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Eliana Prado (28/04)
Gente é tudo que quero é morar em uma fazenda antiga,em um velho casar...
Eliana Prado (28/04)
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Eliana Prado (28/04)
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Eliana Prado (28/04)
Gente é tudo que quero é morar em uma fazenda antiga,em um velho casar...
Descobrindo uma pequena e maravilhosa baía em Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Hoje não tínhamos muito tempo a perder por aqui, em Providencia. Afinal, às duas da tarde deveríamos estar no porto para embarcar de volta à San Andrés. Então, tratamos de acordar cedo e, pouco tempo depois, já estávamos correndo para Santa Isabel, a capital da ilha. Pouco mais de dois quilômetros sob sol ardente e chegamos à ponte que liga Providencia à terceira maior ilha colombiana no Caribe, Santa Catalina.
Acompanhando as cores do nascer-do-sol da janela do nosso quarto em Providencia, ilha colombiana no mar do Caribe
Essa ilha está bem em frente à Santa Isabel e uma charmosa ponte para pedestres com menos de duzentos metros faz a ligação com Providencia. Já tínhamos estado aqui na primeira noite e nos impressionado com a quantidade de pequenas arraias-chita que gostam de nadar sob a ponte. Agora, vínhamos conferir a mesma vista com a ajuda da luz do dia.
Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia
Ponte que liga as ilhas de Providencia e Santa Catalina, na Colômbia
Nesse horário, as arraias-chita têm a concorrência de crianças, seja pescando, seja participando de uma aula de natação. Acho que, até por isso, nem eram tantas. Mas estava lá sim, marcando território. De cima da ponte, água completamente transparente sob nós, é como se fosse um gigantesco aquário.
Garotos pescam sob a ponte que liga Providencia à Santa Catalina, na Colômbia
Pequenas arraias-chita nadam sob a ponte que liga Providencia à Santa Catalina, na Colômbia
Ao contrário de duas noites atrás, hoje seguimos adiante, até a ilha de Santa Catalina, um dos redutos prediletos de um dos mais famosos piratas da história, Henry Morgan. Durante duas décadas na segunda metade do séc. XVII, esse inglês foi o maior pesadelo dos barcos e cidades espanholas ao longo de todo o Caribe. De Cuba à Colômbia, ninguém estava a salvo. Foi ele que botou fogo na Cidade do Panamá, então a mais rica cidade espanhola do Novo Mundo. Esteve em Providencia e Santa Catalina várias vezes e até fundou por aqui uma “república livre dos piratas”, à qual os espanhóis trataram de destruir o quanto antes. Morgan foi condecorado várias vezes na Inglaterra, ao mesmo tempo em que era condenado à morte pelos espanhóis, que nunca conseguiram capturá-lo. Ele acabou morrendo por excesso de bebida, na Jamaica, e seus feitos nunca foram esquecidos aqui nesse pedaço de caribe colombiano, que sempre foi habitado por colonizadores ingleses, compatriotas do renomado pirata
Chegando à ilha de Santa Catalina, na Colômbia
Hoje, há várias homenagens na ilha a este famoso pirata, todas acessíveis através do único caminho que há em Santa Catalina, uma calçada que margeia sua costa sul. Para quem chega pela ponte e segue para a direita, a calçada termina no “canhão de Morgan”, uma das peças de artilharia usadas pelo antigo pirata. Além do próprio canhão e dos caranguejos que se vê no mangue atravessado pela calçada, esse lado do caminho não tem muita graça, não.
Caranguejo no manque da ilha de Santa Catalina, na Colômbia
Melhor mesmo é seguir para o lado esquerdo. Aí, a calçada é mais longa e oferece vistas muito mais belas. Sempre ao lado do mar, é um convite a um cooper, se o calor do dia permitir. A calçada termina em uma escadaria que dá acesso a um antigo forte, agora com diversos canhões silenciosos apontados para um mar sem inimigos. De lá, cem degraus acima do nível do mar, tem-se vistas ainda mais belas das paisagens caribenhas que nos cercam.
Aproveitando uma sombra na orla da ilha de Santa Catalina, na Colômbia
Correndo na orla de Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Mas o melhor ainda está por vir. Do lado de lá, a escadaria desce para uma praia bem aprazível, ainda mais longe da civilização do que todas as praias de Providencia. E dessa praia parte uma trilha de um tesouro secreto que teria sido escondido pelo famoso pirata, tema tão recorrente em desenhos animados, livros e filmes de Sessão da Tarde.
Antigos canhões usados na defesa de Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Antigo canhão que defendia Isla Santa Catalina do ataque de piratas, no caribe colombiano
Um pouco antes de iniciarmos a trilha, um barco aparece atrás da encosta. Não é o Morgan, claro! É o grupo que está participando da FAM Trip que falei no post passado, ao qual a Ana havia se juntado ontem. Estavam dando a volta em toda a ilha de barco, como parte de sua viagem e, de longe, a Ingrid, uma mergulhadora venezuelana há muito radicada na Espanha, exclama: “Ana! Você é onipresente!”.
Visita à Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
A Ana fez, feliz, a sua social e seguimos adiante, na trilha do pirata. Passamos por outra pequena praia e dez minutos de caminho entre a mata e o mar nos levaram a uma enorme rocha no mar em forma de cabeça humana, a “Cabeça de Morgan”. O tesouro, jamais descoberto, estaria nas imediações. Bom, não demorou mais de um minuto para descobrirmos. Não um baú cheio de moedas e joias antigas, mas um verdadeiro tesouro natural, muito mais valioso: uma incrível baía de águas cristalinas, cor esmeralda, cercada de coqueiros que se debruçam sobre o mar. Uma verdadeira pintura!
Descobrindo uma pequena e maravilhosa baía em Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Tenho certeza que o tal Morgan se refrescava por ali, ao lado da sua “cabeça”. E se ele o fazia, nós também! Meia hora de mergulhos, natação ou simplesmente ficar boiando de barriga para cima, no mais lindo dos lugares. Foi quando desistimos de voltar rapidamente para Cayo Cangrejo, para nadarmos até a ilha de lá. Nada poderia ser melhor do que o local onde já estávamos nadando. Nos primeiros minutos estávamos completamente a sós, nós e a cabeça vigilante. Depois, chegou um simpático casal de argentinos, agora moradores da Colômbia, muito felizes também por terem descoberto o “tesouro de Morgan”.
Refrescando-se no mar paradisíaco da Isla Santa Catalina, no caribe colombiano
Hora de voltar, fizemos todo o caminho de volta até Santa Isabel. Aí, a Ana descolou uma carona para Cayo Cangrejo com duas outras amigas que havia feito anteriormente perto do nosso hotel. Eu segui correndo, um último esforço para me estimular a um último mergulho, agora no mar em frente à pousada, com vista para o Cayo Cangrejo. Mas não teria tempo de nadar até lá, de modo que suas famosas águas azuis, só conhecemos de longe, mesmo.
Cayo Cangrejo e o incrível mar que a cerca, em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Os últimos minutos na ilha foram de costumeira correria, por causa do horário do barco. Conseguimos mais uma carona para nos levar até o ancoradouro, mas lá chegando, demos por falta de um de nossos inúmeros volumes. Descolei uma outra carona salvadora de volta à pousada onde, ainda na estrada, o tal volume esquecido nos esperava ansiosamente. A mesma carona me levou de volta até a metade do caminho e o último quilômetro foi correndo mesmo. No final, deu tudo certo e não perdemos o barco, com direito a despedida à bordo do nosso amigo e anfitrião Betito. Melhor ainda, a viagem de volta foi infinitamente mais tranquila que a vinda, agora navegando à favor das ondas. No final da tarde, estávamos em San Andrés e, no início da noite, devidamente instalados no mesmo pequeno hotel de três dias atrás. Temos amanhã o dia inteiro para termos um gostinho daqui. No dia seguinte, bem cedinho, voo para Cartagena. Enfim, mais de 18 meses depois, já era tempo de voltarmos à nossa querida América do Sul!
Despedida do nosso querido anfitrião em Providencia, já no barco que nos levaria de volta à San Andrés, na Colômbia
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