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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Barco abarrotado de turistas se aproxima das Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
A manhã começou com despedidas. Deixamos para trás mais um lar, a casa de amigos que nos receberam como se fôssemos da família, que nos mimaram por quase três dias e que nos fizeram sentir um pouco mais perto do Brasil. Um grande abraço e muito obrigado ao Alê, à Dani e ao pequeno e valente Lucas. Esperamos revê-los em breve, em algum lugar desse mundão grande sem porteiras!
Despedida do Alê, Dani e Lucas, na casa deles em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Nosso destino era o sul, ao mais conhecido ponto da vasta fronteira entre Canadá e Estados Unidos. A viagem entre Toronto e Niagara Falls não é longa e logo estávamos chegando às famosas Cataratas de Niágara., exatamente no rio que divide os dois países.
As impressionantes cataratas de Niagara, em Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Incrível como tudo é uma questão de expectativas. Se uma coisa é legal, mas estamos esperando algo muito legal, ela acaba virando uma decepção. Agora, se uma coisa é sem graça, mas esperamos algo ainda pior, acaba virando uma boa surpresa. Nossas expectativas para as cataratas do Niágara eram medianas. Algumas pessoas que conversamos disseram que elas não eram lá essas coisas. Outras, que se já conhecíamos Iguaçu, ficaríamos meio decepcionados.
As impressionantes cataratas de Niagara, em Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Pois é, os conselhos, que ótimo, tiveram o efeito contrário. Chegamos céticos e ficamos realmente impressionados. Elas são (ou pelo menos estão) espetaculares! A água do rio é verde, muito linda. Dá até vontade de se jogar nele (o que seria um suicídio, claro!) e milhões de litros d’água por segundo se atiram naquele precipício em forma de ferradura, água caindo por quase todos os lados.
Movimento de turistas em Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Um espetáculo grandioso visto diariamente por milhares de turistas. É do lado canadense da fronteira que se pode observar a queda d’água em toda a sua plenitude e para cá vem os americanos, muitos dos quais estão cruzando uma fronteira pela primeira vez em suas vidas. Eles vem para ver as cataratas, mas também para se divertir nos cassinos da cidade. Niagara Falls é uma cidade cheia de arranha-céus, muitos deles praticamente do lado do rio, Assim, ao contrário das Cataratas do Iguaçu, que ficam no meio de uma floresta tropical protegida por um Parque Nacional, as Cataratas de Niágara ficam no meio de uma grande cidade, o que certamente tira parte de seu brilho.
Os enormes hotéis e cassinos em frente à Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Realmente, aqueles prédios enormes e cassinos ali do lado não tem nada a ver com a gigantesca cachoeira. Mas, estão lá, infelizmente. O remédio é não olhar para trás, apenas para o rio e aquela verdadeira obra da natureza. Voltando aos turistas, os que não estão nos cassinos, estão percorrendo a enorme calçada ao lado do rio e da cachoeira, buscando o melhor ângulo de observação e de fotos. Outros tantos se abarrotam nos barcos que levam turistas para dentro da “Horseshoe”, a Garganta do Diabo deles. Olhando aqui de cima, podemos ver centenas deles, apinhados e ensopados nos decks dos barcos. São barcos grandes, mas perto da força e enormidade da cachoeira e do rio, parecem frágeis e minúsculos.
Visitando as famosas Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Dali seguimos para uma outra cidade, ainda no Canadá e também com o nome de Niágara. Mas ao invés de Falls, essa é “on the Lake”. O lago em questão é o Ontario, o mesmo em que está Toronto, só que do outro lado. A pequena cidade é infinitamente mais charmosa que sua homônima mais famosa, ao lado das cataratas e completamente tomada pelos cassinos, fast-foods e turistas de um dia só.
Barco abarrotado de turistas se aproxima das Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Niágara-on-the-Lake foi uma excelente sugestão do simpático dono da pousada que ficamos na região das Thousand Islands e posteriormente reforçada pelo Alê e pela Dani. Uma cidade histórica, com bons restaurantes, ruas e parques gostosos e bem na orla do magnífico lago Ontário, um dos “Great Lakes” (no próximo post vou falar deles...). Aí passamos uma hora bem agradável, almoçamos e conhecemos um pouco mais da história do país, principalmente sobre a guerra que esse ano completa o bicentenário.
Visitando as famosas Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Em 1812, a Inglaterra se encontrava em plenas Guerras Napoleônicas. Como parte da sua estratégia, decretou o famoso “Bloqueio Continental”, impedindo a França de Napoleão de fazer comércio marítimo com qualquer país. Um dos mais afetados com esse bloqueio foi a emergente nação americana, os Estados Unidos, que já naquela época se transformavam em uma potência comercial. Os americanos ficaram furiosos de terem seus navios impedidos de chegarem à França. Afinal, eram um país neutro.
O ponte internacional em Niagara Falls, que liga o Canadá aos Estados Unidos
Pior ainda era o fato de terem seus navios comerciais constantemente abordados pelos ingleses, em busca de marujos “desertores”. Normalmente, em épocas de paz, a poderosa marinha inglesa só usava marinheiros voluntários. Mas agora, na guerra, aumentando bastante seu número de navios militares, o alistamento era obrigatório. Só que muitos ingleses preferiam “trabalhar” na crescente frota comercial americana. E, só para se garantir, se naturalizavam americanos. Os Estados Unidos, necessitando de marujos experientes, concedia a naturalização rapidamente. Mas a Inglaterra não aceitava isso, abordava os navios e, quem quer que lá estivesse e não provasse que já era americano há muito tempo, era preso e enviado à Inglaterra.
A Fiona foi conhecer as famosas Niagara Falls, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
Não deu outra. Aproveitando que a Inglaterra estava ocupada com uma guerra na Europa, os Estados Unidos declararam guerra e atacaram o Canadá, que era a única parte da Inglaterra que podiam alcançar. Imaginavam uma guerra rápida, indolor. Afinal, porque os canadenses brigariam pelos ingleses? Ao contrario, certamente receberiam os americanos como “libertadores”.
Turistas caminham pela charmosa Niagara-on-the-Lake, no Canadá
Pois é, não aconteceu nada disso. Os canadenses, normalmente às turras entre si (ingleses, franceses e índios), acabaram por se unir contra o inimigo em comum. Foi quando o sentimento de “nação” surgiu. Para surpresa dos americanos, armaram uma encarniçada resistência. Como retaliação, os americanos botaram fogo nas cidades conquistadas, entre elas Niagara-on-the-Lake e York (que depois virou Toronto), antes de voltarem a seu país. Reforços ingleses chegaram e uma expedição de retaliação foi planejada. Invadiram os Estados Unidos, tomaram a capital Washington (recentemente inaugurada) e tacaram fogo na Casa Branca e no Capitólio.
Diversão em balanço de praça em Niagara-on-the-Lake, no Canadá
A guerra na Europa acabou e a Inglaterra resolveu prestar mais atenção do outro lado do Atlântico. Armou uma grande operação para conquistar New Orleans. Agora, foi a vez dos distintos povos que lá viviam (americanos, índios, espanhóis e franceses) se unirem contra o inimigo em comum. A invasão foi repelida.
O enorme Lake Ontario, em Niagara-on-the-Lake, no Canadá
E assim a guerra terminou, sem ganhos territoriais para ninguém, muita gente morta, e duas nações que se julgaram vencedoras. Vencedoras porque não perderam e vencedoras porque o sentimento de nação estava mais forte em cada uma delas. Perdedor mesmo, só os índios americanos. Perderam seu grande aliado, a Inglaterra, que deixou de apoiá-los para formar sua nação no meio oeste americano e se viram sozinhos para enfrentar a poderosa nação que se preparava para expandir-se para o oeste. Assunto para um post quando chegarmos lá em South Dakota, local de um dos mais emblemáticos massacres de índios da história da ocupação do oeste...
Fronteira do Canadá e Estados Unidos, na cidade de Sarnia (Canadá)
Falando nisso, para lá iniciamos nosso caminho. Antes disso, ainda vamos conhecer a região dos Grandes Lagos e a metrópole de Chicago, terceira maior dos EUA. Hoje mesmo, depois de deixarmos Niagara-on-the-Lake, já iniciamos a grande viagem, entrando nos Estados Unidos no estado de Michigan. A entrada no país foi meio burocrática, mas deu tudo certo. Já conseguimos chegar até a borda do lago Michigan. Amanhã, chegamos à cidade de Al Capone! Adeus, Canadá, nos vemos em breve! Olá, EUA, que saudade (ainda bem que os dois países não estão mais em guerra, senão esse nosso roteiro seria mais “complicado”, hehehe)!
Chegando à Michigan, nos Estados Unidos, na fronteira com o Canadá
simplesmente fantástico,uma boa viajem
Resposta:
Oi Lurdes
Niagara nos impressionou mesmo! A cor do rio é inacreditavel e ver toda aquela água caindo na Horseshoe foi de tirar o fôlego. Tirando aquela cidade enorme ao lado das cataratas, não deve nada às nossas, lá do Iguaçu, cada qual com sua beleza!
Bjs
você já falou de várias guerras, mas ainda não chegou na independência do Canadá... bjs nos 2
Resposta:
Oi Lalau
Achei que vc já tinha esquecido da gente! Consegui falar com o João no último dele por aqui. Uma pena ele não poder passar uma semana aqui conosco, nos parques nacionais
Quando voltarmos ao Canadá, juro que falo da independência!
Beijos
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