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Adi Barbosa (23/03)
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Chegando na Praia do Sono, em Parati - RJ
Esse litoral do Rio é uma coisa louca... todo recortado e cada pedacinho dele guarda uma paisagem distinta e paradisíaca! Hoje seguimos para o sul de Parati para a Praia do Sono. Passamos próximos à Trindade em direção à Laranjeiras, de onde parte a trilha para a Praia do Sono.
A primeira visão do mar da Praia do Sono, ao final da trilha, em Parati - RJ
Jane e Fergal vieram conosco, como estão sem carro é uma boa oportunidade para conhecerem algo diferente aqui nas redondezas. No caminho passamos pelos portões de segurança da Praia de Laranjeiras “dos Ricos”, como apelidamos, uma praia particular com um mega condomínio repleto de mansões e uma infra-estrutura milionária. Ficamos super curiosos, mas passamos apenas ao lado de seus muros direto para a Laranjeiras “dos Pobres”.
Praia do Antiguinho, em Parati - RJ
A trilha para a Praia do Sono dura em torno de 1h30 e é quase toda na sombra. A Floresta de Mata Atlântica nos proteje do sol e nos leva a um lugar sem dúvida muito especial. Vocês já perceberam que o esforço sempre faz o lugar ficar ainda mais bonito? Durante a trilha, por uma janela entre a mata e o mar vimos que a cor da água é surreal, totalmente transparente!
Nas águas verde-transparentes da Praia do Antiguinho, em Parati - RJ
A trilha é super tranqüila, subidas e descidas e chegamos à Praia do Sono. Lá vive uma comunidade que deve ter em torno de 200 pessoas. Campings, barzinhos, lanchonetes e até uma pousadinha pode-se encontrar lá, me lembrou muito o Bonete. Chegando lá logo conhecemos o Zé, morador da vila que costuma fazer o serviço de transporte náutico entre Laranjeiras e o Sono na sua ágil voadeira. Deixamos combinada a volta para podermos aproveitar o tempo explorando ainda mais a região. Dali ainda saem outras trilhas para a Cachoeira do Sono, a Praia do Antigo, Antiguinho e seguem até o Pouso da Cajaíba, outro lugar que está no nosso roteiro. Adivinhem se já não ficamos loucos para fazer esta trilha, de Pouso até aqui...
Na pontinha da Praia do Antigo, em Parati - RJ
Enquanto a Jane e o Fergal descansavam ao sol, fomos até a Praia do Antigo. A trilha é desgraçada, uma subida íngreme abaixo do sol escaldante... mas lá temos a recompensa. Uma praia praticamente deserta, com mar verde-claro transparente! Lá encontramos um casal de espanhóis e outro casal de brasileiros que estavam justamente terminando esta trilha. Foram 2 dias de caminhada entre Pouso, Martin de Sá e Sono. Já pegamos todas as dicas! Mais 10 minutinhos de caminhada e chegamos à Praia do Antiguinho, cor de água ainda mais impressionante e esta sim, completamente vazia!
Praia do Antiguinho, em Parati - RJ
Final de tarde, hora de encontrarmos o Zé e pegarmos o barco em direção a Laranjeiras. Um passeio gostoso de 15 minutos nos leva direto para onde? Laranjeiras dos Ricos! Nós estávamos achando que íamos parar lá na parte pobre, mas que nada! Chegamos no trapiche do condomínio e de lá fomos no carro da segurança direto para fora do local. Pelo menos conseguimos dar uma espiadela. Foi engraçada a sensação que principalmente a Jane e o Fergal descreviam, parecia que estavam nos levando para fora como indigentes, para garantir que não íamos desviar o caminho! Hahaha! Eu preferi pensar que foi uma carona para encurtarmos a caminhada.
Final de tarde na Praia do Sono, em Parati - RJ, com a Jane e o Fergal
Quando andávamos para pegar a Fiona encontramos o casal de espanhóis, Xavier e Marta, terminando a trilha e seguindo em direção ao ponto de ônibus de Laranjeiras. A Fiona nunca esteve tão cosmopolita como nesta noite! Dois brasileiros, um irlandês, dois espanhóis e dois brasileiros, todos conversando em português, espanhol e inglês e se entendendo perfeitamente! A aventura e o amor pela viagem nos uniu! Ou foi o Sono? Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....
Final de tarde na Praia do Sono, em Parati - RJ
Tartaruga recém nascida caminha para o mar na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A Nicarágua é uma das principais áreas de anidação de tartarugas marinhas da espécie palasma, conhecida por nós como Tartaruga Oliva. Só aqui na Nicarágua são 4 praias que recebem centenas de milhares de tartarugas ao ano para depositarem seus ovos. Após viajarem toda a costa do pacífico, muitas vezes do extremo sul até o Alasca, elas retornam ao mesmo lugar onde nasceram para dar continuação ao ciclo da vida.
Placa informativa na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A caminho da famosa Playa Coco, ao sul de San Juan del Sur está localizada o Refúgio da Vida Silvestre La Flor. Uma praia muito especial que recebe sozinha quase 200 mil tartarugas Paslama por ano.
Registro com contagem de tartarugas na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
A principal época de desova é nos meses de setembro e outubro, se estendendo até novembro, porém durante todo o ano algumas mamães solitárias aparecem na praia para fazer seus ninhos. Durante 6 ou 7 dias ao ano, com a lua no quarto-crescente, acontecem as “arrivadas”, quando milhares de tartarugas chegam em massa, todas em um mesmo dia, para colocar seus ovos na mesma praia. O recorde registrado foram 8 mil tartarugas em um mesmo dia! Segundo os moradores locais, existem fotos da praia La Flor inteirinha preta, coberta por mamães palasmas parindo seus ovos, não se vê um só centímetro de areia!
Tartaruga em pleno "trabalho de parto", na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
O Refúgio da Vida Silvestre La Flor possui funcionários, biólogos e guarda-parques, além de voluntários que ajudam na contagem e diferenciação de espécies, registrando a data de cada ninho para o acompanhamento do nascimento dos pequenos bebês. Um trabalho bem parecido com o do Projeto Tamar no Brasil. Depois de 45 a 60 dias começa a eclosão dos ovos e o nascimento das pequenas tartaruguinhas que irão lutar para chegar ao mar e passar por seus predadores ainda com vida. Suas chances aumentam bastante com a ajuda destes anjos da guarda, que acompanham cada uma delas no seu trajeto para o mar, assegurando que chegarão lá sãs e salvas.
Tartaruguas recém-nascidas e recolhidas na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Além dos predadores naturais, infelizmente ainda estão os seres humanos, que possuem o hábito de se alimentar dos ovos de tartarugas, costume dos antigos na região.
Ovos de tartaruga na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
De San Juan del Sur partem tours quase todas as noites de diferentes hostales e custam em média 30 dólares para o transporte e a entrada do parque. Nós fomos de Fiona e pagamos 10 dólares de entrada cada um. Tivemos muita sorte, pois mesmo estando no mês de dezembro, conseguimos acompanhar a desova de uma mamãe palasma e o nascimento de dezenas de bebês! A melhor hora para assistir as tartarugas é a noite, portanto levem lanternas, de preferência com luz vermelha. A luz branca assusta as mamães e confundem as pequeninas que se guiam pela claridade do mar (reflexo da luz da lua na água), para chegar conseguir chegar até lá. Passamos algumas horas acompanhando e ajudando a mamãe a cavar seu ninho, buscando tartaruguinhas perdidas e colocando-as no caminho correto e observando este espetáculo da vida! É emocionante!
Tartarugas recém nascidas caminham para o mar na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Quando saímos duas outras mamães estavam chegando, uma delas mais receosa, pois a lua cheia deixa a praia muito clara, o que facilita a ação de predadores e as deixa mais confusas, pelo reflexo da luz na areia. Uma delas retorna ao mar e a outra, vagarosamente caminha em direção à areia, buscando um lugar para desovar. Assim a vida continua e no ano que vem a mesma tartaruga estará aqui continuando um dos ciclos de vida mais antigos do planeta.
Logo após colocar os ovos, o duro retorno para o mar, na Reserva del Flor, em San Juan del Sur, na Nicarágua
Maré bem baixa na partida de Tatajuba - CE
Dormimos maravilhosas 12 horas totalmente merecidas depois da longa empreitada de ontem, 40 e poucos quilômetros caminhando de Jericoacoara até Tatajuba. Mas se viemos teremos que voltar, não é? Antes mesmo de sair de Jeri, minha ideia era de retornar de bugue, afinal sabe Deus o estado que minhas pernas iriam estar. Depois de muitos alongamentos e uma noite bem dormida, acordei bem, com um pouco de dor muscular, mas recuperada da dor nas costas de ontem. Um delicioso café da manhã com frutas e pão integral, uma oferta tentadora de carona dos holandeses donos da pousada, mas resolvi voltar andando. Como eles iriam mais tarde, qualquer problema eu subia no bugue no meio do caminho.
Maré bem baixa na partida de Tatajuba - CE
Começamos a caminhada mais tarde, quase 11h da manhã, a maré ainda estava baixa, mas o sol já estava alto. Conseguimos atravessar sem problemas o rio Tatajuba e pé na tábua, acelerar o passo para não pegar a maré muito alta lá no final. Logo no início ganhamos uma companhia curiosa, Felipe, um mineiro que está descendo o litoral de São Luis no Maranhão, até Recife, para o carnaval. Ele está pedalando desde a metade de janeiro e ainda tem pouco mais de um mês para chegar lá. Economista, aventureiro e mais um maluco de plantão, quando soube que o Rodrigo era economista também, tratou de advertir: “Cuidado hein Rodrigo, sempre que um maluco morre nessas aventuras, o cara é economista.” E o pior é que é verdade, vejam as últimas notícias, essa inconseqüência faz parte do perfil! Rsrsrs! Felipe passou sede e fome nos Lençóis Maranhenses e foi “resgatado” por pescadores, que o ensinaram os truques da região, e assim, batendo a cabeça nós vamos aprendendo. Isso é o mais gostoso da viagem, a vivência e o aprendizado, custe o que custar!
Caminhando de Tatajuba para Jeri, antes de chegar à barra do Guriú - CE
Nos separamos, cada um seguindo o seu ritmo, ele de bike e nós a pé. Como sempre a sensação é que a volta é mais rápida. Depois de uma chuvinha refrescante, o sol voltou rachando coco e logo estávamos na barra do rio Guriú. Hoje não tinha jeitinho nem mega voltas que resolvessem a maré alta, tínhamos que pegar a balsa. Um longo caminho aparentemente aterrado, ou melhor, “areiado” dentre árvores de um manguezal, nos levaram direto para as balsas. Nessa estrada tive uma chance de pegar a lotação que faz a linha Jeri – Camocin – Jeri, uma Toyota mais antiga, eles até pararam, mas eu dispensei. Depois fomos descobrir que o amigo do Felipe, outro biker com o pé machucado, estava na mesma lotação!
Camionete atravessa a barra do Guriú - CE
Logo depois da balsa, andamos mais um quilômetro e paramos para um banho de mar, alongamento e uma bolachinha para aplacar a fome. Foi ali novamente que dispensei a carona dos nossos amigos holandeses, que passaram a caminho de Jeri. Realmente fiquei decidida a terminar o caminho a pé. Alguns quilômetros depois, com dor nas costas e a maré cada vez mais alta eu quase me arrependi, mas aí é o que o psicológico tem que ser mais forte, e o marido também para ajudar a carregar a mochila! Rsrs!
Tentando ajudar o balseiro na travessia da barra do Guriú - CE
A paisagem na maré alta fica completamente mudada. Surgem pequenas lagoas doces que eu não havia visto no alto da praia, as pedras e piscinas formadas pela maré desaparecem. A praia fica muito mais difícil de andar, inclinada e com areia fofa, mas temos que andar, parar é pior. Já com fome e cansados começamos a sonhar com aquela barraquinha do seu Manelinho, lá no Mangue Seco. Chegamos lá e vimos um movimento de barcoa, bugues e o Felipe saindo com algo alaranjado na mão, tinha certeza que era uma cerveja gelada, estávamos chegando àquele oásis prometido! Mais dois passos e a cerveja se tornou uma manga e descobrimos que era tudo uma miragem. A manga estava uma delícia, aceitei duas mordidas na manga cultivada com tanto carinho pelo companheiro, mas a cerveja que é bom, nada. O sol queimando até, a maré no ponto mais alto, ele parou, pois se a pé está ruim de bicicleta fica quase impossível.
Aproveitando uma rara e bendita sombra na longa caminhada de Tatajuba para Jericoacoara - CE
Novamente, cada um nos seu ritmo, nós continuamos nossa caminhada, agora restam uns 6 ou 7km apenas para chegarmos ao restaurante mais próximo! Agora o primeiro riachinho que passamos ontem com águas nas canelas, hoje foi com mochila na cabeça. Em compensação, a paisagem aqui deste lado ficou ainda mais bonita, com lagoas cheias e aquelas cenas idílicas de pescadores.
Atravessando, na maré cheia, o último obstáculo antes de chegar em Jericoacoara - CE
Pesca com rede numa das lagoas formadas na maré cheia, próximo a Jericoacoara - CE
Chegamos direto no nosso predileto, o crepe à beira da praia. Hummm, delícia! Creme e duas águas de coco para repor toda a energia, alongamento para garantir que chegarei até a pousada. Levamos pouco menos de 5 horas para chegar de Tatajuba à Jeri, vencido o desafio! A comemoração foi um jantar no Mosquito Blue, restaurante à beira mar, céu estrelado, um risoto quatro queijos regado a um saboroso carmenere, depois de 70 km em dois dias, temos direito! Nossa última noite em Jeri foi tranquila, os bares e caipirinhas estão num ritmo mais tranquilo, as ruas mais vazias, será mais fácil cairmos novamente nos braços de Morpheu, para o nosso merecido descanso.
Fim de caminhada, final de tarde, próximo à Jericoacora - CE
Parque do Peruaçu, próximo à Januária - MG
Acordamos hoje cedinho, tomamos um belo café da manhã, passamos em uma empresa de fotocópias e impressões para imprimir o projeto para levar até o ICMBio. Chegamos lá em Fabião I, comunidade onde fica a sede, as 9h da manhã. A informação que tínhamos é que o Evandro, Chefe do Parque Nacional, estava entre viagens e talvez passasse por lá. Nossa única chance de entrar no Peruaçu é se conseguirmos apresentar o projeto pessoalmente. Como sabíamos que o Parque estava fechado, achamos que valeria a pena arriscar, pois o “não” nós já tínhamos. Esperamos por quase uma hora e assim que Evandro chegou nos atendeu prontamente, mesmo sem termos horário marcado. Super prestativo, conheceu o nosso projeto e recebeu a nossa solicitação formal para entrada no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.
Evandro nos explicou sobre o parque e colocou que o ICMBio sabe que é um patrimônio de todos os brasileiros, mas que o trabalho que eles desenvolvem visa além da preservação do parque, também a segurança dos turistas e cientistas que o visitam. O plano de manejo do Peruaçu já está pronto desde 2005, porém várias questões, inclusive fundiárias, estão em andamento para que ele possa sair do papel e eles não podem arriscar anos de trabalho liberando as visitas turísticas sem infra-estrutura. Sem dúvida um trabalho e tanto para ele resolver sozinho, pois é o único funcionário do ICMBio no parque. Ele possui também um quadro de terceirizados, principalmente os brigadistas que trabalham nessa época de seca, prevenindo e apagando incêndios.
É importante que fique claro, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu está fechado ao turismo, pois ainda não possui infra-estrutura própria. Para conseguir uma liberação especial deve-se submeter um projeto especial de pesquisa à aprovação do ICMBio, com pelo menos 15 dias de antecedência, para que as providências possam ser tomadas. Conseguimos uma autorização para pontos bem específicos do parque, a parte aberta da Caverna do Janelão e os Desenhos, pinturas rupestres. Como exceção ele acelerou a liberação para amanhã, pois entendeu a urgência, já que estamos na estrada com o projeto em andamento.
Até 2014 temos esperança que o Parque Nacional já esteja aberto e bem estruturado, pois só assim fica assegurado que este patrimônio será preservado para todos! O ano da Copa promete!
Formações no salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Temos uma certa fixação por cavernas. Secas ou molhadas das mais diversas origens e com as mais variadas formações, cavernas são um ambiente tão diferente do resto do mundo. Um lugar onde não há luz e muitas vezes sim, ainda há vida. Um lugar onde quase nenhum ser humano ainda pisou e que nos faz sentir mais exploradores, mais aventureiros.
Chegando ao Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Aqui nos Estados Unidos já estivemos no maior sistema de cavernas do mundo, a Mamooth Caves. Uma caverna imensa, com mais de 627 km explorados, a maioria deles sem nenhum espeleotema, mas com muita história. Aqui no Novo México já estávamos de olho há bastante tempo em um tal parque nacional próximo à fronteira com o Texas, o Carlsbad Caverns. Foi, na realidade, super curioso, pois o grande parque nacional desta região entre o Novo México e o Texas, conhecido e procurado por todos, é o Big Bend, com paisagens do Deserto de Chihuahuan, cânions de granito esculpidos pelo Rio Grande na fronteira com o México e os Estados Unidos. Nós, talvez por já termos visto outros cânions e desertos pelo país, fomos atraídos pelo menor e curioso parque das cavernas.
Formações no salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
O mundo subterrâneo, intocado e cheio de aventuras aqui nos Estados Unidos já é bem mais “civilizado”. Um elevador leva os 400 mil turistas que visitam as cavernas todos os anos, 228m abaixo da terra, passando por uma cafeteria, banheiros e toda uma área de espera, com piso de concreto e iluminação artificial. O ambiente natural foi totalmente modificado, é quase (totalmente) chocante. Por outro lado o acesso a todos os turistas é facilitado, às pessoas com necessidades especiais, terceira idade e aos menos aventureiros, não importa, a caverna é um ambiente totalmente controlado e seguro para todos.
O civilizado salão de entrada da caverna no Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
A iluminação artística feita no seu interior nos dá melhor noção da sua grandeza. A Big Room, principal área de visitação da Carlsbad Caverns, possui uma extensão de 1.220 metros 191 metros de largura e 78 metros de altura! Estas dimensões a colocam no ranking como a terceira maior câmara subterrânea da América do Norte e sétima do mundo!
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
O seu tamanho é impressionante, mas o que nos faz perder a noção da vida e da hora é a imensa quantidade de formações que a caverna possui. Estalactites e estalagmites, colunas, cortinas, travertinos, pérolas e o que mais imaginarmos pode ser encontradas nas paredes, piso e teto desta caverna. A iluminação nos direciona para as formações mais bonitas, sendo um deleite apenas observar a obra natural maior da natureza, sem se preocupar em ler placas, ver detalhes geológicos ou nem mesmo a história que se passou dentro dela.
O belíssimo e enorme salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Iluminação do salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Detalhe de uma das mais belas colunas da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Ali a artista maior é a água, que desce lentamente pelos poros da rocha calcária e esculpe há milhares de ano cada um dos espeleotemas que adorna a Big Room. Quando entramos em uma caverna é que nos damos conta da loucura que é a crosta terrestre. Um queijo suíço todo perfurado abaixo de nós, alguns desses “buracos” nós encontramos uma entrada, um acesso, outros deles existem lá, calados e isolados, e nós simplesmente não temos ideia. Será que existe alguma outra vida lá? Micróbios levados pela água, bactérias, micro-organismos que vivem em ambientes totalmente hostis... só Deus sabe.
Turistas caminham pelo salão principal da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Durante a tarde voltamos aos subterrâneos da Carlsbad Cave para visitar o seu piso inferior, que só pode ser visitado em um tour especial, acompanhado por duas simpáticas rangers em um grupo de 10 a 15 pessoas.
Turistas ficam maravilhados com a formação de pérolas no solo da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Neste tour temos um pouco mais a sensação de exploradores, sem luzes e sem concretos, apenas algumas tábuas e pontes de proteção que preservam alguns dos ambientes mais frágeis da caverna. Seguimos vários degraus abaixo, passando por corredores e salões maravilhosos, incluindo um imenso berçário de pérolas de rocha, um dos mais impressionantes que eu já encontrei nestas andanças pela América.
Formações de pérolas no solo da parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
No alto o raso cânion e seus desertos nos fazem pensar como em uma paisagem tão árida foi possível um dia correr um rio caudaloso, que além de esculpir o cânion, foi capaz de construir galerias subterrâneas tão imensas. É espantoso imaginarmos que sob estas terras existem ainda 117 cavernas fechadas ao público, como a Lechuguilla Cave, uma das mais decoradas de todas elas, com flores de aragonita e cristais raríssimos.
Lechuguilla Cave, aberta apenas para felizardos pesquisadores, no Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
O parque também é cenário para um dos eventos mais incríveis do planeta: a migração em massa dos morcegos mexicanos (Mexican Free-tailed bats), que deixam a caverna no final do dia em busca de insetos. A melhor época para vê-los é entre os meses de Julho e Agosto, mas a temporada se estende de Abril até Outubro, chegando a reunir grupos de mais de 700 mil morcegos em uma única revoada.
O solo desértico do Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
O Carlsbad Caverns ainda é um parque a ser explorado, espero que com o tempo e novas pesquisas outras cavernas sejam abertas a visitação e possamos nos unir aos espeleólogos para explorar mais profundamente este vasto e desconhecido mundo subterrâneo.
Visitando a caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos
Degustação de cervejas em bar de Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Há 5 anos estivemos visitando nossos primos Anita e Larry em Princeton. Naquele setembro de 2007 a Luiza já estava interagindo bastante super fofa com seu sotaque americano. Tomaz estava aprendendo a falar, mas ainda nos olhava muito desconfiado, “quem são esses estranhos na minha casa?” e a pequena Nina havia acabado de chegar na família Chevres.
A Nina, caçula da Anita e do Larry, devora seu frango em Princeton Junction, em New Jersey - EUA
Depois disso nos encontramos novamente algumas vezes nas férias de julho na fazenda, acompanhei as peripécias da família pelas lindas fotos da mamãe fotógrafa (salve o facebook!), mas estava super curiosa para encontrá-los novamente.
Fotografando a "comida brasileira", em Princeton Junction, em New Jersey - EUA
Anita e Larry nos levam para night em Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Depois de tantos planos e mais de 80 mil quilômetros finalmente chegamos à Princeton Junction, que além de ser nossa base para explorações na região, vôos de um dos hubs mais baratos da América do Norte, é um jeito de matarmos um pouco as saudades da família.
Chegando à casa da Anita e do Larry em Princeton Junction, em New Jersey - EUA
Almoço em família na casa da Anita, com o Tomas, Luiza e Nina em Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Princeton Junction fica há uns 15 minutos da cidade de Princeton, sede de uma das mais importantes Universidades dos Estados Unidos. Por aqui passaram 35 ganhadores do Prêmio Nobel, 3 presidentes americanos dentre eles o querido John F. Kennedy e mais um punhado de estudantes e novos empreendedores de todo o mundo.
Deliciosa cerveja em Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Tiramos o dia para organizar as malas para a nossa viagem ao Caribe, dentre as tarefas do dia fui resolver um assunto feminino que quase nunca falo aqui no blog, depilação. Depois que mulher acostuma é difícil migrar para a gilete... estou às voltas com isso tentando me adaptar dependendo do lugar por onde passamos. Assim, chegando aqui, peguei a dica com a prima “local” de um lugar para resolver esse problema e fui à depiladora. Não foi a mais cara dos EUA, mas sem dúvida foi a mais cara da minha vida! Primeira e última vez! Vou ter que continuar a busca por um novo método efetivo, prático e mais barato. Se tiverem dicas eu estou aceitando! Rsrs!
Chegando à New Jersey, nos Estados Unidos
No início da tarde tivemos um almoço delicioso preparado pela Anita, comida brasileira com tempero caseiro, acompanhado de boas histórias da família. Uma tarde de babysitter enquanto Anita fazia compras e a noite foi em uma cervejaria no centro de Princeton. Fizemos a rodada de degustações das cervejas artesanais com sete diferentes sabores de café ao bacon e provei a criatividade na cozinha americana vegetariana em um hambúrguer de cogumelo.
Comidinha brasileira! (em Princeton Junction, em New Jersey - EUA)
No dia seguinte continuamos nas arrumações, brincando com as crianças e a Peper, nova integrante canina da família, enquanto o Rodrigo foi intimado para uma corrida com o Larry. Esta noite começa a nossa quarta etapa de viagem pelas ilhas do Caribe, em um trem para o JFK Airport em Nova Iorque. Embarcamos as 7h30 da manhã para 35 dias em terras caribenhas em plena temporada de furacões, nos desejem sorte! Uma boa viagem para todos nós!
Esperando o trem para Nova iorque na estação de trem de Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Impressionada com o tamanho de uma das redwoods do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As Redwoods são as árvores mais altas do mundo, podendo atingir mais de 100m de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares! Elas são tão altas que não conseguimos enxergar o topo da árvore! Lá no alto, em sua copa, vivem salamandras e minhocas, arbustos e até outras árvores como a imensa sitka spruce.
Prestando reverência às redwoods com 100 metros de altura no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Estas gigantes só podem ser encontradas aqui na costa da Califórnia e são as únicas representantes de uma floresta que um dia cobriu todo o hemisfério norte. Não se sabe ao certo por que deixaram de existir em outros lugares, mas sabe-se que dos mais de 8 mil km2 de florestas de redwoods que existiam na costa oeste, foram desmatadas 95%, restando apenas 473 km2. 77% das redwoods existentes hoje estão protegidas, os outros 23% ainda podem ser derrubadas, pois estão em propriedades privadas ou florestas nacionais.
Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Comparadas com as gigantes sequoias, as redwoods são finas e altas. As sequoias ganham em volume, com troncos muito mais grossos, porém as primas do litoral as ultrapassam em altura. Curioso é que olhando de fora as sequoias é que são vermelhas, enquanto as redwoods (literalmente “madeira vermelha”) tem a casca marrom acinzentada. Sua casca chega a 30cm de espessura e é a sua principal protetora, resistente a insetos, fungos e até a incêndios.
O "pequeno" tronco de uma redwood, no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As folhas de uma redwood, uma sequoia e uma "parente" chinesa, no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As redwoods se desenvolvem melhor em vales e planícies úmidas, ao lado de rios ou locais que sofrem inundações, pois além de receber uma grande quantidade de água, elas estão mais protegidas do vento salgado que sopra do Pacífico. Quanto mais elevado ou seco o terreno, menores são as árvores, que então crescem até a média de 60m de altura.
Um magnífico exemplar de Redwood, no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
História
Durante a colonização da costa oeste a madeira era matéria prima fundamental para a sobrevivência dos que chegavam. Construção de casas, barcos, aquecimento, preparo de alimentos, enfim, ela era usada para tudo. As Redwoods logo ficaram conhecidas por sua durabilidade e maleabilidade, sem falar na quantidade de madeira que uma única árvore fornecia. Em 1849 o ouro foi descoberto na Califórnia e isso acelerou ainda mais o processo de devastação das florestas de Redwoods, que se tornavam um material ainda mais caro na mão das madeireiras. Em 1853, nove serralherias estavam em funcionamento em Eureka. A fraude na ocupação de terras públicas era comum, passando as áreas para domínio particular sem o conhecimento do estado e desaparecendo com imensas florestas das árvores gigantes.
Trilha no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
O desaparecimento das redwoods começou a preocupar parte da população e principalmente a comunidade científica da época. As árvores, além da sua beleza natural, eram um dos mais vigorosos links com o passado. Algumas delas chegam a mais de 2.000 anos de idade, tão antigas quanto o Império Romano! Assim, no ano de 1918, surgiu a Save the Redwoods League, uma organização sem fins lucrativos que através de doações e alianças com o estado conseguiu adquirir as terras para protegê-las. A maioria dos bosques de redwoods adquiridos está na costa norte da Califórnia, foram mais de 100 mil acres comprados entre 1920 e 1960, hoje transformados nos Parques Estaduais Jedediah Smith, Del Norte Coast, Prairie Creek e Humboldt Redwoods State Park.
Uma das maiores redwoods no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
A área é uma imensa colcha de retalhos de áreas preservadas entre parques estaduais e nacionais, formando o Redwoods National and State Parks. Os heróis da Liga Salvem as Redwoods continuam seus trabalhos até hoje e administram as áreas em conjunto com o parque nacional.
Roteiro
Rota Redwoods
Vindos do Oregon, foi pelo Jedediah Smith State Park que começamos a nossa visita. Uma estradinha de terra com pouco menos de 20 km cruza o parque entre as árvores gigantes, que guardam silenciosas o tempo e as histórias que presenciaram por mais de um milênio.
A Fiona fica minúscula perto das árvores gigantes do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Na primeira noite na região dormimos em Crescent City, uma cidade com várias opções de acomodações, Inns, B&Bs e os mais insossos, mas práticos, motéis americanos. Foi em um desses que dormimos depois de assistir à emocionante apuração dos votos da eleição americana na CNN. Dá-lhe Obama!
Litoral em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
No dia seguinte rumamos ao sul passando pelo Del Norte Coast Redwoods State Park e fizemos algumas trilhas no Prairie Creeke no Humboldt Redwoods State Park, onde encontramos os maiores e mais antigos exemplares das árvores. O Lady Bird Johnson Grove possui uma das trilhas mais populares da região, quase toda plana, de fácil acesso e belíssima! Este bosque foi nomeado em homenagem à primeira dama americana que lutou por causas ambientais.
Caminhada no parque das árvores gigantes, o Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
As medidas de uma das redwoods do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Aproveitando ainda a última hora de luz, fizemos um detour para um mirante na Patrick J. Murphy Memorial Drive. O mirante está exatamente acima da foz do rio Klamath, onde está a Klamath Beach e uma bela vista do Pacífico!
Fim de tarde numa linda praia no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
O sol dourava o mar no fim de tarde enquanto nossos olhos ávidos tentavam encontrar as baleias cinzentas. As Baleias Cinzentas migram por mais de 16 mil km ido e vindo entre o México e o Alasca, passando pela costa da Califórnia. A melhor época para encontrá-las por aqui é entre os meses de Dezembro e Janeiro e depois entre Março e Abril.
Encontro do rio com o mar no litoral do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Finalmente chegamos a Arcata, cidade alternativa de democratas felizes pela eleição do Obama. A praça central lembra as cidades de colonização espanhola, diferente da maioria das cidades americanas. Jantamos no japonês da praça e ainda tomamos a Guinnes mais baratas da viagem, no bar e pizzaria perto do nosso motel, 2 dólares por pint!
Elks machos treinam suas habilidades de luta no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
No dia seguinte, ainda antes de seguirmos viagem, conseguimos encontrar o casal da Lost World Expedition, Luis e Lacey, americanos que estão rodando as Américas morando na sua Toyota Landcruiser 1987. Hoje o carro está no Chile, enquanto o casal aproveitou a viagem de visita à família, para dar uma trabalhadinha antes de continuar a viagem.
Encontro com o casal da expedição Lost World, em Arcata, na Califórnia, nos Estados Unidos
Nos encontramos no café mais gostoso da cidade e obviamente o papo se estendeu, com muitas histórias para contar, truques e perrengues para compartilhar. Eles retornam para o Chile no começo de Dezembro e logo logo estarão chegando ao Brasil! Como eles estão com menos pressa, espero ainda encontrá-los aí pela América do Sul. Boa viagem amigos!
Fim de tarde em mirante para ver baleias cinzentas no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos
Brincando com a Luiza na piscina, em casa de amigos em Curitiba, no Paraná
Curitiba, meu lar. Cidade em que nasci e onde passei 28 anos da minha vida, onde vive a maior parte da minha família, amigos e conhecidos. Cidade que conheço de cor, seus sotaques e suas tribos, piadas, personagens, músicos e atores. Bariguis e Tanguás, a Visconde, Brigadeiro ou Coronel, suas vilas Rex, Lindóia e Guaíra, restaurantes e cada mesa dos botecos mais tradicionais.
Araucárias, a cara de Curitiba, no Paraná
Curitiba está mudando, um processo que vem acontecendo há muitos anos, muita gente nova que veio chegando e emprestando o seu empreendedorismo, seu jeito mais aberto e alegre para nós, curitibanos, ditos tão fechados. Enquanto isso os curitibanos saíram, viram o mundo, se abriram e voltaram, trazendo consigo a paixão por sua cidade, por sua cultura e o melhor sotaque paranaense que poderíamos encontrar. A nossa terra de imigrantes e tropeiros continua recebendo imigrantes de todos os lugares e de braços abertos vai se renovando para abriga-los, abrigar-nos e nos fazer feliz.
Brincando com a sobrinha em Curitiba, no Paraná
É claro que a cidade tem muitos problemas, afinal, quem não tem? As reclamações vem de todos os lados, falta cultura, falta estrutura, falta, falta, falta. Depois de andar por mais de 700 cidades da América digo a vocês, reclamar é da natureza do ser humano, somos insatisfeitos natos, mas reclamamos de barriga cheia! Curitiba está fervilhante, com muita cultura, muita estrutura e muita moral. Basta se informar e visitar a cidade com o mesmo olhar curioso de uma criança e você verá.
A Luiza, nossa linda sobrinha, em Curitiba, no Paraná
O meu primeiro dia da cidade já foi de redescobertas, a Rua 24 horas voltou, com o mesmo ar de quando foi inaugurada, limpa, organizada, quentinha e 24 horas! As muitas mudanças nas mãos das ruas me deixaram meio tonta, mas os endereços eram os mesmos e não tem nada melhor do que saber exatamente aonde você está indo... Digo, saber mesmo! Fui à minha médica ginecologista, fiz uma revisão na minha dentista e pedimos a nossa pizza favorita.
Balada com a mãe e amigas em Curitiba, no Paraná
A temida cirurgia do Ro foi postergada, no lugar, uma paliativa para tirar a infecção do siso e dar mais um tempo para terminarmos o que começamos. Cirurgia chata, mas a recuperação dele foi ótima, mais rápida do que imaginávamos. Fiz suquinhos, vitaminas e sopinhas, arrumei a cama todos os dias, lavei roupa, lavei louça, guardamos o carro na garagem e fomos naquele quilinho gostoso, baratinho, de comida bem caseira. Afinal enquanto o Ro se recuperava e cuidava da nossa vida virtual, alguém tinha que cuidar da vida real!
Trabalhando e fazendo gelo no rosto, na recuperação da cirurgia no maxilar, em Curitiba, no Paraná
Compromisso maior para mim, porém, era cuidar de outra coisa, aquela coisa que alimenta não apenas o corpo, mas o espírito, alimenta a alma.
Alimentei a alma com a família, curtindo cada momento junto com minha Vó Odila de 83 anos! Ela sempre me pergunta as mesmas perguntas e eu, com gosto, respondi a todas elas, todas as vezes, enquanto tentava lhe introduzir ao mundo digital em meu ipad. Suas mãos já não são ágeis e hábeis para folhear um livro, mas quem sabe um toque no e-book não lhe será melhor companhia?
Revendo a vó Odila, em Curitiba, no Paraná
Minha mãe trabalhando e correndo como sempre e ainda arranjando tempo para cuidar de mim e do genro operado, fazer sopinha e organizar a minha festinha de aniversário. Sim! 32 anos! Acabo de cumprir no último 20 de setembro, sempre comemoro com a Revolução Farroupilha, aquela data que ninguém entende direito por que os gaúchos comemoram... interessa que a festa é bonita e as prendas bem rodadas.
Hora de cortar o bolo, na festa de aniversário, em Curitiba, no Paraná
Com os tios, na festa de aniversário, em Curitiba, no Paraná
Com a madrinha tia Ilze, na festa de aniversário, em Curitiba, no Paraná
Há 3 anos eu comemorava meu aniversário longe deles e dessa vez pude correr para os braços da minha irmã, mãe e pai, abraça-los sem medo e lhes dizer olhando no olho: eu te amo.
Reencontro com a mãe em Curitiba, no Paraná
Revendo o pai, em Curitiba, no Paraná
Meu pai também sempre muito atarefado, entre o hospital e o consultório encontrou tempo para me paparicar, ir ao mercado e ajudar a organizar o churrasco para os amigos. Ainda alimentando a alma de família, minha irmã tirou férias para poder se dedicar e ter mais tempo para mim! Não é demais?!
Reencontro com a irmã em Curitiba, no Paraná
Espírito evoluído mesmo, eu não consigo imaginar tirar férias sem viajar... mas ela não precisa disso, ela quer mesmo é ter 6 filhos, ser mãe e esposa, curtir a família e ser feliz! Enquanto isso ela trabalha loucamente, faz uma pós graduação, cuida do marido, da casa e do seu maior tesouro: Luiza!
A Dani e a Luiza, em Curitiba, no Paraná
Luiza é a minha sobrinha, motivo da nossa primeira passagem por Curitiba, já no meio dos 1000dias em Julho de 2010, quando ela deu seu primeiro grito de liberdade na maternidade da cidade. Depois disso voltamos mais uma vez vindos do norte e indo para o Paraguai, rumo à Panamericana e ao Alasca! Ela completava 1 ano de vida e desde então só conheceu sua Tia Ana e seu Tio Ro pelo computador.
Buscando a Luiza na escola, em Curitiba, no Paraná
Era chegada a hora da Luiza descobrir que essa tia que vive dentro do computador é de carne e osso e que também pode pegá-la no colo, voar de aviãozinho, jogar bola, brincar de esconde-esconde e pega-pega.
Brincando com a Luiza na piscina, em casa de amigos em Curitiba, no Paraná
Brincando com a Luiza, em Curitiba, no Paraná
Esperta, carinhosa, inteligente e totalmente desenvolta, Luiza com apenas 3 anos já fala de tudo, arranha inglês que aprendeu cantando as músicas da Adele e sabe se divertir até em russo assistindo a um desenho que ela encontrou no youtube (!?!). Luiza certamente é uma Cristal (se é que esse negócio existe mesmo). Sou suspeita para falar, tia coruja confesso, vai ser difícil encontrar uma criança para superá-la. Primeira sobrinha, primeira neta dos dois lados da família, do pai e da mãe, vai ser difícil não estragar essa menina! Rsrs!
Sanduíche de Luiza, em Curitiba, no Paraná
Luiza, sempre muito fotogênica, em Curitiba, no Paraná
Quando o assunto é alimentar a alma com os amigos, não posso reclamar. Foram muitos encontros para conseguir ver os mais próximos, mais antigos, mais mais. A turma do colégio em um churrasco na piscina, a turma da faculdade que nem estudou comigo, mas me adotou quando o santo bateu e até hoje somos cúmplices das loucuras destes tempos. Noite de fogueira na casa-sítio da Cris e do Ale, com a companhia do Monstro Animal André, nosso amigo sempre jovem e antenado.
Reencontrando amigos em Curitiba, no Paraná
Com a amiga Cris em Curitiba, no Paraná
Com o grande amigo André, na casa da Cris, em Curitiba, no Paraná
Uma sempre aconchegante fogueira, na casa de amigos em Curitiba, no Paraná
Um almoço com Luiz, meu amigo e companheiro de viagem da Bolívia e Perú, um jantar com os ex-colegas de trabalho do Rodrigo, mas sempre amigos! Uma tarde ensolarada no Barigui com o Gustavo, que acabava de voltar de um tour com o 1000dias por Cusco, Machu Picchu e Choquequirao, esse nem tinha saudades ainda! Rs! Um jantar com minha irmã de vida, Val e seu amor Fernando e um almoço que de tão gostoso virou jantar com nossos compadres casadoiros Rafa e Lau, que acabaram de retornar da África e Oceania com histórias e experiências incríveis.
Reencontro com amigos numa pizzada na casa do Pasini e da Fe, em Curitiba, no Paraná
Com a Laura e o Rafa e a Val e o Fernando, na festa de aniversário, em Curitiba.
Gato descansa tranquilamente nas costas do Rafa na nossa visita a casa deles em Curitiba, no Paraná
Recebendo turma de amigos em Curitiba, no Paraná
Em meio à tudo isso ainda achei uma horinha para alimentar a alma de arte e assistir ao show do Rubi, um intérprete visceral, de corpo, alma e pezinhos dançantes no palco do Teatro da Caixa. André, o Monstro Animal, foi quem deu a letra e minha mãe nos acompanhou. O cara tem uma voz retumbante, uma onipresença de palco absurda, interpretando uma seleção ímpar da música popular brasileira, como um novo Ney Mato Grosso com pitadas de Maria Betânia. O principal ingrediente neste sucesso é a paixão com que canta e interpreta, fazendo a plateia sentir cada verso, cada acorde e cada som. Rubi, fiquei apaixonada.
Um verdadeiro show de música e performance de Rubi (Foto de Divulgação - Internet)
Em algum momento passamos da plateia para o palco, o palco de uma rádio, tudo bem, somos mesmo um pouco tímidos. Fomos ao Canal da Música participar do programa Nossa História, da Rádio Educativa-Paraná AM 630 a convite da querida Zélia Sell. Logo após a história e saga da família Hauer, eu e Rodrigo contamos um pouco da história dos nossos 1000dias por toda América.
Dando entrevista à rádio de Curitiba, no Paraná
Com a Zelia Sell, depois da entrevista para a rádio, em Curitiba, no Paraná
Ainda no último minuto do segundo tempo tivemos a grande surpresa da visita do amigo jornalista e escritor Joca Oeiras! Joca é paulista, mas oeirense de coração, marcou nossa passagem pela antiga capital do Piauí! Obrigada pela surpresa Joca, espero o novo livro que está organizando para me deliciar!
Reencontro com o Joca Oeiras em Curitiba, no Paraná
É, não tem coisa melhor do que poder alimentar a alma com a família, com amigos e com arte. Alimentar a alma com a nossa terra natal, o nosso lar.
A Cachoeira do Caracol, em Canela - RS
A cidade de Canela, na Serra Gaúcha, possui atrativos diversos, dos mais criativos parques e museus temáticos, passando por uma ampla rede de restaurantes e lojas. Entretanto o que nos traz a Canela não é o Mundo a Vapor e as fantásticas fábricas de chocolate, mas sim o espetáculo que a natureza dos seus arredores forma nos nos Parques do Caracol e da Ferradura.
As corredeiras no parque do Caracol, em Canela - RS
Um dos mais conhecidos atrativos turísticos da cidade, a Cascata do Caracol é formada pelo arroio de mesmo nome, que despenca de 131m de altura de um paredão basáltico. Recebe milhares de visitantes durante o ano todo, o que fez a sua estrutura estar cada vez mais preparada para todos os tipos de turistas. O passeio inclui trilhas ecológicas, mirantes, trenzinhos, elevador panorâmico e toda aquela infra adjacente, lojinhas de couros, casacos de lã, artesanato, etc. Uma das trilhas mais conhecidas é a escadaria de 927 degraus que nos leva à base da cachoeira. Infelizmente estava fechada para manutenção, ficamos sem nosso workout diário.
Visitando o parque do Caracol, em Canela - RS
A próxima parada foi o Parque da Ferradura, onde o rio em curva forma um maravilhoso cânion. Os três mirantes estrategicamente colocados no mais alto dos paredões, com 400m de altura de modo que um não veja o outro. Para as mais dispostos, há uma caminhada longa até a cachoeira do Arroio do Caçador, descida íngreme seguido de uma subida “agradável” pela mesma ladeira. Avistamos a cachoeira do alto e acabamos deixando esta para depois.
O belo canyon da Ferradura, em Canela - RS
A fome já estava batendo e aproveitamos para conhecer o famoso apfelstrudel do Castelinho Caracol, museu que remonta uma casa de imigrantes do início do século e possui como diferencial essa torta de maçã à moda alemã. O strudel é tão famoso que você não precisa pagar os 8 reais de entrada no museu se sua intenção é provar a torta. Eles a embalam para viagem e entregam ali mesmo, na porta do castelinho.
O Castelinho, em Canela - RS
Nunca fui muito fã de tortas de maçã (prefiro bananas), portanto o meu almoço ainda teria que se resolver depois em um delicioso café e livraria, o Empório. Canela cresceu muito, diversas lojas de artigos de inverno, lãs, queijos e vinhos. Ainda assim a sua famosa Igreja de Pedra está lá, linda e formosa, decorando a praça principal.
A famosa Catedral de Pedra, em Canela - RS
O final da tarde foi na vizinha Gramado, com um passeio pelo Lago Negro que marcou a minha primeira viagem à Gramado. Eu era pequena, tinha apenas um ano de idade e fui engatinhando direto para o lago. Salva pela mamãe que me segurou pelo pé e teve o momento registrado na foto! Rsrs!
O Lago Negro, em Gramado - RS
Fico impressionada como a cidade cresceu! Quando estive aqui há 6 anos ainda não existiam parquímetros e zona azul (ou Estar para os curitibanos), a cidade está maior e mais organizada. O frio e vento gelado estavam impossíveis, precisei de meias e complementos para agüentar andar na cidade durante a noite. Caminhamos pela avenida principal, visitamos a Feira do Livro na rua coberta. Fechamos a noite com o imperdível jantar no Chalet de Foudue, com um foundue especial de queijos maasdam e gorgonzola, hummm, espetacular! Não importa em que restaurante, mas aqui na serra este é um prato obrigatório!
Delicioso fondue de queijo na noite fria de Gramado - RS
Gramado e Canela são sinônimos de Serra Gaúcha e embora exista muito mais na região, continuam sendo destinos obrigatórios com direito a repeteco! Tanto pelas novidades que aparecem todos os anos, quanto pelas mesmas belezas que estão lá desde que o mundo é mundo.
A famosa Brooklyn Bridge, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Nova Iorque é composta por 5 principais distritos, além da famosa Ilha de Manhattan, o Bronx, o Queens, o Brooklyn e Staten Island são as outras subprefeituras que formam a cidade mais populosa dos Estados Unidos e terceira maior cidade da América, depois de São Paulo e Cidade do México. Esta é uma das maiores tristezas em ficar aqui apenas três dias nesta megalópole, pois cada uma dessas regiões possui um mundo de atrações, culturas, ruas, restaurantes e coisas para serem descobertas. Mesmo sendo a segunda vez na cidade, eu nunca consegui sair de Manhattan, pois só esta ilha já é um universo imenso a ser explorado.
Skyline do Brooklyn, vista do sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
O nosso primeiro dia foi na região do Central Park, Upper East Side, Times Square, Midtown Manhattan e Chelsea. Hoje era o dia de irmos para o sul e explorarmos a região de Lower Manhatan e do Village.
À bordo do ferry de Staten Island, observando a skyline de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Começamos o dia de hoje com um passeio diferente sugerido pelo pessoal do nosso hotel, by the way, super prestativos e bem treinados. Caímos no Westin Times Square pelo Priceline, bem localizado e super chiquetoso. Mas o cara captou o nosso estilo de viagem e já deu as dicas mais alternativas de passeios, bares e lugares.
caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Primeira parada: Ferry Station para Staten Island. Cruzamos de ferry a Upper New York Bay, na ponta sul da ilha de Manhattan. O ferry gratuito tem uma das melhores visões do skyline da região da Wall Street.
A skyline de Manhattan, vista do ferry para Staten Island, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Como não tínhamos tempo de descer e explorar o novo distrito, fizemos meia volta na estação e pegamos o mesmo ferry de volta. Todos são obrigados a descer do ferry e entrar novamente na entrada oficial, sem custo e sem stress! Só um pouco de paciência, pois a mamata já foi descoberta por todo mundo!
A Ana disputa espaço no ferry de Staten Island para poder fotografar o sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
No caminho além dos belos arranha-céus da Big Apple, vemos ao longe a Brooklyn Bridge e ainda temos uma vista privilegiada da Estátua da Liberdade. E o melhor, sem custo e sem precisar entrar em esquemões turísticos.
A Estátua da Liberdade, vista do ferry de Staten island, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Retornamos à Wall Street e caminhamos entre os prédios gigantescos até os edifícios históricos mais antigos do centro financeiro, o New York Stock Exchange e o Museum of American Finance.
A sede da Bolsa de Valores de Nova Iorque, nos Estados Unidos
Continuamos a caminhada, novamente em direção ao rio e aos piers e encontramos o novíssimo Pier 16, vizinho do famoso e comercial Pier 17. Uma reforma colocou em uso o antigo píer que se tornou um novo ponto de encontro para os jovens nova-iorquinos. Engravatados trazem suas saladas e sandubas, se espalham pelas cadeiras e pufes com uma ótima vista para o rio e fazem seu intervalo no novo refúgio urbano em meio à loucura de Wall Street.
O agradável Pier 15, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Entre o Píer 16 e o Pier 17 encontramos uma exposição de navios antigos que ajudam a remontar parte da história da marinha mercante de Nova Iorque. Aos que gostam de gift shops e muvuca turística o Pier 17 é o local perfeito. Nós passamos direto e reto pela ciclovia até chegar ao melhor ponto para vermos e fotografarmos a Brooklyn Bridge. Uma das mais antigas pontes suspensas dos Estados Unidos, sua construção foi terminada em 1883 e a o seu maior vão possui 486,3m! Uma obra de engenharia impressionante, mas que, como se pode notar, também precisa de alguns retoques esporádicos.
A famosa Brooklyn Bridge, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
O plano era atravessar a ponte e pelo menos colocar os pés no Brooklyn Bridge Park, um restaurante com uma boa vista de Manhattan, mas o nosso próximo programa tinha horário marcado e não poderíamos nos atrasar.
Pausa para descanso em frente ao pier 17, no sudeste de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
O 9/11 Memorial, ou Memorial de 11 de Setembro, já foi aberto à visitação em 12/09/12 e está localizado no mesmo local onde ocorreu o fatídico ataque às Torres Gêmeas em 2001. As visitas são gratuitas e muito concorridas, por isso a principal dica é agendar a sua visita no site da organização 9/11 Memorial (http://www.911memorial.org/) e ter os seus tickets em mãos.
Muitas obras no Ground Zero, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Toda a área está em obras e onde antes ficava o complexo das Torres Gêmeas estão sendo construídas novas torres comerciais, um hub de transporte urbano (metro) e um Performing Arts Center. No local exato onde estavam as duas torres, hoje estão duas piscinas imensas com um fundo infinito e cascatas que parecem chorar infinitamente a tragédia que aconteceu aqui. O projeto foi concebido sobre o espírito de esperança e renovação, com a água como elemento símbolo.
Piscina construída onde antes estava a Torre Norte do WTC, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Nos parapeitos destas piscinas estão inscritos em bronze o nome das quase 3.000 vítimas dos ataques terroristas de 1993 e 2001 às Torres Gêmeas, ao Pentágono e do vôo que teoricamente iria atingir a Casa Branca.
Visita ao Memorial do WTC, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
A “árvore sobrevivente” é a única forasteira entre os mais de 400 carvalhos brancos plantados ao redor das piscinas. Ela foi encontrada dentre os escombros e salva pelos bombeiros e trabalhadores. Após o resgate a replantaram em outro local até que se recuperasse para voltar ao seu solo de origem. Um símbolo de força e resistência dentro do memorial.
A única árvore sobrevivente do ataque de 11/09 em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Ao lado das piscinas o Memorial Museum está terminando de ser construído e mostrará a história dos atentados, homenageando todos que passaram por aqui. O memorial está maravilhoso, mas é uma visita pesada, principalmente para os que perderam alguém próximo durante o atentado. Muito curioso era prestar atenção nas crianças, que são sempre uma referência de tempos futuros. As crianças perguntavam aos seus pais por que havia um memorial e o que havia acontecido ali. Um fato tão marcante que para elas já virou história e o memorial logo será mais um dos tantos erguidos aos que perderam a sua vida por uma guerra na história americana.
Construção da nova torre do WTC, em Manhattan, Nova Iorque, nos Estados Unidos
Saímos do Memorial pensativos, relembrando o momento em que soubemos do ataque, como acompanhamos o desenrolar da história e contando as histórias de amigos que haviam estado, de alguma forma, próximos ao incidente. Completamente esfomeados caminhamos pelo Soho e Tribeca procurando um local para comermos e digerirmos toda essa emoção. Os prédios antigos, galerias de arte e restaurantes bistrôs e cafeterias pareciam nos seduzir pelas ruas de um dos bairros mais alternativos da ilha de Manhattan.
Caminhando pelo Soho, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Caminhando pelo Soho, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Não fosse um encontro marcado com amigos lá perto do hotel, eu convenceria o Rodrigo de passar a noite perambulando pelos bares e clubs aqui da região. A caminho do metro passamos ainda pela Washington Square, com um belo fim de tarde, música e xadrez dos amigos da melhor idade.
Músico na Washington Square, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Um dia intenso de atividades para uma visão, que eu chamaria de no mínimo, superficial, da Lower Manhattan. Nem morando em Nova Iorque seria possível acompanhar a sua evolução na mesma velocidade. Ainda assim, algo me diz que um dia voltaremos por mais tempo.
A bela Washington Square, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
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