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1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos...
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Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
Oi! Parabéns pelo site. Desde pequeno meu pai me chamava de Xalaco! Meu ...
Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
São quatro as espécies de macaco que habitam o Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Nós tivemos uma certa dificuldade de encontrar informações das formas de transporte e de como chegar a Estación Sirena, no coração do Parque Nacional Corcovado. Dirigimos até Puerto Jiménez e lá encontramos um anjo, o guia local Nito, que nos deu a letra completa de como seria mais fácil, prático e barato para chegar ao parque no tempo que tínhamos disponível.
Chegando ao Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Existem três maneiras de chegar ao Parque Nacional Corcovado: de avião ($$$), de barco ($) ou a pé (sem guia é grátis).
A PÉ
A aventura já começa cedo para os que estão com pique de caminhar para chegar até a estação Sirena, coração do Parque Nacional Corcovado. São 3 trilhas com diferentes níveis de dificuldade;
Árvore multi-centenária no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
La Leona/ Sirena - Esta trilha é a mais utilizada pelos turistas que estão baseados em Puerto Jimenez. O ponto forte dela é a possibilidade de avistar animais, principalmente pumas, durante o caminho. Uma amiga nossa fez e teve a sorte de ver um! A trilha para lá começa na cidade de Carate, ponto até onde a estrada chega, dando a volta à península depois e Puerto Jiménez. De Carate são 3km (1h de caminhada) até a Estación La Leona e de lá mais 15km de trilha (5h de caminhada) até a Estación Sirena.
No meio da mata, o barulho inconfundível de um pica-pau, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Los Patos/ Sirena - a cidade mais próxima é La Palma, vila anterior à cidade de Puerto Jiménez. De La Palma a Los Patos são em torno de 5h de caminhada e mais 8 horas de trilhas entre Los Patos e La Sirena. Esta trilha cruza o parque, atravessando montanhas e praticamente toda a península de sul ao norte.
Um lindo grilo amarelo no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
San Pedrillo/ Sirena – É a trilha mais longa e menos utilizada, por dificuldades como maré e a praia, já que a maior parte da caminhada é pelas areias da praia de La Llorona, que adiante se torna Playa Sirena. São 25km de trilha a partir da Estación San Pedrillo e para chegar lá é outra longa caminhada de Bahía Drake a Los Planes Ranger Station e depois até San Pedrillo. Esta estação é uma das mais movimentadas devido à sua facilidade de acesso via marítima, recebendo muitos barcos dos lodges de Sierpe e Bahía Drake e pela quantidade de turistas o avistamento de animais tem sido cada vez menos comum. Sinceramente, acho que quase ninguém usa este caminho e eu não recomendo.
Cobra venenosa se move nas folhagens da floresta do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
BARCO
Desembarcando rm praia do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Os barcos partem da vilazinha de Bahía Drake, que está no norte da Península de Osa com acesso por uma estrada off-road. Também existe a opção de chegar de barco pela cidade de Sierpe. O custo varia de 25 a 30 dólares por viagem (50 a 60 dólares ida e volta). Os barcos não são uma linha pública, então devem ser agendados com pelo menos um dia de antecedência. Eles partem de Bahía Drake as 6am e retornam as 13h30, variando um pouco com os horários da maré.
AVIÃO
Caminhando na pista do aeroporto da estação Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Os vôos partem do pequeno aeroporto de Puerto Jimenez, é a forma mais rápida e também a mais cara de chegar até lá. Nós vimos aviões indo e vindo do parque com “wealthy americans” em suas Indiana Jones Adventures. Deve ser lindo sobrevoar o parque, mas sem dúvida você perde muito do contato com a natureza se comparado com o barco ou o trekking.
Um cateto (porco do mato) caminha tranquilamente pela floresta do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Entrada no Parque: US$ 10,00 por pessoa, por dia. Se você vai pernoitar pagará dois dias, além da taxa de camping. Você precisa comprar um boleto de entrada no parque, geralmente incluso nos preços dos tours de um dia. Se você vai organizar a sua própria viagem, como nós fizemos, pode comprá-los através da Cabinas Murillo, que é um hostel, agência de turismo e o escritório bancário da vila de Bahía Drake ou direto no escritório do Parque Nacional em Puerto Jiménez.
Guaxinim cruza pista do aeroporto da estação Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Camping Estación Sirena: se você quer ver vida selvagem vale a pena dormir pelo menos uma noite na Estación Sirena, assim terá mais chances de ver animais no amanhecer e entardecer. A maioria dos turistas vem para day tours, mas a quantidade de pessoas acampando também é grande, reservar com antecedência é recomendável. (Oficina da Área de Conservación do Osa: 2735-5580).
AS várias barracas no lodge Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica. A nossa é a primeira da direita, em primeiro plano
A infraestrutura inclui banheiros simples, área de cozinha (leve seu fogareiro e panelas) e uma área coberta para camping. Você pode acampar com uma barraca nesta área ou ao lado da casa, mas o melhor esquema é levar seu colchonete e uma mosquiteira para se proteger dos mosquitos e ficar mais fresco, pois o calor é insuportável. Também existem dormitórios disponíveis no parque por US$12,00 por pessoa. Reserve com antecedência, pois costuma lotar.
Mapa de trilhas da área de Sirena, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
As trilhas ao redor da Estación Sirena são curtas e relativamente simples. Andamos uns 10km ao redor, indo e vindo pelas trilhas de Los Pavos, Guanacaste, Rio Claro, Espaveles, Ollas e Sirena. Só nos faltou a trilha do Corcovado que não estava muito bem sinalizada e não prometia muitos animais.
Catitu e anta dividem o mesmo espaço no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Uma vez lá sua rotina será caminhar pelas trilhas procurando as 4 diferentes espécies de macacos que vivem no parque, catetos (um tipo de porco do mato) e queixadas (porco do mato mais bravo, tipo javali), porco-espinho, tamanduás, antas e o tão esperado puma. Aos amantes dos pássaros, araras, tucanos, pica-paus e centenas de outras espécies são facilmente avistados, assim como cobras e as diversas espécies de insetos, grilos imensos, aranhas coloridas, lacraias e centopeias.
Lagarta se esgueira pelo solo da floresta, no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Tours e Guias
Uma das muitas autoestradas de formigas no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Guias não são obrigatórios para dentro do parque, mas eles podem facilitar muito a sua vida, cozinhando, mostrando os caminhos (nem sempre bem sinalizados) e encontrando os animais que você está lá para ver. Novamente ir com ou sem guia é uma decisão de cada um, obviamente eles tem uma prática muito maior de como encontrar os animais, sabem por onde os bandos andam e se comunicam entre eles para garantir que os seus clientes tenham a melhor experiência.
Macacos transitam com desenvoltura pelas copas das árvores no Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
A princípio tentamos organizar um guia para acompanhar-nos no primeiro dia, mas não conseguimos. Acabamos indo sozinhos, confiando no instinto que desenvolvemos nestes 1000dias e, claro, assuntando com os guias e grupos para tentar ver o que eles estavam vendo. Tivemos sorte e, mesmo sem um briefing completo sobre os animais e as plantas da região, vimos quase todos os animais vistos por todos. Só nos faltou o puma, que passou em frente à estação se exibindo para os sortudos que estavam lá descansando. E nós estávamos na trilha procurando por ele... =/
Do alto de um "mirante", observando a longa praia do Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Várias agências de Puerto Jiménez e Bahía Drake podem organizar todo o passeio para você, incluindo transporte (van até o princípio da trilha, ou barco de Bahía Drake se você não quiser caminhar), equipamentos de camping, alimentação e guia. Em Bahía Drake a maior agência é o Manolo Tours ou a Cabinas Murillo.
Em Bahía Drake, esperando o barco para o Parque Nacional Corcovado, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Tentando aprender o envolvente ritmo garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala
Os garifunas chegaram neste litoral vindos da ilha de St. Vicent. Africanos fugidos dos navios negreiros que se mesclaram com os Caribs e Arawaks e formaram nova etnia, uma misturança entre africanos, indígenas e até os olhos verdes de alguns náufragos europeus. A mistura que forma este povo não se vê apenas nos traços dos garifunas, mas também nas suas tradições, na sua arte e na sua língua, que possui elementos de todas estas culturas. O som africano da sua fala também se entranha nos seus cânticos e nos seus tambores, passados de mãe para filho, como conta Blanca, mãe de 5 (4 adotivos), e avó de 8 até o momento.
Autoretrato de uma bela menina garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala
Blanca é a herdeira do Ubafu - Centro Cultural Garifuna da cidade de Livingston. Sua a mãe lhe passou a urgência de trabalhar para manter e disseminar a cultura garifuna pela cidade e pelo país. Apresentações de músicas, danças e histórias garifunas reúnem os jovens da cidade e os poucos viajantes que chegam até aqui. Ela mantém o centro com doações dos turistas em suas apresentações. Nas duas noites que estivemos lá não havia ninguém além de nós... Desde nosso rápido encontro com os garifunas em Belize, eu estava decidida a entrar um pouco mais nesta cultura. Sou apaixonada por música e por tambores, embora nunca tenha aprendido a tocar achei que fazer uma aula de tambor seria uma boa forma de entrar, conviver e ajudar na manutenção do centro cultural garifuna.
As aulas de tambor com a Blanca foram mais do que batucadas, foram um mergulho na vida da comunidade que gira em torno do Ubafu, que entrava e saía entre as histórias de sua infância, contos e pontos garifunas. Sua didática é simples, a da cópia e reprodução, assim como ela aprendeu. Suas músicas falam do mar, de chegadas e despedidas, sempre muito alegres e melódicas.
Tentando aprender o envolvente ritmo garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala
Eu me entreti com as crianças, enquanto esperava Blanca receber o vendedor de sapatos, jogar água no chão de terra batida para refrescar o calor abafado do Ubafu e prosear com suas vizinhas que vieram assuntar sobre a comunidade.
Garoto garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala
Dario, de 11 anos, cuidava da bebê, colocava ordem entre as primas e irmãs e ainda nos acompanhava na aula de tambor, fazendo a base e me ajudando com o tempo e o contratempo de cada batida. Greicen de 8 anos estava encantada com a câmera e suas tranças bem aprumadas, gravou vídeos, tirou fotos e ainda me ensinou a dançar os ritmos garifunas, com movimentos bem africanos como do nosso afoxé baiano. Liritcha de 4 anos me fez prometer que o nome da minha filha será Liritcha e se for menino? Liritcho! É claro!
Interagindo com crianças em centro cultural garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala
De noite voltamos lá para nos despedirmos de Blanca e ainda ganhamos um toque de despedida. Dizer adeus é difícil, ainda mais quando entramos para a família. Tive uma conversa profunda com Blanca que me contou da sua briga com um fantasma que tinha ao não ter completado os 7 anos como angelita durante as missas da Semana Santa. No seu sétimo ano ficou com vergonha de entoar um poema, que sabia décor, o qual a perseguiu em seus pesadelos por mais de 40 anos! Semana passada, suando de nervoso, Blanca colocou sua roupa mais linda, branca e toda rendada e esperou na porta do Ubafu a procissão passar. Passou o padre, a imagem, os coroinhas e o povo, e ela se enfiou no meio buscando um lugar mais alto para que pudesse ser ouvida. Eis que com um nó na garganta e muita coragem no peito Blanca começa a recitar o poema, com lágrima nos olhos percebe que todos estão a lhe olhar, parados, estupefatos. Sua voz trêmula é contrabalançada por sua forte presença e quando termina recebe aplausos de toda a procissão, que segue cantando feliz, sem ter noção do que acabara de acontecer ali. Blanca havia tirado das costas uma culpa e um peso imenso que a acompanhou durante toda sua vida.
Autoretrato de uma bela menina garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala
Nesta noite ela me contou também que sua primeira filha foi um milagre divino, pois sem namorado algum ela engravidou. Fiquei curiosa sobre a sua visão espiritual, comum às crenças africanas e a mim. Sua religiosidade não permitiu que me contasse que é uma médium poderosa, Rodrigo descobriu conversando com seu amigo. Ainda assim sua fala um pouco confusa tentava me dizer que eles (os espíritos) sabem muito sobre nós e que às vezes estão aqui ao nosso lado, em uma mensagem direta sobre uma pessoa muito especial da minha família que estava ao meu lado. Demorei a me dar conta do recado tão direto que acabara de receber e quando me dei já era tarde para voltar e perguntar mais.
Praticando com tambores garifunas em Livingston, no litoral da Guatemala
Blanca sabe o seu valor na comunidade e de certa forma espera este reconhecimento em forma de um prêmio, uma homenagem, uma honraria enquanto ainda estiver viva. Mal sabe ela que este prêmio já lhe é conferido todos os dias, a cada criança que escuta suas histórias, a cada jovem que aprende o seu tambor, a cada garifuna que valoriza a sua cultura e a passa para frente, orgulhosos de sua origem e da sua história.
Junto com a banda The Hall Effect, no hotel Paraiso, em Girardot, na Colômbia
Um festival de música com um conceito diferente de tudo que já foi feito na Colômbia. 17 horas de música e muita rumba, com um ambiente super tropical, piscina, gramados e uma infra-estrutura digna de filmes hollywoodianos.
Esperando pelo show do The Hall Effect, em Girardot, na Colômbia
No Brasil, festivais como este (talvez sem a piscina, ok), são comuns, porém aqui na Colômbia geralmente os festivais são realizados em praças, gratuitos e por isso muito mais lotados, porém sem o conforto, infra-estrutura e principalmente a liberação de venda de comida e bebidas alcoólicas, o que, convenhamos, faz uma diferença em festas como esta. A festa aconteceu no Paraíso Hotel Estudios en Ricaurte, Cundinamarca, a 10 minutos de Girardot, menos de 2 horas de Bogotá. Além de proporcionar um clima mais quente e convidativo, o hotel em si já é uma atração, já que foi idealizado e construído também para cenografia de filmes e novelas.
Preparativos para o concerto Rock in Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Hot em Paraíso é o primeiro festival em piscina no país e apresentou no seu line-up uma constelação de estrelas latinas como Los Amigos Invisibles, Yotuel (de Orishas), Superlitio, Bomba Estéreo, The Hall Effect, Sidestepper y Systema Solar, que fizeram desta uma das melhores festas do ano! Na primeira edição a organização esperava receber um público com em torno de 2 mil pagantes e o número chegou a quase 4 mil pessoas!
Show do The Hall Effect no hotel Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Aqui faço uma pausa para reflexão. Quantos de vocês já ouviram falar nessas bandas acima? Eu confesso que só conhecia o Yotuel do Orishas e a The Hall Effect, por motivos óbvios já contados aqui neste blog. Convivendo e conversando com os nossos novos amigos músicos, nos demos conta de como o Brasil é uma ilha dentro da América Latina. O intercâmbio cultural entre o Brasil e os nossos hermanos latinos é praticamente zero! Bandas que fazem sucesso em toda a América, inclusive nos EUA, onde a população latina é imensa, nunca tiveram espaço nas programações de rádios e TVs brasileiras. Ritmos e músicas sensacionais, salsa, ballenato, rumba, fusion mal chegam ao Brasil. Assim como o melhor da nossa música também nem chegou perto daqui. É claro que a língua é uma barreira, mas se estamos tão abertos ao mercado americano, por que não abrirmos mais uma fronteira e deixarmos a latinidade tomar conta?
Chegamos ao festival e a cada música eu ficava mais indignada por não conhecer e não ter acesso a estas bandas antes. Mal tiveram tempo de se instalar e a The Hall Effect, depois de 12 horas de viagem e pouquíssimas horas de sono, já foi chamada ao palco. Como não somos daqui e nunca tínhamos ouvido falar, demora um pouco para captarmos o tamanho do sucesso que a banda tem. Eu já tinha entendido, sabia que eles eram super requisitados na mídia, TV, rádios e principalmente pelos fãs. Mas quando os vimos no palco pela primeira fez foi que o Rodrigo caiu na real... Eles são grandes mesmo! Profissionais! Rsrsrs!
O rock brit criollo, como foi classificado pela revista Rolling Stones, criado pela banda de rock colombiana The Hall Effect é simplesmente sensacional! A única banda colombiana que compõe e canta em inglês já fez tours pela França e Inglaterra e trilha seu caminho para estrelar ao lado de gigantes da música internacional, com produção dos melhores da música latina e européia.
Show do The Hall Effect no hotel Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Fica ainda mais difícil de ter esta noção pela simplicidade e carisma de todos os integrantes da banda, Oscar (vocal), Charry (guitarrista), Douglas (baixista) e Andres (baterista), que estão há 7 anos na estrada, possui milhares de fãs por todo o país. Eles nos receberam de braços abertos no meio da sua turnê e nos carregaram para este festival animal! É mole ou quer mais?
Com o Andres e a Viviana antes do show do The Hall Effect, em Girardot, na Colombia
Coloco aqui um dos clips das músicas deles para começarmos a expandir essas fronteiras da música latina!
A noite caiu e a festa só ficava cada vez melhor. Mesmo sem dormir e cansados das 12 horas de estrada, não tinha como ficarmos parados! Festa, boa música, piscina e bons amigos, a mistura perfeita!
Com o Andres, a Viviana, o Sharry e a Mari depois do show do The Hall Effect, em Girardot, na Colombia
Viajando nas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
De onde somos? Para onde vamos? De onde viemos? As perguntas existenciais que não querem calar, tem várias formas de serem respondidas. Alguns buscam explicações religiosas, outros preferem a ciência, são diversas teorias que procuram responder a estas perguntas. Uma delas é a arqueologia, que procura provas da existência do homem na terra, assim como a descoberta de informações que expliquem a sua evolução até os tempos atuais.
Paredes com muitas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Algumas questões nunca serão respondidas, sobre os seus costumes, os rituais, por que pintavam? Como pintavam? Nunca teremos certeza, mas estas pinturas são hoje a conexão mais próxima que temos com a história de nossos antepassados. A Serra da Capivara está repleta de evidências da existência de tribos que ali viveram há 10, 12 mil anos.
Pintura Rupestre na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
A principal corrente hoje afirma que o homo sapiens sapiens chegou à América através do Estreito de Bering e teria levado mais 2 mil anos para alcançar o sul do continente. Antes de iniciar as suas pesquisas no Piauí, Niède compartilhava desta teoria com seus colegas, porém algumas descobertas aqui realizadas mudaram o rumo desta história.
Setas indicativas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Niède defende uma teoria revolucionária sobre a chegada do homem na América do Sul, alegando em suas descobertas vestígios de atividades humanas há mais de 50 mil anos. Uma fogueira estruturada foi descoberta em um sítio arqueológico na Serra da Capivara. Esta fogueira foi datada de 50mil BP (before present) através da técnica de decaimento do Carbono 14. É uma teoria muito controversa, pois para os outros arqueólogos apenas poderá ser totalmente comprovada quando se encontrar fóssil com a mesma datação. O solo da região semi-árida é muito ácido, não permitindo a conservação dos elementos orgânicos que poderiam ser datados através do C14. Nesta teoria o homem teria alcançado a América do Sul através do Oceano Atlântico, que na época possuía um nível muito mais baixo, encurtando, portanto as distâncias entre o continente africano e americano.
Um "calendário"? (na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI)
Se Niede está correta, estes homens tinham feições negróides, africanas, como as de Luzia, fóssil de 11 mil anos encontrado na década de 70 em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte. São centenas de sítios pesquisados, milhares de pinturas rupestres e dezenas de fósseis humanos e de animais da mega-fauna já catalogados. A exposição permanente no Museu do Homem Americano com fósseis, pinturas e textos sobre a teoria da chegada do ser humano no continente sul americano é imperdível. Assim como a exposição da mega fauna que expõe fósseis de preguiças gigantes, tigre de dente de sabre, uma espécie de tatu que chegava ao tamanho de um fusca, entre outros.
Paisagem da Toca do Catitu II, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
O exercício que fazemos durante as caminhada pelas trilhas do parque e suas centenas de tocas, é de imaginar esta caatinga secam uma floresta tropical. Nesta Floresta Amazônica ou Atlântica corriam rios caudalosos, cheios de vida. Os desenhos nos dão uma pista sobre os animais que aqui viviam, emas, peixes, siris, veados, pássaros, onças, entre outros. A caça era atividade constante na vida destes homens pré-históricos, assim como os rituais.
Observando um dos inúmeros paredões na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Eles se retratam nestas pinturas rupestres com vestes e cocares, em atividades grupais como rituais, caças, situações do cotidiano. O vigor dos homens está presente praticamente em todas as paredes, homens de falos eretos um ao lado do outro, desde o ato sexual, até o registro do nascimento de uma criança. A fertilidade já parecia ser um conceito conhecido e trabalhado por eles, mas algumas respostas estes arqueólogos nunca poderão encontrar.
Museu do Homem Americano em São Raimundo Nonato - PI
Falta um elo de ligação nesta teoria. Que ligação terão estes homens pré-históricos com os nossos índios? Como teria desaparecido este povo? Por quanto tempo viveram aqui na América antes do aparecimento dos nossos antepassados? Enfim, as perguntas são infinitas e é esta sede que move o trabalho incansável desta equipe aqui na Serra da Capivara. Um lindo e incansável trabalho. Tudo isso acessível à visitação turística de forma super organizada. Além de cenários naturais magníficos é um maravilhoso museu a céu aberto.
Fim de tarde na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Caminhando na Sea Wall do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Vancouver é daquelas metrópoles cosmopolitas que você sente andando pelas ruas, entrando nos mercados, provando os diferentes aromas, testando seu paladar e principalmente mantendo os ouvidos bem atentos. Em uma mesma quadra é possível ouvir chineses, japoneses, coreanos, árabes, latinos e africanos, tudo ao mesmo tempo e agora. Não impressiona o fato de ela ser a cidade etnicamente mais diversa do Canadá, onde 52% dos habitantes não tem o inglês como primeira língua.
Preparação do nosso churrasco mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
As gerações de imigrantes cada vez mais se mesclam, mesmo os chineses, que geralmente estão fechados em seus clusters, já são vistos em círculos totalmente ecléticos. Talvez por serem um dos primeiros imigrantes e se sentirem mais pertencentes a esta terra, talvez pela consciência coletiva da globalização, que aqui acontece em tempo real, ao vivo e a cores. O resultado dessa miscigenação será ainda mais claro na próxima geração, que sem dúvida será de um povo mais forte, mais tolerante, mais feliz e incrivelmente interessante. Qual será a cara dos vancouverites daqui a 30 anos? Seria um bom estudo antropológico.
Dirigindo em Vancouver, no Canadá
A cidade começou em torno do mercado de madeira na vizinhança de Gastown, em 1867, após a passagem de mais de 25 mil garimpeiros que seguiam para o Fraser Canyon, na Fraser Gold Rush. A pequena vila cresceu com a chegada da Canadian Pacific Railway, quando o seu porto natural se tornou o principal na costa oeste canadense. A exploração de madeira e o transporte são o cerne da economia da região, que mais tarde se beneficiou da Klondike Gold Rush, servindo de base e fornecendo suprimentos para os mineiros que seguiam rumo ao Alasca.
Caminhando pelo centro de Vancouver, no Canadá
Rodeada de montanhas nevadas, praias e parques, o turismo se tornou a segunda maior atividade econômica da cidade, apelidada carinhosamente de “Raincouver”. Capa de chuva, sapatos fechados ou impermeáveis e um guarda-chuva são itens indispensáveis se você quiser explorar bem a cidade sem pegar um resfriado. Para tentar garantir dias mais secos, planeje sua viagem entre abril e setembro, época que tende a ser mais seca e ensolarada.
Dia chuvoso no Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Nós ficamos baseados no West End, no centro de Vancouver, no Riviera Hotel. Um hotel mais antigo, mas muito bacana, bom preço, estacionamento gratuito, free wifi e ótima localização. Dali, podíamos fazer quase tudo a pé ou andar poucas quadras até o skytrain. A melhor surpresa foi descobrirmos que não era apenas um quarto, era um apartamento com suíte, sala, copa e cozinha! Janelas imensas com uma bela vista do centro e aquela sensação de estarmos novamente em casa. Lá do alto víamos o Stanley Park, o porto entre os prédios, as luzes e carros da cidade molhada. Vocês não tem ideia a delícia que é ter um espaço maior para nos espalharmos, recebermos amigos e inventarmos moda na cozinha. Sim, vocês leram bem, recebemos amigos! Aqui reencontramos os amigos Kombianos, Meli e Jorge e finalmente conhecemos os expedicionários brazucas do 4x1 – Retrato das Américas, assunto que merece outro post.
Vista do nosso apart-hotel em Vancouver, no Canadá
Após fazer umas compras no Whole Foods da vizinhança para o café da manhã, caminhar pela Robson Street e ao longo do porto, entre o Harbor Green Park e o Canada Place já é um ótimo começo. Caminhar é o jeito mais gostoso de sentir a cidade.
O Outono chega em Vancouver, no Canadá
Dali você já estará pertinho de Gastown, o centro antigo e da incrível vizinhança de Chinatown. Por alguns momentos você estará na China sem precisar gastar nem um centavo. Tudo é chinês! De chineses, para chineses.
A Chinatown de Vancouver, no Canadá
Se a loucura urbana te sufocar, faça um detour (táxi, ônibus, bicicleta) e siga para o Stanley Park, a principal área verde na ponta oeste do West End em downtown. Uma longa caminhada pelas trilhas do parque, ao redor dos lagos, entre árvores gigantes e praias, sem dúvida te farão esquecer que está numa cidade grande. A Lost Lagoon é a mais bonita, o Beaver Lake está tomado por plantas, os totens são a principal atração do parque (que nós não vimos) e a vista do parque para a Lions Gate Bridge, ponte para North Shore, é a melhor. Lá no alto do Prospect Point tomar um vinhozinho para relaxar no final da tarde não é má ideia.
Parece o Ibirapuera, mas é o Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Admirando o belo visual do alto do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Outro tour interessante é explorar as praias e parques da English Bay ao sul de downtown. As vistas do skyline do West End do outro lado do False Creek são lindas. As melhores vistas, principalmente no final da tarde com a luz a favor, são do Vanier Park. Lá estão também o Museu de Vancouver, com ótimas exposições, o Space Center e ao lado no Hadden Park o Museu Marítimo de Vancouver. Se quiser ver todos os museus, você pode ficar mais de um dia só nesse roteiro sem dúvida!
Fim de tarde em um dos muitos parques em Vancouver, no Canadá
Um dos muitos parques na orla de Vancouver, no Canadá
Nós tiramos umas férias de museus e aproveitamos que não chovia para continuar nos outdoors pela Kitsilano Beach e seguindo pela Point Grey Road até a Jericho Beach, o Pacific Spirit National Park e finalmente a Wreck Beach, o melhor lugar para ver o pôr do sol. Descemos correndo os 470 degraus e conseguimos pegar os últimos raios que se escondiam nas nuvens que cobriam o horizonte. Jovens universitários ficam sobre os troncos que preenchem as areias da praia, enquanto um grupo animadíssimo de tiozinhos riporongas fazia um luau em volta da fogueira na praia.
Até o cachorro admira o pôr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
Admirando põr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá
Novamente, tendo tempo, você pode vir mais cedo e aproveitar para explorar um os melhores museus da cidade de Vancouver, praticamente dentro da cidade universitária da UBC, o Museu de Arqueologia. Eu não me conformei de deixar este passar, mas tudo em prol da comunidade, no caso, do marido. =/
O Outono chega em Vancouver, no Canadá
Todo este tour fica mais fácil se você tiver um carro ou ainda se conseguir encontrar a linha de ônibus que vai até a Universidade da British Columbia, e ir parando ao longo do caminho. O melhor mapa para se localizar neste roteiro é o Vancouver Parks, que você encontra em qualquer hotel ou centro de informações turísticas. No caminho de ida e de volta, você provavelmente irá cruzar a Burrard Bridge e passará por cima da Grandville Island, onde está o obrigatório, Granville Island Public Market, que também mereceu um post à parte.
Fiona entre as árvores coloridas de Outono, em Vancouver, no Canadá
No começo da noite, um jantar na charmosa Gastown em um dos restaurantes da Water St entre os edifícios antigos de tijolos vermelhos. Nós provamos e adoramos o Six Acres, restaurante e pub em um dos prédios mais antigos de Vancouver. Super aconchegante e com um cardápio de comidas e bebidas bem diferenciado, recomendo! Se quiser estender a noite, o Cabaret (abaixo do Chill Winston) tem noites bem animadas, nós chegamos bem em uma noite de Burlesque Halloween! Os rapazes acharam meio esquisito, mas no final todos nos divertimos!
Show de burlesque especial de Halloween em Vancouver, no Canadá
O maior agito fica mesmo é na Granville Avenue, onde estão as baladas main stream de Vancouver. Ruas fechadas no sábado à noite, vários bares e boates. O Roxy é a boate mais agitada, seguida pela Venue (custam em torno de 15 a 20 dólares para entrar), mas depende do seu estilo e pique de enfrentar filas e multidões. Na nossa primeira noite andamos bem procurando alguma que nos encantasse a acabamos entrando na Joe´s Apartment, pista com boa música, galera animada e estava sem fila. Lembrando que a maioria das casas fecha às 2 da manhã e as pizzarias ficam abertas madrugada afora, faturando uma nota dos jovens bêbados e esfomeados na saída da balada.
Show de burlesque especial de Halloween em Vancouver, no Canadá
A diversidade hoje é o marco mais intenso da cidade de Vancouver, independente de onde ande e quais explorações faça, lembre-se de sentir, mais que ver, de sorver a cidade aos poucos com um vinho, um chá chinês, um café colombiano ou uma guiness no pub irlandês. Aí sim você terá conhecido a verdadeira Vancouver.
Fim de tarde na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá
Paisagem rural entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá
A nossa despedida de Montreal foi um tour de carro pelo Olympic Park, que recebeu as Olimpíadas de verão de 1976. O estádio olímpico tem a maior torre inclinada do mundo e um elevador que te leva ao mirante com vista panorâmica da cidade. Ao lado fica o Biodôme, velódromo das olimpíadas que foi transformado em um jardim botânico com 3 tipos diferentes de habitat.
A maior estrutura inclinada do mundo, no Estádio Olímpico em Montreal, no Canadá
Estádio OlÍmpico, transformado em gigantesca estufa, em Montreal, no Canadá
Não poderíamos sair de Montreal sem ter a bela vista de Vieux Montreal desde a Île Ste Hélène. Nesta ilha do Rio St Lawrence fica o moderno Museu da Biosfera, famoso globo metálico que encontramos em várias imagens da cidade. Em um dos seus parques estava começando um grande festival de música com as principais bandas canadenses. Eu dava meu mindinho para ficar por lá e passar o dia no festival, mas nem que quisesse e o Rodrigo “deixasse” poderíamos ficar, os ingressos de mais de 100 dólares já estavam esgotados.
Skyline de Montreal, no Canadá
A enorme esfera da Exposição de 67, em Montreal, no Canadá
Saímos de Montreal em direção à Quebec City, mas na rota mais bonita, que não necessariamente é a mais curta. Seguindo pela Route 10 fomos em direção às Eastern Townships ou Cantons-des-l´Est, como chamam os francófonos. Próximas à divisa com os Estados Unidos, as pequenas cidades desta região são quase uma extensão da Nova Inglaterra, com seus lagos, mapple trees, pequenas fazendas e paisagens bucólicas.
Paisagem rural entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá
Muitos lagos entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá
Passamos primeiro pelo Lac Brome, região onde os abonados de Montreal passam os finais de semana ao redor de seus campos de golfe ou em suas lanchas no lago. A nossa parada foi na pequena e simpática cidade de North Hatley, eleita a mais charmosa das vilas do leste. Os cafés e restaurantes às margens do lago Massawippi dão um clima irresistivelmente descompassado e preguiçoso. Quase ficamos por lá, mas o dever nos chamou e voltamos à estrada para mais duas horas de viagem, rumo à Ville de Quebéc.
A bela e tranquila North Hatley, na orla de um dos lagos ao sul do São Lourenço, entre Montreal e Quebeq, no Canadá
Plantações floridas entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá
Sexta-feira e, como de praxe, estamos chegando a um dos principais destinos turísticos do Canadá sem pousada reservada. Selecionei algumas no nosso querido Lonely Planet, no centro antigo, para podermos fazer tudo a pé. Não havia vaga nem na primeira, nem na segunda e nem nas outras três seguintes, estavam todas lotadas. Mas a comunidade chinesa é muito unida e eis que em uma das nossas novas amigas chinas nos indicou à sua outra amiga (china, é claro!), ligou e já deixou reservada. Manoir du Rempart Inn, próxima ao Quartier Latin, ali mesmo no centro antigo. Simples mas honesta, bem localizada e até com um esquema de estacionamento para a Fionitcha.
Entrando na cidade murada de Quebeq, no Canadá
Instalados, aproveitamos a noite para conhecer um pouco da cidade alta. Caminhando pela Rua St. Louis um dos únicos bares abertos tocava um som familiar... era bossa nova ao vivo, de brazucas para brazucas! Segui cantarolando as notas de Vinícius de Morais, caminhando para o lado de fora dos muros da cidade antiga, até chegarmos ao agito dos bares e nightclubs da Grande Allée Est. A la Avenida Batel ou um Itaim, este é o point aonde os jovens quebecoises vão para verem e serem vistos.
Agitação noturna na cidade de Quebeq, no Canadá
Àquela hora todas as cozinhas já estavam fechadas, só encontramos um fast food árabe 24h/7dias por semana. Os bares não faziam muito nosso estilo, mas encontramos um boteco underground (literalmente), com música quebecoise ao vivo da melhor qualidade! Galera animada cantando os clássicos do rock nacional canadense, perfeito! Jovens felizes, gente como a gente, só que com biquinho francês. As boas vindas à cidade de Quebéc não poderiam ter sido melhores.
Balada em Quebec, no Canadá
Salto dos 120 metros, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, formado em 1961 pelo Presidente Juscelino Kubitscheck, chamava Parque Nacional do Tocantins e era 10 vezes maior que o atual, com quase 600 mil hectares, até as margens do rio Tocantins. Passaram os anos e as pressões políticas acabaram diminuindo aos poucos a área de reserva que hoje possui apenas 65 mil hectares. A área aberta a visitação é ainda menor, tornando o PARNA Chapada dos Veadeiros um dos parques menos acessíveis do Brasil, fora da região amazônica. O plano de manejo feito há 20 anos ainda não foi implementado e as regras do parque mudam conforme troca a sua diretoria.
Vale do Rio Preto, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
Hoje são duas trilhas disponíveis aos visitantes, a trilha dos saltos e a trilha dos cânions, sendo que o cânion 1 está fechado. No plano de manejo estão previstas também as trilhas para as 7 Quedas, Carrossel e Fiandeiras, esta última cruza o parque da portaria de São Jorge até Cavalcante.
Fim de tarde no cerrado, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
O Seu Wilson, nosso guia de 58 anos, foi nascido e criado na região. Garimpou muito cristal e pedras preciosas como diamante, esmeralda, etc. Durante a trilha ele nos explicou como funcionava o seu ofício. Ele começou tarde, quando as regras do parque estavam arrochando a extração de pedras e procurando alternativas que sustentassem a população local. Nos anos 70 o Seu Wilson foi o primeiro guia na região, levando para as cachoeiras alguns turistas quem vinham das capitais brasileiras, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.
Seu Wilson, nosso guia no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
Com um dia apenas, decidimos fazer a Trilha dos Saltos, com 4,5km de extensão que nos leva a mirantes maravilhosos para o cânion do Rio Preto, além dos saltos de 120m e 80m. Caminhamos em passo lento e tranquilo, seguindo o ritmo do Seu Wilson. Não há nada mais recompensador em uma trilha como esta do que ouvir a história contada por quem a viveu. Cada buraco que víamos ao nosso lado era um túnel cavado para extração de cristais. Diferentes tipos de solo, diferentes tipo de ferramentas, pá, martelo, picareta de bico e assim por diante. Tentavam de tudo, mas dependendo da densidade da rocha ia dinamite mesmo. A dinamite espantava todos os animais e o garimpeiro tinha que ficar um dia inteiro sem ir ao local, por risco de desabamentos.
Salto dos 120 metros, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
Chegamos ao mirante do Salto dos 120m, que hoje pode ser visto apenas do alto. A primeira vez que o Rodrigo veio ao parque na década de 90 ele ainda pôde descer e nadar no poço. Seu Wilson nos conta que as regras do parque foram ficando cada vez mais restritas e que qualquer infração, tais como entrar no parque sem guia, andar fora das duas únicas trilhas ou mesmo ultrapassar os cordões de isolamento em poços ou mirantes podem acarretar multas de 900,00 e a suspensão por 30 dias e até 6 meses da sua licença de guia. Fiquei morrendo de vontade de pegar uma pedra de cristal do chão para levar para casa, são tantas... Porém arriscar uma multa ou mesmo ficar com a crise de consciência não dava. Eu sou apenas uma, já pensaram se todos que passam por ali fizerem o mesmo? Acabam-se as pedras, acabam-se as trilhas.
Nadando no poço do Salto dos 80 metros, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
O Salto do Garimpão, também conhecido como o Salto dos 80m, é fantástico. Linda queda d´água com um poço imenso de águas escuras, frias e com muitos peixes. Quando chegamos lá nos deparamos com uma excursão imensa de adolescentes vindos de São Paulo de uma escola Waldorf. Os professores e guias que os acompanhavam estavam passados, tendo que fazê-los recolher todo o lixo que largaram no lugar. Fico impressionada, pessoas que já nasceram em uma época em que a preservação do meio-ambiente e a reciclagem de lixo são palavras de ordem, simplesmente ignorando esta regra básica.
Posando para fotos com o Chico, no Salto dos 80 metros, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
Seguimos para a próxima atração, as corredeiras. Um trecho do rio que se formam alguns poços e buracos perfeitos para uma hidromassagem. A água um pouco mais quente, que menos profunda, é aquecida pelo sol. Final de tarde perfeito, sol ainda quente se pondo no cerrado e o céu mais azul que já vi até hoje. Uma recarga de energia espetacular.
Refresco nas corredeiras do Rio Preto, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
Voltamos a São Jorge, vila base do Parque Nacional. Uma vila pequena com um charme diferente. Possui mais de 30 pousadas, com diárias para todos os bolsos (variam de 40 a 300 reais), além de restaurantes e lojinha de produtos naturais, cristais e etc. Enquanto comíamos um pastel no lendário Bar do Pelé, eu encomendei de artesãos um amuleto de cristal com cordão de couro. Não poderia vir à chapada e sair sem nenhuma pedrinha.
Nadando em poço do Rio Preto, no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
Ficamos hospedados no Hostel Sucupira, não tem quartos de casal, mas é bonitinho e tem um preço mais palatável (40 reais por pessoa), um dos mais baratos da vila. E já que economizamos na estadia, resolvemos finalmente mudar o cardápio de comida caipira (arroz, feijão e frango caipira) e experimentar a nova risoteria que abriu na cidade. Um espaço de artesanato, boa música, arquitetura requintada e gastronomia apuradíssima. Embora sejam meio caros os pratos podem servir tranquilamente duas pessoas. Brindamos à Chapada, à ótima companhia do nosso primo Chico e a um retorno (breve) para continuarmos explorando esta, que é uma das regiões mais belas do Brasil.
Época de florada dos "chuverinhos" no P.N Chapada dos Veadeiros, região de São Jorge - GO
A Catedral e o Lago Nicarágua vistos do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua
Granada é a bisavó do turismo na Nicarágua e o ultimo destino que faltava conhecermos no nosso retorno ao país. A charmosa cidade colonial às margens do Lago Nicarágua foi fundada em 1524 e logo se tornou um importante centro comercial nas águas protegidas do maior lago da América Central. Sua arquitetura colonial, grandes casarões e ricas igrejas estão sendo restauradas e pouco a pouco devolvem à cidade os mesmos ares de grandeza dos seus tempos áureos.
Igreja de Guadalupe, em Granada, na Nicarágua
A vistosa Catedral de Granada, na Nicarágua
Sua conexão com o Mar do Caribe a fez um porto seguro, mas também um fácil alvo para piratas franceses e ingleses que a saquearam pelo menos três vezes até meados do século XVII. A mesma ligação com o mar também dá passagem para uma rica fauna marinha pintada nos murais da cidade, com destaque para os temidos tubarões touro, que sobrevivem em água doce e também chamam o Lago Nicarágua de lar.
Praia do lago Nicarágua, em Granada, na Nicarágua
A cidade está localizada nos pés do Vulcão Mombacho, outro motivo para viajantes mais aventureiros explorarem a natureza pulsante da região em tours nos arredores ou caminhadas ao topo do vulcão. Os viajantes buscando uma experiência mais íntima com a cultura e a língua espanhola vão se encontrar nos diversos cursos de espanhol para estrangeiros e no clima vibrante e jovem da cidade.
Caminhando pelas ruas de Granada, na Nicarágua
Admirada com os grafites de Granada, na Nicarágua
A Calle La Calzada é um calçadão repleto de bares e restaurantes onde locais e estrangeiros se reúnem nos finais de tarde de Granada. Duas quadras para cima está a Plaza Central e a bela Catedral da cidade. Passando a praça e continuando em direção ao centro as ruas ganham ainda mais movimento e uma aura mais autentica, com estudantes e trabalhadores no corre-corre do dia a dia.
casas colorem as ruas de Granada, na Nicarágua
A Iglesia de La Merced é o melhor mirante da cidade, pagando um dólar podemos subir as escadas da torre e ver Granada, seus telhados coloniais, o vulcão Mombacho e o lago Nicarágua lá do alto. Fica melhor ainda se você programar de chegar lá no final da tarde, com uma luz maravilhosa para fotografar as casas e ruas coloridas da cidade.
Caminhando pelas ruas coloridas da histórica Granada, na Nicarágua
Na gastronomia não faltam opções da culinária local e internacional que se multiplicaram pelo centro antigo junto com os expats que escolheram Granada como lar. Muitos deles tinham como plano inicial a vizinha Costa Rica, mas preferiram se refugiar na atmosfera mais tranquila e alternativa da Nicarágua.
Vista do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua
São dezenas e dezenas de hospedagens em Granada, na Nicarágua
Eu aproveitei os dois dias na cidade para encontrar uma boa terapeuta corporal para colocar as minhas costas no lugar. Essa quilometragem toda sentada me deixou com a postura péssima, mas a Claudia, fisioterapeuta no Pure Natural Health Center tem mãos de fada! Queria poder levá-la comigo na Fiona! Kkk!
Um providencial encontro com uma massagista de mão cheia, em Granada, na Nicarágua
Nos apaixonamos por Granada! A sua competitividade com Leon, segunda cidade colonial do país, pode até continuar acirrada na política ou na história, mas Leon que me perdoe, o charme de Granada vai ser difícil de bater. Contra William Walker e todos os antigos leoneses que contrataram o flibusteiro para conquistar e destruir Granada eu digo: aquí no "fué", aqui és Granada! (Quer saber mais desta história? Leia o post do maridão aqui)
A Catedral e o Lago Nicarágua vistos do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua
Visita ao alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua
Tínhamos planejado ficar mais um dia enquanto esperávamos notícias dos nossos amigos viajantes Carol e Alexis, que estão perdidos em algum lugar da Nicarágua, mas no ultimo minuto do segundo tempo eles deram um sinal de fumaça e lá vamos nós, pé na estrada novamente para encontrá-los. Próxima parada: San Juan del Sur!
Em uma incrível e emocionante coincidência, uma nuvem desenha o mapa das Américas nos ceús de Granada, na Nicarágua. Espetacular!
Quarta praia em Morro de São Paulo - BA
“Vim tanta areia andei, da lua cheia eu sei, uma saudade imensa... onde andei...” Sempre me identifiquei com esta música, andança, ela me resume muito bem, a minha vontade de fazer, sair andando por aí, “Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto...”
Riacho da Quinta Praia, em Morro de São Paulo - BA
Assim foi, chegamos a Morro de São Paulo, lugar já marcado pelo turismo em massa, milhares de pousadas e agências de turismo, mas fomos buscar conhecer um pouco mais. Caminhamos entre a primeira, segunda, terceira e como se não bastasse a quarta praia. Esta possui pouco mais de 5km de comprimento, ao longe acompanhávamos a maré deixando todos os arrecifes aflorados e aos poucos sendo reconquistado pelo mar, o velho mar.
Quinta Praia, em Morro de São Paulo - BA
Água de coco na Quarta Praia em Morro de São Paulo - BA
A quinta praia não é muito explorada por aqui não, mas é uma das mais belas, logo que cruzamos o manguezal temos a vista mais impressionante, areia branca, rio vermelho e mar em vários tons de verde, sensacional.
Riacho da Quinta Praia, em Morro de São Paulo - BA
Retornamos em um pique de caminhada que poucos poderiam acompanhar, ninguém entendia o que estava acontecendo, aqueles dois afoitos passando rapidamente entre a tranqüilidade dos baianos e turistas que tomavam conta destas praias. Nossa pressa era para ver lá do alto do morro do farol, o maravilhoso pôr-do-sol. Para variar o Rodrigo é meio desesperado, esqueceu de calcular a altura do morro, 15h40 ele achou que o sol estaria se pondo... seria o fim do mundo? Quando chegamos ao alto foi que tive certeza, faltava ainda pelo menos 1h20 para o sol se pôr. Enquanto explorávamos o morro encontramos a tiroleza, a maior da América. Com 70m de altura e 340m de comprimento, a tiroleza do Morro do Farol desce até a primeira praia com a vista mais linda de toda a Vila de Morro de São Paulo.
A famosa Tirolesa da Primeira Praia em Morro de São Paulo - BA
É claro que decidi descer, Rodrigo estava fissurado pelo pôr-do-sol, mas eu tive que escolher. Dentre tantos momentos como este, escolhi sair, correr, voar e ver de cima e com muita adrenalina esta ilha maravilhosa. Foi sensacional! Eu já fiz muitas tirolezas, mas esta é realmente doida, tão longa que podemos curtir o visual, girar, olhar, gritar, pensar, até cair no mar, quicando como uma bola de vôlei na imensa quadra morna e verde. Vale à pena, vale demais!
A famosa Tirolesa da Primeira Praia em Morro de São Paulo - BA
À noite, depois de um belo jantar com novos amigos do mundo, uma mineira viajante e o alemão mais brasileiro que já conheci, fomos ao luau na segunda praia. Luau é modo de dizer, já que não tem fogueira, pois a prefeitura proibiu e muito menos som ao vivo. O DJ vai agitando a festa e as caipirinhas das várias barracas de frutas em torno embalam a noite à beira mar. Encontramos os belgas, nossos amigos lá do rafting de Itacaré, que coincidentemente estão em um roteiro parecido com o nosso.
Pôr-do-sol em Morro de São Paulo - BA
Nos divertimos a noite toda, treinando um pouco do inglês e curtindo esses encontros espirituais que acontecem não por acaso, como foi com o meu com Cristina. É ótimo quando encontramos alguém que tem a mesma energia e o mesmo modo de ver as coisas, e isso fica ainda mais especial quando esta pessoa vem de uma cultura tão distante. Foi uma noite animada, que só poderia acontecer aqui mesmo nestas andanças, à moda baiana em Morro de São Paulo!
Mergulhando na piscina natural na Quarta Praia, em Morro de São Paulo - BA
Jacaré nada em rio do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
O Everglades Nacional Park está localizado no sul da península da Flórida, a menos de 2 horas de Miami. O pantanal norte americano é formado por 5 diferentes biomas, o que compõe uma rica e diversificada fauna, abrigando animais como onças, veados do rabo branco, jacarés, crocodilos, tartarugas e dezenas de tipos de aves.
Rio repleto de jacarés no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Muitos pássaros no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Vindo de Orlando, nós dirigimos pela estrada que margeia a fronteira norte do parque e parte da Big Cypress National Preserve, que faz divisa com o Everglades, protegendo um ecossistema importante para a manutenção do ciclo de cheias e secas da região.
Paisagem típica do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Na fronteira leste está o acesso mais próximo à cidade de Miami, onde está o Centro de Visitantes Principal, via Homeastead, com museus e quadros explicativos sobre o parque, e que também dá acesso às principais trilhas.
Onça empalhada no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Há várias formas de visitar o Everglades, cruzando de carros, conhecendo algumas trilhas ou a bordo de um air-boat, um barco movido por um ventilador gigante que oferece passeios pela área alagada. Alguns dos passeios de air-boat são guiados pelos Índios Seminoles, que vivem na reserva às margens do parque e possuem um conhecimento prático daquele ecossistema. Uma visita ao centro cultural da aldeia também deve ser interessante para comprar artesanatos e conhecer um pouco da cultura deste povo nativo-americano.
Pássaro se seca no sol forte do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Nós tínhamos um compromisso em Miami ainda hoje, então apressados fizemos o passeio mais comum entre os visitantes do Everglades, mas não menos interessante. Esta rota de carro cruza a reserva de leste a sul, passando por todos os ecossistemas existentes no parque: Hardwood Hammock, Pineland e Cypress passando pela região alagada de Freshwater Slough, Freshwater Marl Prairie até a região de mangue, quando a água doce se encontra com o mar nos manguezais, terras baixas litorâneas e estuários marinhos.
Região pantanosa no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
[Epoca de flores no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Durante o passeio vamos parando pelas diversas trilhas e passarelas construídas sobre a região pantanosa para observação da vida silvestre. Na época seca é mais fácil de avistar os animais que acabam se reunindo nas pequenas lagoas restantes. Nós pegamos o parque na estação intermediária, ainda com bastante água, mas sem chuvas.
Tartaruga nada em brejo no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
Mesmo assim pudemos ver muita vida na Anhinga Trail, jacarés, tartarugas, pássaros e aqueles cenários lindos de pantanal alagado, espelhando o céu azul e ensolarado da Flórida. Como todos os parques nos Estados Unidos a visita é super organizada, tanto no site do Everglades National Park, quando no centro de visitantes você consegue um mapa completo com um resumo da história do parque e uma explicação dos principais atrativos, fauna e flora. Com mais tempo viajaríamos até Flamingo, a principal cidade ao sul do parque e no norte faríamos um passeio no eco-friendly air-boat, fica a dica.
Visitando o Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos
No final de tarde chegamos à Miami, depois de exatos dois anos em que estivemos aqui, logo no início da viagem quando aproveitamos as milhagens que iam vencer para fazer a primeira fase caribenha da viagem. Naquela ocasião comemoramos o nosso primeiro aniversário de casamento com os padrinhos Marcelo e Su. Prometemos que voltaríamos dirigindo o nosso carro brasileiro e aqui nós hoje, cumprindo a promessa! Um marco para a viagem comemorado em um jantar delicioso em um restaurante indiano em Key Biscayne. Noite de muitas comemorações, há 2 dias foi o aniversário da nossa amiga e cicerone Su, hoje completamos 3 anos de casamento e fechamos um ciclo há muito tempo esperado no nosso roteiro dos 1000dias. Cheers!
Comemoração dos três anos de casamento, junto com o Marcelo, Su e seus pais, num restaurante em Key Biscayne, na Flórida - EUA
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