0
arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha
Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela
Fernando Cortiñas (18/03)
Espero que algún día realicen la segunda gira. Como me han ayudado con ...
Leandro Gallo (10/03)
Fantástica a atitude de vocês dois para desbravar esse planeta maravilh...
Ana Paula (19/02)
Boa noite! Irei me casar em abril e estamos buscando um lugar incrivel c...
Gilson (18/02)
conheci e muito esse bar cultural e exemplar. amava ir tomar aquela gelad...
Samuel Baker mororo aragão (02/02)
ESTOU ACOMPANHANDO UMA CANAL NO YOUTUBE *" DIÁRIO DE MOTOCHILEIRO" ELE ...
A magnífica floresta de árvores gigantes na Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
No dia em que Rodrigo nasceu o mundo ficou mais bonito, árvores cresceram mais fortes, as flores se abriram, os pássaros cantaram e a Família Briza Junqueira comemorava a chegada do seu quinto filho. Eu não estava nem nos planos, meus pais nem haviam se conhecido ainda, mas lá no fundo acho que os planos cósmicos já diziam a ele que um dia iríamos nos encontrar.
A magnífica floresta de árvores gigantes na Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
Hoje não poderia ser diferente, um dia chuvoso e frio em Tofino logo se transformou em um dia ensolarado no alto da cadeia de montanhas no nosso caminho para Victoria. A natureza voltou a se enfeitar, resplandecente e iluminada como há 43 anos. Não havia melhor lugar para comemorarmos o aniversário do Rodrigo do que entre seres tão antigos, sábios e grandiosos quanto uma floresta de árvores gigantes.
A magnífica floresta de árvores gigantes na Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
A maior e mais antiga das Douglas Fir, em Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
A Cathedral Grove é uma catedral natural que reúne alguns dos espécimes mais ancestrais do reino vegetal, como a rara Douglas Fir, assim batizada em homenagem ao botânico inglês que as descobriu e a estudou aqui na costa oeste do Canadá. As gigantes podem alcançar mais de 70 metros de altura e algumas delas possuem mais de 1300 anos! Seus troncos resistentes as protegem dos insetos, de incêndios e fungos, quase como suas primas maiores, as sequoias.
Placa comparativa da maior e mais antiga das Douglas Fir com a Torre de Pisa, na Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
Junto à maior e mais antiga das Douglas Fir, em Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
Provavelmente se o Rodrigo fosse uma árvore, ele seria uma destas majestosas e ancestrais, não por sua estatura (hehehe), mas por sua sabedoria, paciência, sua intensa relação com o tempo e a vida, sempre tentando ir mais alto para alcançar os raios solares e ter o melhor ponto de vista. Sorte a minha, que se fosse uma planta escolheria então ser uma epífita, para me agarrar nos seus galhos mais altos, para crescermos juntos na eternidade desta floresta úmida.
Trilha pela Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
Trilha pela Cathedral Grove, na estrada para Tofino, em Vancouver Island, na British Columbia, no Canadá
Puxa! Hoje estou inspirada! Rsrs! Esse dia é mesmo tão importante para mim, que fiquei até mais poética! Mas, nem só de poesia vive um ser humano. Despedimos-nos do sol, das árvores gigantes e descendo as montanhas a chuva voltou a cair. Dirigimos por mais 2 horas até Victoria, a capital da British Columbia e continuamos a nossa comemoração de uma forma muito mais mundana: com uma boa comida e um ótimo vinho!
Celebração do aniversário do Rodrigo em Victoria, capital da British Columbia, no Canadá
Fiz uma reserva no Camille’s, um restaurante no centro histórico de Victoria famoso por seu cardápio dinâmico e sua adega de vinhos curada por 4 diferentes someliers. O menu é alterado conforme a disponibilidade de produtos orgânicos, frescos, e produzidos localmente.
Maravilhoso jantar de aniversário do Rodrigo, em Victoria, capital da British Columbia, no Canadá
Provamos um corte de carne especialmente cozido em uma nova técnica que está em alta aqui na América do Norte, onde as carnes são assadas/cozidas dentro de uma embalagem a vácuo em alta temperatura e pressão, conservando todas as propriedades e sabores. O vinho canadense do Okanagan Valley foi uma boa surpresa e mais um sinal que deveremos prolongar a estadia no Canadá e fazer um pequeno detour para conhecer a região do vale dos vinhedos.
Um delicioso vinho local para celebrar o aniversário do Rodrigo em Victoria, capital da British Columbia, no Canadá
Terminamos a noite com uma boa música no pub irlandês, agora acompanhados de uma Guiness, a preferida do aniversariante. Eu ainda arrisquei um whisky da adega especial ainda mais completa que a de vinhos do Camille’s.
Pub irlandes em Victoria, capital da British Columbia, no Canadá
Pedi um Bowmore, smoked and full bodied, tentando imaginar se os meus amigos mais conhecedores de whisky conheceriam ao menos 1/3 desta super seleção. Tenho certeza que eles adorariam estar aqui comemorando os 43 anos do primo, amigo e irmão. Aonde será que estaremos comemorando os 44?
A Ana ficou decepcionada com o tamanho da dose de uísque em pub de Victoria, capital da British Columbia, no Canadá
Arte reciclável: um pneu virou flamingo
Tive que tirar uma foto para mostrar a vocês! O Flamingo é um pássaro símbolo de Turks and Caicos algum artista local desconhecido conseguiu transformar um pneu em um porta-vaso maravilhoso! Sensacional a criatividade do ser humano! Recicle, faça arte!
Arte nas ruas de Venice Beach, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Los Angeles, a cidade das estrelas de Hollywood, das patricinhas de Beverly Hills e das salva-vidas saradas é um misto de megalópole de clima praiano com ares de montanha. Como assim?
Praia de Santa Monica, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
A cidade é o 13º maior conglomerado urbano do mundo, espalhada desde as praias de Santa Monica até as montanhas do sinal de Hollywood, passando pelos suaves montes de Beverly e os sonhos de grandeza da Mulholland Drive. Portanto, para conhecer Los Angeles um carro é super bem vindo, se não quiser dirigir, um táxi também serve. Se não quer gastar, existem alguns poucos pontos de metrô e vários ônibus, só reserve tempo para curtir a cidade pela janela, as viagens podem levar mais de uma hora entre um canto e outro da cidade.
Comércio em Venice Beach, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Em um roteiro bem apertado você consegue explorar a cidade em 2 dias, correndo de um lado para outro. Nós, recém chegados de uma correria no Hawaii, ficamos 4 dias, com as manhãs bem preguiçosas no hotel e as tardes divididas nos 4 cantos mais interessantes da cidade.
vitrine decorada de bandeira na 3rd St. Promenade, a rua comercial de Santa Monica, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Como essa é a nossa vida (e não apenas uma viagem), ainda nos demos ao luxo de tirar um dia “off” e ter um domingo de gente normal, sabe? Dia chuvoso, perfeito para dormir até beeem tarde, ir ao shopping cortar os cabelos, assistir um cineminha e não fazer mais nada. Assistimos “Lincoln”, o foco do filme é a luta dele para abolir a escravatura em meio à Guerra Civil, ótima aula sobre os feitos e a vida de um dos maiores personagens da história americana.
Vamos ao tour!
Santa Monica e Venice Beach
Chegando à Venice Beach, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Foi o nosso primeiro dia de explorações, para fazer uma transição suave do Hawaii para a metrópole. O dia de sol estava convidativo para uma praia, mesmo que o Pacífico nunca seja mui amigo para incursões mais sérias.
Criando coragem para entrar na água fria da praia de Santa Monica, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
A dica é alugar uma bicicleta e sair rodando a ciclovia ao longo da praia, sentindo a brisa do Pacífico e deixando o ritmo praiano da cidade entrar pelos poros. Surfistas corajosos, jogadores de vôlei e frisbee, meninas praticando baseball se mesclam aos músicos, artistas de rua, artesãos e malucos que rumam ao Venice Boardwalk e a sua feirinha hippie à beira mar.
O movimentado calçadão de Venice Beach, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Um “Freak Show” nos deus as boas vindas em Venice, com direito a mulher barbada, um gigante e um anão, um cara com o corpo inteirinho tatuado e perfurado por piercings e mais meia dúzia de aberrações, todos felizes, pois iriam aparecer na televisão.
Show de horrores em Venice Beach, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Ao lado uma roda de percussão muito mais interessante e menos assistida dava um show à parte. Rodamos até o final da ciclovia, encontramos um restaurante simpático para o almoço e retornamos a tempo de devolver a bicicleta, as 16h30, quando o sol já baixava. O vento forte e frio nos levou ao Third Street Promenade, uma rua de pedestres lotada de lojas das mais famosas marcas americanas, um paraíso de compras.
Decoração natalina na 3rd St. Promenade, a movimentada rua comercial de Santa Monica, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
No caminho passamos pelo Santa Monica Pier, com seu tradicional carrossel, pequeno parque de diversões e bancas que marcam o final da Route 66.
O tradicional carrossel do pier de Santa Monica, em Los Angeles, na Califórnia - EUA
Hollywood
Caminhando na Calçada da Fama, rua de Hollywood, em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Bem, quem disse que depois do cineminha não fizemos nada? Mentira! Foi nesta noite que conhecemos a tão falada Calçada da Fama em Hollywood! Marcamos um encontro com os nossos amigos viajeros Kombianos, Mel e Kike que acabavam de receber mais uma ilustre visita na Lunita, o filho de Kike que veio passar o Natal viajando, esquiando e conhecendo mais um canto da América.
Passeando na Calçada da Fama, rua de Hollywood, em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
A Hollywood Boulevard é o centro das atrações, ao longo dela está a Calçada da Fama, onde a diversão é ficar procurando o nome das suas celebridades favoritas. Impossível andar por ali e não parar no Grauman´s Chinese Theatre, para conferir as mãos e pés de vários artistas gravados no cimento deste cinema totalmente kitsch. Tudo bem, ser kitsch faz parte do glamour outdated de Hollywood. Assim como também está tudo bem conferir o tamanho da mão dos bonitões da telona, a do George Clooney é pequenininha! (Abafa! Kkk!)
Marcas eternizadas no cimento dos pés e mãos de artistas famosos de Hollywood, em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Ali ao lado está o famoso Kodak Theater, onde acontece a cerimônia de premiação do Oscar. Confesso que só passamos em frente rapidamente com o carro e nem paramos para uma foto. Jantamos no bar-restaurante do Roosevelt Hotel, que em seus tempos gloriosos hospedava Marlin Monroe e tantas outras celebridades hollywoodianas. Foi um ótimo reencontro com os nossos amigos colombianos, o quarto desde o Alasca! Já nem nos despedimos mais, apenas um até logo, nos vemos pelas estradas da América!
Mais um encontro com nossos amigos colombianos e a simpática Lunita, dessa vez em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos
El Pueblo de Los Angeles - Downtown
A primeira igreja da cidade, ainda dos tempos espanhóis, em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
O centro histórico da antiga cidade mexicana está no coração de Downtown LA. El Pueblo de Nuestra Señora de la Reina de Los Ángeles de Porciúncula foi fundado ainda durante a colonização espanhola, em 1781.
Igreja no Pueblo de Los Angeles, centro histórico da maior cidade da Califórnia - Estados Unidos
El Pueblo estava em declínio no início de 1900, devido à expansão da cidade e o crescimento dos guetos como a Chinatown e outras indústrias ao seu redor. O centro histórico quase foi derrubado para a construção da Union Station, porém foi salvo pela luta solitária de Christine Sterling uma cidadã visionária, que sabia da importância histórica da área para a cidade.
Olvera Street, no centro da histórica Los Angeles espanhola (Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos)
A Olvera Street ou La Placita Olvera é a principal rua, fechada para carros e aberta para artesãos, artistas de rua e deliciosos restaurantes e taquerias mexicanas. Às vésperas de Natal vimos as posadas, festas natalinas mexicanas, uma missa já celebrava a chegada do Natal na igreja que emprestava seu nome ao pueblo, acompanhadas de uma piñada, enfeites recheados de doces e brinquedos acertados por um pau para a festa da criançada.
Menino participa de Piñada, brincadeira típica mexicana, em festa organizada no Pueblo de Los Angeles, centro histórico da maior cidade da Califórnia - Estados Unidos
Vale também uma visita à Union Station, que não foi construída sobre o centro histórico, mas tornou-se sua vizinha. A estação construída em 1939 já foi cenário para filmes como Blade Runner, Rain Man e outros.
O pomposo interior da Union Station, no centro de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Se você chegar cedo, La Plaza de Cultura y Artes é o novo museu da região, com exposições sobre as raízes mexicanas da cidade de Los Angeles e os seus movimentos culturais. Nós chegamos tarde para o museu, mas tivemos a sorte de ver uma tradicional serenata à moda mexicana em frente à Avila Adobe, a casa mais antiga remanescente na cidade.
Orquestra e ouvintes na rua Olvera, a principal do Pueblo de Los Angeles, centro histórico da maior cidade da Califórnia - Estados Unidos
Beverly Hills e Griffith Park
Hollywood tem uma nova estrela! (em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos)
Nenhuma viagem a Los Angeles seria completa sem uma visita a famosa Rodeo Drive e a placa de Hollywood. Deixamos para o nosso último dia, pois finalmente o sol resolveu aparecer novamente e nos brindou com um dia perfeito!
O tranquilo trecho residencial da famosa Rodeo Drive, em Beverly Hills, Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
A Rodeo Drive é o coração do luxuoso bairro de Beverly Hills. Chegamos a ela algumas quadras antes da área comercial e nos apaixonamos pela sutileza da arquitetura das suas pequenas mansões. Uma das ruas comerciais mais caras e famosas do mundo, a Rodeo Drive é casa para os principais estilistas do mundo, de Gucci à Valentinos, Armanis à Bulgari e Dolce & Gabanna. Luxo é o que não irá faltar nas vitrines preferidas das beldades hollywoodianas.
Uma das mais famosas ruas do mundo, em Beverly Hills, Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Só há lojas de marca bem "baratinha" na Rodeo Drive, em Beverly Hills, bairro de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Nos contaram que se você quer tentar a sorte e encontrar alguma celebridade, a dica é ir logo pela manhã, quando as lojas estão abrindo e principalmente no começo da semana, quando há menos movimento. Nós andamos por toda a rua espantados com tanta riqueza, um desfile de ferraris, porshes, maseratis e alguns empresários da moda tramando seus planos para atrair mais celebridades e publicidade para as suas marcas.
Um dos carrinhos circulando na Rodeo Drive, em Beverly Hills, bairro de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Só há lojas de marca bem "baratinha" na Rodeo Drive, em Beverly Hills, bairro de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Almoçamos em um agradável bistrô a céu aberto vendo o vai e vem da Rodeo Drive e sem precisar pagar os mesmos milhares de dólares para comer uma salada embalada por uma taça de champagne e frutas vermelhas. (só para entrar no clima, rsrs!)
Passeando na exclusiva Rodeo Drive, em Beverly Hills, bairro de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Lanchinho básico na Rodeo Drive, em Beverly Hills, bairro de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Seguimos dali em direção à Beachwood Drive, ponto que nos foi indicado para ter uma das melhores vistas da placa de Hollywood. Sim, tem uma vista interessante, mas é claro que não paramos por ali, queríamos chegar mais perto.
Chegando ao Hollywood Sign, em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
Subimos toda a Beachwood Drive e nos perdemos nas montanhas e labirintos entre o Hollywood Lake Park e o Griffith Park. Foi quando chegamos à Mulholland Drive e rapidamente cenas da cidade dos sonhos de David Lynch vinham à minha mente. Adoro este filme! Mostra bem este universo secreto, o lado B de Hollywood. E ali, ao final dela, está o melhor mirante para o Hollywood Sign, acompanhado de uma vista sensacional da cidade!
Essa foto clássica não poderia faltar numa volta pela América! (em Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos)
A cidade de Los Angeles vista do Hollywood Sign (na Califórnia - Estados Unidos)
O final de tarde foi no Griffith Park e seu extraordinário Observatório Astronômico, com direito a um museu super didático e interativo sobre a terra e sua relação com a lua, o sol, as estações do ano, marés e todos os planetas. Ventos fortíssimos não nos desencorajaram de acompanhar o por do sol sobre Los Angeles, vendo o céu em chamas enquanto as luzes da cidade se acendiam.
O Griffith Observatory, um dos pontos mais altos de Los Angeles, na Califórnia - Estados Unidos
As luzes de Los Angeles se acendem com a chegada da noite ((na Califórnia - Estados Unidos)
Aos interessados, são vendidos tickets especiais para o observatório. Nós estávamos interessadíssimos, mas já tínhamos um ticket comprado para ver outras estrelas despontarem, lá no Staples Center.
Go Lakers!
Sempre tive vontade de assistir a um jogo de basquete, mais que futebol americano ou baseball, já que destes eu não entendo nada das regras do jogo. O basquete movimenta milhões de dólares e de torcedores embalados por alguns dos atletas mais bem pagos do mundo. Eu cresci vendo o Dream Team liquidar com a seleção brasileira, com amigos do colégio escolhendo seus times americanos preferidos e usando bonés e jaquetas do Lakers, New York Nicks ou Chicago Bulls.
O ginásio do Lakers ainda vazio, uma hora antes do jogo em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos
No nosso plano inicial íamos deixar a cidade de Los Angeles ontem, mas quando vi que o Lakers jogaria hoje e aqui, decidimos ficar e ter mais esta experiência super “american” no nosso currículo. Os ingressos já estavam praticamente esgotados, só conseguimos comprá-los no site de revenda, sentamos lááá em cima, mas nestes estádios não tem lugar ruim.
Começa o jogo entre Lakers e Bobcats em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos
Lakers x Charlotte Bobcats! Chegamos cedo, passeamos pelo estádio, batemos um papo com os seguranças para ver se nos inteirávamos um pouco da situação do campeonato. O Lakers não anda nas suas melhores fases, mas o Bobcats não é um adversário difícil e jogando em casa, o Lakers tinha vantagem.
Nos intervalos do jogo, o show das cheerleaders no ginásio em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos
A estrutura em cima dos jogos é mega, a organização do estádio é impecável e aos poucos fomos vendo todos os acentos lotarem. Reportagens sobre o time, as Laker Girls e os jogadores vão nos deixando no clima e logo o jogo se inicia. O jogo começou meio xoxo e a Lakers Band fazia as vezes de torcida organizada, bem coisa de americano mesmo! Rs!
Torcida comemora aliviada a vitória apertadíssima do Lakers, em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos
A trilha sonora ia acelerando e puxando a torcida a cada jogada, enquanto nos intervalos as cheer leaders animavam a galera. A torcida foi crescendo e ficando indignada com a má performance do time e logo até eu já estava gritando: “DEFENSE! DEFENSE! GO LAKERS!” O final do jogo foi emocionante, deixando para os últimos segundos a decisão que fechou o jogo em 101 x 100 para o Lakers! Caraca, essa foi por pouco!
Por um mísero ponto, vitória do Lakers em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos
Chegamos a Los Angeles sem nenhuma expectativa. É claro, sabíamos que íamos conhecer Hollywood e afins, a praia de Santa Monica e Beverly Hills, mas várias pessoas com quem conversamos não tinham sido muito positivas. Saímos daqui com outra imagem da cidade, que nos conquistou com seus espaços abertos, belas vistas, praias e diferentes vizinhanças, para todos os gostos, culturas e bolsos. E estas são apenas as áreas mais turísticas da cidade, sem dúvida viver aqui, entre West Hollywood e os cantos descolados da UCLA deve ser ainda mais interessante! Nada como estar aberto a novos conceitos e experiências!
Assistindo a jogo do Lakers em em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos
Gostou? Então se você já veio a LA a passeio ou viveu por aqui, deixe também suas dicas!
Nascer-do-sol no alto da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
Amanhecemos com a luz do sol penetrando suavemente pelas paredes da barraca. Acordei o Ro e o convidei para sair ver o sol nascer, lá de cima da Pedra da Mina. Ele resmungou, virou para o lado e voltou a dormir. Uma hora depois, enquanto eu sonhava que estava descendo a montanha montada em um elefante, ele me acorda com o mesmo objetivo: “Vamos! Levanta! Venha ver o sol nascendo, está maravilhoso!” Estava muito frio, perto dos zero graus, com certeza, mas depois de todo o esforço eu não perderia esta cena por nada!
Ana saindo da barraca durante o nascer-do-sol na Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
O nascer do sol em cima de uma montanha é mágico. Ele nasceu atrás do Pico Agulhas Negras e começa a iluminar aos poucos as outras montanhas e o mar de nuvens que está aos nossos pés.
Mar de nuvens sob nossos pés no alto da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
Aos poucos as luzes das cidades do Vale do Paraíba se apagam e o ar gelado começa a amornar. Eu volto para a barraca, pois morno era algo em torno de 5 graus. Dali, da nossa janela, ainda vejo o mar de nuvens enquanto espero o Rodrigo escrever no livro de registro do cume da Pedra da Mina, logo depois será a minha vez.
Ana se esquentando no sleeping no alto da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
É curioso ler o que cada um que chegou ali em cima estava sentindo naquele momento. Vemos da mais simples assinatura, até um recado para os filhos amados ou um agradecimento especial a Deus. Pessoas que chegaram ali de diferentes maneiras, pela travessia ou usando a mesma trilha que nós, uma, duas, três, até, cinco vezes. O melhor foi o recado dos bombeiros que estavam trabalhando no resgate do perdido na semana passada. Algo simples e objetivo como “Passamos novamente por aqui e ainda não encontramos o indivíduo.”
Nossa barraca quentinha no alto da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
Com o sol mais alto, já perto das 8h da manhã, tomamos do o café da manhã com o Alessandro e começamos a nos preparar para a descida.
Nascer-do-sol no alto da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
Foram mais 7h de caminhada, desta vez principalmente descendo as mesmas pirambeiras que subimos ontem. Para mim a descida sempre é um pouco mais sofrida, pois não tem preparo físico que resolva o meu problema nos joelhos.
Ana curtindo a vista no início da longa dscida da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
Além disso, tive que lidar com a dor das bolhas nos calcanhares. Mas o que interessa é que valeu a pena! Havíamos nos prometido que na volta iríamos entrar no rio, em um poço de água gélida e transparente, eu estava mesmo precisando de um banho!
Paisagem maravilhosa no alto da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
Uma excursão como esta sempre vale para nos testar, fisicamente e psicologicamente. Às vezes me pergunto se não estou ficando velha. Mas depois que encaro uma dessas vejo que tudo depende do desafio que é colocado e da forma como você se comporta perante ele. A minha resposta? Não... a vida está apenas começando!
De manhazinha no topo da Pedra da Mina em Passa Quatro - MG
A bela praia de Punta Cana, no litoral da República Dominicana
Chegamos ao paraíso dos pacotes turísticos caribenhos, Punta Cana! Longas praias de águas claras, areias branquinhas e dezenas de hotéis all inclusive, para todos os gostos e bolsos.
A praia em frente ao nosso hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
As praias de Punta Cana tem águas azuis-esverdeadas, afinal estamos no Mar do Caribe. Mas depois de passarmos por todas as ilhas (sim, foram todas) sinto em contar-lhes que o Caribe tem milhares de praias mais bonitas do que esta. A principal diferença começa pela cor da água que é azul-esverdeada, mas é quase opaca, pois como são praias longas e mais desprotegidas acabam tendo maior influência de marés e do vento. Talvez por isso Isla Saona seja tão procurada, mas este tour à ilha não está incluído no pacote. (Quer ver uma ilha caribenha mesmo? Adicione uns 100 dólares por pessoa). O segundo motivo é que aqui em Punta Cana, dentro ou mesmo fora dos hotéis, você não encontrará nada da cultura caribenha. O passo relaxado, os sotaques, a culinária, a música, nada aqui é original, esse mundo da fantasia onde até pedras cantam nos jardins do hotel, poderia ser aqui, no Brasil ou no sudeste asiático e você nem notaria a diferença.
Aproveitando as piscinas do hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
Nos caminhos do hotel, muitas caixas de som disfarçadas de pedra (em Punta Cana, no litoral da República Dominicana)
Pois é, e a nossa curiosidade não conseguiu nos deixar de fora desta, afinal queríamos entender por que este é um dos destinos caribenhos preferidos, não apenas dos brasileiros, mas de russos, chineses, norte-americanos e um punhado de europeus. Os preços sem dúvida são convidativos, mas será que eles correspondem às suas expectativas? Pois além do gosto ser relativo, as expectativas de cada um é que irão dizer se você irá gostar ou não deste paraíso artificial. Eu confesso a vocês, foi aí que eu pequei. Eu tinha uma grande expectativa sobre Punta Cana, pois mesmo que não seja muito a nossa praia essa coisa de resort, aqui poderíamos, pelo menos, descansar e trabalhar muito nos nossos blogs. Foi o que fizemos, mas não sem passar alguma raiva de ter me metido nessa.
Praia em frente ao hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
Vou direto ao ponto: eu não suporto serviços padronizados e mal feitos. Cheguei à conclusão que resort para mim só se for 4 ou 5 estrelas. Minha única experiência de resort antes dessa foi no Ibero Star na Praia do Forte, onde fui de esposa em um evento que o Rodrigo foi convidado. Eu nem sei quantas estrelas tem, mas o que estou analisando são pura e simplesmente os serviços prestados pelo hotel. Lá tivemos acesso aos restaurantes à la carte, bebidas de boa qualidade e um atendimento impecável. Dessa forma não houve nada que pudéssemos reclamar e nem saímos do hotel nos 3 dias que ficamos por lá.
Turistas se divertem em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
Aqui o que faltou para mim foi informação, eu pesquisei em vários blogs de viagem, li e reli todas as descrições do trip-advisor e dos próprios sites dos hotéis e no final me senti enganada. Faltou uma informação de alguém que pudesse me dizer: Barcelo Dominican Beach é o mais básico de todos os resorts. Ponto, ou nós já iríamos para lá com essa expectativa ou nós gastaríamos um pouco mais e escolheríamos algo melhor. Mas sentir-se enganado, ou pior, ver que você estava “mal informada” é o fim da picada!
Piscina principal do nosso hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
A praia em frente ao hotel era uma farofa só, o buffet ok, várias vezes bem desfalcado e pedir reposição era quase um crime. Os atendentes olhavam com uma cara como quem diz “Ihh minha filha, já acabou.” Pior do que o serviço de má qualidade é ver que as pessoas que te atendem não estão felizes... (com algumas raras exceções).
Restaurante de buffet do hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
A regra de agendamento dos restaurantes foi outro ponto de tensão. Chegamos no hotel perto das 17h e descobrimos que só poderíamos fazer as reservas até o meio-dia. São 6 restaurantes, um brasileiro, um italiano, um mexicano, um japonês, um espanhol e um de frutos do mar. No segundo dia as 8 da manhã eu estava lá para agendar e não havia nenhuma vaga, pois a agenda não é apenas pela manhã, mas sim um dia antes! Quer dizer que das nossas 3 noites, apenas uma poderia ser em um restaurante à la carte, que a propósito foi um churrasco brasileiro fake que me deixou passando mal no dia seguinte. Nos bares as bebidas eram todas as “da casa”, sabe Deus o que tinha lá dentro. Tomamos rezando para sobreviver no dia seguinte, afinal, só bebendo para se divertir aqui.
Nosso bar predileto no hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
As primeiras 24 horas foram de adaptação, passada a revolta e ajustada às regras (mesmo não concordando com várias delas), finalmente relaxei. Pegamos uma piscininha, tomei um banho de mar e até fiz uma aulinha de hidroginástica! É bein, se tem uma coisa que aprendi nessa viagem é que o ser humano se adapta a tudo!
Jardim do nosso hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
O final de tarde era sempre no bar da piscina principal, o único que ficava aberto até as 18h, e por isso também o mais animado. Na primeira tarde no bar fizemos amizade com um grupo de jovens equatorianos em graduação do colegial (hoje conhecido como ensino médio) e um bando de porto-riquenhos bêbados e sem vergonhas. Também conhecemos um dominicano super querido, treinador do time juvenil nacional de vôlei e uma russa corajosa, que veio para cá sem falar uma palavra de inglês e nem de espanhol. Depois de muitas mímicas até que conseguimos alguma interação, mas foi mais tarde no buffet, com a ajuda do ipad e um tradutor, que a conversa fluiu melhor. No segundo dia conhecemos na piscina um grupo do exército argentino que está trabalhando no Haiti, eles aproveitaram a semana de folga para sair da loucura do trabalho na área de Gonäive (bem barra pesada) para descansar sem se preocupar com nada aqui no all inclusive de Punta Cana. Como eles encontramos alguns brasileiros da Missão Haitiana, que antes de voltar para casa conseguiram aproveitar para pegar uma prainha.
Bar da piscina do hotel em Punta Cana, no litoral da República Dominicana
É minha gente, no final até que tudo acabou bem. Como diria um antigo conhecido meu: pobrete mas alegrete! Ou ainda “Nóis ganha pouco mas se diverte.” No nosso caso, que não ganhamos nada, prefiro continuar com a nossa vida de viajantes alternativos e selecionando bem os restaurantes e pousadas aonde vou gastar cada centavo do nosso escasso dinheirinho.
A bela praia de Punta Cana, no litoral da República Dominicana
Na Gruta da Santa, no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Começamos o nosso dia com uma caminhada tranqüila de 3 horas pelas grutas do Parque Estadual Pedra da Boca. Junto a nós estava uma família e dois amigos de João Pessoa que haviam acabado de chegar ao parque. O roteiro das grutas é super conhecido e inclui algumas passagens mais “picantes”, que divertem e dão uma emoção maior ao trajeto.
Despedida dos amigos no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
O Seu Tico foi nos guiando, grande conhecedor de técnicas de sobrevivência utilizando fauna e flora locais, além de e plantas medicinais do agreste e da caatinga. Revimos aqui grande parte daquele conhecimento que adquirimos com o Márcio, nosso guia da Serra do Catimbau. Pinhão-Brabo como antiinflamatório e cicatrizante, cactos comestíveis e plantas suculentas que armazenam água. Além de provar, vimos também como usar o coquinho catolé para apito e, na necessidade mesmo, até uma formiga tanajura pode servir como alimento hiper protéico.
Ninho de gafanhotos no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
A trilha é tranquila e foi bastante divertida com a companhia de Sávio, Thiago e Daniel. Mais bacana ainda o companheirismo entre eles e os pais de Sávio que encararam toda a aventura com grande espírito esportivo. Na travessia de um poço d´água nos apoiando nas duas paredes com o que o Rodrigo apelidou de “técnica ponte”. Eu mesma já fiquei na dúvida se iria, mas fui, quando vi a Dona Marcina já estava lá, lépida e ligeira! Nós, as únicas mulheres, fomos nos encorajando a cada gruta, morcego e buraco em que nos esgueirávamos.
Ultrapassando obstáculo com a técnica da "ponte", no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Todas as grutas foram formadas por desmoronamentos de granito, as pedras se encaixam formando paisagens lindíssimas! Passamos pela Gruta do Aventureiro, a única que precisamos de lanterna, Gruta da Mesa do Caçador e outras um pouco menores.
Entrando em caverna no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
A região foi habitada por homens pré-históricos, já foram encontradas algumas pinturas rupestres no local, assim como pedras polidas, mais ou menos no mesmo estilo do Lajedo do Pai Mateus.
Descansando na sombra (com seu Tico, nosso guia) no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
As principais pinturas ficam na Pedra da Santa, local onde um antigo fazendeiro da região prometeu erguer um altar a Nossa Senhora de Fátima, caso curasse suas enfermidades. Promessa feita, promessa cumprida. Contam que em uma das missas rezadas lá as abelhas italianas que habitam a gruta atacaram dezenas de fiéis e por isso foi a missa passou a ser celebrada em uma capela próxima.
Altar de Nossa Senhora construído na frente de pinturas rupestres milenares no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Hoje o santuário é local de peregrinação e no dia 13 de maio, dia da santa, chega a receber mais de 10 mil fiéis para a celebração de uma missa. Foi retirado um morro inteiro que estava em frente à pedra para construírem um teatro de arena para esta celebração. Um estupro à natureza, uma obra imensa que hoje está largada às traças durante o ano todo, ainda que receba visitações fora da época de homenagens.
Oferendas à Nossa Senhora em santuário no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Bela surpresa encontrarmos aqui já na divisa do RN e Paraíba um lugar como este. Os apenas 157 hectares do Parque Estadual Pedra da Boca abrigam várias histórias e ótimas opções de trilhas e aventuras.
Com o Seu Tico, nosso guia no Parque Estadual da Pedra da Boca, na Paraíba, fronteira com Passa e Fica - RN
Admirando as paisagens maravilhosas do Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
O Parque Nacional Nevado Tres Cruces está situado na porção norte do território chileno na Cordilheira dos Andes, praticamente todo acima dos 4.000m de altitude. Nós já tínhamos conhecimento da existência da montanha que lhe empresta o nome, mas não tínhamos ideia da extensão do parque e de tudo o que ele protege nesta região. Sem dúvida alguma ele faz parte dos atrativos que faz do Paso San Francisco um dos mais famosos entre a Argentina e o Chile.
Chegando ao Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Flamingo dá m rasante na Lagoa Santa Rosa, no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Acordamos com os primeiros raios de sol entrando pela janela do nosso quarto improvisado no edifício de fronteira chileno. Prometemos sair cedo, até para não causar problemas para os amigos que nos permitiram dormir aqui. Rapidamente organizamos tudo, desocupamos a sala e fomos à Fiona, que coitada, não poderia estar em outro estado depois daquela noite tão fria. Água, óleo, diesel, todos os fluídos estavam congelados ou tão espessos que não a deixavam funcionar.
Deixando a alfãndega chilena no Paso San Francisco, a caminho do Parque Nevado Tres Cruces, região de Copiapo
Ela já estava com o motor virado para o leste, recebendo todos os raios solares possíveis deste o amanhecer. Até a trinca da porta da capota estava travada, com alguma poeira congelada. Óleo de cozinha para desingripar a porta, tampa dianteira aberta para esquentar o motor, novo diesel no tanque, várias tentativas e quase uma hora depois Fiona estava de volta à ativa! Nosso combustível estava calculado em cima para descermos pelo caminho mais longo e mais bonito até Copiapó. 194 quilometros cruzando o Circuito de los Seismiles, a Laguna Santa Rosa e um longo cânion com dunas, burros selvagens e mais paisagens lunares.
Aviso de vicunhas no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
O circuito dos Seismiles é incrível, uma longa reta pelo altiplano ainda acima dos 4.000m ladeados pelas montanhas mais altas da cordilheira. O próprio Nevado Tres Cruces e o Ojos del Salado são as principais atrações, lindos, imponentes e totalmente convidativos em um dia de céu azul e menos vento. “As manhãs aqui normalmente são assim, céu limpo e sem vento”, nos disse Juan Carlos. Se tivéssemos chegado ao refúgio ou à área de camping do parque com esse clima provavelmente armaríamos a barraca para dormir, mal sabendo o que iríamos encontrar depois.
O grandioso Ojos del Salado, segunda maior montanha do continente no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Atravessando o Salar Maricunga, no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Ao fim desta estrada do lado direito vemos crescendo no nosso para-brisa o imenso Salar de Maricunga. No final um morro e mais uma dessas lagunas andinas de tirar o fôlego, a Laguna Santa Rosa! Dezenas, centenas de flamingos cor-de-rosa pink contrastam o espelho azul de água salgada abaixo de nós. Enquanto fotografamos e corremos de um lado ao outro, já bem mais aclimatados, um casal de flamingos sobrevoa a lagoa dando rasantes impressionantes, um show à parte. Ao lado deles patos pretos, aves brancas, todos parecem não se importar com o frio, o vento e o gelo da água, afinal esta é a sua casa.
Fiona sobe montanha no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Observando os flamingos da Laguna Santa Rosa, no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
A belíssima Laguna Santa Rosa, no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Emprestamos então o mirante do seu quintal e nos damos um tempo para contemplar essa beleza enquanto tomamos o nosso café da manhã tardio. Uma difícil despedida só é facilitada quando decidimos circundar a lagoa onde encontramos o refúgio do Parque Nacional Nevado Tres Cruces, a área de camping à beira da lagoa com um bando imenso de flamingos logo ali em frente. A despedida pedia ainda um encontro fortuito com um amigável zorro, raposinha andina que se aproximava provavelmente em busca de comida.
Os flamingos da Laguna Santa Rosa, no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Os flamingos da Laguna Santa Rosa, no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Um zorro (raposa) chega perto de nós no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Dali em diante cruzamos as montanhas em um grande ziguezague, nos despedindo do altiplano e descendo em um cânion infindável com pouca água e muitos burros praticamente selvagens. No fim dele encontramos um campo de dunas gigantes com ranhuras misteriosas, feitas provavelmente por pedras ou fios de água que não deixam marca ou rastro no final delas. Cheguei a pensar que eram feitas por sandboards, mas o terreno não é exatamente de areia, e sim de uma mescla de terra fina e pedras.
Aviso de descida íngrime (descida dos Andes!) no Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Estranhas marcas nas enormes dunas do Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Chegamos aos pés dos Andes e finalmente reencontramos a estrada principal que segue para Copiapó. Na cidade uma parada rápida na praça principal, nossa primeira grande cidade chilena. Almoçamos enquanto observamos o centro da cidade. Feira, bancos, senhores de chapéu sentados mirando os mambembes vendendo sua arte ao lado do evangélico que prega ao vagabundo que nem lhe dá trela.
A tranquilidade da praça central de Copiapo, no norte do Chile
Decidimos seguir, La Serena é o nosso destino de hoje, uma praia no pacífico chileno a 360 km daqui. Longo caminho para encurtar a jornada que segue seu rumo diário e incansável. Um dia chegaremos.
Já na descida dos Andes, a Fiona atravessa os desertos do Parque Nacional Nevado Tres Cruces, região do Paso San Francisco, próximo à Copiapo, no Chile
Torre de igreja em Monterrey, no norte do México
Capital do estado mexicano de Nuevo León, Monterrey é a terceira maior cidade mexicana, segunda mais industrializada, gerando 7,4% do PIB nacional, e possui a maior renda per capta do país. Monterrey produz 25% do aço bruto, 75% das embalagens de vidro, 60% do cimento e 50% da cerveja de todo o país. Uma cidade grande nem sempre é muito atrativa no nosso esquema de viagem, estávamos na dúvida se deveríamos incluí-la no nosso roteiro ou não, tanto pelo cronograma que estava justo, quanto por toda a má fama em relação à violência que esta cidade carrega. Mas Monterrey estava no nosso caminho e teríamos que passar por ela de qualquer maneira.
Revoada de pássaros sobre rua histórica de Monterrey, no norte do México
“Você vai a Monterrey? Cuidado! A violência lá está terrível, os cartéis de drogas dominam a cidade.”, era o que escutávamos de todos os lados. Em paralelo, líamos em nosso guia de viagens (o bom e velho Lonely Planet) sobre a cidade e região, afinal algo de interessante deve haver na terceira maior cidade do país.
o velho e o novo, em Monterrey, no norte do México
Monterrey é uma cidade grande e moderna, uma das mais americanizadas do México. A nós, turistas, acaba sendo mais interessante visitar o Barrio Antiguo e o centro, concentrado principalmente nos arredores da Gran Plaza ou Macroplaza. Uma série de praças interligadas que vão deste o Palácio Municipal, passando pela Plaza Zaragoza, o Museu de Arte Contemporânea e a Catedral que foi construída entre 1725 e 1890.
A Catedral de Monterrey, no norte do México
A Macroplaza foi arquitetada nos anos 80 e continua passando ainda pela Fuente de la Vida, o Museu Metropolitano de Monterrey, o Teatro da Cidade e vários prédios públicos pomposos, como o Congresso e o Palácio da Justiça. A Zona Rosa está a apenas 2 quadras dali e é a área central onde o comércio, lojinhas e uma rua peatonal fazem o burburinho nos dias de semana.
Estátuas parecem saudar a água de fonte, em passeio de Monterrey, no norte do México
A culinária nortenha é conhecida por seus sabores “raros”, principalmente o famoso cabrito al pastor (cabrito assado), que é o prato mais tradicional. É claro que nós fomos provar e em um dos restaurantes mais kitschs e tradicionais da cidade, El Rey del Cabrito!
O Rei do Cabrito, local do nosso primeiro jantar mexicano desde março do ano passado!(em Monterrey, no norte do México)
Delicioso jantar de carne de cabrito, em Monterrey, no norte do México
A originalidade e autenticidade da decoração do lugar são um ponto a ser destacado: uma floresta entre pedras e animais empalhados, bodes, onças e leões, nas paredes fotos e mais fotos do dono do restaurante ao lado de todas as celebridades que passaram por ali, de Thalía ao Seu Madruga, sensacional! O cabrito é uma delícia, ficamos com as partes mais “caretas”, perna e costela (deliciosas!), mas provar o cérebro já era demais.
Muito bem recebidos na cozinha do "Rei do Cabrito", em Monterrey, no norte do México
Pesquisando descobrimos que não apenas a cidade tem seus atrativos, como ainda mais interessantes são os arredores de Monterrey, que está situada aos pés da Sierra Madre Oriental. Esta é uma das maiores cadeias montanhosas do México, que se conecta à Sierra Madre Ocidental no centro do país e à Sierra Madre del Sur, no Pacífico, ao sul da Cidade do México. Do centro da cidade podemos ver algumas das montanhas, o Cerro de la Silla, ao leste, Cerro de la Loma Larga, ao sul e o Cerro del Obispado ao norte, alguns deles localizados no Parque Nacional Cumbres de Monterrey.
Monterrey, no norte do México, é famosa pelas montanhas que a circundam
Monterrey também é famosa por seus magníficos cânions, que entre os meses de abril a setembro estão com os rios cheios de água e perfeitos para canyonings. O mais famoso deles é o canyoning no Matacanes que inclui hiking, rapel, duas cavernas e mais de 27 saltos de até 12m de altura. Pena que viemos fora da temporada, além de pouca água, frio. Fica anotada a dica para a volta. Além do parque nacional, ainda há o Cañon de la Huasteca, um lugar sagrado da cultura Huitchol, com rio e vias de escalada em rocha, a Cascada Cola de Caballo, a Gruta de García, com lindos espeleotemas e o paraíso dos escaladores e Potrero Chico.
Chegando à Potrero Chico, no nordeste do México
São centenas de rotas de escalada nas paredes e encostas de Potrero Chico, no nordeste do México
Há tempos estávamos com vontade de escalar e recentemente passamos por Boulder, outra meca dos apaixonados por rochas. Foi lá que ficamos sabendo da existência de Potrero Chico, com suas imensas paredes de granito e mais de 600 vias de escalada. Uma estrada que corta o cânion seco dá acesso ao início de cada via. São rotas de vários níveis, inclusive para os iniciantes como nós, que há quase 2 anos não subíamos uma parede.
Escalador enfrenta os paredões de Potrero Chico, no nordeste do México
Dirigindo pelas trilhas de pedra de Potrero Chico, no nordeste do México
A apenas 45 minutos da capital está a pequena cidade de Hidalgo, a principal base para os montanhistas. Pertinho do cânion de Potrero Chico estão algumas pousadas e campings para alojar os escaladores, que vêm de todos os cantos do mundo e principalmente dos Estados Unidos e Canadá. Alguns ficam aqui por 2, 3 meses, sem precisar repetir uma via. Um programa barato e sem grandes luxos, afinal interessa mesmo apenas um e o maior deles, um cânion de granito com mais de 600m de altura.
Caminhando pelo parque de Potrero Chico, no nordeste do México
Para quem quer se aventurar por um dos paraísos de escalada em rocha do mundo, a dica é voar para Monterrey e reservar um lugar na Posada El Potrero Chico (eles oferecem camping, dormitório e quartos privados). O pessoal lá irá te passar o contato de um motorista que além do transporte de Monterrey a Hidalgo, já inclui no preço as dicas e um livro com centenas de rotas locais. Ele próprio abriu várias delas e escreveu o livro, uma mão na roda!
Chegando ao alto da segunda escalada do dia em Potrero Chico, no nordeste do México
Para os iniciantes e desavisados (como nós!) a dica é procurar o Edgar, jovem que vive na região, tem uma pequena tienda, pode alugar equipamentos e guiar nas vias mais fáceis. Foi o que nós fizemos, marcamos com ele no dia seguinte e fomos a algumas vias tranquilas para matarmos as saudades das rochas.
O Edgard instrui a Mili sobre como chegar ao alto da nossa segunda escalada em Potrero Chico, no nordeste do México
A Ana chega ao topo da primeira escalada em Potrero Chico, no nordeste do México
Subindo nossa primeira parede em Potrero Chico, no nordeste do México
Fiquei feliz com o meu desempenho, subi tranquilamente as rotas que ele sugeriu. A tristeza é mesmo ter que ir embora... se pudesse ficaria uns 15 dias aqui treinando todos os dias! Foi mais ou menos o que aconteceu com Mili, alemã filha de escaladores que veio para cá há 2 meses e não conseguiu mais ir embora. Afinal, pressa para que?
A Mili abre a segunda via do dia em Potrero Chico, no nordeste do México
Com nosso guia Edgard e sua namorada alemã, a Mili, em Potrero Chico, no nordeste do México
No dia seguinte todos os músculos das costas, braços e dedos lembraram como estamos fora de forma para este esporte, saudades das paredes da Via Aventura! Rsrs! Bueno, seguimos viagem e ainda encontraremos escaladas pelo nosso caminho, lá na Sierra Madre Sur, em busca das montanhas nevadas mexicanas e ainda mais aventura!
Nosso cão mascote descansa sobre a corda de segurança em Potrero Chico, no nordeste do México
“Provavelmente um dos lugares mais bonitos do município de Ubajara.” Foi assim que nos foi apresentada a Cachoeira do Frade pelo Herbert, dono do Sítio do Alemão, pousada onde ficamos hospedados na zona rural da cidade.
No mirante do Sítio do Alemão, em Ubajara - CE
O sítio fica em um terreno à beira de um paredão rochoso da Serra do Ibiapaba e possui um mirante espetacular. O café da manhã, antes de visitarmos o parque, foi servido em uma varanda em meio à mata atlântica, pés de café, mamão, manga e centenas de espécies de insetos dos mais diferentes aspectos.
Pés de café e de banana no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE
O dito acima estava em um cartaz em nosso chalé e Herbert nos indicou firmemente que deveríamos conhecer esta cachoeira.
Com o Herbert, no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE
Após o passeio no Parque de Ubajara (descrito no post anterior), seguimos para a Cachoeira do Frade. Há 25km da cidade em direção à conhecida Cachoeira do Boi Morto, um açude onde as pessoas costumam tomar banho e lavar seus carros.
Fiona atravessando a Cachoeira do Boi Morto, em Ubajara - CE
“99% dos habitantes de Ubajara conhecem o Boi Morto, mas nem 1% deve ter ido até o Frade”, nos conta o alemão, estupefato. Andrea e Pablo não tinham planos fechados para o dia de hoje, então decidiram nos acompanhar. A propriedade cobra uma taxa de apenas 5 reais pelo estacionamento e o simpático proprietário nos mostra o caminho, além de oferecer uma água de coco gelada, ducha e boa prosa.
Pequena cachoeira à caminho da Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE
A trilha é bem marcada, descemos o vale, cruzamos um rio e encontramos o primeiro ponto para banho. Daqui a trilha pode ser feita de duas maneiras, ou descemos pela trilha que margeia o rio ou pode-se fazer um canyoning parte seco e parte molhado, direto pelo leito. Para conhecer ambos, descemos pela lateral e fizemos o canyoning "inverso", subindo por por dentro. No caminho avistamos Herbert com o casal que também estava hospedado em sua pousada, Bill, um americano do Denver e Clécia, de Fortaleza.
Com a Andrea, descendo o rio à caminho da Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE
O rio é lindíssimo e cada queda d´água faz a paisagem ainda mais especial. Quando mais descemos, mais o cânion vai se tornando claro, paredes altas e mais estreitas. A última cachoeira possui 16m de queda, aproximadamente, e é a mais linda delas, com uma caverna por detrás da cortina d´água. Tomamos um banho refrescante, tiramos muitas fotos e aproveitamos o sol da tarde.
Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE
Enorme paredão ao lado da Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE
O retorno foi mais fácil do que imaginávamos, por fora a trilha possui alguns paredões altos, que descemos com a ajuda de cipós e raízes. Por dentro do rio, sem tênis na maioria do caminho, vamos desvendando paisagens ainda mais bonitas. Pena que a subida final e derradeira é a maior e mais cansativa, sempre acho que a cachoeira deveria ser no final da trilha de volta!
Escalada para chegar à Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)
Cachoeira do Frade vista por trás, em Ubajara - CE
Tomamos uma água de coco enquanto conversávamos com Andrea e Pablo, trocando ainda experiências e as fotos do dia. Pablo ainda nos presenteou com os mapas de GPS que ele utilizou na Colômbia, Perú, Bolívia, Chile e Equador. Nossas conversas me animaram a volta a trackear toda a viagem no GPS e plotá-las no Google maps, independente do mapa que teremos na nossa home, vamos ver se conseguiremos tempo para fazer isso! Aproveitei e passei algumas músicas brasileiras para Andrea, já que Pablo avisou de antemão, a única música brasileira que gosta é Sepultura!
Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE
Despedir dos nossos amigos chilenos foi mais difícil do que imaginamos! Realmente encontrar viajantes como nós, vivenciando uma experiência tão parecida e com o mesmo espírito aventureiro foi muito especial. Já combinamos que, além de mantermos contato, iremos nos encontrar no Chile em 2012, quando eles já terão retornado e nós estaremos nos aproximando do fim dos nossos 1000dias. Mas ainda não é hora de pensarmos nisso, pois ainda temos 686 dias de história para contar.
Com os chielenos Pablo e Andrea, na Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)
Tartaruga durante mergulho em Iúias, em Fernando de Noronha - PE (foto de Mateus Harfush - Ciliares)
Depois do nosso dia de folga de mergulhos, hoje selecionamos os pontos para fazer a nossa despedida em alto estilo! Selecionamos um dos melhores e mais distantes pontos de mergulho no mar de fora, iuias, além de Pedras Secas I, que já havíamos mergulhado com outro perfil. Assim além do Haroldo poder conhecê-las, nós poderemos explorá-las por completo.
mergulho em Iúias, em Fernando de Noronha - PE (foto de Mateus Harfush - Ciliares)
As condições estavam sensacionais, ainda que com um pouco de correnteza, conseguimos nos posicionar bem em Iuias, nos protegendo da corrente no próprio paredão e vimos muita vida. Lagostas criadas fora da toca, moréias, uma raia prego imensa, cardumes de pirajibas e ainda ficamos nadando um tempão com uma tartaruga linda. Subimos da sua base, a quase 30m de profundidade, até o cabeço que fica a apenas 4m, com muita vida e muita luz. Mergulho sensacional!
Hora de subir ao final do mergulho em Iúias, em Fernando de Noronha - PE (foto de Mateus Harfush - Ciliares)
Saímos de um mergulho como este para outro ainda melhor, 50m de visibilidade, correnteza de leve a moderada e todas as condições para explorarmos os cânions e cavernas das Pedras Secas.
Pequena caverna de corais durante mergulho em Pedras Secas I, em Fernando de Noronha - PE (foto de Mateus Harfush - Ciliares)
Além da imensa diversidade de corais, esponjas e cores, vimos ainda barracudas, lagostas e cardumes entocados. Parece uma cidade submarina, é maravilhoso!
Barracuda gigante durante mergulho em Pedras Secas I, em Fernando de Noronha - PE (foto de Mateus Harfush - Ciliares)
O Mateus, fotógrafo da ciliares registrou tudo para não precisarmos depender apenas da nossa memória. Voltamos todos exultantes! Bela despedida, mesmo enjoando com este terrível mar de fora eu voltei para o porto já com saudades.
Voltando do mergulho na Corveta, em Fernando de Noronha - PE
Fizemos a fotinho final da tripulação, faltou só o Maza que estava lá manobrando o barco, mas fica aí também a recordação do nosso mestre da embarcação! Noronha Divers, Fernandão, Guilherme, Maza e Mateus, registramos aqui nosso muito obrigada pela bela temporada de mergulhos dos 1000dias em Noronha!
Com o Fernando, nosso guia de mergulhos e o Mateus, fotógrafo da Ciliares, em Fernando de Noronha - PE
A tarde aproveitamos para trabalhar, descansar, ver as fotos na Ciliares e ainda dar um último mergulho na Praia da Conceição. Na Ciliares conhecemos a Fernanda e a Sueny, nossas novas amigas que também estavam empolgadíssimas para um forrózinho no Bar do Cachorro hoje. Infelizmente o forró foi cancelado pela chuva, mas conseguimos encontrá-las mais tarde na Tratoria do Italiano. Tomamos uma cervejinha e curtimos o som ao vivo muito bom. Rolou até um show especial da sobrinha de Zé Ramalho! Acreditam? A Sueny é sobrinha do Zé, inacreditável, o negócio tá no sangue mesmo! Depois de tanta animação eu e o Haroldo não agüentamos e demos uma esticadinha com as meninas para tomar uma saidera no bar do Andrade. A chuva não estava ajudando mesmo, nem brega lá estava rolando, mas com papo bom das meninas fomos dormir as 4 da manhã! Eeeelaiá! Não podíamos ir embora de Noronha sem um pé na jaca mesmo.
Formação de corais durante mergulho em Pedras Secas I, em Fernando de Noronha - PE (foto de Mateus Harfush - Ciliares)
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet