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Alexandre Polar (02/10)
Olá. Gosto muito deste blog. O Pico do Itambé perde em altitude para do...
Pousada na Garopaba (08/09)
Garopaba é linda, tem aquela igreja bem antiga, os barcos dos pescadores...
Pousada na Praia do Rosa (08/09)
Pousadas Praia do Rosa (08/09)
A Praia do Rosa é um lugar interessante, bonito, cheias de trilhas...
Pousadas Praia do Rosa (08/09)
A Praia do Rosa é um lugar interessante, bonito, cheias de trilhas...
Caminhando para a Vila Hippie em Arembepe - BA
Como sempre, acordamos cheios das melhores intenções para um dia com programação intensa, repleto de atrações. Como sempre, levantamos um pouco mais tarde que tínhamos previsto, enrolamos um pouco mais na gostosa casa da Mônica, navegamos um pouco mais na internet. Como sempre, saimos tarde demais para tudo o que pretendíamos, mas confiando no nosso poder de adaptação...
Piscina natural em Arembepe - BA
Rumamos em direção ao norte. Passamos pela bonita Itapoã, da música de Vinícius. Nem paramos para fotos. Nossa intenção, como ensina a música, era passar o fim de tarde por lá, com tempo para fotos, caminhada e cerveja. Fomos direto para Arembepe, pouco mais de 20 km ao norte. Na pacata e simpática vila está um dos melhores restaurantes de comida baiana do estado (e provavelmente do mundo!), o Mar Aberto, bem em frente ao mar e a uma piscina natural formada pelos recifes. Como já chegamos tarde por lá, resolvemos ir direto para o almoço. Sábia decisão! Comemos um Bobó de Camarão absolutamente divino que justificou a fama do restaurante! Ali do lado, um empresário baiano recebia capitalistas japoneses, uma conversa em inglês com sotaques nipônicos e baianos. Apaixonado pelo que via, o chefe dos japoneses já avisou seus subordinados: "Vocês voltam, eu fico por aqui!"
Restaurante Mar Aberto, em Arembepe - BA
De barriga bem forrada, seguimos à pé, pela praia, para a famosa Vila Hippie, frequentada no início dos anos 70 por Janis Joplin e Mick Jagger. Supostamente, uma caminhada de menos de três quilômetros. A maré cheia e praia de tombo, linda de se ver, não colaboravam com a caminhada, mas a distância não era longa. Pois é, não era para ser...
O Atracadouro, próximo à Arembepe - BA
Ocorre que eu não vi a entrada da vila e acabei levando a Ana muito mais longe, quase 6 km de caminhada. Chegamos em Emissário. Quando subimos o barranco na esperança de ver a Vila Hippie, vimos um centro de farofa. A música, ao invés do esperado reaggezinho, era um sertanejo ao volume máximo. Imagine a minha decepção e o humor da Ana, depois da árdua caminhada.
Explorando a Vila Hippe em Arembepe - BA
Choupana na Vila Hippie em Arembepe - BA
Fazer o quê? Voltamos três quilômetros pela praia, até a sede do Projeto Tamar que eu não deixei a Ana entrar na ida e lá estava a Vila Hippie. Eu tinha estado lá há quase 20 anos e a impressão que tive foi a mesma de hoje: um lugar de vida simples e gente feliz mas que, de alguma maneira, parece meio fora do tempo, meio caído. Se bem que as choupanas hippies estão cada vez mais chiques, parecendo verdadeiros castelos de palha e taipa. Existe um pouco mais de uma dezena delas e não se pode construir mais. Para ir morar lá. é preciso esperar que alguém queira sair e desocupe sua choupana. Os novos moradores logo tratam de aumentar mais um pouco a choupana e, deste modo, elas foram crescendo.
Roda de Capoeira em Arembepe - BA
Com essa andança toda, ficamos com pouco tempo para ficar lá. Logo caminhamos mais um pouco para chegar em Arembepe, à tempo de, bem no finzinho da tarde, assistir a uma bela roda de capoeira, batismo dos novos alunos, na praça central. Foi jóia!
Roda de Capoeira em Arembepe - BA
Muito trânsito e algumas erradas depois, chegamos de volta à casa de Mônica. Junto com ela e com a Yasmim, a filha caçula, fomos todos jantar na marina, um bonito lugar cheio de restaurantes bem na beira da baía. Escolhemos comer na Fiona (uma pizzaria), por motivos óbvios!
Com a Lívia, na night no Tom do Sabor, em Rio Vermelho, Salvador - BA
Depois, já perto da meia noite, fomos encontrar a Lívia, a filha do meio, no Rio Vermelho, uma espécie de Vila Madalena de Salvador. Numa sexta-feira, estava bombando, dezenas de bares e restaurantes. Muito jóia! Nós fomos no Tom do Sabor, que apresentaria uma banda de marchinhas de carnaval. Hehehe, o povo daqui já está começando a esquentar para o carnaval. E ainda é Novembro! Fo muito legal, a Lívia estava com amigos e pudemos conviver e ver mais da juventude soteropolitana. Cada vez sou mais fã do sotaque daqui! A noite e e as marchinhas de carnaval foram longe e chegamos em casa com o sol raiando, o que em Salvador significa um pouco antes das cinco da manhã.
Cantando e dançando no final de tarde em Arembepe - BA
Noivos felizes durante casamento na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Hoje foi dia de mais um casamento aqui na Ilha do Mel. Não o nosso, já muito bem casados, aqui mesmo, há mais de 5 anos, mas de duas pessoas muito especiais para nós, dos poucos que fariam a gente abrir um parêntesis nos nossos 1000dias, deixar a Fiona lá no estrangeiro e bater de avião para cá. O Rafa e a Laura foram nossos padrinhos de casamento também, já naquele distante 9 de Maio de 2009, e agora nos retribuem a honraria, transformando-nos nos seus padrinhos. Agora sim podemos nos chamar de comadre e compadre!
Preparativos para o casamento da Laura e do Rafa na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Preparativos para o casamento da Laura e do Rafa na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Altar do casamento na praia da Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Pois é, apesar da pressa danada que estamos para viajar até o sul da Patagônia e depois voltar pelo Chile (estamos com dias contados para terminar nossos 1000dias), não tinha como não estarmos aqui, trocando dias preciosos por lá por dias imperdíveis nessa ilha tão importante na nossa história homenageando amigos tão importantes na nossa vida. Os dois quase já haviam se casado lá no Havaí, quando viajamos juntos naquele arquipélago, e agora, finalmente, resolveram oficializar a união que já havia começado em vidas passadas.
Há pouco mais de 5 anos, éramos nós que casávamos na Praia Grande, Ilha do Mel, litoral do Paraná
Em 2009, o Rafa e a Laura foram padrinhos do nosso casamento na Praia Grande, Ilha do Mel, litoral do Paraná
Rafa e Laura, nossos padrinhos de casamento na Praia Grande, ILha do Mel, litoral do Paraná
Mesmo com quase 40 graus de febre, lá estava a Laura na nossa festa de casamento na Praia Grande, Ilha do Mel, litoral do Paraná
Para tornar tudo ainda mais imperdível para nós, eles resolveram se casar na mesma ilha e na mesma praia que nós casamos. Na mesma pousada e no mesmo horário. E não só nos convidaram para ser padrinhos como também para fazer um discurso importante durante a cerimônia. Foi o xeque-mate, teríamos mesmo de vir!
Com os padrinhos Rafa e Laura na praia de Paúba em São Sebastião - SP
Despedida da Laura e Rafa em Itaúnas - ES
Caminhada no Parque Nacional Cajas, na região de Cuenca, no Equador
A Ana já conhecia os dois há mais tempo, da época da faculdade, mas eu os conheci no réveillon de 2006, lá em Bombinhas. Já formavam em belo casal e, desde então, a amizade entre os dois casais só foi estreitando. Várias viagens e mergulhos juntos. Tanto que não titubeamos em convidá-los para serem nossos padrinhos, selando assim nosso vínculo para sempre, gentileza que eles retribuem agora.
Prontos e felizes para o primeiro mergulho em Wolf, em Galápagos
Embarcando no avião que nos levaria de Havana à Nueva Gerona, na Isla de la Juvendud, em Cuba
Rafa e Laura no barco na Isla de la Juventud, em Cuba
Quando começamos nossos 1000dias nos lançando de cara e peito Américas à fora, imaginamos que essa e outras amizades se tornariam mais virtuais. Afinal, estávamos saindo para ficar mais de 3 anos fora de casa, sem endereço fixo.. Mas na verdade, com eles, essa viagem e nossa “ausência” só fez a amizade se fortalecer. Isso porque eles se tornaram nossos mais fiéis seguidores. Não estou falando de seguidores no Facebook ou twitter, não. Estou usando a palavra no seu sentido literal. Eles também são super viajadores acharam o 1000dias a melhor desculpa para viajar pela América. Na fase brasileira da expedição, foram nos encontrar em Maresias, litoral norte de São Paulo, e em Itaúnas, um paraíso praiano no norte do Espírito Santo. Até aí, tudo bem, nem é tão longe assim. Mas eles não se contentaram com isso e trataram de ir nos encontrar também no exterior.
Após o nascer-do-sol, fazendo festa a mais de 3 mil metros de altitude, no cume do vulcão Haleakala, em Maui, no Havaí
A bordo do helicóptero, durante sobrevoo da ilha de Kauai, no Havaí
Delicioso fim de tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Aparentemente, tem uma queda por ilhas, esse casal. Tanto que não deixaram escapara a oportunidade de nos encontrar em Galápagos, no Havaí e em Cuba. Sem esquecer os muitos quilômetros rodados pelo Equador, quando também deram a honra da companhia à Fiona. Todos esses encontros, como não viríamos então para a nossa Ilha do Mel???
Preparativos para o casamento da Laura e do Rafa na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Pousada Grajagan, local do casamento da Laura e do Rafa na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Pousada Grajagan, local do casamento da Laura e do Rafa na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Pois bem, cá estamos e hoje, dia 7 pela manhã, passamos eu e a Ana escrevendo nosso discurso. Nossa ideia era ter feito isso durante a viagem à Antártida, nas horas monótonas em alto-mar. Quem disse que foram monótonas? Então, acabamos por seguir aquele sábio ditado: “Não deixe para amanhã aquilo que você pode deixar para depois de amanhã!”. Pois é... o “depois de amanhã” acabou caindo na manhã de hoje!. Mas deu tudo certo e estávamos prontos e ansiosos para a cerimônia e para a festa.
Tudo pronto para começar o casamento do Rafa e da Laura na praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Tudo pronto para começar o casamento do Rafa e da Laura na praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
O noivo já espera a noiva para a cerimônia de casamento na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
O Beto (irmão da Laura) e a Beta (irmã do Rafa) trazem a avó Ruth para a cerimônia de casamento na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Exatamente como no nosso próprio casamento por aqui, a ansiedade se transformava em tensão. Será que iria chover ou não? Esse é o perigo de se querer casar na praia. Difícil combinar com São Pedro de antemão. Mas o bom velhinho foi muito generoso com eles, como havia sido conosco. Apesar do susto, nada de chuva!
A Beth e o Eduardo trazem a filha para seu casamento na praia Grande na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
A Beth e o Eduardo trazem a filha para seu casamento na praia Grande na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Os padrinhos (o casal 1000dias!!!) leem um texto em homenagem aos noivos durante a cerimônia de casamento na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Os padrinhos (o casal 1000dias!!!) leem um texto em homenagem aos noivos durante a cerimônia de casamento na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
A cerimônia foi linda, cheia de amigos e o cenário maravilhoso da Praia Grande, na Ilha do Mel. O barulho do mar ao fundo dá um charme especial, assim como o pé na areia. O noivo disfarçava bem o nervosismo e a noiva, trazida ao altar pelos pais, estava deslumbrante. Os discursos foram emocionantes, assim como a trilha sonora do casamento, muito bem escolhida pelos noivos.
O esperado beijo do casamento, na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
"Casei, vivaaaa!!!" (Ilha do Mel, no litoral do Paraná)
Feliz, assistino ao casamento dos padrinhos na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Depois da cerimônia, a festa na pousada Grajagan, do nosso amigo Zeco. Bebida, comida e muita dança se estendendo por toda a madrugada, mais um capítulo da história que nos liga tanto a essa ilha. Só podemos agradecer pela chance de , mais uma vez, ter estado aqui. Dessa vez para testemunhar a união formal desse casal que, para nós, sempre foi um. Então, um brinde e felicidades eternas a vocês, Laura e Rafa. Desejamos muitas viagens para vocês, sempre para esses lugares maravilhosos que costumam visitar. E, quem sabe, em muitos deles estaremos juntos novamente!
Um brinde aos noivos! (Praia Grande, Ilha do Mel, no litoral do Paraná)
Abraço apertado nos amigos, padrinhos e noivos durante a cerimônia de casamento na Praia Grande, na Ilha do Mel, no litoral do Paraná
Um brinde aos noivos! (Praia Grande, Ilha do Mel, no litoral do Paraná)
O magnífico Chapadão, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
Hoje tínhamos um bom motivo para NÃO levantar cedo. Queríamos viajar para a Praia da Pipa pela praia. Para isso, a maré precisa estar baixa. E ela só estaria baixa o suficiente perto do meio-dia. Ficamos curtindo aquele nosso quarto delicioso por um tempo e depois fomos ao café de frutas frescas e pão de queijo quentinho. Era 11 da manhã quando achamos que a maré estava favorável e partimos então.
Nosso quarto na pousada Sabambugi, na praia do Sagi - RN
Já fazia um bom tempo que não colocávamos a Fiona na praia. Acho que ela curtiu! A areia não é das mais firmes, mas nada que a Fiona não tire de letra. Longos trechos de praia completamente deserta, sem rastros, já que éramos os primeiros a passar de carro com a maré baixando. Aparência de um mundo completamente vazio de humanos, como se tivéssemos voltado atrás no tempo uns 250 mil anos.
Longas praias desertas no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN, antes de chegar à Baía Formosa
Mas não demorou muito tempo para chegarmos em Baía Formosa, que já é uma senhora cidade. As coisas tem mudado (crescido!) bastante por aqui nesses últimos 20 anos. Ai, se eu tivesse comprado um terreninho nessas bandas, lá no começo da década de 90...
Embarcando a Fiona para cruzar o rio Cunhaú, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
Na balsa sobre o rio Cunhaú, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
De Baía Formosa para frente foi-nos recomendado fortemente a seguir pelo alto e não pela praia. Ou que esperássemos mais uma hora por ali, para que a maré baixasse mais. Optamos por seguir pela fazenda de coqueiros, pagando um pequeno pedágio para os proprietários. Por ali fomos até a barra do rio Cunhaú onde pequenas balsas atravessam os carros que se aventuram por ali.
Cruzando o rio Sibaúma numa pequena balsa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
Bom, pequena mesmo são as balsas que nos atravessam no rio Sibaúma, um carro por balsa. A Fiona vai quase se equilibrando lá em cima. Mas o rio é rasinho e acho que se fosse preciso, ela atravessaria "à nado" mesmo!
Cruzando o rio Sibaúma numa pequena balsa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
Finalmente, após esse segundo rio, seguimos pelo chamado "Chapadão", um trecho no alto de falésias com vistas magníficas do mar esverdeado e das praias da região. Só esse panorama já vale a viagem, com certeza!
O magnífico Chapadão, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
Finalmente, em Pipa, nos instalamos na pousada Zia Tereza, do simpaticíssimo italiano Renato, que ficou muito interessado na nossa viagem. A pousada fica perto o bastante do movimento e da praia para que possamos caminhar até lá, e longe o bastante para que a confusão noturna e de trânsito não nos incomode. Fiona devidamente estacionada, todo o resto se faz à pé por aqui.
Fiona no alto de uma falésia, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
A primeira impressão ao chegar na praia foi negativa. Aquele monte de gente e de guarda-sóis, coisa que, definitivamente, não estamos mais acostumados. Mas aos poucos, Pipa foi nos conquistando. Caminhamos até a baía dos Golfinhos onde a praia estava bem mais vazia. As falésias, tão comuns neste litoral, fazem a praia ficar mais bonita, pitoresca, meio selvagem. A água quase morna do mar é sempre um convite, mesmo com o sol já escondido atrás das enormes paredes naturais de 30-40 metros de altura.
Praia próxima à Pipa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
De volta à cidade, foi gostoso caminhar na Av. dos Golfinhos, a rua principal de Pipa. São dezenas de lojas, bares, restaurantes e pousads charmosas. Várias opções de gastronomia. Muitas línguas faladas pelas ruas. Excelente música tocando nas esquinas. Ar cosmopolita, como se estivéssemos em Búzios, Santorini ou Ibiza.
Praia da Pipa movimentada - RN
Eu e a Ana, mesmo em greve etílica já há alguns dias, não resistimos a dar uma saída de noite. Greve mantida, parte do "charme noturno" se perde, mas mesmo assim deu para se divertir.
Falésias na baía dos Golfinhos, em Praia da Pipa - RN
E nós, que planejávamos ficar apenas um dia e que não gostamos do que vimos assim que chegamos, eis que a boa e velha Pipa mudou o jogo e nossa cabeça e amanhã, por aqui ficamos, curtindo um pouco mais esse pedaço do mundo encravado no litoral sul do Rio Grande do Norte.
Baía dos Golfinhos, Praia da Pipa - RN
Caminhão luta para não atolar na Transamazônica - PA
De novo, o dia nasceu radiante! São Pedro resolveu caprichar durante nossa passagem pela Transamazônica. Trechos que estavam intransponíveis há apenas alguns dias hoje mal faziam cócegas na Fiona!
A cidade de Medicilândia, onde passamos nossa primeira noite na Transamazônica - PA
Após conversarmos mais um pouco com o pessoal do nosso hotel, o Sinuelo, partimos para mais um dia de travessia pela rodovia. Nossos planos eram chegar até Novo Repartimento, pouco mais de 400 km à frente, local onde a rodovia se bifurca, a perna sul indo para Marabá e a perna norte para Tucuruí.
Chegando ao Rio Xingu, na Transamazônica - PA
A primeira etapa era até Altamira, a maior cidade nesse trecho da Transamazônica. Conforme nos foi explicado e fomos observando na prática, a cada dez quilômetros encontraríamos uma pequena "agrovila". Em outros trechos, essa distância pode ser de quinze quilômetros. E, de tempos em tempos, uma cidade maior, uma "agrópolis". Tudo parte do planejamento da época de colonização da região, feito pelos militares na década de 70. Na prática, algumas agrovilas minguaram, restando poucas casas, enquanto outras cresceram e viraram cidades, como Medicilândia. Também as agrópolis cresceram mais ou menos. A que mais se desenvolveu foi Altamira.
O Rio Xingu, na Transamazônica, região de Altamira - PA
Falando nisso, ficamos impressionados com o grau de ocupação por toda a rodovia. Ao contrário de estradas realmente isoladas, como algumas que passamos nas Guianas, na Transamazônica sempre há movimento de pessoas, motos ou carros. Se o automóvel quebrar, não será preciso andar mais do que uns poucos quilômetros para encontrar alguma casa. Nossa experiência pelo trecho paraense da rodovia mudou completamete a idéia que tínhamos dela, de algo no meio da selva. Que nada!
Fazendo hora para esperar a balsa para atravessar o Rio Xingu, na Transamazônica - PA
Enfim, partimos para Altamira, vencemos os dois ex-atoleiros da semana passada, que agora só estavam dificultando os caminhões, observamos as agrovilas e chegamos ao asfalto que antecede a grande cidade. Passamos rapidamente por ela e seu centro movimentado e seguimos em direção à travessia do Rio Xingu, 65 km à frente, ainda aproveitando o pouco de asfalto após Altamira.
Balsa sobre o Rio Xingu, na Transamazônica - PA
Mais alguns ex-atoleiros no caminho e chegamos ao imponente rio. Nossa, como tem água na bacia amazônica! Cada afluente do Rio Amazonas é um verdadeiro mar! Coitado do Nilo, do Mississipi ou do Danúbio perto de cada um desses afluentes principais. Acho que ninguém tem mais dúvidas de que esse é um dos maiores patrimônios do Brasil no médio prazo.
Balsa sobre o Rio Xingu, na Transamazônica - PA
Atravessamos o rio de balsa, aproveitando para fotografar bastante o Xingu. Não sei se voltaremos a vê-lo durante essa viagem, o que fez esse momento ainda mais especial. Não muito longe daqui vão construir a barragem e a Usina de Belo Monte. Fico a imaginar como isso vai mudar a vida das pessoas e da própria natureza que vivem ligadas a este rio. Com certeza, para o bem ou para o mal, muita coisa vai mudar...
Anapu, uma das maiores cidades ao longo da Transamazônica no seu trecho paraense
Continuamos seguindo rumo ao leste, alternando trechos bons da rodovia com trechos cheios de buracos, onde temos de ziguezaguear entre as crateras, valetas e ex-atoleiros. Um pouco de chuva complicaria bastante. Por fim, chegamos à Pacajá, local do nosso lanche. Ali, fomos informados que o trecho mais adiante estava em pior estado. Mais uma vez, ex-atoleiros e muitos buracos, agora com bastante poeira. Após quase 400 km de estradas de terra, o mais importante era manter a paciência, para não acelerar demais e acabar por danificar o carro.
Gado, visão comum ao longo da Transamazônica - PA
O trecho mais chato foram os últimos 30 km, já chegando em Novo Repartimento. Muita poeira e muitos caminhões em sentido contrário. O tráfego multiplicou-se por dez, aparentemente porque algum atoleiro havia sido liberado e uma fila enorme de caminhões parados pôde continuar viagem. Mais tarde descobrimos que esse atoleiro estava um pouco à frente de N. repartimento, no caminho que faremos amanhã.
Grande árvore morta ao lado da Transamazônica - PA
Por fim, chegamos e nos instalamos no Hotel Colinas. De noite, foi hora de celebração! Não pelo quase fim da travessia amazônica, mas pelos dois anos de casados, completados neste 9 de Maio. O tempo passou extremamente rápido desde aquele inesquecível dia na Ilha do Mel (www.icasei.com.br/roana). Com a Ana meio adoentada (uma alergia respiratória), a comemoração foi com suco de acerola e laranja numa churrascaria de posto de gasolina, em Novo Repartimento. Para nós, foi como se estivéssemos em Paris. Afinal, o que vale é a companhia! Aliás, falando em companhia, lembramos muito do Marcelo e da Su, nossas companhias nesta data há exatamente um ano, em Miami. Podem ver no blog! Logo logo, estaremos lá novamente, desta vez com a Fiona. Afinal, se ela está tirando a Transamazônica de letra, a Panamericana também vai ser moleza, hehehe
Celebração do aniversário de dois anos de casados numa churrascaria na cidade de Novo Repartimento, na Transamazônica - PA
A bela paisagem no caminho entre o Grand Canyon, no Arizona, e o Zion Canyon, em Utah, nos Estados Unidos
Ontem, dia 23, acordamos na pequena cidade de Cameron, no Arizona. Tínhamos chegado lá pela noite, depois de uma longa caminhada subindo o Grand Canyon, seguido de uma hora de estrada. A cidade é um conhecido centro comercial Navajo, um dos mais importantes povos nativos dessa área do país. Nosso pequeno hotel, o único da cidade, é também uma grande loja de artesanato, além de mercado e restaurante.
O rio Colorado cruza e esculpe o deserto no norte do Arizona, nos Estados Unidos (Marble Canyon)
Como havíamos chegado de noite, não tínhamos ideia da paisagem em que estávamos. O amanhecer nos mostrou bem: estávamos em pleno deserto. Essa região entre os estados do Arizona e de Utah e uma das mais belas dos Estados Unidos. Paisagens grandiosas, horizontes a perder de vista, poucos sinais da civilização e uma natureza exuberante. Dá gosto de dirigir por aqui. Ainda mais que desertos quase sempre tem o céu limpo e a luz do dia fazem as cores ficarem mais fortes e vivas.
As incríveis cores e formas do deserto do norte do Arizona, quase fronteira com Utah, nos Estados Unidos
A gente saiu meio sem pressa e também sem ideia do quão bonita seria a viagem até o Zion National Park, já em Utah. Meio que por instinto, contrariamos o nosso GPS, seguindo por uma estrada que ele solenemente ignorava, apesar de nos parecer mais interessante. Acertamos na mosca!
Montanhas esculpidas pelo tempo no dserto entre o Arizona e Utah, nos Estados Unidos (Cliff Dwellers)
Passamos primeiro pelo Marble Canyon, mais um dos tantos canyons escavados pelo rio Colorado. É exatamente aqui que passa a primeira ponte sobre o rio, para quem vem do Grand Canyon. Com cerca de 100 metros de altura e quase duzentos de comprimento, nós a atravessamos primeiramente a pé, para poder fotografar e admirar a beleza. Ali embaixo passou a expedição do Major Powell, em 1869, em seu caminho rumo ao Grand Canyon, muitas dezenas de quilômetros rio abaixo. Eles já devem ter ficado bem impressionados por aqui, imagina quando chegaram ao Big Canyon. Pois é, esse era o nome do Grand Canyon até então. O nome com que o conhecemos hoje vem exatamente da expedição de Powell.
As magníficas vastidões entre a fronteira de Arizona e Utah, na Kaibab National Forest, nos Estados Unidos
Em pleno território Navajo, agora já ao norte do rio Colorado, continuamos a cruzar o deserto e suas paisagens fantásticas. Ainda no Arizona, mas cada vez mais perto de Utah, chegamos à Kaibab National Forest. Agora, ao vermelho e amarelo do deserto, se juntavam também o verde das floresta e o branco da neve nas partes mais altas. Outra vez, paisagens de perder o fôlego. Daqui sai a estrada para o North Rim do Grand Canyon. Agora no inverno, fechada a cadeado.
As magníficas vastidões entre a fronteira de Arizona e Utah, na Kaibab National Forest, nos Estados Unidos
Finalmente, chegávamos à Utah, estado com diversos parques nacionais e que vínhamos “guardando” para essa parte final da nossa viagem pelos Estados Unidos, para fechar com chave de ouro nossa passagem pelo Tio Sam. E o primeiro destino no estado, de uma longa fila, era o Zion National Park.
Chegando a Utah, nos Estados Unidos
Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Os Estados Unidos tem tantos parques famosos internacionalmente, como o Yosemite, Yellowstone e Grand Canyon, que muitos outros ficam “escondidos” atrás dessa fama. Muitos desses parques de “2ª linha”, na verdade, são de primeiríssima linha, paisagens cinematográficas, verdadeiros tesouros naturais que são tão magníficos como os parques mais famosos. Aqui em Utah estão alguns desses parques e o Zion certamente é um deles.
A paisagem grandiosa de Utah, chegando à área do Zion National Park, nos Estados Unidos
Para quem chega ao parque pela estrada principal, vindos do leste como foi o nosso caso, a primeira coisa com que nos deparamos são gigantescas dunas há muito petrificadas. Hoje, são como enormes montanhas amareladas, cortadas por fraturas horizontas e verticais, fazendo com que tenham uma aparência toda ondulada. Em pleno inverno que estamos, e nessa altitude, muita neve cai sobre o parque, especialmente na parte alta de Zion, onde estão as antigas dunas. O resultado é que o amarelo de mancha de branco, fazendo o cenário ficar ainda mais especial. Mas nas encostas que ficam mais tempo voltadas para o sol, aí a neve logo some e é mesmo o amarelo a cor dominante.
A neve cobre a parte alta do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Encostas voltadas para o sol ainda estão sem neve no Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Mas não são as dunas que dão nome ao parque, mas algo ainda mais espetacular: o Zion Canyon. A estrada, após passar pelas dunas petrificadas, chega a esse fantástico vale e desce até o fundo, a parte baixa do Zion, onde está a maioria da infraestrutura do parque. Para chegar até lá, passamos primeiro por um enorme túnel escavado na rocha, uma impressionante obra da engenharia. O túnel tem algumas grandes janelas, de onde podemos observar, de relance, as enormes montanhas de maciços e cercam o canyon. A única tristeza é não poder parar por ali, mas não há acostamento. O jeito é dar uma freadinha e ver mesmo rapidamente. Ou então, passar várias vezes na estrada e no túnel, que foi o que fizemos nesses dias.
A vista de uma das "janelas" do enorme túnel da principal estrada do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
As montanhas e paredões do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Lá embaixo, uma estrada cênica nos leva através do canyon, ao longo do pequeno rio que esculpiu essa maravilha através dos milênios. Várias trilhas saem de estacionamentos ao longo dessa estrada, seja para subir em ziguezague as enormes paredes de pedras, seja para chegar em cachoeiras em pequenos canyons laterais. Como em todos os parques desse país, são centenas de quilômetros de caminhos, alguns pavimentados, outros bem rústicos, que te levam aos mais isolados rincões do parque, longe de qualquer outro turista.
Caminhada pelo canyon no fundo do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Cachoeira completamente congelada no Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Acontece que, com todo esse frio que está fazendo por aqui, boa parte das trilhas está fechada, pois literalmente congelaram. Asfalto ou cimento congelado ao lado de grandes precipícios é um convite à acidentes. Então, até segunda ordem, várias das trilhas mais “acessíveis”, por estarem temporariamente “inacessíveis”, estavam fechadas.
O gelo tomou conta das trilhas no Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Muitas trilhas fechadas por causa do gelo no Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Ontem, já no final da tarde, fizemos um curto caminho até uma cachoeira completamente congelada e, depois, fomos até o final da estrada cênica, bem no fundo da canyon. Daí em diante, de tão estreito que fica, apenas uma trilha segue em frente, Pudemos seguir por ela quase dois quilômetros, mas também ela estava fechada. Aqui, o problema não era o cimento congelado, mas a quantidade de gelo nas paredes do canyon e que, a qualquer momento, podem desabar sobre um andarilho mais incauto. Tivemos que nos satisfazer apenas com as fotos que mostram paredes de quase 100 metros de altura, praticamente coladas uma na outra, com uma estreita fenda no meio, por onde passam o rio e a trilha.
Chegando à cachoeira semi-congelada no Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Ponte cruza o rio que froma o canyon do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Dormimos na pequena Springdale, na saída da parte baixa do parque e hoje, voltamos ao Zion para novas explorações. O que mais impressiona são mesmo as grandes paredes de pedra ao redor do canyon mas, mais uma vez as trilhas estavam fechadas. Caminhamos aqui e ali, tiramos fotos e enfrentamos o frio congelante. Quando o céu ameaçou abrir, aceleramos para a parte alta do parque, através daquele túnel novamente, para tentar fazer algo por lá. Mas fomos recebidos pela neve que caía do céu e nem animamos a sair da Fiona quentinha. Quando muito, nos divertimos com a própria neve que caía, o que para brasileiros, é sempre uma festa! Aproveitamos também, claro, a passagem pelo túnel e suas janelas.
Dia frio e nublado no magnífico Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
O rio que formou o canyon principal do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Voltamos a Springdale e, numa espécie de presente de Natal antecipado, bem no finalzinho da tarde, algumas nuvens se abriram e deixaram passar os últimos raios de sol. O vale já estava na sombra, mas a luz do sol iluminou as montanhas mais altas, aquela luz mágica que deixa tudo meio amarelado. Foi incrível. Alguns poucos minutos e o tempo de tirar umas fotos, mas que já valeram o dia.
No final da tarde, o sol ilumina as montanhas mais altas do Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Por falar em dia, hoje é véspera de Natal. Longe de amigos e familiares, não queríamos deixar a data passar em branco. Na única loja da cidade que vendia vinhos (em Utah, álcool é super regulado!), compramos o nosso que, junto com queijos, pães e outras iguarias, compôs a nossa ceia natalina. São nesses momentos que a saudade bate mais forte, mas o vinho e a companhia um do outro servem um pouco para amenizar a falta da família e amigos. Amanhã, Papai Noel há de nos enviar um dia com muito sol e alegria.
Nosso delicioso jantar que queijos e vinhos celebrando a véspera de Natal, no Zion National Park, em Utah, nos Estados Unidos
Pausa para fotos na viagem de Baños à Cuenca - Equador (olha só a felicidade da aniversariante!)
É nas datas importantes que percebemos que o tempo está passando. E hoje foi uma delas, talvez a mais importante do ano. A minha querida e jovem esposa está fazendo 30 anos de idade.
Celebração dos 30 anos da Ana no excelente restaurante Tiesto, em Cuenca - Equador
É seu segundo aniversário na estrada, nesses nossos 1000dias de andanças pelas américas. Há exatos doze meses celebrávamos seus 29 anos na cidade maravilhosa, nossa querida Rio de Janeiro. Hoje foi e vez de celebramos em Cuenca, uma das mais belas cidades equatorianas.
Celebração dos 30 anos da Ana no excelente restaurante Tiesto, em Cuenca - Equador
Tivemos a agradável companhia do Rafa e da Laura, nossos padrinhos de casamento e que vieram passar conosco 3 semanas aqui no Equador. A convivência tem sido ótima e a presença deles nessa data tão especial fez a celebração ter mais cara de festa, de aniversário.
Com o simpático chef do restaurante Tiesto, no aniversário da Ana, em Cuenca, no Equador
A comemoração foi no maravilhoso restaurante Tiesto, um ponto de visita obrigatório para quem passa por Cuenca. Além da comida, outra atração é o Chef, um figuraça de muita personalidade que faz questão de frequentar todas as mesas de seus clientes.
Mar de nuvens cobre o vale na viagem para Cuenca, no Equador
A viagem de Baños à Cuenca foi longa e tranquila com um visual maravilhoso na segunda metade do percurso. Passamos por vales e montanhas, vulcões e pequenas cidades. No fim de tarde, as nuvens cobriram os vales abaixo de nós e o céu avermelhado fazia tudo ficar ainda mais belo.
Bela paisagem no fim de tarde na viagem para Cuenca, no Equador
Chegamos na cidade já no escuro e amanhã devemos ir a um parque nacional aqui do lado. A visita ao afamado centro histórico de Cuenca fica para depois de amanhã. Mas, mesmo ainda sem conhecer a cidade, ela já está para sempre marcada em nossas memórias. Afinal, não é todo dia que se faz 30 anos. Long live my beautiful wife! Já brincamos de tentar adivinhar aonde estaremos daqui a um ano, na comemoração dos 31 anos. Tomara que passe bem devagar!
Celebração dos 30 anos da Ana no excelente restaurante Tiesto, em Cuenca - Equador
Show do The Hall Effect no hotel Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Quando chegamos ao local do show, ele já havia começado. Umas 2-3 mil pessoas perambulavam pelos gramados do hotel, em frente ao palco onde se revezavam bandas mais e menos famosas. Ali do lado, numa enorme piscina, perambulavam poucas centenas que tinham pago um valor maior no ingresso. A gente, com nossa super pulseira VIP, circulava livremente por ali, assim como por trás do palco e por dentro do hotel, onde a organização nos providenciou um quarto para um rápido banho.
Com o Andres e a Viviana antes do show do The Hall Effect, em Girardot, na Colombia
A Viviana, namorada do bateirista Andres, nos ciceroneava pelo show, assim como os outros acompanhantes e equipe de apoio da banda. Há muito tempo não éramos tão bem tratados!. Aproveitamos o restante da luz do dia para tirar algumas fotos do local e fomos nos preparar para a parte noturna do show.
Preparativos para o concerto Rock in Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Foi justo aí, início da noite, que o The Hall Effect tocou. Um verdadeiro show! Músicas muito boas, excelente qualidade técnica. Não é à tôa que vem fazendo tanto sucesso no país. A platéia foi ao delírio. E, depois do show, foi interessante ver a tietagem encima dos integrantes da banda, o Andres (bateirista), o Douglas (baixista), o Charry (guitarrista) e o Oscar (vocalista). Muitas pessoas querendo fotos e autógrafos.
Esperando pelo show do The Hall Effect, em Girardot, na Colômbia
Depois do show deles, ficamos entre a piscina e o gramado, comendo, bebendo e curtindo as outras bandas como a colombiana Bomba Estereo e a venezuelana Amigos Invisibles. Tudo muito jóia. Outro ponto alto foi a participação de alguns integrantes do famoso Orixas, cubanos radicados nos EUA. Muito bons!
Junto com a banda The Hall Effect, no hotel Paraiso, em Girardot, na Colômbia
A impressão que ficamos é que se pudéssemos levar todas essas bandas para o Brasil, seria o maior sucesso. Mas aqui, conversando com nossos novos amigos músicos, confirmamos que o intercâmbio cultural entre nosso país e o resto da América Latina é praticamente nulo. São dois mundos distintos, o Brasil e o os outros países da América Latina. Por aqui não chegam músicas daí, por aí não chegam músicas daqui. Uma pena! Tirando o lixo cultural que, infelizmente, transita por todos os lugares, todos sairíamos ganhando. Quem sabe no futuro... A Ana já está fazendo mil planos para promover ese intercâmbio, hehehe. Quer criar um eixo cultural Curitiba-Bogotá. Quem sabe?
Com o Andres, a Viviana, o Sharry e a Mari depois do show do The Hall Effect, em Girardot, na Colombia
Bom, eram quase três da manhã quando fomos dormir no nosso quarto, a Fiona! O pessoal da banda já voltou nessa mesma hora para Bogotá. Afinal, o motorista reserva tinha dormido e estava pronto para trabalhar. No caso da Fiona, os dois motoristas não dormiam há 24 horas! Melhor dormir um pouco, né? Conosco ficaram o Douglas e sua esposa Clara, que trabalhou na organização do show. Amanhã cedinho, vamos todos juntos para a casa deles, onde insistiram muito que ficássemos.
Show do The Hall Effect no hotel Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Descobrindo uma pequena e maravilhosa baía em Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Hoje não tínhamos muito tempo a perder por aqui, em Providencia. Afinal, às duas da tarde deveríamos estar no porto para embarcar de volta à San Andrés. Então, tratamos de acordar cedo e, pouco tempo depois, já estávamos correndo para Santa Isabel, a capital da ilha. Pouco mais de dois quilômetros sob sol ardente e chegamos à ponte que liga Providencia à terceira maior ilha colombiana no Caribe, Santa Catalina.
Acompanhando as cores do nascer-do-sol da janela do nosso quarto em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe
Essa ilha está bem em frente à Santa Isabel e uma charmosa ponte para pedestres com menos de duzentos metros faz a ligação com Providencia. Já tínhamos estado aqui na primeira noite e nos impressionado com a quantidade de pequenas arraias-chita que gostam de nadar sob a ponte. Agora, vínhamos conferir a mesma vista com a ajuda da luz do dia.
Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia
Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia
Nesse horário, as arraias-chita têm a concorrência de crianças, seja pescando, seja participando de uma aula de natação. Acho que, até por isso, nem eram tantas. Mas estava lá sim, marcando território. De cima da ponte, água completamente transparente sob nós, é como se fosse um gigantesco aquário.
Garotos pescam sob a ponte que liga Providencia à Santa Catalina, na Colômbia
Pequenas arraias-chita nadam sob a ponte que liga Providencia à Santa Catalina, na Colômbia
Ao contrário de duas noites atrás, hoje seguimos adiante, até a ilha de Santa Catalina, um dos redutos prediletos de um dos mais famosos piratas da história, Henry Morgan. Durante duas décadas na segunda metade do séc. XVII, esse inglês foi o maior pesadelo dos barcos e cidades espanholas ao longo de todo o Caribe. De Cuba à Colômbia, ninguém estava a salvo. Foi ele que botou fogo na Cidade do Panamá, então a mais rica cidade espanhola do Novo Mundo. Esteve em Providencia e Santa Catalina várias vezes e até fundou por aqui uma “república livre dos piratas”, à qual os espanhóis trataram de destruir o quanto antes. Morgan foi condecorado várias vezes na Inglaterra, ao mesmo tempo em que era condenado à morte pelos espanhóis, que nunca conseguiram capturá-lo. Ele acabou morrendo por excesso de bebida, na Jamaica, e seus feitos nunca foram esquecidos aqui nesse pedaço de caribe colombiano, que sempre foi habitado por colonizadores ingleses, compatriotas do renomado pirata
Chegando à ilha de Santa Catalina, na Colômbia
Hoje, há várias homenagens na ilha a este famoso pirata, todas acessíveis através do único caminho que há em Santa Catalina, uma calçada que margeia sua costa sul. Para quem chega pela ponte e segue para a direita, a calçada termina no “canhão de Morgan”, uma das peças de artilharia usadas pelo antigo pirata. Além do próprio canhão e dos caranguejos que se vê no mangue atravessado pela calçada, esse lado do caminho não tem muita graça, não.
Caranguejo no manque da ilha de Santa Catalina, na Colômbia
Melhor mesmo é seguir para o lado esquerdo. Aí, a calçada é mais longa e oferece vistas muito mais belas. Sempre ao lado do mar, é um convite a um cooper, se o calor do dia permitir. A calçada termina em uma escadaria que dá acesso a um antigo forte, agora com diversos canhões silenciosos apontados para um mar sem inimigos. De lá, cem degraus acima do nível do mar, tem-se vistas ainda mais belas das paisagens caribenhas que nos cercam.
Aproveitando uma sombra na orla da ilha de Santa Catalina, na Colômbia
Correndo na orla de Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Mas o melhor ainda está por vir. Do lado de lá, a escadaria desce para uma praia bem aprazível, ainda mais longe da civilização do que todas as praias de Providencia. E dessa praia parte uma trilha de um tesouro secreto que teria sido escondido pelo famoso pirata, tema tão recorrente em desenhos animados, livros e filmes de Sessão da Tarde.
Antigos canhões usados na defesa de Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Antigo canhão que defendia Isla Santa Catalina do ataque de piratas, no caribe colombiano
Um pouco antes de iniciarmos a trilha, um barco aparece atrás da encosta. Não é o Morgan, claro! É o grupo que está participando da FAM Trip que falei no post passado, ao qual a Ana havia se juntado ontem. Estavam dando a volta em toda a ilha de barco, como parte de sua viagem e, de longe, a Ingrid, uma mergulhadora venezuelana há muito radicada na Espanha, exclama: “Ana! Você é onipresente!”.
Visita à Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
A Ana fez, feliz, a sua social e seguimos adiante, na trilha do pirata. Passamos por outra pequena praia e dez minutos de caminho entre a mata e o mar nos levaram a uma enorme rocha no mar em forma de cabeça humana, a “Cabeça de Morgan”. O tesouro, jamais descoberto, estaria nas imediações. Bom, não demorou mais de um minuto para descobrirmos. Não um baú cheio de moedas e joias antigas, mas um verdadeiro tesouro natural, muito mais valioso: uma incrível baía de águas cristalinas, cor esmeralda, cercada de coqueiros que se debruçam sobre o mar. Uma verdadeira pintura!
Descobrindo uma pequena e maravilhosa baía em Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Tenho certeza que o tal Morgan se refrescava por ali, ao lado da sua “cabeça”. E se ele o fazia, nós também! Meia hora de mergulhos, natação ou simplesmente ficar boiando de barriga para cima, no mais lindo dos lugares. Foi quando desistimos de voltar rapidamente para Cayo Cangrejo, para nadarmos até a ilha de lá. Nada poderia ser melhor do que o local onde já estávamos nadando. Nos primeiros minutos estávamos completamente a sós, nós e a cabeça vigilante. Depois, chegou um simpático casal de argentinos, agora moradores da Colômbia, muito felizes também por terem descoberto o “tesouro de Morgan”.
Refrescando-se no mar paradisíaco da Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Hora de voltar, fizemos todo o caminho de volta até Santa Isabel. Aí, a Ana descolou uma carona para Cayo Cangrejo com duas outras amigas que havia feito anteriormente perto do nosso hotel. Eu segui correndo, um último esforço para me estimular a um último mergulho, agora no mar em frente à pousada, com vista para o Cayo Cangrejo. Mas não teria tempo de nadar até lá, de modo que suas famosas águas azuis, só conhecemos de longe, mesmo.
Cayo Cangrejo e o incrível mar que a cerca, em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Os últimos minutos na ilha foram de costumeira correria, por causa do horário do barco. Conseguimos mais uma carona para nos levar até o ancoradouro, mas lá chegando, demos por falta de um de nossos inúmeros volumes. Descolei uma outra carona salvadora de volta à pousada onde, ainda na estrada, o tal volume esquecido nos esperava ansiosamente. A mesma carona me levou de volta até a metade do caminho e o último quilômetro foi correndo mesmo. No final, deu tudo certo e não perdemos o barco, com direito a despedida à bordo do nosso amigo e anfitrião Betito. Melhor ainda, a viagem de volta foi infinitamente mais tranquila que a vinda, agora navegando à favor das ondas. No final da tarde, estávamos em San Andrés e, no início da noite, devidamente instalados no mesmo pequeno hotel de três dias atrás. Temos amanhã o dia inteiro para termos um gostinho daqui. No dia seguinte, bem cedinho, voo para Cartagena. Enfim, mais de 18 meses depois, já era tempo de voltarmos à nossa querida América do Sul!
Despedida do nosso querido anfitrião em Providencia, já no barco que nos levaria de volta à San Andrés, na Colômbia
Estamos na belíssima El Bolsón, na Argentina
Chegamos à El Bolsón já no meio da tarde, devido a partida tardia de Bariloche. Não importa, o dia vai longe por aqui e ainda tínhamos muitas horas de luz. Pelo que havíamos lido da cidade, a simpatia já era imediata e nossa ideia era passar um bom tempo em El Bolsón. Então, a primeira tarefa foi encontrar uma boa pousada. Não demorou e encontramos uma, a casa toda cercada de flores, quarto aconchegante e a promessa de um café da manhã delicioso e sadio. Tudo o que queríamos! Uma conversa com o proprietário sobre os programas ao redor da cidade e o tempo necessário para fazer cada um deles nos ajudou a fazer nossa programação. Deixamos o longo trekking à imponente montanha Piltriquitrón para a manhã seguinte e hoje saímos de carro em direção à zona campestre de El Bolsón.
Plaza Pagano, no centro de El Bolsón, na Argentina
O colossal Cerro Piltriquitrón visto do centro de El Bolsón, na Argentina
Essa cidade com cerca de 20 mil habitantes é uma espécie de antítese de Bariloche. Enquanto aquela se caracteriza por um excessivo comercialismo, El Bolsón prima por um modo de vida sustentável, ligado à natureza e à vida em comunidade. Desde a década de 70 que essa região atrai aqueles que buscam uma vida mais tranquila e sadia, longe da correria dos grandes centros urbanos. Hippies e naturalistas ajudaram a desenvolver a agricultura orgânica e comunitária por aqui, a cidade se auto declarou “zona livre de energia nuclear”, parques e reservas foram criadas ao redor do centro para preservar a natureza. Uma parte considerável da população vive na zona rural e o centro da cidade não tem prédios ou shopping centers. As ruas são largas e arborizadas e uma grande praça, na verdade um pequeno parque, atrai jovens e idosos todos os finais de tarde justo no centro da cidade.
Monumento na PLaza Pagano, em El Bolsón, na Argentina
Na Plaza Pagano, o mapa turístico de El Bolsón, na Argentina
El Bolsón fica em um vale profundo escavado por uma enorme geleira na última era glacial. Embora esteja tão longe do oceano, sua altitude é de apenas 300 metros, em marcante contraste com as montanhas que a cercam. De um lado, as montanhas pré-andinas quase sempre com os cumes nevados. Do outro, o maciço rochoso conhecido como Piltriquitrón que, com seus quase 2.300 metros de altitude, domina a paisagem e atrai nossos olhares como um poderoso ímã quando passeamos na Plaza Pagano, aquele parque central a que me referi há pouco. Amanhã, se der tudo certo, vamos vê-lo mais de “perto”.
Admirando a Cascata Escondida, perto de El Bolsón, na Argentina
Turistas visitam a Cascata Escondida, perto de El Bolsón, na Argentina
A Cascata Escondida, a poucos quilômetros de El Bolsón, na Argentina
Mas hoje nosso programa era outro, bem mais light. Armados com um mapa da região que conseguimos no centro de informações turísticas, nós nos embrenhamos nas estradas de rípio que levam às diversas comunidades rurais e bairros afastados de El Bolsón. Buscávamos por duas belas cachoeiras que fazem parte do diversificado patrimônio natural da cidade: a cascata Escondida e a cascata Mallín Ahogado.
No meio do bosque, onde chega a luz do sol, um verdadeiro jardim de flores! (região de El Bolsón, na Argentina)
No meio do bosque, onde chega a luz do sol, um verdadeiro jardim de flores! (região de El Bolsón, na Argentina)
Ambas ficam na direção norte, onde está também está uma extensa rede de refúgios espalhados pelas montanhas pré-andinas, bases para formidáveis trekkings pela região. Nós acabamos optando pelo Piltriquitrón, amanhã, e hoje só tínhamos tempo para caminhadas curtas. Mas dirigir por essa área e observar essas montanhas de longe só nos fez aumentar a vontade de, um dia, retornar para fazer esses caminhos com calma.
Trilha que leva à base da Cascata Mallin Ahogado, região de El Bolsón, na Argentina
Chegando à Cascata Mallin Ahogado, região de El Bolsón, na Argentina
A Cascata Escondida, desde que se tenha o mapa e as orientações, não está tão escondida assim. No fundo de um vale estreito que atingimos com 10 minutos de caminhada, a esta hora que chegamos lá já não havia mais sol. Difícil então encarar a temperatura da água. Mas cruzamos um grupo que havia chegado antes de nós e havia tomado um belo banho. Para nós, serviu para refrescar nossas mentes e respirar o ar puro daquele bosque. Depois da viagem rápida à Ilha do Mel, começamos a entrar no nosso ritmo novamente!
Cascata Mallin Ahogado, região de El Bolsón, na Argentina
Água gelada, só molhamos os pés na Cascata Mallin Ahogado, região de El Bolsón, na Argentina
De volta à Fiona, seguimos para a próxima cascata, alguns quilômetros rio acima. Ao contrário da outra, que ficava dentro de um parque municipal, a Mallín Ahogado fica em uma propriedade particular. Pagamos uma módica taxa, deixamos a Fiona estacionada e vamos caminhar por uma trilha cercada de flores. Basa estarmos um pouco aqui na patagônia para nos lembrar que estamos na primavera. A quantidade de flores não nos deixa esquecer!
Admirando a Cascata Mallin Ahogado, região de El Bolsón, na Argentina
Em meio à vegetação, a Cascata Mallin Ahogado, região de El Bolsón, na Argentina
Numa área mais ampla e sem as encostas de um vale por perto, o sol ainda batia nas águas da cascata e aqui, ao menos, molhamos nossos pés e mãos. Essa cascata é mais bela que a Escondida, forma uma pequena piscina e faltou só um pouco de coragem para um mergulho. Mas os minutos de contemplação já fizeram valer o passeio. Mas resolvemos retornar à cidade pois ainda queríamos ver o final de tarde na Plaza Pagano.
No fim de tarde, muito movimento na PLaza Pagano, parque central de El Bolsón, na Argentina
Piquenique em família na PLaza Pagano, em El Bolsón, na Argentina
Exatamente como haviam nos dito, a praça estava mesmo cheia, famílias levando seus cães para passear, músicos se apresentando, casais fazendo um piquenique e o majestoso Piltriquitrón nos observando a todos. Foi uma delícia de fim de tarde, bem preguiçoso, aliás, todos inspirados pelo sol que demora um tempão para se abaixar atrás do horizonte. De alma elevada e espírito sossegado, só faltava finalizar nossa jornada com um belo jantar. E assim foi, uma deliciosa sopa de abóbora acompanhada de pão e bom vinho. Complementado por uma noite muito bem dormida no nosso quartinho aconchegante, dificilmente o Piltriquitrón nos escapa amanhã...
A bela vista que se tem de PLaza Pagano, no centro de El Bolsón, na Argentina
Vida dura na Secret Beach, praia próxima à Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Depois dos maravilhosos e rústicos dias em Kalalau, tudo o que precisávamos era um lugar com conforto onde pudéssemos ficar bem tranquilos. Esse lugar existe, bem ali do lado: Hanalei Bay, o destino mais procurado que quem viaja ao Kauai.
Café da manhã em nosso apartamento em Princeville, perto de Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Até por isso, é bom reservar um lugar com antecedência e preparar-se para preços mais salgados. Ou então, procurar destinos próximos ou alternativos. Foi o que fizemos. Como estava difícil achar um hotel sem preços extorsivos em Hanalei, encontramos um lugar na cidade vizinha de Princeville. E nem foi um hotel, mas um apartamento dentro de um condomínio. Assim, além dos quartos, tínhamos também sala, varanda e cozinha. Um super negócio, bem mais barato que o hotel, com cara de “nossa casa” e a apenas 20 minutos das belas e cobiçadas praias de Hanalei. Justiça seja feita, essa verdadeira bocada foi dica da Ane, a irmã do Sidney com quem estivemos em San Francisco e que também está aqui no Kauai. Como o irmão, ela já havia estado aqui antes e foi uma excelente fonte de informações para nós!
Companhia de passarinhos no nosso café da manhã, no apartamento em Princeville, ao lado de Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Nós tínhamos alugado e pago o apartamento por três noites. Mas, na primeira delas, ainda estávamos no Kalalau, naquele dia extra que resolvemos, de sopetão, passar por lá. Mesmo assim, pagando essa noite extra, ainda ficou em conta. Anteontem no final da tarde, passamos lá na casa dos amigos em Hanalei (eles também ficaram em casa alugada e não em hotel!), pegamos nossas coisas e viemos para cá.
Reencontro com o Sidney, em Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
No dia seguinte, ontem, fomos cedo a um supermercado para nos abastecer. Assim, o café da manhã já foi super sadio, frutas frescas com iogurte e granola e pão quentinho com manteiga, queijo e geleia. Hmmmm! Mesa armada na varanda do apartamento com direito até à companhia de passarinhos coloridos.
Tranquilidade total em Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Depois do café, foi hora de começarmos a explorar as praias da região. Fomos diretamente à Hanalei, onde nos encontramos com o Sidney, a Ane e os amigos. Ali, algumas horas na praia sem fazer nada. Quer dizer, uma caminhada básica, um mergulho rápido e até uma tentativa de surf do Rafa. Aquelas atividades que todos os mortais fazem em praias, nível de stress zero.
Anini Beach, perto de Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Mais tarde, mais uma valiosa indicação dos queridíssimos Sidney e Ane, fomos à Anini Beach. Aí, então, estava ainda mais calmo que na praia da manhã, mar mais tranquilo, sol se pondo, maré baixa fazendo bancos de areia e uma grande piscina natural para fazer snorkel. É claro que minha amada não perderia essa oportunidade e lá foi ela passar uns bons quarenta minutos embaixo d’água em companhia do Sidney, com direito a moreias e peixes coloridos.
O Sidney feliz, depois de fazer snorkel em Anini Beach, perto de Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Depois da trilha do Kalalau, cervejinha para relaxar, na casa do Sidney em Hanalei Bay, costa norte do Kauai, no Havaí
Finalmente, de noite, grande reunião na casa do Sidney para tomarmos cerveja e devoramos pizzas. Era nossa festiva despedida do Kauai, a Green Island, talvez a ilha mais especial do arquipélago (a concorrência com a Big Island é duríssima!).
Trilha para a Secret Beach. próxima à Hanaley Bay, na costa norte de Kauai, no Havaí
Outra noite muito bem dormida no nosso ap e mais um café da manhã super saldável. Aí, de mala e cuia (no porta-malas do carro e não nas costas!), desocupamos nossa casa havaiana e fomos em busca da Secret Beach, indicação de um amigo lá da Little Beach de Maui. Trilhinha básica de 800 metros (o que são 800 metros perto de 11 milhas?) e chegamos à essa bela praia, totalmente deserta. Um farol no morro ao fundo, algumas casas de milionários perto da areia e mais nenhum sinal de civilização.
Secret Beach, perto de um dos muitos faróis na costa norte de Kauai, no Havaí
Passamos aí uma hora gostosa, a despedida derradeira do Kauai. Só não foi mais porque tínhamos um avião para pegar, lá do outro lado da ilha. O trânsito estava até melhor que o imaginado e chegamos com tempo no aeroporto. Mas não demorou muito e já olhávamos a inesquecível Kauai pelo espelho retrovisor (figura de linguagem, claro! Onde já se viu avião com retrovisor?). Agora, sobrevoávamos Oahu, a ilha mais urbanizada do arquipélago, aonde está a capital do Havaí, a grande Honolulu. Nossa última escala nessa temporada que já começa a nos deixar saudades, antes mesmo de acabar...
Chegando à ilha de Oahu, onde está Honolulu, no Havaí
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