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Blog da Ana - 1000 dias

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SHUFFLE Há 1 ano: Há 2 anos:

Ilha das Marés

Brasil, Maranhão, Ilha de Lençóis

Praia alagadiça na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Praia alagadiça na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Circundar a ilha de Lençóis não é uma tarefa difícil, basta ter um pouco de disposição, pois o resto a ilha faz por você. As paisagens da Ilha de Lençóis são fantásticas, mesmo com dias nublados. As manhãs tem sido chuvosas neste período de inverno, então aproveitamos a tranqüilidade do nosso quarto, telhado e paredes de babaçu para trabalhar enquanto chove e saímos explorar mais perto do meio-dia, quando temos uma brecha de tempo seco.

Trabalhando no quarto da pousada na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Trabalhando no quarto da pousada na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Saímos caminhando pelas dunas altas, margeando o canal até chegar à área de manguezal. Beiramos o mangue e subimos as dunas até vermos o mar. O cenário de dunas é maravilhoso, mesmo para olhos acostumados, já que estamos vindo de tantos lençóis. Lá do alto avistamos uma lagoa e uma vastidão de areia impressionante! Todo o litoral muda com as marés, mas nunca havíamos presenciado uma mudança tão marcante. Ainda não entendemos bem como funciona a maré aqui na linha do equador, deve haver alguma explicação científica para isso, pois aqui as marés são muito grandes! A ilha deve praticamente triplicar de tamanho em marés baixas, principalmente se é lua cheia.

AS dunas da Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

AS dunas da Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Descemos as dunas para esta praia imensa, ladeamos a lagoa de água salgada e fomos explorando o terreno a cada passo que dávamos. Soubemos que no Maranhão são encontrados os únicos pontos de areia movediça no Brasil e ontem passamos por ela. É uma sensação engraçadíssima, ela parece uma gelatina, literalmente, e afunda rapidamente. Pode até haver alguma mais perigosa, como as dos filmes, mas aqui elas são praticamente inofensivas. É só não deixar atolar até o pescoço que você consegue sair. Caminhamos atentos, impressionados com a imensidão que uma pequena ilha nas reentrâncias maranhenses pode ter.

Explorando as dunas da Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Explorando as dunas da Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


A praia é completamente deserta, mas mesmo nos lugares mais distantes sempre vemos indícios da ocupação humana, seja uma garrafa de vidro na duna, sejam inúmeras redes de pescadores fixadas à beira mar, só aguardando a maré subir para entrarem em ação.

A enorme praia na maré seca na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

A enorme praia na maré seca na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Continuamos caminhando, a maré ainda está baixando e cada vez ficamos mais distantes do nosso destino. Comecei a cortar pelo meio do areal, pois circundar toda aquela planície descoberta pela água começava a se tornar um desafio muito grande para pés descalços. Nossa referência eram os cata-ventos, geradores eólicos da vila. Até agora só vimos pegadas, não cruzamos nenhuma alma viva, nem mesmo pescadores. A tranqüilidade é tão grande que quando demos por conta, já estávamos novamente no canal.

Caminhando na praia na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Caminhando na praia na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


A maré começou a subir rapidamente, seguimos andando em direção a vila pelo “mar de dentro” e mal sabia eu que a pior parte estava por vir. Chegamos a um igapó de mangue, para cruzá-lo não tínhamos escolha, tínhamos que enfiar o pé na lama. O Rodrigo foi e atolou até o joelho, praticamente. Foram pouco mais de 50m de muita lama nojenta. Era daquela mais desgraçada de mangue, com coisas duras que você fica pensando se são caranguejos ou tocos de madeira, argh! Afundei até metade da coxa, desesperada, enquanto o Rodrigo desdenhava da minha agonia com aquele sorriso sacana na cara. Não sei se a minha raiva maior era da lama ou dele, de estar rindo da minha cara. Enfim, passamos e sobrevivemos.

Cabras na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Cabras na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


A esta altura tudo o que eu queria era um banho e o almoço delicioso da Marluce. A noite ainda guardava mais uma social com os nossos pequenos amigos, lá no bar do Matias. A Micaela e o Micael vieram nos encontrar, dançamos e brincamos bastante, enquanto o Ro socializava com o Sebastião, pescador “borracho” do dia. Fomos para a pousada mais uma vez, depois de deixar os gêmeos na casa de Doza, sua mãe, dar um alô o Seu Mário e depois de ouvir a comemoração da galera quando o gerador de luz foi acionado. Tranquilos, pois sabemos que ainda teremos mais um dia nesta parte do paraíso aqui na terra.

Praia na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Praia na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Brasil, Maranhão, Ilha de Lençóis, Dunas, Reentrâncias Maranhenses

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Matacões, Rituais e a Pré-história

Brasil, Paraíba, Cabaceiras (Laje do Pai Mateus)

Lagoa formada por um rio temporário ao lado do Saco de Lã, na região de Cabaceiras - PB

Lagoa formada por um rio temporário ao lado do Saco de Lã, na região de Cabaceiras - PB


Lajes de pedra com imensos matacões esculpidos pelo vento e pela chuva compõem a paisagem da região de Cabaceiras e Boa Vista. A caatinga aqui parece mais seca, mais rala, logo nosso guia, Paulo, nos explicou a razão. No início da década de 70 desmataram toda a região para introduzir uma árvore do deserto chileno, além de crescer rapidamente ela possui madeira forte e fica verde o ano todo. Acreditava-se que esta só vingaria se não tivesse outras espécies nativas ao redor, por isso o desmatamento era obrigatório para o governo ceder a liberação para importação da planta. Esta é uma vegetação que demora para se recompor, mas hoje já foi comprovado na prática que era uma grande bobagem. A árvore chilena se adaptou muito bem ao sertão brasileiro e ficou bem entrosada com as espécies nativas.

Caatinga seca na região de Cabaceiras - PB

Caatinga seca na região de Cabaceiras - PB


Matacões são estas rochas arredondadas de origem vulcânica, também podem ser chamadas de boulders ou tors. Formações geológicas muito curiosas, são compostas de granito (feldspato, mica e quartzo) e xenólitos, rochas mais densas com mais de 1,2 milhões de anos, consideradas as mais antigas rochas do Brasil. Durante os milhões de anos as várias camadas de rocha foram sofrendo o fenômeno conhecido como “acebolamento”, pelos efeitos de pressão, aquecimento e esfriamento da rocha, quebrando suas camadas vertical e horizontalmente. Os primeiros blocos remanescentes são quadrados e aos poucos os ventos e a chuva vão abaulando e deixando as pedras neste formato arredondado.

Lajedo Manoel de Souza, na região de Cabaceiras - PB

Lajedo Manoel de Souza, na região de Cabaceiras - PB


O local conhecido como Saco de Lã ajuda bem a entender este fenômeno geológico, pois uma grande rocha foi partida em várias partes, ainda mais retangulares, que lembram sacos de lã sobrepostos. Reparem a pedra mais alta, ela, mais exposta ao sol e vento, já começa a ficar mais arredondada.

Saco de Lã, na região de Cabaceiras - PB

Saco de Lã, na região de Cabaceiras - PB


Toda esta beleza não chamou a atenção apenas de nós, homens modernos, chamou também a atenção de homens pré-históricos que deixaram aqui, impressas nestes matacões, parte de sua história e sua vida gravadas. Pinturas rupestres da tradição agreste são encontradas nos paredões do Lajedo do Manuel de Souza.

Matacão em forma de capacete no Lajedo Manoel de Souza, na região de Cabaceiras - PB

Matacão em forma de capacete no Lajedo Manoel de Souza, na região de Cabaceiras - PB


Pinturas rupestres no Lajedo Manoel de Souza, na região de Cabaceiras - PB

Pinturas rupestres no Lajedo Manoel de Souza, na região de Cabaceiras - PB


Parte desta aula de geologia nos foi dada por Djair, paraibano de 26 anos que estudou 2 anos de arqueologia e voltou para Boa Vista, para cumprir o que acredita ser a sua missão: preservar o Lajedo do Sítio Bravo. Nascido e criado na região do Cariri Paraibano, aos 12 anos ele conheceu o geólogo e empresário apaixonado pela natureza Eduardo Bagnoli. Eduardo estava explorando a região, quando pediu ao Djair que o levasse conhecer as pedras e lajedos da região. Daí nasceu uma grande amizade que apresentou um novo mundo ao jovem Djair, o mundo da geologia, arqueologia, geografia e história. Curioso e um grande entusiasta, Djair possui o projeto de construção de um museu, para exposição das peças já encontradas por ele na região. São mais de mil peças entre ferramentas pré-históricas, ossadas de animais da mega-fauna e cemitérios indígenas pré-históricos.

Pequena amostra de instrumentos pré-históricos coletados pelo Djair na região de Cabaceiras - PB

Pequena amostra de instrumentos pré-históricos coletados pelo Djair na região de Cabaceiras - PB


Dentro de sua propriedade, refizemos o caminho que acreditam ser um caminho sagrado para estes povos antigos. Pedras polidas marcam os locais importantes de rituais, sejam elas painéis de pinturas da tradição Itacoatiara, como um caminho de mais de 800m polidos à mão interligando os locais de cerimoniais. Segundo estudos e testes realizados, este polimento não poderia ter sido feito pela erosão natural, o que pode colocar abaixo a teoria da sociedade igualitária nos povos pré-históricos brasileiros.

Matacão, parte polido parte não polido, no Lajedo Sítio Bravo, região de Cabaceiras - PB

Matacão, parte polido parte não polido, no Lajedo Sítio Bravo, região de Cabaceiras - PB


Os rituais realizados buscavam locais não apenas com uma energia especial, mas também apropriados em relação ao tema. Pedras que remetem a órgãos sexuais, marcam o local onde ocorriam os rituais de acasalamento. A furna circundada por três animais esculpidos na rocha, marcam o local onde eram feitas oferendas aos deuses da natureza, para melhor caça, chuva, etc. Há também uma teoria de que estes rituais poderiam ser antropofágicos, onde os homens mais fortes e sábios eram sacrificados aos Deuses e seu conhecimento adquirido por seus pares através de sua carne.

Pedra em formato do órgão genital feminino no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB

Pedra em formato do órgão genital feminino no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB


Ao entrar nesta furna, um tipo de caverna ou toca que recebe claridade exterior, Djair tem seu próprio ritual para pedir autorização aos bons espíritos que os guardam. Esfrega alecrim do campo para liberar o aroma, protegendo o local e os visitantes que o acompanham. Logo ao fundo das mesas de cerimoniais que até hoje estão lá preservadas, fica um portal natural para o cemitério indígena. As ossadas ali encontradas são de homens fortes, daí o embasamento da tese acima descrita. Todo este tesouro arqueológico ainda está lá, aguardando verba para pesquisa e estrutura correta para escavação.

Mesa cerimonial (sacrifícios humanos?) em toca no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB

Mesa cerimonial (sacrifícios humanos?) em toca no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB


Djair já conseguiu amarrar diversas parcerias para a realização deste projeto, dentre elas o apoio da FUNDHAM, Fundação do Homem Americano. Ele viajou de bicicleta mais de 8 dias para chegar à Serra da Capivara e, sem hora marcada, conseguir apresentar seus slides para a arqueóloga Niede Guidon. Apaixonado, engajado em pesquisar, organizar, aprender e ensinar, Djair dá aulas de inglês gratuitas para as crianças da comunidade e ofereceu dar aulas de educação ambiental na escola em Boa Vista, estas, porém foram negadas. Compra briga com os caçadores para proteger as emas, teiús, etc, é ameaçado pelos seus opositores e tido como maluco pelos mais amigos.

Atravessando um 'jardim de cactus' no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB

Atravessando um "jardim de cactus" no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB


A empolgação com as explicações foi tanta que acabamos deixando a Laje do Pai Mateus para amanhã e vimos o pôr-do-sol do alto da mineradora. Além do cenário magnífico recebemos de quebra uma aula sobre o bentonita, cinza vulcânica acumulada há milhões de anos e hoje é utilizada como um tipo de isolante térmico, resultando em mais de 100 sub-produtos. Um dia intenso em que ganhamos uma aula de geologia e história no sertão.

Entrevistando o Djair no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB

Entrevistando o Djair no Lajedo Sítio Bravo, na região de Cabaceiras - PB


Pigmento usado em pinturas rupestres, na região de Cabaceiras - PB

Pigmento usado em pinturas rupestres, na região de Cabaceiras - PB


Acredito sim que cada um tem a sua missão, então que seja feita com amor e vontade. É emocionante e entusiasmante passar uma tarde com este rapaz, tão sabido e tão escolado. Meu voto e torcida é que Djair seja a Niede Guidón do Cariri Paraibano, que guardadas as proporções, já é a história que ele está construindo. Espero apenas que não demore a ter o reconhecimento e apoio para seu projeto, pois queremos ainda estar aqui para ver!

Pequena amostra de instrumentos pré-históricos coletados pelo Djair na região de Cabaceiras - PB

Pequena amostra de instrumentos pré-históricos coletados pelo Djair na região de Cabaceiras - PB

Brasil, Paraíba, Cabaceiras (Laje do Pai Mateus), Laje do Bravo, Laje do Manoel de Souza, Laje do Pai Mateus, matacão, Saco de Lã, sertão, Sítio Bravo

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A Cordilheira de Sal

Chile, San Pedro de Atacama

O deserto do Atacama no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

O deserto do Atacama no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile


Formada há 23 milhões de ano, a Cordilheira de Sal é composta de rochas sedimentárias de diversos minerais, dentre eles o sal, o gesso e a argila. Estas camadas de pedra afloraram na elevação dos Andes e ficaram escarpados, na posição vertical, e foram esculpidos pelo vento em diferentes formas, cores e brilhos, compondo uma paisagem distinta e digna de Hollywood.

Um dos mirantes no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

Um dos mirantes no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile


Pegamos o início do pôr-do-sol no mirante, onde podemos ver parte do Valle de La Luna, um dos rincões mais secos do planeta e seguimos para o vizinho, Vale da Morte, também localizado na Cordilheira de Sal a 4km de São Pedro. O vento estava absurdo e frio, mas não alterava em nada o espetáculo.

O canyon que dá acesso ao Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

O canyon que dá acesso ao Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile


Do alto víamos pequenos seres se aventurando nas pranchas de sandboard nas dunas de 120m de altura do outro lado do vale. Para os experts em surf, snow ou mesmo o sandboard deve ser mesmo emocionante! Um belo exercício, pois descer já não é fácil, imaginem subir! É uma forma diferente e mais radical de conhecer o vale para aqueles que tem prática e disposição.

Fim de tarde no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

Fim de tarde no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile


Para dar um pouco mais de emoção, nós resolvemos descer o vale pela encosta das dunas, um caminho pouco utilizado pelos carros de turismo. Só fomos por que vimos alguns rastros de carros, mas ali se a duna resolve descer, ou a Fiona atolar, estaríamos em maus lençóis.

A paisagem desértica do Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

A paisagem desértica do Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile


Visto do alto o vale inóspito e escarpado já é maravilhoso, quando adentramos no corredor de pedras é que podemos sentir ainda mais a sua grandiosidade, ou a nossa pequeneza. Ao fundo vemos a cordilheira, Licancabur, Juriques e o nosso pequeno grande amigo, o Cerro Toco. Aqui tudo é imenso, todo o cenário tem proporções andinas! Montanhas imensas e vales profundos enganam nossos olhos e fazem desse cenário real, um filme de ficção no mundo das maravilhas.

Fotografando a própria sombra, em mirante no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

Fotografando a própria sombra, em mirante no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile

Chile, San Pedro de Atacama,

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Sem meu dupla =(

Saba, The Bottom

Uma bela arraia xita durante o mergulho em Tent Reef, na costa de Saba - Caribe

Uma bela arraia xita durante o mergulho em Tent Reef, na costa de Saba - Caribe


Hoje foi mais um dia de mergulhos em Saba, mas com uma grande novidade: sem o meu amado dupla. Hoje cedo ainda não estava se sentindo bem, obviamente a indicação é ficar na pousada dormindo e descansando. Eu ficaria também se já não tivéssemos pago um pacote de mergulho sem direito de cancelamento e ressarcimento, como ele estava melhorzinho, fui.

Árvore de Natal sobre Coral-cérebro, durante mergulho em Tent Reef Wall, na costa de Saba - Caribe

Árvore de Natal sobre Coral-cérebro, durante mergulho em Tent Reef Wall, na costa de Saba - Caribe


Conseguimos mais um dia ir a ponto de mergulho diferentes, Outer Limits, Tent's Reef Wall e Big Rock Market. No primeiro fui apenas eu e um alemão em treinamento para a equipe da operadora, além do dive master. Mergulho mais profundo o Outer Limits é mais um dos pinaclos submarinos, formações em forma de agulha, o pinaclo inicia aos 27m e cai até os 50m, nós ficamos só no topo e um mergulho recreacional profundo, até os 34m. Na parede vimos uma moréia verde grandona e tivemos a visita de um Caribbean Reef Shark de aproximados 2m.

Uma bela moréia verde, durante mergulho em Outer Limits, na costa de Saba - Caribe

Uma bela moréia verde, durante mergulho em Outer Limits, na costa de Saba - Caribe


Uma bela moréia verde, durante mergulho em Outer Limits, na costa de Saba - Caribe

Uma bela moréia verde, durante mergulho em Outer Limits, na costa de Saba - Caribe


Voltamos ao porto e buscamos uma família mergulhadora, os pais que vivem em St Maarten e o filho na Inglaterra. Fomos novamente à Tent Bay, mas em um novo ponto, o Tent Reef Wall - Paredão que faz parte do conjunto conhecido como Tent Reef, ele começa aos 6,7m e desce até quase 40m. Ficamos mais rasos, 24m, onde já pudemos ver uma grande variedade de corais e esponjas, uma spanish lobster. Na parte mais rasa, corais mais jovens e uma bela tartaruguinha.

Corais semelhantes à pérolas, durante mergulho em Tent Reef Wall, na costa de Saba - Caribe

Corais semelhantes à pérolas, durante mergulho em Tent Reef Wall, na costa de Saba - Caribe


Normalmente os mergulhos terminariam por aqui, mas já que o Ro não usou os 2 últimos mergulhos dele e não teríamos ressarcimento, aproveitei e incluí um terceiro na minha lista. Big Rock Market é a única formação puramente coralínea, sem paredes de lava ou afins, estes recifes são rasos mas muito ricos em vida submarinha. Encontramos alguns boulders e um recife com uma formação parecendo a cauda de um avião. Grande variedade de peixes de coral, barracudas, um pequeno tubarão lixa e uma linda raia xita na sua hora do almoço. Ficamos uns 20 minutos com ela, para lá e para cá, super tranquila com os curiosos borbulhadores.

Peixe curioso durante mergulho em Outer Limits, na costa de Saba - Caribe

Peixe curioso durante mergulho em Outer Limits, na costa de Saba - Caribe


Fechamos a temporada de mergulho na ilha de Saba, realmente um lugar maravilhoso como sempre promete o mar do Caribe, principalmente pela diversidade de corais e peixes e no caso de Saba diferentes mergulhos, parede, pináculos, etc. Mergulhar é um dos meus hobbies preferidos, mas definitivamente não é a mesma coisa mergulhar sem meu dupla amado! Espero que ele melhore logo para St. Eustatius.

Final de mergulho em Tent Reef Wall, na costa de Saba - Caribe

Final de mergulho em Tent Reef Wall, na costa de Saba - Caribe

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Confusiones

Brasil, Piauí, Caracol (P.N. Serra das Confusões)

Pictografias na Toca do Enoque no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí

Pictografias na Toca do Enoque no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí


Uma bela noite de sono para repor a minúscula noite de sono de ontem. Deitamos para tirar um cochilo perto das 22h e dormimos até o dia seguinte! Bom, pois acordamos bem descansados e com bastante pique para o dia de hoje.

Estrada no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí

Estrada no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí


Segundo Naldo, teremos muita estrada (3 horas de carro), porém pouca caminhada pela frente. Entramos no parque, passamos pelo ponto que estacionamos ontem e chegamos à Comunidade do Capim. Lugar seco, no meio da caatinga, (ainda não entendo como este povo veio parar aqui), longe de tudo, sem água, num calor dos diabos. Há pouco tempo a FUMDHAM, ONG presidida por Niede Guidon, perfurou um poço para fornecer água à esta comunidade. Um pouco mais adiante chegamos à comunidade de Barreiros, de onde sai uma outra estrada para os recém descobertos sítios arqueológicos da Toca do Capim e Toca do Enoque.

Moradia dentro do Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí

Moradia dentro do Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí


Tínhamos pouquíssimas informações e o nosso guia, Naldo, ainda é aprendiz de seu pai. Portanto nos levou aos lugares, contou sobre a vida do entorno, porém não tinha muita informação sobre as pinturas e os sítios para nos passar. Decidimos ir direto para a Toca do Capim, já que era a mais distante. Chegando lá, primeira confusione do dia: furou o pneu da Fiona! Um graveto de madeira seca da caatinga, afiado como faca, entrou na lateral do pneu. Surreal! Já escolados pelo primeiro pneu furado, fomos direto para o nosso kit primeiros socorros da Fiona. O Rodrigo queria usar o spray, mas eu estava desconfiada, preferindo ir direto para o chicletão tapa-buracos. Lendo as instruções vimos que a segunda opção era melhor mesmo, já que o spray não funcionava direito para furos laterais. Enfiei o “esburacador”, limpei e uniformizei o buraco e enfiamos a tira de chiclete para fechar o furo. Quase funcionou... quase... o rasgo foi tão lardo que o chiclete não era grande o suficiente. Aí já íamos começar a trocar o pneu, quando descobrimos que a trava anti-furto do step simplesmente emperrou! A chave tetra não girava, estávamos sem step! Enfiamos um segundo chicletão para tentar diminuir o buraco, que ficou uns 70% fechado. Testamos o compressor e funcionou. Decidimos ver a toca do capim e seguir adiante, enchendo o pneu a cada 15 minutos, mais ou menos.

Pneu furado no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí

Pneu furado no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí


Segunda Confusione do dia, a Toca do Capim estava trancada! Foi colocada uma grade de madeira com cadeado, ok, tudo em prol da conservação. Vimos as várias pinturas rupestres dali da grade mesmo, muitas formas geométricas e muitas escavações, numa delas foi encontrado os fósseis de um menino.

Lado de fora da Toca do Capim, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí

Lado de fora da Toca do Capim, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí


Preocupados com o pneu seguimos estrada em direção ao povoado até a entrada para o Enoque. O pneu agüentou bem, decidimos ir até lá. Chegamos e vimos o imenso paredão, todo pictogravado e logo ali ao lado um olho d´água. Ali vivia Enoque, um borracheiro que hoje já não está mais entre nós.

Toca do Enoque no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí

Toca do Enoque no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí


Voltamos para o carro, pneu e chiclete agüentando firmes, nós precisávamos chegar de volta à cidade. Fomos rodando, verificando e enchendo o pneu de tempos em tempos. A tática funcionou, chegamos à borracharia eram umas 15h15 da tarde e saímos de lá as 17h30, a maior parte do tempo tentando abrir a droga da tranca emperrada. Pneu consertado, decidimos colocar logo a Fiona na estrada para evitar mais confusiones. Moral da história, precisaremos achar um chaveiro em São Raimundo.

Tentando consertar a trava do estepe em Caracol, próximo ao Parque Nacional das Confusões - PI

Tentando consertar a trava do estepe em Caracol, próximo ao Parque Nacional das Confusões - PI


Hoje realmente foi um dia conturbado e o pior foi que descobrimos que a Toca do Enoque que nós achamos que fomos, não é a toca do Enoque! Fomos a um paredão que o nome parece ser Toca do Olho d´água. Ficamos há apenas 300m da famosa Toca do Enoque, que possui pinturas ainda mais bonitas. Afinal, agora entendi por que esta é a Serra das Confusões!

Monumento em Caracol, próximo ao Parque Nacional das Confusões - PI

Monumento em Caracol, próximo ao Parque Nacional das Confusões - PI

Brasil, Piauí, Caracol (P.N. Serra das Confusões), arqueologia, parque nacional, Parque Nacional Serra das Confusões, pinturas rupestres, sertão, sítios arqueológicos

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Day Tour em Chapultepec e Condessa

México, Cidade do México

Bela paisagem no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

Bela paisagem no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


A Cidade do México é formada por diversas vizinhanças, então para alguém poder dizer que conhece alguma coisa da cidade do México são necessários pelo menos uns sete dias para rodar bem a cidade e explorar os principais bairros.

Parque Chapultepec visto do alto do Castillo, na Cidade do México, capital do país

Parque Chapultepec visto do alto do Castillo, na Cidade do México, capital do país


Nós começamos a nossa segunda rodada pela capital mexicana pelo principal parque da cidade, o Bosque Chapultepec. Apenas passando por algumas definições básicas: aqui no México os bosques são o mesmo que nós brasileiros conhecemos como parques. Os parques são as nossas praças e as plazas mexicanas são áreas em que normalmente há um comércio informal, tianguis espalhados por tudo. Portanto o Bosque de Chapultepec é o equivalente chilango do Parque Ibirapuera ou do Parque Barigüi. Uma imensa área bem arborizada com diversas atividades e atrativos para a população.

Muitos esquilos no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

Muitos esquilos no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


No parque há um pequeno lago artificial com pedalinhos, área de eventos e shows, aulas de ginástica e yoga, sala de leitura, biblioteca e até um espaço conhecido como “audiorama”. O Audiorama é um cantinho acústico a céu aberto, onde está disponível uma banca de empréstimo de livros, vários bancos confortáveis e um com ambiente com música clássica. Uma ilha de tranqüilidade no meio da caótica megalópole.

O incrível Audiorama, recanto para relaxar ouvindo óperas, dentro do Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

O incrível Audiorama, recanto para relaxar ouvindo óperas, dentro do Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


Após atravessarmos o bosque, passando pela Avenida dos Poetas, chegamos ao Monumento aos Combatentes Mexicanos na Guerra das Malvinas. O Audiorama fica exatamente atrás deste monumento. Outra boa referência é o Ahuehuete de mais 700 anos conhecido como “El Sargento”, a árvore símbolo nacional do México também conhecida como “El Ahuehuete de Moctezuma”, pois diz a lenda, foi plantada pelo imperador azteca. Seu nome significa “a árvore que nunca envelhece” ou “árvore velha de água” na língua náhuatl. Ela possui 15m de altura, 40m de diâmetro e viveu por mais de 500 anos, não há como perdê-la de vista.

Caminhando no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

Caminhando no Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


A história do parque é um tanto quanto curiosa e remonta ao Imperador Azteca Nezahualcóyotl, que construiu um aqueduto que ligava a principal fonte de água doce para a capital Tenochtitlán, sobre o Lago de Texcoco. Hoje o local da mesma nascente de água está dentro de um monumento construído a céu aberto não apenas protegê-la, mas para manter a memória e a origem deste local. Aí algumas placas contam a história dos jardins ao redor do bosque, espécies de árvores e plantas que foram introduzidas desde a época dos Aztecas, passando pelo período colonial e o segundo período monárquico do México, até os dias de hoje. E pensar que os mesmos aztecas que adoravam um sacrifício humano, também tinham a sensibilidade e visão de construir um dos primeiros jardins botânicos que se tem registro na era pré-hispânica. Chapultepec na língua Náhuatl quer dizer “Colina dos Gafanhotos”.

O Parque  Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

O Parque Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


Passamos pelo monumento dos Niños Heroes, jovens estudantes da escola militar, que defenderam heroicamente o Castelo de Chapultepec da invasão norte-americana em 13 de Setembro de 1847 e chegamos ao Castelo de Chapultepec, que está localizado no alto do Monte dos Gafanhotos, com uma belíssima vista da cidade. O castillo começou a ser construído no período colonial em 1785, porém só foi terminado após as guerras de independência. Em 1864 o Imperador Maximiliano e a Imperatriz Carlota o reformaram para ser sua residência no México.

Elegante sala no Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

Elegante sala no Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


Essa é uma história curiosa, após a independência, o México foi conquistado pela França de Napoleão III. Este ofereceu o cargo de imperador ao Maximiliano, da Áustria. Ele e sua esposa vieram apoiados pelos conservadores mexicanos, porém suas idéias liberais não foram muito bem vindas. Um post no Blog do Rodrigo (http://www.1000dias.com/rodrigo/chapultepec-e-maximiliano/ ) faz um resumo interessante deste capítulo da história mexicana. Depois disso o castelo tornou-se residência presidencial até o ano de 1939, quando foi transformado em Museu Nacional de História pelo presidente Lázaro Cárdenas.

O Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

O Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


O castelo possui uma decoração suntuosa que atravessou séculos e foi sendo modernizado conforme seus novos moradores passavam por ali. Um dos principais lugares do castelo são o seu jardim de inverno no pátio superior, com uma torre de observação no centro e um paisagismo europeu impecável!

Jardins do Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país

Jardins do Castillo de Chapultepec, na Cidade do México, capital do país


Saímos de Chapultepec e fomos caminhando até a Colônia Condessa, uma das vizinhança hypes do DF. Suas ruas super agradáveis e arborizadas, sua arquitetura do início do século XX, restaurantes, bares e bistrôs são parte do charme. Condessa é o bairro que mais usa bicicleta e possui inclusive o sistema de locação e compartilhamento de bicicletas similar ao encontrado em Paris.

Um dos muitos restaurantes em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país

Um dos muitos restaurantes em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país


Os arredores do Parque México e da Amsterdam, rua que o circunda, são os mais agradáveis para uma caminhada rápida e um café ou almoço tardio. Nós paramos em um bar de Tapas y Viños e aproveitamos o final de tarde para conhecer o Soho da Cidade do México.

Venda de flores em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país

Venda de flores em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país


Um dia de muitos aprendizados sobre a história deste país e a geografia desta cidade. As duas horas no trânsito para voltar às Lomas de Santa Fé rapidamente nos trouxeram à realidade da metrópole mexicana, que em suas ilhas de calmaria nos cativa e nos deixa apaixonados.

Tranporte comunitários de bicicletas em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país

Tranporte comunitários de bicicletas em La Condesa, charmoso bairro da Cidade do México, capital do país



Glossário:
- Chilango: pessoas que nascem na Cidade do México. Estes também podem ser chamados de “defeños”, pois nasceram no DF, Distrito Federal.
- Tianguis: camelôs.
- Colônia: bairro chique.
- Barrio: bairro pobre.

México, Cidade do México, Chapultepec, Mexico City

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Fronteira Tijuana

México, Tijuana, Estados Unidos, Califórnia, San Diego

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos


A fronteira mais cruzada do mundo, com milhares, milhões, de pessoas atravessando de Tijuana a San Diego por dia, não poderia nos deixar passar em branco. A epopeia dos 1000dias no cruze da fronteira entre os Estados Unidos e o México durou mais de 9 horas! Não, não foi por aporrinhação dos oficiais americanos, nem por que caímos nas mãos de algum “Coiote Embromator Tabajara”. Foi por pura falta de informação. Ok, eu vou tentar resumir.

Um dos muitos vendedores ambulantes na fronteira entre o México e os Esrados Unidos, em Tijuana

Um dos muitos vendedores ambulantes na fronteira entre o México e os Esrados Unidos, em Tijuana


Quando entramos no México fazemos a importação temporária do nosso veículo, vulgo Fiona, deixando um depósito de 400 dólares na fronteira de entrada a ser retirado ou cancelado (caso seja cartão de crédito), na saída. Assim temos que dar baixa na documentação mexicana da Fiona antes de cruzar a fronteira, trâmite que em qualquer lugar se faz na aduana localizada na própria linha fronteiriça.

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos

O muro que separa Tijuana, no México, de San Diego, nos Estados Unidos


Aqui em Tijuana são duas fronteiras, a de San Ysidro e a de Otay, decidimos sair pela segunda pois a fila de carros estava muito menor. Ficamos 2 horas na fila até descobrirmos que ali não havia aduana e Banjército para estes trâmites. A esta altura estávamos com a Fiona presa entre os milhares de carros e não existia retorno possível, só entrando nos Estados Unidos.

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana


Ok, uma hora e meia depois entramos nos EUA, passando por todos os trâmites de segurança, inspeção primária e secundária, a nossa imigração e a da Fiona, que passou por um baita aparelho de Raio-X. Uma vez dentro, não queríamos sair como carro novamente nem a pau, pois aí teríamos que pegar a mesma fila de 2 ou 3 horas novamente.

O GPS aponta: estamos quase lá! (fronteira de México e EUA, em Tijuana)

O GPS aponta: estamos quase lá! (fronteira de México e EUA, em Tijuana)


Assim decidimos voltar para o México a pé para pegar informações e tentar resolver os trâmites sem a Fiona mesmo. Péssima ideia. Por quê?

1° - Descobrimos que a aduana para tramites do carro não existe nem em Otay e nem em San Ysidro. Ela está em Tijuana, perto da fronteira, mas longe do passo fronteiriço.
2º - Não havia como resolver a documentação sem a Fiona, eles precisavam do carro presente.
3º - Descobrimos na prática que segunda-feira, às 18h30, é a pior hora possível para cruzar a fronteira a pé. Uma fila quilométrica de pessoas se formou do lado mexicano e ali ficamos por mais duas horas até conseguir cruzar e buscar o carro no estacionamento em San Ysidro.

Foto em estacionamento nos EUA para mostrar na aduana mexicana que a Fiona estava lá. Não adiantou!

Foto em estacionamento nos EUA para mostrar na aduana mexicana que a Fiona estava lá. Não adiantou!


Dos EUA voltamos ao México, agora com a Fiona, quase sem nem perceber a fronteira. Fomos ao Banjército, resolvemos a papelada e o depósito de 400 dólares, quase matei o oficial que fez dois rombos no insulfilme do nosso para-brisas, comemos um Mc Donald´s frio e borrachento e voltamos à fila da fronteira, agora em San Ysidro.

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana

Fila na fronteira entre o México e os Estados Unidos, em Tijuana


Pegamos nossa última fila de 2h para cruzar novamente com o carro para San Diego. Eu só relaxei no carro por que estava escrevendo posts para atualizar o blog, viajando nas minhas lembranças em momentos muito mais bacanas da nossa viagem. Que sufoco! A odisseia começou às 14h e nós chegamos ao Vagabond Hotel às 23h! É claro que na terceira chegada à Tijuana eu já não queria mais saber da trilha sonora, com tequila, coiote e o caramba, Tijuana a esta altura já não parecia mais tão welcoming para nosotros! Estresses à parte, essa foi, pelo bem ou pelo mal, uma daquelas experiências inesquecíveis.

Chegando de noite em San Diego, no sul da Califórnia - Estados Unidos

Chegando de noite em San Diego, no sul da Califórnia - Estados Unidos

México, Tijuana, Estados Unidos, Califórnia, San Diego, Baja California, Estrada, fronteira, Transporte

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Serra Verde - Off Road

Brasil, Rio De Janeiro, Visconde de Mauá

Já na estrada, preocupados com o Simba e o Sombra, ainda impressionados e emocionados pela briga e pela canção que a Araceli cantou, nós seguimos para Visconde de Mauá pela Serra Verde. São 85km de estrada de terra passando por povoados minúsculos e vales belíssimos, repletos de araucárias, o que nos faz sentir em casa já que é a árvore símbolo do Paraná.

Cruzando a Serra da Mantiqueira entre o Matutu (MG) e Mauá (RJ)

Cruzando a Serra da Mantiqueira entre o Matutu (MG) e Mauá (RJ)


Nos dias que temos deslocamento entre uma cidade e outra escolhemos os caminhos mais bonitos, pois aproveitamos também a paisagem. São estradas de terra que passam entre montanhas, fazendas, pequenos povoados e cidades como Mirantão e Santo Antônio. Estes caminhos geralmente são mais curtos em distância e, no entanto, mais demorados, mesmo com um carro 4 x 4. A Fiona é muito confortável, mas é inevitável lembrar uma dica que a Tia Wilma e a Grazi me deram: “use um top ou sutiã mais reforçado e passe uma faixa para segurar bem, por que dói!”. E dói mesmo! Sem contar a ajuda que isso dá para a força da gravidade... hahaha! Além disso, se você acabou de comer... aiaiai, enjoa mesmo! Uma coisa que funciona bem para mim é ir dirigindo nestas estradas, por que além de mais focada eu tenho o apoio do volante. Por isso neste trecho o Ro foi curtindo a paisagem e eu a boléia.

Cruzando a Serra da Mantiqueira entre o Matutu (MG) e Mauá (RJ)

Cruzando a Serra da Mantiqueira entre o Matutu (MG) e Mauá (RJ)


Chegamos em Maringá, uma vila ao lado de Visconde de Mauá, e logo encontramos o Haroldo, primo do Rodrigo, que já tinha chegado no dia anterior. Além do Haroldo já havíamos combinado de encontrar também o irmão do Ro e família, Pedro, Íris e Bebel. Enquanto esperávamos o Pedro chegar demos uma volta em Maringá e, atravessando uma pinguelinha, tomamos uma cervejinha em Maringá de Minas.

Primeira cerveja em Mauá - RJ

Primeira cerveja em Mauá - RJ


Voltando para Maringá do Rio, encontramos Pedro, Íris, Bebel e Mel, fizemos um lanche rápido em Minas e fomos para a Cachoeira do Escorrega em Maromba – RJ. É, parece meio confuso, mas é tudo ali, pertinho. Minas e Rio se mesclam de forma inusitada. A alegria e o jeito espalhafatoso do carioca, com o temperinho e a graça do mineiro.

Com o Pedro, Íris, Bebel e a Mel em Mauá - RJ

Com o Pedro, Íris, Bebel e a Mel em Mauá - RJ


Na Cachoeira do Escorrega nos divertimos! O Haroldo e a Íris foram os primeiros corajosos, eu fui logo depois sem nem pensar. Aí o Ro, que não ia entrar, acabou sendo obrigado. “Imagina a Ana entrar numa água gelada dessas e eu não?”.

Íris na Cachoeira do Escorrega em Mauá - RJ

Íris na Cachoeira do Escorrega em Mauá - RJ


Com a Íris e o Haroldo após todos terem escorregado na cachoeira gelada em Mauá - RJ

Com a Íris e o Haroldo após todos terem escorregado na cachoeira gelada em Mauá - RJ


Dali, seguimos direto para a sauna, piscina e hidromassagem na nossa pousada, a Casa Alpina. Fizemos essa sessão relax, quente e frio, à luz das estrelas e com ótimas companhias. Na água quentinha o Pedro e a Bebel até tiveram coragem de entrar!

Se esquentando na Jacuzzi na noite fria de Mauá - RJ

Se esquentando na Jacuzzi na noite fria de Mauá - RJ


A noite um jantar delicioso no Paladar da Montanha, foundue de queijo e chocolate, truta, sopas... hummmmmmmmmmmm! Para fechar a noite eu e o Haroldo ainda fomos até a pastelaria, o point da cidade! Tomamos uma cervejinha ao som de Cazuza, Legião Urbana e até rolou um forrózinho! O Ro? Ficou dormindo na pousada...

Brasil, Rio De Janeiro, Visconde de Mauá, cachoeira

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Cicerones e Bogotá

Colômbia, Bogotá

Pausa em sessão de fotos na Candelária, em Bogotá, na Colômbia

Pausa em sessão de fotos na Candelária, em Bogotá, na Colômbia


Acordamos na Fiona as 8am. Douglas e Clara estavam dormindo desde as 6am ao lado do carro, depois de trabalhar a noite inteira! Pegamos estrada e paramos em um Posto “Rojo” ou “Paraje Roja” que é o Graal deles aqui, super tradicional. Clara parava aqui com seus pais tomar este caldo desde criança. Ok se é para sermos tradicionais, então vamos comer o que eles comem aqui pela manhã: caldo de costela! É para levantar qualquer difundo, dizia Douglas! E era bem o nosso caso... mortos depois de toda a maratona cumprida.

Visitando a região da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia

Visitando a região da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia


Chegamos a Bogotá com o tempo chuvoso, mas ainda assim nossos anfitriões fizeram questão de nos levar conhecer um pouco do centro histórico da cidade. Como hoje é feriado o centro está mais tranquilo e fácil de trafegar. Fomos direto para a La Candelária. Ali foi onde começou a cidade de Bogotá, com uma de suas primeiras igrejas nos idos de 1540. As ruas estreitas, as casas com muros coloridos e grafitados já nos transmitem os ares da cultura e da arte de rua da megalópole colombiana.

Arte nos muros da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia

Arte nos muros da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia


Ali mesmo um artista fazia uma performance de rua, ele e seus balões coloridos enfeitaram e fizeram um contraste super interessante entre a alegria e leveza da sua arte, frente aos traços fortes dos guetos da Candelária. Essa é uma região de clima muito pesado durante a noite, nos explicou Clarita, onde fica o submundo de drogas e afins.

Pequena rua na região da Candelária, em Bogotá, na Colômbia

Pequena rua na região da Candelária, em Bogotá, na Colômbia


Dali, seguimos para a Praça Simón Bolívar. Ooops, corrigindo: a IMENSA Praça Simón Bolívar! Cercada pela Catedral, Prefeitura Municipal de Bogotá, Sede do Governo e Congresso Nacional, a imponente praça fica no centro histórico e, além de uma quantidade absurda de pombas ela possui uma curiosidade histórica que merece ser pontuada.

A praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia

A praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia


O prédio mais novo à esquerda é o prédio do Congresso Nacional, que foi destruído por bombas e tiroteios na década de 80 em uma batalha que foi travada pelo exército nacional e pelas FARCs. A guerrilha tentava tomar a cidade de Bogotá e chegou a matar alguns dos políticos que estavam lá presentes. Que loucura! Este muro hoje é utilizado quase como um mural pelos manifestantes que picham em sua fachada todas as suas indignações e reivindicações aos deputados.

O Palácio de Justiça, destruído na famosa invasão do M-19, na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia

O Palácio de Justiça, destruído na famosa invasão do M-19, na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia


Ao fundo podemos ver a casa onde foi declarada a independência da Colômbia da Coroa Espanhola, do início do século XIX, e Monserrat, onde está o santuário e um dos principais mirantes da cidade, que ainda iremos conhecer.

Artista de rua na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia

Artista de rua na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia


Rumamos para o norte da cidade, que eu não tinha noção ser tão gigantesca. Na entrada pelo sul, vindo de Girardot já demoramos mais de uma hora até chegar ao centro. Douglas e Clara vivem no norte, uma região mais moderna e muito segura. Todos os integrantes da banda vivem no mesmo bairro, há menos de 10 quadras entre eles. Não foi por acaso, eles decidiram assim para facilitar os encontros e ensaios. Profissional!

1000dias na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia!

1000dias na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia!


Estávamos muito cansados, então não demorou muito caímos podres na cama e dormimos pelo menos umas 2 ou 3 horas profundamente. A noite fui ao mercado com Douglas, compramos alguns víveres e ingredientes para o jantar que eles queriam nos oferecer. Sancocho é o nome do tradicional prato colombiano que Clarita decidiu preparar. Ela é uma cozinheira de mão cheia e em pouco tempo o sancocho estava pronto e delicioso! Um cozido de legumes com frango, acompanhando abacate e um refogado de tomate e cebola deliciosos! Geralmente os colombianos misturam tudo, virando quase um sopão, mas eles nos ensinaram a comer diferente, arroz com frango, molho do sancocho e o refogado no arroz, como um prato de comida, mucho más rico!!! Bem tratados assim, não vamos querer ir embora tão cedo!

O delicioso jantar que a Clara e o Douglas ofereceram para a gente no seu apartamento em Bogotá, na Colômbia

O delicioso jantar que a Clara e o Douglas ofereceram para a gente no seu apartamento em Bogotá, na Colômbia

Colômbia, Bogotá, Amigos, La Candelária, Plaza Simón Bolívar

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Canyonlands National Park

Estados Unidos, Utah, Moab

Nem Grand Canyon nem Monument Valley, é 'apenas' o Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Nem Grand Canyon nem Monument Valley, é "apenas" o Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


O Canyonlands não poderia ter um nome mais adequado: a terra dos cânions. Formados pelas águas do Rio Colorado e do Rio Verde, os incríveis cânions que cortam as terras deste parque nacional formam paisagens difíceis de serem assimiladas pelos nossos olhos e mentes limitados. Torres de pedra e sulcos profundos na rocha avermelhada criam uma textura difícil de ser capturada pela câmera e ainda mais difícil de ser traduzida em palavras.

O sol de fim de tarde ilumina as belíssimas paisagens do Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

O sol de fim de tarde ilumina as belíssimas paisagens do Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


A água, escultor primordial da natureza, aqui encontrou um terreno fértil para uma das suas obras primas.

Saboreando as maravilhosas paisagens do Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Saboreando as maravilhosas paisagens do Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


Os rios dividem o parque em 4 distritos: o Island in the Sky, The Needles, The Maze e os próprios rios. A região conhecida como The Needles, uma hora ao sul, é a mais indicada para os que procuram bons hikings pelos cânions e paisagens deste parque. Há ainda uma unidade afastada e de difícil acesso, chamada Horseshoe Canyon Unit, a noroeste do parque. Foi nesta região que aconteceu a história real contada no filme 127 horas, quando um hiker se perdeu fora das fronteiras do parque e ficou preso em uma rocha, tendo que escolher por amputar o próprio braço para sair, buscar ajuda e conseguir sobreviver.

A magnífica visão do alto do Mesa Arch, no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

A magnífica visão do alto do Mesa Arch, no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


Nós visitamos apenas o Island in the Sky District, que como diz o próprio nome, parece uma ilha flutuante sobre os cânions do Rio Verde, Rio Colorado e seus afluentes. A parte alta do parque possui vistas maravilhosas de toda a sua extensão, passando por mirantes como o Buck Canyon Overlook, que nos deu o ar da graça com uns derradeiros raios de sol que surgiram no horizonte.

Nem Grand Canyon nem Monument Valley, é 'apenas' o Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Nem Grand Canyon nem Monument Valley, é "apenas" o Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


No Grand View Point Overlook (1.853m) podemos ver o encontro do Rio Verde e do Rio Colorado. É aqui que nasce o poderoso Rio Colorado que mais ao sul vai formar o Grand Canyon.

Fim de tarde gelado no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Fim de tarde gelado no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


Talvez você nunca tenha ouvido falar do Canyonlands, mas sem dúvida já viu uma das suas principais atrações aí mesmo, na tela do seu computador. Uma das fotos de fundo de tela oferecidas pelo Windows é a imagem do famoso Mesa Arch, um cenário de torres de pedra e cânions incríveis, emoldurados por um arco de pedra iluminado pelos primeiros raios da manhã.

Fotografando sob o Mesa Arch, no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Fotografando sob o Mesa Arch, no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


Caminhando sobre o fantástico Mesa Arch, no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Caminhando sobre o fantástico Mesa Arch, no Canyonlands National Park, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


A nossa ideia inicial era começarmos o dia lá, para pegarmos a luz no Mesa Arch, mas o dia amanheceu nublado e com neve, então invertemos a programação. Ainda assim, sem luz alguma, o Mesa Arch é um dos cenários mais impressionantes do parque.

Observando a paisagem do Canyonlands National Park por debaixo do famoso Mesa Arch, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos

Observando a paisagem do Canyonlands National Park por debaixo do famoso Mesa Arch, perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos


Com os últimos raios de luz, já abrandados pelas nuvens, ainda conseguimos ver o brilho das águas do Rio Verde, no Green River Overlook. Estes últimos minutos em lusco-fusco tornaram mágica a nossa passagem pelas paisagens em preto e branco do Canyonlands National Park.

As infinitas paisagens do Canyonlands National Park iluminadas pelas luzes do crepúsculo )perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos)

As infinitas paisagens do Canyonlands National Park iluminadas pelas luzes do crepúsculo )perto de Moab, em Utah, nos Estados Unidos)

Estados Unidos, Utah, Moab, cânion, Canyonlands National Park, Mesa Arch, parque nacional

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