha de pouco mais de 2 km em meio a floresta úmida que cobre todo o sudeste do Alasca. Nós brasileiros, tão orgulhosos da nossa imensa Amazônia, não pensamos que possa existir outra floresta úmida pelo mundo. Obviamente esta floresta não é nem um pouco parecida com a Floresta Amazônica, o clima temperado faz predominar espécies como a spruce tree, o cedro e outras variedades de coníferas.

Caminhada em floresta de Sitka, no sudeste do Alaska

Caminhada em floresta de Sitka, no sudeste do Alaska


Não podemos comparar a diversidade da floresta tropical, porém a sua beleza e riqueza está em outros detalhes que muitas vezes passariam despercebidos por olhos menos treinados. Cedros de 200, 300 ou até 500 anos crescem nestas florestas em um solo rico em nutrientes, mas raso o suficiente para árvores de grande porte simplesmente não suportarem o próprio peso e despencarem. Árvores caídas se tornam casas para os animais, ninhos para outras espécies de árvores, fungos, cogumelos e um ecossistema totalmente diferente, mas ainda assim impressionantemente diverso.

A verdejante rain forest de Sitka, no sudeste do Alaska

A verdejante rain forest de Sitka, no sudeste do Alaska


Subimos a trilha maravilhados com o tamanho das árvores que nos rodeavam, o vermelho, terracota verdejantes gritavam aos nossos olhos dizendo: “aqui no Alasca também existe floresta!” Que valente e colorida pode ser esta floresta úmida que luta para sobreviver ao frio, fortes tempestades da costa pacífica e ainda cresce forte como esta. Impressionante!

Atravessando riacho em rain forest de Sitka, no sudeste do Alaska

Atravessando riacho em rain forest de Sitka, no sudeste do Alaska


Riacho de águas geladas em floresta de Sitka, no sudeste do Alaska

Riacho de águas geladas em floresta de Sitka, no sudeste do Alaska


Ainda na esperança da chuva parar seguimos em busca de outras trilhas e descobrimos o grande Lago Azul, reserva de água de toda a cidade, em uma paisagem montanhosa perfeita para vários trekkings, em dias mais secos.

Blue Lake, reservatório de água de Sitka, no sudeste do Alaska

Blue Lake, reservatório de água de Sitka, no sudeste do Alaska


De volta à cidade, gaiolas de pesca do gigante King Crab, piers das grandes empresas de pesca de Halibut, o enorme linguado das águas geladas do Alasca e barcos pesqueiros aportados reafirmam a tradição e a forma da economia da pesca que sustenta toda a região.

Armadilhas para carngueijos, em Sitka, no sudeste do Alaska

Armadilhas para carngueijos, em Sitka, no sudeste do Alaska


A movimentada marina de Sitka, no sudeste do Alaska

A movimentada marina de Sitka, no sudeste do Alaska


Ainda chovendo, saímos caminhando pela cidade em busca das heranças russas das mais originais e pristinas em toda América. St Michaels, a primeira Igreja Ortodoxa Russa, réplica da original destruída por incêndio em 1966, com seu peculiar cruz e teto abobadado. Em frente a primeira igreja protestante e uma das primeiras moradias e comércios russos na cidade. O Castle Hill sinais do primeiro palácio construído pela Companhia Russa-Americana para o gerente e sua esposa, que guardava uma coleção de arte e roupas tinglíts para apresentar aos seus convidados, aculturando os forasteiros à cultura nativa.

A famosa Igreja Ortodoxa Russa, em Sitka, no sudeste do Alaska

A famosa Igreja Ortodoxa Russa, em Sitka, no sudeste do Alaska


Ainda cruzamos o cemitério russo e a Sheet´ka Kwaán Naa Kahídi, sala de reuniões dos povos tinglíts construída no estilo tradicional, em madeira e com totens e painéis esculpidos em madeira.

Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska

Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska


Perdemos o horário para o Sitka Historical Museum, mas chegamos a tempo de contemplar a paz do antigo e sangrento campo de batalha dos tinglíts e russos no Sitka National Historical Park. A cada 100m encontramos um totem contando uma história ou uma lenda, como a do menino que nasceu com duas flechas em sua cabeça.

Observando de perto um dos muitos totens em parque de Sitka, no sudeste do Alaska

Observando de perto um dos muitos totens em parque de Sitka, no sudeste do Alaska


“Um dia sua mãe o enfrentou e ele disparou as flechas e a matou, fugindo para a floresta. A criança sobreviveu matando animais e outros homens de aldeias vizinhas, até que foi capturado por seu tio, que o matou e queimou. As cinzas deste garoto tão perverso, porém, não iriam descansar. Elas foram a origem dos pernilongos que até hoje perturbam a todos!”

Totem marca o local onde estava a fortaleza Tinglit em parque de Sitka, no sudeste do Alaska

Totem marca o local onde estava a fortaleza Tinglit em parque de Sitka, no sudeste do Alaska


Hahaha! Adorei a lenda! Terminamos a caminhada já na penumbra, às margens do mar e do rio, águias, gaivotas e um cheiro de peixe podre. Pobres salmões, nadaram tanto e morreram na praia.

Águias e gaivotas compartem os salmões que sobem por riacho em parque de Sitka, no sudeste do Alaska

Águias e gaivotas compartem os salmões que sobem por riacho em parque de Sitka, no sudeste do Alaska


Um dia intenso e difícil de ser traduzido em algumas poucas palavras. Russos, tinglíts, americanos e quem mais quiser participar desta grande miscelânea cultural que forma a sempre capital histórica do Alasca.

Totem em meio a mata de parque de Sitka, no sudeste do Alaska

Totem em meio a mata de parque de Sitka, no sudeste do Alaska

Alaska, Sitka, história, Rússia, Tinglits

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O primeiro furinho...

Brasil, São Paulo, Petar

Fiona com o pneu no chão, no PETAR

Fiona com o pneu no chão, no PETAR


Tem momentos na nossa vida que são marcantes e especiais. O primeiro sutiã, o dia em que você menstrua, o primeiro beijo e o primeiro namorado. Eu ainda não sou mãe, mas dizem que o primeiro dentinho e a primeira vez que seu filho fala “mamãe” é inesquecível. Foi mais ou menos assim que me senti hoje, com a nossa pequena grande ogra, a Fiona.

Fiona na volta da caverna Lambari, no PETAR

Fiona na volta da caverna Lambari, no PETAR


Mesmo novinha a Fiona já é super levada à breca, gosta de uma estrada de terra, buracos e muita lama. Ela hoje foi passear por 30km de estrada de terra entre Iporanga e Apiaí e mais uns 9km de buracos e lama dentro do Núcleo Caboclo. Chegando na boca da trilha, o papai estacionou ela com super cuidado, sabe como é, filhota pequena, mesmo que ogra tem que ser cuidada. Já ali o Edson, com seu ouvido aguçado, nos mostrou que tínhamos uma novidade, o primeiro pneu furado da Fiona! Pneu novinho, forte pra burro, 50% lama, 50% asfalto e adivinhem? Tinha o seu primeiro furinho! Ai, tão cuti-cuti!

Pneu furado da Fiona, no PETAR

Pneu furado da Fiona, no PETAR


Não queríamos perder a trilha, conversamos com a Fiona, mostramos que tínhamos um compressor de ar funcionando, para ela ficar tranqüila, e resolvemos deixá-la ali descansando até voltarmos. Voltamos mais cedo do que o planejado inicialmente, mas tranquilos que conseguiríamos encher o pneu. Doce ilusão, foi aí que começou a novela.

Medindo a pressão do pneu furado da Fiona, no PETAR

Medindo a pressão do pneu furado da Fiona, no PETAR


Colocamos o compressor, esperamos quase 15 minutos e NADA, o pneu nem parecia se mover. Tínhamos um kit especial para tampar o buraco do pneu, mas o Ro estava com medo de fazer um estrago ainda maior no pneuzinho da Fiona. Já eram umas 17h quando vimos que uma decisão rápida e mais acertiva era necessária, tínhamos que trocar o pneu. Cara, trocar o pneu de um carro pequeno já é um parto, imaginem o da Fiona!?! Pois é, deitar na lama para desrosqueá-lo de baixo do carro, tirando a trava de segurança e o cadeado, subir no macaco algumas toneladas, trocar o pneu e ainda guardar o furado no teto, já que o bagageiro estava cheio. O Edson, pra variar com ótimas idéias, fez uma cama de folha de bananeiras para não nos sujarmos tanto na lama e outra cama igual para acomodarmos o pneu em cima da Fiona.

Pneu furado no teto da Fiona, no PETAR. O Edson deu a maior mão para gente!

Pneu furado no teto da Fiona, no PETAR. O Edson deu a maior mão para gente!


Bem, foi um belo aprendizado. Já sabemos que não podemos deixar o pneu esvaziar por completo, caso contrário o compressor não irá funcionar. Sabemos também que não podemos ter medo de tentar conter o furo, com o nosso kit, ele poderia ter nos poupado muito trabalho. Por último, confirmamos na pele o que todos os jipeiros, landeiros e afins nos ensinaram: “quando você vai para uma trilha esteja 100% equipado! Esta pode ser a diferença entre desatolar um carro ou passar a noite no meio do mato.” Foi um trabalho de equipe sensacional para salvar a nossa filhota e a nossa pele! Afinal passar a noite ali, com a onça, não seria nada agradável.

Observando o compressor tentando encher o pneu da Fiona

Observando o compressor tentando encher o pneu da Fiona



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“O primeiro furinho da Fiona.” – The Movie!
Você encontra no 1000dias.com ou youtube nos computadores dentro da sua casa.

Brasil, São Paulo, Petar,

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Austin, Texas!

Estados Unidos, Texas, Fredericksburg, Austin

O capitólio estadual, maior que o federal, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

O capitólio estadual, maior que o federal, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Texas, um dos estados mais conservadores e republicanos dos Estados Unidos, conhecido por suas grandes pradarias, megafazendas, boa carne, cowboys, botas, chapéus e fivelas. A verdadeira terra de Malboro onde os mexicanos abriram as portas e levaram uma puxada de tapete histórica, perdendo espaço para os gringos que, aliados aos indígenas, fizeram uma guerra para tornar o território mexicano, “o mais americano” de todos eles.

Quadro representando a famosa batalha do Alamo, no prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Quadro representando a famosa batalha do Alamo, no prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Não é curioso que justamente os defensores do porte de arma, nacionalistas aguerridos e caçadores de troféus tenham, no coração do seu estado, uma das capitais mais independentes, modernas, tecnológicas e progressistas do país? Pois é, estes americanos não cansam de nos surpreender.

Do alto do capitólio, a visão da cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Do alto do capitólio, a visão da cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Quem faz Austin uma ilha independente, eclética e liberal são as pessoas que escolheram viver ali. Estudantes, músicos, geeks que ao invés do Silicone Valley, vem direto para as Silicone Hills, junto com as empresas de tecnologia como Google, Facebook, Apple, Cisco, Ebay/Paypal, Intel, AMD, Samsung, Oracle, HP e tantas outras que empregam milhares de graduados das turmas de engenharia e ciência da computação da University of Texas em Austin.

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


A cena musical a rendeu o apelido “The Live Music Capital of the World”, devido ao grande número de bares com música ao vivo e músicos que vivem por aqui. Não vale a pena comparar e discutir se ela realmente é a capital, pois não sei se já notaram, mas aqui nos Estados Unidos tudo é “o maior, o melhor, e a capital do mundo”. Fato é que a cidade abriga grandes festivais como o Austin City Limits Music Festival, 3 dias que reúnem 150 apresentações e mais de 225 mil pessoas no Zilker Park, além do Austin Reggae Festival ou Marleyfest (Abril) e até um Carnaval Brasileiro! Aqui são lançadas novas bandas, gravadoras descobrem novos talentos e, com o potencial de consumo do país, é aonde tudo acontece. É, eles tem motivos para se sentirem “a capital mundial da música”.

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Recentemente os austinites adotaram um slogan extraoficial “Keep Austin Weird”, quase como um movimento cultural local que tem orgulho do seu ecletismo, liberalidade e independência não apenas em relação ao Texas, mas ao mundo. Somos assim, podemos ser “weird”, mas e daí?

Camiseta vendida em Austin, no Texas, nos Estados Unidos

Camiseta vendida em Austin, no Texas, nos Estados Unidos


Os restaurantes locais são os melhores, os pequenos bares, os negócios alternativos e lojas que ainda não foram dominadas pelas grandes corporações americanas. Uma cidade onde podemos encontrar uma alma americana, orgulhosa das suas raízes locais. Los Angeles, San Francisco, Nova Iorque possuem esta alma, mas grande parte do que as ajudou a construí-la foram os milhares de imigrantes que fazem parte do consciente coletivo da cidade. Aqui encontramos sim alguns mexicanos, mas a maior parte de quem forma esta identidade e suas esquisitices são os próprios americanos. Genial!

O famoso Whole Foods Market nasceu em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

O famoso Whole Foods Market nasceu em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Nós chegamos à Austin depois de uma rápida passagem por Fredericksburg, uma pequena cidade de colonização alemã, onde almoçamos em uma padaria deliciosa e o Rodrigo finalmente fez a barba e cortou a imensa cabeleira. Já estava na hora!

A influência alemã continua forte em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos

A influência alemã continua forte em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos


Pronto para fazer barba e cabelo em barbearia tradicional de Fredericksburg, no Texas, nos Estados Unidos

Pronto para fazer barba e cabelo em barbearia tradicional de Fredericksburg, no Texas, nos Estados Unidos


Enquanto ele cortava o cabelo, eu na sala de espera, fiquei estupefata com as manifestações de apoio à posse de armas espalhadas pela parede. Parede de caçadores, com certeza, mas com a história do tiroteio na escola em Connecticut ainda quente, foi o que precisou para sentir que realmente estava no Texas.

Luta contra o controle de armas em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos

Luta contra o controle de armas em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos


Algumas horas depois nós chegamos em Austin e eu já sabia sobre essa fama alternativa da cidade. Estava ansiosa para chegar lá e finalmente encontrar a nossa amiga virtual, Lu Misura, uma blogueira brasileira que vive em Austin.Inclusive, boa parte do nosso roteiro foi feito com base nas suas dicas do seu blog Colagem.

Com a Lu Misura, visitando a Hamilton Pool, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

Com a Lu Misura, visitando a Hamilton Pool, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


A Lu nos guiou no nosso primeiro dia na cidade e arredores. As boas vindas não poderiam ter sido melhores, um almoço no Salt Lick Texan BBQ, um autêntico churrasco texano! Perfeito para nos alinharmos, colocarmos o papo em dia e conhecermos um pouco mais da cultura do lugar contada por quem a vivencia todos os dias.

O famoso molho para barbecue feito na própria salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

O famoso molho para barbecue feito na própria salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Um legítimo e suculento Bar-b-que americano, na Salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

Um legítimo e suculento Bar-b-que americano, na Salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Durante a tarde fomos conhecer a Hamilton Pool, um dos famosos swim holes da região, uma cachoeira belíssima a uns 30 minutos de Austin. Nesta época o clima ainda está meio frio para nadar, mas durante o verão eles se tornam os refúgios para os texanos que vivem na região.

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Nosso segundo dia na cidade foi fazendo o roteiro básico.Começamos pelo Zilker Park, principal parque da cidade, que além de campos, parquinhos e áreas de piquenique, tem uma nascente de água onde o pessoal costuma se refrescar nos dias quentes. É neste parque que rola o festival de música da cidade e outros eventos culturais.

Passeando no Zilker Park, o parque mais conhecido de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Passeando no Zilker Park, o parque mais conhecido de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


A segunda parada foi na Flagship Store do Whole Foods, a loja número 1 da rede americana de varejo com foco em alimentos naturais, sustentabilidade e viabilidade social e ambiental.

Uma das diretrizes do Whole Foods, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Uma das diretrizes do Whole Foods, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Os produtos são maravilhosos, a loja é toda intercalada por restaurantes com diferentes temáticas, cafés, almoços rápidos, buffet de saladas, queijos e vinhos, enfim, um balcão para cada gosto ao lado das gôndolas do supermercado. A loja cria um conceito e um ambiente perfeito para a interação do consumidor com os produtos e a experiência de compra se torna muito mais prazerosa. Um sonho para o consumidor consciente e preocupado com sustentabilidade.

Alimentos orgânicos no Whole Foods de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Alimentos orgânicos no Whole Foods de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Fazendo compras no Whole Foods original, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Fazendo compras no Whole Foods original, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


A terceira parada foi no Capitólio do Texas, um imenso edifício onde está centrado o poder do segundo maior estado americano. Um lugar bacana para entender como se passou a história da um estado que já foi nação e sua posterior anexação ao território americano. O Rodrigo, meu marido historiador, conta parte desta história neste post aqui.

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Salão histórico do capitólio do Texas, em Austin, nos Estados Unidos

Salão histórico do capitólio do Texas, em Austin, nos Estados Unidos


Ainda demos uma passada rápida na REI, loja de equipamentos esportivos e de aventura, único lugar onde eu me torno consumista. A noite resolvemos matar as saudades de casa e fomos em um dos restaurantes indicados pela Lu Misura, a Churrascaria Estância.

A equipe da churrascaria Estancia, que nos recebeu tão bem na cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

A equipe da churrascaria Estancia, que nos recebeu tão bem na cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Uma autêntica churrascaria brasileira, com direito ao buffet completo de saladas e queijos, espeto corrido com picanha, linguiça toscana, filet mignon e todos os melhores cortes brazucas, além da banana frita, farofa, pão de queijo e caipirinha! Ai que saudades da comida de casa... O dono é catarinense e viveu vários anos no Rio Grande do Sul, parte do staff era formado por brasileiros, assim que não poderíamos estar nos sentindo mais em casa! Ao final, tão emocionados com a nossa viagem quanto nós com a qualidade da comida, da carne e do atendimento, que acabamos sendo convidados pela equipe! Muito obrigada pessoal! Vocês foram incríveis!

Maravilhoso jantar na churrascaria brasileira Estancia, servidos também por equipe brasileira, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Maravilhoso jantar na churrascaria brasileira Estancia, servidos também por equipe brasileira, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos



Austin by Night

Não poderíamos partir sem conhecer a noite de Austin, afinal queríamos ver aonde se escondia toda a esquisitice e criatividade da cidade. Fomos à famosa 6th Street. Onde se concentram os bares mais movimentados do centro, mas aquele clima de bares americanos, rock, grandes televisões com futebol americano, basquete ou baseball e um bando de cabeludos mal ajeitados para fora. Não era bem o que eu tinha em mente.

Um dos famosos carrinhos de lanche de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Um dos famosos carrinhos de lanche de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Caminhamos um pouco mais e chegamos à 4th Street, uma banda dos anos 80 tocava um Boggie Woogie em um Irish Pub, que não importa onde você esteja no mundo, é sempre o mais animado. Foi quando encontramos um cara descolado parado em uma esquina. Ele tinha um bike-táxi, transporte que leva os baladeiros de bar em bar. Ele viu que estávamos em busca de algo diferente, sentiu o nosso clima e nos indicou o novo point das baladas aqui em Austin.

Não é muito longe do centro, mas como já era na direção do nosso hotel, pegamos a Fiona e fomos de carro para lá, quase na beira do rio, entre a Rainey St. e a River St. Deixamos o carro estacionado no hotel, o Holliday Inn Town Lake e caminhamos duas quadras até o local do burburinho.

Encontro com um gaúcho e sua esposa americana em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Encontro com um gaúcho e sua esposa americana em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Há alguns anos este canto do centro de Austin estava praticamente abandonado, casas de madeira super charmosas, mas antigas, precisando de reformas. Um bar veio, logo surgiu outro e mais outro e hoje são mais de 15 bares espalhados por 2 ou 3 quadras, um ao lado do outro, todos com um clima de festa universitária, uma área aberta com mesas coletivas, bares completos, drinks, cervejas e cada um com um estilo de música, jogos e decoração. Há o que faça a linha mais TexMex, outro "cultzinho" como um café e livros, outros com banda ao vivo e pista de dança. Nós ficamos algumas horas bar hopping, pulando de bar em bar, e passamos pelo Icelandic, Ilegal Bar, com drinks de mezcal, Bar 69 e outros. Muitas músicas boas, público jovem e bonito, alto astral, basta escolher o seu estilo e entrar. Se isso é manter Austin Weird, eu estou dentro!

Estados Unidos, Texas, Fredericksburg, Austin, Capital, Hamilton Pool, Metropole, Texas BBQ

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Teresina à Parnaíba

Brasil, Piauí, Teresina, Campo Maior (Jenipapo), Esperantina (P.E. Cachoeira do Urubu)

Cemitério de combatentes no Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI

Cemitério de combatentes no Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI


Num início de tarde quente fomos embora de Teresina, nos despedindo das memórias que não tivemos, sentindo uma vontade imensa de ficar para encontrar o que já não existia mais. Infelizmente não há o que fazer, o “Nós” já se foi, será que voltaremos à Teresina? Quem sabe...

Transporte público comum no Piauí, em Campo Maior - PI

Transporte público comum no Piauí, em Campo Maior - PI


A viagem para Parnaíba nos parece um retrocesso, porém “retroceder nunca, desistir jamais!”, seguimos já em clima de batalha para conhecer um lugar que fez parte da história brasileira, porém é totalmente desconhecida. Repetimos apenas um pequeno trecho de estrada até Campo Maior, a cidade que abrigou parte do exército formado por comuns que nunca haviam estado em uma batalha antes, em prol de um mesmo bem, a Independência do Brasil!

Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI

Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI


D. Pedro já havia proclamado a independência em 7 de Setembro de 1822, porém Dom João VI, seu pai, planejava manter as terras do norte ainda sobre os auspícios portugueses. Ceará, Piauí e Maranhão recebia as tropas do Major João José da Cunha Fidié, encarregada de manter as províncias fiéis à Coroa. Em Oeiras, a 24 de janeiro de 1823, Manuel de Sousa Martins, futuro Visconde da Parnaíba, proclama a Independência e assume a presidência da Junta do Governo do Piauí e um mês depois Fidié resolve marchar à Oeiras para uma represalha ao independentista.

Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI

Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI


Enquanto isso, homens idealistas e revolucionários reuniram as forças nacionalistas na cidade de Campo Maior. Sabendo disso o Major desviou suas tropas e ali, às margens do Rio Jenipapo, deu-se a sangrenta batalha. Estes homens nunca haviam lutado, porém estavam conscientes de sua condição (desfavorável) de luta, com foices, facões e armas para o levante a favor da unidade nacional. Conta a história que as mulheres incentivavam seus maridos, vendiam seus pertences, jóias e o que tivessem para ajudá-los a comprar armas e irem à guerra.

Placa informativa no Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI

Placa informativa no Memorial à Batalha do Jenipapo, em Campo Maior - PI


Foram 1500 homens contra 1000 soldados às margens do rio Jenipapo. A batalha foi perdida, porém desviou a tropa portuguesa do seu objetivo, Oeiras, a então capital do Piauí que provavelmente sucumbiria ao ataque. Dias depois as tropas de Fidié foram rendidas e ele foi obrigado a se entregar no dia 31 de julho de 1823. Esta foi a única batalha com derramamento de sangue pela Independência do Brasil, estes homens lutaram por um ideal e consolidação do território brasileiro. Existem projetos que defendem a inclusão da Batalha do Jenipapo nos livros escolares de todo o Brasil, um momento histórico que merece ser lembrado.

A longa passarela sobre a Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI

A longa passarela sobre a Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI


Dali, seguimos por uma estrada alternativa que nos levava à cidade de Batalha, onde fica a Cachoeira do Urubu. Não estávamos muito certos do que iríamos encontrar, imaginamos que seria uma cachoeira não muito apetitosa a um mergulho, mas fomos surpreendidos ao chegarmos lá! Um volume imenso de água, atravessados por passarelas que unem os municípios de Batalha e Esperantina.

Cruzando a passarela sobre a Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI

Cruzando a passarela sobre a Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI


Um final da tarde belíssimo, observando os habilidosos Xexéus, construírem seus ninhos. Eles migram para as margens deste rio no inverno, tempos chuvosos, época de reprodução.

Xexéus em árvore ao lado da Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI

Xexéus em árvore ao lado da Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI


Xexéu visita seu ninho em árvore ao lado da Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI

Xexéu visita seu ninho em árvore ao lado da Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI


Continuamos viagem pelas estradas “alternativas” e percebemos por que o são, buracos e falta de acostamento, são comuns na pista, além de animais de todos os tipos, cavalos, burros, porcos, cabras, vacas e cachorros. Com a viagem mais lenta acabamos pegando parte da estrada no escuro e finalmente chegamos à Parnaíba. AZUUUL de fome! Reservamos hotel, mas fomos direto para o La Barca, restaurante às margens do Rio Parnaíba, comer um Peixe Delícia com banana e purê de batata. A culinária típica aqui é o caranguejo-açú, que está em período de reprodução e por isso tem a cata, venda e consumo proibidos neste período. Amanhã vamos conferir o famoso Delta do Parnaíba!

Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI

Cachoeira do Urubu, entre os municípios de Batalha e Esperantina - PI

Brasil, Piauí, Teresina, Campo Maior (Jenipapo), Esperantina (P.E. Cachoeira do Urubu), Batalha, Batalha do Jenipapo

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Trabalho e pé na estrada

Brasil, São Paulo, Petar, Cananéia/Ilha Comprida

A Lan House de Iporanga

A Lan House de Iporanga


Hoje foi o dia de atualizarmos os nossos blogs e pegarmos estrada para Cananéia. Escrevemos diariamente, mas nem sempre conseguimos acesso a internet. Aqui no Petar o único meio de acessarmos a internet é através de sinal 3G, e a operadora que funciona mal e mal é a Vivo. Resultado: ficarmos quase três dias offline, sem conseguirmos enviar os posts e as fotos. Ah! Vale falar, quando postamos só texto, sem fotos, é por que não conseguimos enviá-las naquela banda, mas no máximo 2 dias depois confiram os posts novamente, pois as fotos estarão lá!

Seguimos viagem rumo ao centro de Iporanga e encontramos uma única lan house na cidade, sorte que estava aberta! Uma hora e 7 reais depois, blogs atualizados! Resolvidos os detalhes técnicos, continuamos viagem. O plano inicial era conhecermos uma cachoeira no Parque Estadual Carlos Botelho, mas o dia amanheceu frio e chuvoso novamente, acabamos desistindo e seguimos direto para Cananéia.

Passeando de tarde em Cananéia

Passeando de tarde em Cananéia


Chegamos e logo deixamos nossas coisas no Hotel Golfinho Plaza, indicado pela 4 Rodas e pelo Lonely Planet como um bom custo benefício. Cananéia para mim sempre foi uma cidade de passagem. Uma das mais antigas do Brasil, foi fundada pelos portugueses em 1531. Sua fachada de cidade colonial permanece e embora alguns prédios estejam em estado de abandono, a energia é de uma cidade jovem e muito ligada ao meio-ambiente. Talvez por que seja o principal acesso para o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, lugar especial para quem gosta de cachoeiras, praias e um público alternativo, mas este vai ficar para a nossa próxima passagem por aqui.

Passeando de tarde em Cananéia

Passeando de tarde em Cananéia

Brasil, São Paulo, Petar, Cananéia/Ilha Comprida, Estrada, Parque Estadual, Petar

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Adentrando os Lençóis

Brasil, Maranhão, Barreirinhas

Rio Preguiças, em Barreirinhas - MA

Rio Preguiças, em Barreirinhas - MA


Hoje, logo cedo na pousada, conhecemos o Seu Nazareno que fez questão de nos apresentar Paulino Neves, suas belezas e projetos. Além do projeto junto do ICM-Bio e Petrobrás para de educação ambiental e preservação de mamíferos marinhos e das tartarugas juritis, Seu Nazareno é sócio da Dona Mazé na pousada e já foi Secretário de Turismo do município. Um homem apaixonado por sua terra e exemplo de como alguém nascido e criado neste meio pode ser um agente ambiental fervoroso e consciente. Foi uma recepção realmente calorosa, com muita cultura e história para contar. Pena que foi justo quando estávamos indo embora.

Nossa 'guia' na viagem entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA

Nossa "guia" na viagem entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA


Seguimos dos Pequenos Lençóis em direção a Barreirinhas, finalmente vamos adentrar os Lençóis Maranhenses. Uma longa trilha off-road só utilizada por toyotas bandeirantes une as duas cidades. No período das chuvas parte do caminho fica alagado e algumas novas lagoas começam a surgir, por isso a melhor dica foi seguir a toyota de linha.

Atravessando dunas na viagem entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA

Atravessando dunas na viagem entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA


Tivemos que pagar vintão para o cara, pois alguns destes motoristas ficam enraivecidos dos turistas que chegam aqui e querem segui-los sem pagar nada e acabam dificultando ainda mais o caminho. Ali realmente algumas bifurcações são confusas e qualquer quebrada errada podemos acabar atolados na areia ou pior, em uma lagoa enlameada.

Atravessando ponte na viagem entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA

Atravessando ponte na viagem entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA


Uma hora de trilha, chuva, sol, chuva, sol, muita areia, um triciclo atolado e alguns atoleiros depois nós chegamos à Barreirinhas. Uma cidade que está crescendo em torno do turismo para o parque nacional. Ela é a cidade base para os principais passeios aos Lençóis Maranhenses. Perto dela ficam as lagoas Bonita, do Peixe e Azul, porém apenas a segunda está mais cheia. A facilidade de acesso à estas lagoas acabaram tornando-as praticamente um piscinão de ramos. Na alta temporada estas lagoas chegam a receber mais de 100 toyotas com dezenas de turistas, além de ser o ponto mais próximo para a própria comunidade. Outra grande atração de Barreirinhas é o Rio Preguiças, ponto de acesso para outras comunidades menores na fronteira leste do parque.

Povoado entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA

Povoado entre Paulino Neves e Barreirinhas - MA


Nós chegamos com a intenção de fazer um sobrevôo dos Lençóis, mas logo encontramos a agência fechada para hora do almoço. Aproveitamos para nos instalar e usar a boa internet da pousada para colocar as coisas em dia. Estava tão insuportavelmente quente e abafado que tudo o que eu queria era que chovesse, pedido feito, pedido atendido. Choveu a tarde toda e acabamos ficando sem vôo, sem passeio e com muito trabalho. Quando deu uma trégua fomos passear as margens do rio e tentar uma segunda investida na agencia do sobrevôo e passamos o passeio às lagoas próximas.

Orla do rio Preguiças, em Barreirinhas - MA

Orla do rio Preguiças, em Barreirinhas - MA


Mais tarde resolvemos comemorar os nossos 21 meses de casados em um restaurante indicado pelo primo Haroldo. Com as poucas referências dadas, como “um hotel que tem uma grande piscina” demoramos um pouco para encontrá-lo, mas valeu à pena! Era apenas um dos resorts mais bacanas do Brasil, o Porto Preguiças Resort.

Hotel Porto Preguiças, em Barreirinhas - MA

Hotel Porto Preguiças, em Barreirinhas - MA


Comemos um risoto de camarão delicioso embalados por um belo vinho chileno, comemoramos em alto estilo! Um dia light de estrada e trabalho para nos dar ainda mais sede para o que virá amanhã, descer o rio Preguiças no barco de linha até Atins, nossa base para explorarmos os Lençóis Maranhenses. Lá ficaremos sem acesso à internet, mas aguardem! Voltaremos com muitas histórias boas para contar!

Jantar de comemoração em Barreirinhas - MA

Jantar de comemoração em Barreirinhas - MA

Brasil, Maranhão, Barreirinhas, Lençóis Maranhenses, Rio Novo, Tutóia

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Flechas e Conchas

Argentina, Molinos, Cafayate

Fim de tarde no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Fim de tarde no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Um cavalo é sempre especial, mas quando queremos andar a América toda em 1000dias precisamos de algo mais rápido. Pegamos a nossa Fiona, com seus 160 cavalos e aceleramos em direção à Cafayate. As quebradas construídas durante milhares de anos pelas geleiras e degelos dos Andes, escondem tesouros naturais incríveis.

Atravessando o Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Atravessando o Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Já no caminho encontramos o famoso Valle de las Flechas, uma formação geológica espetacular! Ali a pressão exercida nos montes fez com que as camadas de rocha ficassem em ângulos diagonais e que fossem esculpidas em formas de flechas pelo tempo e o vento.

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Monumento Natural de Angastaco, a região possuía um imenso lago, hoje uma grande planície em meio às rochas pontiagudas.

Caminhando no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Caminhando no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Fizemos um breve almoço delicioso na cidadezinha de San Carlos logo depois do vale. Um cordeiro delicioso regado à cerveja artesanal “Me echó La Burra” local com 8% de álcool.

Deliciosa cerveja artesanal, de grau 8, em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Deliciosa cerveja artesanal, de grau 8, em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Há apenas 40 km de Cafayate, já na Rota 68, encontra-se o Vale das Conchas, onde as paredes areníticas foram esculpidas em diferentes cores e formas. Algumas mais famosas como a Garganta del Diablo, o Anfiteatro, Las Ventanas e El Obelisco podem ser vistas da estrada, com direito à muitas paradas para fotografia. Na Garganta Del Diablo conseguimos escalar e subir até o fundo do estreito cânion com 80m de altura.

Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


No Anfiteatro encontramos uma fenda natural com acústica perfeita, sendo testada ao vivo e à cores por um velho cantor, que se apresentava e vendia seus CDs, inspirado pela lua crescente que acabara de surgir no céu.

Entrando no Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Entrando no Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Depois de tantas quebradas, formações rochosas, cânions, vales e montanhas coloridas, pensamos que não nos surpreenderíamos mais, pois aos poucos vamos nos acostumando. Pois aqui digo tranquilamente, ficamos embasbacados com a capacidade que a natureza do norte argentino tem em continuar surpreendendo!

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Além de cenários naturais espetaculares, Cafayate também é muito procurada pelo eno-turismo. A cidade é cercada por parreirais e bodegas que oferecem degustações e boas explicações sobre a produção dos seus vinhos. Vinhos e paisagens para todos os gostos.

Placa da Rota do Vinho na região de Cafayate - Argentina

Placa da Rota do Vinho na região de Cafayate - Argentina

Argentina, Molinos, Cafayate,

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Nossa Família Canadense

Canadá, Chilliwack

Café da manhã na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá

Café da manhã na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá


Viajando pelas rochosas canadenses conhecemos Irmi e Len. Foi em uma das paradas da Icefilds Parkway, estrada cênica entre Banff e Jasper, que eles viram o carro e ficaram curiosos com a placa da Fiona. “Onde fica esta cidade, Curitiba?”, perguntaram. “Somos brasileiros e dirigimos este carro do sul do Brasil até aqui e estamos a caminho do Alasca”, respondemos. Vocês devem imaginar quantas vezes respondemos esta pergunta. A surpresa quando respondemos é quase certa, mas não é sempre que esta faísca cria algo maior, como aconteceu hoje, a empatia foi imediata!

Calorosa despedida da Irmi no jardim de sua casa em Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá

Calorosa despedida da Irmi no jardim de sua casa em Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá


Viajantes e curiosos, eles nos perguntaram sobre o caminho, aonde havíamos passado no Canadá e começaram a nos dar algumas dicas, informações sobre o litoral e logo um dos meus novos flertes veio à conversa: as ilhas Haida Gwaii. Um dos seus filhos está produzindo um filme-documentário sobre as ilhas, sua cultura, belezas naturais e principalmente a conscientização de que elas são um ecossitema único e que deve ser preservado. Esta região costeira logo se tornará rota de escoamento de petróleo, trazendo riscos ambientais que são refletidos também no modo de vida das comunidades indígenas que vivem no litoral. O tema ambiental, as aventuras e muitas histórias que todos tínhamos para compartilhar nos fizeram esquecer por quase meia hora da paisagem maravilhosa que estava ao nosso lado e nos deixaram conectados para um breve reencontro. Trocamos os endereços de email e prometemos nos reencontrarmos na nossa passagem pela região de Vancouver.

Com o Len e a irmi, o casal canadense que nos acolheu em sua casa em Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá

Com o Len e a irmi, o casal canadense que nos acolheu em sua casa em Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá


45 dias se passaram, dirigimos até o Alasca, descemos a costa pacífica do Canadá e resolvemos fazer um desvio rápido no nosso roteiro para cumprir a nossa promessa! Sem cerimônia alguma, como se nos conhecêssemos há anos, Len e Irmi nos convidaram para jantar e passar uma noite em sua casa na cidade de Chilliwack, a pouco mais de uma hora de Vancouver.

Com o Len e a Irmi na horta de sua casa Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá

Com o Len e a Irmi na horta de sua casa Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá


Nós levamos os vinhos que compramos pela manhã no mercado municipal, afinal nada melhor que comemorar novas amizades com bons vinhos. Eles haviam preparado um jantar muito especial, que foi saboreado vagarosamente em meio a histórias incríveis, uma verdadeira experiência de vida.

Raspberry cresce na horta da casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá

Raspberry cresce na horta da casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá


Canadenses de origem russa e alemã, com uma rápida passagem pelo México, as famílias de Irmi e Len tinham muito em comum. Eles se conheceram nos encontros da Igreja Menonita, se casaram e tiveram quatro filhos. Aos poucos nos contaram sobre sua família e aventuras. Mal sabíamos nós que estavamos prestes a ouvir uma das histórias mais incríveis da viagem. Histórias de pessoas comuns, que viveram em uma época de grandes conflitos e incertezas, as perspectivas de duas meninas que se correspondiam por cartas desde antes da Segunda Guerra Mundial. Estas duas moças se corresponderam, abrindo seus corações durante mais de 50 anos, uma em uma fazenda no Canadá e a outra vivendo na Alemanha. As cartas tinham este poder, pessoas que nunca se viram tornavam-se fiéis confidentes, abriram seus corações, seus maiores medos e frustrações em mundos tão distantes e ao mesmo tempo tão próximos. Algumas frases forneceram pistas sobre o que estava acontecendo e como estavam atravessando aquela fase. Os anos passaram, as cartas continuaram e depois de quase 40 anos as duas amigas puderam finalmente se encontrar pessoalmente. Uma dessas moças era a mãe de Irmi, uma escritora de cartas, correspondente de mão cheia. A outra moça hoje possui 91 anos e ainda vive na Alemanha. Após a morte de sua fiel amiga e conselheira ela enviou as centenas de cartas para a sua família, que hoje relê e revive intensamente uma parte da vida de sua mãe. Uma história fascinante que nos emocionou e envolveu durante horas. Mal percebemos que estávamos ali sentados, na companhia de nossos novos-velhos amigos há mais de 5 horas. E a conversa ainda se estendeu, assistimos a alguns dos filmes produzidos pelo Nicolas, mostramos fotos da viagem e seguimos, incansáveis, noite adentro.

Maravilhosa sobremesa de pêssego e cerejas em caldas, na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá

Maravilhosa sobremesa de pêssego e cerejas em caldas, na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá


Na manhã seguinte fomos recebidos com um belíssimo café da manhã, bajulados até não poder mais! Frutas do quintal, geleias, tostadas e mais longas horas de bons papos. Os planos de seguirmos viagem pela manhã logo se viram mal avaliados, é claro que duas horas não seriam suficientes! Saímos de Chilliwack já era mais de meio-dia em direção ao Okanagan Valley, região onde estão alguns dos melhores vinhedos canadenses. O encontro com Len e Irmi foi um ótimo motivo para fazermos este detour.

Nosso memorável e sadio café da manhã na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá

Nosso memorável e sadio café da manhã na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá


Aqui encontramos novos amigos para toda uma vida, a nossa família canadense! Um encontro especial como este tem um dedo divino, nossos amigos nos acolheram com o mesmo sorriso fraterno e abraço acolhedor de quando nos conhecemos, na minha perspectiva, provavelmente em outra vida!

Canadá, Chilliwack, Amigos

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Estrada fluvial

Brasil, Amazonas, Manaus

O 'encontro das águas', ponto de encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões, formando o Rio Amazonas

O "encontro das águas", ponto de encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões, formando o Rio Amazonas


O embarque no caótico porto de passageiros nos prepara para o que pode vir a ser a viagem. Milhares de pessoas carregando e descarregando os barcos, vendendo todos os tipos de bugigangas, relógios, celulares, óculos, redes, guarda-chuvas e outras quinquilharias made in China. As barracas no píer flutuante por sua vez vendem o lanche ou o almoço dos passageiros, dos corajosos, obviamente.

Ana filmando o movimento de embarque no porto de Manaus - AM

Ana filmando o movimento de embarque no porto de Manaus - AM


Encontramos a Fiona, descarregamos nossas mochilas e voltamos à feira para comprar víveres para as próximas 30 horas de viagem. A saída do barco atrasou, uma hora e meia depois do previsto estávamos partindo em direção à Santarém.

Navegando no 'encontro das águas', ponto de encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões, formando o Rio Amazonas

Navegando no "encontro das águas", ponto de encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões, formando o Rio Amazonas


Maior rodovia do estado, o Rio Amazonas tem um papel fundamental na vida da região. Milhares de embarcações sobem e descem o rio transportando suprimentos, mercadorias e passageiros de comunidade em comunidade. Em uma área em que a construção de estradas é uma tarefa praticamente impossível, senão pelas florestas e condições climáticas, pela liberação da licença ambiental.

Barco deixa o  porto de Manaus - AM carregado de passageiros

Barco deixa o porto de Manaus - AM carregado de passageiros


O Rio Amazonas se forma do encontro das águas brancas do Rio Solimões e escuras, do Rio Negro. A sua diferença de cor se deve à sua origem. As águas do Solimões têm origem na Cordilheira dos Andes, águas de degelo em solo de formação geológica mais recente e que por isso desce mais barrenta, cor de café com leite. Já as águas do Rio Negro correm por uma região de solo mais antigo, as florestas dominam a área e em contato com a água liberam nutrientes, participando desta coloração escura, parecida com chá mate. Suas águas não se misturam imediatamente, a diferença de temperatura e densidade faz com que elas corram paralelas por algum tempo, sendo fácil de distingui-las pela cor.

Encontro das águas escuras do Rio Negro com as águas claras do Rio Solimões

Encontro das águas escuras do Rio Negro com as águas claras do Rio Solimões


O Encontro das Águas é uma das principais atrações em Manaus, não apenas pela beleza do cenário, mas por estarem formando o maior rio do mundo, são mais de 300 milhões de litros de água despejadas no Oceano Atlântico por segundo.

Navegando pelo rio Amazonas

Navegando pelo rio Amazonas


Outra curiosidade é que o Rio Amazonas nem sempre correu em direção ao Atlântico. Há aproximadamente, 150 milhões de anos, quando os continentes ainda estavam se separando e a cordilheira dos Andes ainda nem havia se formado, o rio corria em direção ao Oceano Pacífico. Prova disso é a similaridade de algumas espécies de arraias encontradas no rio, aparentadas com as encontradas naqueles mares. O solo encontrado na bacia amazônica também contém propriedades que comprovam esta teoria. Mais tarde a cordilheira começou a subir e aos poucos o rio começou a mudar o seu curso. Durante um longo período ele se tornou um imenso mar de água doce, dentro do continente, uma vez que uma cadeia de montanhas próxima a Parintins bloqueava o seu curso. Com o passar dos anos a força da água cavou a sua passagem e abriu caminho até o Oceano Atlântico, como conhecemos hoje.

Nosso barco, Luiz Afonso, no  porto de Manaus - AM, antes da viagem à Santarém

Nosso barco, Luiz Afonso, no porto de Manaus - AM, antes da viagem à Santarém


A viagem no Luis Afonso é super tranquila, diferente do que estávamos esperando. A imagem que eu tinha era daquele povaréu bebendo e dançando aquelas músicas bregas em altíssimo volume. Nada disso. Nosso barco foi perfeito. O primeiro andar é o piso de carga e mercadorias. Como não estava cheio então algumas poucas pessoas amarraram suas redes ao lado da Fiona. No segundo andar, além de banheiros, centenas de redes amontoadas formam uma comunidade colorida e preguiçosa. A maioria das pessoas ali se instala e só levanta para ir ao banheiro, se revezando entre os amigos e conhecidos para cuidar de seus pertences.

Redes ocupam o convés superior do nosso barco de Manaus à Santarém

Redes ocupam o convés superior do nosso barco de Manaus à Santarém


O terceiro e último andar tem uma área aberta, com um somzinho comedido, uma área de redes e o bar com uma televisão 50 polegadas. Tem até uma tecnologia avançadíssima para movimentar a antena em busca de sinal, como o barco está em movimento, uma engenhoca parecida com um periscópio de submarinos faz o trabalho.

O canto mais interessante do nosso barco para Santarém

O canto mais interessante do nosso barco para Santarém


Hoje saímos de Manaus, avistamos as comunidades que seguem até Itacoatiara, última cidade que possui acesso pela estrada. Foi a única parada para carga e descarga e seguimos viagem rio afora. O pôr-do-sol rosado sob as nuvens de chuva foi sensacional!

Fim de tarde em dia nublado no Rio Amazonas, à caminho do Pará

Fim de tarde em dia nublado no Rio Amazonas, à caminho do Pará


Mais tarde a chuva venceu e a noite foi agitada para os tripulantes, prendendo as lonas de proteção que haviam soltado com o vento. Nós dormimos dentro da Fiona mesmo, uma noite apenas, preferimos não comprar redes. Noite mal dormida, muito quente, mesmo com as janelas abertas. Daqui a pouco o sol irá nascer, boa noite.

Fiona no convés inferior do barco Luiz Afonso, à caminho de Santarém - PA

Fiona no convés inferior do barco Luiz Afonso, à caminho de Santarém - PA

Brasil, Amazonas, Manaus, Encontro das Águas, Luiz Afonso, Rio Amazonas, Rio Negro, Rio Solimões

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