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Blog da Ana - 1000 dias

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Quixadá

Brasil, Ceará, Quixadá

Pedra da Galinha Choca e Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará

Pedra da Galinha Choca e Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará


Chegamos à Quixadá ontem no final do dia, direto para o único hotel que tínhamos indicado no nosso guia: Pedra dos Ventos Pousada, que virou hotel e agora se apresenta como um resort! Tempo chuvoso com o friozinho da montanha, nem parece que estamos no sertão do Ceará. Toda a região possui afloramentos rochosos magníficos, um cenário espetacular em meio a uma caatinga já verde, das primeiras chuvas do inverno nordestino.

Chuva no sertão de Quixadá, Ceará

Chuva no sertão de Quixadá, Ceará


O plano inicial para a noite era um repeteco básico do show do Nando Reis, já que ele nos seguiu até aqui. Um pé d´água danado caindo na cidade, acabamos (o Rodrigo) ficando com preguiça e não fomos para a cidade, ficamos aproveitando o coaxar dos sapos cantores vizinhos de quarto.

A 'cabeça' da Galinha Choca, observando Quixadá, no sertão do Ceará

A "cabeça" da Galinha Choca, observando Quixadá, no sertão do Ceará


No dia seguinte cedo acordamos torcendo para que tivesse parado de chover, pois com um tempo destes não poderíamos escalar. Colocamos a Fiona para trabalhar subindo uma estrada íngreme e escorregadia, treinando a sua 4x4 reduzida, para vermos a neblina se dissipar no alto da Pedra dos Ventos. Assim que a neblina abriu pudemos ver toda a região do alto, pedras e mais pedras imensas, majestosas entre açudes e muito verde.

Vista do alto da Pedra dos Ventos, em Quixadá, no sertão do Ceará

Vista do alto da Pedra dos Ventos, em Quixadá, no sertão do Ceará


Voltamos à cidade e seguimos em direção ao Açude do Cedro, açude mais antigo do Brasil, projeto de D. Pedro II, sempre ele! Este homem esteve em todos os lugares, sempre com uma visão à frente do seu tempo, planejando, construindo, estudando e desenvolvendo!

A barragem iniciada por D. Pedro para formar o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará

A barragem iniciada por D. Pedro para formar o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará


Ao fundo do lago está o nosso objetivo, a Pedra da Galinha Choca. A chuva ainda não estava totalmente descartada, mas tínhamos esperanças de conseguir escalar. Encontramos Ciro, gaúcho radicado em Quixadá, guia e escalador que vai nos levar lá para cima. Ele está com um outro grupo e por um desencontro de informações não trouxe o equipamento de escalada... Então se tínhamos ainda dúvidas se iríamos escalar, elas acabaram de se resolver. Frustração total, começamos a caminhada de bode, mas o que nos resta agora é andar.

A famosa pedra da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará

A famosa pedra da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará


A caminhada vai curando as nossas bodices e nós vamos entrando no clima. Na verdade nos agregamos à um grupo de Fortaleza que o Ciro já ia guiar e fomos andando tranquilos até o corpo da galinha. Um pouco antes demos aquela olhada melancólica para a via que não nos pertencia mais e seguimos nosso rumo. A cabeça e o rabo da Galinha Choca tem as melhores vias, até a Daniela Monteiro esteve aqui com sua equipe escalando e disseram que mesmo ela (poderosa), sentiu medo em uma das vias lá. AAAAAIIII, que réiva! Bem, mas logo veio a chuva e novamente confirmou que hoje não era o dia para escaladas...

No alto da Galinha, observando o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará

No alto da Galinha, observando o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará


Do alto vemos todo o Açude do Cedro, a barragem construída para a formação do lago, a região da Pedra dos Ventos, a cidade de Quixadá e até a Pedra da Baleia, onde está a maior via de escalada do Ceará, com 500m de extensão. É o paraíso de escalada! Quando não está chovendo, que deve ser uns 90% do ano. Fomos bem sortudos nessa...

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu 'rabo', em Quixadá, no sertão do Ceará

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu "rabo", em Quixadá, no sertão do Ceará


Querendo aproveitar ainda mais a região, fomos conhecer a rampa de vôo livre e o Santuário da Nossa Senhora do Sertão. Eu não estava esperando muito do Santuário, mas é muito bacana, principalmente por que eles reuniram ali todas as Virgens Marias da América Latina, com a explicação da origem de cada uma delas, suas histórias e milagres em cada um dos países.

Santuário de Nossa Senhora, a Rainha do Sertão, em Quixadá, no sertão do Ceará

Santuário de Nossa Senhora, a Rainha do Sertão, em Quixadá, no sertão do Ceará


Assim nos despedimos de Quixadá, terra gente hospitaleira, escalada e vôo livre, de açudes, caatingas, monólitos e Galinhas Chocas. Mas tenho certeza que não é adeus, e sim um até logo!

Brasil, Ceará, Quixadá, Açude do Cedro, Escalada, galinha choca, Montanha, Trekking

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Ruby Falls

Estados Unidos, Georgia, Ruby Falls

Visitando Ruby Falls, na Georgia - EUA. Uma cachoeira dentro de uma caverna!

Visitando Ruby Falls, na Georgia - EUA. Uma cachoeira dentro de uma caverna!


Fizemos um achado na região de Chattanooga, no caminho entre Atlanta e Nasheville! Um achado para nós, pois a Ruby Falls já é sucesso na região há mais de 80 anos!

Visitando Ruby Falls, na Georgia - EUA

Visitando Ruby Falls, na Georgia - EUA


No início do século passado a Southern Railroad Company fechou a entrada de uma antiga caverna conhecida pela população e que fez parte da história dos habitantes de Chattanooga e proximidades do Rio Tennessee. Leo Lambert, um entusiasta da espeleologia na época, decidiu que reabriria a Lookout Mountain Cave para o público e começou um projeto de engenharia ambicioso para a época, a construção de um elevador que desse acesso ao túnel desta caverna.

Belas formações na caverna de Ruby Falls, na Georgia - EUA

Belas formações na caverna de Ruby Falls, na Georgia - EUA


Em 1928 a obra começou e no dia 28 de dezembro do mesmo ano um novo túnel foi encontrado a quase 80m de profundidade, 49m antes da Lookout Mountain Cave. Leo Lambert entrou com sua equipe e foram necessárias mais de 17 horas rastejando em um estreito corredor de um metro e meio de largura e apenas 46 cm de altura!

Lago reflete formações de caverna em Ruby Falls, na Georgia - EUA

Lago reflete formações de caverna em Ruby Falls, na Georgia - EUA


No caminho esses bravos homens encontraram formações calcárias e espeleotemas belíssimos! Ao final este corredor se abriu e um tesouro inacreditável se revelou, uma cachoeira subterrânea de 44m de altura!

A fantástica Ruby Falls, na Georgia - EUA

A fantástica Ruby Falls, na Georgia - EUA


Estou rico! Deve ter pensado o figura do Lambert, que colocou o nome de sua esposa Ruby, na sua mais nova descoberta. Esta foi uma época áurea para o turismo nos Estados Unidos, famílias nobres se aventuravam por terras norte-americanas em busca de belezas naturais. Logo depois disso veio a grande depressão de 1929 e as cavernas se tornaram uma forma de ganhar dinheiro nesta região rica em calcário e minerais, não apenas com mineração mas também com o turismo.

Algumas formações tem até nome em Ruby Falls, na Georgia - EUA

Algumas formações tem até nome em Ruby Falls, na Georgia - EUA


Nós não tínhamos ideia do que iríamos encontrar, mas seguimos algumas placas que anunciavam o local. O passeio leva em torno de duas horas e começa da forma mais inesperada impossível, de dentro de um castelo. Esperando sair para uma trilha para ver a cachoeira do lado de fora, pegamos o elevador e descemos 80m dentro da terra! Toda esta história contada acima nós descobrimos no tour, o que fez a descoberta ainda mais impressionante! A trilha é iluminada, assistimos a um vídeo e somos guiados pelas belezas subterrâneas da Ruby Falls até a cachoeira, com um show de luzes e até trilha sonora. São dessas coisas que só encontramos nos Estados Unidos.

Estados Unidos, Georgia, Ruby Falls, cachoeira, Caverna, Chattanooga, espeleologia

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Old West Californiano

Estados Unidos, Califórnia, Pioneertown

Quase um cowboy! (em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos)

Quase um cowboy! (em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos)


Velho Oeste na Califórnia? Sim, mais especificamente em San Bernardino County, é onde está localizada Pioneertown, esta pequena vila de 350 habitantes.

Chegando à Pioneertown, antigo setting de filme de faroeste ao lado do Parque Nacional de Joshua Tree, na Califórnia, nos Estados Unidos

Chegando à Pioneertown, antigo setting de filme de faroeste ao lado do Parque Nacional de Joshua Tree, na Califórnia, nos Estados Unidos


Idealizada e construída para ser um set de filmagem de filmes e seriados do Velho Oeste em 1946, Pioneertown foi cenário para produções como The Cisco Kid, Vida contra Vida, The Cowboys and the Indians e vários outros.

Pioneertown, setting hollywoodiano de cidade de faroeste, na Califórnia, nos Estados Unidos

Pioneertown, setting hollywoodiano de cidade de faroeste, na Califórnia, nos Estados Unidos


A ideia dos empresários e atores na época foi construir um cenário onde os atores também pudessem morar e assim até hoje a cidade possui as construções originais na Mane Street, como o boliche, o salão, a casa de banhos e algumas lojas restauradas e hoje utilizadas para venda de artesanatos e souvenirs.

Pioneertown, setting hollywoodiano de cidade de faroeste, na Califórnia, nos Estados Unidos

Pioneertown, setting hollywoodiano de cidade de faroeste, na Califórnia, nos Estados Unidos


Pele Vermelha e Cara Pálida em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos

Pele Vermelha e Cara Pálida em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos


O Pappy & Harriet´s Pioneertown Palace é uma das principais atrações da cidade, um bar com decoração e clima de velho oeste, boa música e uma carne deliciosa.

O agitado Pappy & Harriet, bar em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos

O agitado Pappy & Harriet, bar em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos


Ao lado está o Pioneertown Motel, onde podemos ficar hospedados nos mesmos quartos antes utilizados pelos grandes atores hollywoodianos da época. O nosso quarto era onde ficava Roy Rogers, além de ator, ele também foi um dos entusiastas empresários que bancou a construção da cidade.

Nosso motel em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos

Nosso motel em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos


Alguns devem estar se perguntando, como foi que vocês foram cair aí? Pioneertown está a poucos quilômetros de um dos muitos de Parques Nacionais na Califórnia, o Joshua Tree National Park. Não havia melhor pedida que unir o útil ao divertido e agradável clima de velho oeste hollywoodiano antes de sairmos para explorar as belezas naturais californianas.

Uma legítima Joshua Tree na noite de Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos

Uma legítima Joshua Tree na noite de Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos


Fechamos o dia de viagem e explorações no saloon do povoado, ouvindo uma dupla country feminina no melhor estilo americano, um belo copo de chopp na mão e uma história para contar.

Show de música country no Pappy & Harriet, bar-restaurante em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos

Show de música country no Pappy & Harriet, bar-restaurante em Pioneertown, na Califórnia, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Califórnia, Pioneertown, Old West, Velho Oeste

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Pedra Azul

Brasil, Espírito Santo, Domingos Martins (P.E Pedra Azul)

Gigantesco monolito em Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES

Gigantesco monolito em Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES


Muitos Muriquis depois, pegamos estrada voltando para o Espírito Santo em direção ao mar. No caminho para o mar passamos pela Serra Capixaba onde se localiza o famoso Parque Estadual da Pedra Azul. Eu já tinha conhecido a Pedra Azul na viagem que fiz com meus pais e retornei em 2001, mas mesmo assim ela sempre impressiona pela sua imponência.

Gigantesco monolito em Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES

Gigantesco monolito em Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES


Uma pedra de 500m de altitude que é símbolo do turismo no Espírito Santo. Ela é chamada assim, pois possui uma coloração mais clara, quase azulada, que a destaca das dezenas de outras grandes rochas, formação comum na geografia capixaba.

Gigantesco monolito em Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES

Gigantesco monolito em Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES


Chegamos ao parque no final da tarde e infelizmente descobrimos que ele está fechado há mais de um mês, as trilhas estão em manutenção e uma das principais atrações, piscinas naturais, praticamente secas.

Casa no pé da Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES

Casa no pé da Pedra Azul, região de Domingos Martins - ES


A Pedra Azul fica dentro do município de Domingos Martins, onde decidimos dormir hoje, cidade na região montanhosa de clima ameno e colonização alemã. Eu estava esperando encontrar as tais pousadas charmosas de serra, tomar um vinhozinho com o Ro... huuumm. Ledo engano... Chegando a cidade descobrimos que estas pousadas ficam justamente do outro lado do município, aos pés da Pedra Azul. São pousadas muito bonitinhas, lembram muito as pousadas em Gramado, Visconde de Mauá ou Campos do Jordão, e tem nada mais nada menos que a Pedra Azul no quintal. Nós havíamos visto estas pousadas lá, porém a Pedra Azul fica a 60km da cidade, que queríamos conhecer, além de estar mais próxima de Vitória, nosso próximo destino. Dormimos no Hotel Imperador, a noite baixou uma neblina na cidade que nos animou a tomar um vinhozinho ao som do sino e dos cantos da Igreja Luterana.

Brasil, Espírito Santo, Domingos Martins (P.E Pedra Azul), Parque Estadual, Parque Estadual da Pedra Azul

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Paraguai, Filadelfia

Parque urbano em Filadelfia, com árvores típicas do Chaco - Paraguai

Parque urbano em Filadelfia, com árvores típicas do Chaco - Paraguai


Vocês devem estar pensando, essa Ana é meio perdida mesmo. Lá no meio do Paraguai e larga um willkommen? Tudo bem, podem falar, eu pensaria o mesmo, quando que nós podemos imaginar que em uma região onde vive apenas 3% da população paraguaia vamos encontrar uma colônia alemã?

O Itaú fala alemão em Filadelfia, no Chaco paraguaio

O Itaú fala alemão em Filadelfia, no Chaco paraguaio


Pois bem, hoje chegamos à Filadélfia, uma cidade no departamento de Boquerón no norte do país. Esta região foi colonizada entre 1927 e 1947 por grupos de menonitas canadenses, soviéticos e ucranianos-alemães que buscavam refúgio da guerra e um espaço em que tivessem liberdade religiosa e administrativa. O governo paraguaio os cedeu este espaço, pensado seco e improdutivo, para que se estabelecessem e hoje a região é a principal fornecedora de produtos lácteos do país. O alemão é falado por todos, o espanhol já é encontrado entre os mais jovens e o guarani, também é usado por alguns fazendeiros.

Placa bilíngue na cidade de Filadelfia - Paraguai

Placa bilíngue na cidade de Filadelfia - Paraguai


A economia da cidade gira em torno da cooperativa agrícola, pioneira na fundação e estruturação da cidade. A organização da cidade não está apenas nos jardins floridos, mas nas suas casas e ruas bem desenhadas. Estranho é pensar tudo isso em meio a um lugar seco e semi-árido como o Chaco. O parque da memória dos imigrantes é uma linda praça florida e possui uma casa de arquitetura colonial alemã. No mesmo terreno do Hotel Florida está um Unger Museu sobre a imigração e a história dos menonitas, que infelizmente pegamos fechado.

Museu na cidade de Filadelfia - Paraguai

Museu na cidade de Filadelfia - Paraguai


Ainda assim não podemos reclamar de nossa sorte, pois conseguimos o último quarto disponível no Hotel. Hoje chegou um grupo de médicos oftalmologistas americanos para um mutirão comunitário. São mais de 30 médicos entre 30 e 50 anos, além do pessoal da organização, um agito e tanto para pacata cidade de Filadélfia. Eu fiquei super feliz, em plena crise de rinite (um dos males que desenvolvi na etapa úmida desta viagem), socorro não vai faltar!

Flôres no hotel Florida, em Filadelfia - Paraguai

Flôres no hotel Florida, em Filadelfia - Paraguai

Paraguai, Filadelfia,

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Pedalando em Maceió

Brasil, Alagoas, Maceió

Praia de Pajuçara em Maceió - AL

Praia de Pajuçara em Maceió - AL


Algumas cidades foram feitas para a bicicleta, cidades planas, cidades praianas, grandes ou pequenas. Maceió é uma delas, basta um pouco de disposição e uma magrela para conhecer a sua orla de cabo a rabo. Ficamos no Ibis na Praia da Pajussara e eles, já sabendo disso, disponibilizam bicicletas a módicos 5,00 por hora para os hóspedes. Não pensamos duas vezes.

Passeando de bicicleta em Maceió - AL

Passeando de bicicleta em Maceió - AL


Saímos da ponta da Pajussara, percorremos toda ela, forrada de bares e barracas de praia, dos mais simples aos mais sofisticados. Passamos para a Ponta Verde, praia preferida de muito por aqui, e fomos sair lá na praia da Jatiúca, praia longa, mais aberta e com ondas. As tribos se dividem por praia, por barraca, nesta ficam os surfistas, no meio da Praia Verde muitas famílias, já na ponta a galerinha jovem mais descolada, onde fica o Lopana, um lounge bar à beira mar delicioso.

Praia de Ponta Verde em Maceió - AL

Praia de Ponta Verde em Maceió - AL


Um dos mares mais verdes que já vi, um “eletric green” que chega a ofuscar os olhos! Tudo isso por que nestes dias anda ventando demais e ele ainda está meio sujo. O Rodrigo tem boas lembranças da Jatiúca, onde esteve antes de eu nascer, com toda a sua família! Almoçamos em um restaurante no caminho e pegamos um final de tarde delicioso no Lopana, com direito a um banho de mar, uma caipirinha de morango e um DJ ótimo embalando o pôr-do-sol. Que delícia!

Fim de tarde na orla de Maceió - AL

Fim de tarde na orla de Maceió - AL


Dia 23 de Dezembro e nós aqui, neste calor, praia, sol... Nem parece que amanhã é natal! Confesso que preferi a praia aos shoppings lotados para compras de última hora. Estou começando a entender o clima natalino aqui do nordeste.

Jangadas em Maceió - AL

Jangadas em Maceió - AL

Brasil, Alagoas, Maceió, bicicletas, bike, Jatiuca, Pajussara, Ponta Verde, Praia

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Fazenda e São Carlos

Brasil, São Paulo, São Carlos, Ribeirão Preto

A fazenda em Ribeirão Preto - SP

A fazenda em Ribeirão Preto - SP


Para mim não existe mais Ribeirão Preto sem a fazenda. Esta vinda para Ribeirão já não foi completa, pois por uma grande ironia do destino, os pais do Rodrigo viajaram para visitar a outra filha que mora na Europa, apenas 10 dias antes de chegarmos aqui. Não conseguimos chegar antes... E eles pensavam que chegaríamos depois, quando já estariam de volta.

Tempo de flores na fazenda em Ribeirão Preto - SP

Tempo de flores na fazenda em Ribeirão Preto - SP


Por isso a nossa passagem pôde ser mais rápida por aqui, mas ainda assim tínhamos que ir até a fazenda. Jorge e Néia, primos do Ro que moram lá, nos convidaram para um almoço. Aperitivo enquanto Néia chegava com Júlia e Lucca da escola e logo estávamos com toda a família em um almoço delicioso.

Com o Jorge na fazenda em Ribeirão Preto - SP

Com o Jorge na fazenda em Ribeirão Preto - SP


A fazenda, um dia uma grande produtora de café, hoje está arrendada e produz principalmente cana. Jorge é agrônomo e administra a fazenda, além de ótimas conversas, tivemos boas discussões sobre o código florestal e a aplicação prática para os agricultores. Sempre existem os dois lados e pior, neste caso há a máxima verdadeira, quantas bocas o mundo deve alimentar. Bem, longo assunto para um curto post, a edição verde da Época desta semana trata sobre este assunto, está bem interessante.

Caminhando no terreiro de café em Ribeirão Preto - SP

Caminhando no terreiro de café em Ribeirão Preto - SP


Após o almoço, todos estavam se arrumando para a festa junina da escola das crianças, ao mesmo tempo o grupo de motociclistas da Cláudia e do Betinho, outro casal de primos do Ro, chegava à fazenda para o final de semana.

Com a Néia, Jorge, Maria Júlia e Lucca, na fazenda em Ribeirão Preto - SP

Com a Néia, Jorge, Maria Júlia e Lucca, na fazenda em Ribeirão Preto - SP


Com a Cláudia e Betinho na fazenda em Ribeirão Preto - SP

Com a Cláudia e Betinho na fazenda em Ribeirão Preto - SP


Este grupo de motociclistas de Valinhos está se programando para fazer uma viagem ao Deserto do Atacama. Aventureiros, apaixonados por estradas, viagens sobre duas rodas. Foi ótimo encontrá-los, conversamos, trocamos informações e perguntas sobre as nossas paixões em comum.

Com a turma de motoqueiros amigos da Cláudia e Betinho, na fazenda em Ribeirão Preto - SP

Com a turma de motoqueiros amigos da Cláudia e Betinho, na fazenda em Ribeirão Preto - SP


Logo tivemos que seguir viagem para São Carlos, outra base da família Junqueira. Lá moram Lalau, irmã do Ro, Gera, seu marido e os filhos João Pedro e Antônio. Conversamos com os meus sogros e a Lina pelo skype enquanto Lalau preparava um brodo delicioso. Fomos buscar Antonio e os amigos no shopping, despedir do João que foi em uma festa e logo o Gera chegava em casa do trabalho. Tomamos um vinho dividindo histórias, nos atualizando sobre a família, os campeonatos de tênis dos sobrinhos, os trabalhos de Gera e Lalau e matando as saudades. Mais uma vez, uma delícia sermos recebidos com aquele sorriso gostoso, aquela saudade da família... e cada vez mais perto de Curitiba. Já já chegamos lá.

Lucca, pronto para a festa junina, em Ribeirão Preto - SP

Lucca, pronto para a festa junina, em Ribeirão Preto - SP

Brasil, São Paulo, São Carlos, Ribeirão Preto, fazenda

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Os ventos cearenses!

Brasil, Ceará, Fortaleza, Lagoinha, Cumbuco

Condições ideais para a prática de kitesurf em Cumbuco - CE

Condições ideais para a prática de kitesurf em Cumbuco - CE


Os ventos cearenses são famosos e muito procurados para os esportes aquáticos como o windsurf e o kite surf. Há apenas 25km de Fortaleza encontramos o paraíso dos kite surfers, chegamos a Cumbuco! Toda a costa do Ceará é muito procurada para a prática deste esporte, pois possui ótimos ventos e locais apropriados para todos os níveis. Cumbuco, entretanto, foi o lugar com maior infra-estrutura e número de kites que já vimos durante toda a viagem! Eu só tinha visto algo parecido lá na Lagoa e na praia do Ibiraquera, em Garopaba, outro dos principais pontos de kite no litoral brasileiro.

Condições ideais para a prática de kitesurf em Cumbuco - CE

Condições ideais para a prática de kitesurf em Cumbuco - CE


Os iniciantes geralmente procuram lagoas, lugares de água bem calma e rasa que facilitam levantar a cada tombo ou queda da pipa. Depois de algumas noções básicas de vento e pilotagem do kite começa a prática com a prancha. A evolução do aluno vai depender da facilidade que ele tem com o equipamento, a compreensão dos ventos, etc. Quanto mais experiente ele se tornar, mais desafios serão dados, como trocar a lagoa pelo mar. Depois de dominadas as manobras básicas, começam as manobras mais complicadas, como surfar e “dropar” ondas e outras mais radicais, piruetas e rodopios voando alto com o kite.

Muito sol e vento em Cumbuco - CE

Muito sol e vento em Cumbuco - CE


Há tempos tenho vontade de aprender, mas para isso temos que estar dispostos e encarar uma sessão de no mínimo 8 horas de aula, que custam em média 750,00 o pacote. É uma semaninha pelo menos para fechar estas aulas e começar a ficar em pé. Depois disso muuuito treino e empenho para conseguir relaxar e aproveitar. Eu quero! Só falta termos tempo e disposição ($$$)! Rsrsrs!

A nossa passagem por Cumbuco foi rápida, almoçamos, pegamos uma prainha e ficamos babando nos kites fazendo suas super manobras. Imagino que a sensação do kite deve ser de uma liberdade tremenda! E para nós que estamos olhando de fora parece tão fácil! Vamos ver, quem sabe em Jeri não tomamos coragem!

Fim de tarde na praia da Lagoinha - CE

Fim de tarde na praia da Lagoinha - CE


Seguimos viagem para a praia de Lagoinha. Tem chovido muito em toda esta região, já dizem que só neste começo de inverno choveu mais que em todo o inverno do ano passado! Com isso as lagoas estão cheias, os campos de carnaubais encharcados, do jeito que elas gostam. Chegamos à Lagoinha no final da tarde com uma trégua da chuva e decidimos sair dar uma corrida na praia e acabamos presenciando um pôr-do-sol maravilhoso! Infelizmente sem fotos, já que para a corrida saímos sem máquina.

Fim de tarde na praia da Lagoinha - CE

Fim de tarde na praia da Lagoinha - CE


Lagoinha é uma praia que está começando a ser urbanizada, já possui um punhado de pousadas, 2 grandes à beira mar e outras no alto do morro, onde fica a vila. A única má notícia daqui é que está em andamento uma construção grosseira gigantesca à beira da praia. Um hotel imenso e vários chalés ao lado que parecem ser do mesmo projeto. Bem que poderia ser embargada por algum órgão ambiental e implodida! Motivo: estragou a paisagem e tirou a vista de um dos pores do sol mais bonitos que já vimos durante toda a viagem!

Hotel em construção na praia de Lagoinha - CE

Hotel em construção na praia de Lagoinha - CE

Brasil, Ceará, Fortaleza, Lagoinha, Cumbuco, Kite Surf, Praia

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Engenho

Brasil, Goiás, Cavalcante

Cachoeira do Capivari, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Cachoeira do Capivari, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi criado em 1961 e possui 65.514 hectares. As cidades base para conhecer a região da são as cidades de Cavalcante, ao norte, Alto Paraíso e São Jorge, esta última mais próxima da portaria do parque.

Vista de Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros - GO

Vista de Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros - GO


Uma coisa que logo descobrimos por aqui é que as principais atrações da não estão dentro do parque e sim nos seus arredores. É meio complicado de entender, como lugares tão maravilhosos podem ser vizinhos de um Parque Nacional e não pertencerem a ele? Uma situação complicada, parque antigo e formado para preservar principalmente o entorno do Rio Preto, principal rio do parque nacional, que era explorado por garimpeiros.

Trilha para a Cachoeira Sta Bárbara, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Trilha para a Cachoeira Sta Bárbara, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Hoje as regras do parque são uns dos maiores entraves para o desenvolvimento turístico. Este Parque Nacional possui algumas regras diferentes dos demais e por motivos que ainda desconhecemos o ICM Bio acaba dificultando o acesso às suas atrações. A única portaria existente fica na cidade de São Jorge e há anos está planejada uma portaria para a cidade de Cavalcante, que ainda não foi aberta. A nossa primeira ideia era fazer uma travessia do parque entre Cavalcante e São Jorge, mas quando chegamos aqui nos deparamos com todas as restrições burocráticas. O parque exige o acompanhamento de guias, entrar no parque por trilhas “alternativas” pode nos custar multas de R$ 900,00 por pessoa e o guia ainda teria sua carteirinha de guia suspensa por 6 meses. Deste modo as trilhas não possuem manutenção e qualquer tentativa fica realmente travada.

Cachoeira Ave Maria, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Cachoeira Ave Maria, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Sendo assim tivemos que procurar uma nova programação. O Marcelo, dono da Pousada Sol da Chapada, onde estamos hospedados, nos ajudou a montar um roteiro com as principais atrações do entorno.

Cachoeira no Canyon do Capivari, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Cachoeira no Canyon do Capivari, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Hoje fomos conhecer a Cachoeira Santa Bárbara. Dentro do território Kalunga, na Comunidade do Engenho. Águas límpidas, transparentes, que dependendo da incidência da luz ficam azulzinhas. Caminhada fácil de uns 20 minutos e chegamos às águas já mais frias das que andávamos acostumados.

A bela Cachoeira Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

A bela Cachoeira Santa Bárbara, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Depois seguimos para a Cachoeira da Capivara, aonde acontece o encontro das águas dos rios Capivari e Tiririca. Este encontro forma uma linda cachoeira e abaixo dela o cânion do rio Capivara, entre paredões de pedra estreitos, com uma paisagem fantástica.

Canyon do Capivari, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Canyon do Capivari, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Após estas trilhas e banhos revigorantes voltamos ao Engenho para um almoço delicioso no restaurante de Januária. A Comunidade Kalunga é formada por negros, descendentes de antigos escravos que foram trazidos para a região para o garimpo e fundições que cunhavam moedas no tempo do Brasil Colônia. Reza a lenda que algumas destas comunidades mais distantes foram formadas por escravos fugidos, que se isolaram completamente do mundo a ponto de temer o cadastramento do Programa Luz para Todos, achando que teria ainda alguma ligação com a escravidão.

Com a Januária, na Comunidade do Engenho, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Com a Januária, na Comunidade do Engenho, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


O Engenho é uma comunidade mais próxima da cidade, apenas 30km, portanto o que encontramos ali é uma vila de kalungas já bem modernos, vivendo em seus sítios e casas de adobe ou até alvenaria, luz, eletrodomésticos e tudo. “Hoje todos querem ser kalungas”, nos disse nosso guia, pois são a menina dos olhos do governo. Além da demarcação do território, existem diversos programas para a manutenção de seus costumes, além de auxílios para estudo e etc. Vários descendentes tinham vergonha de assumir sua origem e este orgulho está sendo resgatado. Ao mesmo tempo, pessoas que nunca viveram dentro da comunidade e já nem tem raízes, querem encontrar um bisavô, tataravô kalunga para receber o auxílio do governo.

Comunidade do Engenho, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Comunidade do Engenho, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Ainda assim quem gosta de explorar e conhecer comunidades mais isoladas, pode ir até o Vão do Moleque ou até o Vão de Almas e irá encontrar kalungas que mantém seu estilo de vida e até desconfiam do turismo, pois querem só continuar levando a sua vidinha tranquila. O turismo comunitário é sempre uma situação delicada, ainda mais em lugares que não estão acostumados e/ou preparados para receber o turista. Não pela infra-estrutura, mas principalmente pela invasão de novos costumes, que podem alterar o modo de vida da comunidade.

Almoço na comunidade do Engenho, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Almoço na comunidade do Engenho, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


A Chapada dos Veadeiros é um território imenso, suas belezas naturais e culturais merecem atenção, não apenas do governo, como de nós turistas. Muitos destes lugares só serão preservados de tiverem a atenção do eco-turista, que ajudará a trazer renda para territórios antes queimados e transformados em pasto. Cavalcante está trabalhando para isso, já possui infra-estrutura e atrações lindíssimas que estão apenas começando a ser exploradas. Nós estamos fazendo a nossa parte, mas eles ainda estão esperando por você.

Explorando o Canyon do Capivari com o nosso guia, o Pedrão, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Explorando o Canyon do Capivari com o nosso guia, o Pedrão, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

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Ilulissat IceFjörd

Groelândia, Ilulissat

Um verdadeiro rio de gelo na costa de Ilulissat, na Groelândia

Um verdadeiro rio de gelo na costa de Ilulissat, na Groelândia


Ilulissat, em kalaallisut (groelandês) significa “Icebergs”, isso por que está localizada na boca de um fiorde de gelo com mais de 60 km de extensão! Este Icefjörd dá vazão a mais de 35 bilhões de toneladas de icebergs por ano, produzidas pelo Sermeq Kujalleq, o maior glaciar do mundo fora do continente Antártico.

O que é um glaciar?
Uma imensa massa de gelo formada ao longo de anos por camadas de neve compactada e recristalizada. Os glaciares são o maior reservatório de água doce da Terra, só perdendo em volume para os oceanos! Os gigantes blocos de gelo estão sempre em movimento, se deslocam lentamente montanha abaixo e são os responsáveis pela produção dos famosos Icebergs!

Icebergs passeiam ao largo de Ilulissat, na Groelândia

Icebergs passeiam ao largo de Ilulissat, na Groelândia


Alguns desses icebergs são tão enormes que podem chegar a mais de 1.000m de altura e tão pesados que não conseguem navegar, ficando presos no fundo do fiorde por anos. A força do glaciar, porém, é muito maior e aos poucos vence o obstáculo e os empurra para o mar. O Sermeq Kujalleq Glacier possui mais de 110.000 km2 e produz 10% de todos os icebergs da Groelândia!

Zion Church, verdadeiro cartão postal de Ilulissat, na Groelândia. Ao fundo, icebergs passam pela costa.

Zion Church, verdadeiro cartão postal de Ilulissat, na Groelândia. Ao fundo, icebergs passam pela costa.


Pesquisado há mais de 250 anos, o glaciar de Ilulissat é um dos principais responsáveis pelo conhecimento que temos hoje sobre glaciologia, as capotas polares e as alterações de clima. Ele é um dos glaciares mais rápidos do mundo, se movendo em média 20 metros por dia. A posição do glaciar não mudou muito de 1950 até 1990, quando ele começou a acelerar, ficar menos espesso e iniciando o processo de retração, perdendo a sua língua flutuante.

Foto a[erea da gigantesca geleira de Ilulissat e do Fiorde de Gelo, na Groelândia

Foto a[erea da gigantesca geleira de Ilulissat e do Fiorde de Gelo, na Groelândia


Os dados de 2007 são ainda mais preocupantes: a frente do glaciar retraiu 10km, a sua velocidade dobrou, passando de 20metros/dia para 40metro/dia e está 100m mais baixo (ou fino). A retração dos glaciares é uma das maiores preocupações com o aquecimento global, pois eles podem ser os responsáveis pela elevação do nível dos oceanos.

Barco abre seu caminho pelo gelo na costa de Ilulissat, na Groelândia

Barco abre seu caminho pelo gelo na costa de Ilulissat, na Groelândia



Sobrevoando o Glaciar

Vista de longe, Ilulissat, na Groelândia

Vista de longe, Ilulissat, na Groelândia


A melhor forma de chegar perto do glaciar é sobrevoando de helicóptero. O passeio custa em torno de 500 dólares por pessoa e só sai com o mínimo de 9 pessoas. Outro fator crítico é a condição climática, se houver previsão de vento, neve ou tempestade o passeio pode ser cancelado. Foi o que aconteceu conosco, tínhamos agendado o tour com uma super antecedência, mas o tempo fechou e o número de pessoas não, cancelando o nosso passeio. Depois, conversando com um amigo que esteve aqui e fez o sobrevoo, ele me tranquilizou dizendo que está mais para uma “turistada” que para uma aventura do Ártico: “muito dinheiro para pouca coisa”.

Um cemitério perdido no silêncio do gelo na periferia de Ilulissat, na Groelândia

Um cemitério perdido no silêncio do gelo na periferia de Ilulissat, na Groelândia


Detalhe: agendamos tudo com a agência World of Greenland, que é super organizada, porém sem muito tino para os negócios. Assim que cancelaram não se preocuparam em tentar vender nenhum outro tour para substituir o valor que seria devolvido. As opções seriam um passeio de barco ou substituir o dog sledge programado por outro mais longo. Era domingo e a pessoa que estava trabalhando lá devia estar mais preocupada com o seu dia de folga. A dica é ficar atento e não desistir, porque se depender deles você não sairá do hotel!

Huskies, totalmente adaptados ao frio de Ilulissat, na Groelândia

Huskies, totalmente adaptados ao frio de Ilulissat, na Groelândia


Eu não descansei enquanto não encontramos uma opção de passeio. Enfim, agendamos o passeio de barco entre os icebergs para amanhã cedo e o dog sledging para a tarde. Ainda assim não desistiríamos tão fácil de dar pelo menos uma espiadela no maior glaciar do mundo, ou pelo menos uma parte dele.

Trekking Gelado!

Placas informativas sobre trilhas ao redor de Ilulissat, na Groelândia

Placas informativas sobre trilhas ao redor de Ilulissat, na Groelândia


O início da trilha para o mirante do Icejörd de Ilulissat está a menos de 30 minutos do centro da cidade. São 3 diferentes trilhas que podem ser acessadas no verão ou quando a neve permite. Nós chegamos ao começo da primavera, quando os dias estão começando a se alongar e a neve ainda não deixou de cair, cobrindo praticamente todo o caminho.

Caminhando nos arredores gelados de Ilulissat, na Groelândia

Caminhando nos arredores gelados de Ilulissat, na Groelândia


Chegamos ao início das trilhas, estudamos os mapas e mesmo com vento e neve decidimos seguir. A caminhada pode se alongar dependendo da sua disposição e preparação para o frio. Caminhamos entre vales de gelo e picos rochosos encontrando traços de trilha e áreas de piquenique soterradas pela neve.

Maravilhada com a vastidão branca ao redor de Ilulissat, na Groelândia

Maravilhada com a vastidão branca ao redor de Ilulissat, na Groelândia


Chegando ao ponto mais alto a vista foi se abrindo e a paisagem é sensacional! Observamos congelados por alguns minutos aquele mundo branco apenas imaginando, que vida será que há ali? Quantas baleias, focas, leões marinhos, cardumes de peixe ou bois almiscarados estariam passando por aquelas bandas? Tudo isso ficará na nossa imaginação, uma terra totalmente selvagem para a qual nós não fomos criados, um mundo congelado.

Icebergs passeiam ao largo de Ilulissat, na Groelândia

Icebergs passeiam ao largo de Ilulissat, na Groelândia


Alguns quilômetros à frente a vista fica ainda mais ampla, porém sem conhecer a trilha original e com a neve que estava caindo, o loop de 8 km não era indicado. Retornamos um pouco contrariados, queríamos continuar, mas os dedos e os pés já estavam sem sensibilidade. Um passeio rápido pela praia congelada e a igreja e logo entramos no Icy Café. Ao lado do aquecedor, tomamos uma Tuborg com vista para as montanhas.

Bar movimentado em Ilulissat, na Groelândia

Bar movimentado em Ilulissat, na Groelândia


Mais tarde saímos para conferir os embalos de sábado a noite em Nuuk. O bar fecha as cortinas perto das 23h para dar o clima de noite, já que o sol já nem pensa em se pôr. Os jovens passeiam pela rua principal entre os dois bares mais movimentados da cidade. Meu vizinho de mesa gritava para mim animado “Yeah! Greenlandic Blues!”, enquanto a banda arrasava nas notas de clássicos como Susie Kill, Mustang Sally e suas letras próprias, incompreensíveis para reles mortais, mas com ótima sonoridade! Retornamos caminhando do centro para o hotel com o dia amanhecendo, era apenas uma da manhã.

Caminhando de volta para o hotel, na madrugada de Ilulissat, na Groelândia

Caminhando de volta para o hotel, na madrugada de Ilulissat, na Groelândia

Groelândia, Ilulissat, Ártico, Glaciar, Ice Fiorde, Iceberg

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