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Mammoth Cave National Park

Estados Unidos, Kentucky, Mammoth Cave

O caminho iluminado através da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

O caminho iluminado através da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


O maior sistema de cavernas do mundo, a Mammoth Cave possui 630 km de túneis e labirintos explorados até agora e este número ainda pode aumentar! Formada por rochas calcárias de milhões de anos, cavada pelo Green River, sob uma cadeia de montanhas de arenito.

Outra vez na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Outra vez na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


É incrível pensar que o calcário é formado por matéria orgânica decomposta como ossos de animais, conchas e corais. Será possível que durante milhões de anos sob este mar tão raso tantos animais tenham passado por aqui e deixado seus restos mortais a ponto de termos mais de 100m de rocha calcária acumulada?

Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


O tempo geológico e a formação da terra é algo tão fora de proporção para a nossa minúscula existência, que fica difícil imaginar. Super estável, esta combinação de arenito e calcário faz da Mammoth Cave um dos lugares mais estáveis e seguros em um caso de terremoto. O arenito é um material de difícil penetração para a água, portanto o calcário está intacto e possui pouquíssimas formações. Apenas em algumas sessões da caverna com fissuras verticais, a água pôde passar e criar belas colunas, estalactites e estalagmites.

Pequeno lago criado artificialmente dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Pequeno lago criado artificialmente dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


A caverna possui poucas entradas naturais, a principal delas foi fechada pelo deslizamento de terra e a maioria das entradas utilizadas hoje foram abertas no início do século XX, durante um período conhecido como The Kentucky Cave Wars. Uma região de solo pobre para o desenvolvimento da agricultura e muito acidentado para a criação de gado, a solução de muitos proprietários de terra foi a exploração turística das suas cavernas. Assim uma das saídas “criativas” desse povo foi cavar e explodir buracos em torno das suas propriedades em busca destes túneis, aproveitando o fluxo turístico trazido pela famosa Mammoth Cave. Essa corrida chegava a ser desleal, desviando e ludibriando turistas que tinham à “caverna original”. Assim todas as entradas artificiais foram feitas a década de 20, sem nem saber que estavam no mesmo sistema de caverna e várias delas são utilizadas até hoje.

Entrando na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Entrando na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


A área foi transformada formalmente em Parque Nacional apenas em 1941 após a formação da Mammoth Cave National Park Association desde 1926. Sua história, porém, é muito mais antiga.

Nossa guia e guarda-parque na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Nossa guia e guarda-parque na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


Foram encontrados indícios de que a caverna era utilizada pelos indígenas há mais de 6 mil anos. Uma das teorias seria de que estes homens pré-colombianos utilizariam a caverna para mineração da gipsita (um tipo de gesso), mineral utilizado hoje para produção de dry-wall. Para que era mesmo que os indígenas utilizavam gesso? Ninguém faz ideia.

Formações mineirais na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Formações mineirais na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


No início do século XIX a mineração de salitre, mineral utilizado para a confecção da pólvora, foi a principal atividade na Mammoth Cave, servindo como base de produção de pólvora durante a Guerra de 1812. Com a diminuição do mercado de salitre e após um grande terremoto que pôde ser sentido pelos trabalhadores, a caverna foi abandonada. Estas terras passaram por diversos proprietários até chegar às mãos de Franklin Gorin, quem queria explorá-la turisticamente. Gorin colocou seus escravos a guiar expedições dentro da caverna e um deles se destacou em sua atividade. Stephen Bishop guiava visitas à caverna entre as décadas de 1840 e 1850 e foi o responsável por grande parte da exploração da Mammoth Cave. Ele foi um dos primeiros a mapear a caverna e dar nome às suas formações e salões.

Antigo local de exploração de minério na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Antigo local de exploração de minério na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


Assinaturas de turistas qie visitaram a caverna há mais de 150 anos na Mammoth Cave, em Kentucky, nos Estados Unidos

Assinaturas de turistas qie visitaram a caverna há mais de 150 anos na Mammoth Cave, em Kentucky, nos Estados Unidos


Vários tours são oferecidos, mas dois deles são imperdíveis para você ter uma noção mais completa deste imenso queijo suíço. O Historic Tour nos leva pelos primeiros túneis explorados por Stephen Bishop, no início do século XIX. São pouco mais de 3 km percorridos em 2 horas de tour passando pelas minas e até o Bottomless Pit. O tour é muito interessante, passa por toda a história da caverna, imensos salões e túneis de calcário, porém não chegamos a ver muitas formações. Imaginem que pessoas famosas, cantores, músicos e aventureiros de todos os lados passaram por aqui apenas com lamparinas a óleo, hoje toda a caverna é iluminada.

Nossa guia mostra como eram os tours nos primórdios do turismo na Mammoth Cave, há quase 200 anos, em Kentucky, nos Estados Unidos

Nossa guia mostra como eram os tours nos primórdios do turismo na Mammoth Cave, há quase 200 anos, em Kentucky, nos Estados Unidos


Enorme escadaria dentro da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Enorme escadaria dentro da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


O Grand Avenue Tour passar por 6 km e meio de túneis e tema duração de pouco mai sde 4 horas. É um dos mais longos e passa por lindos cânions subterrâneos, imensos salões e até uma lanchonete no salão conhecido como Snow Ball, onde o teto é coberto por formações de gipsita em que lembrar bolas de neve.

Formações minerais na região de Snowball, na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Formações minerais na região de Snowball, na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Chegando ao restaurante dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Chegando ao restaurante dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Os minutos finais reservam as imagens mais bonitas, um salão completamente decorado com estalactites, estalagmites e colunas imensas. A belíssima Niagara Falls é a formação mais famosa e pode ser vista em tour mais curto, mas deve perder a graça apenas chegar pela porta giratória que saímos, sem ter passado antes por toda a grandiosidade da caverna, apenas para ver as formações. Elas são lindas, mais perfeitas ainda para um Grand Finale!

Formações espeleológicas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Formações espeleológicas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Formações espeleológicas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Formações espeleológicas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Se você conseguir fazer esta programação em um sábado e estiver querendo mais aventura, o Wild Cave Tour seria a melhor opção, pois aí se pode explorar a caverna de uma forma mais natural, passando por túneis menores, utilizando apenas lanternas em 6 horas e meia de caminhada por pouco mais de 8 km de caverna. Ainda assim você terá visto pouco mais de 1% da incrível Mammoth Cave.

Nossos companheiros de tour à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Nossos companheiros de tour à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Kentucky, Mammoth Cave, Caverna, espeleologia, Mammoth Cave, parque nacional

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A despedida

Brasil, Minas Gerais, Aiuruoca

Nossa despedida na Pousada Mandala das Águas foi muito especial. O Rickson, dono da pousada, é uma peça rara! Todas as noites nos dava o prazer de sua companhia contando histórias da sua vida quando viveu em Morro de São Paulo ou quando aprendeu o jiu-jitsu com seu tio, o mestres dos mestres, Carlos Grace. Ficamos super curiosos de conhecer a Márcia, esposa dele que está em BH e só volta quando já tivermos ido embora, mas não faltarão oportunidades, pois com certeza voltaremos ao Matutu. Parece que o Matutu escolhe a dedo quem o freqüenta, e por isso a energia que rola entre as pessoas é ótima, uma sinergia especial.

Despedida da pousada Mandalá no Matutu - MG. Rickson, Anacelli, Simbad e Cassie

Despedida da pousada Mandalá no Matutu - MG. Rickson, Anacelli, Simbad e Cassie


A Cassie nos pediu para tirar uma foto antes de irmos embora, pois além de se identificar com o projeto, nos falou que estava sentindo que ainda ficaremos muito famosos! Maravilha! Tomara que ela esteja certa! Como nos atrasamos um pouco para sair, ainda conseguimos encontrar a Araceli pela manhã e ela nos fez uma grande e inusitada homenagem. Quando estávamos saindo da pousada, tirando fotos e nos despedindo, ali, no estacionamento da pousada, ela nos ofereceu uma música que foi oferecida também para o Caminho da Fé. É uma oração cantada para a Nossa Senhora Aparecida, padroeira dos caminhantes e peregrinos. Foi de arrepiar! Saímos do Matutu mais do que protegidos e emocionados.

Despedida da pousada Mandalá no Matutu - MG. Rickson, Anacelli, Simbad e Cassie

Despedida da pousada Mandalá no Matutu - MG. Rickson, Anacelli, Simbad e Cassie


Logo depois, quem entrou em campo para nos dar outro tipo de emoção foram o Simba e o Sombra. No segundo seguinte em que a Araceli terminou a canção os dois se pegaram em uma briga horrível, se mordendo fortemente, rolando pelo gramado e arrancando sangue um do outro. A briga foi muito equilibrada, os dois saíram num prejuízo horrível e nós, em volta, não tínhamos como separar... tentamos, mas se segurássemos ia acabar sobrando para nós.
É, fãs antecipados, novos amigos, oração cantada e até os dois dogs brigando, nossa despedida foi mesmo cheia de emoções!

Brasil, Minas Gerais, Aiuruoca, Comunidade Alternativa, Mandala, Matutu, Vale do Matutu

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Diz aí se você gostou, diz!

Pará-maribo

Suriname, Paramaribo

Comida brasileira em Paramaribo - Suriname

Comida brasileira em Paramaribo - Suriname


Paramaribo é uma cidade multifacetada, vai depender de você e das amizades que fizer lá para saber qual das facetas irá conhecer e explorar. Na nossa primeira passagem pela capital surinamesa exploramos todo o seu lado histórico, a cidade antiga de construções coloniais holandesas, igreja e prédios governamentais (fácil de achar os posts pelo menu geográfico).

Conhecemos também o dia a dia da agitada cidade de trânsito caótico, de mesquitas vizinhas a sinagogas, tak-tak, inglês e holandês, falados todos em uma mesma mesa. Naquela ocasião tivemos tempo de dar só uma passada muito rápida pelo bairro brasileiro, em busca de uma medicação na farmácia que não pede receitas, só podia ser brasileira mesmo. RS! Portanto hoje, com saudades da comidinha brasileira, resolvemos voltar àquelas redondezas para comer em uma churrascaria, a famosa “Petisco”. Um buffet com arroz, feijão (amooo!), farofa, saladas, legumes e outros acompanhamentos, completam a carne assada na churrasqueira e passada na chapa. Não é nenhum Fogo de Chão, mas a fome e as saudades fizeram parecer! Hahaha!

Churrascaria brasileira em Paramaribo - Suriname

Churrascaria brasileira em Paramaribo - Suriname


Domingão, a cidade fica praticamente toda fechada, então aproveitamos para colocar nossas coisas em dia, arrumar a Fiona e reencontrar amigos. Já havíamos combinado de rever Scott, um americano que conhecemos aqui no hotel. Enquanto o esperávamos para sair, dois amigos nos fizeram uma bela surpresa! Donovan e Elen, amigos surinameses que conhecemos em Belém, vieram nos encontrar aqui no hotel!!! Eu havia comentado com eles por email que estaríamos aqui no dia 17, e não foi que eles apareceram?! Foi sensacional! Eles estão de mudança para Belém ainda este ano, Elen é de origem javanesa, nascida no Suriname (Nieuw Nickerie, que vamos conhecer amanhã) e já foi casada com um brasileiro, com quem tem duas filhas. Por isso fala português, holandês, tak-tak e ainda um pouco de inglês! Eles irão se mudar com os filhos e abrir um restaurante de comida surinamesa em Belém. Será parada obrigatória, pois além de um cardápio super exótico que tem referências javanesas, indianas, africanas e holandesas, ela irá manter o tempero original, renovando seu estoque trimestralmente com fornecedores daqui! Sensacional, estamos torcendo por eles!

Com o Scott, a Ellen e Donovan (casal que conhecemos em Belém!), em Paramaribo - Suriname

Com o Scott, a Ellen e Donovan (casal que conhecemos em Belém!), em Paramaribo - Suriname


Logo Scott chegou e eles nos deram uma carona até o nosso bar, aqui perto do hotel. Scott está no Suriname há pouco mais de um mês, trabalhando em um projeto na área de TI. Um job que deveria durar 15 dias acabaram se tornando quase 2 meses e ele teve que se adaptar. O papo foi super divertido, falamos de tudo, desde a política e economia americana, às revoluções no Oriente Médio, a situação entre os palestinos e israelenses, até o sub-mundo de Parbo (Paramaribo, para os menos íntimos).

Já nos despedindo, ele chamou um táxi para levá-lo para casa, e quando menos esperávamos estávamos no maior papo com o taxista. Ele tem uma namorada brasileira, Nayra, 17 anos, nascida em Boa Vista. Sua mãe, que trabalha vendendo roupas lá e cá, a princípio foi contra o relacionamento, mas depois que conheceu o moço, surinamês de origem indiana, viu que era sério, acabou topando. Hoje eles moram juntos há 1 ano, ela está estudando holandês e inglês e já está acostumando a viver no Suriname. Eles nos convenceram a dar uma passadinha no Bigode, bar brasileiro, uma das facetas da cidade que não conhecíamos.

Pense em uma boate da periferia de Belém, repleta de garimpeiros brasileiros, guianeses e surinameses. Todos esses embalados e animados por mulheres (a maioria também brasileiras) assanhadíssimas dançando os hits do Furacão 2000! Eguinha Pocotó, Bonde do Tigrão, Calcinha Preta, Calipso e suas cópias baratas. Foi uma incursão noturna de fundo cultural com um único objetivo, a experiência antropológica em um meio tão sortido e agressivo.

Não, não vimos nenhuma briga lá não, mas sabemos que elas são comuns, principalmente entre mulheres defendendo seus homens, ou mesmo suas mulheres. As “brutas”, como são conhecidas as “mulheres que gostam de mulheres” aqui, são numerosas e a maioria trabalha nos bares destas boates. Mas eu me referia à agressividade na dança, na paquera, na sexualidade, nos gostos, nas músicas, como diria meu amigo mineiro, brutaaal. Ah, esqueci de mencionar que as “primas”, como chamam os paulistas, também são da terrinha.

Segundo nossos novos amigos, isso aqui é o brasileiro, esta é a referência do Brasil para eles, pois é a única cultura que eles têm acesso. Descobrimos que existe uma vizinhança chamada Belenzinho. Eu não fui tão a fundo na periferia de Belém durante nesta viagem, mas sei que encontraria coisas parecidas. Ainda assim a impressão que fiquei é que aqui as coisas estão ainda mais exageradas. Milhares de brasileiros (hoje em torno de 60 mil), que estão aqui batalhando uma vida melhor e que longe de casa acabam se liberando para tudo e todos.

Como explicar a eles que o Brasil não é inteiro assim? Ou ainda pior, como explicar aos garimpeiros que eu sou brasileira? Hahaha! Sim, é impressionante como tão diferente o Brasil ainda consegue ter uma unidade, língua e o mesmo orgulho de ser brasileiro, de São Bento do Sul à Marabá. Aos antropólogos de plantão pergunto se há algum estudo ou definição antropológica deste ser tão controverso e ao mesmo tempo amado em todo o lugar. Meu chute? Alegria. É essa a nossa principal característica, mesmo com toda a miséria e corrupção, pobre e ferrado, rico ou letrado, o brasileiro é feliz.

Suriname, Paramaribo,

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Calgary by Night

Canadá, Calgary

Calgary, no Canadá, em noite de lua quase cheia

Calgary, no Canadá, em noite de lua quase cheia


Calgary, a cidade das pradarias, dos rodeios e do petróleo é a quinta maior cidade canadense. Sua população é de pouco mais de um milhão de habitantes, bem equilibrada com a capital do estado de Alberta, a cidade de Edmonton que forma o eixo conhecido como “Calgary-Edmonton Corridor”. Um centro de comércio entre o meio oeste agrícola e as vastas pradarias que a separam do populoso leste canadense, tem tudo o que uma cidade grande oferece, bons restaurantes, alguns museus, universidades e um pequeno centro histórico. A cidade é um centro cultural que recebe muitos festivais, concertos, shows e teve os holofotes mundiais voltados para si quando sediou os Jogos Olímpicos de Inverno em 1988.

Propagandas do famoso e concorrido rodeio de Calgary, no Canadá

Propagandas do famoso e concorrido rodeio de Calgary, no Canadá


Embora o ser humano já tenha passado por estas terras há mais de 15 mil anos, na sua descida do Estreito de Bering para popular todo o continente, a origem da vila foi nos tempos coloniais com tropas enviadas pela coroa britânica para proteger suas fronteiras e o rico mercado de peles dos vizinhos americanos. Uma das grandes mercadorias do Canadá no período colonial era a pele de castor que conhecemos dos chapéus russos e dos exploradores dos países do norte, aquele com um rabinho caído do lado. Foi a caça desse pobre animal que movimentou o comercio desta região durante todo o período colonial.

Calgary, no Canadá, vista do alto da torre mais alta da cidade

Calgary, no Canadá, vista do alto da torre mais alta da cidade


Foi pelos idos de 1883, no caminho da recém inaugurada Canadian Pacific Railway, que a cidade se tornou um centro comercial e agrícola da região, além da principal porta de entrada para o primeiro parque nacional nas Montanhas Rochosas Canandeses: Banff criado em 1885. Apenas em meados de 1950 foi que Calgary experimentou o boom econômico e cresceu vertiginosamente devido à descoberta e exploração de petróleo na região.

A quase 200 metros de altura, sobre o piso de vidro da torre mais alta de Calgary, no Canadá

A quase 200 metros de altura, sobre o piso de vidro da torre mais alta de Calgary, no Canadá


Depois de duas semanas cruzando o meio-norte dos Estados Unidos foi bom chegar em uma cidade grande. A cidade tem o estilo de urbanização norte americano, bem espalhada com grandes avenidas e estradas, quase impossível se locomover a pé. Ficamos hospedados em um Boutique Motel a 10 minutos de carro do centro. O Centro Boutique Motel foi o primeiro que encontramos nesse estilo. Um motel aqui no Canadá e nos Estados Unidos é um hotel de beira de estrada, daqueles que você estaciona seu carro em frente, com serviço bem básico e preços mais acessíveis. O que eles fizeram foi remodelar um motel antigão, dando um toque moderno na decoração e incrementado com pequenos confortos só oferecidos em hotéis, conceito bem interessante. Aproveitamos o dia em Calgary e o nosso confortável motel para descansar dos longos dias de estrada, dar um banho na Fiona e trabalhar nos blogs.

Fiona de banho tomado em frente ao nosso

Fiona de banho tomado em frente ao nosso


Além dos museus, quilômetros de trilhas e ciclovias ao redor da área verde de Calgary e do Parque Olímpico, a cena gastronômica é uma das grandes atrações da cidade. Por isso, à noite fomos jantar no restaurante 360°, a 191m de altura, no alto da Calgary Tower. O restaurante giratório tem pratos maravilhosos e uma vista espetacular da cidade, ainda mais charmosa durante a noite.

Um delicioso jantar no restaurante giratório da torre mais alta de Calgary, no Canadá

Um delicioso jantar no restaurante giratório da torre mais alta de Calgary, no Canadá


Amanhã caímos na estrada novamente rumo ao Banff, Icefields e Jasper National Park para conhecer as Rochosas Canadenses em pleno feriado nacional.

A quase 200 metros de altura, sobre o piso de vidro da torre mais alta de Calgary, no Canadá

A quase 200 metros de altura, sobre o piso de vidro da torre mais alta de Calgary, no Canadá

Canadá, Calgary, Calgary Tower, cidade

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Trâmites Portuários

Colômbia, Cartagena, Panamá, Colón, Cidade do Panamá

Alguns dos documentos requeridos ou processados para o  envio da Fiona da Colômbia ao Panamá

Alguns dos documentos requeridos ou processados para o envio da Fiona da Colômbia ao Panamá


Há duas formas de enviar o carro, ou por contêiner ou como carga solta, também conhecido como Ro-Ro. A princípio pensamos em fazer o transporte da Fiona por contêiner, nos diziam ser muito mais seguro. Porém, o preço é quase o dobro e aí teríamos que contratar um agente para fazer os trâmites, o que não diminuiria muito o nosso trabalho, pois precisamos estar presentes em todas as inspeções e definições no porto.

Instruções para o processo de envio da Fiona da Colômbia ao Panamá

Instruções para o processo de envio da Fiona da Colômbia ao Panamá


Do tal agente portuário, estamos esperando resposta até agora, com custos e opções. Se quiserem a indicação de alguém, Rodrigo conheceu uma agente no porto que pareceu agilizada. Embora não tenhamos contratado ela ajudou Rodrigo e Patrício nas idas e vindas entre a Sociedade Portuária e o Contecar.

Documento emitido no porto, um dos muitos no processo de envio da Fiona da Colômbia ao Panamá

Documento emitido no porto, um dos muitos no processo de envio da Fiona da Colômbia ao Panamá


Coloco abaixo uma planilha comparativa com as informações gerais. Deixando claro que esta foi a nossa experiência, para ajudar os que planejam esta viagem a ter uma noção de como funcionam as coisas. As regras podem mudar de uma hora para outra e tampouco somos especialistas em trâmites portuários. Aí vai:

TRANSPORTE DE UM CARRO ABAIXO DE 20m3
(Cubicagem média de uma van ou uma caminhonete tipo Fiona)

Dúvidas mais frequentesCarga SoltaContenedor1000dias
Empresa de CargasNaves ColômbiaSea Board MarineNaves Colômbia
Agente portuárioNão obrigatório. Se quer mesmo assim, custa em torno de US$ 165,00Agente obrigatório, honorário incluido no custo abaixo.Rodrigo Junqueira, vulgo maridão.
Tempo médios p/ trâmites (sem contar feriados e fds)4 dias4 dias11 dias
Quantos dias para ingressar o carro no porto?Dois dias antes do navio aportar.Pode-se ingressar antes, pagando a bodegagem dos dias excedentes.12 dias
Quanto tempo para o transporte?Depende do itinerário do navio, em geral 1 dia. Depende do itinerário do navio, em geral 1 dia. 1 dia
Quantos dias para desembaraçar o carro no Panamá?1 a 3 dias1 a 3 diasa confirmar
Seguro de Vida (com liberação da adm. portuária)Obrigatório. Custa em torno de 50 mil pesos para 3 dias na Liberty Seguros.Obrigatório. Custa em torno de 50 mil pesos para 3 dias na Liberty Seguros.Fizemos com Liberty por 2 dias e pedimos extensão por mais 3.
Custo de bodegagem no Contecar (primeiros 3 dias gratuitos)US$ 5,00 por dia (aprox.)Varia conforme o volume do conteiner.2 dias - 17 mil pesos
Inspeção DIANDia de entrada no porto.Dia de entrada no porto.17/nov
Inspeção Anti-NarcóticosDia de chegada do navio.Dia em que o carro é colocado no conteiner.Reagendada 3 vezes, feita no dia 20/11.
Nível de EstresseAltíssimoMédioSurreal
Pior que pode acontecerFurtos pequenos no veículo.Mais burocracia, por isso deve-se contratar o agente.Quase tudo!
Preço Médio (aproximado)US$ 900,00US$ 1.600,00US$ 900,00


DOCUMENTOS EMITIDOS NO PROCESSO

Documento colombiano da Fiona

Documento colombiano da Fiona



A sua primeira visita a Naves será bem esclarecedora e eles já lhe darão um papel com todos os procedimentos. Estes são os principais documentos emitidos durante o processo. É claro que para se chegar neles existem mais de um formulário que deve ser preenchido em cada etapa do processo, na Sociedade Portuária, DIAN e Contecar.

• Seguro de Vida - obrigatório para entrar nas dependências do porto.
• Inscrição do responsável do veículo no porto, com seguro de vida e documentação válida (passaporte) – irá liberar a entrada do responsável no porto.
• Documento de Autorização de Re-Exportação ou saída de veículo de turista (DIAN) – este é retirado com a apresentação do documento de Importação do Veículo já retirado na fronteira de entrada.
• Agendamento da inspeção do DIAN, retirado junto da autorização de re-exportação.
• Agendamento da inspeção Anti-narcóticos um dia antes da chegada do buque.
• Bill of Lading – documento que comprova o envio do carro, pagamento do frete e os impostos. Será emitido após o pagamento do frete e com o carro embarcado. Imprescindível para a retirada do carro no Panamá.

O tão desejado 'Bill of Laden', documento vital para envio da Fiona da Colômbia ao Panamá

O tão desejado "Bill of Laden", documento vital para envio da Fiona da Colômbia ao Panamá



GLOSSÁRIO PORTUÁRIO CARTAGENERO

Ro-Ro - "Roll in, Roll out" - traduzindo carro é dirigido para dentro e para fora do barco.
Contenedor – contêiner, aquela caixa grande de ferro feita para transporte de mercadorias.
Buque - Navio que levará seu carro.
Bill of Lading - Papel de Embarque, nosso amigo "Binladen".
Naviera - Companhias donas dos navios.
Cubicage - Metragem cúbica do seu carro - Altura x Comprimento x Largura.
Bodegage - Armazenagem.
Contecar - Porto a 15 km do centro antigo.
Sociedad Portuária - Sede admintrativa do porto em Manga, há 2 km do centro antigo.
El buque vá retrasar - Tudo aquilo que você não quer ouvir.
El buque fue cancelado - Fodeu! Espere o próximo navio.

A Fiona muda de navio para viajar ao Panamá

A Fiona muda de navio para viajar ao Panamá


As últimas dicas que posso dar é que vocês verifiquem com a companhia naviera que fará o seu transporte, qual é a próxima data disponível, antes de ir à Cartagena. Nós ficamos 12 dias lá não só por atrasos dos buques e festas, mas também por não ter feito esta ligação. Assim vocês poderão ficar uns dias a mais em Mompós, Medellin ou mudar o roteiro sem grandes problemas. É válida a tentativa de reserva de espaço no buque por email ou telefone, garantindo que não perderão a viagem por falta de espaço. Cheguem com pelo menos 5 dias úteis de antecedência na cidade e garantam que não há nenhum feriado no período. Se algo der errado, que não seja por falta de tempo. Espero que as informações acima tenham ajudado no planejamento da próxima aventura. No mais só posso desejar uma ótima viagem e que voltem com muitas histórias para nos contar!

Colômbia, Cartagena, Panamá, Colón, Cidade do Panamá, Cartagena de Índias, Contecar, Crossing to Colombia, Naves Colombia, Panamá

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Welcome to Philly!

Estados Unidos, Pennsylvania, Philadelphia

O famoso museu de Belas Artes de Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

O famoso museu de Belas Artes de Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos


Philladelphia era um grande buraco na nossa programação, mas não poderíamos deixar de conhecer a cidade que já foi uma das capitais americanas, local onde foi assinada a Declaração da Independência dos Estados Unidos, e respirar um pouco de sua história.

Visitando Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

Visitando Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos


Admirando a maior tela de LCD dos EUA, no prédio da Comcast, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Admirando a maior tela de LCD dos EUA, no prédio da Comcast, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Arranha-céus de Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

Arranha-céus de Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos


A programação do dia ganhou uma participação mais do que especial do nosso amigo blogueiro Oscar do MauOscar.com, que não apenas nos acompanhou, mas foi o nosso super guia pelas ruas e atrações de Philly.

Com o Oscar, em visita à Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Com o Oscar, em visita à Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


O tour começou no Reading Terminal Market, onde está a sorveteria mais antiga dos Estados Unidos. Um mundo de guloseimas e american foods nos incitavam a quebrar todas as dietas! A área produtos frescos produzidos pelos Amishes estava fechada, segunda-feira tem dessas... e a fila para o Cheese Steak mais famoso estava proibitiva!

O movimentado e tradicional Reading Market, em Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

O movimentado e tradicional Reading Market, em Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos


Reading Market, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Reading Market, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Com apenas um dia pela capital da Penslvânia, não tínhamos tempo algum a perder, próxima parada City Hall. O imponente prédio possui um mirante ótimo da cidade, mas seu minúsculo elevador só pode levar 4 pessoas por viagem. Compramos nossos tickets e já deixamos agendada a carona para o final da tarde.

Prédio da City Hall de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Prédio da City Hall de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Visita à torre do City Hall de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Visita à torre do City Hall de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


O Independence Hall é a atração obrigatória na cidade e também precisa de horário marcado e este o Oscar já havia reservado para nós, às 13h45 da tarde. O tour acompanhando de uma guia e guarda-parque, em seu uniforme de park ranger, que faz um bom resumo da história da independência americana.

O prédio do Independence Hall, retratado na nota de 100 dólares, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

O prédio do Independence Hall, retratado na nota de 100 dólares, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


O prédio onde foi assinada a declaração de independência dos Estados Unidos é o símbolo da nota de 100 dólares. Nele representantes dos 13 primeiros estados determinaram os pilares da cultura e sociedade americana, discutindo e definindo a constituição do novo país. Personalidades como George Washington, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e outros 53 delegados passaram por esta sala. Será que eles tinham ideia que escreviam o futuro da maior nação do mundo? Que responsabilidade!

Mesas com objetos da época da declaração de independência, no Independence Hall, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Mesas com objetos da época da declaração de independência, no Independence Hall, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Nossa guia nos mostra quadro no Independence Hall, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Nossa guia nos mostra quadro no Independence Hall, em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


A Pensilvânia ganhou o apelido de Keystone State por sua localização estratégica entre as 13 primeiras colônias que formaram os Estados Unidos. Desde os tempos coloniais o “Quacker State” garantiu na sua constituição a liberdade de consciência, tornando-se um dos redutos preferenciais dos Quackers, Amishes e praticantes de diferentes religiões que enfrentavam hostilidade por sua escolha religiosa.

Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos, vista do alto da torre do City Hall

Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos, vista do alto da torre do City Hall


Ele era também o primeiro estado na fronteira com os estados realistas (ou loyalists) do sul, que eram fiéis à Coroa Britânica e lutavam para manter o regime escravocrata. Ao atravessar a fronteira do estado os negros estavam livres e tinham sua liberdade assegurada pela constituição, o que explica o maior percentual de afrodescendentes na sua população.


Enquanto andamos pelas ruas notamos que há uma semelhança maior ao sul americano, população mais miscigenada, mais pobreza, nada comparada à América Latina, mas de alguma forma isso me dá uma sensação de uma cidade mais real. O que é a realidade afinal? Um mundo de casas sem muros e grades, sem medo e violência, sem pobreza e sem fome pode ser real? Um mundo onde temos que nos esconder e nos acostumar a ver pobreza e aceitar que esse é simplesmente um modo de vida é o mundo real? Enfim... depois de algum tempo viajando ao redor do nordeste americano estas cenas, tão comuns a nós latino-americanos, se tornam raríssimas, senão inexistentes.

Little Italy de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Little Italy de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


A pausa para o almoço na realidade era mais uma parte chave do roteiro turístico pela cidade. Vamos à South Philly à uma das esquinas gastronômicas mais famosas da cidade provar o delicioso Philly Steak Cheese. De um lado Geno´s e do outro Pat´s Steak, ambos vivem em uma competição eterna pelo melhor sanduíche de carne picadinha na chapa, com queijo e cebola. Sugestão? Prove os dois e com o queijo whiz e cebola, para uma comparação justa. Nós provamos com provolone, muito bom, mas o gorduroso whiz cheese parece ser mais roots!

Famoso restaurante de Cheese Steak em Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

Famoso restaurante de Cheese Steak em Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos


O mais tradicional restaurante de Chesse Steak em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

O mais tradicional restaurante de Chesse Steak em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Comendo um delicioso Cheese Steak em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Comendo um delicioso Cheese Steak em Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Passamos pela Little Italy, pelas ruas e bancas de legumes, lojas de queijos e frios e pilhas de molhos de tomate da mama já entrando no clima Silverster Stalone. Era nessas ruas que Rocky treinava a caminho das escadarias do Museu de Belas Artes.

Visita ao Museu de Belas Artes de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

Visita ao Museu de Belas Artes de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Foi lá que terminamos o nosso tour pelas ruas de Philadelphia, o passeio não estaria completo sem uma corridinha a la Rocky! Centenas de pessoas sobem essas escadarias e imitam o clássico hollywoodiano que fez parte da vida de toda uma geração!

A estátua do Rocky (Sylvester Stallone), no Museu de Belas Artes de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

A estátua do Rocky (Sylvester Stallone), no Museu de Belas Artes de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


No carro do Oscar, pelas ruas de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos

No carro do Oscar, pelas ruas de Philadelphia, na Pennsylvania, nos Estados Unidos


Nos despedimos de Oscar, torcendo para nos encontrarmos novamente pelas estradas dessa América. Com certeza iremos visitá-lo em mais algum canto deste mundo! A chuva chega para acinzentar a paisagem, é hora de partir.

Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

Philadelphia, em Pennsylvania, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Pennsylvania, Philadelphia, cidade histórica

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Welcome to Arizona!

Estados Unidos, Arizona, Flagstaff, Sedona

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


A região de Flagstsaff oferece muitas atividades de aventura e natureza para o pouco tempo que temos. No inverno o Snowbowl é a principal atração, com uma estação de esqui que é o principal playground de toda a região. No verão a estação fecha, mas uma infinidade de trilhas e passeios se abrem para descobrirmos um Arizona mais parecido com os que temos na nossa memória.

Quando há neve, a região do Humphrey Peak atrai muitos esquiadores à Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Quando há neve, a região do Humphrey Peak atrai muitos esquiadores à Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Começamos o dia lá mesmo, na entrada do Snowbowl. Já com pouca neve, a estação de esqui fechou há uma semana. Ainda assim o tempo nos dois últimos dias esfriou e na última noite tivemos neve no alto das montanhas, nos contou um dos funcionários. Eles nos advertiram que a trilha para o Humphreys Peak não estaria muito fácil de ser visualizada e mais difícil de ser acessada depois dos 11 mil pés, mas que conseguiríamos ter uma boa vista.

Início da trilha para subir o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Início da trilha para subir o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Nosso plano não era chegar até o topo, já que este seria um trekking de 8 horas. A trilha completa tem em torno de 4,5 milhas, pouco mais de 7 km. Caminhamos entre pinheiros e árvores imensas, cruzando o tempo todo com pegadas de esquilos, coelhos e raposas. A neve estava fofa em vários trechos da trilha, mas havia também pegadas frescas de pelo menos mais duas pessoas que entraram na trilha mais cedo rumo ao pico.

Depois da neve da madrugada, os pinheiros estavam brancos na subida do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Depois da neve da madrugada, os pinheiros estavam brancos na subida do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Subimos lentamente por aproximadamente 2 milhas, quando as pegadas começaram a ficar desencontradas, a trilha mais difícil de encontrar e a neve muito fofa. Conseguimos ainda ter uma vista bacana da região, lagos e uma floresta verde de coníferas.

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Após nos afundarmos na neve até os joelhos, hora de dar meia volta e regressar em direção ao próximo destino, em direção à cidade de Sedona.

Muita neve na trilha que sobe o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos

Muita neve na trilha que sobe o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos


Existem duas estradas de Flagstaff para Sedona e aqui você definitivamente deve pegar a estrada do Oak Creek Canyon, que talvez seja até mais curta, mas suas curvas a tornam muito mais prazerosa e demorada.

O belo canyon de Oak Creek, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

O belo canyon de Oak Creek, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Afundamos rapidamente no cânion e aos poucos conseguimos enxergar as formações rochosas e avermelhadas dos arredores. Pousadas charmosas na beira do rio e várias opções de campings já mostram que o lugar é famoso entre os americanos para feriados e férias.

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Nesta mesma estrada encontramos a entrada do Slide Rock State Park, o trecho mais cênico do Oak Creek Canyon, onde o riacho esculpiu gentilmente as pedras e formou um balneário natural lindo.

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Uma antiga plantação de maçãs, hoje o parque estadual conta com uma pequena infra-estrutura de bar, banheiros e área de piquenique. A trilha passa pelas macieiras e segue rio acima.

Bosque de macieiras no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

Bosque de macieiras no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Os corajosos entram na água que deve estar perto dos 16°C de temperatura, homens, mulheres e crianças, se esbaldando nas piscininhas e corredeiras do rio enquanto o sol ajudava a esquentar. O parque fecha as 17h, hora de continuarmos em direção à Sedona.

As belas paisagens do Oak Creek Canyon, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

As belas paisagens do Oak Creek Canyon, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos


Se você vai visitar a região e seu foco não for o Snowbowl de Flagstaff (montanhas e estação de esqui), ou mesmo que seja, mas não tenha preguiça de dirigir, sem dúvida alguma Sedona é deve ser a sua base. Uma cidade charmosa para os padrões americanos, com um boulevard agradável de caminhar com várias opções de cafés, restaurantes e curiosidades do mundo místico.

A cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos, está no meio de uma incrível paisagem

A cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos, está no meio de uma incrível paisagem


Massagens, terapias alternativas e palestras sobre a kundaline são facilmente encontradas em cartazes da cidade. Algumas pessoas implicam com esse “povo alternativo”, como eu sou filha de uma médica homeopata e um psicólogo transpessoal, eu adoraria passar um tempo por aqui explorando e conhecendo por mais tempo. Normalmente esse “povo alternativo” escolhe uns lugares bem especiais para montar sua base, lugares com uma energia especial. Você não precisa ser muito sensitivo para perceber isso, é só olhar ao redor.

Enormes paredões coloridos ao lado da cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

Enormes paredões coloridos ao lado da cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos

Estados Unidos, Arizona, Flagstaff, Sedona, Natureza, Oak Creek Canyon, Slide Rock State Park, Trekking

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Amigos na Estrada

Canadá, Vancouver

Bruno, Gabriel, Gustavo e Leonardo, da expedição 4x1, saltam para foto na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá

Bruno, Gabriel, Gustavo e Leonardo, da expedição 4x1, saltam para foto na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá


Durante estes 890 dias da estrada fizemos muitos amigos. Alguns deles talvez nunca reencontremos, foram anjos que passaram, participaram das nossas vidas das mais variadas formas e ficaram. Ficaram em suas casas, suas vidas e nós seguimos cada dia em um lugar diferente, com pessoas novas e vivendo experiências maravilhosas. Entretanto, essa vida itinerante é um pouco solitária, ficamos longe da nossa família e dos amigos que cultivamos por tantos anos antes de colocarmos o pé na estrada.

Discutindo caminhos e rotas com o Gabriel, da expedição 4x1, em Vancouver, no Canadá

Discutindo caminhos e rotas com o Gabriel, da expedição 4x1, em Vancouver, no Canadá


Muitos desses amigos reencontramos na internet, os novos e os velhos. Alguns que até já havíamos perdido o contato nos redescobrem nessa aventura e as afinidades retornam, os laços se estreitam e os círculos se renovam. Adoro isso! Quem me conhece um pouco melhor sabe, eu sou super social, falo pelos cotovelos e adoro (re)encontrar amigos!

Não poderia faltar uma boa ideia no encontro dos brasileiros no Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá

Não poderia faltar uma boa ideia no encontro dos brasileiros no Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá


Eu nunca pensei que iria gostar tanto das redes sociais como gosto hoje, pois sou o tipo que gosta de contato pessoal, conversas profundas, aquelas de amigo para amigo, além de bons papo no boteco, festas e afins. Mas, como dizem por aí, as redes sociais nos apresentaram um novo mundo, nos aproximaram de pessoas com interesses comuns, que provavelmente nunca iríamos conhecer não fosse pelo facebook ou o twitter. Estes amigos virtuais compartilham conosco afinidades, sonhos e hoje são parte imprescindível da viagem! Amigos que nos acompanham desde o começo como a Cleo, o Virgilio, a Katia, a Tatiana, a Paula, o Leandro e tantos outros que nos fazem companhia nessa aventura pelas estradas da América. No twitter os blogueiros da #viajosfera estão sempre atentos, trocando experiências, ensinando e aprendendo com o intercâmbio entre os viajantes apaixonados por dividir suas histórias e dicas mundo afora.

Encontro das expedições 1000dias e 4x1 no Boteco Brasil, da Márcia, em Vancouver, no Canadá

Encontro das expedições 1000dias e 4x1 no Boteco Brasil, da Márcia, em Vancouver, no Canadá


É neste universo que descobrimos também que nós não somos os únicos malucos a pegar o carro e sair viajando pelo mundo! Já conhecíamos uns casos, alguns deles nos inspiraram como o pessoal do Viagens Maneiras, que deu a volta ao mundo com o seu cão labrador na carona. Foi nessa viagem que o Tapa se tornou o cão mais viajado do mundo! Além deles já estiveram na estrada também o casal do Challenging your Dreams e do Mundo por Terra. Agora, os mais viajantes são sem dúvida nossos hermanos argentinos, que com o ímpeto “Che Guevara” botam o pé na estrada, vivendo em comunidades alternativas, de arte e amor, virando artesãos e nunca mais voltam! Sua vida passa a ser a estrada. Várias famílias com crianças pequenas descobrem as mais diversas formas de seguir e proporcionar aos filhos a maior das escolas: a vida! A mais famosa delas é a Familia Zapp, que já lançou um livro chamado Atrapa tu sueño, onde contam a aventura de mais de 10 anos pelo mundo a bordo de um Graham-Paige 1928, com seus 4 filhos nascidos na estrada!

Com o Jorge e a Meli, ao lado da 'casa' deles, a simpática Lunita, em Anchorage, no Alaska

Com o Jorge e a Meli, ao lado da "casa" deles, a simpática Lunita, em Anchorage, no Alaska


Recentemente encontramos no Alasca os Kombianos, casal de colombianos Meli e Jorge, que já estão na estrada há 4 anos e sem planos de parar. Eles viajam na Lunita, uma Kombi-casa companheira de todas as horas. Hoje nós os reencontramos aqui em Vancouver, depois de um mês de estrada, e pudemos ter aquela sensação gostosa de rever amigos, jogar papo fora e conversar sobre histórias e sentimentos comuns, que só quem está nessa vida consegue realmente entender. Depois de devorarmos um prato inteiro de brigadeiro, estava na hora de nos prepararmos para outro encontro de amigos viajantes. Um encontro mais do que especial que reuniu duas expedições brasileiras que estão na estrada, com tempos e roteiros um pouco diferentes, mas objetivos muito parecidos: viver intensamente, conhecer e compartilhar as nossas aventuras!

Encontro com os colombianos Jprge e Meli, em Anchorage, no Alaska

Encontro com os colombianos Jprge e Meli, em Anchorage, no Alaska


A Expedição 4 x 1 – Retrato das Américas, dos brasileiros Gustavo, Gabriel, Leonardo, Bruno e André, saiu do Brasil há pouco mais de 5 meses cruzou a América do Sul, enviou a Tajanura (nova amiga da Fiona) de navio de Cartagena até Seattle para conseguir chegar antes do inverno no Alasca. Lá quase nos encontramos, mas nesses roteiros malucos que traçamos, uma coincidência dessas é fato a ser comemorado em grande estilo! Por isso combinamos de nos encontrar em um lugar muito especial aqui na metrópole canadese, o Boteco Brasil!

Encontro do 1000dias e o 4x1 em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)

Encontro do 1000dias e o 4x1 em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)


A Fiona e a Tanajura (4x1), encontro de carros brasileiros na frente do Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá

A Fiona e a Tanajura (4x1), encontro de carros brasileiros na frente do Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá


O bar e restaurante brasileiro foi aberto por Márcia, que imigrou para o Canadá há 26 anos, mas sempre sentiu saudades de um boteco brasileiro. Aquele lugar que podemos sentar, pedir uma capirinha, comer um pão de queijo, coxinhas, pasteizinhos enquanto escutamos um samba e conversamos sem pressa. Aí quando a fome apertar, mandar descer a feijoada, acompanhada de uma farofinha, couve refogada e até um guaraná antártica! É gente, estamos no Brasil! A noite do primeiro encontro foi ao som de uma banda brazuca, muitas histórias e samba no pé, tentando ensinar um pouco da nossa ginga à Meli e Jorge, que prometeram me ensinar a dançar salsa!

Enconttro das expedições brasileiras 1000dias e 4x1, além dos Kombianos, em frente ao Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá

Enconttro das expedições brasileiras 1000dias e 4x1, além dos Kombianos, em frente ao Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá


Conhecemos 4 dos 5 aventureiros, o André estava em um detour programado à NY e voltará a encontrá-los daqui a alguns dias. A simpatia dos rapazes é tanta que nós voltamos a nos encontrar nos próximos dois dias. O segundo encontro foi num final de tarde no “nosso” apartamento em Vancouver, tomando chá, contando causos e nem vimos a hora passar! Jantamos em um restaurante mongol e quando nos demos conta já era mais de meia-noite. Também, essa turma tem história!

Jantando com os brasileiros da expedição 4x1 em restaurante mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)

Jantando com os brasileiros da expedição 4x1 em restaurante mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)


No dia seguinte voltamos ao Boteco Brasil para um almoço completo, igualzinho à descrição ali acima. Hummm, que saudades dessa comida e desse clima gostoso. Todo mundo falando junto ao mesmo tempo (português, é claro), com a Globo ligada e muitas risadas. Eles nos acompanharam na programação da tarde pelas praias e parques da English Bay, terminando em um jantarzinho e show de Burlesque em Gastown. Dia cheio e em boa companhia!

Deliciosa comida brasileira no Boteco Brasil, no encontro das expedições 1000dias e 4x1, em Vancouver, no Canadá

Deliciosa comida brasileira no Boteco Brasil, no encontro das expedições 1000dias e 4x1, em Vancouver, no Canadá


Novamente, é aquela sensação bacana de estar junto com alguém que compartilha das mesmas ideias, sentimentos e espírito de aventura. Trocamos muitas histórias, dicas e informações que com certeza ajudarão ambas as expedições a seguir firmes e valentes em suas trajetórias. O pessoal da 4x1 segue de Vancouver para as Rochosas Canadenses e depois cruza os EUA passando pelo Yellowstone e vários parques nacionais. Eles têm pelo menos mais 10 meses de estrada para cruzar toda a América e voltar ao Brasil. Boa viagem amigos! Vamos ver se conseguiremos nos encontrar novamente no caminho.

Junto com os brasileiros do 4x1 em parque de Vancouver, no Canadá

Junto com os brasileiros do 4x1 em parque de Vancouver, no Canadá

Canadá, Vancouver, Amigos, Expedição 4 x 1

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Epicentro: Port-au-Prince

Haiti, Port-au-Prince

Praça central de Port-au-Prince, capital do Haiti

Praça central de Port-au-Prince, capital do Haiti


Port-au-Prince, a capital haitiana, é um dos últimos lugares que qualquer pessoa pensaria em fazer turismo nos tempos atuais. Primeiro por que praticamente tudo (do pouco) que tinha para ser conhecido no centro da cidade foi destruído no terremoto de 12 de Janeiro de 2010. Segundo por que após o terremoto, o país que já era assolado pela pobreza, passou por ondas de violência e doenças resultantes da catástrofe. Assaltos e sequestros, inclusive de membros das organizações religiosas e ONGs que estavam aqui para ajudar o país, se espalharam pela capital, afinal as prisões foram destruídas e todos os presos voltaram à ativa. Soldados de todos os cantos do mundo vieram para o Haiti e ao que tudo indica foram os nepaleses que trouxeram para a ilha um tipo de cólera que resultou em surto, variedade anteriormente inexistente no país. Terceiro por que Port-au-Prince é uma cidade grande de um país subdesenvolvido e, mesmo se não tivesse passado pelo terremoto, já não teria tantas atrações a oferecer, ela seria o ponto de chegada e partida de uma viagem pelo Haiti, mas não o destino por si só.

Comida preparada e vendida nas ruas centrais de Port-au-Prince, capital do Haiti

Comida preparada e vendida nas ruas centrais de Port-au-Prince, capital do Haiti


É, não somos turistas muito tradicionais mesmo. A curiosidade de ver como o epicentro de uma tragédia está se levantando, foi um dos motivos que nos fez decidir passar ao menos um dia explorando o centro de Port-au-Prince. Subimos em uma moto-táxi em Pétion-Ville rumo à parte baixa da cidade. Jackson não hesitou em colocar nós dois na garupa e, com um ótimo equilíbrio nos guiar pelas ladeiras que nos levariam até o centro. No caminho o pneu furou, paramos para consertar e aproveitamos para conhecer as vizinhanças intermediárias. Não importa por onde andamos sempre vemos muitos escolares, bom sinal para o país.

Nossa moto-taxi furou o pneu no caminho para o centro de Port-au-Prince, capital do Haiti

Nossa moto-taxi furou o pneu no caminho para o centro de Port-au-Prince, capital do Haiti


A região central foi a mais destruída pelo terremoto e não tínhamos ideia do que iríamos encontrar por lá. Sabíamos que havia a praça principal, Champs de Mars, o antigo palácio da presidência, a igreja onde faleceu a Irmã Zilda Arns e um hotel bem tradicional, o Hotel Oloffson. Nós esperávamos ver escombros, ruas e prédios destruídos, talvez meio abandonados, e ao invés disso encontramos uma cidade movimentada, ruas e praças lotadas com centenas de estudantes andando de lá para cá.

O tradicional hotel Oloffson, no centro de Port-au-Prince, capital do Haiti

O tradicional hotel Oloffson, no centro de Port-au-Prince, capital do Haiti


Os escombros já foram retirados, o terreno onde estava o palácio da presidência está fechado por telas. Espiamos pelos buraquinhos e vimos que o prédio já foi todo retirado, os gramados estão verdinhos e uma casa e contêineres estão substituindo os escritórios. Se não soubesse do terremoto e ninguém me contasse, eu não poderia dizer que algo desta magnitude aconteceu. Talvez aos que já conhecessem a cidade e soubessem dos grandes edifícios, mas não para nós, que o máximo que conseguimos achar foram alguns prédios rachados, como os edifícios mais antigos condenados em São Paulo ou no Rio.

Monumento no centro de Port-au-Prince, capital do Haiti

Monumento no centro de Port-au-Prince, capital do Haiti


Trabalhadores e pessoas curiosas olhavam esses dois branquelos “gringos” andando pela praça, realmente devemos ser uma cena rara por essas bandas. Quase não encontramos brancos na cidade, muito menos turistas. A maioria dos brancos que estão aqui trabalham para alguma organização social ou religiosa, ou são militares trabalhando na Força de Paz da ONU. Qualquer um que viesse falar conosco nos perguntaria primeiro “com que organização vocês estão aqui no Haiti?”, e quando respondíamos que éramos meros turistas, a cara de espanto vinha misturada com um sorriso e acompanhada de um Bienvenue au Haiti!

Praça central de Port-au-Prince, capital do Haiti

Praça central de Port-au-Prince, capital do Haiti


Desde o início da viagem eu tinha em mente que quando chegasse aqui gostaria de ter ao menos uma semana para trabalhar como voluntária em alguma organização, escola, orfanato, hospital, o que fosse. Pesquisei e conversei com muitas pessoas que já haviam tido algum contato com o Haiti, mas nunca tinha conseguido algo que parecesse acessível, certamente eu não estava sabendo aonde procurar. Foi quando conheci um brasileiro, hospedado na mesma pousada que nós na cidade de Boston, que havia sido voluntário no Haiti logo após o terremoto. Ele foi o primeiro a me dar uma opinião bem realista de onde eu poderia estar me metendo. Após os seus dias no Haiti ele passou 6 meses sem dormir direito, deprimido e com pesadelos sobre tudo o que presenciou no pós-terremoto. “Se você nunca trabalhou com situações extremas e não está psicologicamente preparada para isso, pense bem se pode encarar um trabalho como este”. Eu levei em consideração o que ele falou, mas a princípio eu continuava com a ideia do voluntariado. Aos poucos eu fui absorvendo o que ele disse e pesando também com as questões práticas da viagem: tínhamos pouco tempo, o Rodrigo não estava com a mesma vontade, ou seja, teríamos que nos separar e ficaríamos com tempos diferentes de viagem, além de, de fato, eu não estar preparada para me voluntariar em uma crise humanitária. Assim decidi que viria conhecer o país primeiro, fazer contatos, analisar a situação e ver como eu me sentiria, para então voltar (ou não) para fazer um trabalho mais efetivo, tanto para a comunidade, quanto para mim.

Estudantes caminham no centro de Port-au-Prince, capital do Haiti

Estudantes caminham no centro de Port-au-Prince, capital do Haiti


Viemos ao Haiti preparados para ver o pior, afinal tudo o que escutamos e vemos na mídia são histórias arrasadoras e uma miséria incurável. Quando chegamos vimos que a miséria está lá, sem dúvida, com cicatrizes ainda maiores deixadas pelo terremoto de 2010, como milhares de desabrigados, centenas de crianças órfãs e desempregados perambulando pelas ruas. As partes mais pobres da cidade são Citté Soleil e Belair, as duas grandes favelas onde se concentram as desgraças do país e os esforços do exército brasileiro, que tem bases fixas dentro das duas áreas. Nós cruzamos Belair rapidinho em cima da nossa moto-táxi. Mesmo Jackson não gosta de passar por lá, chegando perto só nos avisou, “Guardem tudo, se segurem que vou acelerar, essa área é muito perigosa!”. Ali vimos uma certa confusão de um povo subindo um alambrado e tentando invadir um terreno cheio de carros sucateados. Parece que naquele dia iam distribuir peças ou carros e aparentemente o pessoal estava bem impaciente. Lá sim vemos o favelão que imaginamos que dominava toda Port-au-Prince. Casas provisórias de campanha que se tornaram permanentes. Estes acampamentos que ainda abrigam mais de 200 mil pessoas, não estariam tão lotados não fosse a migração de haitianos de outras áreas do país que vieram para a capital tentar pegar uma carona nas doações e assentamentos que o governo e a comunidade internacional está fazendo. Ou seja... nada está tão ruim que não possa piorar.

Monumento ao heroi da independência na praça central de Port-au-Prince, capital do Haiti

Monumento ao heroi da independência na praça central de Port-au-Prince, capital do Haiti


Ao mesmo tempo essa miséria não é muito diferente da que conhecemos nos tempos paupérrimos do Brasil. Falo da miséria verdadeira, não das nossas favelas atuais que tem luz, gatonet e 2 televisores em cada casa. Se você já entrou em uma favela sabe do que estou falando, falta de saneamento básico e energia elétrica, lixões entre as casas, crianças brincando no lixo sem roupa, sem ter água para beber e qualquer comida para comer. Não andei pelas favelas daqui, mas passeio no meio dela em cima de uma moto e posso dizer que reconheci...

Comida preparada e vendida nas ruas centrais de Port-au-Prince, capital do Haiti

Comida preparada e vendida nas ruas centrais de Port-au-Prince, capital do Haiti


Seguimos cruzando caminhões da ONU, comendo poeira e costurando entre outras motos, carros e tap-taps. Nosso motorista era bom! Mais meia hora na garupa e chegamos ao Campo Charlie, principal base das tropas brasileiras aqui no Haiti. Quer melhor atividade turística em Port-au-Prince que conhecer o trabalho que o Brasil está desenvolvendo aqui? Agenda feita! Logo teremos uma visita à base do BRAENGCOY, espero vocês.

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Jamaica Reggae Yeah!

Jamaica, Negril

A maravilhosa praia de Long Bay, em Negril, na Jamaica

A maravilhosa praia de Long Bay, em Negril, na Jamaica


Eu estive pensando... ando querendo encontrar a verdadeira Jamaica. Qual será essa Jamaica? Qual é a imagem que eu tenho? Sem dúvida o primeiro contato que eu tive com a cultura “jamaicana” foi através das músicas de Bob Marley.

Toalhas à venda em  Negril, na Jamaica

Toalhas à venda em Negril, na Jamaica


Reggae, com temas sociais e religiosos, como o preconceito, a pobreza e o rastafarianismo aos poucos foram moldando a imagem que eu fazia do país. Mais do que o lugar, eu sempre imaginei encontrar as pessoas, conhecer seus costumes, sua forma de pensar e seu estilo de vida. O problema é que estou esperando ver a Jamaica de 20 anos atrás. Somado a isso, ainda estão as notícias de alta criminalidade e tensões políticas que escutamos de outros turistas ou guias de turismo. Sair de dentro do resort seria problema na certa! “Pessoas já foram assaltadas, levaram facadas e até estupradas, cuidado!”

Fim de tarde disputado e fotografado no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Fim de tarde disputado e fotografado no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica


O que encontramos é uma sociedade globalizada, desenvolvida, sim com muita pobreza também, mas nada diferente do que já encontramos em toda a América Latina. A indústria dos hotéis resorts all inclusive na Jamaica é tão grande que para se manter deve ter como estratégia de marketing espalhar estas barbáries por aí. Aos poucos vamos conhecendo pessoas como Winston, um baita negão viajado, culto e super querido que todos os dias no bar do hotel nos apresenta um pouco da boa música jamaicana.

Fim de tarde com banda de música no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Fim de tarde com banda de música no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica


Conversando com David e Antoine em Montego Bay, ficamos sabendo que dos aproximados 5,5 milhões de jamaicanos, pelo menos metade seria rastafári, 25% se dividem entre católicos e batistas, 15% chineses e indianos e cerca de 10% são estrangeiros europeus e americanos que moram na Jamaica. E se pedimos para ele chutar qual é o percentual da população que curte ganja, eles dizem 90%! Excluem aí apenas os católicos e batistas mais religiosos e assíduos. Ainda assim todos trabalham, com turismo, comércio ou são agricultores no interior.

Chegando ao famoso Rick's Cafe, em Negril, na Jamaica

Chegando ao famoso Rick's Cafe, em Negril, na Jamaica


Com estes pensamentos vou aos poucos reconstruindo a imagem da Jamaica, vendo que parte daquela cultura ainda existe e está entrelaçada com a nova onda turística em que vivem todos os países do Caribe.

A maravilhosa praia de Long Bay, em Negril, na Jamaica

A maravilhosa praia de Long Bay, em Negril, na Jamaica


Começamos uma longa caminhada pela praia, o objetivo era chegar ao final dela. Andamos pelo menos 12km, 6 indo e 6 voltando no nosso hotel, passando em frente à vários hotéis e resorts all inclusive, onde imperam os turistas de terceira idade e famílias norte-americanas. Quase chegando ao nosso objetivo, encontramos o único trecho de praia “fechada”, mas decidimos seguir, já que a principio todas as praias são públicas na Jamaica. Foi quando percebemos que estávamos no meio de vários peladões, ou seja, dentro de um resort naturista, o Hedonist Resort, um hotel all inclusive. Eu nunca tinha entrado em um e não imaginava, foi uma cena totalmente inesperada! Passar por ali era o único jeito de chegar até o final da praia, falamos com um segurança e ele nos liberou a passagem. Curioso é que o resort estava lotado, cena completamente diferente do paraíso natural que imagino que os naturistas estejam procurando. Afinal, quem paga um caminhão de dinheiro para ficar à vontade em um resort na Jamaica e tem que ficar disputando cadeira e um lugar ao sol, ainda sem nenhuma privacidade? Com roupa ou sem roupa, praia lotada dentro de um resort é o fim da picada.

Lagostas capturadas em Negril, na Jamaica

Lagostas capturadas em Negril, na Jamaica


Depois da longa caminhada nos pusemos a trabalhar em frente ao computador. Rodrigo no quarto e eu no deck, próximo à piscina em frente ao mar. Não demoraram 15 minutos para eu me entrosar com um grupo de americanos que freqüenta a praia há mais de 18 anos. Bert, Bobby, Peter e Howard vêm para a Jamaica todos os anos, alguns já tem casa e até investimentos na ilha. Bobby veio pela primeira vez em 1978, quando Negril não tinha nada a não serem palmeiras na beira da praia.

Salto com piruetas de 30 metros de altura no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Salto com piruetas de 30 metros de altura no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica


Super conhecedores do local nossos novos amigos nos adotaram e quiseram nos apresentar os principais lugares de Negril. Saímos ali do bar em direção ao Rick´s Café. No alto das pedras em West End, o Rick´s Café é uma das principais atrações de Negril. Mergulhadores profissionais fazem suas performances para saltar de trampolins instalados no alto dos penhascos. Turistas também podem saltar de um trampolim mais baixo, com pelo menos uns 12m de altura! Haja coragem! Brindamos com Bert e Peter ao por do sol, às novas amizades e à sorte que tivemos de encontrá-los ali!

Saltadores e o coletor de dinheiro, no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Saltadores e o coletor de dinheiro, no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica


Voltamos ao hotel para um período de descanso e preparativos para um show de reggae que eles nos convidaram. Chegamos ao show em um super lugar, vendo a lua e a praia, poucos turistas e um som de altíssima qualidade. Rolou até uma Jam Section entre uma das bandas e uma cantora de Blues de Louisiana, animal! No intervalo, seguindo as orientações e dicas dos nossos amigos, provamos finalmente o famoso Jerk Chicken! O frango é assado com madeiras especiais que defumam a carne com um sabor diferente e ao final o molho “jerk”, um dos preferidos na culinária jamaicana, é apimentado, mas delicioso!

Demonstração de coragem antes do incrível salto no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Demonstração de coragem antes do incrível salto no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica


Após este rápido pit stop, começou o principal show da noite: The Mighty Diamonds! O primeiro trio de reggae do país, formado em 1969 e uma das mais antigas bandas de reggae em atividade na Jamaica! Os três vocalistas eram inacreditáveis, três tiozinhos com uma voz suave e cantando em harmonia as melhores músicas de toda a sua carreira. Eu e o Rodrigo não estávamos acreditando no momento que vivíamos, lembramos dos nossos amigos que adorariam estar ali, curtindo aquele som e viajando na música e na história que passava ao vivo em frente aos nossos olhos! Momento mágico e especial que sem dúvida alguma já fez valer a nossa vinda à Jamaica, por si só!



Quem diria que o nosso melhor dia na Jamaica, seria guiado por quatro norte-americanos, todos entre 50 e 60 anos, super figuras? Adoro surpresas e quando estamos abertos para isso elas acontecem da melhor maneira possível!

Com nosso amigo amigo Bert, no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Com nosso amigo amigo Bert, no Rick's Cafe, em West End, em Negril, na Jamaica

Jamaica, Negril, Caribe, Praia, reggae

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