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Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
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Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Montanhas são lindas, mas não facilitam a comunicação de ninguém!
Nos últimos dias temos andando pelas montanhas da fantástica Serra da Mantiqueira. Visconde de Mauá, com direito a um encontro familiar, Cachoeira do Escorrega, Vale do Alcantilado e muita água gelada! Hoje encontramos todos os cadetes da AMAN em Itatiaia, no caminho para o Pico Agulhas Negras (2.792m) e amanhã seguiremos aqui de Passa Quatro para o pico mais alto do estado de São Paulo, a Pedra da Mina (2.798m). Serão 2 dias de caminhada e acamparemos lá em cima com a temperatura perto ou abaixo de zero graus! Na quinta-feira estaremos de volta e conseguiremos colocar posts e fotos em dia para vocês.
Enfim amigos navegantes do 1000dias, essa passada rápida foi para contar a vocês que não desistimos de escrever, mas estamos muito atarefados coletando histórias para contar!
Representação do desembarque de ETs no Novo México, em exposição no Museu de Ufologia de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
Alguém aqui já ouviu falar em Roswell, New México? Sem mais nenhuma pista, provavelmente a maioria de vocês deverá responder como eu, não. Mas você nem precisa ser um Mulder ou uma Scully para ter ouvido falar na tal operação secreta do exército americano para esconder do mundo um extraterrestre encontrado por estas bandas. Foi aqui, em Roswell que o encontro imediato de terceiro grau mais famoso e discutido por ufólogos e curiosos do mundo extraterrestre aconteceu.
O ano foi 1947, uma luz rápida no céu foi vista pelos fazendeiros e moradores da região. Dias mais tarde um deles encontrou materiais estranhos no seu terreno e os levou para o xerife na cidade, que logo entrou em contato com o exercito americano, já desconfiado de um incidente aéreo pouco comum.
Ao mesmo tempo dois amigos estavam reunidos em uma cabana, muito utilizada pelo povo da região como base de camping para os dias de caça. Deitados, dormindo na sua caminhonete escutaram um estrondo. Era alta madrugada, mas curiosos, pegaram suas lanternas e foram verificar do que se tratava. Chegando ao local viram um objeto metálico, sem asas, janelas ou motor, feito de um material que eles não podiam reconhecer, um metal maleável e leve, mas moldado, por mais que o dobrassem ele voltava ao mesmo formato. A luz era pouca e resolveram voltar depois do sol nascer. No dia seguinte, com luz, retornaram ao local e lá encontraram dentro da nave 5 corpos, 4 deles sem vida e um ainda parecia estar vivo. Foram buscar ajuda e nunca mais conseguiram retornar ao local, que no mesmo dia foi isolado pelo exército americano que tratou de limpar a área e retirar dali qualquer evidência.
Fotos de possíveis discos voadores no Museu de Ufologia de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
Estas e outras histórias estão contadas em detalhes nas paredes do Museu de Ufologia de Roswell, que conseguiu reunir relatos de testemunhas envolvidas em toda a operação. Desde o operador do guincho que levantou a nave e do motorista que a deslocou, até a enfermeira que recebeu os corpos dos ETs no hospital e inclusive de diversos militares que foram instruídos a não revelar nada do que haviam presenciado.
Visita ao famoso Museu de Ufologia de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
A história na mídia recebeu diversas versões. As primeiras, mais certeiras, falavam sobre o acidente de uma aeronave extraterrestre. As próximas passaram a ficar confusas, dizendo primeiramente que seria um balão atmosférico, chegando a “forjar” fotos do tal balão para a imprensa. A interferência do governo e dos militares é esmiuçada e as controvérsias nos seus discursos que seguiriam apenas dá mais certeza aos estudiosos do caso de que o exército estaria escondendo a verdade. Cartas e testemunhos dos militares que participaram da operação apenas confirmam as suspeitas. A maioria delas enviada depois de 20, 30, 40 anos do ocorrido, como um segredo com a qual eles não gostariam de morrer.
Representação de como teria sido o exame médico de um ET em base secreta militar no Novo México, em exposição no Museu de Ufologia de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
Eu não tenho dúvidas que existem extraterrestres, acredito também que eles já podem ter estado entre nós. Acho toda a história de Roswell totalmente crível e ainda mais fácil de acreditar estando em um museu como este, que reúne tanta informação, dados e relatos de testemunhas oculares do caso. Se isso se trata de uma grande teoria da conspiração que dominou os ufólogos que passaram por aqui, como em um ataque de euforia, já não posso afirmar. Se todos eles estão tendo uma alucinação coletiva, eu tendo a duvidar. Fato é que algo me diz que alguma coisa realmente aconteceu aqui em Roswell.
O Brasil também está presente no Museu de Ufologia de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos. É o famoso ET de Varginha!
Do outro lado do museu ainda encontramos curiosidades sobre outras pistas que os extraterrestres já teriam deixado para nós de sua existência. Um possível contato com o povo maia estaria registrado em uma estela esculpida e traduzida por antropólogos e ufólogos. Cada símbolo contido na porta demonstraria peças e instrumentos desconhecidos pelo povo maia.
Antigo mural maia que mostraria, segundo interpretações, encontros com ETs, em exposição no Museu de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
Outra curiosidade são os desenhos encontrados ao redor do mundo em grandes plantações. As mesmas que já vimos no filme “Sinais”, com o Mel Gibson, que estão espalhados pela terra e sem uma explicação clara de como eles se formam. Os cortes são precisos e feitos em intervalos de tempo muito curtos, tarefas humanamente impossíveis de serem realizadas.
Painel atribuindo à extraterrestres os famosos círculos em campos de cultivo pelo mundo, no Museu de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
Estes “crop circles” estariam alinhados com locais sagrados para as antigas civilizações. As pirâmides de Gizé, os pilares de pedra de Stonehenge, construções maias e os crop circles estariam sobre pontos de intersecção energética da Terra, como os chákras do planeta. É incrível!
Painel atribuindo à extraterrestres os famosos círculos em campos de cultivo pelo mundo, no Museu de Roswell, no Novo México, nos Estados Unidos
Ao final da visita ao pelo museu de Roswell, eu sinto que tudo o que eu queria era poder provar realmente que tudo isso é verdade, que não estamos sozinhos.
Chegando à Pisac, no Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru
Com os jardins suspensos mais vivos e produtivos do mundo, o Vale Sagrado não chegou a entrar na lista das 7 maravilhas do mundo antigo, como seus irmãos babilônicos, mas até hoje deixa de queixo caído centenas de milhares de turistas que o visitam de todos os cantos do globo.
Garoto e lhamas posam para fotos em mirante do Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru
As terraças andinas penduradas nas encostas das gigantes montanhas dos Andes dominam a paisagem deste vale tão sagrado para o povo andino. Sagrado por sua água, por seu clima e claro, por ser o celeiro que alimentou e continua alimentando gerações e gerações na região.
A famosa e bela paisagem do Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru
Os estreitos vales andinos não foram suficientes para alimentar os antigos Wari, na região de Ayacucho. A partir do século VI eles começaram a desenvolver a técnica de plantio dos Andenes, terraços cortados com 2 ou 3 metros de largura em montanhas com 45° (ou mais) de inclinação e preenchidos com terra cultivável. A técnica exigia uma grande força de trabalho e aos poucos foi sendo aperfeiçoada e disseminada pelos Waris (ou Huaris), primeiro grande império andino entre os séculos VI e X. Apenas mais tarde ela ganharia escalas babilônicas, depois da conquista do Vale de Tambo pelo Inca Pachacútec (1438). Pachacútec, é o Alexandre - O Grande aqui na América do Sul, ele foi o responsável pela transformação do pequeno reino de Cusco no grande Império Inca.
As incríveis ruínas incas de Pisac, no Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru
O terreno seco e pedregoso dos Andes aqui é cortado pelo Rio Urubamba, um dos principais rios do Perú que faz parte da bacia do Rio Amazonas. De Písac até o povoado de Urubamba ele ganha o nome de Rio Vilcanota, que em inca significa sagrado ou coisa maravilhosa.
Subindo a íngrime montanha onde estão as ruínas incas de Pisac, Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru
A 2.800m sobre o nível do mar esta obra de engenharia agrícola possui uma tecnologia incrível de canais de irrigação e terraços de plantio. As construções dos terraços de pedra impermeabilizados, irrigados e desenhados contra terremotos e deslizamentos de terra feita pelos povos pré-colombianos viabilizou o plantio em terrenos tão íngremes e pedregosos. Eles transformaram a paisagem dando novos contornos às montanhas do Vale Sagrado, que até hoje é conhecido por possuir o melhor grão de milho de todo o Perú.
Alguns dos muitos tipos de milho que existem no país, nas Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Originalmente chamado de Valle del Tambo, o Vale Sagrado foi povoado pelos Ayamarcas vindos do Altiplano em busca de melhores terras para o cultivo. Um vale verde com montanhas todas recortadas de cima a baixo e entremeada por pequenos povoados indígenas e ruínas incas, hoje se tornou um dos paraísos dos aventureiros e exploradores apaixonados por história, aventura e arqueologia.
O garoto e as lhamas: foto típica no Valle Sagrado, nas proximidades de Cusco, no Peru
No roteiro estão os sítios arqueológicos como Sacsayhuamán, Písac, Moray, Maras e Ollantaytambo. Ollanta merece um capítulo à parte, não apenas por sua história, mas também por ser das poucas cidades incas ainda viva. Nos próximos posts vamos dar uma olhada em cada um dos sítios incas de beleza e proporções babilônicas que visitamos no Vale Sagrado, vamos?
Fragatas nos acompanham na viagem entre as ilhas de Santa Cruz e Santiago, em Galápagos
O nosso wake up call era tão marcante que hoje eu acordei mais cedo só para ir gravar o Capitán Victor fazendo a saudação final no microfone da sala de comando, afinal hoje é o nosso último dia nestas ilhas paradisíacas!
A sueca Maria no fim de tarde na ilha de Wolf, em Galápagos
Último dia, mas nem por isso com menos novidades. Durante a noite navegamos ao redor da Ilha de Isabela para chegar a um ponto de mergulho conhecido como Cape Marshall. A visibilidade piorou novamente, ficando entre 5 e 10m, mas o show da vida continua! Este local é conhecido por ser ponto de raias mantas e cardumes imensos de salemas e elas não nos deixaram na mão!
Mar infestado de águas-vivas em mergulho na Isla Isabel, em Galápagos
Caímos na água em cima de um cardume de águas vivas, maravilha! Mas alguns metros abaixo já estávamos em um paredão lindo e cheio de vida. Seguimos por ali vendo muitos peixes, arraias e cardumes de barracudas , até entrarmos no meio de um túnel de salemas.
Lindo cardume de pequenas barracudas em mergulho na Isla Isabel, em Galápagos
São milhares, milhões, sei lá! São tantas que dentro do túnel formado pelo cardume não conseguimos ver a luz do dia! Estamos ali naquela viagem fantástica quando de repente o túnel se abre e passa um leão marinho caçando! Inacreditável!
Incrível cardume de salemas em mergulho na Isla Isabel, em Galápagos. Chegava a escurecer o mar!
É um drift dive, vamos sendo levados pela correnteza, quando chegamos à cleanning station, onde milhares de peixinhos se alimentam limpando os peixes um pouco maiores e é ali que finalmente encontramos as nossas primeiras raias mantas. Elas tinham entre 2 e 3 m e “voavam” tranquilamente na imensidão verde-azulada.
Magnífica Arraia Manta em mergulho em Isabel, em Galápagos (fotos retiradas de vídeos de Maria Edwards)
O segundo mergulho no mesmo ponto repetiu o feito do primeiro, incluindo ainda lindas Christmas Trees, o Pacific Box Fish e um atum imenso!
Peixe se esconde na areia em mergulho em Isabel, em Galápagos (foto de Maria Edwards)
Fotos de despedidas com uma luz linda do entardecer. Enquanto o Rodrigo dormia, eu queria aproveitar cada segundo do nosso último dia. Coloquei os equipamentos de mergulho no sol para secar, tomei sol no Sun Deck, desci para o Dolphin Deck para tomar uma cervejinha com Eugenio e Henning.
Céu azulo no nosso último dia de barco, com o Rafa, Laura e Maria, próximo à Isla Santiago, em Galápagos
Enquanto o Galápagos Sky navegava e passava ao redor de Isabela e Bartolomé, víamos os cardumes de peixes vermelhos na superfície, um bando de pássaros pescando sobre ele e tivemos a sorte de estar lá na única hora em que a barbatana de uma baleia-orca veio à tona no horizonte, próximo à Isabela. Esta para mim foi o sinal definitivo de que devemos voltar. Galápagos ainda guarda muitas surpresas em suas águas.
Passando na ilha de San Bartolomeu, próximo à Isla Santiago, em Galápagos
Nosso último jantar foi acompanhado de um brinde especial com toda a tripulação do barco e uma despedida calorosa dos nossos novos amigos russos que continuaram no barco. Nosso último “panga ride” foi bem simbólica, durante a noite no Canal de Itabaca. Pouco a pouco nos afastamos do Galápagos Sky, com gritos e saudações de despedida e nos aproximamos da luz do tranquilo porto de acesso à Puerto Ayora. Agora outra aventura começa.
O caminho iluminado através da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
O maior sistema de cavernas do mundo, a Mammoth Cave possui 630 km de túneis e labirintos explorados até agora e este número ainda pode aumentar! Formada por rochas calcárias de milhões de anos, cavada pelo Green River, sob uma cadeia de montanhas de arenito.
Outra vez na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
É incrível pensar que o calcário é formado por matéria orgânica decomposta como ossos de animais, conchas e corais. Será possível que durante milhões de anos sob este mar tão raso tantos animais tenham passado por aqui e deixado seus restos mortais a ponto de termos mais de 100m de rocha calcária acumulada?
Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
O tempo geológico e a formação da terra é algo tão fora de proporção para a nossa minúscula existência, que fica difícil imaginar. Super estável, esta combinação de arenito e calcário faz da Mammoth Cave um dos lugares mais estáveis e seguros em um caso de terremoto. O arenito é um material de difícil penetração para a água, portanto o calcário está intacto e possui pouquíssimas formações. Apenas em algumas sessões da caverna com fissuras verticais, a água pôde passar e criar belas colunas, estalactites e estalagmites.
Pequeno lago criado artificialmente dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
A caverna possui poucas entradas naturais, a principal delas foi fechada pelo deslizamento de terra e a maioria das entradas utilizadas hoje foram abertas no início do século XX, durante um período conhecido como The Kentucky Cave Wars. Uma região de solo pobre para o desenvolvimento da agricultura e muito acidentado para a criação de gado, a solução de muitos proprietários de terra foi a exploração turística das suas cavernas. Assim uma das saídas “criativas” desse povo foi cavar e explodir buracos em torno das suas propriedades em busca destes túneis, aproveitando o fluxo turístico trazido pela famosa Mammoth Cave. Essa corrida chegava a ser desleal, desviando e ludibriando turistas que tinham à “caverna original”. Assim todas as entradas artificiais foram feitas a década de 20, sem nem saber que estavam no mesmo sistema de caverna e várias delas são utilizadas até hoje.
Entrando na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
A área foi transformada formalmente em Parque Nacional apenas em 1941 após a formação da Mammoth Cave National Park Association desde 1926. Sua história, porém, é muito mais antiga.
Nossa guia e guarda-parque na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
Foram encontrados indícios de que a caverna era utilizada pelos indígenas há mais de 6 mil anos. Uma das teorias seria de que estes homens pré-colombianos utilizariam a caverna para mineração da gipsita (um tipo de gesso), mineral utilizado hoje para produção de dry-wall. Para que era mesmo que os indígenas utilizavam gesso? Ninguém faz ideia.
Formações mineirais na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
No início do século XIX a mineração de salitre, mineral utilizado para a confecção da pólvora, foi a principal atividade na Mammoth Cave, servindo como base de produção de pólvora durante a Guerra de 1812. Com a diminuição do mercado de salitre e após um grande terremoto que pôde ser sentido pelos trabalhadores, a caverna foi abandonada. Estas terras passaram por diversos proprietários até chegar às mãos de Franklin Gorin, quem queria explorá-la turisticamente. Gorin colocou seus escravos a guiar expedições dentro da caverna e um deles se destacou em sua atividade. Stephen Bishop guiava visitas à caverna entre as décadas de 1840 e 1850 e foi o responsável por grande parte da exploração da Mammoth Cave. Ele foi um dos primeiros a mapear a caverna e dar nome às suas formações e salões.
Antigo local de exploração de minério na Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
Assinaturas de turistas qie visitaram a caverna há mais de 150 anos na Mammoth Cave, em Kentucky, nos Estados Unidos
Vários tours são oferecidos, mas dois deles são imperdíveis para você ter uma noção mais completa deste imenso queijo suíço. O Historic Tour nos leva pelos primeiros túneis explorados por Stephen Bishop, no início do século XIX. São pouco mais de 3 km percorridos em 2 horas de tour passando pelas minas e até o Bottomless Pit. O tour é muito interessante, passa por toda a história da caverna, imensos salões e túneis de calcário, porém não chegamos a ver muitas formações. Imaginem que pessoas famosas, cantores, músicos e aventureiros de todos os lados passaram por aqui apenas com lamparinas a óleo, hoje toda a caverna é iluminada.
Nossa guia mostra como eram os tours nos primórdios do turismo na Mammoth Cave, há quase 200 anos, em Kentucky, nos Estados Unidos
Enorme escadaria dentro da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
O Grand Avenue Tour passar por 6 km e meio de túneis e tema duração de pouco mai sde 4 horas. É um dos mais longos e passa por lindos cânions subterrâneos, imensos salões e até uma lanchonete no salão conhecido como Snow Ball, onde o teto é coberto por formações de gipsita em que lembrar bolas de neve.
Formações minerais na região de Snowball, na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
Chegando ao restaurante dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
Os minutos finais reservam as imagens mais bonitas, um salão completamente decorado com estalactites, estalagmites e colunas imensas. A belíssima Niagara Falls é a formação mais famosa e pode ser vista em tour mais curto, mas deve perder a graça apenas chegar pela porta giratória que saímos, sem ter passado antes por toda a grandiosidade da caverna, apenas para ver as formações. Elas são lindas, mais perfeitas ainda para um Grand Finale!
Formações espeleológicas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
Formações espeleológicas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos
Se você conseguir fazer esta programação em um sábado e estiver querendo mais aventura, o Wild Cave Tour seria a melhor opção, pois aí se pode explorar a caverna de uma forma mais natural, passando por túneis menores, utilizando apenas lanternas em 6 horas e meia de caminhada por pouco mais de 8 km de caverna. Ainda assim você terá visto pouco mais de 1% da incrível Mammoth Cave.
Nossos companheiros de tour à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos
Região renovada das antigas docas, em Savannah, na Georgia - EUA
Savannah, a primeira capital do estado da Geórgia e sua história valem muito mais que uma tarde de visita. Praças e jardins formam centros comunitários com escolas, igrejas e prédios públicos, entremeados às quadras residenciais da cidade. Uma planificação urbana indescritivelmente inteligente e igualitária para uma época em que a escravatura era fato e uma normalidade.
Pausa para leitura em Savannah, na Georgia - EUA
James Oglethorpe, um general representante do Rei George II, aportou nessas terras e foi o idealizador e fundador da cidade. Chegando às novas terras do outro lado do Atlântico Oglethorpe entrou em acordo com o chefe da nação indígena local e instalou a nova colônia às margens do Rio Savannah.
Savannah, na Georgia - EUA
O projeto urbano e a arquitetura colonial fazem da cidade uma das preferidas de conhecidos viajantes norte americanos, como conta Seth Kugel, colunista do IG e conhecido Frugal Traveler do New York Times.
Carruagens para turistas em Savannah, na Georgia - EUA
Devido à sua beleza, Savannah foi a única cidades na linha de ataque do General Sherman que não foi queimada durante a Guerra Civil Americana, conhecida por nós como a Guerra da Secessão. Era linda demais para ser queimada. Sherman, que dá nome à maior sequoia do mundo, foi o responsável pelo incêndio que destruiu a cidade de Atlanta e foi também quem aceitou a rendição dos estados confederados ao final da guerra.
Caminhando pelo passeio beira-rio em Savannah, na Georgia - EUA
Uma caminhada pelo calçadão à beira do Rio Savannah dá uma boa ideia sobre a história da cidade, importante porto comercial em meados do século XIX. Algumas casas antigas foram restauradas e se tornaram museus que abrigam coleções de mobiliários e detalhes do estilo de vida dos colonialistas da época.
Casas em Savannah, na Georgia - EUA
Uma das principais atrações da cidade é a distinta culinária sulista, parecida com a que já encontramos em New Orleans e Tuscaloosa. Grits (um tipo de polenta branca), feijão verde, vegetais cozidos e variados tipos de carnes bem gordurosas como costela, carne de porco, frango frito, acompanhadas de carboidratos deliciosos e proibitivos foram o nosso deleite no domingo chuvoso do dia das mães.
Tradicional restaurante de piratas em Savannah, na Georgia - EUA
Um dos favoritos dos savannenses, The Pirate House é também uma experiência antropológica, reunindo famílias completas, todos vestidos com suas roupas no melhor estilo sulista tradicional.
Vestida para o domingo, em Savannah, na Georgia - EUA
É quase injusto passarmos apenas uma tarde em Savannah, mas em um país continental como os Estados Unidos infelizmente temos que fazer nossas opções e concessões. Com tempo sem dúvida valeriam pelo menos 3 ou 4 dias explorando cuidadosamente cada beco, bistrô e bar na famosa noite boêmia da antiga capital da Georgia. Fica a dica!
Savannah, na Georgia - EUA
As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG
Ahhh! Agora que comecei a escrever o post foi que me dei conta. É claro que numa sexta-feira, 13 de agosto, íamos ter que passar por algum perrengue! Hoje fomos caminhar pela área do Parque Nacional Sempre Vivas. Como comentei o parque ainda não está formado, estruturado, portanto andamos o tempo todo dentre fazendas e trilhas pouco utilizadas.
Caminhando com o Tinho, nosso guia no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG
Ontem andando pela cidade, assuntamos sobre as cachoeiras e todos falaram que lá encontraríamos muitos desses pequenos aracnídeos indesejados, mas eu ouvia “carrapato” e pensava em “carrapicho” aquela bolinha de espinhos, e o Ro pensava certo mas achando que seriam poucos, totalmente contornável. NÃO! Cruzamos o primeiro pasto e logo tivemos a bela surpresa, uma infestação de carrapatos. Foram uns 200 subindo pelas nossas calças! Tiramos o máximo que pudemos com galhos e folhas, matamos na unha uma quantidade absurda. Cada cachoeira eram uns 10 novos que encontrávamos nas roupas ou subindo pelos braços, pernas e barriga. Malditos blood-suckers! Estão todos mortinhos da silva. A maioria deles fica nesse primeiro pasto mesmo, depois a coisa melhora bastante, mas até você conseguir se livrar deles, já está passando pelo mesmo pasto para ir embora.
Cachoeira do Brocotó, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG
Bem, o que não tem remédio... então resolvemos relaxar e fomos conhecer as belezas do parque. Conhecemos a cachoeira do Borocotó, Gavião e depois a cachoeira do Vitorino, a mais distante e sem dúvida a mais linda delas.
Cachoeira do Vitorino, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG
O parque possui uma área baixa, onde encontramos as cachoeiras e a parte alta, onde ficam as nascentes e os Campos de São Domingos, onde estão as responsáveis pelo nome do parque, as sempre vivas. As flores possuem este nome, pois depois que florescem, em maio, se são colhidas na época certa elas secam e ficam exatamente com a mesma carinha de quando floresceram, parecendo que estão sempre vivas.
As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG
Para chegar aos campos são pelo menos 4 horas de caminhada, não viemos programados para acampar lá, mas já ficamos com mais um programa na agenda Pós-1000dias: a travessia do Parque Sempre Vivas de Inhaí até Curumataí, 56km entre morros, rios, campos, sempre vivas e carrapatos.
Cara de Bahia, mas é a praia de Grande Anse, em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
A ilha de Guadalupe é composta por duas ilhas principais: Grande Terre e Basse Terre. Uma com montanhas cobertas de florestas tropicais, cortada por rios e cachoeiras e outra plana e repleta de belas praias coralíneas, de areias brancas e águas azul ciano.
Mata tropical no Parque Nacional em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
Começamos nosso tour na Cascade aux Écrevisses, uma pequena e linda cachoeira no Parque National de La Guadeloupe na Route de la Traversée. É, definitivamente chegamos à França, um estado francês, mas que não poderia ser mais creole, leia-se africano, em seus costumes, culinária e feeling. Poderia dizer que a ilha tem o melhor dos dois mundos, a organização dos franceses, a tranquilidade dos afro-caribenhos e a mistura ideal da culinária franco-criola.
Parece a Serra da Mantiqueira, mas é a Cascade aux Ecrevisse, no Parque Nacional em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
O Parque Nacional oferece muitas trilhas com belas vistas, se você tiver sorte de pegar o tempo claro e sem tanta neblina e chuva como nós. Um mergulho na cachoeira para despertar e seguimos para a praia de Grande Anse, 2km ao norte de Deshaies.
Cara de Bahia, mas é a praia de Grande Anse, em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
Grande Anse é uma das praias mais bonitas de Guadalupe e Deshaies tem a infra-estrutura básica que você precisa, restaurantes, mercados, etc. Os queijos e vinhos são sempre mais baratos nas ilhas francesas. A dica é procurar os “gites” para hospedagem, lugares baratos e bem equipados que custam em torno de 50 euros a noite para o casal.
Praia de Grande Anse, em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe. Uma mistura de Bahia com litoral norte de São Paulo. Uma beleza!
Uma das mais belas praias de Guadalupe, Grande Anse, em Basse Terre
Uma tarde preguiçosa tentando recuperar a noite mal dormida, seguida por uma corrida e natação na praia. Se você tiver 150 euros no seu budget diário, um lugar para ficar é a pousada super romântica no canto direito da Grande Anse, lindos quartos, piscina e hidromassagem a um minuto da praia.
Lanche de queijos e vinho, enquanto trabalhamos um pouco em Grande Anse, em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
No dia seguinte cedo continuamos nosso caminho por Basse Terre ao redor da ilha, pegando a rota norte e chegando à Chute du Carbet, no sudeste da ilha. Uma linda cachoeira dentro do parque nacional e nas encostas do gigante Vulcão La Soufriere, com pouco menos de 1500m de altitude. O parque oferece várias trilhas e travessias bem sinalizadas entre as principais atrações, incluindo uma travessia do vulcão até a entrada do parque que ficou na nossa “to do list”.
A magnífica 2a Queda dos Chutes du Carbet, no Parque Nacional em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
Local perfeiro para descanso e reflexão no Parque Nacional em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
Fechamos o dia no Basin Paradise, uma trilha de 20 minutos que te leva a um lago de águas cristalinas. Uma cachoeira deliciosa de uma cor esmeralda quase inacreditável em meio à mata verde das montanhas de Guadalupe.
Banho refrescante na Basin Paradise, no Parque Nacional em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
Grand Etáng, um grande lago no meio da mata do Parque Nacional em Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
Continuamos dirigindo para o sul da ilha, passamos pelo Grand Etang, um lago de fácil acesso, menos de 20 minutos de caminhada ida e volta e chegamos à cidade de Trois Riviere. Nestas ilhas franceses não é fácil encontrar hotéis ou pousadas, elas existem, mas são mal sinalizadas e geralmente num esquema de quitinetes. Jantamos uma bela macarronada em um gite nos arredores de Trois Riviere, o lugar mais barato que encontramos para ficar na ilha (40 euros/noite).
Preparando uma macarronada em Tròis Rivières, no sul de Basse Terre, em Guadalupe, no Caribe
No dia seguinte ainda aproveitamos para tomar sol e pegar uma bela praia na Grande Anse, mesmo nome, mas esta de areias negras e águas mais agitadas, vizinha à cidade capital do departamento francês, também chamada de Basse Terre.
A bela e selvagem praia de Grande Anse, na região de Tròis Rivières, sul de Basse Terre, em Guadalupe
Enfrentando as ondas da praia de Grande Anse, na região de Tròis Rivières, sul de Basse Terre, em Guadalupe
Aos poucos vamos entrando na cultura francesa, procurando boas baguetes, queijos e vinhos, tentando soltar o escasso vocabulário francês com pequenas palavras e expressões para tentar ser mais simpática. O Rodrigo é o meu guia e tradutor oficial e a cada dia seu francês fica menos enferrujado e seu biquinho mais afiado! Eu me sinto em uma camisa de forças, pois sem saber falar a língua não consigo interagir como gostaria com o povo local. Pena não ter tempo para fazer umas aulinhas e soltar logo essa francesa que existe em mim! Hahaha! Ah! Aqui ainda não paramos em nenhuma pâtisserie, mas me prometi que não saio daqui sem comer um delicioso e tradicional croissant au chocolat. Amanhã seguimos para Grande Terre, tentar descobrir um pouco do lado mais turístico de Guadalupe.
Admirando o mar da praia de Grande Anse, na região de Tròis Rivières, sul de Basse Terre, em Guadalupe
Os Terraços de Moray, laboratório agrícola dos incas, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Eram os Deuses Astronautas? A pseudociência ou pseudoarqueologia de Erich von Daniken pode ser considerada uma (pseudo) loucura, mas não precisamos ir tão longe estudando os antigos testamentos, esculturas pascoenses e nem sobrevoar as Linhas de Nazca para começar a entender como ele formulou toda a sua teoria. Afinal, me respondam, este lugar é ou não é um estacionamento de discos voadores?
Turistas meditam no centro dos círculos de Moray, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Lugares como as Ruínas de Moray nos remetem diretamente às teorias mais malucas que ligam a história das civilizações antigas à existência de vida (mais) inteligente fora da Terra. As pirâmides do Egito, as incríveis construções Astecas e Maias ou mesmo a menos conhecida Bateria de Bagdad são algumas das incríveis obras da humanidade que a ciência julgava serem impossíveis de serem construídas com a tecnologia da época. Moray entra neste grupo menos pela dificuldade de execução da obra, mais pelo formato sugestivo de seus círculos concêntricos escalonados, por sua grandiosidade e pela incrível energia que paira no ar.
Minúsculos, o Rodrigo e o Gustavo caminham ao lado dos terraços agrícolas de Moray, do tempo dos incas, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Ok, sejamos razoáveis, se não é um estacionamento de UFOs, com que finalidade os Incas construiriam um lugar assim?
Os Terraços de Moray, laboratório agrícola dos incas, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
A resposta é mais simples do que parece. Os mestres da agroengenharia antiga desenvolveram uma espécie de laboratório agrícola para determinar em que altitude e temperatura os grãos cultivados teriam melhor desenvolvimento, cultivo e produtividade. Em cada degrau, ou andene, destes círculos, diferentes culturas foram testadas, aprovadas e suas sementes e mudas distribuídas aos mais diversos produtores rurais do império. A diferença de temperatura entre o topo e o fundo deste imenso laboratório é de 15°C! Engenhosos esses incas, não?
Chegando perto dos terraços agrícolas de Moray, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
A genialidade deles não para por aí. A cada povo que conquistavam e anexavam ao seu império, novas técnicas e conhecimentos eram aprendidos e somados. Os incas muitas vezes são aclamados por serem um povo muito espiritualizado, mas nas nossas andanças a minha humilde conclusão é que eles eram mesmo muito espertos! Antes de mais nada eram um povo guerreiro, queriam terras, leia-se mais produção de alimento e pagamento de impostos (comidas e bens manufaturados) e não se importavam que língua falavam, que roupa vestiam ou a que Deus rezavam. A cada povo que conquistavam sua primeira medida era enviar seus engenheiros, agrônomos e astrônomos para adquirirem o conhecimento que cada um desses reinos menores já havia adquirido. A engenhosidade deste povo foi aprimorada através da soma de conhecimentos de todos os povos conquistados!
A bela paisagem no caminho para as Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Terraços para cultivo nas altas montanhas dos Andes, estratégias de plantio conforme as épocas do ano, o tipo de grão, temperatura e altitude, sistemas de irrigação e técnicas de construção anti-sísmicas são apenas algumas das práticas aprimoradas por esta civilização tão avançada para o seu tempo. Sem falar no respeito ao próximo, à propriedade e a cultura de paz que até hoje vemos nos povos Andinos. Raramente ouvimos falar de roubos, assaltos e piores crimes nesta região. Alguns escritos de padres espanhóis chegam a relatar e se perguntam, estamos ensinando-os a roubar, matar, trair, eles não sabiam o que é isso. Estamos destruindo uma cultura. Onde teriam chegado não fossem os espanhóis os conquistarem e destruírem?
Em meio a um vale, surgem as Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Não precisamos ir muito longe para nos depararmos com mais uma de suas incríveis obras. As Salinas de Mara são outro feito fantástico deste povo. A mina de sal usa o sistema de evaporação para extrair o mineral de um rio subterrâneo salobro. A primeira coisa que nos perguntamos é, sal, a 3500m de altitude? Lembrem-se, os Andes já estiveram sob as águas do mar há apenas 23 milhões de anos, antes que começassem a se elevar. Ontem, nos aproximados 4,5 bilhões de anos terrestres.
As Salinas de Maras,com suas centenas de piscinas para produção de sal, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Este sal se elevou, secou e ficou depositado na estrutura rochosa da montanha, mas a água o encontrou e o trouxe para a superfície. Os incas, por sua vez, só tiveram o trabalho de talhar a montanha em centenas de pocinhos como estes que vocês vêem nas fotos. A água escorre lentamente, evaporando e deixando cristais de sal em cada poço, que não excedem 4 metros quadrados e 30 cm de profundidade. Uma obra de arte criada pelo homem e pela natureza em um dueto perfeito!
Parece neve, mas é o sal das Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
As Salinas de Maras,com suas centenas de piscinas para produção de sal, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
A mina de sal criada pelos antigos incas está em funcionamento até os dias de hoje. Cada família é dona de um poço de sal, sendo responsável por sua extração. Para ser proprietário de um pocito de sal é necessário que o indivíduo viva na comunidade de Maras, encontre um poço livre, aprenda as técnicas de extração e pronto! As lojinhas na entrada vendem sais de diferentes cores e tamanhos.
Final de tarde nas Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Nosso final da tarde foi mágico, meditando no gramado de um dos círculos de Moray, vendo as estrelas surgirem no céu enquanto nos conectávamos com a energia cósmica dos nossos deuses astronautas e imaginávamos os mestres agrônomos plantando em cada um daqueles terraços. Como na arqueologia só se trabalham com hipóteses, você ainda pode escolher qual delas prefere.
Bem no centro dos círculos de Moray, admirando e sentindo o mágico entardecer no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Localização
A bela paisagem no caminho para as Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Moray está localizado no município de Maras, ambas localizadas em um platô a 3.500m de altitude. Estão na mesma rota a menos de uma hora de distância por uma estradinha de terra meio mal-acabada, a aproximadamente 50km de Cusco e no final do nosso roteiro a caminho de Ollantaytambo. Se você volta para Cusco, esta estrada também te dá acesso direto, não precisa voltar por Písac.
Que tal incluir as Salinas de Maras e as Ruínas de Moray no seu roteiro? Sejam os deuses astronautas ou incas muito engenhosos, tenho certeza que irão aprovar.
Impressionada com a beleza das Salinas de Maras, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Admirando a beleza da laguna Atitlán e de seus vulcões, em San Marcos La Laguna, na Guatemala
Assim nos despedimos do Lago Atitlán. Acordamos cedo, tomamos um café da manhã bem saudável e fomos para o parque/praia da vila, direto para as pedras.
Dia de sol na espetacular laguna Atitlán em San Marcos La Laguna, na Guatemala
O sol estava delicioso, a paisagem sensacional! Eu não queria me despedir, demorei a tomar coragem para entrar na água fria, mas eu não sairia dali sem um último mergulho. Subi ao trampolim e correndo dei o meu salto derradeiro na cratera alagada.
Um mergulho em Atitlán com os três vulcões a observar! (em San Marcos La Laguna, na Guatemala)
Sabem como é, dia de despedida, até me rendi aos chocolates de Olga, Benjamin e Shani. Mas no final, são tão pidunchos que a coração mole aqui acabou dando o mesmo chocolate para eles dividirem! Puro cacau!
Amizade com as crianças de San Marcos La Laguna, na Guatemala
A viagem hoje não seria muito longa, mas tínhamos algumas paradas obrigatórias no caminho. Como fizemos a viagem de vinda durante a noite, perdemos as melhores vistas do alto da cordilheira vulcânica que cerca o lago. A primeira parada foi em uma das infindáveis curvas que sobem a serra. A vista para o lago era simplesmente sensacional!
O incrível visual da Laguna Atitlán e seus três vulcões! (em San Marcos La Laguna, na Guatemala)
Já no alto, vamos circundando a cratera, entre curvas, montanhas e pequenas vilas e encontramos outro mirante de onde podemos ver até o estreito onde está a cidade de Santiago de La Laguna, a segunda maior cidade em torno do lago, onde 95% da população é indígena e quase não se vêem turistas.
Placa bilíngue no mirante da Lauguna Atitlán (em San Marcos La Laguna, na Guatemala)
Neste ponto encontramos um grupo de jovens mesclado, 3 estudantes de arquitetura da capital, com os seus amigos viajantes, 2 argentinos e 1 suíço que vive em Medellín. Eles ficaram super curiosos sobre a viagem e quando vieram falar conosco já haviam acessado o site e até nos mandado um tweet! Amo a tecnologia!
Encontro com argentinos, guatemaltecos e um suiço no mirante de Atitlán, saindo de San Marcos La Laguna, na Guatemala
Dali demos carona até o povoado mais próximo para o Don Lorenzo, nome bem italiano para um tiozinho 100% indígena. Fomos conversando com ele sobre os costumes, línguas e religiões indígenas. Ele confirmou uma suspeita, em cada região as mulheres se vestem com um tipo de saia e tecido. Em uma primeira olhada parecem todas iguais, mas aos poucos notamos que mudam as cores, o quadriculado, a forma de amarrar a saia, etc.
Roupa típica na região do lago Atitlán, em San Marcos, na Guatemala
Segundo ele já foram registrados 22 idiomas mayas diferentes na Guatemala, e o K´iqche´está entre os 4 mais falados. Curioso foi que levei uma bela pregação quando perguntei a ele da religião maya, mas para minha surpresa foi uma pregação católica! “Existe apenas um Deus, ele nos criou e seu filho morreu por nós!” Vivendo e aprendendo.
As igrejas evangélicas são muito fortes em toda a Guatemala (em San Pedro la Laguna, no lago Atitlán)
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