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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A bela e singular skyline de Toronto, no Canadá
O dia hoje não estava esplendoroso, mas pelo menos não chovia. Depois de assistir as últimas provas olímpicas (bela maratona, vôlei nem tanto...), finalmente fomos ver de perto a maior metrópole do país, com mais de 5 milhões de habitantes, incluídos aí imigrantes de todas as partes do mundo que ajudam a transformar Toronto em uma das mais multiculturais cidades do planeta.
Bondes e carros dividem o mesmo espaço em rua de Toronto, no Canadá
Toronto, assim como quase todas as cidades do Canadá, começou como uma estação de apoio para os comerciantes franceses de couro, no início do séc. XVIII. Os primeiros exploradores tinham chegado 100 anos antes, mas a população indígena local conseguiu mantê-los afastados por um século. Mas quando o comércio da pele de castor começou a movimentar milhões, foi essencial para os franceses consolidar a rota que ligava o Canadá ao Golfo do México, através dos Grandes Lagos e o Mississipi.
CN Tower, marca registrada de Toronto, no Canadá
A cidade, ainda sem grande importância, foi ocupada pelos ingleses após a Guerra dos Sete Anos e prontamente rebatizada de York. Aí se estabeleceram boa parte dos “realistas”, a população inglesa que se manteve fiel ao rei e acabou emigrando dos Estados Unidos após a Guerra de Independência naquele país. York se transformou na capital de uma das duas províncias em que o Canadá foi dividido.
Passeando em Toronto, no Canadá
Na Guerra de 1812 (ainda vou falar disso...), os americanos aqui estiveram, por um curto período. Tempo o bastante para pilharem e saquearem a cidade, até que fossem expulsos pelas milícias locais. Desde então, a cidade não parou mais de crescer. Primeiro, com uma forte imigração inglesa, ainda no séc. XIX, junto com a industrialização. Depois, já depois da 2ª Guerra, com ondas de imigrantes vindos de diversas partes do mundo, como italianos, portugueses, chilenos, indianos, chineses e até brasileiros. A conservadora Toronto de 80 anos atrás, quando tudo fechava no domingo, inclusive as vitrines de lojas, se transformou na capital multicultural do país, onde convivem as mais diversas culturas, com evidentes consequências na arte, cultura, culinária e arquitetura da cidade.
Sobre uma placa de vidro, a 350 metros de altura, "flutuando" sobre Toronto, no Canadá, na CN Tower
Por falar em arquitetura, foi para a mais famosa landmark da cidade que nós seguimos diretamente, ainda pela manhã. Por muito tempo, a CN Tower foi a mais alta estrutura feita pelo homem que podia ser visitada. Com cerca de 550 metros de altura, turistas podem ir até um deck a 450 metros (se pagarem um pouco mais) ou ao mais visitado mirante, a 350 metros de altura. Essa foi a nossa escolha, de onde se pode observar toda a metrópole e o rio logo em frente e também caminhar sobre um chão de vidro sobre a cidade, centenas de metros abaixo. Para mim, e emoção foi lembrar-me do garoto que, trinta anos atrás, devorava as tabelas do Almanaque Abril. Um delas apontava as mais altas estruturas feitas pelo homem. A CN Tower figurava em segundo lugar, atrás apenas de uma misteriosa torre de TV em Varsóvia, então capital de um país comunista, inacessível para simples mortais. Era na torre canadense que o garoto se via, em algum dia de seu futuro. O futuro chegou e, aqui de cima, enquanto viajava no passado, o garoto via também o belo estádio do Blue Jays, o time de beisebol da cidade, se encher de alegres torcedores. Afinal, domingão é dia de jogo.
Admirando a vista do alto da CN Tower, em Toronto, no Canadá
Cumprida a obrigação essencial de todo turista de primeira viagem à Toronto, fomos caminhar pelas ruas da cidade, através de seus diversos distritos e diferentes vizinhanças. Passamos pela imponente estação de trem, pelos arranha-céus do distrito financeiro (os caras acham que estão em Wall street!) e chegamos ao “Hockey Hall of Fame”, a homenagem da cidade ao esporte mais popular do país, praticado por 9 entre 10 adolescentes do Canadá. Cruzamos também o início da mais longa rua do mundo, a Yonge Street, que na verdade não é tão longa assim, pois mais de 99% dos seus quase 3 mil km são, na verdade, uma estrada.
O famoso "Hall of Fame" do Hochey, em Toronto, no Canadá
O charmoso prédio do Mercado, em Toronto, no Canadá
Por fim, chegamos ao pitoresco St. Lawrence Market. Infelizmente, fechado aos domingos. Mas aqui, ao menos prevalece o bom senso e o prédio fica aberto, pelo menos para os turistas darem uma olhadinha. A gente olha e fica imaginando aquele enorme galpão vazio cheio de movimento e vida. Para ajudar essa “imaginação”, basta cruzar a rua e visitar o galpão em frente, onde uma animada feira de antiguidades acontece justamente no domingo. Aí a Ana se divertiu por um bom tempo, pesquisando LPs antigos e até achando um brinco com jeito indígena para comprar.
Feira de antiguidades em Toronto, no Canadá
Folheando LPs antigos em feira de quinquilharias em Toronto, no Canadá
Seguimos nossa caminhada rumo ao leste da cidade, agora passando pelo terreno onde esteve a primeira legislatura, senão me engano, queimada pelos americanos. Um pouco adiante e chegamos ao nosso objetivo: o Distillery District. Aí funcionavam as maiores destilarias do Império Britânico e toda a vizinhança foi transformada em um bairro super charmoso, cheio de restaurantes, lojas e espaços que aproveitam as antigas construções (as destilarias!) em tijolos vermelhos. Muito legal, um dos lugares prediletos, tanto de turistas como de locais.
Arte nas ruas de Toronto, no Canadá
Distillery District, atração de Toronto, no Canadá
Achamos um restaurante mais movimentado e com grandes TVs, para assistir à cerimônia de encerramento das Olimpíadas. A próxima, só daqui a quatro anos, lá na Cidade Maravilhosa. Para mim, o melhor do show foi a dança do gari. E a entrada triunfal das Spice Girls, hehehe. Acho que nunca tinha visto elas antes, ruim que eram. Mas agora, tantos anos depois, já com um ar meio retrô, ficaram “cult” também! Essa minha “análise” certamente foi influenciada pela degustação de deliciosas cervejas que fiz ali no bar, enquanto assistíamos a cerimônia. A Ana, de lei seca, trocou a cerveja pelo Skype, encontrando o pai a alguns milhares de quilômetros ao sul, os dois procurando, ao vivo, pela TV, a Ju (minha cunhada!), que dançava no estádio em Londres. Êta, mundo globalizado!
Falando com o papai, via Skype e Ipad, em restaurante no Distillery District, em Toronto, no Canadá
Degustando cervejas em restaurante do Distillery District, em Toronto, no Canadá
Finda a cerimônia, a degustação e o nosso almoço, longa caminhada de volta. Passamos novamente, ali na entrada do Distillery District, pela bela exposição de fotos tiradas do espaço por Guy Laliberte, o fundador do Cirque du Soleil. Esse cara é meu ídolo. Além de ter criado essa companhia de espetáculos maravilhosos, que conseguiu transformar numa máquina de fazer dinheiro (além de arte), ele gastou parte de sua nova fortuna para comprar uma passagem para o espaço, por uma semana. Exatamente o que eu faria, se tivesse metade da metade do dinheiro dele. Enfim, alguns podem viajar pela América, enquanto outros vão dar uma volta no planeta a cada 80 minutos... Pois bem, lá de cima, ele tirou fotos maravilhosas do nosso planeta, sempre focando na questão do uso da água pela humanidade, e hoje isso virou uma exposição incrível. Aí ficamos um bom tempo, admirando a nossa Terra lá de cima, como se fôssemos nós a estar no espaço. Na próxima encarnação, 1000dias pelos Sistema Solar...
Exposição de fotos tiradas do espaço por Guy Laliberte, fundador do Cirque do Soleil, em rua de Toronto, no Canadá
O solene prédio da antiga sede da prefeitura, em Toronto, no Canadá
De volta à Toronto, fizemos um outro caminho para o estacionamento onde estava a file Fiona. Passamos por outros prédios públicos, por igrejas e praças. Comparamos as sedes antiga e nova (já não tão nova assim...) da City Hall e, no final, já motorizados, até passamos ao lado da bela Universidade, para onde convergem estudantes de todo o país. Ficou aquela vontade de passarmos outros dias na cidade, entramos nos museus e experimentarmos a vida noturna (se bem que nos disseram que, nesse quesito, Montreal é melhor!). Mas a necessidade de continuarmos em frente é maior. Voltamos para nosso lar aqui em Toronto, a casa dos cada vez mais queridos Alê, Dani e Lucas. Será nossa última noite no país nessa primeira etapa canadense dos 1000dias. Amanhã, o plano é visitar Niagara Falls, ainda no Canadá, mas já seguir para os EUA, no longo caminho até a terra do Al Capone. Pé na estrada, Fiona!
O bem cuidado jardim de igreja em Toronto, no Canadá
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