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Nossa Casa em Cartagena

Colômbia, Cartagena

Nosso hostal em Cartagena, na Colômbia

Nosso hostal em Cartagena, na Colômbia


Quando estivemos em Cartagena há 18 meses, no nosso caminho para o norte, a cidade estava em pleno período de festas. Uma das consequências foi a dificuldade de achar um hotel perto da cidade amuralhada. Além disso, estávamos de Fiona e precisávamos de algum lugar com garagem. Demorou, mas achamos. Não era dos mais convenientes, mas quebrou nosso galho.

O gato preto descansa sobre um livro no balcão do bar do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O gato preto descansa sobre um livro no balcão do bar do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


Dessa vez, sem a Fiona e viajando leve, com pouca bagagem, queríamos ficar mais bem localizados e com um preço mais em conta. A boa dica veio do casal de suíços que, ainda no Panamá, nos falou do Hostel que pretendiam ficar por aqui. O Mamallena é um dos hostales mais populares entre os mochileiros que passam por Cartagena, tem seu próprio bar, está no coração de Getsemani (o bairro central e vizinho da cidade amuralhada) e, para nós, tornou-se o ponto de encontro com nossos “sócios de contêiner”.

O lindo cão do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O lindo cão do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


Assim que chegamos na cidade, viemos para cá e garantimos um quarto duplo com banheiro pelo preço de 45 dólares, uma barganha pela localização. Aqui encontramos os suíços (nossos vizinhos de quarto!) e dezenas de outros viajantes. Foi tão conveniente que decidimos voltar para cá depois da ida à Playa Blanca e aqui ficar até o dia da partida, ao final do resgate da Fiona.

O gatinho do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O gatinho do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


Mas não foi a conveniência da localização, o quarto com banheiro (que nem era grande coisa mesmo), o reencontro com o Marco e a Tina, o convívio com outros viajantes e o clima descontraído do hostel o que mais gostamos por aqui. Não, o que mais nos cativou foi a fauna do Mamallena. E quando digo “fauna”, quero dizer “fauna” mesmo, e não alguma metáfora para me referir aos estranhos cortes de cabelo ou quantidade de piercings de outros viajantes que aqui estavam.

O papagaio do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O papagaio do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


No hostel, além do constante movimento de viajantes que chegam e que partem, o movimento é dado pelos mascotes que lá vivem: dois gatos, um cachorro, um papagaio e um coelho. E mais interessante do que eles próprios é a interação entre eles, que vivem todos soltos, os verdadeiros donos do lugar.

O simpático coelho do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O simpático coelho do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


O contraste entre o grande cachorro completamente branco e o gato adulto, completamente preto, era marcante. Mais ainda quando se recostavam um no outro. Já o gatinho, a cada vez que cruzava com o cão, se ouriçava todo, como em desenho animado. Era o único momento de tensão entre a bicharada toda. O gatinho ficava mais relaxado na hora de estressar o papagaio que, por medida de segurança, ficava mais no alto, pelo menos enquanto o gatinho estivesse por perto, olhos fixos na ave esmeralda. Aliás, o papagaio é jovem e está aprendendo a falar. Turistas ficavam horas com ele, tentando transformá0lo em uma ave poliglota.

O gatinho sempre de olho no papagaio, no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

O gatinho sempre de olho no papagaio, no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


A mais interessante das interações era o gatinho perseguindo o coelho, como num jogo de esconde-esconde. Aliás. O coelho foi o animal que mais me surpreendeu. Nunca tinha visto um coelho tão interativo. Acho que crescendo entre gatos e cachorro, ele se acha um deles e age como tal. Quando se cansava do gato, ía descansar no cachorro. Ou então, sem o menor pudor, se aboletava no colo de algum hóspede. Sempre achei coelhos um animal tão sem graça, esse aí me fez mudar os conceitos...

Amizade entre o cão e o coelho no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

Amizade entre o cão e o coelho no Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia


Enfim, por todos esses dias, o Mamallena foi a nossa casa e a bicharada, os nossos animais de estimação. Certamente, ficaremos com saudades, mas eles, com o fluxo constante de hóspedes por lá, nem darão pela nossa falta. Vida boa, tem esses bichos...

Dois dos mascotes do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

Dois dos mascotes do Hostal Mamallena, em Cartagena, na Colômbia

Colômbia, Cartagena, Bichos

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Trinidad e a Internet

Cuba, Trinidad de Cuba

Prédio no Parque Céspedes, em Trinidad, em Cuba

Prédio no Parque Céspedes, em Trinidad, em Cuba


A cidade de Trinidad foi o terceiro povoamento espanhol em Cuba, ainda na segunda década do séc XVI. Apesar disso, continuou um lugar bem pacato pelos próximos 300 anos. Foi quando um evento numa ilha vizinha à Cuba mudou para sempre a sua história. Violentas rebeliões de escravos estavam ocorrendo no Haiti e os senhores brancos com juízo saíram correndo (ou nadando!) de lá. Apesar de franceses (o Haiti era colônia francesa), foram muito bem recebidos em Cuba, principalmente na região de Trinidad. Foi aí que fundaram diversos engenhos, transformando a região na principal área produtora de açúcar do país.

Vida tranquila na cidade histórica de Trinidad, em Cuba

Vida tranquila na cidade histórica de Trinidad, em Cuba


Parque Céspedes em Trinidad - Cuba

Parque Céspedes em Trinidad - Cuba


Exatamente nessa época um enorme mercado consumidor desse produto se abria ao norte. Eram os EUA, que até pouco tempo antes compravam seu açúcar da Jamaica, colônia inglesa. Mas a guerra com a antiga metrópole em 1811 os fez mudar de mercado, buscando ao açúcar cubano. Tudo isso trouxe muita riqueza à Trinidad, que acabou se traduzindo em grandes obras na cidade, igrejas, teatros, palácios, casarões, ruas bem calçadas, sempre com um toque de influência francesa.

Rua em Trinidad, em Cuba

Rua em Trinidad, em Cuba


Vida tranquila na cidade histórica de Trinidad, em Cuba

Vida tranquila na cidade histórica de Trinidad, em Cuba


A “festa” durou apenas meio século, o bastante para mudar a cara da cidade para sempre. Mas nas guerras de independência a partir de 1860 acabaram destruindo as plantações e engenhos da cidade. Quando a paz voltou, o cultivo de cana havia se mudado para outras províncias e a região de Trinidad nunca mais recuperou sua antiga posição econômica. A cidade novamente parou no tempo. Um verdadeiro golpe de sorte para nós, turistas! Foi por causa disso que Trinidad não se modernizou, permanecendo seu centro histórico muito parecido com o que era há quase 200 anos. Não é à toa que foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco! Tudo por causa dos escravos haitianos, migrantes franceses, mercado americano e guerras de independência!

Morador de Trinidad, em Cuba

Morador de Trinidad, em Cuba


Antigo morador de Trinidad, em Cuba

Antigo morador de Trinidad, em Cuba


Para aí seguimos hoje, nos instalando em mais uma Casa de Hóspedes já agendada antes da partida de Havana. A primeira coisa que fiz foi tentar usar a internet. O Rafa já havia tentado em Havana, reclamando muito do preço e da qualidade. Agora, era a nossa vez. Fomos ao prédio da companhia de telecomunicações, que tem a internet mais rápida. O serviço era bom e nem era tão caro assim, mas descobrimos um grande “porém”. Impossível, tanto ali como nos poucos internet cafés da cidade, fazer upload de qualquer coisa. Assim, nada de postagem de fotos. E posts, só o que escrevêssemos ali mesmo, diretamente no site, já que não podíamos colocar nosso pen drive no computador deles (wifi, para usar nossos próprios computadores, como fazemos em todos os lugares, nem pensar!). Foi quando fizemos o nosso único post diretamente de Cuba:

“Oi gente
A viagem segue maravilhosa. Passamos dias incríveis no paraíso de Little Cayman e depois viemos para Cuba, onde encontramos os padrinhos Rafa e Laura.
Aqui ja passamos por Havana, Isla de Juventud, Cienfuegos e chegamos agora à histórica Trinidad. Estamos de carro e seguiremos ate Santiago de Cuba, de onde retornamos à Havana para mais dois dias pelo oeste da ilha, voltando para o México no dia 27
O único porem daqui e o acesso a internet. Difícil e caro! Só conseguimos agora e não podemos fazer upload de posts (já temos uns 5-6 prontos) e fotos (umas duzentas!). Paciência, algum dia faremos. Nada se perdera!
Um grande abraço a todos e feliz carnaval”

Arte com a figura de Che Guevara em galeria de Trinidad, em Cuba

Arte com a figura de Che Guevara em galeria de Trinidad, em Cuba


Arte em galeria de Trinidad, em Cuba

Arte em galeria de Trinidad, em Cuba


Passada a obrigação, passamos à exploração. Caminhar pelas ruas de paralelepípedo da antiga cidade é uma delícia. Muitas vezes, parecia que eu estava numa das cidades históricas de Minas, pessoas sentadas nas calçadas e praças vendo a vida passar, casas e ruas com aparência centenária, aquela sensação de que o tempo, aqui, passa mais devagar.

Ensaio de música cubana para o show da noite na Casa de La Trova em Trinidad - Cuba

Ensaio de música cubana para o show da noite na Casa de La Trova em Trinidad - Cuba


O simpático e culto poeta de rua em Trinidad,- Cuba

O simpático e culto poeta de rua em Trinidad,- Cuba


Visitamos galerias de arte, feirinhas, casas de música e torres de construções, com direiro a vista privilegiada da charmosa cidade colonial e dos telhados de suas casas. Interagimos e fotografamos pessoas, sempre muito amáveis e curiosas sobre nós, brasileiros. A Ana e a Laura ficaram amigas de um poeta de rua que prontamente declamou seus conhecimentos sobre o nosso país. A Ana até fez um vídeo com ele para a seção do “Soy Loco”. Muito legal!

A charmosa cidade vista do alto do Museu Nacional de La lucha Contra Bandidos, em Trinidad - Cuba

A charmosa cidade vista do alto do Museu Nacional de La lucha Contra Bandidos, em Trinidad - Cuba


Esperando as esposas na calçada em frente ao museu em Trinidad, em Cuba

Esperando as esposas na calçada em frente ao museu em Trinidad, em Cuba


No fim de tarde, eu e a Ana subimos um morro ao lado da cidade, onde pudemos assistir a um belíssimo pôr-do-sol, o mar lá no fundo e a cidade abaixo de nós. Depois, já de noite, passamos ótimos momentos na Casa de La Trova, onde diariamente pode-se ouvir a excelente música cubana.

Jogo de dominó nas ruas de Trinidad, em Cuba

Jogo de dominó nas ruas de Trinidad, em Cuba


A charmosa cidade vista do alto do Museu Nacional de La lucha Contra Bandidos, em Trinidad - Cuba

A charmosa cidade vista do alto do Museu Nacional de La lucha Contra Bandidos, em Trinidad - Cuba


Para fechar o dia e a noite com chave de ouro, fomos a uma discoteca que foi feita dentro de uma caverna de verdade. A paisagem é surreal, bem “cavernosa” mesmo. Eles aproveitaram um grande salão da caverna, com estalactites pendurados no teto e aí fizeram a boate. As luzes coloridas se perdem nos recantos da caverna e a música ecoa em todas as suas reentrâncias. Aliás, adivinha qual a música que começou a tocar exatamente quando entrávamos na caverna? Para quem pensou em Michel Teló, acertou. Pois é, até em Cuba esse cara chegou... É, a gente pode não ser muito fã da música, mas ouvi-la ali, bem naquela hora, foi uma “experiência”. Já os gringos, boa parte dos frequentadores, e os cubanos, adoraram!

Trinidad vista do alto do Cerro de La Vigia (Cuba)

Trinidad vista do alto do Cerro de La Vigia (Cuba)


Magnífico pôr-do-sol visto do alto do cerro de La Vigia, em Trinidad - Cuba

Magnífico pôr-do-sol visto do alto do cerro de La Vigia, em Trinidad - Cuba


E nós, adoramos essa cidade e o dia de hoje! Amanhã, vamos para uma praia aqui perto para passar o dia e voltamos para Trinidad para mais uma tarde e noite memoráveis. Numa cidade com tanta história e cultura pelas ruas, não tem jeito de não ser...

Balada em uma disco dentro de uma caverna em Trinidad, - Cuba

Balada em uma disco dentro de uma caverna em Trinidad, - Cuba

Cuba, Trinidad de Cuba,

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No Maranhão e Pequenos Lençóis

Brasil, Maranhão, Paulino Neves (Pequenos Lençóis)

Dunas avançam sobre lagoa nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Dunas avançam sobre lagoa nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA


Deixamos Parnaíba para trás hoje rumo a mais um estado na nossa jornada pelo Brasil e Américas: o Maranhão. Na verdade, técnicamente, já tínhamos estado nele ontem, quando visitamos o Delta do Parnaíba ou Delta das Américas, como preferem os maranhenses. A belíssima enseada do Feijão Bravo, por exemplo, fica no Maranhão.

Ponte do Pirangi, sobre o rio Parnaíba, que liga o Piauí ao Maranhão

Ponte do Pirangi, sobre o rio Parnaíba, que liga o Piauí ao Maranhão


Mas, para a Fiona, foi a primeira vez. Cruzamos a ponte do Pirangi, sobre o rio Parnaíba e cá estávamos no nosso 16o estado, o último do nordeste. Lembro-me das aulas de geografia, ainda no ginásio, quando os livros e professores nos explicavam que, na verdade, o Maranhão é um estado de transição entre o nordeste e o norte do Brasil, apresentando características dessas duas regiões. Chegou a hora de conferir essa história!

Dunas e lagoas nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Dunas e lagoas nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA


Um pouco depois de entrar no estado, a estrada se bifurca. Para a esquerda, seguimos para São Luís, a capital. É o caminho asfaltado, próprio para carros de passeio. Para a direita também se chega à São Luís. Mas só carros altos e tracionados. Esse caminho passa pela pela famosa região dos Lençóis Maranhenses, a mais extensa região de dunas do Brasil. Adivinhem qual a rota tomamos!

Fim de tarde nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Fim de tarde nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA


A estrada nos leva até Tutoia, no extremo oeste do Delta das Américas. Até pouco tempo atrás, aqui começava a "aventura" para quem se dirigia aos Lençóis, vindos do Piauí. Mas a estrada para Paulino Neves foi asfaltada recentemente, e ficou fácil dirigir mais 30 km em direção a oeste. Da outra vez que estive aqui, até tentei seguir para Paulino Neves com a Maria (a pampa 4x4). Mas a passagem por um rio profundo me fez desistir logo da ideia. A Maria ficou me esperando em Tutoia e eu fiz o que a maioria dos turistas fazia: seguia na Toyota que fazia o transporte para Paulino Neves e de lá para Barreirinhas. Depois de explorar os Lençóis, voltávamos para Tutoia e pegávamos a rota mais longa para São Luís.

Dunas nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Dunas nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA


Pois bem, agora os carros chegam até a pequena Paulino Neves. A maioria das pessoas passa direto por aqui, em direção à Barreirinhas. É só o tempo de estacionar e pegar a tal Toyota. Mas há um tesouro secreto aqui também, que muito vale uma visita: os Pequenos Lençóis.

Explorando as dunas dos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Explorando as dunas dos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA


Nas dunas dos Pequenos Lençóis, com o oceano ao fundo,  região de Paulino Neves - MA

Nas dunas dos Pequenos Lençóis, com o oceano ao fundo, região de Paulino Neves - MA


Como o próprio nome diz, são os Lençóis Maranhenses em menor escala. Basta vinte minutos de caminhada para se chegar lá. Eu e a Ana, depois de nos instalarmos na famosa Pousada da Dona Mazé, conhecida de todos os aventureiros que passaram por aqui, fizemos essa caminhada. Era final de tarde e a luz estava fantástica. Já estamos ficando craques em dunas e essas foram as mais imponentes que já vimos até agora, entrecortadas por lagoas que refletiam o sol de fim de tarde. Maravilhoso!

Magnífico pôr-do-sol nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Magnífico pôr-do-sol nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA


Foi ótimo para a gente já ir entrando "no clima". Amanhã pela manhã, devemos seguir para Barreirinhas. O caminho passa através de grandes areais e campos alagados. A dica é seguir a Toyota de linha que faz esse caminho todos os dias. O motorista sabe por onde é mais raso passar. E vamos que vamos, rumo ao nosso Saara, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Assistindo ao pôr-do-sol nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Assistindo ao pôr-do-sol nos Pequenos Lençóis, região de Paulino Neves - MA

Brasil, Maranhão, Paulino Neves (Pequenos Lençóis), Dona Mazé, Dunas, Estrada, Pequenos Lençóis, Praia

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Na Praia de Areias Verdes

Hawaii, Big Island-Green Sand Beach

Chegando à Green sand Beach, ou praia das areias verdes, no sul da Big Island, no Havaí

Chegando à Green sand Beach, ou praia das areias verdes, no sul da Big Island, no Havaí


Dois foram os motivos de termos alugado um jipe com tração nas quatro rodas aqui na Big Island, no Havaí. O primeiro deles foi poder chegar com nossas próprias rodas no cume do Mauna Loa, a maior montanha do mundo, o que fizemos há dois dias. O segundo foi poder chegar a uma exótica praia de areias verdes, no extremo sul da ilha. A Green Sand Beach é uma das poucas existentes no mundo e, além disso, fica no ponto mais ao sul dos Estados Unidos.


Nossos caminhos pela Big Island, entre as cidades de Hilo e Kona, passando pelo Mauna Loa (C), pelas encostas do Kilauea (E) e pela Green Sand Beach (F)

Esse foi o nosso programa de hoje: sair cedo de Volcano, percorrer o sul da Big island, conhecer essa linda praia e, antes do final do dia, chegar à Kona, já na costa oeste, onde tínhamos dois mergulhos noturnos marcados. Pois é, mais um dia intenso, como todos os que passamos até agora nesse arquipélago no meio do Pacífico. Mas, ao invés de vulcões, nosso interesse hoje eram praias e o mar.

O ponto mais ao sul dos estados Unidos, na costa sul da Big Island, no Havaí

O ponto mais ao sul dos estados Unidos, na costa sul da Big Island, no Havaí


Passeio na ponta sul da Big Island, no Havaí

Passeio na ponta sul da Big Island, no Havaí


Logo pela manhã nos afastamos das encostas recentemente “construídas” pelo Kilauea e rumamos para o sul, um terreno um pouco mais antigo já tomado por pastagens cheias de vacas e cavalos. Saímos da estrada principal, que nos levaria diretamente à Kona e rumamos para o ponto mais ao sul da ilha, uma bucólica estrada secundária. Finalmente, chegamos à uma placa que anunciava, orgulhosa: “This is the southernmost point in the United States”.

Admirando o mar ao sul da Big Island, no Havaí

Admirando o mar ao sul da Big Island, no Havaí


Ali não há praias, apenas um rochedo que termina abruptamente no mar azul. Olhar para o horizonte significava mirar a Antártica, a meio mundo de distância (ainda chegamos lá!). As águas abaixo de nós eram extremamente tentadoras, um azul transparente através do qual podíamos ver o fundo de areia e coral. O único meio de acesso para chegar lá era escalando as pedras para baixo. Ou então, pulando. Com cerca de 10 metros de altura, não era uma má ideia. Para voltar, uma escada de ferro, parecida com escadas de bombeiro.

O difícil caminho para a Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

O difícil caminho para a Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Nosso jipe nos leva pelo difícil caminho da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Nosso jipe nos leva pelo difícil caminho da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Admiramos o belíssimo mar, tiramos nossas fotos, mas resistimos à tentação do salto. Ficou para mais tarde, para depois da nossa visita à vizinha Green Sand Beach. Para chegar até lá, seguimos até o final da estrada de asfalto, onde há um estacionamento. Dali para frente, ou caminhávamos pouco mais de três milhas pelas encostas, programa feito por quase todos que chegam até aquele lugar remoto, ou enfrentávamos a rudimentar trilha de terra com o nosso carro.

A bela praia de Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

A bela praia de Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Após conversarmos com um simpático motorista que cobrava 30 dólares por pessoa para fazer o trajeto, resolvemos enfrentar a estrada. Afinal, tínhamos de justificar o aluguel do jipe! O difícil era só escolher a trilha certa entre as dezenas de bifurcações que existiam por ali, caminhos deteriorados e erodidos sendo abandonados por trilhas mais recentes. Olha daqui, testa dali, entre pedras e buracos, fomos seguindo em frente e acabamos por chegar ao nosso objetivo: a praia de areias verdes.

Como o próprio nome diz, as areias são mesmo verdes na Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Como o próprio nome diz, as areias são mesmo verdes na Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Banho de mar nas águas da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Banho de mar nas águas da Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


E não é que é verde mesmo! A cor vem do mineral olivina, de origem vulcânica, presente nas encostas que circundam a praia. O mar vem erodindo a encosta e os barrancos fornecem areia à praia. Realmente, é muito bonito e especial. A gente chega por cima, de onde já temos uma bela vista da paisagem. Depois, carro estacionado, descemos cuidadosamente pela encosta, até chegar à areia.

Como o próprio nome diz, as areias são mesmo verdes na Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí

Como o próprio nome diz, as areias são mesmo verdes na Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí


Ali nos instalamos, com canga, pequeno lanche e muita curiosidade. A praia é pequena e pode ser percorrida em poucos minutos. A água do mar é agradável e foi aqui a minha estreia nos mares havaianos. Para não esquecer nunca mais, hehehe! Ficamos por ali pouco mais de uma hora e teríamos ficado mais, se não fosse o compromisso dos mergulhos.

Mergulho no penhasco que forma a ponta mais ao sul dos Estados Unidos, no sul da Big Island, no Havaí

Mergulho no penhasco que forma a ponta mais ao sul dos Estados Unidos, no sul da Big Island, no Havaí


O único meio de voltar à terra firme é através de uma escada, no ponto mais ao sul da Big Island, no Havaí

O único meio de voltar à terra firme é através de uma escada, no ponto mais ao sul da Big Island, no Havaí


Assim enfrentamos a trilha 4x4 novamente, que o jipão tirou de letra, e voltamos para os penhascos do ponto mais ao sul. Agora, nada mais nos impedia de saltar naquele mar transparente que tanto nos lembrou do Caribe. Uma delícia! Armados com nossas máscaras de mergulhos, foi um belo aperitivo para o que nos esperava de noite: arraias manta e seres luminescentes das profundezas abissais! O Havaí é mesmo incrível...

Delicioso mergulho nas águas azuis do mar ao sul da Big Island, no Havaí

Delicioso mergulho nas águas azuis do mar ao sul da Big Island, no Havaí

Hawaii, Big Island-Green Sand Beach, Praia

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As Missões e os Índios

Estados Unidos, Texas, San Antonio

A Missão Franciscana de san Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

A Missão Franciscana de san Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Os espanhóis conquistaram as Américas com três poderosos e eficientes exércitos. O primeiro eram os soldados propriamente ditos, “los conquistadores”. Com um punhado de soldados e alguns cavalos, mas com muita astúcia, Cortez e Pizarro derrotaram poderosos impérios que comandavam milhões de pessoas, os astecas e os incas, respectivamente. Outros povos menos conhecidos tiveram a mesma sorte (ou azar!) nas mãos e espadas dos espanhóis.

Guia leva grupo para conhecer a Mission de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

Guia leva grupo para conhecer a Mission de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


O segundo exército foram os germes e micróbios trazidos do velho mundo. Uma verdadeira guerra biológica que matou, em menos de um século, mais gente nas américas do que morreram nas duas guerras mundiais do séc XX somadas. Quem realmente conquistou o continente e colocou os antigos habitantes e civilizações da América de joelhos não foram espanhóis, portugueses ou ingleses, mas a varíola.

A Missão Franciscana de san Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

A Missão Franciscana de san Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Por fim, na retaguarda, vinha o exército da cruz, padres, bispos e freis de diversas ordens religiosas que tinham por objetivo catequizar as populações locais, aumentando o rebanho da igreja e os súditos dos reis de Espanha. Traziam a fé católica e a cultura europeia, ajudando a “civilizar” os nativos, ensiná-los a usar roupas, cantar e rezar em latim. Mas, ironias à parte, não só isso, claro. Essas ordens foram alguns dos poucos movimentos a tentar proteger os índios da escravidão, a tentar preservar parte da sua cultura a ajudá-los a se adaptar ao novo modo de vida que lhes era imposto.

As belas janelas da Mission de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

As belas janelas da Mission de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Entre as ordens mais ativas, estavam jesuítas, franciscanos e dominicanos. Eles estabeleciam as chamadas missões ao longo das fronteiras e linhas de frente das colônias, muitas vezes sendo os primeiros a ter contato com a população nativa. Aprendiam seu idioma, para poder se comunicar melhor, assim como a sua cultura, até para ajudar a descobrir a melhor maneira de chegarem aos seus corações e mentes, para poder catequizá-los. Muitas vezes, eram empreitadas perigosas, e não são poucos os casos de padres que morreram a flechadas ou no caldeirão de alguma tribo antropófaga.

As belas janelas da Mission de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

As belas janelas da Mission de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Mas, de maneira geral, tiveram bastante sucesso naquilo que pretendiam. O catolicismo “conquistou” o continente, franciscanos e jesuítas os mais eficientes nesse processo. Ao longo de nossa viagem, estivemos em várias dessas missões, que se espalharam da Argentina à California. E chegaram aqui no Texas também, sob a mãos dos franciscanos. O Alamo, onde estivemos ontem, era originalmente uma missão. Mas não a maior delas. Essas, ficavam um pouco mais ao sul, onde estivemos hoje. A mais bela e famosa é a Mision de San Jose, muito bem restaurada. Nossa intenção era passar rapidamente e já seguir para a fronteira, para cruzar para o México ainda hoje. Mas gostamos tanto do que vimos que estendemos o passeio e resolvemos dormir ainda do lado de cá, na cidade de Laredo, ao lado do México, mas ainda nos Estados Unidos. Afinal, diz o bom senso, mais seguro do lado de cá que do lado de lá, principalmente de noite e colado na fronteira. Amanhã cedo, aí sim, entraremos com força total no mundo latino, do qual temos tantas saudades.

Cemitério da Mission San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

Cemitério da Mission San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Na Mision San Jose, acompanhamos um tour gratuito que é dado de hora em hora. Muito joia e elucidativo. Vimos como viviam os índios e frades aqui da Mision, como era o trabalho de catequese e a divisão de tarefas para manter tudo funcionando, população alimentada e vestida. Posso ter minhas críticas para o papel da igreja nesse processo de colonização, mas é impossível não reconhecer também os méritos. Eram eles os grandes e talvez os únicos protetores dos índios num mundo que não mais lhes pertencia. Não é a toa que, lá pelas tantas, jesuítas foram expulsos das colônias espanholas e portuguesas da América. Sem eles, seria mais fácil explorar os indígenas.

A fachada da Mission San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

A fachada da Mission San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Mas, nem todos os indígenas precisavam da igreja para defendê-los. Muitos, nunca se converteram ou se “civilizaram”. Na verdade, as missões e os índios apaziguados e convertidos eram apena mais uma vítima de seus ataques e pilhagens. Exemplos assim se espalham pelo continente, mas aqui na América do Norte, o melhor exemplo são as tribos do oeste americano e, entre os mais ferozes, Comanches e Apaches.

Visitando a missão franciscana de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

Visitando a missão franciscana de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Assim que os espanhóis começaram a colonizar o continente, no início do séc XVI, alguns de seus cavalos fugiram. Aos poucos, esses animais migraram para o norte, chegando às grandes pradarias, ambiente ideal para a espécie. Não demorou muito e já eram enormes manadas correndo livres pelos campos. Imagina o susto das tribos que ali viviam por milênios, sem nunca ter visto um animal parecido e, de repente, lá estão eles. Ao contrário de incas e astecas, que nunca tiveram tempo para se adaptar a esse novo animal e verdadeira máquina de guerra, pois foram conquistados logo no início, Apaches e Comanches tiveram alguns séculos para aprender a viver com cavalos e fazê-los parte de seu modo de vida. Quando a civilização finalmente os alcançou, em finais do século XVIII, já eram exímios cavalheiros.

Visitando a missão franciscana de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

Visitando a missão franciscana de San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Além disso, através do comércio com os brancos, também tiveram acesso às armas de fogo. Ou seja, dominavam bem duas das principais inovações que ajudaram espanhóis a derrubar de uma só vez as grandes civilizações pré-colombianas. De vítimas, passaram á algozes e os mexicanos eram suas vítimas preferenciais, mesmo antes da independência da Espanha. Por décadas e décadas, combateram em pé de igualdade, pilhagens para cá e expedições punitivas para lá. As missões... estavam no meio do caminho.

A Missão Franciscana de san Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

A Missão Franciscana de san Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos


Bem, aos poucos, índios catequizados, as missões foram perdendo a importância e sendo desativadas e abandonadas. A de San José, após ser quase totalmente destruída pelo tempo, foi restaurada pelo governo americano, a partir da década de 50. Hoje, são um colírio para os olhos que quem as visita, um lembrete de que, do Paraguay (onde vistamos belíssimas missões jesuítas) ao Texas, foram os espanhóis os donos do pedaço. Quanto aos índios ferozes do norte, resistiram o quanto puderam. Mas acabaram, eles também, por sucumbir à civilização, ao General Custer, ao mais poderoso exército do mundo e ao Rin-Tin-Tin. É a marcha inclemente do progresso e da civilização, seja através da espada, da cruz ou da varíola.

Área central da Mission San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

Área central da Mission San Jose, perto de San Antonio, no sul do Texas, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Texas, San Antonio, história, Mision San Jose

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A Maior Caverna do Mundo

Estados Unidos, Kentucky, Mammoth Cave

Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


Quando criança e adolescente, fiz algumas excursões para as cavernas de Minas Gerais, há muito iluminadas e voltadas para a exploração turística. Mas o real gosto pelo mundo subterrâneo só veio bem mais tarde, já nos tempos universitários. Junto com amigos da UNICAMP, um deles já profundo conhecedor da área, passamos quatro dias inesquecíveis explorando as magníficas cavernas do Vale do Ribeira, no sul de São Paulo.

Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Visitando a Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


Desde então, sempre que tenho a chance, passo algumas horas explorando esse mundo diferente e interessante, onde a escuridão e o silêncio se combinam de forma tão onipotente. O Brasil é um país riquíssimo em cavernas e as áreas do Vale do Ribeira e também Terra Ronca, em Goiás, tem algumas das mais belas cavernas do mundo. Vale do Peruaçu, em Minas e a região da Chapada Diamantina também tem cavernas espetaculares. Não é à toa que passamos por todos esses lugares nessa nossa viagem dos 1000dias.

Entrada artificial da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Entrada artificial da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Mas, por mais belas que sejam as nossas cavernas, elas estão longe de ser as mais extensas do mundo. Neste quesito, ninguém chega nem perto das americanas. Especialmente uma delas, com o singelo nome de Mammoth Cave (Caverna Mamute), com inacreditáveis 620 km de extensão, e crescendo! Desde que comecei a me interessar por listas de maiores do mundo (maiores rios, maiores montanhas, maiores lagos, maiores cachoeiras, etc...) que tenho esse nome gravado na cabeça. Agora aqui nos Estados Unidos, mais especificamente no estado do Kentucky, finalmente chegou o dia de conhecer essa verdadeira maravilha da natureza.

Formações minerais na região de Snowball, na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Formações minerais na região de Snowball, na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Chegamos no início da tarde de ontem no Parque Nacional criado em 1941 para preservar esse gigante subterrâneo, no estado de Kentucky. Mesmo antes de encontramos acomodação, fomos ao centro de visitantes para ver se ainda teríamos chance de fazer algo no mesmo dia. Sim, teríamos!

Atravessando canyons subterrâneoas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Atravessando canyons subterrâneoas na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Hoje em dia, só se entra na caverna em tours guiados. São várias as opções, alguns mais curtos, outros mais longos. Era justamente atrás desses que estávamos, possivelmente o mais longo de todos. Pois bem, esse, o “Gran Avenue”, só sai uma vez por dia, logo pela manhã. Deixamos ele para o dia de hoje. Para ontem, ainda haveria tempo de fazer um outro tour, bem mais curto, mas muito interessante também. É o chamado “tour histórico”. O melhor de tudo é que esses dois tours percorrem trechos distintos da Mammoth Cave, portanto não estaríamos repetindo caminhos.

Espécie de grilo parecido com aranha que vive perto da saída de Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Espécie de grilo parecido com aranha que vive perto da saída de Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


A Mammoth Cave já é frequentada há milhares de anos. Pois é, índios americanos já se aventuravam centenas de metros escuridão adentro, com a ajuda de suas tochas, em busca de um mineral que usavam, provavelmente, na manufatura de seus pigmentos. Além disso, ela também deveria ser considerada um local sagrado, pois várias múmias milenares foram descobertas ali. Por milhares de anos os índios americanos “frequentaram” a Mammoth Cave, mas misteriosamente, há cerca de dois mil anos, a abandonaram para não mais voltar.

Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


O homem só “redescobriu” a maior caverna do planeta no finalzinho do século XVIII. Logo descobriram e desenvolveram uma função econômica para ela: a produção de pólvora! Os sais encontrados no solo da caverna eram um dos ingredientes na produção do pó explosivo. Na Guerra de 1812, quando os ingleses bloquearam os portos americanos, essa matéria-prima caseira passou a valer mais do que nunca (especialmente num período de guerra!) e eram centenas de escravos trabalhando diariamente na caverna, recolhendo o tal sal. Mas a tal guerra passou e a matéria-prima mais barata chegava novamente nos portos, inviabilizando economicamente a produção da caverna. Foi quando os donos do terreno tiveram uma nova e revolucionária ideia: o turismo!

Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Salão todo decorado na Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


E foi o maior sucesso! Vinha até gente da Europa, já na década de 30 (estamos falando do século XIX!!!). O principal guia e conhecedor da caverna nessa época era um escravo chamado Sthephen Bishop. Foi ele que fez os melhores mapas da Mammoth Cave durante todo o século e foi também seu principal explorador, sempre descobrindo novos tuneis e passagens. Uma personagem e tanto! Vários relatos de visitantes da época fazem citações muito honrosas a sua inteligência e humor. Enfim, até hoje, é o nome mais importante da história da caverna. É incrível pensar que por aqueles mesmos tuneis que caminhamos hoje, um escravo levava turistas há mais de 150 anos. Dois mundos e duas realidades completamente diferentes, congeladas lado a lado dentro da mesma caverna, um ambiente em que nada muda durante séculos...

Nossos companheiros de tour à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Nossos companheiros de tour à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


Enfim, hoje fizemos o tour histórico, que leva pouco mais de uma hora. Percorremos cerca de duas milhas dentro da caverna, num grupo de mais de 20 pessoas que incluía uma enorme família Amish, todos vestidos a caráter (roupas que nada mudaram desde a época do Stephen Bishop!). O grupo vai caminhando entre as duas guias (park rangers). A que segue na frente vai acendendo as luzes e a de trás vai apagando. Assim, caminhamos sempre na luz, com uma clara visão de da caverna e seus túneis.

Nossa guia mostra como eram os tours nos primórdios do turismo na Mammoth Cave, há quase 200 anos, em Kentucky, nos Estados Unidos

Nossa guia mostra como eram os tours nos primórdios do turismo na Mammoth Cave, há quase 200 anos, em Kentucky, nos Estados Unidos


Nosso grupo ouve as informações da guia durante visita à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Nosso grupo ouve as informações da guia durante visita à Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


No caminho, a guia vai nos contando sobre os índios, sobre a mineração, sobre os primeiros turistas e sobre a vida e as explorações de Bishop. Elas nos mostra também como era naquela época, com apenas uma lanterna e quase sem conseguir ver ao redor. O senso de aventura e exploração era bem maior, certamente! Uma passagem bem interessante é quando passamos em um lugar onde há diversas assinaturas dos anos 1800, de turistas que passaram por aqui. O que hoje seria considerado um vandalismo, naquela época era um procedimento normal (o Bishop até faturava uns trocados vendendo espaços “premium” para assinaturas). Pois é, esses “vandalismos” centenários agora são considerados pinturas históricas!

Assinaturas de turistas qie visitaram a caverna há mais de 150 anos na Mammoth Cave, em Kentucky, nos Estados Unidos

Assinaturas de turistas qie visitaram a caverna há mais de 150 anos na Mammoth Cave, em Kentucky, nos Estados Unidos


Outro ponto interessante é a passagem que era famosa naquela época e tinha o nome de “poço sem fundo”. Com as luzes da época, realmente não se podia ver o fundo. Mas o Bishop, em suas explorações, acabou chegando do lado de baixo por outro caminho. Hoje, chegamos lá por baixo e subimos uma longa escada em caracol para chegar lá encima. O “poço sem fundo” perdeu sua magia, mas está carregado em história. Muito legal!

Enorme escadaria dentro da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos

Enorme escadaria dentro da Mammoth Cave, a maior caverna do mundo, em Kentucky, nos Estados Unidos


Caminhada pelo bosque no Mammoth Cave National Park, em Kentucky, nos Estados Unidos

Caminhada pelo bosque no Mammoth Cave National Park, em Kentucky, nos Estados Unidos


Ontem de tarde, depois do passeio, ainda tivemos tempo de caminhar pela floresta do parque, que se estende ao logo do Green River. Foi a água desse rio e de seus afluentes que, ao longo de centenas de milhares de anos, transformou o calcário da região num verdadeiro queijo suíço, criando a maior caverna do mundo.

Vista do Green River durante caminhada no Mammoth Cave National park, em Kentucky, nos Estados Unidos

Vista do Green River durante caminhada no Mammoth Cave National park, em Kentucky, nos Estados Unidos


Restaurante em Snowball, dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Restaurante em Snowball, dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Hoje, logo cedo, lá estávamos novamente para o tour mais comprido. Dessa vez foram mais de 6 milhas dentro da caverna, em quase 6 horas de passeio. Novamente, tudo iluminado para nós, muitas histórias e causos e até um restaurante dentro da caverna. Esses americanos... A Mammoth Cave não é particularmente bonita e o que mais impressiona são mesmo suas dimensões. Se bem que, no final desse tour de hoje, passamos sim no trecho bem bonito, um enorme canyon dentro da montanha, paredes de quase 10 metros de altura e com um estreito vão entre elas, justo por onde caminhamos. Esse incrível canyon nos leva para uma sala cheia de formações e até um pequeno lago artificial.

Pequeno lago criado artificialmente dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Pequeno lago criado artificialmente dentro da Mammoth Cave, Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos


Pois é, um antigo proprietário dessa área da caverna criou esse lago para atrair mais turistas, Isso se passou no início do séc XX, um período conhecido como “Cave Wars”. É o nome que se dá a luta nem sempre leal entre os diversos proprietários da região para tentar abocanhar parte dos turistas que vinham para cá atrás da Mammoth Cave, a caverna mais famosa daqui. Nessa luta desesperada, um dos proprietários tentava achar novas passagens na caverna da sua fazenda, a Crystal Cave, quando ficou preso por uma rocha que se deslocou sobre sua perna. A tentativa de resgatá-lo atraiu milhares de pessoas para cá, assim como a atenção da mídia nacional. Foram mais de dez dias de luta que pararam uma nação, um dos maiores eventos daquela época, só comparável ao sequestro da filha do aviador Charles Lindenberg. Ao final, a tragédia, o pobre homem (Floyd Collins) faleceu antes de ser resgatado...

A trágica história de Floyd Collins na Cvaerna de Cristal, no Mammoth Cave National Park, em Kentucky, nos Estados Unidos

A trágica história de Floyd Collins na Cvaerna de Cristal, no Mammoth Cave National Park, em Kentucky, nos Estados Unidos


Essa triste história fortaleceu a ideia de se criar um parque por aqui e acabar com a tal guerra, além de fazer a Mammoth Cave ainda mais conhecida. Hoje, são dezenas de milhares de visitantes anuais. Para quem está acostumado com as belezas e aventuras das cavernas do Brasil, pode ficar meio decepcionado de andar sempre num ambiente iluminado e num caminho que só falta ser pavimentado. Mas, como disse, as histórias e a dimensão desse lugar muito mais do que compensam a falta de estalactites e o excesso de luzes. Nós simplesmente adoramos ter conhecido a caverna de Stephen Bishop!

Visita ao Mammoth Cave National Park, em Kentucky, nos Estados Unidos

Visita ao Mammoth Cave National Park, em Kentucky, nos Estados Unidos


Embarcando no ônibus que nos leva a outra entrada da Mammoth Cave, caverna num Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Embarcando no ônibus que nos leva a outra entrada da Mammoth Cave, caverna num Parque Nacional no Kentucky, Estados Unidos

Estados Unidos, Kentucky, Mammoth Cave, Caverna, Parque, Stephen Bishop, trilha

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Fazendas

Brasil, Minas Gerais, Carrancas

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


Fazendas sempre tiveram um papel importante na minha vida. Durante toda a minha infância e boa parte da adolescência passava o mês de julho inteiro na fazenda da família, em Ribeirão Preto. Sempre era um mês muito legal, cheio de atividades típicas do campo: andar a cavalo, tirar e beber leite de vaca, caminhar entre diversos tipos de lavouras, conviver com vários tipos de animais, de galinhas, perus e gansos a cavalos, vacas e porcos. Era um mês esperado aquele, passar as férias entre os irmãos e primos da família numerosa, longe das confusões e agitos da cidade grande, perto do fogão à lenha e do pomar. Que vida mais saudável! Na minha realidade de criança, aquilo era o normal, andar descalço um mês inteiro, o cheiro de café torrado, tirar leite da vaca. Como eu achava estranho, de volta à cidade para as aulas, saber que havia colegas que nunca tinham visto uma galinha!

Vista do casarão da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Vista do casarão da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


Pois bem, a vida adulta me levou para longe delas, as fazendas. Passei a frequentar bem menos a vida rural. Quando, eventualmente, calhava de passar alguns dias na fazenda, é que eu realizava o quanto aquela vida simples e sadia me faziam falta. Prometia a mim mesmo voltar a frequentar com mais assiduidade sítios e fazendas, sempre que tivesse chance. Mas essa promessa se perdia no meio dos afazeres profissionais ou de lazer que a vida me trazia. De qualquer maneira, o gosto por fazendas vindo lá da infância continuava lá, em algum lugar.

Cavalos da Fazenda serra das Bicas em Carrancas - MG

Cavalos da Fazenda serra das Bicas em Carrancas - MG


Nesses últimos dias de viagem, pude dar vazão a esse gosto várias vezes. Primeiro, em Perdões, na fazenda do Azão e da Nê. Que delícia acordar com o barulho de fazenda e abrir a janela e já dar com aqueles avestruzes correndo pelo pasto. Agora, foi aqui em Carrancas. O Aroldo me indicou um amigo seu, xará meu, administrador de uma fazenda centenária aqui perto. O Rodrigo apareceu aqui ontem de noite e logo o papo esquentou. Acabou por nos conividar para ir a fazenda Serra das Bicas ontem de noite mesmo, para jantar.o cardapio: uma carninha especial. Ele mesmo não sabe cozinhar mas o Quilia, que tinha passado a véspera conosco, é ótimo cozinheiro. Assim, fomos os quatro para lá, para uma noite de muito prosa, ao lado do fogão à lenha, se banqueteando na carne de capivara e alternando entre cerveja e pinga da terra. Um programa desses, principalmente jogar conversa fora é o sonho de consumo da Ana. Tive praticamente de arrancá-la de lá por volta da meia noite, com a promessa que voltaríamos no dia seguinte, para conhecer a fazenda de dia.

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


E assim foi, hoje pela manhã fomos para lá. O Rodrigo nos recebeu logo na entrada, montado no Coronel. Nas horas seguintes, passeamos pelo centenário casarão da fazenda, atualmente desocupado, e por toda área da propriedade, cheia de montanhas, riachos, pastos e plantações. Ela fica no pé da serra e é uma beleza. Infinitamente mais interessante que as fazendas atuais do nordeste paulista, onde impera a cana-de-açúcar. Tão ou mais interessante é o próprio casarão. Grandes salões, um enorme pé-direito, mais de uma dezena de quartos, duas cozinhas e, como era comum naquela época, apenas um banheiro. Antigamente, banho era pouco e as necessidades se faziam no mato. Só pode ser! Mais de uma dezena de quartos e apenas um banheiro?!?

Rodrigos na varanda do antigo casarão da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Rodrigos na varanda do antigo casarão da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


Além de nos ciceronear na fazenda, deixar a Ana passear no Coronel e ser dono de um papo muito agradável, o Rodrigo ainda nos serviu um belo almoço, comida simples e saborosa. Brincou dizendo que a gente deveria ficar mais tempo por lá, para ajudar a baixar a média de gastos da viagem. Fiquei tentado...

Ana treinando sua montaria na fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Ana treinando sua montaria na fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


Foi uma deliciosa manhã na fazenda. Perfeita para reanimar antigas sensações da infância, cheiros, cores, sons. Muito jóia mesmo. Partimos depois do almoço com o coração partido. Valeu Rodrigo!

Ana e Rodrigo na fazenda São Francisco, bem pé-de-serra, em Carrancas - MG

Ana e Rodrigo na fazenda São Francisco, bem pé-de-serra, em Carrancas - MG


As belas árvores que guardam a entrada da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

As belas árvores que guardam a entrada da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Brasil, Minas Gerais, Carrancas,

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Port Antonio é o Lugar!

Jamaica, Port Antonio

A fantástica Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A fantástica Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


O dia começou com um gostoso café da manhã com vista para a baía que resplandecia sob o céu azul. A simpática Lidia, dona da nossa Guest House, devidamente arrumada para a missa, veio se despedir de nós. Antes de partir, ainda nos deu a valiosa dica de conhecer a praia de Winnifred, a mais bela das que tem acesso público na região de Port Antonio.

A mui simpática Lidia, dona da nossa Guest House, pronta para ir à missa em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A mui simpática Lidia, dona da nossa Guest House, pronta para ir à missa em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Então, saímos de mala e cuia em direção à Blue Lagoon, a mais bela atração natural do nordeste da ilha. De lá, alguns quilômetros a mais nos levariam à praia de Winnifred e, por fim, direto para as Blue Mountains.

A fantástica Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A fantástica Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


A Blue Lagoon ganhou esse nome recentemente. Até a década de 70, tinha o nome de “blue hole”, mas o famoso filme que lançou a belíssima atriz Brooke Shields ao estrelato naquela década, “A Lagoa Azul” (na versão brasileira), mudou para sempre o nome desse lugar. A Blue Lagoon, na verdade, não é uma lagoa, mas uma pequena baía do mar com uma boca bem estreita. Mas além da água do mar, ela também é alimentada por fontes submersas ricas em minerais, o que lhe confere a cor que lhe dá o nome.

Nadando na incrível Blue Lagoon em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Nadando na incrível Blue Lagoon em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Na Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Na Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Até seis anos atrás um restaurante era o principal point do lugar, mas a fúria de um furacão naquele ano atingiu inclusive a plácida lagoa azul e tudo ao seu redor. O restaurante foi atingido e nunca foi reativado, deixando esse lugar absolutamente maravilhoso com um ar meio abandonado. Está na estrada costeira, a uns 10 km a leste de Port Antonio. Fico imaginando como ele seria se fosse na Europa ou EUA, a estrutura que haveria ali, o preço que se cobraria só para poder admirar a paisagem...

A famosa Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A famosa Blue Lagoon, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Bom, aqui não. Uma plaquinha nos indica a entrada, alguns locais tentam nos empurrar um passeio de barco e ali, atrás de um muro verde aparece um lago azul desses que os olhos não querem acreditar num primeiro momento, tão azul que é o azul. Tudo cercado por uma densa vegetação bem verdejante, o que torna a lagoa ainda mais bonita. Dali onde mergulhamos, parece mesmo uma lagoa, mas ao nadar até o meio dela, podemos ver a entrada do mar, bem pertinho. As fontes de água doce são também mais quentes e assim a temperatura da Blue Lagoon é muito agradável. Ficamos ali por uns 40 minutos, embasbacados com aquela paisagem mágica, e nesse período todo apenas mais um casal de turistas apareceu, para ver de fora da água mesmo. Que diferença da concorrida Ys Falls! Será que demos (muita!!!) sorte pelo horário que passamos ali ou esta incrível atração está meio esquecida?

Chegando à praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Chegando à praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Em seguida, acelerado para a praia. Só dar uma olhada e pegar a estrada para as montanhas. Uma tortuosa estrada de asfalto e de terra de poucos quilômetros nos leva até lá. E aí, a surpresa: a praia é infinitamente mais linda do que tínhamos imaginado. Na verdade, a mais bonita praia jamaicana que vimos até hoje. Tem um ar daquelas pequenas praias do litoral norte de São Paulo, muita vegetação em volta, pequena, areias brancas. Mas com uma diferença importante: a cor do mar. Aqui, ao invés do verde, é um azul de piscina, bem caribenho. O resultado é uma praia linda e agradável, alguns restaurantes de palha e madeira, meia dúzia de turistas e duas dezenas de jamaicanos.

A belíssima e tranquila praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A belíssima e tranquila praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


A praia de Winnifred, puro caribe em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

A praia de Winnifred, puro caribe em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Depois de dez minutos nesse paraíso e já tínhamos mudado nossos planos. Nada mais de noite nas Blue Mountains com vista para Kingston. Que nada! O negócio era passar o resto do dia ali mesmo, sem pressão de pegar estrada ainda com a luz do dia por terrenos desconhecidos. Afinal, finalmente tínhamos visto uma praia que era a nossa cara!

Nosso almoço ficando pronto na praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Nosso almoço ficando pronto na praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Tomando coragem para enfrentar o mar na praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

Tomando coragem para enfrentar o mar na praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


E assim foi, horas nesse paraíso. Aproveitamos para comer uma jerk chicken num dos restaurantes e ficar amigo de um simpático rastafari chamado High Cliff, com direito a um aula sobre rastafarianismo. Dia maravilhoso, talvez o melhor que tivemos no país (a melhor noite foi aquela do show de reggae em Negril!).

O tradicional futebol de fim de tarde não poderia faltar na praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica

O tradicional futebol de fim de tarde não poderia faltar na praia de Winnifred, em Port Antonio, no nordeste da Jamaica


Fim da tarde, voltamos ao nosso hotel, para alegria da Lidia, que gostou muito de nós. Lá estava o nosso quarto esperando por nós e a gente bem feliz por ter vindo para cá. Afinal foi aqui em Port Antonio que achamos a Jamaica mais autêntica, ainda livre do turismo de massa ou grandes resorts, pessoas muito mais preocupadas em levar a sua vida do que em tentar nos empurrar algum produto. Uma cidade com cara e vida de cidade, com praias, baías e rios lindíssimos a menos de 20 km e distância.

Com nosso amigo rasta High Cliff, na praia de Winniefred, em Port Antonio, nordeste da Jamaica

Com nosso amigo rasta High Cliff, na praia de Winniefred, em Port Antonio, nordeste da Jamaica

Jamaica, Port Antonio, Praia

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Hello!

Bahamas, New Providence - Nassau

Arara no lobby do hotel em Nassau

Arara no lobby do hotel em Nassau


Hello! É assim que somos saudados todas as vezes que entramos no nosso hotel, o Towne. E também quando saímos. Na verdade, sempre que transitamos pelo lobby do hotel, seja em busca de cerveja, de internet ou simplesmente passando por lá. No começo, sempre respondíamos. Agora, não caímos mais no conto da arara. Afinal, é uma linda arara, azul e amarela, cores da bandeira, mascote do hotel, que sempre nos saúda.

E foi assim hoje, às 07:30 da manhã, quando chegamos para o café da manhã. A Ana chegou 2 minutos depois de mim. Foi o bastante para ela ter de entrar na fila para se servir. Logo depois de mim, chegou parte do grupo de 20 americanas, todas elas negras, grandes, gordas (há exceções) e muito simpáticas, estudantes de enfermagem que participam de algum programa de intercâmbio com os hospitais daqui. Confortavelmente sentado comendo meu café da manhã, foi divertido ver a minha linda esposa bem polaca no meio daquela fila das afroamericanas. Contraste maior não poderia haver.

É muito gostoso viajar com a Ana. Sociável e bonita como ela é, estamos sempre conhecendo pessoas novas. Apesar dela reclamar da sua desenvoltura com o inglês e com o seu vocabulário, isso não a impede de socializar por aí. Jamais perde uma chance. E isso vai tornando a viagem muito mais rica e saborosa. Além disso, ela também é pau para toda obra, tanto para as mais diversas atividades (mergulhar, caminhar, lagartear, mamar, trabalhar, etc...) como para resolver problemas (pedir informações, carregar peso, negociar preços, etc...). E a beleza e simpatia dela sempre ajudam, é claro! Não poderia ter companheiro de viagem melhor!

Bom,o café da manhã cedo era porque fomos mergulhar novamente com a Stuart Cove, a maior operação de mergulho que já conheci. Seus ônibus rosas cruzam a cidade em busca dos clientes e depois, os trazem de volta. A base deles está do outro lado de New Providence e isso serve para conhecermos as outras partes da ilha. No extenso caminho (meia hora), passamos pelos suburbios de classe média, cheio de casas coloridas e com colunas à frente. Arquitetura bem simpática. Prédios mais altos, apenas os grandes hoteis em Paradise Island e Cable Beach.


Os mergulhos de hoje foram excelentes, mar sempre cristalino, visibilidade de uns 30 metros. No primeiro, mergulhamos beirando o abismo da Língua do Oceano novamente. Um barranco extremamente íngrime que vai até 6 mil metros de profundidade. É uma sensação de estarmos voando no vazio. Dá uma vontade louca de descer, descer, descer. Mas só vamos até os 35 m. Chegamos à beira do que já foram enormes penhascos antigamente, quando o nível do mar era mais baixo, na época das eras glaciais. Fiquei viajando imaginando um canyon com 6 km de profundidade logo abaixo de mim. Por coincidência, ontem, li uma notícia relatando que cientistas britânicos, através de um submarino robô, descobriram os mais profundos vulcões até hoje. Estão a 5,5 km de profundidade. E adivinhem aonde? Justamente aqui, na Língua do Oceano!!! A água está a 450 graus celcius, suficiente para derreter chumbo, mas não para ferver, naquela enorme pressão. É um oásis de vida naquela profundidade, cheio de moluscos, artrópodes e vermes tubulares, todos vivendo dos nutrientes do vulcão. Inalcançável para nós, mas não na imaginação. Muito menos para mim, nadando "ali do lado". Que planeta incrível!

O segundo mergulho foi num naufrágio perfeito, pequeno mas cheio de penetrações. Água extremamente limpa. Foi uma diversão!!! Pena que não tinha fotógrafos... E ainda estamos sem nossa máquina subaquática. Que pena!

Bem, amanhã seguimos para Eleuthera, para conhecer um pouco mais desse incrível país. Mal posso esperar. E, enquanto escrevo, a Ana, do outro lado do sun deck aonde estamos, no nosso hotel, está novamente cercada pelas enfermeiras americanas. Eu que já estava achando a Ana bem queimada de sol... está tão branquinha agora! He he he. Que diversidade de pessoas. Que mundo legal!

Ana no sun deck do hotel em Nassau, ao lado das enfermeiras  americanas

Ana no sun deck do hotel em Nassau, ao lado das enfermeiras americanas


E, dois andares abaixo, ouço a arara saudar novos (ou antigos) hóspedes. "Hello!!"

Bahamas, New Providence - Nassau, Mergulho

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O Nosso Primeiro Caiaque

Geórgia Do Sul, Prion Island

Nosso grupo de caiaque rema ao lado das encostas de Prion Island, na Geórgia do Sul

Nosso grupo de caiaque rema ao lado das encostas de Prion Island, na Geórgia do Sul


O fim do incrível passeio a Salisbury Plain, com todos os seus elefantes e lobos-marinho e suas centenas de milhares de pinguins, não representou o fim do nosso dia. Muito pelo contrário, era apenas um bom começo! Nossa tarde também reservava muitas aventuras...

Vestida para nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Vestida para nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Prion Island, na Geórgia do Sul

Prion Island, na Geórgia do Sul


Enquanto almoçávamos tranquilamente no navio, o Sea Spirit navegou para nosso próximo ponto de desembarque, uma pequena ilha chamada Prion Island, conhecida como um refúgio para as maiores aves que voam do planeta: o “Wandering Albatross” (Albatroz Errante, em português) e o “Southern Royal Albatross” (Albatroz Real Meridional, em português).

Vestido para nossa primeira sessão de caiaque da viagem, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Vestido para nossa primeira sessão de caiaque da viagem, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Prontos para estrear nossos caiaques, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Prontos para estrear nossos caiaques, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Mas isso ainda não era tudo. Um pequeno e afortunado grupo de passageiros do Sea Spirit, nós incluídos, iriam sair em seus caiaques pela primeira vez nessa viagem. A ideia era chegar a Prion Island remando!

Saindo de zodiac do Sea Spirit para nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Saindo de zodiac do Sea Spirit para nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul


O Sea Spirit fica para trás enquanto nos encaminhamos para nossa priemira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul

O Sea Spirit fica para trás enquanto nos encaminhamos para nossa priemira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Então, logo depois do almoço, eu e a Ana fomos fazer nossa digestão vestindo nosso verdadeiro aparato para poder fazer o caiaque em águas tão geladas. Uma camada de roupas quentes e por cima um longo macacão impermeável. Gorro e luvas de lã. Botas de borracha sobre o macacão que também se fecha sobre os pés. Um colete salva-vidas e a saia que se fecha com zíper sobre a entrada do caiaque, para que a água espirrada pelo mar não entre dentro do barco.

Feliz e ansiosa, a caminho de nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Feliz e ansiosa, a caminho de nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Animado, rumo a nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Animado, rumo a nossa primeira sessão de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Depois, grupo todo de 10 passageiros reunidos, pois seremos sempre os primeiros a desembarcar quando houver sessão de caiaque. Entramos todos com nossa guia, a Val, dentro do zodiac onde ainda cabem uns dois caiaques atravessados. Os outros seguem atrás, amarrados em uma corda e puxados pelo zodiac.

Os caiaques são puxados pelo zodiac rumo a Prion Island, na Geórgia do Sul

Os caiaques são puxados pelo zodiac rumo a Prion Island, na Geórgia do Sul


O zodiac puxa vários caiaques em direção a Prion Island, na Geórgia do Sul

O zodiac puxa vários caiaques em direção a Prion Island, na Geórgia do Sul


E assim seguimos para perto de Prion Island onde encontramos algum lugar mais protegido e com mar mais calmo para podermos embarcar nosso nossos caiaques. A Val e duas outras passageiras vão em caiaques simples enquanto os quatro casais restantes vão em caiaques duplos. Rapidamente, a Val nos faz uma demonstração de como entrar no caiaque e fechar sua saia e, em seguida, todos fazemos o mesmo, sempre alguém segurando o caiaque junto ao zodiac enquanto a pessoa entra e se ajeita, sua saia e seus pedais de direção, remos a mão.

Com a Val, nossa guia de caiaques, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Com a Val, nossa guia de caiaques, em Prion Island, na Geórgia do Sul


A caminho da nossa primeira sessão de caiaque em Prion Island, na Geórgia do Sul

A caminho da nossa primeira sessão de caiaque em Prion Island, na Geórgia do Sul


Por fim já estamos todos remando. Grudado nos remos, duas luvas grossas, uma proteção extra para nossas mãos. No nosso caiaque, segue a Ana na frente e eu atrás, ela com a Go Pro na cabeça e eu com a Canon pequenina. Tirar fotos é meio trabalhoso, pois tenho de tirar a mão das duas luvas, tirar as fotos e “guardar” as mãos novamente.

No banco de trás de nosso caiaque duplo nas águas de Prion Island, na Geórgia do Sul

No banco de trás de nosso caiaque duplo nas águas de Prion Island, na Geórgia do Sul


A Ana segue no banco da frente de nosso caiaque duplo, perto de Prion Island, na Geórgia do Sul

A Ana segue no banco da frente de nosso caiaque duplo, perto de Prion Island, na Geórgia do Sul


Aos poucos, vamos pegando o balanço do mar. A sensação é de proximidade total da natureza. Incrível também pensarmos que estamos remando em águas antárticas! Será um sonho? Basta um pingo gelado de água no mar no rosto para termos certeza que não, que aquilo é mesmo realidade.

Nossa primeira sessão de caiaque da viagem, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Nossa primeira sessão de caiaque da viagem, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Nosso grupo de caiaque rema ao lado das encostas de Prion Island, na Geórgia do Sul. Nós estamos em primeiro plano, em um caiaque duplo

Nosso grupo de caiaque rema ao lado das encostas de Prion Island, na Geórgia do Sul. Nós estamos em primeiro plano, em um caiaque duplo


Durante todo o tempo em que estamos remando um zodiac nos acompanha de perto, caso haja algum problema, como alguém cair na água. Apesar da temperatura ser próxima de 0 graus, nossa roupa deve suportar por algum tempo, pelo menos o necessário para que a ajuda chegue e nos leve de volta ao barco. Por isso, nunca devemos nos afastar muito do grupo. A ideia é se manter ao alcance de um bom grito, pelo menos.

Remando ao lado de Prion Island, na Geórgia do Sul

Remando ao lado de Prion Island, na Geórgia do Sul


Remando nas águas geladas de Prion Island, na Geórgia do Sul

Remando nas águas geladas de Prion Island, na Geórgia do Sul


No nosso caminho de hoje contornando parte da ilha, o ponto máximo foi simplesmente estar ali, remando naquelas águas. A ideia é nos acostumar com a rotina e balanço do mar para, quando chegarmos a lugares mais interessantes, podermos devotar o máximo de nossa atenção a elas enquanto o resto segue no “automático”.

Mãos protegidas por luvas enquanto remamos nosso caiaque em Prion Island, na Geórgia do Sul

Mãos protegidas por luvas enquanto remamos nosso caiaque em Prion Island, na Geórgia do Sul


Após tirar uma foto, colocando a mão mais uma vez na luva que acompanha os remos de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul

Após tirar uma foto, colocando a mão mais uma vez na luva que acompanha os remos de caiaque, em Prion Island, na Geórgia do Sul


Passamos ao lado de encostas escarpadas de rocha e de um banco de kelps, uma alga escura e comprida que já havíamos visto na costa oeste do Canadá, quando fizemos caiaque por lá. É também a mesma alga que é usada para alimentar as ovelhas das Falklands e que empresta seu nome para os habitantes daquele arquipélago, os “kelpers”.

Mãos protegidas por luvas enquanto remamos nosso caiaque em Prion Island, na Geórgia do Sul

Mãos protegidas por luvas enquanto remamos nosso caiaque em Prion Island, na Geórgia do Sul


O Dave nos acompanha de perto com o zodiac enquanto remamos nossos caiaques em Prion Island, na Geórgia do Sul

O Dave nos acompanha de perto com o zodiac enquanto remamos nossos caiaques em Prion Island, na Geórgia do Sul


O final da sessão de caiaque foi na praia de pedras de Prion Island onde os passageiros do Sea Spirit também desembarcaram. Lá nos esperava a Cheli, a incansável líder da expedição, e outro guia que ajudava a manter aquele trecho de praia livre de lobos-marinhos, pelo menos para que pudéssemos desembarcar. Os caiaques ficaram na para mesmo, onde seriam levados de volta diretamente ao Sea Spirit por algum zodiac enquanto nós fazíamos a caminhada e exploração da ilha, ainda vestidos com nosso aparato de caiaque. Enfim, foi um ótimo começo a ansiamos por mais, agora que já ficamos (mal) acostumados!

Um lobo-marinho vem investigar de perto nossos caiaques em Prion Island, na Geórgia do Sul (foto de Deb Leonard)

Um lobo-marinho vem investigar de perto nossos caiaques em Prion Island, na Geórgia do Sul (foto de Deb Leonard)

Geórgia Do Sul, Prion Island, caiaque

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