0 Blog da Ana - 1000 dias

Blog da Ana - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha

paises

Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Chile Há 2 anos: Chile

3 dias em Las Vegas

Estados Unidos, Nevada, Las Vegas

A conhecida placa de boasvindas à Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos

A conhecida placa de boasvindas à Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos


Para alguns Las Vegas é a Disneyland dos americanos adultos e carentes. Milhares de cassinos, discotecas, casas de strip-tease e modernosos bordéis. É claro que esta imagem não surgiu do nada, todo estereótipo tem alguma (ou toda) razão de ser. Ao mesmo tempo Las Vegas possui uma infra-estrutura imensa e oferece um conjunto de atrações, restaurantes, shows e uma das maiores redes de hotéis de luxo com preços super acessíveis, pois todos estão esperando por estes turistas viciados em jogos, que entrarão no hotel e ficarão entre o quarto, os restaurantes e o as mesas de jogo.

Cena comum em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Cena comum em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Obviamente este não era o nosso caso. Nós viemos para ficar 3 noites em um programa bem familiar, eu, marido, irmã e cunhado. Tudo bem que minha irmã não é bem do tipo careta, muito menos meu cunhado, que já esteve aqui em Las Vegas duas ou três vezes na despedida de solteiro de seus amigos. Desta vez ele decidiu que viria relaxar e conhecer a cidade. Oi!?! O que será que ele fez nas outras vezes mesmo?

Com a Ju e o David no cassino do MGM Grand Hotel, em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Com a Ju e o David no cassino do MGM Grand Hotel, em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Já que eles decidiram o ponto de encontro, deixamos o roteiro na mão deles, que nos serviram de guia durante os três dias. É claro que eu já tinha algumas dicas, principalmente do blog Aprendiz de Viajante , que já esteve lá pelo menos 8 vezes e tem várias informações e curiosidades sobre a cidade.

A arquitetura de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

A arquitetura de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Devido a não compatibilidade de gostos entre Vegas e nós, somados à necessidade de trabalhar, a nossa rotina diária foi basicamente dormir bem pela manhã para recuperar as noites mal dormidas nos campings do Death Valley, passar o final da manhã e a tarde trabalhando no planejamento da viagem e no final da tarde e a noite sair para conhecer a cidade. Para a Juli e o David foi ótimo, pois eles puderam se curtir bastante e aproveitar os poucos dias do ano que conseguem se encontrar. Eles ficaram hospedados no MGM Grand Hotel e Cassino, um dos maiores hotéis do mundo com mais de 6 mil quartos.

Os enormes hoteis de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Os enormes hoteis de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Nosso primeiro dia ainda conseguimos dar uma espiadela no final da festa da piscina do Hard Rock Hotel, onde ficamos hospedados. Estava cheia e seguia muito daquela caricatura americana, as meninas sem noção, as que fazem uma linha blazê com seus copos de champagne, os sarados, os manos, as peitudas barbies e as gordinhas sem vergonha. Todas com pelo menos uma coisa em comum, aquele biquíni imenso meio fora de propósito. Infelizmente esta não era a famosa Rehab, que só volta à ativa no calendário das festas a partir de 21 de Abril, essa sim dizem que é pra quebrar tudo!

Sinceridade em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Sinceridade em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Na primeira noite fizemos um passeio pela strip, conhecemos o MGM e fomos parar no quarto da Ju e do David, que nos receberam com “uns bons drink”, ótimo papo e boas risadas. Foi ótimo para matar um pouco as saudades. Parênteses para a família: a Juliane está linda, feliz e o David continua apaixonado e um ótimo partido! Hahaha! Ele só não gostou muito da ideia de embebedarmos os dois e aproveitarmos, já que estamos em Las Vegas, para assinar os papéis ali mesmo, nós e o Elvis de testemunhas! Hahaha!

Encontro com Elvis Presley nas ruas de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Encontro com Elvis Presley nas ruas de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Nosso segundo dia fomos assistir, também no MGM, o Burlesque Show do Crazy Horses, uma companhia francesa que tem uma filial em Vegas. O show é uma obra de arte sensual, 12 mulheres com corpo escultural, usando seus diferentes figurinos e um tapa sexo, apresentam vários atos com diferentes temas. São cenas bonitas, nada pejorativas e provocativas no ponto exato. O show é só para maiores, mas não tem limite de idade, várias senhoras e seus senhores estavam lá conferindo, no gargarejo.

Esperando o show começar em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Esperando o show começar em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


O terceiro dia saímos mais cedo e fizemos um passeio com a Juli e David no Old Town onde está a famosa Fremont Street Experience. Foi ali que toda esta história começou, quando os homens vinham de longe cruzando os EUA em busca do sonho dourado da Costa Oeste americana.

Casino na tradicional rua Fremont, em Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos

Casino na tradicional rua Fremont, em Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos


Um dos mais famosos anúncios luminosos de Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos

Um dos mais famosos anúncios luminosos de Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos


Margaritas cremosas e drinks bombásticos em copos gigantes, casas só para rapazes e os bons e velhos cassinos por todos os lados. Esse dia com um colar brega no pescoço, um copão de brain freeze sentei numa caça-níqueis apostei! Tinha que entrar no clima de Vegas! Joguei oitenta centavos e recuperei pelo menos a metade.

A Ana se arrisca em cassino de Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos

A Ana se arrisca em cassino de Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos


Dali nos mandamos para a

placa oficial

de boas vindas à Vegas, onde turistas fazem fila para tirar fotos e inventar as mais diferentes poses para se sentir ainda mais em Vegas.

Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos

Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos


Tivemos apenas 40 minutos para nos arrumar e chegar à strip, agora na parte norte, onde está o verdadeiro agito da cidade.

Show de águas e luzes em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Show de águas e luzes em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Passamos pelos mega kitchies Luxor e Paris e pelos gigantes Cosmopolitan, Cesar´s, Belaggio, Venetian e vizinhança. Jantamos e fomos direto para uma das maiores atrações da nossa temporada, o espetáculo Mysterious do Cirque du Soleil, no Treasure Island Hotel.

A pequena Veneza de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

A pequena Veneza de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Cirque du Soleil dispensa apresentações, eu já estive em outros dois espetáculos no Brasil e eles continuam surpreendendo sempre, sou fã incondicional! Durante quase duas horas mergulhamos em um mundo de fantasia completamente diferente de tudo o que vivemos, e olhe que temos vivido intensamente!

Show do Cirque de Soleil em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Show do Cirque de Soleil em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


O final da noite foi no bar do Cosmopolitan após o show de águas do Belaggio. De alguma forma era difícil entender que ali eu teria que me despedir da minha irmã mais uma vez, dizendo aquele tedioso “até não sei quando”. A última vez que nos vimos pessoalmente (amo skype), foi no nascimento da Luiza (sobrinha) em Julho de 2010. Quem sabe quando será a próxima...

Com a Ju na night de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Com a Ju na night de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Hora da despedida da Ju e do David em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Hora da despedida da Ju e do David em Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos


Eu e o Ro saímos do Cosmopolitan com a intenção de ir para uma boate, dançar até cair... mas confesso que essa despedida me pegou desprevenida e a energia toda de repente foi embora, junto com a minha irmã. Até logo Ju! Adeus Las Vegas!

Caminhando pelas ruas de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Caminhando pelas ruas de Las Vegas - Nevada, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Nevada, Las Vegas, Cirque du Soleil, Crazy Horses, Freemont Street

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Everglades National Park

Estados Unidos, Flórida, Miami, Everglades

Jacaré nada em rio do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Jacaré nada em rio do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


O Everglades Nacional Park está localizado no sul da península da Flórida, a menos de 2 horas de Miami. O pantanal norte americano é formado por 5 diferentes biomas, o que compõe uma rica e diversificada fauna, abrigando animais como onças, veados do rabo branco, jacarés, crocodilos, tartarugas e dezenas de tipos de aves.

Rio repleto de jacarés no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Rio repleto de jacarés no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Muitos pássaros no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Muitos pássaros no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Vindo de Orlando, nós dirigimos pela estrada que margeia a fronteira norte do parque e parte da Big Cypress National Preserve, que faz divisa com o Everglades, protegendo um ecossistema importante para a manutenção do ciclo de cheias e secas da região.

Paisagem típica do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Paisagem típica do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Na fronteira leste está o acesso mais próximo à cidade de Miami, onde está o Centro de Visitantes Principal, via Homeastead, com museus e quadros explicativos sobre o parque, e que também dá acesso às principais trilhas.

Onça empalhada no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Onça empalhada no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Há várias formas de visitar o Everglades, cruzando de carros, conhecendo algumas trilhas ou a bordo de um air-boat, um barco movido por um ventilador gigante que oferece passeios pela área alagada. Alguns dos passeios de air-boat são guiados pelos Índios Seminoles, que vivem na reserva às margens do parque e possuem um conhecimento prático daquele ecossistema. Uma visita ao centro cultural da aldeia também deve ser interessante para comprar artesanatos e conhecer um pouco da cultura deste povo nativo-americano.

Pássaro se seca no sol forte do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Pássaro se seca no sol forte do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Nós tínhamos um compromisso em Miami ainda hoje, então apressados fizemos o passeio mais comum entre os visitantes do Everglades, mas não menos interessante. Esta rota de carro cruza a reserva de leste a sul, passando por todos os ecossistemas existentes no parque: Hardwood Hammock, Pineland e Cypress passando pela região alagada de Freshwater Slough, Freshwater Marl Prairie até a região de mangue, quando a água doce se encontra com o mar nos manguezais, terras baixas litorâneas e estuários marinhos.

Região pantanosa no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Região pantanosa no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


[Epoca de flores no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

[Epoca de flores no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Durante o passeio vamos parando pelas diversas trilhas e passarelas construídas sobre a região pantanosa para observação da vida silvestre. Na época seca é mais fácil de avistar os animais que acabam se reunindo nas pequenas lagoas restantes. Nós pegamos o parque na estação intermediária, ainda com bastante água, mas sem chuvas.

Tartaruga nada em brejo no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Tartaruga nada em brejo no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Mesmo assim pudemos ver muita vida na Anhinga Trail, jacarés, tartarugas, pássaros e aqueles cenários lindos de pantanal alagado, espelhando o céu azul e ensolarado da Flórida. Como todos os parques nos Estados Unidos a visita é super organizada, tanto no site do Everglades National Park, quando no centro de visitantes você consegue um mapa completo com um resumo da história do parque e uma explicação dos principais atrativos, fauna e flora. Com mais tempo viajaríamos até Flamingo, a principal cidade ao sul do parque e no norte faríamos um passeio no eco-friendly air-boat, fica a dica.

Visitando o Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Visitando o Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


No final de tarde chegamos à Miami, depois de exatos dois anos em que estivemos aqui, logo no início da viagem quando aproveitamos as milhagens que iam vencer para fazer a primeira fase caribenha da viagem. Naquela ocasião comemoramos o nosso primeiro aniversário de casamento com os padrinhos Marcelo e Su. Prometemos que voltaríamos dirigindo o nosso carro brasileiro e aqui nós hoje, cumprindo a promessa! Um marco para a viagem comemorado em um jantar delicioso em um restaurante indiano em Key Biscayne. Noite de muitas comemorações, há 2 dias foi o aniversário da nossa amiga e cicerone Su, hoje completamos 3 anos de casamento e fechamos um ciclo há muito tempo esperado no nosso roteiro dos 1000dias. Cheers!

Comemoração dos três anos de casamento, junto com o Marcelo, Su e seus pais, num restaurante em Key Biscayne, na Flórida - EUA

Comemoração dos três anos de casamento, junto com o Marcelo, Su e seus pais, num restaurante em Key Biscayne, na Flórida - EUA

Estados Unidos, Flórida, Miami, Everglades, Animal, Everglades National Park, Natureza, parque nacional

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Marco do descobrimento

Brasil, Bahia, Trancoso, Porto Seguro, Arraial d'Ajuda, Santo André

O mar visto do alto do Quadrado de Arraial d'Ajuda - BA

O mar visto do alto do Quadrado de Arraial d'Ajuda - BA


Mais uma despedida das nossas companheiras de viagem, mas dessa vez acho que foi pra valer, ou melhor, até a próxima no Rio ou onde elas forem nos visitar! Seguimos viagem com intuito de chegar em Itabuna, mas no caminho passamos por cidades importantes na história do Brasil.

A Igreja do centro histórico de Arraial d'Ajuda - BA

A Igreja do centro histórico de Arraial d'Ajuda - BA


Primeira parada, Arraial d´Ajuda, cidade construída em um platô acima do nível do mar, com uma vista maravilhosa para a praia, coberta por coqueiros e de águas protegidas pelos recifes. Com o dia meio indeciso, não sabia se chovia ou fazia sol, não havia nada melhor do que uma programação cultural e histórica. Andamos pelo Santuário de Nossa Senhora D´Ajuda e pelas casinhas antigas da vila que dão um colorido à cidade. Milhares de lojinhas com todos os tipos de bugigangas, cangas e roupas aguardando os turistas. A brodway é a rua do comercio e dos restaurantes, não muito charmosa. Descendo do platô para a praia passamos pela Praia do Parracho, onde pousadas e beach clubs e condomínios residenciais dominaram a faixa entre a rua e a areia. Caminhamos um pouco até a chuva nos fazer acelerar o passo em direção à Porto Seguro.

O mar visto do alto do Quadrado de Arraial d'Ajuda - BA

O mar visto do alto do Quadrado de Arraial d'Ajuda - BA


Pegamos a balsa para Porto Seguro e fomos direto para o centro histórico, conhecer onde foi fundada a primeira vila no novo mundo. É até engraçado, na cidade está veiculando uma campanha dizendo “Nasci em Porto Seguro. Meu nome é Brasil.” Chegamos ao centro histórico e demos uma volta no complexo que possui hoje 3 igrejas, sendo a primeira delas a de Nossa Senhora de Misericórdia, construída em 1526, juntamente com um convento e um posto naval. Ao lado está a pedra fundamental colocada por Gonçalo Coelho, responsável da Coroa Portuguesa por formar a primeira vila brasileira.

Visitando o centro histórico de Porto Seguro - BA

Visitando o centro histórico de Porto Seguro - BA


É curiosa a sensação de estar ali, onde tudo começou. Andei por trás dos prédios e igrejas onde ainda vemos um cenário um pouco bucólico e fiquei imaginando o dia a dia dos portugueses na época. Pobres tupiniquins, foram conquistados e logo escravizados, diferente dos Pataxós, Aimorés e Cataxós que resistiram à colonização, retomando a cidade de Porto Seguro duas vezes!

Índios vestidos a carater no centro histórico de Porto Seguro - BA

Índios vestidos a carater no centro histórico de Porto Seguro - BA


Além dessa faceta histórica, Porto Seguro hoje é palco para as maiores festas, recebe nesta época milhares de estudantes que buscam, praia, sombra e muita badalação. Só não conhecemos a famosa Passarela do Álcool, pois só começava as atividades mais tarde.

Aspectos do centro histórico de Porto Seguro - BA

Aspectos do centro histórico de Porto Seguro - BA


O tempo começou a fechar novamente, um temporal se armou e caiu sobre nós exatamente em que estávamos na balsa de Cabrália para Santo André, onde decidimos dormir por esta noite. Uma vilazinha ainda pouco explorada pelo turismo, mas com pousadas muito charmosas e aconchegantes. Ficamos na Jucumã, uma pousada à beira da praia, com gazebos e lounges deliciosos para nos escondermos da chuva em alto estilo. Para fechar o dia, Steffano, o dono da pousada e chef da cozinha nos preparou um jantar com a típica cozinha italiana. Tagliattele com molho de queijo pecorino romano e camarão e um bom vinho, maravilhoso! Não tem jeito melhor de espantar a chuva!

Descansando no centro histórico de Porto Seguro - BA

Descansando no centro histórico de Porto Seguro - BA

Brasil, Bahia, Trancoso, Porto Seguro, Arraial d'Ajuda, Santo André, Arraial d´Ajuda, bar da praia, mar, Rio

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Carona de Pescador

Brasil, Maranhão, Ilha de Lençóis

Conduzindo o barco com o dia raiando, na viagem entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Conduzindo o barco com o dia raiando, na viagem entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Hoje, 4h30 da manhã já estávamos no porto de Apicum Açu, embarcando no barco de pesca Yuri II, nossa carona para a Ilha de Lençóis. Ainda estava escuro, a lua cheia iluminava o rio e a única coisa que sabíamos é que tínhamos 4 horas de viagem pela frente.

Deixando o porto de madrugada, no início da viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Deixando o porto de madrugada, no início da viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Eu havia visto o mapa do Maranhão no guia rodoviário e, nesta escala, só conseguia visualizar a Baia de Lençóis e a vizinha Baia de Turiaçú, onde o rio do mesmo nome desemboca no mar. Por este mapa vamos sair por este rio e margear algumas ilhas até alcançar a Baia de Lençóis.

De madrugada, lua cheia, início da viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

De madrugada, lua cheia, início da viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Entramos no barco e logo ele partiu, apenas com a luz da lua. A sombra dos manguezais, o vento batendo tranquilo em nossos rostos e a sensação de liberdade plena. Estamos longe de tudo, principalmente longe dos pacotes e esquemões turísticos.

Lua cheia no início da viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Lua cheia no início da viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Mesmo para os turistas mais aventureiros a Ilha de Lençóis é um destino bem alternativo, já que a infra-estrutura da ilha é pouca e a distância mesmo para os maranhenses é muita. A viagem direto de São Luis para a Ilha pode durar até 12 horas. Esta sensação de estar desbravando, chegando aonde poucos chegaram, é uma das mais maravilhosas da viagem.

Viajando de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Viajando de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Os pescadores estavam concentrados em seu trabalho, ou com sono mesmo, pois não estavam para muita prosa. Achamos por bem esperar clarear o dia para puxar assunto. Estávamos ansiosos para ver a paisagem, entender o caminho que estávamos fazendo e qual seria o tempo que pegaríamos pela frente. Todas as nuvens a esta hora da madrugada parecem de chuva. Mas se chover, que chova canivete, fomos com o espírito pronto para tudo.

Dia nascendo durante a viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Dia nascendo durante a viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Aos poucos o dia foi clareando e as nuvens começaram a se definir, o vento frio bateu e um dos pescadores veio nos oferecer para guardarmos as coisas junto com a tralha de pesca, em um compartimento fechado e mais protegido. “As coisas ficam secas, mas a gente vai ter que se molhar mesmo!”, nos avisou, simpático.
Foi a nossa deixa para a conversa, ele começou a nos explicar o caminho, saímos pelo rio Apicum Açu, que nem constava no nosso mapa, e dele caímos direto na Baia dos Lençóis, um belo corte de caminho! Vieram alguns pingos, mas não foram suficientes para nos ensopar. Ao longe avistamos alguns barcos, algumas ilhas e muitas nuvens pretas. Estávamos indo direto na direção delas, a cada “poc poc” do motor chegávamos mais perto.

Ultrapassando outro barco durante a viagem entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Ultrapassando outro barco durante a viagem entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Um dos pescadores nos mostrava cada ilha e nos ensinou um novo conceito de casa que nunca havíamos conhecido. Os ranchos dos pescadores fixados em bancos de areia no meio da baia, no caminho entre Apicum Açu e o mar aberto. Eles as usam como posto avançado para pesca, dormem ali e seguem para o alto mar. Outros ficam por ali mesmo, região boa para a pesca de camarão. Passam uma semana, 10 dias longe de casa. O camarão resiste sem gelo, pois eles cozinham, salgam, descascam e embalam para a venda, a maior parte vai para Belém e São Luis.

Casa de pescador no meio do mar, na viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Casa de pescador no meio do mar, na viagem de barco entre Apicum Açu e a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Quase três horas de viagem depois começamos a avistar ao longe a Ilha de Lençóis, árvores e um pedacinho de duna. Logo o vento frio bateu, vimos os pescadores se cobrirem com uma lona azul, sinal de que a chuva estava chegando novamente. Nos preparamos para água, pois o céu estava mesmo preto, olhamos para o lado e há apenas uns 200m víamos o mar crespo, salpicado pelas gotas da chuva, mas conseguimos escapar andando na borda da nuvem. Mais uma vez escapamos por muito pouco, confesso que não sei se foi sorte nossa ou manha do mestre do barco que só navegava na tangente dos chuveiros que São Pedro abria lá em cima.

Chegando à Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Chegando à Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Depois de 4 horas de viagem, enfim chegamos a Ilha de Lençóis. Não é difícil reconhecer a ilha, pois dentre tanto verde e mangue de repente surgem imensas dunas de areia. Como será que essas dunas se formaram aqui, no meio do mar?

Dunas da Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Dunas da Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Os pescadores moram em Bate Vento, comunidade vizinha, logo do outro lado do canal. Descemos ali no areal encharcado, daqueles que afundam o pé. A viagem mesmo longa não chegou a ficar tediosa nem um minuto, não apenas pelo espírito aventureiro que nos acompanhava, como também pela ansiedade de descobrirmos estas novas paisagens das Reentrâncias Maranhenses.

Nosso barco nos deixa na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Nosso barco nos deixa na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Brasil, Maranhão, Ilha de Lençóis, Dunas, Reentrâncias Maranhenses

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Rumo a São Salvador!

Brasil, Bahia, Morro de São Paulo, Salvador

Primeira Praia, em Morro de São Paulo - BA

Primeira Praia, em Morro de São Paulo - BA


Um dia de viagem de um lugar tão bacana, precisa de uma despedida à altura. Mesmo morrendo de sono, acordamos cedo e fomos nadar da praia até a Ilha do Caité, também conhecida entre nós como a Ilha do Paulinho. Há muitos anos atrás o Rodrigo viajou para cá e fez esta mesma travessia, que da praia parece muito próxima do que realmente é. Maré vazia e vazante, nadamos aproximadamente 400m e logo chegamos neste banco de areias e coral em frente à terceira praia. Exploramos a ilha, suas mini-piscinas naturais e seus corais, escrevemos nossos nomes e apreciamos Morro de São Paulo de um novo ângulo, sabe que dali ela fica ainda mais simpática, parece uma pequena vila.

Tomando banho na Primeira Praia, em Morro de São Paulo - BA

Tomando banho na Primeira Praia, em Morro de São Paulo - BA


Começamos a nadar novamente para a praia e ao lado dos meus pés, ainda nos corais rasos, eu avistei uma cobra do mar, amarela pintada de marrom. Eu nunca tive medo de cobra no mar, sei que são do bem, ainda mais quando eu estou toda equipada para mergulho autônomo. Porém desta vez foi diferente, a vi ali ao meu lado passando por onde eu andava. Tentei manter a calma, mas ela rapidamente se virou para a minha direção! Eu, que estava vagarosa e cuidadosa com os corais, não levei um minuto para estar no fundo, nadando para bem longe dela!

Com o Tasso, da Pousada Porto dos Milagres, em Morro de São Paulo - BA

Com o Tasso, da Pousada Porto dos Milagres, em Morro de São Paulo - BA


Voltamos para a vila já para nos preparar para a ida à Salvador. Conversamos longamente com o Tarso, dono da pousada onde estávamos hospedados, enquanto tomávamos uma caipirinha de tangerina deliciosa preparada por Renato. Tarso nos contou como eram os seus tempos de infância e adolescência na vila de pescadores de Morro de São Paulo. Tempos estes em que os veranistas, arretados, tiveram que fazer uma vaquinha para comprar um trator para cuidar do lixo e um gerador de eletricidade. Hoje a pousada dele fica onde era a casa que seu pai comprou de um pescador e ele diz que prefere Morro como é hoje, tem mais agito, pessoas para conversas e meninas para observar.

Igreja matriz de Valença - BA

Igreja matriz de Valença - BA


Pegamos a barca de Morro para Valença e só no caminho descobrimos que ela parava mesmo era no atracadouro e dali deveríamos pegar um ônibus para Valença. Fomos nós, busão acima e estrada abaixo até o estacionamento da Fiona. Fui dirigindo até o ferry-boat para Salvador, achei que seria mais perto, mas foi uma longa viagem, que começou em Morro as 16h e só terminou na casa de Mônica as 22h. Long way, mas não vejo a hora de matar as saudades dessa terra, ainda mais tão bem acolhidos por minha mainha baiana, mesmo depois de 11 anos longe!

O rio que corta  Valença - BA

O rio que corta Valença - BA

Brasil, Bahia, Morro de São Paulo, Salvador, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Florestas Alagadas

Brasil, Amazonas, Manaus, Novo Airão

Um dos milharess de igapós em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Um dos milharess de igapós em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


A imagem mais clara que tenho na minha cabeça sobre a Floresta Amazônica é das suas áreas alagadas. Boa parte das florestas passam 6 meses submersas e 6 meses secas. Esta dinâmica de águas desenvolveu no seu entorno uma grande biodiversidade de fauna e flora, o solo de várzea é permeável e as árvores adaptadas a vida embaixo d´água.

Árvore submersa sob mais de 5 metros de água, em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Árvore submersa sob mais de 5 metros de água, em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Hoje fomos explorar uma parte destas florestas, dentro do Arquipélago de Anavilhanas. O maior arquipélago fluvial do mundo, da Ilha da Sacada até a Ilha do Jacaré, com cerca de 400 ilhas, lagos, igarapés, igapó e paranás.

Passeando num dos lagos do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Passeando num dos lagos do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Algumas das ilhas de Anavilhanas ficam exatamente em frente à cidade de Novo Airão, são mais de 50 comunidades ribeirinhas no entorno da estação ecológica. Toda esta área é formada por um mosaico de áreas de preservação, parques nacionais, etc. É feito um grande esforço para aliar os interesses das atividades de subsistência destas populações, como pesca, caça e a exploração turística, à preservação deste ecossistema.

Chegando ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Chegando ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


A Floresta Amazônica possui 3.500.000 km2, o equivalente a 40% do território brasileiro. São mais de 50 mil espécies de animais vertebrados, 2000 espécies de peixes, dentre elas o pirarucuu, peixe que chega a quase 3m de comprimento e vive nas áreas rasas próximas às margens. São mais de 300 répteis, sendo 175 espécies as serpentes, além dos lagartos e quelônios. Isso tudo sem falar dos mamíferos, mais de 500 e aves, 30% das encontradas em todo o mundo.

Camaleão vem nos fazer companhia no café da manhã na Pousada Bela Vista, em Novo Airão - AM. Ao fundo, o Rio Negro

Camaleão vem nos fazer companhia no café da manhã na Pousada Bela Vista, em Novo Airão - AM. Ao fundo, o Rio Negro


Vermelho, nosso guia, veio nos buscar com seu barco direto no nosso hotel, dali atravessamos o braço direito do Rio Negro, mais largo e raso, por isso tido como secundário. O braço principal passa à esquerda do arquipélago, em direção à Manaus. Ele é mais fundo e por isso possui um trânsito de grandes embarcações muito mais intenso. Entramos em um Paraná e logo encontramos um bando de botos cinza.

Um dos 'paranás' (grandes canais) do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Um dos "paranás" (grandes canais) do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Mais alguns minutos entramos em um igapó, um trecho de floresta alagada, passando próximos às copas de árvores imensas e até algumas árvores completamente inundadas. Impressionante é que elas sobrevivem, suas folhas continuam lá, embaixo da água verdinhas se esticando em busca de luz. Ali, entre seringueiras e cipós da orelha de elefante, encontramos um pequeno jacaré de um metro e meio que descansava atrás de uma sapopema, árvore de raízes imensas (parecida com a figueira).

Grande árvore na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Grande árvore na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Açaí, fruta muito comum em Novo Airão e em todo o estado do Amazonas

Açaí, fruta muito comum em Novo Airão e em todo o estado do Amazonas


A sapopema é a árvore utilizada para comunicação entre os índios e caboclos que vivem na floresta, batendo com um pau seu tronco e fazendo um barulho imenso. Nela encontramos também ovas de caramujos, parecia uma fruta do conde verdinha presa ao seu caule.

Grande caramujo na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Grande caramujo na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Seguimos e no caule de outra árvore encontramos uma tarântula dentro do seu casulo, Vermelho a cutucou até sair, toda peluda e terrível! Mais alguns paranás e igapós depois chegamos ao Apacú, o maior lago do Arquipélago de Anavilhanas.

Uma grande tarântula que habita a floresta inundada de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Uma grande tarântula que habita a floresta inundada de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Um mar que quase não podemos ver a outra margem, na cheia possui diversos acessos, porém na seca há apenas uma saída. Ali mergulhamos no meio do lago de águas escuras, avermelhadas e cada mergulho chamava a atenção dos nossos amigos botos cor-de-rosa, que logo apareceram por ali. Não demorou e os cinzas também apareceram e pudemos ver a rivalidade entre eles, barulhos, batidas e saltos nos deram uma ideia de como acontece este encontro.

O Vermelho, nosso guia e piloto em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

O Vermelho, nosso guia e piloto em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Já no caminho de volta paramos rapidamente para uma foto em terra seca e vimos aquele lagarto “Jesus”, que se assustou, quando tentei tirar uma foto, e saiu correndo sobre a água! Sensacional a rapidez do bichinho! O passeio foi lindo e só nos deixou com vontade de voltar para conhecer ainda o Parque Nacional do Jaú, com matas ainda mais intocadas e uma noite na floresta.

Um pequeno visitante em nosso barco durante passeio ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM

Um pequeno visitante em nosso barco durante passeio ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM


Durante o período de seca a paisagem muda completamente, barrancos, campinas, lagos fechados e dezenas de praias de areias claras se formam às margens de cada ilha. Cenários maravilhosos e outro tipo de diversão, com muito calor e água morna.

Rio Negro bem calmo num dia de muito sol em Novo Airão - AM

Rio Negro bem calmo num dia de muito sol em Novo Airão - AM


Despedimos-nos de Novo Airão em um delicioso almoço no restaurante Leão da Amazônia O simpático chefe francês Cristophe e seu sócio cearense possuem dois restaurantes na cidade. Ontem conhecemos a filial do centro, foi uma grande sorte! Chegamos tarde, logo após um evento onde almoçaram o Cônsul da Suíça e o Cônsul do Japão, encontramos queijos e pratos deliciosos já prontos.

Deck sobre o Rio Negro no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM

Deck sobre o Rio Negro no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM


Por isso quisemos aproveitar e hoje conhecer a sede principal, o Leão da Amazônia beira rio. Uma salada e um peixe encontro das águas, pirarucu com molho de açaí de um lado e molho branco com vinho e cebola flambada do outro. Tudo isso às margens do lindo Rio Negro. Bela despedida!

Muito bem alimentados, à beira do Rio Negro, no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM

Muito bem alimentados, à beira do Rio Negro, no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM


O retorno foi meio penoso, vim dirigindo na estrada tranquila, mas tivemos que ficar mais de uma hora na fila da balsa para Manaus. Sábado, não queríamos deixar de conhecer um lugar que nos foi indicado por Cristophe, o Wyndin Bar. A maior atração é o seu aquário com peixes locais, dois pirarucus de quase dois metros, tambaquis e tartarugas. É simplesmente fantástico. Dá pena ver estes peixes ali, mas é menos sofrido quando sabemos que eles chegaram ali ainda bebês e se acostumaram com aquele espaço. São duas fêmeas, lindíssimas, com quase 2m de comprimento, caudas largas e rosadas maiores de o corpo e a cabeça. Elas parecem ter uma relação ótima, são carinhosas e se acompanham o tempo todo, muito curioso.

Hipnotizado pelo aquário de um restaurante em Manaus - AM

Hipnotizado pelo aquário de um restaurante em Manaus - AM


Um dia mergulhados nas florestas alagadas, animais e peixes amazônicos. Deu para ter pelo menos uma ideia deste imenso e magnífico mundo verde, que estamos apenas começando a explorar.

Pirarucu nada em meio a Tambaquis no aquário de um restaurante em Manaus - AM

Pirarucu nada em meio a Tambaquis no aquário de um restaurante em Manaus - AM



Glossário das Águas
Igarapé – é um riacho que tem como origem uma nascente de água.
Igapó - uma ligação entre dois rios, ou lagos e rios dentro das florestas alagadas e que desaparecem na época de seca.
Paraná – uma ligação entre dois rios, ou lagos e rios que não seca, a não ser em secas excepcionais.

Brasil, Amazonas, Manaus, Novo Airão, Anavilhanas, arquipélago, Boto Cor de Rosa, Rio Negro

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

Santa Lúcia Sub!

Santa Lúcia, Soufriere

Uma bela tartaruga durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Uma bela tartaruga durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Santa Lúcia é o paraíso preferido de muitos famosos, seja se hospedando em um dos resorts super luxuosos e exclusivos nos arredores da ilha ou como a apresentadora de televisão americana Oprah, na sua mansãozinha particular. A cantora Amy Winehouse costumava se hospedar, o Jade Mountain Resort, o mais caro da ilha, que pode custar até US$ 2.680,00 dólares por noite! Visitamos também a praia do Jalousie Luxury Resort, outro lugar maravilhoso onde até a areia foi importada! Antiga praia de areias negras e pedras que hoje é uma das mais brancas e exclusivas da ilha.

A Sugar Beach, com areias brancas importadas de Granada, no resort Jalousy, entre as duas Pitons, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia

A Sugar Beach, com areias brancas importadas de Granada, no resort Jalousy, entre as duas Pitons, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia


Vista para a Gros Piton, no resort Jalousy, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia

Vista para a Gros Piton, no resort Jalousy, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia


A Sugar Beach, com areias brancas importadas de Granada, no resort Jalousy, entre as duas Pitons, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia

A Sugar Beach, com areias brancas importadas de Granada, no resort Jalousy, entre as duas Pitons, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia


O sol nasceu e nós estávamos entre um paredão de pedra, a baía e o belíssimo Petit Piton. Partimos para a Anse Chastanet Beach, uma praia tranquila e protegida por dois resorts e um parque marinho. Qualquer um pode visitá-la, mas o resort espanta os vários hustlers que tentam se aproveitar dos turistas nas praias. Música caribenha tradicional rolando solta, cabanas de palha, sol e mar. Precisa de mais alguma coisa?

A deliciosa praia de Chastanet, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia, no Caribe

A deliciosa praia de Chastanet, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia, no Caribe


A deliciosa praia de Chastanet, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia, no Caribe

A deliciosa praia de Chastanet, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia, no Caribe


Esta é uma das melhores praias para snorkel na região. Recifes coloridos, com cavernas e paredes lindas para treinarmos a apneia. Nos afastamos e passamos das boias que limitam o parque marinho para ter a melhor vista do Gros e o Petit Piton, vistos do mar. Surpresa a nossa quando levamos uma chamada do barco de mergulho que opera ali na região: “as correntes são fortes e podem te levar as far as Venezuela!

Snorkel na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, com vista para as montanhas Piton

Snorkel na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, com vista para as montanhas Piton


Maravilhoso snorkel na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia

Maravilhoso snorkel na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia


Snorkel em caverna submarina na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia

Snorkel em caverna submarina na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia


Uma sereia na saída de caverna submarina durante snorkel na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia

Uma sereia na saída de caverna submarina durante snorkel na praia de Chastanet, em Soufriere, sul de Santa Lúcia


Saindo para mergulhos em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Saindo para mergulhos em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Bem impressionados pela visibilidade e belezas marinhas da Anse Chastanet Bay, decidimos mergulhar. No segundo dia em Soufrière saímos de barco para o naufrágio Lesleen M, que mesmo com baixa visibilidade, é um lindo mergulho! O cargueiro de 55m foi naufragado em 1985 para tornar-se um recife artificial, hoje está recoberto de gorgonas e corais de fogo, além de muitos peixes e crustáceos. Entramos na sala de máquinas, subimos pelas escadas e chegamos à cabine do piloto, penetração fácil, mas cuidadosa, para não se cortar ou queimar encostando-se a algum dos corais.

Explorando o naufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Explorando o naufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Mergulho no naufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Mergulho no naufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Os belos cenários do anufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Os belos cenários do anufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Os belos cenários do anufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Os belos cenários do anufrágio Lesleen M, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


O segundo mergulho foi nos Pináculos da Soufrière Bay, um conjunto de 5 ou 6 pináculos de pedra recobertos de corais e esconderijos para todas as espécies marinhas. A forte corrente deixa a visibilidade melhor e o mergulho mais emocionante, terminando com uma parada de segurança aos 5m brincando com o nosso primeiro star fish, com tantos braços quanto uma medusa!

Explorando um pequeno canyon entre dois pináculos em mergulho em  Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Explorando um pequeno canyon entre dois pináculos em mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Mergulhando nos pináculos submersos em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Mergulhando nos pináculos submersos em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Uma moréia durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Uma moréia durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


A mais estranha estrela-do-mar que eu já tinha visto, durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

A mais estranha estrela-do-mar que eu já tinha visto, durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


O terceiro mergulho da série eu fiz sozinha no terceiro dia, fomos para o ponto chamado Fairyland. Um drift dive que começa no paredão da Chastanet Bay e pega uma carona na corrente que nos levou quase até os pináculos. A cor amarela das bob-esponjas tubulares colore a parede, entre vários cardumes, caranguejos, moréias e uma tartaruga que parecia estar acostumada aos turistas curiosos.

Uma bela tartaruga durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Uma bela tartaruga durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Linguado tenta se camuflar durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

Linguado tenta se camuflar durante mergulho em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Se você prefere a terra ao mar, Santa Lúcia não irá decepcionar. Uma das ilhas mais montanhosas do Caribe, seu principal cartão postal são os dois Pitons - Gros Piton e Petit Piton - montanhas formadas de rochas vulcânicas como um cone perfeito. O Gros Piton (Grande Piton) é um dos trekkings mais famosos da ilha e leva em torno de 4 horas com acompanhamento de guias especializados. O pequeno Piton, ao contrário do nome, é mais alto que o primeiro, porém muito mais difícil de subir, já que não existe uma trilha formal e em várias partes é necessária a utilização de cordas para segurança.

As figuras inconfundíveis das montanhas Piton, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe

As figuras inconfundíveis das montanhas Piton, em Soufriere, sul de Santa Lúcia, no Caribe


Cuidado com os locais que se oferecem para guiar ao Petit Piton, a maioria deles não tem experiência e o equipamento necessário. A dica é conversar com a Associação de Guias no centro da cidade de Soufrière para que eles indiquem alguém treinado. Mesmo sabendo disso, nós resolvemos dar uma chance ao nosso amigo Booma, pensando em incentivá-lo a sair do bar e ir para a natureza, forma muito melhor de ganhar dinheiro para criar as filhas. Assuntamos sobre sua experiência com conhecidos em comum e nos disseram que seria um bom guia. Bem, não poderia dar em outra, infelizmente o cara não apareceu e nós acabamos ficando sem o nosso trekking.

Chegando perto da Petit Piton, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia

Chegando perto da Petit Piton, em Soufriere, no sul de Santa Lúcia


Se você quer ver atividade vulcânica, a Sulphur Springs tem mirantes para uma cratera vulcânica desmoronada, com gases sulfurosos e poças de lama fervente. Ali próximo, está a mais turística Diamond Waterfall and Mineral Bath, incluída na maioria dos tours. Nós pulamos esta programação, mas fechamos o nosso dia tomando um banho nas águas sulfurosas e calientes da menos turística Piton Falls.

A Pitons Falls, com águas termais, perto de Soufriere, no sul de Santa Lúcia

A Pitons Falls, com águas termais, perto de Soufriere, no sul de Santa Lúcia


Não é difícil entender por que Santa Lúcia foi escolhida um dos principais destinos de lua de mel, não é mesmo? Só vai depender do seu bolso para escolher o quão exclusiva será a sua experiência.

Fim de tarde em Rodney Bay, em Santa Lúcia

Fim de tarde em Rodney Bay, em Santa Lúcia

Santa Lúcia, Soufriere, Caribbean, dive, Island hopping, Mergulho, Trekking, vulcão

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

La Serena

Chile, La Serena

Caminhando na praia de La Serena, no Chile

Caminhando na praia de La Serena, no Chile


La Serena é um dos principais balneários de veraneio da costa chilena, o segundo maior destino turístico do país entre os nacionais, ao lado de Valparaíso e Viña del Mar. Uma cidade horizontal com não mais que 130 mil habitantes espalhada pelo litoral e há poucos quilômetros da zona da pré-cordilheira chilena, com vales verdejantes, plantações de frutas, vinhas e uma das principais zonas pisqueras do Chile.

O farol da cidade de La Serena, no Chile

O farol da cidade de La Serena, no Chile


Fundada em 1544 seu centro histórico ainda possui as casas no estilo colonial, ao redor da Plaza de Armas, porém grande parte da cidade antiga foi destruída por ataques piratas e por um grande terremoto em 1730. A maioria das atividades acabam se concentrando perto da Avenida Costanera, repleta de restaurantes à beira mar, chalés e hotéis, além de grandes edifícios residenciais que emprestam ares modernos à cidade.

Reencontro com o Oceano Pacífico na cidade de La Serena, no Chile

Reencontro com o Oceano Pacífico na cidade de La Serena, no Chile


Vista de Coquimbo e de La Serena, do alto da cruz do Milênio, no Chile

Vista de Coquimbo e de La Serena, do alto da cruz do Milênio, no Chile


No canto direito da praia está o Farol de La Serena que marca o início das longas praias banhadas pelo pacífico. No canto esquerdo o limite com o município de Coquimbo, com seu porto artesanal de pescadores à beira do morro de ladeiras boemias de paralelepípedo. Recentemente o mesmo morro se tornou a casa para a curiosa e imponente Cruz del Tercer Milênio.

A gigantesca Cruz do Milênio, em La Serena, no Chile

A gigantesca Cruz do Milênio, em La Serena, no Chile


Comemorando os 2 mil anos do nascimento de Cristo, Coquimbo arquitetou esta cruz gigante, com 93m de altura e 40m de largura. A Cruz del Milenio não é apenas um símbolo católico da santíssima trindade, mas um belo mirante para toda a região de La Serena até a praia de Totoralillo, no sul, passando por El Barrio Inglês, La Herradura, o porto e as praias do sul. A cruz conta com uma ampla capela na sua base, um museu com peças doadas pelo Papa João Paulo II e nos braços um corredor com bustos de todos os papas deste milênio, faltando apenas o novo Papa Francisco.

O mar de La Serena, no Chile. Ao fundo, a Cruz do Milênio

O mar de La Serena, no Chile. Ao fundo, a Cruz do Milênio


A bela capela sob a Cruz do Milênio, em La Serena, no Chile

A bela capela sob a Cruz do Milênio, em La Serena, no Chile


El Faro Monumental de la Serena foi o nosso ponto de partida na visita à cidade. Numa tarde ensolarada e de ventos frescos na beira do mar caminhamos pela praia, e não conseguimos reunir coragem para entrar na água. Almoçamos com vista para o mar de uma culinária fusion dos Andes e do Pacifico, risoto de quinua com tilápia, fetuccine com côngrio ao molho de cogumelos, simplesmente maravilhoso.

Observando o farol de La Serena, no Chile

Observando o farol de La Serena, no Chile


Restaurante do nosso delicioso almoço em frente à praia de La Serena, no Chile

Restaurante do nosso delicioso almoço em frente à praia de La Serena, no Chile


O pôr do sol foi na praia de Totoralillo, depois da visita à Cruz del Milenio. Totoralillo é uma praia tranquila, com uma pequena península de areia que adentra o mar onde aparentemente funciona um club de praia no verão, e um bar que estava fechado na parte esquerda da praia.

A pequen a pacata praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

A pequen a pacata praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Paramos por uma hora para caminhar, meditar e ver o sol se pôr no pacífico. Quando retornamos à Fiona a encontramos assim.

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Eles agiram rapidamente, nos primeiros 20 minutos que chegamos, já que testemunhas afirmaram que a viram arrombada quando chegaram 30 minutos antes. Eu tenho quase certeza que sei quem foram os ladrões, que estavam saindo quando chegamos... Triste, de certa forma decepcionante... Foi a primeira vez nestes 3 anos e meio que fomos roubados e justo no país que todos pensamos ser um dos mais desenvolvidos aqui na América do Sul. Eles levaram 3 mochilas e uma bolsa que continham 2 câmeras digitais (seca e molhada) e algumas fotos que não havíamos copiado. Em uma das mochilas estavam diferentes acessórios eletrônicos, cabos, carregadores, computadores de mergulho e a nossa câmera subaquática. Na minha mochila cargueira de 80 litros, vários equipamentos de camping, 2 sacos de dormir, colchão de ar, máscaras de mergulho e acessórios. Na minha bolsa badulaques femininos e o pior, a minha carteira com dinheiro e documentos brasileiros, casacos, tênis... e por aí vai a lista... Duro é saber que eles não vão conseguir vender essas coisas pela metade do preço que elas valem e nós teremos que comprar tudo novamente pelo dobro!

Admirando a praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Admirando a praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Mas sempre gostamos de ver o lado bom das coisas! Tivemos muita sorte de ter tirado várias das bagagens que quase nunca tiramos da parte de trás da Fiona, as deixamos junto com os nossos computadores no hotel, além de termos levado os nossos passaportes e a principal câmera fotográfica conosco para a praia. Apesar da tristeza e do choque em encontrar a Fiona nestas condições, o mais importante de tudo é que nós estamos bem! Agora é praticar o desapego, repor os equipamentos que precisamos e seguir em frente!

Admirando o pôr-do-sol na praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Admirando o pôr-do-sol na praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


O dia seguinte passamos arrumando os vidros em uma vidraçaria especializada que se compadeceu da nossa situação de viajantes brazucas tão longe de casa e conseguiu acelerar o corte especial do vidro da caçamba e deixa-la pronta no mesmo dia.

A Fiona já está de vidros novos, colocados em vidraçaria em La Serena, no Chile

A Fiona já está de vidros novos, colocados em vidraçaria em La Serena, no Chile


A grande surpresa que tivemos neste dia foi descobrir que um amigo viajante argentino, Maxi, que acompanhamos por internet e encontramos lá em Playa del Carmen no México, está aqui, em La Serena! Maxi e Marianela são do projeto Latino America Sonríe (veja mais neste post) e eles já terminaram, voltaram para San Juan na Argentina e estão vivendo as novas aventuras depois da viagem, organizando a vida e esperando a chegada da primeira filha, Alegra! Mari está na Argentina e já temos certo que iremos encontra-los passando por San Juan, mas pudemos adiantar os muitos assuntos com Maxi, que teve uma surpresa quando chegamos no seu endereço em La Serena. E a nossa passagem por aqui que terminaria triste pelo roubo logo teve uma reviravolta feliz pelo reencontro com o amigo, que amanhã nos acompanhará no passeio aos verdes Vales de Elqui e a zona pisqueira do Chile.

Até s pelicano admira o fantástico pôr-do-sol na praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Até s pelicano admira o fantástico pôr-do-sol na praia de Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Chile, La Serena, Coquimbo, Cruz del Milenio, Praia, Totoralillo

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Los Volcanes de Antigua

Guatemala, Antigua

Descendo do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Descendo do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


Nas proximidades de Antigua estão quatro vulcões: el Volcán de Água, Fuego, Acatenango e o Pacaya. O Vulcão de Água (3.766m) está inativo e é o mais próximo da cidade, porém de mais difícil acesso. Curiosamente este vulcão, mesmo inativo, é um dos que mais provoca desastres na região. De tempos em tempos sua cratera colapsa derramando toda a água que se acumula dentro dela, destruindo vilas inteiras com a gigantesca massa de água! Dá para entender de onde surgiu o seu nome.

A grandiosa paisagem com duas encostas vulcânicas observadas do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

A grandiosa paisagem com duas encostas vulcânicas observadas do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


O Volcán de Fuego (3.763m) é um dos vulcões mais ativos da América Central. "Chi'gag", seu nome em cakchiquel, significa "onde está o fogo", nos vilarejos próximos pode-se ver o vermelho da lava em noites sem nebulosidade. Os registros de suas violentas erupções datam desde 1524, quando o conquistador espanhol Pedro de Alvarado, pode vê-lo em atividade. Sua última erupção foi em 2010, um dia depois de uma terrível tormenta tropical Ágatha, que fez o Volcán de Água lavar os povoados das suas encostas. Neste episódio 152 pessoas morreram e 100 ficaram desaparecidas com a passagem do Agatha em toda a Guatemala.

Restos da última erupção do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Restos da última erupção do vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


Unido ao Volcán de Fuego está o Acatenango (3.976m), um estratovulcão com dois picos, a união dos dois é conhecida como La Horqueta. Embora ligado ao de Fuego, este é um vulcão inativo, se tornando o melhor mirante da cratera sempre ativa do seu irmão Fuego. Este é o trekking preferido dos aventureiros que vão até Antigua, normalmente feito em dois dias, pois nas noites estreladas é quando melhor se vê a lava e pequenas erupções.

Caminhando em meio à fantasmagórica paisagem vulcânica no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Caminhando em meio à fantasmagórica paisagem vulcânica no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


Nosso primeiro plano era fazer este trekking, mas infelizmente o tempo não estava ajudando e não adiantaria de nada subir e ficar a ver nuvens. Então decidimos ir ao maior competidor do Fuego, no quesito “vulcão mais ativo da América Central”. Pacaya está a 47km de Antigua e entrou em atividade há milhares de anos. Depois de quase um século adormecido, voltou a atividade em 1965 e desde então não parou mais. É o vulcão mais indicado para aqueles que querem ver atividade vulcânica, lava, fumaça, calor. A sua última erupção foi em maio de 2010 e matou um jornalista e um jovem, além de 3 crianças desaparecidas.

Passando por fendas criadas por um rio de lava no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Passando por fendas criadas por um rio de lava no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


O tempo estava péssimo, subimos com muita nebulosidade, chuva e vento. Biron (leia-se Bairon), um jovem super astuto que trabalha no estacionamento que usamos em Antigua, nos acompanhou até lá e foi contando todas as histórias dos desastres acontecidos na região. Chegando lá, tivemos que contratar um guia local (150 quetzales = uns 25 dólares), obrigatoriedades do parque. Esperneamos, mas essa obrigatoriedade começou desde o último incidente. Biron 2 (sim, o guia local também chama “Bairon”), nos contou como foi o dia da erupção.

Com o Byron, que nos acompanhou até o vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Com o Byron, que nos acompanhou até o vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


A caminhada começa por um morro vizinho, conhecido como Cerro Chino. Biron estava lá, com familiares, olhando o vulcão, tirando fotos com a lava que escorria tranquilamente por sua canaleta. Eis que ouviram a primeira explosão e, experientes, não pensaram duas vezes, desceram correndo as ladeiras, usando todos os atalhos possíveis. Ao lado deles estava a equipe de televisão que fazia uma reportagem sobre o vulcão. Eles avisaram a equipe para descer imediatamente, porém eles decidiram descer até onde estava o carro, no terreno da antena da emissora. Chegando lá, o carro havia pegado fogo e ali mesmo o repórter foi atingido por uma pedra incandescente e morreu na hora. O cinegrafista conseguiu escapar. Nós ainda vimos a cruz colocada no local onde o repórter foi encontrado... Literalmente, uma fatalidade.

Início da caminhada no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Início da caminhada no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala


Desde então o Pacaya se acalmou e para a infelicidade dos dois viajantes aqui, toda a lava já secou e restaram apenas dois resquícios da sua atividade, um buraquinho quente, onde o povo gosta de derreter um marshmellow ou assar uma salsicha e uma linda caverna. A gruta, além de nos proteger um pouco da ventania e da chuva, ainda recebe um pouco de calor do rio de lava que corre ali por perto.

Esquentando-se numa das fontes de calor no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala. Sinal de que a lava ainda está ali perto!

Esquentando-se numa das fontes de calor no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala. Sinal de que a lava ainda está ali perto!


O trekking valeu a pena, nos exercitamos e conhecemos mais um pouco da cultura e da história da Guatemala. Fato curioso foi que descobri que meu tio esteve aqui em 1986, um ano antes de uma grande erupção com coluna de cinzas que chegou a 8km de altura. Anos depois quem passou por aqui foi a minha irmã, quando participou do Jamboree Panamericano de 1997 e 98 foi outro ano de grande atividade, quando o vulcão lançou cinzas sobre a capital, fechando o aeroporto por 3 dias. Será que teremos uma nova erupção do Pacaya no ano que vem, para manter a tradição? Ficaremos atentos.

Caldeira de lava com pouco mais de um ano de idade, no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Caldeira de lava com pouco mais de um ano de idade, no vulcão Pacaya, próximo à Antigua, na Guatemala

Guatemala, Antigua, Fuego, Pacaya, Trekking, vulcão

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Philipsburg à Paramaribo

Suriname, Paramaribo, Sint Maarten, Philipsburg

Visual totalmente caribenho em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Visual totalmente caribenho em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Philipsburg é a capital de Sint Maarten, país holandês que dividi a pequena ilha com o território francês de Saint Martin. Como já havíamos explorado bem St. Martin, (pronuncia-se Sãn Martãn) resolvemos aproveitar o nosso último dia para conhecer este lado da ilha.

Marina de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Marina de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Conhecida como a única verdadeira cidade da “friendly island”, Phlipsburg é um imenso aglomerado urbano. Podemos dizer que pelo seu tamanho e estrutura ela é a capital não apenas de St. Maarten (pronuncia-se Saint Mártin), mas a capital econômica de todas as suas minúsculas vizinhas.

A ilha de Saba vista de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

A ilha de Saba vista de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Ontem chegamos já era noite, mas não nos rendemos aos 30 dólares de táxi. Como experiência e economia preferimos pegar um ônibus que nos levou do aeroporto até a cidade por 10 dólares. Normalmente custariam 2 dólares por pessoa, porém com bagagem nos saiu um pouco mais caro. No ponto de ônibus conhecemos uma moça totalmente atenciosa que sabia onde ficava a nossa guesthouse. Ela não só nos avisou, como desceu conosco, andou até a guesthouse e nos deu todas as orientações para conhecer a região. O calçadão da beira mar, com restaurantes e barzinhos, a rua das compras, etc.

Rua em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Rua em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


No caminho passamos pelo Salty Pond era uma das fontes econômicas de St Maarten, que fazia extração de sal deste lago. Há anos a atividade foi abandonada e também o lago. Hoje é um esgoto a céu aberto. No último ano, depois de um grande temporal e inundação, descobriram que ainda assim o lago possui algumas espécies “mutantes” de peixe. São peixes imensos que se alimentam de todo o tipo de lixo jogado ali. Depois da inundação eles apareceram nas avenidas, para a surpresa dos moradores.

Nossa última tarde no Caribe, em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Nossa última tarde no Caribe, em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Maho e Simpson Bay são as mais badaladas durante a noite. Cassinos e bares animados seguem madrugada adentro! Ontem à noite, nós, mais velinhos, saímos comer algo no calçadão de Philipsburg mesmo e quase não encontramos restaurante aberto. Praticamente todos fecham a cozinha às 22h.

Despedida do Caribe em pier da praia de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Despedida do Caribe em pier da praia de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Hoje saímos para tomar um café da manhã e encontramos um lugar de uma dominicana que servia sucos frescos, exprimidos na hora, coisa raríssima aqui! Depois na dúvida se alugávamos um carro ou ficávamos pela cidade mesmo, saindo andando e explorando a região do porto, lojas e porto. Eu estava precisando de um óculos de sol, já que o meu além de velho, podre e riscado eu havia esquecido em Saba. Em uma hora de caminhada pelo calçadão já tínhamos tudo resolvido, óculos novos, pomada, soro fisiológico e pilhas recarregáveis compradas. Cidade duty free, acaba sendo uma boa oportunidade para resolver este tipo de pendências de uma forma mais barata.

Visual totalmente caribenho em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Visual totalmente caribenho em Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Acabamos decidindo ficar por ali mesmo, aproveitar uma prainha rápida para depois pegarmos o nosso vôo. Aqui qualquer praia é paradisíaca, mesmo ao lado do porto e marina, a água azul e as areias brancas fazem sempre parte do pacote. No caminho para a praia encontramos um grupo de crianças tocando seus bumbos, tambores, caixas e repiliques. Uma versão local do “Projeto Olodum”. A batida é de arrepiar! Impressionante como percussão mexe comigo, emociono, danço, choro, rio, é uma delícia!

Bateria formada apenas por crianças, em rua de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe

Bateria formada apenas por crianças, em rua de Philipsburg, capital de Sint Maarten - Caribe


Ali mesmo, enquanto assistíamos às crianças tocando, tivemos uma outra boa surpresa: trombamos na rua com Andries, nosso anfritrião em Saba! Andries estava resolvendo algumas coisas aqui na “capital”, já deveria ter voado ontem para Saba, mas seu vôo foi postergado para hoje devido aos fortes ventos. Bem que vimos, por pouco o nosso vôo de Statia também não foi pego nessa. Fizemos festa, batemos papo e acabamos mais uma vez nos despedindo deste mais um novo amigo que fica. A despedida do Caribe acabou nos reservando boas surpresas! Trâmites no aeroporto, vôo de 1h30 até Port of Spain em Trinidad, escala de aproximadas 2 horas dentro do avião, e já seguíamos para Paramaribo. Nosso vôo chegou antes do esperado, 23h já estávamos no solo. Uma hora e pouco de estrada e transfer entre o aeroporto e a cidade e finalmente chegamos ao hotel!

Vôo no pôr-do-sol sobre o mar do Caribe, em direção ao Suriname. Fim da temporada caribenha...

Vôo no pôr-do-sol sobre o mar do Caribe, em direção ao Suriname. Fim da temporada caribenha...


Hoje acostumados a estar sempre em novos lugares, acaba sendo uma sensação diferente chegar novamente ao mesmo ponto. Um misto de alegria, pois sabemos que foi mais uma etapa cumprida, com retrocesso, pois parece que nem saímos do lugar! Fora que já estamos nos sentindo em casa, o Wendell, garçom que ficou nosso amigo, abriu uma exceção e preparou um sanduíche de queijo para nós. Mas o principal mesmo, a primeira coisa que eu quis fazer, (com mochila e tudo) foi reencontrar a Fiona! Lindona, ficou um mês estacionada aqui se perguntando: “Onde será que esses dois malucos foram parar? Por que me abandonaram? Pais mais desavergonhados!” Mas vai ficar tudo bem, vamos mostrar as fotos para ela, contar tudinho e ela logo irá entender! Rsrsrs! De Philipsburg a Paramaribo em um dia... e os 1000dias continuam nas estradas na América do Sul!

O feliz reencontro com a Fiona no nosso hotel em Paramaribo - Suriname

O feliz reencontro com a Fiona no nosso hotel em Paramaribo - Suriname

Suriname, Paramaribo, Sint Maarten, Philipsburg, beach, Caribbean, despedida, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Página 2 de 113
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet