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Devils Tower

Estados Unidos, Wyoming, Devils Tower

Visita à impressionante torre de pedra chamada Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

Visita à impressionante torre de pedra chamada Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


A road trip cruzando os Estados Unidos de leste a oeste continua e hoje é mais um daqueles dias longos de estrada. Porém, mesmo nestes dias, preferimos sempre combinar o caminho mais bonito e o mais prático, então a viagem não fica tão chata. Estávamos na pequena Hill City, no coração das Black Mountains e escolhemos como via de saída a estrada cênica que cruza o Spearfish Canyon.

A linda paisagem de uma estrada cênica no norte de Black Hills, em South Dakota, nos Estados Unidos

A linda paisagem de uma estrada cênica no norte de Black Hills, em South Dakota, nos Estados Unidos


Grandes paredões de pedra ladeiam a estrada, entrecortada por um pequeno rio que forma pequenos lagos aqui e acolá. Pegamos várias estradinhas secundárias de terra em um cenário campestre bem bucólico e quando menos esperamos já estávamos cruzando novamente a grande Interestadual-90, vulga I-90. Neste detour pelo Badlands e pelas Black Hills até havíamos nos esquecido dos milharais e cilindros de feno espalhados pelas grandes planícies americanas.

A linda paisagem de uma estrada cênica no norte de Black Hills, em South Dakota, nos Estados Unidos

A linda paisagem de uma estrada cênica no norte de Black Hills, em South Dakota, nos Estados Unidos



Roteiro Hill City ao Grand Teton NP

Atravessamos a fronteira entre os estados de South Dakota e Wyoming, com uma rápida parada no mega completo centro de visitantes do estado. Sim, o turismo aqui é um negócio tão desenvolvido que cada estado possui o seu próprio centro de visitantes nas principais estradas de cada fronteira estadual!

Chegando ao Wyoming, nos Estados Unidos

Chegando ao Wyoming, nos Estados Unidos


Lá encontramos um pequeno museu com a história da colonização, vida selvagem, mapas e os principais atrativos turísticos do Wyoming e olhem que não são poucas! Aqui está nada mais nada menos do que o maravilhoso Yellowstone, além dos seus companheiros parques nacionais Grand Teton e Bighorn Canyon.

Exposição no excelente Centro de Boas Vindas do Wyoming, nos Estados Unidos

Exposição no excelente Centro de Boas Vindas do Wyoming, nos Estados Unidos


Teremos que cruzar todo o estado para chegar lá, mas antes, muito antes está um dos mais impressionantes monumentos esculpidos pela natureza, o Devils Tower National Monument, também conhecido pelas nações indígenas como “Bear Lodge” ou “A Casa do Urso”. Para variar algum colonizador chegou aqui e fez uma tradução mal feita de um dos vários nomes indígenas da torre.

A imponente Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

A imponente Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


Surgido há mais de 50 milhões de anos, a Devil´s Tower é uma formação vulcânica, formada pela pressão da lava derretida sobre as rochas sedimentares acima dela. A lava esfriou e se fraturou hexagonalmente, criando imensas colunas facilmente percebidas ao redor da montanha. Milhões de anos erodiram a rocha sedimentar e aos poucos a estrutura de rochas vulcânicas ficou exposta. É difícil entender como uma montanha roshosa tão imensa poderia estar enterrada!?! Isso significa que a terra aqui seria pelo menos 270m mais alta do que hoje! A propósito, a imensa torre de pedra tem mais de 300m de diâmetro e 265m de altura!

Chegando à incrível Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

Chegando à incrível Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


Local sagrado para as populações indígenas que habitam a região das Great Plains, várias lendas explicariam a sua origem. A mais curiosa delas vem do povo Kiowa que conta: 8 crianças brincavam, 7 irmãs e seu irmão. O menino repentinamente começou a tremer e no seu corpo cresceram pelos e nas mãos imensas garras, já não era mais um menino, mas um imenso urso que perseguia suas irmãs. Elas correram subiram em uma árvore e pediram à árvore que as protegesse. A árvore respondeu e cresceu para que ficassem fora do alcance do grande urso. O urso arranhou toda a árvore, tentando subir para devorá-las e assim se formaram as “ranhuras” ou colunas da grande torre. As sete meninas foram tão alto que subiram aos céus e se tornaram a constelação Ursa Maior, conhecida como “Big Dipper”, em inglês.

As colunas que formam a Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

As colunas que formam a Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


A lenda é fantástica, mas o que eu consigo claramente concluir é que se esta história realmente aconteceu, o grande urso teria comido não apenas o pequeno irmão, como também as sete meninas, que não apenas desapareceram, como viraram estrelas! De qualquer forma é uma linda forma de contar a história para os seus amiguinhos.

A imponente Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

A imponente Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


Hoje a torre é um monumento nacional e é frequentado não apenas por turistas que caminham nos seus arredores, mas principalmente por alpinistas que utilizando técnicas de escalada em rocha enfrentam longas e extenuantes vias para chegar ao topo da montanha. Existem mais de 220 vias abertas, que recebem mais de 5 mil alpinistas de vários cantos do mundo, todos os anos.

Alpinistas escalam a Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

Alpinistas escalam a Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


Alpinistas voltam da Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

Alpinistas voltam da Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


Há um período entre os meses de junho e julho em que a torre está fechada para escalada, quando as festividades e dias sagrados para as nações indígenas ganham preferência e mais privacidade para vir ao pé da montanha fazer seus rituais e oferendas.

Homenagens indígenas, muito comum na mata ao redor da Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos

Homenagens indígenas, muito comum na mata ao redor da Devil's Tower, em Wyoming, nos Estados Unidos


Nós passamos duas horas caminhando ao redor da torre, tirando fotos e respirando ar fresco, impressionados com a perfeição e grandiosidade da sua natureza. Com as energias recarregadas pegamos estrada, cruzamos a Bighorn National Forest e dirigimos até cansar, a caminho do Grand Teton e Yellowstone National Parks.

A Devil's Tower fica no retrovisor da Fiona, em Wyoming, nos Estados Unidos

A Devil's Tower fica no retrovisor da Fiona, em Wyoming, nos Estados Unidos


Dormimos na pequena cidade de Riverton, apenas uma parada para amanhã continuarmos as explorações do grande e selvagem Wyoming.

Belíssimo pôr-do-sol nas estradas de Wyoming, nos Estados Unidos

Belíssimo pôr-do-sol nas estradas de Wyoming, nos Estados Unidos


Cruzando um gigantesco canyon no  centro de Wyoming, nos Estados Unidos

Cruzando um gigantesco canyon no centro de Wyoming, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Wyoming, Devils Tower, Escalada, Great American Drive, Montanhismo, Monumento Nacional, parque nacional

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Pétion-Ville

Haiti, Port-au-Prince

As favelas de Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

As favelas de Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


Pétion-Ville era um nome praticamente desconhecido por nós até entrarmos no ônibus de Santo Domingo a Port-au-Prince. Nosso plano inicial seria hospedar-nos no centro da capital, porém no caminho vários haitianos nos perguntavam onde ficaríamos em Pétion-Ville, bairro a pouco mais de 40 minutos do centro da cidade, ponto final do ônibus. Assuntamos dali, perguntamos de lá e descobrimos que este era o lugar ideal para usarmos como base. Já era tarde e descer ao centro durante a noite não seria uma tarefa fácil. Guiados por um italiano, único estrangeiro no ônibus além de nós, viemos parar no charmoso B&B Le Perroquet.

O hotel Le Perroquet, nossa casa em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

O hotel Le Perroquet, nossa casa em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


As calçadas quebradas davam um ar de destruição na cidade. Terremoto, pensamos, mas logo descobrimos que são apenas obras de renovação nas ruas. As calçadas foram quebradas hoje e deixaram Lana surpresa ao acordar e descobrir repentinamente que não tinha mais calçada em frente ao seu hotel. Lana, uma russa que viveu 15 anos em Bali, está há um ano no Haiti com o seu marido Erick. Erick é cidadão americano e haitiano e depois de muitos anos longe do Haiti recebeu um chamado especial: o Haiti precisa de vocês. Seu tio, antigo dono do Hotel Cubano, voou a Bali para convidá-los a participar deste período de mudança no país. Um momento em que o país precisa de pessoas como eles, estudadas e esclarecidas que possam trazer novas ideias e uma energia renovadora para a reconstrução do Haiti.

Com a Lana e o Eric, donos do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Com a Lana e o Eric, donos do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


E assim foi, Lana e Erick se mudaram há um ano, assumiram o hotel que passou por reformas e aos poucos está se firmando como o ponto de encontro dos artistas e formadores de opinião da região. Às sextas-feiras o restaurante abre com pratos especiais da culinária thailandesa preparados por Lana e promove uma Jam Section com artistas vindos de todos os cantos da capital. Nós chegamos no sábado, perdemos o jazz, mas fomos recebidos com um delicioso rum punch e a simpatia de Lana e Erick que não medem esforços para nos fazer sentir em casa. Conversamos por horas, nos inteirando de suas histórias e peripécias ao redor do mundo e principalmente da percepção que eles têm das mudanças que estão ocorrendo no país.

Com a Lana, no hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Com a Lana, no hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


Um rápido passeio por Pétion-Ville e aos poucos conseguimos encontrar algumas pistas de por que é considerado o bairro mais “chique” de Porto-au-Prince. Em meio a desordem comum das ruas do Haiti nos deparamos com haitianos de classe média-alta indo às compras, homens e mulheres indo e vindo dos seus trabalhos e casas em bons carros, bem vestidos e ornamentados, claramente pertencentes a outro mundo se comparados com a maioria esmagadora da população. Lá vivem diplomatas, estrangeiros que possuem negócios no país e os haitianos de classe mais alta. Na capital haitiana os ricos vivem na parte alta da cidade, próximo às montanhas de Massif de la Selle, enquanto lá embaixo, no centro, estão as áreas mais afetadas pela pobreza. Ainda assim eles não escapam de vivenciar a pobreza do país, que por não ter para onde ir, simplesmente se espalhou por tudo.

Área de mansões em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Área de mansões em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Depois do terremoto as ruas e arredores de Pétion-Ville foram tomadas por habitantes de toda a Port-au-Prince, assim como a República Dominicana, as ilhas caribenhas vizinhas, a América Central, Colômbia e até o Acre! Não se esqueçam que foram mais de 1 milhão de pessoas desabrigadas em 5 minutos de um terremoto que chegou a 7.0 pontos na escala Richter. Mesmo distante do centro da capital, Pétion-Ville também sentiu o abalo sísmico de 12 de janeiro de 2010 que dentre outros edifícios, abalou as estruturas do hospital distrital. A sede do Clube de Pétion-Ville foi transformada em um hospital provisório e o campo de golfe foi transformado em uma grande cidade com barracas de campanha, abrigando de 50 a 80 mil haitianos desabrigados pelo terremoto.

Igreja na praça principal de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Igreja na praça principal de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Pétion-Ville, o subúrbio chique de Port-au-Prince, hoje se parece com bairros de classe-média de qualquer zona urbana brasileira. Uma igreja no centro, a praça com a estátua de Pétion, uma escola, floricultura, livraria, supermercados e bancos.

Uma das muitas escolas em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Uma das muitas escolas em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Pétion para lá, Pétion para cá... Afinal, quem foi esse tal Pétion? Alexandre Sabés Pétion (1770-1818) foi um dos quatro grandes libertadores do país, um dos homens que sonhou com um Haiti melhor, livre dos carrascos franceses e com oportunidades verdadeiras para a população mulata e os escravos. Após a libertação do domínio francês sobre o território e da criação do novo estado Haiti, "terra de montanhas", as disputas internas pelo poder cresceram e o país acabou dividido entre os negros do norte e os mulatos do sul. Henri Christophe se autonomeou Rei do Reino do Haiti, criando uma autocracia sem limites no norte do país. No sul, Pétion seguiu com seus ideais democráticos e tornou-se presidente da República do Haiti.

Principal praça de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Principal praça de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Anos se passaram e os sonhos de Pétion parecem ter se realizado, a democracia se instalou e junto dela a dura realidade do nosso mundo moderno, trazendo consigo as suas discrepâncias econômicas e sociais. Nas esquinas dezenas de motociclistas esperam algum cliente para oferecer uma corrida. Mulheres sobem e descem ladeiras equilibrando na cabeça cestos cheios de frutas, bebidas, roupas ou o que você imaginar. Elas conversam, vendem seus produtos, desviam das motos e ainda mantém os balaios em pé com uma elegância sem igual.

Muito equilíbrio nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Muito equilíbrio nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Ao redor da praça uma infinidade de obras de arte espalhadas pelas paredes. O Haiti é reconhecido por sua arte, notadamente a pintura, escultura e a música. Eu me apaixonei pelos traços e cores, temas e a expressão da arte haitiana sem precisar entrar em nenhum museu ou galeria. Elementos africanos, europeus e tainos, indígenas nativos de Hispaniola, se mesclam em forma de contos, fábulas e signos facilmente compreendidos por uma população religiosa e iletrada.

Arte nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique de Port-au-Prince, no Haiti

Arte nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique de Port-au-Prince, no Haiti


A arte de rua tem uma qualidade exponencial e fosse em qualquer país desenvolvido estariam vários destes óleos sobre tinta dentro de grandes museus de obras contemporâneas ou folclóricas-tradicionais. Eu raramente me rendo à tentação de comprar alguma lembrança dos lugares por onde estamos passando, mas este quadro foi paixão à primeira vista. Foram dois dias pensando até decidir carregá-lo por mais 300 dias para o Brasil, mas será uma bela lembrança da nossa passagem pelo Haiti.

Feliz após a compra de um quadro em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Feliz após a compra de um quadro em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


Na floricultura da praça os jovens não medem esforços para se comunicar, do creole para o francês e algumas palavras de inglês e logo estamos nos entendendo. O meu francês é praticamente zero, algumas palavras, frases e um sorriso no rosto me ajudam a começar a conversa. Flores de bananeira? Eles não conseguiam entender se era eu que não sabia o que estava falando ou se era isso mesmo que eu queria. Sim, flores de bananeira! A Lana me contou uma receita balinesa com essa flor ignorada por (quase) todas as culinárias e segundo ela muito saborosa. Encomendei as flores, prometi ensinar-lhes a receita e dois dias depois lá estávamos nós trocando flores e receitas, espero que fique boa!

Socializando em floricultura em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Socializando em floricultura em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Chegamos ao Haiti e mesmo que distantes de suas maiores favelas e pontos críticos, já podemos sentir o país, entender algumas de suas dinâmicas e perceber que existe um clima de mudança no ar.

Port-au_Prince vista do telhado do nosso hotel em Pétion-Ville, no subúrbio da capital, no Haiti

Port-au_Prince vista do telhado do nosso hotel em Pétion-Ville, no subúrbio da capital, no Haiti

Haiti, Port-au-Prince, arte, Cidades e Metrópoles, Le Perroquet, Pétion

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Até logo, mar!

Brasil, Bahia, Mangue Seco

Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA

Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA


Mangue Seco é uma vilazinha de pescadores tranqüila do outro lado do Rio Real, que faz a divisa entre os estados de Sergipe e Bahia. O acesso mais utilizado é através da cidadezinha de Pontal em Sergipe, onde atravessamos de barco ontem no final da tarde. Outra forma de chegar até aqui é através da Costa Azul, um povoado um pouco mais ao sul que dá acesso à praia, por onde o carro ou bugs trafegam na maré baixa.

Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA

Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA


A caminhada da vila até a praia é tranqüila, em 15 minutos pela praia às margens do rio, mangue e sobre as dunas que formam a paisagem onde foi filmada a novela Tieta. Será que é do tempo de vocês? “Tieta do Agreste, lua cheia de sertão...”

Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA

Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA


A praia é belíssima, mar grande e revolto, meu tipo de mar preferido para praia, pois posso me divertir furando ondas e lutando para ficar no mesmo lugar.

Fazendo cooper na praia com sol e lua! (em Mangue Seco - BA)

Fazendo cooper na praia com sol e lua! (em Mangue Seco - BA)


Depois de nadar, fazer meus exercícios diários, caminhar e até dar uma corridinha, tomamos uma água de coco e um pastel bem sequinho na barraca do Jurandir e nos despedimos do mar. Vimos o pôr-do-sol de cima da duna mais alta de Mangue Seco, com uma vista fantástica 360°. O mar de um lado, do outro o futebol sobre as dunas, o rio, a vila e o manguezal e seus bancos de areia que afloram na maré baixa. Aos poucos o visual todo mudou de cor e ficando prateado, iluminado pela lua crescente.

Lua quase cheia em Mangue Seco - BA

Lua quase cheia em Mangue Seco - BA


Bela despedida do litoral, amanhã iremos iniciar nosso tour pelo interior do nordeste. Nosso destino? Chapada Diamantina, Serra da Capivara, Serra das Confusões, dando um pulinho até em Teresina para fazer a revisão dos 20mil km da Fiona. Voltaremos para o litoral direto para Noronha no dia 10/12, nada mal. Mar, até logo!

Fim de tarde em Mangue Seco - BA

Fim de tarde em Mangue Seco - BA

Brasil, Bahia, Mangue Seco, Praia, Rio Real

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A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Parque Nacional de Ubajara

Brasil, Ceará, Ubajara (P.N de Ubajara)

Formações da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)

Formações da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)


O Parque Nacional de Ubajara foi formado no final da década de 50, no entanto a região já é conhecida e explorada desde o século XVIII em busca de ouro e pedras preciosas. Um teleférico nos leva até a gruta, que possui 1200m já mapeados e ainda não foi completamente explorada. Existe uma lenda que ela possuiria uma ligação com a formação geológica do Parque Nacional das Sete Cidades, no Piauí. É apenas uma lenda, pois são mais de 100km até este parque, ainda assim os últimos dutos mapeados estão na sua direção. O teleférico foi instalado na década de 70 e chegava até a entrada da gruta, 10 anos depois foi desativado e ficou inoperante até 1991, quando ganhou nova base e a gruta voltou a ser aberta à visitação.

O bondinho que leva à caverna no Parque Nacional de Ubajara - CE

O bondinho que leva à caverna no Parque Nacional de Ubajara - CE


Formação calcária em meio a formação arenítica da Serra do Ibiapaba, a Caverna de Ubajara foi freqüentada por moradores da região para culto religioso desde a década de 40, possui um santuário e uma trilha de pedra com 7km de extensão, por onde passavam as romarias. Na gruta eram realizados eventos religiosos como casamentos, missas, etc.

Paredão de pedra no Parque Nacional de Ubajara - CE

Paredão de pedra no Parque Nacional de Ubajara - CE


Nesta mesma época a tradição pela preservação da natureza não existia ou, se existia, possuía um conceito muito diferente da atual. Assim a gruta possui toda a sua entrada pichada com nomes, datas e mensagens assinadas de 1905 até 1985, aproximadamente. As pichações só foram totalmente controladas quando se iniciou o trabalho conjunto do Ibama com a Associação de Guias da região, que contribuiu fortemente para uma maior fiscalização durante as visitações.

Pichação de 1906 na caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE

Pichação de 1906 na caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE


Suas formações calcárias são belíssimas, estalactites, estalagmites, cortinas e cogumelos, algumas com a presença de calcita, fizeram com que outra prática se tornasse comum na depredação da caverna: a quebra das formações. Como a calcita brilha, muitos achavam que ali havia algum mineral ou metal precioso, diamante ou ouro, e então as levavam para casa. Foi aí que surgiu a expressão “ouro de tolo”, afinal “nem tudo que reluz é ouro”.

Formações da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)

Formações da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)


Encerramos o passeio pela gruta em pouco mais de meia hora. Dois salões normalmente abertos à visitação estão interditados. Pudemos ver apenas as centenas de morcegos que se apinham lá dentro, a imensa barulheira e o cheiro nada agradável do guano. Eles estão em período de reprodução, porém não é este o motivo da interdição. Os dois últimos salões possuem água, o que torna o acesso muito escorregadio e iluminação artificial precária ou inexistente, pela estrutura não suportar a umidade. Apesar disso o parque é todo muito bem estruturado para as atrações que oferece. A taxa de entrada é de 4 reais por pessoa, além dos 8 reais no teleférico. A entrada já inclui o serviço dos guias para a gruta e também tours guiados de hora em hora para a trilha do Mirante e da Cachoeira do Cafundó.

Caminhando no Parque Nacional de Ubajara - CE

Caminhando no Parque Nacional de Ubajara - CE


É claro que aproveitamos para conhecer! Duas horas e meia de caminhada por uma trilha bem marcada, com o acompanhamento do guia, além dos nossos amigos chilenos que estavam conosco desde cedo. Aproveitei para treinar meu espanhol e praticar uma de minhas artes preferidas, a socialização! Andrea, eu e Pablo falamos de tudo! Histórias, dicas e truques de viagem e até descobrimos conhecidos em comum! Vone, a estilista chilena que conheci na Praia da Pipa, é casada com Rodrigo, amigo de Andrea! Este mundo é muito pequeno mesmo!

Com o Pablo e a Andrea no Parque Nacional de Ubajara - CE

Com o Pablo e a Andrea no Parque Nacional de Ubajara - CE


A trilha é tranquila, o mirante possui vistas maravilhosas, tanto para a serra e o sertão verde nesta época de chuvas, quanto para a Cachoeira do Gavião, logo abaixo do mirante, e ao fundo para a Cachoeira do Cafundó.

Visão do famoso bondinho que leva à entrada da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE

Visão do famoso bondinho que leva à entrada da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE


Caminhamos mais um pouco e chegamos à Cachoeira do Cafundó. Ela é imensa, porém só vamos à pequena cachoeira que está acima da queda principal. A bela vista da serra e do teleférico, água fresca e um pequeno lago fazem o passeio valer à pena.

Encima da Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional de Ubajara - CE

Encima da Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional de Ubajara - CE

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Badlands National Park

Estados Unidos, South Dakota, Badlands National Park

Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


O Badlands National Park é uma das áreas de pradarias mais preservadas dos Estados Unidos. São 244 mil acres de parque nacional, sendo 64 mil destes considerados “National Wilderness Area”, totalmente intocadas. A história geológica destas terras data de mais de 65 milhões de anos, vendo passar por suas pradarias e montanhas animais da megafauna como entelodontes e oreodontes. Caçadores nômades pré-históricos caçavam bisões e mamutes e deixaram para trás pegadas que nos contam sua história e modo de vida.

Voltando ao Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Voltando ao Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


As maravilhosas paisagens do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

As maravilhosas paisagens do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Badlands, ou “terras ruins” na tradução livre, vem da expressão Oglala “Mako Sica”. Os colonizadores concordaram com eles e mantiveram o nome das terras ruins, já que buscavam áreas propícias para plantio e criação de gado. Um terreno assim, tão acidentado só poderia ser terrível, não é mesmo? Para sorte de todos nós eles não insistiram e deixaram essa terra de lado, mantendo uma área de extrema beleza natural totalmente preservada, um dos últimos refúgios para vida selvagem neste canto das Great Plains.

Coelho nos observa no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Coelho nos observa no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


No parque conseguimos encontrar Mountain Goats, Big Horn Sheeps, Veados, Coyotes e até animais maiores como o American Buffalo, também conhecido como Bison. Estas terras continuam sendo a casa de nações indígenas das tribos da Grande Nação Sioux e a porção sul do parque é administrada pela tribo Oglala-Lakota.

Espécie de cabra montanhesa comum no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Espécie de cabra montanhesa comum no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Vindos do leste pela estrada Interestadual 90 (I-90), pegamos a Badlands Loop Road (Highway 240) pela entrada nordeste e a primeira parada é no Big Badlands Overlook. Um cenário seco formado por pelo menos 6 camadas diferentes de rochas em diferentes tonalidades de amarelo, terracota, cinza e quase branco.

Solo colorido no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Solo colorido no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Paisagem do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Paisagem do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Cada uma dessas camadas foi depositada em intervalos de milhões de anos que também ajudam os geólogos e palenteólogos a remontar a história desta região. A água, os movimentos das camadas tectônicas e o vento ajudaram a dar forma e a esculpir cânions, montanhas, vales e chapadas que juntos formam uma paisagem incrível! Já vimos formações parecidas no Vale da Morte, do Atacama (Chile) e no Death Valley, Califórnia (EUA), mas cada uma possui características que as tornam únicas e obrigatórias para os amantes da natureza.

Cabra montanhesa descansa em platô no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Cabra montanhesa descansa em platô no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Pequeno veado no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Pequeno veado no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Adiante vale uma parada rápida para caminhar entre as montanhas e formações nas trilhas Door e Window e se estiver com pique vale também cruzar a Notch Trail (2,4km), caminhando por um cânion até o mirante para uma vista sensacional do White River Valley.

Terreno desértico do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Terreno desértico do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Seguindo a estrada encontramos o Visitor Center, que reúne muitas informações interessantes sobre o parque no pequeno museu. A cada mirante, placa informativa e paisagem grandiosa vamos entrando na história do parque e captando a energia do Badlands.

As pradarias do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

As pradarias do Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


O final de tarde é especial, não apenas para boas fotos, como também para ver os animais selvagens. A cada 10 minutos encontrávamos ou um Big Horn Sheep, ou veadinhos, coelhos e mountain goats. O coiote é mais difícil de ver, ele se mescla bem nas pradarias e é muito rápido, mas até ele tivemos a sorte de encontrar!

Coiote circula no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Coiote circula no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Magnífico fim de tarde no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Magnífico fim de tarde no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Estávamos ansiosos pelo encontro com um bisão. Conversamos com o cara do motel na cidadezinha de Wall e ele nos disse que era difícil ver algum, ele mesmo só havia visto de longe. Sem perder as esperanças voltamos ao parque no dia seguinte, antes do sol quente do meio-dia e pegamos a Sage Creek Road.

Bisão solitário no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Bisão solitário no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Esta continuação da Badlands Loop Road é área onde geralmente os bisões são vistos. No caminho passamos pela Praire Dog Town, uma área plana, quase sem vegetação e totalmente esburacada por esse roedor chamado de “dog praire”. O “tic, tic” vira a trilha sonora da pradaria, enquanto nos divertimos vendo os bichinhos comendo e correndo assustados para suas casinhas.

Praire Dog no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Praire Dog no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Praire Dog no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Praire Dog no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Eis que de longe vimos alguns carros parados e uma manada de bisões perto da estrada. Detalhe: eles estavam cercados! Pois é, ainda existem alguns proprietários de terras que chegaram à região antes da área se tornar parque e adivinhem? Eles criam búfalos! Animais imensos, com comportamento tão pacato quanto o de um boi ou uma vaca, mas tão selvagens que chegam a ser imprevisíveis. Se encanam com você, sai da frente!

Encontro com bisões no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Encontro com bisões no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Encontro com bisões no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Encontro com bisões no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Eles parecem usar um casaco de pele sobre os ombros, tamanho o frio que enfrentam nos meses mais gelados. Bem, vimos, mas não estávamos muito contentes de tê-los visto assim, atrás das grades. Seguimos viagem e 10 km à frente cruzamos dois bisões selvagens, soltos próximos da estrada! Lindo, forte e imponente o maior deles posou para nossa foto por um bom tempo, parecendo pouco se importar com a nossa presença. Quando o Rodrigo tentou se aproximar, ele se afastou como quem diz, “fica na sua, que eu fico na minha!”

Tentando socializar com um bisão no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Tentando socializar com um bisão no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Missão cumprida aqui no Badlands, mais um parque nacional obrigatório para os viajantes intrépidos e amantes da natureza. Agora seguimos para as Black Hills para conhecer um dos principais cartões postais dos Estados Unidos!

Um enorme bisão no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Um enorme bisão no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos


Mirante no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

Mirante no Badlands National Park, em South Dakota, nos Estados Unidos

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O Mar de Kona

Hawaii, Big Island-Green Sand Beach, Big Island-Kona

Chegando à paradisíaca Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí

Chegando à paradisíaca Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí


Kona é a sede para a maior e mais importante prova de triátlon no mundo, afinal foi aqui que nasceu o Iron Man, prova em que os competidores passam de “meros” ciclistas, corredores ou nadadores ao status de superatletas, super heróis ou semi-deuses do esporte. Já é o 34° ano em que a Big Island, Hawaii - recebe aproximadamente 1800 atletas que irão percorrer 226 km (3.800m de natação, 180km de bike e 42km de corrida) sobre o sol escaldante e através dos campos de lava de Kona, para receber o título de IronMan (Homens de Ferro).

Manhã de muito sol e céu azul em Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí

Manhã de muito sol e céu azul em Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí


Uma curiosidade nesta história é que a famosa prova de Kona começou, na realidade, na cidade de Waikiki em 1978, quando 15 atletas aceitaram o desafio colocado pelo casal Judy e John Collins, ex-membros da marinha americana. Foi apenas em 1981 que a prova foi realocada para Kona, onde mantém intacta a sua tradição desde então.

A belíssima vista do B&B em Kona, na Big Island, no Havaí

A belíssima vista do B&B em Kona, na Big Island, no Havaí


Porém os mares de Kona não são apenas para os incansáveis e heroicos atletas. Há muito nesta costa para meros mortais como nós, que queremos um pouco de praia, sombra e água fresca.

Com as populares cadeiras-mochilas, banhistas chegam à Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí

Com as populares cadeiras-mochilas, banhistas chegam à Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí


A maioria dos vôos para a Big Island chega no aeroporto internacional de Kona, que embora não seja a capital da ilha, é a cidade com maior infraestrutura turística. A melhor forma de se movimentar por aqui é alugando um carro, percorrendo a ilha do alto do Mauna Kea aos campos de lava e vulcões do Hawaii Volcano National Park (veja um roteiro resumido de Big Island aqui).

Admirando o mar ao sul da Big Island, no Havaí

Admirando o mar ao sul da Big Island, no Havaí


Nós chegamos à Ilha pelo aeroporto internacional de Hilo, a capital da Big Island, por isso o nosso roteiro começou pela costa leste, percorreu as montanhas e vulcões e chegou à costa oeste pelo sul da ilha, explorando nos últimos dias a belíssima costa de Kona.

Nosso jipe nos leva pelo difícil caminho da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Nosso jipe nos leva pelo difícil caminho da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


O roteiro litorâneo começou no ponto mais ao sul da ilha, não coincidentemente também referido como o ponto mais ao sul dos Estados Unidos da América. O Hawaii é o mais tropical dos estados americanos e o South Point é o ponto mais austral de todo o país.

Passeio na ponta sul da Big Island, no Havaí

Passeio na ponta sul da Big Island, no Havaí


O South Point está sobre uma longa costa de penhascos rochosos com uma bela vista do Oceano Pacífico. Pescadores locais ficam no alto dos penhascos em busca da janta do dia, enquanto turistas chegam e vão nos seus jipes abertos, alguns bravos o suficiente para saltar do alto da pedra no mar azul abaixo.

Mergulho no penhasco que forma a ponta mais ao sul dos Estados Unidos, no sul da Big Island, no Havaí

Mergulho no penhasco que forma a ponta mais ao sul dos Estados Unidos, no sul da Big Island, no Havaí


O único meio de voltar à terra firme é através de uma escada, no ponto mais ao sul da Big Island, no Havaí

O único meio de voltar à terra firme é através de uma escada, no ponto mais ao sul da Big Island, no Havaí


A poucos quilômetros dali está a estrada para Papakolea ou Green Sand Beach, uma das duas praias de areias verdes em todo o mundo. As areias verde oliva são constituídas por olivinas, minerais vulcânicos raríssimos apenas encontrados aqui e em uma praia no arquipélago de Galápagos. A praia está na baía do Pu´hu Mahana um cone de cinzas vulcânicas formado há 49 mil anos.

A bela praia de Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

A bela praia de Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


O seu acesso é feito por uma estrada off road (5km), quem não está acostumado a dirigir em terrenos bem esburacados e acidentados deve preferir pegar uma carona (em torno de 20 dólares por pessoa), com um dos locais que oferece transporte de carro até lá. Se você tem tempo, a melhor opção é caminhar até a praia pela mesma trilha utilizada pelos carros, sentindo o vento do litoral e com vistas lindas do Pacífico.

O difícil caminho para a Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

O difícil caminho para a Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Chegando à Green sand Beach, ou praia das areias verdes, no sul da Big Island, no Havaí

Chegando à Green sand Beach, ou praia das areias verdes, no sul da Big Island, no Havaí


Nós havíamos pago um valor extra no carro alugado para poder usar o 4x4 e matar as saudades de umas estradas mais aventurescas. Foram quase 30 minutos para transpor os 5km de trilha entre pedras, buraqueiras e terra, procurando qual seria o caminho correto entre tantas trilhas erodidas. Finalmente chegamos à Papakolea, a praia de areias verdes!

Nosso jipe nos leva pelo difícil caminho da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Nosso jipe nos leva pelo difícil caminho da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


O cenário é lindo e as areias são mesmo verdes. Vale a pena o perrengue para conferir mais esta beleza havaiana.

Como o próprio nome diz, as areias são mesmo verdes na Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Como o próprio nome diz, as areias são mesmo verdes na Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Ali perto, um pouco mais à leste, seguindo pela estrada principal está a Punaluu Beach ou Black Sand Beach, eleita uma das mais bonitas da ilha. Nós não tivemos tempo de parar, mas sabemos que além de linda, tem fácil acesso e boa infraestrutura.

Delicioso mergulho nas águas azuis do mar ao sul da Big Island, no Havaí

Delicioso mergulho nas águas azuis do mar ao sul da Big Island, no Havaí


O litoral de Kona é todo elevado, grandes montanhas que terminam no mar com lindas baías e algumas praias de pedras, parques históricos havaianos e bons pontos de mergulho. Dirigindo em direção à Kona, antes de chegar à cidade de Captain Cook, você estará próximo ao Pu´uhonua o Honaunau National Historical Park. Reserve uns 30 minutos pelo menos para ver o parque, com esculturas e cabanas havaianas tradicionais, além das várias tartarugas que costumam ser vistas por ali.

O parque histórico de Pu'uhonua, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí

O parque histórico de Pu'uhonua, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí


Antiga canoa havaiana no parque histórico de Pu'uhonua, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí

Antiga canoa havaiana no parque histórico de Pu'uhonua, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí


Se você gosta de snorkel ou mergulho, a baía de Honaunau, ao lado do parque, é um dos melhores pontos de shore dive para ver vida marinha e os belíssimos corais do Pacífico. Se é mergulhador, leve equipamento e tanques de mergulho que podem ser alugados em qualquer operadora de mergulho e aproveite os corais mais saudáveis que estão ao longo da costa.

Peixes nadam por entre os corais de Honaunau Bay, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí

Peixes nadam por entre os corais de Honaunau Bay, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí


Dirija mais 30 minutos ao norte e chegará à Kealakekua Bay para fazer um snorkel com os golfinhos. Se quiser mesmo encontrá-los, terá que incluir o local na programação do dia seguinte, as 6 da manhã, quando os golfinhos retornam da caça para descansar na baía. Nós fomos até lá cedinho, mas não os encontramos. Voltamos mais tarde e eles já estavam longe, mais perto do Captain Cook Monument. A dica é alugar um caiaque para atravessar a baía (60 dólares e 20 minutos remando) ou agendar no dia anterior um barco de turismo que te leva direto lá (150 dólares).

As belas e tranquilas águas da baía dos golfinhos, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí

As belas e tranquilas águas da baía dos golfinhos, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí


Ao norte da cidade de Kona estão as praias mais bonitas deste litoral. Praias de areias brancas e ares de paraíso perdido no meio do Pacífico. Só não está totalmente perdido se você for até a praia em um final de semana, quando os locais se divertem em família e grupos de amigos se reúnem para o surf ou body board. Se tiver que escolher apenas uma, a nossa dica é ir até a Kua Bay, que reúne todos os pré-requisitos para um paraíso tropical à beira mar.

Manhã de muito sol e céu azul em Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí

Manhã de muito sol e céu azul em Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí


Descolando um tubo na praia de Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí

Descolando um tubo na praia de Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí


Praia, mergulhos, sítios arqueológicos havaianos, charmosos B&B ou grandes resorts com toda a infraestrutura turística mais american que você imaginar, não interessa qual seja o estilo de férias praianas que você está procurando,, sem dúvida irá encontrar aqui em Kona.

Hospedagem
Em Kona ficamos hospedados na casa de David e Eliane, ele neozelandês e ela suíça. Eles construíram alguns quartos na sua casa, entre Captain Cook e Kona e a transformaram em um Bed & Breakfast que ajudou a pagar a faculdade dos filhos. O quarto maravilhoso tem vista para o mar e o delicioso café da manhã é servido na sua casa, com frutas, ovos, pães, ao gosto do freguês com a companhia do simpatissíssimo casal. David é pastor evangélico, tem o dom da palavra e várias histórias lindas para contar. Foi um encontro belíssimo, recomendamos!

O maravilhoso café da manhã no B&B em Kona, na Big Island, no Havaí

O maravilhoso café da manhã no B&B em Kona, na Big Island, no Havaí

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Cânion Guartelá

Brasil, Paraná, Castro, Tibagi

Canyon formado pelo rio Iapó, um dos maiores do mundo, no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Canyon formado pelo rio Iapó, um dos maiores do mundo, no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


O Cânion Guartelá formado pelo Rio Iapó fica entre as cidades de Castro e Tibagi. Possui 32 km de extensão e por isso é considerado o 6° maior cânion do mundo, sendo que os outros 5 primeiros são medidos por outras grandezas, profundidade, etc.

Riacho de águas geladas no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Riacho de águas geladas no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


A história do seu nome vem dos tropeiros paulistas que vieram colonizar a região, fazendo extração de madeira, ouro e diamantes. Quando eles chegaram por aqui tiveram grande resistência dos índios tupi-guarani que habitavam a região, passando por pequenas batalhas e mortes dos silvícolas que tentavam defender seu território. A partir daí desenvolveram códigos para se comunicar, e certa vez um dos fazendeiros disse ao vizinho “Guarda-te lá que aqui bem fico”. A expressão evoluiu, encurtou e daí surgiu a nomenclatura de duas regiões destas redondezas, o “Guartelá” e o “Bem Fico”.

Admirando o mesmo visual que os índios já admiravam há 10 mil anos! (na Lapa Poinciano, P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR)

Admirando o mesmo visual que os índios já admiravam há 10 mil anos! (na Lapa Poinciano, P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR)


Um Parque Estadual formado para preservação de toda a extensão do cânion, seus campos rupestres que misturam as matas atlânticas, nas várzeas do rio, cerrado nas partes mais altas e inclusive a caatinga. Esta distinta cobertura vegetal e de rochas areníticas, inclusive com presença de formações coralíneas, comprova a evolução geológica deste terreno, que antes foi mar, depois se torno um deserto gelado e hoje possui o clima sub-tropical.

Antigas formações de coral no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Antigas formações de coral no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


A minha história com o cânion é antiga, a primeira vez que estive aqui eu estava com 12 anos. Foram algumas atividades escoteiras, acampamentos, escaladas, banhos de cachoeira e afins. A estrutura e as regras do parque se modificaram completamente, antes podíamos ir e vir por tudo. Hoje as trilhas são controladas e tem a obrigatoriedade de acompanhamento de guias. Antes chegávamos de carro às margens dos panelões, hidromassagem natural deliciosa, apenas suportável no verão, já que as águas são proibitivamente frias!

Os famosos panelões do P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Os famosos panelões do P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


A última vez que estive aqui, já faz 10 anos, vim passar o dia e fiz a trilha da Pedra Ume, hoje aberta apenas para pesquisadores. São 18km em uma área menos explorada que nos levam à uma fenda linda e à caverna onde são encontradas as pedras umes, usadas para curtume de couro, etc. É maravilhoso! Hoje achamos que faríamos esta trilha, hoje conhecida como trilha completa. Infelizmente ela não é tão completa assim, mas ainda assim nos levou paisagens sensacionais!

P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


Caminhamos pelo cerrado com vistas lindas do cânion, atravessamos a pedra do gavião e chegamos à Lapa do Ponciano, onde encontramos pinturas rupestres que datam de 10 a 12 mil anos! Acredita-se que as tribos que viviam por aqui sinalizavam nestas lapas os locais dos seus abrigos e a direção para onde estavam seguindo, além de cenas e animais encontrados por eles nas redondezas.

Pinturas rupestres na Lapa Poinciano, no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Pinturas rupestres na Lapa Poinciano, no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


Gilberto foi o nosso guia, junto das monitoras da Eco Ação. Sua família chegou na região à muitos anos, fez parte da história da colonização da região e ele é um dos principais conhecedores do parque e das fazendas que estão no entorno. Foi ótimo nas explicações, dados histórico, principalmente por sua paixão pelo cânion.

Aulas de geografia e geologia durante passeio no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Aulas de geografia e geologia durante passeio no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


Aqui acontece um dos raftings mais radicais do Brasil, são 14 horas descendo o rio de bote, durante quase metade do percurso em corredeiras de nível 4 e depois da cachoeira de 6m que vemos do mirante o rafting se torna nível 6! Gilberto nos contou histórias que só nos deixaram ainda mais loucos para voltar no verão, época mais indicada para a realização desta atividade.

O turbulento rio Iapó, no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

O turbulento rio Iapó, no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


Terminamos o passeio na trilha básica, voltando ao mirante da Cachoeira da Ponte de Pedra, fechada para banho, fotos, etc, onde eu cansei de tomar banho e brincar. É sempre uma delícia voltar ao cânion, lembrar da infância e estar em um lugar tão espetacular que está tão pertinho de casa. Belezas do Paraná que muitos curitibanos e paranaenses nem sabem que existe!

Belíssimo visual do canyon no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR

Belíssimo visual do canyon no P.E do Guartelá, região de Tibagi - PR


Pegamos nosso rumo para a cidade de Castro, onde passaremos esta noite. Uma cidade super gracinha, casas coloniais antigas bem preservadas no centro, festa junina, frio do sul e céu de brigadeiro! Passamos mais um dia dos 1000, depois de tanto Brasil, aqui no Meu Paraná!

Prédios antigos e araucárias, cenário de Castro - PR

Prédios antigos e araucárias, cenário de Castro - PR

Brasil, Paraná, Castro, Tibagi, Cânion Guartelá, Parque Estadual, Parques e Reservas, pinturas rupestres

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Que Mala Suerte!

Argentina, Belén, Purmamarca

Desânimo, entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina

Desânimo, entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina


Hoje saímos para 10h de estrada. Saímos as 9h planejando chegar até as 19h em Susques, cidade mais próxima da fronteira com o Chile no Paso de Jama. A falta de combustível quase nos pegou ontem, mas em Belén conseguimos encontrar combustível e garantir os nossos 30 litros extras.

Batizando o triângulo da Fiona entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina

Batizando o triângulo da Fiona entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina


Não muito longe dali, entre as cidades de Santa Maria e Amaicha tivemos uma outra surpresa. Um pneu arrebentado! Ele não apenas furou, ele desmontou completamente! É claro que a primeira tentativa foi trocarmos o pneu, porém logo descobrimos que o nosso step estava travado embaixo do carro. Usamos uma trava de segurança que destrava com uma chave tetra. Esta porém não conseguia destravá-lo. Entrou tanta terra na trava que não exixtia forma de abri-lo. Tentamos tirar a terra, usamos o nossos compressor de ar, tentamos de tudo.

Pneu destruído entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina

Pneu destruído entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina


Ficamos completamente presos na estrada e com sorte, entre 2 cidades, a 10km de Santa Maria e a 6km e Amaicha. O Rodrigo pegou uma carona para Santa Maria, maior cidade onde tinha mais chances de encontrar uma loja de pneus aberta. Nada feito, encontrou uma borracharia que veio com ele uma meia hora depois para retirar a nossa roda, levá-la até a cidade, colocar um pneu menor para podermos nos mover dali. Acabamos comprando este pneu, que não vale 1 centavo, mas na necessidade passa a custar caro. É a oportunidade...

Finalmente, a Fiona está na estrada novamente, chegando em Salta - Argentina

Finalmente, a Fiona está na estrada novamente, chegando em Salta - Argentina


Outro senhor que parou para nos ajudar havia dado seu endereço em Amaixha e disse que poderia nos ajudar com a trava. Com o nosso pneu meia sola fomos até lá. Nessas idas e vindas e enquanto esperava nós já estavamos quase conseguindo abrir a trava... mas a única solução foi usar uma bela serra elétrica, que de forma rápida e eficaz, depois de 5 horas, conseguiu nos liberar desta trava desgraçada.

Tentando de todos os jeitos tirar a trava do estepe, entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina

Tentando de todos os jeitos tirar a trava do estepe, entre as cidades de Amaicha e Santa Maria, na Argentina


Trocamos o pneu e seguimos com o nosso step, já um número menor que o nosso TL 50/50, até Salta. Conseguimos fechar à Salta as 19h30, 30 minutos antes de fechar a loja de pneus. Encontramos o nosso pneu, mas de outra marca... mesmas especificações, qualidade conhecida, sem muita opção trocamos um e acabamos conseguindo negociar o nosso step original no negócio para ficarmos com os 2 pneus traseiros novos, o que é mais seguro e nos garante um step idêntico.

Na oficina em que serramos a trava do estepe da Fiona, para finalmente podermos utilizá-lo! (em Amaicha - Argentina)

Na oficina em que serramos a trava do estepe da Fiona, para finalmente podermos utilizá-lo! (em Amaicha - Argentina)


Rodamos atrás de combustível novamente, o diesel da YPF continua escasso... Já eram quase 21h quando conseguimos sair de tanque cheio direto para Purmamarca, na entrada da estrada para o Paso de Jama. Quanto mais próximos do paso nós dormimos melhor, pois a fila de caminhões mais tarde fica impossível.

A Fiona de pneu novo, em Salta - Argentina

A Fiona de pneu novo, em Salta - Argentina


Já em Purmamarca demoramos para encontrar um hostel ou pousada que aceitasse cartão. O único ATM (banco 24h) estava fechado e queríamos sair cedo. Tanto procuramos que acabamos encontrando uma pousada deliciosa! Marques de Tojo, seu funcionário foi totalmente atencioso, viu a nossa cara de cansados e sabendo da situação negociou um belo desconto. Ai ai, não tem coisa melhor do que chegar em um hotel quentinho, cama gostosa, banho delicioso e poder descansar! Amanhã pegamos estrada e vamos ver afinal o Paso de Jama. Tá difícil, mas chegaremos ao Chile!

Um dos mais populares carros na história da Argentina! (chegando em Salta)

Um dos mais populares carros na história da Argentina! (chegando em Salta)

Argentina, Belén, Purmamarca,

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Linhas de Nazca

Peru, Nazca

Desenho de baleia no deserto de Nazca - Peru

Desenho de baleia no deserto de Nazca - Peru


Sobrevoar as linhas de Nazca é uma experiência única. Não apenas pela montanha-russa mais emocionante do mundo, mas pela descoberta inacreditável que fazemos quando olhamos para o imenso deserto marrom-acinzentado lá do alto.

Sobrevoando o deserto de Nazca - Peru

Sobrevoando o deserto de Nazca - Peru


As linhas de Nazca são geoglifos localizados no deserto de Nazca, 400km ao sul de Lima no Perú. Embora lembrem os geoglifos de Paracas, como o Gigante do Atacama, os cientistas acreditam que estes foram feitos pela civilização dos Nazca entre os anos de 400 e 650 d.C. Existem milhares de teorias e conspirações matemáticas, ufológicas e religiosas. Estes desenhos inspiraram aquele livro “Eram os Deuses Astronautas”, do escritor Eric Von Daniken.

Deserto cortado por linhas e desenhos em Nazca - Peru

Deserto cortado por linhas e desenhos em Nazca - Peru


Este foi o meu segundo sobrevôo, a primeira vez que vim ao Perú, Nazca não estava no meu roteiro, eu tinha apenas 15 dias. Eu e Luiz, meu companheiro de viagem, conhecemos uns mineiros e foi um deles que ficou colocando pilha para acelerarmos o passo e trocarmos as ilhas flutuantes de Puno por um bate e volta em Nazca. Nesta ocasião conhecemos um limeño que trocou sua prancha de surf por um sandboard e se mudou para esta região. Historiador e dono de um pequeno restaurante e bar no centro de Nazca, ele nos contou uma das teorias mais aceitas, que explicaria como estes desenhos foram parar ali.

Uma gigantesca aranha desenhada no deserto de Nazca - Peru

Uma gigantesca aranha desenhada no deserto de Nazca - Peru


Segundo ele, o povo Nazca seria um povo nômade e caçador que vivia na selva e que foi sendo atingido por diversas secas terríveis, falta de caça e comida. Eles acreditavam que estariam sendo castigados por seus Deuses, por não terem reciprocidade com a natureza e apenas retirar dela o que precisavam para viver. No processo de busca por uma solução e uma resposta para os seus problemas, os pagés ou xamãs destas tribos utilizavam o São Pedro, um cactos alucinógeno, nas suas cerimônias religiosas. Eles ficavam “viajando” durante dias, tendo visões que eram repassadas para o povo em grandes discursos públicos, até que foi decidido que iriam homenagear a seus Deuses, desenhando no deserto estas visões que eles tinham durante os rituais de São Pedro. Eles teriam utilizado o método de remoção da camada mais superficial de pedras e terra avermelhadas pelo óxido de ferro. Estacas de madeira eram fixadas pelos engenheiros e o povo faria imensas peregrinações arrastando seus pés e “limpando” o caminho formando as imagens.

O 'Colibri', desenhado no deserto de Nazca - Peru

O "Colibri", desenhado no deserto de Nazca - Peru


São mais de 100 formas geométricas como linhas retas perfeitas, trapézios e retângulos e animais como o beija-flor, o condor, aranha, um macaco, o cachorro, papagaio e até uma baleia! Muitas destas imagens são inexplicáveis, será que eles já haviam visto uma baleia? Ou o que estariam querendo representar ao fazer a imagem conhecida como “o astronauta”? Seriam mesmo motivos religiosos ou uma forma de tentar se comunicar com extra-terrestres, como dizem os ufólogos mais entusiastas? Como construíram linhas retas tão perfeitas?

O 'astronauta', um dos mais incríveis desenhos no deserto de Nazca - Peru

O "astronauta", um dos mais incríveis desenhos no deserto de Nazca - Peru


São perguntas que talvez nunca tenham respostas. O fato de estarmos ali, cara a cara com um feito tão impressionante, nos faz perceber a pequeneza que temos dentro da história da humanidade. É uma sensação estranha de impotência e de integração ao mesmo tempo... Pois através de um desenho, por um segundo estamos recebendo a mensagem de um povo enviada há quase 1500 anos. Agora cabe a nós entendê-la.

O deserto de Nazca - Peru. Os desenhos são feitos retirando-se as pedras da areia, por centenas e centenas de metros

O deserto de Nazca - Peru. Os desenhos são feitos retirando-se as pedras da areia, por centenas e centenas de metros



Informações úteis

Prontos para o sobrevôo das famosas Linhas de Nazca, no Peru

Prontos para o sobrevôo das famosas Linhas de Nazca, no Peru


A maioria dos vôos é feito com aviões Cessna C207, para 5 passageiros e duram em torno de 40 minutos. As linhas estão em uma altitude de 1860 pés e o sobrevôo é feito entre 2200 a 3200 pés. O custo é basicamente o mesmo em todas as agências, variando entre 145 e 160 dólares por pessoa e a maioria dos vôos parte pela manhã quando tem garantia de céu aberto e sem nuvens. Entretanto nós conseguimos agendá-lo para as 15h, horário ideal no nosso cronograma. Muitas pessoas já nos perguntaram sobre segurança, houveram alguns acidentes, o último há menos de um ano morreram 4 franceses. Foi quando o governo peruano resolveu assumir a operação dos vôos e manutenção das aeronaves, garantindo mais segurança aos turistas e passageiros. Mesmo tendo uma experiência emocionante, com direito à turbulência e sobes e desces, o vôo nos pareceu muito seguro.

Observando as linhas de Nazca - Peru

Observando as linhas de Nazca - Peru


Obs.: Aos que enjoam, como eu, é recomendado tomar um remédio para enjôo, tipo meclin ou dramin. Eu não tomei e passei mal quase o vôo todo.

Peru, Nazca, Linhas de Nazca, sobrevôo

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Mac’me cuh tohr toc cym xwa?

Brasil, Maranhão, Carolina (P.N. Chapada das Mesas)

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Pedra Caída, uma das principais atrações turísticas da Chapada das Mesas. Fora da área do Parque Nacional, na estrada de Estreito e Imperatriz, há aproximadamente 30km de Carolina. O Rodrigo já conhecia de uma viagem feita há 10 anos. De lá para cá soubemos que a área foi vendida para um novo dono, também proprietário da empresa de balsas Pipes, que domina o mercado aqui nos Rios Tocantins e Araguaia. Empreendedor, o novo proprietário esta montando uma nova infra-estrutura, inaugurou 3 tirolesas e mudou também os valores para visitar o local, cada atração dentro da propriedade tem um valor, 20, 30 reais por pessoa, com acompanhamento de guias locais. Já fomos para lá com medo do esquemão em que íamos nos meter, mas o Rodrigo era taxativo, Pedra Caída é obrigatória.

Paredões do canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Paredões do canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Chegamos lá e a infra já impressiona, o receptivo é feito por um rapaz que explica todas as atrações, preços e horários de saída dos passeios. O guia do Santuário da Pedra Caída sai de hora em hora, para a Caverna e o Capelão as 10h e as 14h. Além destes queríamos ainda tentar fazer a tirolesa, mas estava meio corrido, saindo as 14h não teríamos tempo hábil até as 17h, hora em que fecha o parque. Não é por nada, mas nós gostamos de eco-turismo, dentre outros motivos óbvios, pela liberdade que temos de ir e vir dentro das nossas aptidões e disposição, não conseguir fazer por causa de agenda é muito chato. Eis que surge uma solução! Tino, guia experiente da Pedra Caída, propôs um esquema especial já que estávamos com o nosso carro, eles rearranjaram os horários dos guias na agenda e tudo certo para começarmos o dia!

Caminho pelo rio até a Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Caminho pelo rio até a Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


As atrações aqui da Pedra Caída têm um acesso muito fácil, estradas de terra para carros 4x4 e trilhas de 5, 10 minutos que qualquer pessoa consegue fazer. Antigamente o lugar era uma farofa, só o Santurário era explorado, ingresso mais barato e 500 pessoas lá dentro, comendo, bebendo e lotando o local. Visando um público diferenciado e a preservação do meio natural foi que o novo proprietário mudou a tabela de preços. Hoje com os preços mais salgados o povo pensa duas vezes em vir até aqui. Além da estrutura que já existia, piscinas (artificiais) de água natural, mesas e bares na área mais próxima à entrada, foram montadas passarelas de madeira, áreas de descanso, uma ponte pencil, as rampas de acesso e plataformas das tirolesas de 400, 600 e 1200m, a segunda maior do Brasil. Antenado nas tendências do eco-turismo e do turismo de aventura, a empresa investe em treinamento dos profissionais, é associada da Abeta e está de olho em novos projetos como, por exemplo, o acesso de PPNEs (Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais), como a pioneira cidade de Socorro, no interior de SP.

Passarela para a Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Passarela para a Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Depois de toda essa explicação a nossa disposição até começou a mudar, assim até pagamos mais felizes! Começamos o tour pela Cachoeira do Capelão, nome dado na região para o macaco bugio gritador, que costuma aparecer nesse pequeno éden. A cachoeira é uma pintura, um pequeno lago de areias vermelhas, águas transparentes e uma queda desenhada na ferradura formada pela rocha. Tudo isso a apenas 5 minutos do estacionamento.

A belíssima Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

A belíssima Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


A segunda parada é a Cachoeira da Caverna, 10 minutos de caminhada pelo leito do rio e chegamos à uma gruta linda e infestada de morcegos. Tudo bem, eles não gostam de turistas não, estes só gostam de frutas. Esta trilha nos lembrou muito os cânions secos dos parques nacionais vizinhos, Confusões e Serra da Capivara, porém aqui tem água o tempo todo. Lá estas trilhas por cânions e leitos de rios são comuns, mas os rios só aparecem no período de chuvas.

Saindo da Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Saindo da Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


O encanto desta cachoeira está na sua localização, cercada por paredões de pedra, com acesso apenas por dentro do rio. A temperatura da água é perfeita, nem quente, nem fria, podemos ficar horas ali que não sentíamos frio. Há uma pequena gruta atrás da cortina d´água e um lugar perfeito para você se instalar na hidromassagem da cachoeira. Foi difícil do Tino nos arrancar dali, mas o tempo estava correndo e precisávamos seguir para a o Santuário.

Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


O Santuário da Pedra Caída é assim chamado por ser um lugar muito especial para a tribo indígena que habita a região há muitos anos, a tribo Krikati ou Crêcateh, como se escreve na sua língua. “O criador se manifesta para as criaturas através da sua criação” e este é sem dúvida um dos lugares para nos lembrarmos que a Mãe-Natureza existe.

Aproveitando ao máximo a Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA

Aproveitando ao máximo a Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA


Caminhamos pela passarela de madeira, atravessamos a ponte pêncil sobre um estreito cânion de onde conseguimos ter uma noção do que está por vir. Descemos uma rampa de madeira, ziguezagueando defronte ao imenso paredão. A passarela continua margeando o rio, de um lado ela segue para a plataforma onde é feito o rapel e do outro para o nosso objetivo, a Cachoeira da Pedra Caída.

Ponte sobre o canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Ponte sobre o canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


É nesta hora que Tino nos faz o convite “Mac’me cuh tohr toc cym xwa?”, (Mac’me = vamos, cuh tohr toc = cachoeira, cỹm xwa = banhar) ou “vamos tomar um banho de cachoeira?”, entrando em um território sagrado para os Crêcateh. Entramos no rio e continuamos subindo, conforme o cânion ia se afunilando. Parecemos estar entrando em um cenário de filme do Indiana Jones, todas as paredes possuem escritos cavados no arenito. Alguns datam da década de 40 e 50, são tantos, tão apinhados e com limo por cima, que parecem hieróglifos! O meu espanto e indignação, do início, tiveram que dar espaço para a imaginação e deixar as antigas pichações virarem escritas sagradas dos antigos povos que ali viveram.

Quase chegando à Cachoeira da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Quase chegando à Cachoeira da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Ao final do cânion chegamos ao último salão, de onde cai a imensa cachoeira da Pedra Caída. São uns 40m de queda, muita água, muito vapor e um salão circular e particular. Estávamos apenas nós, no útero, no santuário da mãe natureza, experiência inesquecível!

A clarabóia da Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA

A clarabóia da Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA


Fizemos todo o caminho de volta maravilhados e no meio do caminho os gritos emocionados de uma moça não nos deixaram ter dúvida, vamos à tirolesa! A segunda maior tirolesa do Brasil, com 1200m, a tirolesa da Pedra Caída foi inaugurada há uns 3 meses pelo Sabiá. O doido cortou o seu cabo na parte mais alta, enquanto a tirolesa estava em movimento e chegou ao chão com o seu pára-quedas depois do base-jump básico.

A famosa tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

A famosa tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


A subida é desleal, mesmo no final da tarde o sol ainda estava quente, pouco vento e quase quarenta minutos de rampa pela frente. É claro que o caminho de volta é muito mais rápido, prazeroso e o principal, com uma vista linda de toda a chapada!

Descendo a tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Descendo a tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Fomos embora da Pedra Caída felizes e muito mais do que satisfeitos. Tino foi perfeito, atencioso, nos deu boas explicações sobre a flora, fauna e história do local, além da ótima companhia.

Junto com o Tino, nosso guia no Complexo da Pedra Furada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Junto com o Tino, nosso guia no Complexo da Pedra Furada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Tenho um único adendo. É bom lembrar aos desbravadores e eco-turistas mochileiros que toda essa estrutura que está aqui é linda e ajuda a preservar o local, mas ela não foi feita pelo que já foi, mas sim pelo que está por vir! Agências de turismo (do tipo CVC) estão estudando o local e incluindo nos seus roteiros, com toda a razão, já que a empresa tem a estrutura perfeita para todas as idades e perfis de público. Então, venham logo!

Fim de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Fim de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Sol se pondo, mas ainda tínhamos tempo de dar uma última esticada para conhecer o Portal da Chapada. Uma formação rochosa em forma de portal (ou janela?) em meio a um imenso paredão de arenito.

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


A luz avermelhada do sol deixou o espetáculo ainda mais bonito! Do alto pudemos ver o Morro do Chapéu e suas montanhas irmãs em formato de mesa.

Magnífico visual de final de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Magnífico visual de final de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Amanhã saímos de Carolina, mas continuamos nossas explorações pela Chapada das Mesas, agora no município de Riachão. Veremos que outras surpresas nos aguardam.

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