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Blog da Ana - 1000 dias

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La Guajira e os Wayuus

Colômbia, La Guajira

As paisagens grandiosas da península La Guajira, na Colômbia, no extremo norte da América do Sul

As paisagens grandiosas da península La Guajira, na Colômbia, no extremo norte da América do Sul


La Guajira, departamento colombiano que faz fronteira com a Venezuela, nunca esteve nos nossos planos de viagem. Passaríamos por ela a caminho de Maracaibo sem nem saber direito o que deixaríamos para traz não fosse uma conversa com os nossos amigos expedicionários suíços Tina e Marcos. Seu primeiro destino na América do Sul seria justamente Punta Gallinas, a ponta mais ao norte da América do Sul, na península de La Guajira. Ficamos curiosos, mas como teríamos pouco tempo não criamos esperanças.

Mapa da península La Guajira, extremo noirte da América do Sul, em agência de viagem em Riochacha, maior cidade da região, na Colômbia

Mapa da península La Guajira, extremo noirte da América do Sul, em agência de viagem em Riochacha, maior cidade da região, na Colômbia


Dias mais tarde, ainda antes de chegarmos à Colômbia continental, encontramos um grupo de mergulhadores na ilha de Providência e dois deles me falaram novamente sobre La Guajira. “Vocês irão passar por lá, tem que fazer um tour para conhecer o povo indígena wayuu e os desertos coloridos de La Guajira!”, ficamos novamente tentados a conhecer, afinal eram mais duas pessoas falando do mesmo lugar. Já em San Andrés, na recepção de um hostal encontramos uma revista cuja a reportagem de capa eram os desertos da península mais ao norte da América do Sul. Era um sinal, impressionante como em uma mesma semana este lugar se tornara um assunto recorrente.

Cruzando o deserto da península de La Guajira, na Colômbia, extremo norte da América do Sul

Cruzando o deserto da península de La Guajira, na Colômbia, extremo norte da América do Sul


Assim que tiramos a Fiona do porto de Cartagena fizemos o nosso caminho em direção à Venezuela, paramos em Taganga e Tayrona com uma pressa maior do que a normal, era o nosso inconsciente trabalhando para incluirmos esse destino no roteiro. Retornamos das trilhas no Parque Nacional Tayrona e dirigimos até a cidade de Riohacha, capital de La Guajira.

Praia em Riochacha, cidade na entrada da península de La Guajira, no norte da Colômbia

Praia em Riochacha, cidade na entrada da península de La Guajira, no norte da Colômbia


Todas as informações que tínhamos nos diziam que a península era um lugar inóspito e fácil de se perder. Desertos, lagos de sal e centenas de caminhos que podem te deixar andando em círculos. Além disso esta mesma semana foi encontrado o carro de um casal de expedicionários espanhóis que teriam sido sequestrados na região e ainda não tinham notícias do seu paradeiro. Seria uma grande aventura ir até lá sem um guia, mas nós não tínhamos tempo para nos perder, atolarmos e nos encontrarmos. Decidimos contratar um guia local que além de nos ensinar os caminhos, nos ajudaria a mergulhar na cultura wayuu nestes 2 dias que teríamos por ali.

O belíssimo deserto na parte norte da península de La Guajira, na Colômbia

O belíssimo deserto na parte norte da península de La Guajira, na Colômbia


Os wayuus são 45% da população de todo o departamento e apenas 30% deles fala espanhol. Eles são de origem arawak, o mesmo povo que desceu para popular a Amazônia e que subiu em canoas para colonizar as ilhas do Mar do Caribe. Vivendo em um ambiente árido e hostil eles conseguiram se isolar e resistir à colonização europeia por muito mais tempo que as outras populações indígenas da Colômbia e da Venezuela. Não é à toa que são conhecidos como uma tribo guerreira e arredia aos arijunas, nós brancos, pessoas estranhas e que não conhecem e seguem a cultura wayuu. Seu território não tem limites políticos, ele é mais antigo do que qualquer definição colonial e até hoje os clãs transitam livres entre os países sul-americanos.

O pouco trânsito que encontrávamos nas estradas da península La Guajira, na Colômbia

O pouco trânsito que encontrávamos nas estradas da península La Guajira, na Colômbia


Os wayuus que vivem à beira do mar tem sua economia baseada na pesca, extração de sal e recentemente do turismo que está começando a descobrir a região. No interior o clima desértico e a falta de chuva tornam difíceis os cultivos, sendo a criação de gado e chivos (cabras), a principal atividade. Quando encontram solo apropriado e água, as culturas mais comuns são o milho, o feijão, a mandioca, o pepino, melão e melancia.

Ovelhas pastam no deserto da península de La Guajira, na Colômbia

Ovelhas pastam no deserto da península de La Guajira, na Colômbia


Um rancho no deserto da península La Guajira, na Colômbia

Um rancho no deserto da península La Guajira, na Colômbia


Contratamos nosso guia por uma agência local a Wayuu Tours. Claudia e Shirley são wayuus modernas que nasceram e viveram na cidade de Riohacha, mas mantém suas raízes, usando os vestidos tradicionais, passando a língua e os conhecimentos para seus filhos e tratam de ajudar a sua comunidade organizando tours pela península, levando trabalho e fazendo girar a economia na região. Assim além de Alex, ganhamos a companhia também de Edwin, sobrinho de Alex e filho de Shirley, que está aprendendo com o tio os caminhos de La Guajira. Há alguns meses ele guiava um grupo de turistas, perdeu a entrada da estrada para Punta Gallinas e foi parar lá em Nazareth, povoado no outro lado da península.

o Edwin e seu sobrinho Alex, nossos guias na península La Guajira, na Colômbia

o Edwin e seu sobrinho Alex, nossos guias na península La Guajira, na Colômbia


“É muito fácil se perder”, diz Alex, que vive há 43 anos na região e conhece a península como a palma de sua mão. “Estes espanhóis devem ter entrado aqui sozinhos e aqueles que vivem nas montanhas os sequestraram”, completa. Ele se referia às montanhas da Sierra Nevada, reduto das FARCs nesta região do país. As FARCs logo negaram a autoria do sequestro e dias mais tarde finalmente os espanhóis fizeram contato com a sua família esclarecendo a questão. Eles teriam sido sequestrados nas proximidades do Tayrona e seu carro abandonado lá no deserto para confundir a investigação.

Um dos muitos pequenos cemitérios espalhados pelo deserto da península La Guajira, na Colômbia

Um dos muitos pequenos cemitérios espalhados pelo deserto da península La Guajira, na Colômbia


Nós estávamos seguros e tranquilos, saímos de Riohacha com tudo organizado por eles, dormiríamos em chinchorros, redes grandes e de puro algodão feitas pelos wayuus, e provaríamos da culinária regional. Entramos na península pela cidade de Uribia, a capital indígena de La Guajira. Uribia irá receber o encontro de culturas indígenas de vários cantos da América do Sul no final do mês de junho, quando a cidade vira um grande acampamento de várias etnias, idiomas e culturas. Fomos até o centro da cidade apenas para cumprir um pedido da polícia local, que devido aos últimos acontecimentos quer saber quem entra e quem sai da península, com quem estão acompanhados e muito atenciosos deixam até os seus celulares em caso de qualquer emergência.

O trecho asfaltado da longa estrada que nos leva para a península La GUajira, no norte da Colômbia

O trecho asfaltado da longa estrada que nos leva para a península La GUajira, no norte da Colômbia


A estrada de terra que segue ao lado do caminho de trem para o norte da península La Guajira, na Colômbia

A estrada de terra que segue ao lado do caminho de trem para o norte da península La Guajira, na Colômbia


Início do labirinto de pequenas estradas que nos leva ao deserto no norte de La Guajira, na Colômbia

Início do labirinto de pequenas estradas que nos leva ao deserto no norte de La Guajira, na Colômbia


O asfalto chega até Uribia e daqui em diante seguimos pouco menos de 30km por estrada de terra paralela à linha férrea que faz o transporte de carvão mineral extraído nas minas de Cerrejón, 150 km ao sul, até o Puerto Bolívar na baía de Portete. Foi lá pelo km 24 que entramos no emaranhado de caminhos de areia, estradas rurais e o grande deserto de La Guajira. O cenário semiárido nos lembra muito o sertão nordestino, mas mais deserto e mais pobre. De tempos em tempos éramos parados por pedágios das famílias que vivem nestas terras. Uma cordinha e uma mulher ou uma criança sentados à beira da estrada. Às vezes duas mulheres e 8 crianças, as meninas sempre vestidas com o vestidinho wayuu e os meninos com a camiseta e um shorts.

Cabo de La Vela, litoral ocidental da península de La Guajira, na Colômbia

Cabo de La Vela, litoral ocidental da península de La Guajira, na Colômbia


Quase todos eles falavam apenas o wayuunaiki, dávamos 100 ou 200 pesos colombianos, Alex trocava cumprimentos e passávamos. A alegria deles com as poucas moedas era clara, estavam vendo que aquela tática funcionava. Alex chegou a dar uma dura em alguns marmanjos preguiçosos, que preferiam ficar ali com uma corda e suas mochilas na sombra ao invés de estudar ou trabalhar. Todos aqui se conhecem, são pouco mais de 26 clãs em toda a Guajira, todos são primos, irmãos ou tios de alguém. Demos a volta na baía de Portete, passando por um terreno enganoso que do alto parecia um deserto seco e firme, mas por baixo era puro sal e lama!

Trilhas de carro cortam o deserto de La Guajira, no extremo norte da Colômbia e da América do Sul

Trilhas de carro cortam o deserto de La Guajira, no extremo norte da Colômbia e da América do Sul


Já quase chegando na Baía Honda eis que vemos um carro que nos parecia familiar, uma Landcruiser marrom parada em um dos “pedágios”. Era Bode, o namorado suíço da Fiona! Marcos e Tina se aventuraram pela península sozinhos, estavam cobertos de lama de atoleiros salgados e rios que tentaram cruzar. Eles entraram na península pelo litoral, passaram por Cabo de La Vela e estavam buscando o caminho para Punta Gallinas.

O incrível reencontro com os suiços Marco e Tina, em pleno deserto da península de La Guajira, no norte da Colômbia

O incrível reencontro com os suiços Marco e Tina, em pleno deserto da península de La Guajira, no norte da Colômbia


Cruzando o deserto da península La Guajira, na Colômbia

Cruzando o deserto da península La Guajira, na Colômbia


No mesmo dia em que nos separamos na estrada para Taganga Tina teve um acidente, descendo da sua barraca no teto do carro ela caiu e ficou pendurada pelo dedo, preso em um anel no carro. Imaginem o estrago! Depois de uma noite com cuidados do “Dr. Marcos” decidiram procurar ajuda profissional e ela foi ao hospital para um curativo descente. Pobre Tina! Ainda assim, experimentando pela primeira vez os ventos sul americanos, estava estampado em suas caras a alegria de estarem livres por este mundão!

Nossos amigos, Marco e Tina, a bordo do Boudi, na península La Guajira, na Colômbia

Nossos amigos, Marco e Tina, a bordo do Boudi, na península La Guajira, na Colômbia


Daqui em diante Marcos e Tina nos acompanharam, ganharam tempo e perderam algumas aventuras nessa terra distante. Tudo bem, o plano deles será continuar por pelo menos mais uma semana perdidos por aqui, entre dunas e praias, wayuus e chivos. By the way, o espanhol deles já melhorou muito, pois aqui mal encontram quem fale espanhol, quem dirá inglês! Paramos para almoçar em um lugar que de fora não daríamos nada, mas dentro era uma simpática casa, com sombra e água fresca, um peixe delicioso, arroz e patacones.

A simpática índia gaiju que nos serviu o almoço na durante a jornada pela península La Guajira, na Colômbia

A simpática índia gaiju que nos serviu o almoço na durante a jornada pela península La Guajira, na Colômbia


Dirigimos por mais 3 horas passando por paisagens maravilhosas, cemitérios e mais cemitérios e inclusive caixões abertos à beira da estrada! Eu hein!? Vimos coelhos, flamingos, patos rosados e até zorros, as raposinhas do deserto. Passamos pelas dunas, belíssimas e finalmente chegamos à praia de Baía Hondita nos últimos minutos do dia, a tempo de ver o sol se pôr no mar.

As incríveis dunas na parte norte do deserto na península La Guajira, na Colômbia

As incríveis dunas na parte norte do deserto na península La Guajira, na Colômbia


Encontro do deserto com o mar, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia

Encontro do deserto com o mar, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia


Encontro de viajantes, brasileiros e suiços, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia

Encontro de viajantes, brasileiros e suiços, no extremo norte da América do Sul, península La Guajira, na Colômbia


O sol se põe na praia mais ao norte da América do Sul, na península La Guajira, na Colômbia

O sol se põe na praia mais ao norte da América do Sul, na península La Guajira, na Colômbia


Demos um mergulho merecido depois de tanto pó e buraqueira! Enquanto Tina e Marcos montavam seu acampamento e o azul da noite chegava, mais um espetáculo se desenhava à nossa frente, o alinhamento de Júpiter, Marte e Vênus! Aquelas três estrelas mais brilhantes no céu ainda iluminado pelo astro-rei à distância. Incrível!

Um raro alinhamento de Jupiter, Venus e Mercurio nos sauda no extremo norte da América do Sul, a península La Guajira, na Colômbia

Um raro alinhamento de Jupiter, Venus e Mercurio nos sauda no extremo norte da América do Sul, a península La Guajira, na Colômbia


Nosso acampamento na Baía Hondita não poderia ser mais confortável. O Rancho de Chander tem uma infraestrutura simples, mas quase luxuosa para os padrões locais. Enquanto o jantar era preparado conhecemos o simpaticíssimo casal italiano Elisiana e Marcos. Eles chegaram aqui de barco, vindos de Riohacha até Cabo de la Vela de carro e daí seguiram por mar, caminho que chegamos a pensar em fazer. As duas horas de lancha com vento contra foram impiedosas e finalmente eles podiam sentar tranquilos e tomar uma polar para relaxar. Polar, sim! Aqui os produtos venezuelanos são mais baratos e fáceis que os colombianos, assim já vamos entrando no clima.

Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia

Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia


Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia

Com o Marco e a Elisiana no rancho em que dormimos, no norte da península de La Guajira, na Colômbia


O casal que vive em Luxemburgo e trabalha no mercado financeiro aproveitou a oportunidade de viagem para o casamento de um amigo, para conhecer um pouco mais do litoral caribenho da Colômbia. O sangue latino e a alegria contagiante nos fez melhores amigos em poucas horas de conversa. Encontrando nossas afinidades culturais, aproveitamos as férias para lavar a alma das quadradices germânicas ou implicâncias francônicas, dos apaixonados pelo jeitinho latino de ser! Uma lua cheia e muchas polarcitas después, Elisiana e Marcos foram para seu confortável quarto, enquanto eu e o Ro experimentamos os deliciosos e espaçosos chinchorros, nunca dormi tão bem em uma rede na minha vida! Melhor assim, pois a manhã seguinte nos reserva muitas outras aventuras!

A Ana ainda dorme no nosso quarto na península de La Guajira, na Colômbia

A Ana ainda dorme no nosso quarto na península de La Guajira, na Colômbia

Colômbia, La Guajira, Baía Hondita, Estrada, off road, Punta Gallinas, Riohacha, Uribia, Wayuus

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Sempre Vivas

Brasil, Minas Gerais, Inhaí (P.N. Sempre-Vivas)

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Ahhh! Agora que comecei a escrever o post foi que me dei conta. É claro que numa sexta-feira, 13 de agosto, íamos ter que passar por algum perrengue! Hoje fomos caminhar pela área do Parque Nacional Sempre Vivas. Como comentei o parque ainda não está formado, estruturado, portanto andamos o tempo todo dentre fazendas e trilhas pouco utilizadas.

Caminhando com o Tinho, nosso guia no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

Caminhando com o Tinho, nosso guia no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Ontem andando pela cidade, assuntamos sobre as cachoeiras e todos falaram que lá encontraríamos muitos desses pequenos aracnídeos indesejados, mas eu ouvia “carrapato” e pensava em “carrapicho” aquela bolinha de espinhos, e o Ro pensava certo mas achando que seriam poucos, totalmente contornável. NÃO! Cruzamos o primeiro pasto e logo tivemos a bela surpresa, uma infestação de carrapatos. Foram uns 200 subindo pelas nossas calças! Tiramos o máximo que pudemos com galhos e folhas, matamos na unha uma quantidade absurda. Cada cachoeira eram uns 10 novos que encontrávamos nas roupas ou subindo pelos braços, pernas e barriga. Malditos blood-suckers! Estão todos mortinhos da silva. A maioria deles fica nesse primeiro pasto mesmo, depois a coisa melhora bastante, mas até você conseguir se livrar deles, já está passando pelo mesmo pasto para ir embora.

Cachoeira do Brocotó, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

Cachoeira do Brocotó, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Bem, o que não tem remédio... então resolvemos relaxar e fomos conhecer as belezas do parque. Conhecemos a cachoeira do Borocotó, Gavião e depois a cachoeira do Vitorino, a mais distante e sem dúvida a mais linda delas.

Cachoeira do Vitorino, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

Cachoeira do Vitorino, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


O parque possui uma área baixa, onde encontramos as cachoeiras e a parte alta, onde ficam as nascentes e os Campos de São Domingos, onde estão as responsáveis pelo nome do parque, as sempre vivas. As flores possuem este nome, pois depois que florescem, em maio, se são colhidas na época certa elas secam e ficam exatamente com a mesma carinha de quando floresceram, parecendo que estão sempre vivas.

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG

As flores Sempre-Vivas, no Parque Nacional das Sempre-Vivas, em MG


Para chegar aos campos são pelo menos 4 horas de caminhada, não viemos programados para acampar lá, mas já ficamos com mais um programa na agenda Pós-1000dias: a travessia do Parque Sempre Vivas de Inhaí até Curumataí, 56km entre morros, rios, campos, sempre vivas e carrapatos.

Brasil, Minas Gerais, Inhaí (P.N. Sempre-Vivas), Carrapatos, parque nacional, Perrengue, Sempre Vivas, trilha

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Oeiras

Brasil, Piauí, Oeiras

Oeiras, antiga capital do Piauí

Oeiras, antiga capital do Piauí


A qualidade de um guia pode modificar completamente uma viagem. Rafael, nosso guia na Serra da Capivara, sem dúvida alguma tornou a nossa experiência muito mais rica e especial. Um sanraimundense formado em geografia e criado nos arredores do parque, apaixonado pelo sertão, pela história de sua cidade, cultura e todas as riquezas pré-históricas e naturais aqui encontradas. Um guardião desta tesouro, como ele mesmo falou. Foi Rafael também quem nos falou sobre Oeiras, primeira cidade do Estado, que em 1718 foi elevada à condição de capital da Capitania do Piauí.

Com o Rafael, nosso guia na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Com o Rafael, nosso guia na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Estávamos ali tão próximos que não poderíamos deixar de conhecer a cidade mais antiga deste estado. Sabíamos que distância nem sempre quer dizer rapidez, mas não imaginávamos que seria tanto. Viemos ontem à tarde pela estrada que liga São Raimundo Nonato a Oeiras, passando por Simplício Mendes. Depois de Simplício a situação da estrada que já era precária ficou pior ainda. Completamente abandonada, com crateras na pista de asfalto e com o acostamento já tomado pela verde caatinga.

Transporte comum na Serra da Capivara e em todo o sul do Piauí

Transporte comum na Serra da Capivara e em todo o sul do Piauí


Enfim, chegamos à Oeiras, uma cidade histórica no interior do Piauí que participou ativamente da emancipação política brasileira em 1822. O casario antigo e a igreja matriz não deixam negar, Oeiras é uma cidade pequena, mas com muita personalidade. A população do município está em festa comemorando o dia da padroeira da cidade. Muito religiosos, todos participam dos festejos, novenas, quermesses e bingos de arrecadação da igreja.

Igreja em Oeiras, antiga capital do Piauí

Igreja em Oeiras, antiga capital do Piauí


Ficamos hospedados em na Pousada do Cônego, que fica em um casarão tombado pelo Patrimônio Histórico desde o século XVIII. A Fiona chama pouca atenção, ainda mais estacionada em frente à pousada e à principal praça da cidade, assim no dia seguinte tivemos uma ótima surpresa! Recebemos no hotel a visita de Bill, promotor de justiça de Oeiras e de Joca Oeiras, paulista radicado no Piauí há 8 anos. Joca é jornalista e na sua primeira visita à cidade logo se encantou e resolveu mudar-se pouco depois.

Com o João Oeiras, em Oeiras, antiga capital do Piauí

Com o João Oeiras, em Oeiras, antiga capital do Piauí


Trocamos entrevistas para nossos respectivos blogs, o Joca falou para o Soy loco e nós viramos notícia no Portal do Sertão, onde registraram a nossa passagem meteórica pela cidade, como bem disse Oeiras.

Veja a matéria .

Uma pena não termos ficamos mais, mas infelizmente com o cronograma apertado precisamos seguir viagem. Trocamos informações, conhecemos um pouco mais da cidade e ainda fomos agraciados com dois interessantes livros, um do próprio Joca Oeiras, Nós & Elis, que conta histórias que giram em torno da atmosfera política do bar de Teresina de mesmo nome. O segundo livro conta a história do Visconde de Parnaíba, líder político da cidade que lutou pela independência do Estado do Piauí, um dos últimos estados brasileiros a deixar de ser colônia de Portugal.


Foi uma passagem meteórica, mas muito rica e que deixou saudades da hospitalidade e das histórias. Que bom que pudemos levar conosco estas memórias e um pedacinho delas nestes livros.

Brasil, Piauí, Oeiras, cidade histórica

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Carnaval em Olinda!

Brasil, Pernambuco, Olinda

Bonecos gigantes em Olinda - PE

Bonecos gigantes em Olinda - PE


Embora vocês não acreditem, nós trabalhamos sim, e muito, para colocar este site em dia. Passamos a manhã e a tarde toda escrevendo e atualizando os nossos posts, fotos e redes sociais. No café da manhã da pousada já havíamos conhecido um casal europeu muito bacana, Francesca, italiana e Thomas, suíço. Eles acabaram de chegar ao Brasil, saindo de -7°C direto para os 30°C de Olinda, e ainda tiveram a maior sorte, pois chegaram em um domingo de carnaval! Desde já em Olinda começam as festividades, todos os domingos os blocos de maracatu, samba e reggae começam a esquentar os tambores, agitando as ruas da cidade. São milhares de pessoas, animadas, lavando a alma depois de uma semana de trabalho suado. Nós também, depois de um dia todo enfurnados na pousada, queríamos mais era cair na gandaia!

Pré-carnaval em Olinda - PE

Pré-carnaval em Olinda - PE


O Carnaval de Olinda é um dos mais famosos do Brasil, depois do Rio de Janeiro e Salvador. Vários dos famosos Bonecos Gigantes de Olinda já estão prontos, mas estes irão para as ruas apenas no sábado de carnaval. Final de tarde e aos poucos as ruas começam a ficar tomadas por pessoas animadas de todos os tipos, classes, idades e intenções. Tem uma música do carnaval baiano que fala sobre isso, o que é mais mágico é ao mesmo tempo o mais intrigante:

“Como esse povo que sofre
Com fome, que passa mal
Vai batucar na panela vazia
E fazer carnaval...

Ôoo ai meu Deus, eu só quero entender...”


Pré-carnaval em Olinda - PE

Pré-carnaval em Olinda - PE


Assistimos ao bloco de maracatu em frente ao presépio de Natal da Igreja São Pedro, seguimos o bloco de carnaval até a Igreja do Amparo e depois subimos a Ladeira da Misericórdia até a Sé. Lá entramos na Escola de Samba do Preto Velho, onde estava rolando uma verdadeira roda de samba, com um show a parte dos passistas da escola de lambuja. Se para nós tudo isso já é maravilhoso e diferente em uma véspera de natal, imaginem como deve ser para Francesca e Thomas! Ainda demos sorte de pegar uma roda de capoeira bem roots na saída do samba, para fechar a noite com chave de ouro.

Casa de samba 'Preto Véio' em Olinda - PE

Casa de samba "Preto Véio" em Olinda - PE


Voltamos para a pousada procurando algum lugar para comer. Ali logo em frente era um dos maiores agitos, carros com brega no último volume e tudo o que vocês podem imaginar. Eu estava até preocupada se conseguiríamos dormir, mas 22h30 em ponto a polícia turística passou solicitando aos festeiros que baixassem o som e tudo começou a se aquietar, “Parece até a Suíça”, comentou Thomas. Demais! Que lindo, que orgulho de fazer parte dessa festa e saber que de alguma forma somos todos parte desta cultura.

Com o Tomas e a Francesca no pré-carnaval em Olinda - PE

Com o Tomas e a Francesca no pré-carnaval em Olinda - PE

Brasil, Pernambuco, Olinda, Carnaval

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Flechas e Conchas

Argentina, Molinos, Cafayate

Fim de tarde no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Fim de tarde no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Um cavalo é sempre especial, mas quando queremos andar a América toda em 1000dias precisamos de algo mais rápido. Pegamos a nossa Fiona, com seus 160 cavalos e aceleramos em direção à Cafayate. As quebradas construídas durante milhares de anos pelas geleiras e degelos dos Andes, escondem tesouros naturais incríveis.

Atravessando o Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Atravessando o Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Já no caminho encontramos o famoso Valle de las Flechas, uma formação geológica espetacular! Ali a pressão exercida nos montes fez com que as camadas de rocha ficassem em ângulos diagonais e que fossem esculpidas em formas de flechas pelo tempo e o vento.

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Monumento Natural de Angastaco, a região possuía um imenso lago, hoje uma grande planície em meio às rochas pontiagudas.

Caminhando no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Caminhando no Vale das Flechas, entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Fizemos um breve almoço delicioso na cidadezinha de San Carlos logo depois do vale. Um cordeiro delicioso regado à cerveja artesanal “Me echó La Burra” local com 8% de álcool.

Deliciosa cerveja artesanal, de grau 8, em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina

Deliciosa cerveja artesanal, de grau 8, em pequena cidade entre Molinos e Cafayate, na Argentina


Há apenas 40 km de Cafayate, já na Rota 68, encontra-se o Vale das Conchas, onde as paredes areníticas foram esculpidas em diferentes cores e formas. Algumas mais famosas como a Garganta del Diablo, o Anfiteatro, Las Ventanas e El Obelisco podem ser vistas da estrada, com direito à muitas paradas para fotografia. Na Garganta Del Diablo conseguimos escalar e subir até o fundo do estreito cânion com 80m de altura.

Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


No Anfiteatro encontramos uma fenda natural com acústica perfeita, sendo testada ao vivo e à cores por um velho cantor, que se apresentava e vendia seus CDs, inspirado pela lua crescente que acabara de surgir no céu.

Entrando no Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Entrando no Anfiteatro, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Depois de tantas quebradas, formações rochosas, cânions, vales e montanhas coloridas, pensamos que não nos surpreenderíamos mais, pois aos poucos vamos nos acostumando. Pois aqui digo tranquilamente, ficamos embasbacados com a capacidade que a natureza do norte argentino tem em continuar surpreendendo!

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina

Explorando a Garganta del Diablo, no Vale das Conchas, próximo à Cafayate - Argentina


Além de cenários naturais espetaculares, Cafayate também é muito procurada pelo eno-turismo. A cidade é cercada por parreirais e bodegas que oferecem degustações e boas explicações sobre a produção dos seus vinhos. Vinhos e paisagens para todos os gostos.

Placa da Rota do Vinho na região de Cafayate - Argentina

Placa da Rota do Vinho na região de Cafayate - Argentina

Argentina, Molinos, Cafayate,

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Mergulhando no Blue Hole e Half Moon Caye

Belize, Blue Hole

Caribbean Gray Reef Sharks nadam ao nosso lado durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Caribbean Gray Reef Sharks nadam ao nosso lado durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


O Blue Hole está localizado no Lighthouse Reef, um arrecife de corais dentro da área protegida pela Grande Barreira de Corais de Belize, a segunda maior do mundo, apenas atrás da Austrália. Ainda que vizinho, o Blue Hole não pertence à grande barreira de corais e está localizado a 70km da costa belizenha.

Navegando sobre o Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Navegando sobre o Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


A viagem de barco dura duas horas, acompanhada de um bonine para não enjoar, foi super tranquila. Tínhamos um grupo bem mesclado de italianos, israelenses, lituanos, alemães, canadenses e americanos, além dos dois brazucas aqui.

A caminho do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

A caminho do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


O mergulho no Blue Hole foi lindíssimo, o que impressiona lá é a sua geografia, é imaginar que este gigante já esteve mais de 50m sobre o nível do mar e formou todas aquelas estalactites gigantescas! Não foi à toa que Jacques Cousteau o declarou um dos 10 melhores lugares para mergulhar no mundo!

Muitos mergulhadores no Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Muitos mergulhadores no Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


Mesmo com uma visibilidade baixa, em torno de 5m, conseguimos ter uma ideia da grandiosidade do buraco, que possui 300m de diâmetro e 124m de profundidade. Mergulhamos apenas em um pequeno trecho da parede leste onde estão as grandiosas estalactites.

Mergulhando nos estalactites do Blue Hole, a 40 metros de profundidade. na grande barreira de corais de Belize


Alguns sortudos conseguiram ver alguns tubarões que estavam nadando ao nosso lado, enquanto nós seguíamos impressionados entre as imensas formações a mais de 40 m de profundidade! Pela falta de luz lá dentro do Blue Hole não existe muita vida, o que impressiona é mesmo o cenário e a história geológica do lugar.

Mergulhando nos estalactites do Blue Hole, a 40 metros de profundidade. na grande barreira de corais de Belize

Mergulhando nos estalactites do Blue Hole, a 40 metros de profundidade. na grande barreira de corais de Belize


Já adianto que quem não é mergulhador pode ficar decepcionado, já que lá, sobre o Blue Hole, não é possível ver nada. Aquela imagem linda que todos conhecemos é só sobrevoando mesmo.

Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


Nossa próxima parada foi Half Moon Wall, um dos mergulhos mais impressionantes que já fizemos! A parede é maravilhosa, coberta de corais coloridos, muitos peixinhos, cavernas e pequenos cânions para explorar, mas ainda assim não olhamos nada disso.

Caribbean Gray Reef Sharks nadam ao nosso lado durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Caribbean Gray Reef Sharks nadam ao nosso lado durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


Por quê? Não conseguíamos tirar os olhos dos lindos tubarões que estavam nos acompanhando no mergulho! Isso mesmo, geralmente tubarões vêm, nos olham de canto e continuam sua rota, mas estes eram diferentes. Os Gray Caribbean Reef Sharks tinham em torno de 2m de comprimento, vivem aqui e estavam curiosos com estes visitantes mergulhando em sua parede de corais.

Encontro com tubarões em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Encontro com tubarões em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


Eles iam e vinham, passando a poucos metros de nós, muito curiosos! Difícil saber se quem estava sendo assistido ali, minha opinião? Eles estavam mergulhando para nos assistir, somos um bicho bem curioso mesmo embaixo d´água, não?

Início de mergulho no Blue Hole na grande barreira de corais de Belize

Início de mergulho no Blue Hole na grande barreira de corais de Belize


No final do mergulho ainda vimos uma tartaruga e uma raia, lindas! Um dos melhores mergulhos da viagem!

Nadando lado à lado com os belíssimos Caribbean Gray Reef Sharks, durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Nadando lado à lado com os belíssimos Caribbean Gray Reef Sharks, durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


Mergulhando nas paredes de corais de Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Mergulhando nas paredes de corais de Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


De volta ao barco o almoço foi servido, frango ao curry, salada e arroz bem gostosos e logo tivemos um tempo livre para passear pela ilha e visitar a colônia de pássaros que vive na reserva.

Nosso almoço em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Nosso almoço em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


Caminhando nas praias de Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Caminhando nas praias de Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


O Half Moon Natural Monument é casa para mais de 4 mil Red-Footed Boobies, que vem para ilha se reproduzir e outra centena de Fragatas com seus papos vermelhos inflados, dando um show de cores e vida! Maravilhoso!

Pássaro infla seu papo vermelho em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Pássaro infla seu papo vermelho em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


Colônia de pássaros em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Colônia de pássaros em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


Colônia de pássaros em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Colônia de pássaros em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


Iguana em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Iguana em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize


Logo foi a vez do nosso terceiro e último mergulho, no Long Caye Aquarium, outra parede de corais maravilhosa, com mais de 30m de visibilidade e 50 de profundidade. Como era nosso terceiro mergulho ficamos nos 20m e agora sem os tubarões para nos distrair pudemos nos divertir explorando cada caverninha coral e ainda tivemos um encontro lindo com duas arraias xitas (spotted eagle rays). Sensacional!

Barracuda curiosa se aproxima de nós durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Barracuda curiosa se aproxima de nós durante mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


No final do mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize, ainda encontramos essa tartaruga acompanhada de dois peixes pegando carona em seu casco

No final do mergulho em Half Moon Wall, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize, ainda encontramos essa tartaruga acompanhada de dois peixes pegando carona em seu casco


Uma bela arraia chita durante mergulho em Long Caye Aquarium, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize

Uma bela arraia chita durante mergulho em Long Caye Aquarium, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais de Belize


Confesso a vocês que se nós tivéssemos pagado o valor acima citado apenas para o Blue Hole eu teria ficado um pouco decepcionada, mas a combinação dos três mergulhos, a visita à colônia de pássaros e o serviço da tripulação foram excepcionais e fizeram o preço super justo!

Momento de descanso em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Momento de descanso em Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize



Dicas Práticas

Tubarão devora mergulhador na decoração de restaurante em San Pedro, na grande barreira de corais, em Belize

Tubarão devora mergulhador na decoração de restaurante em San Pedro, na grande barreira de corais, em Belize


Uma das nossas únicas preocupações durante os 3 dias que ficamos em Caye Caulker era rodar todas as operadoras de mergulho para garantir que esta teria o grupo com no mínimo 8 pessoas para poder sair. Foram 2 dias até que eles conseguissem reunir o grupo. A operadora que nos garantiu a viagem foi a Frenchie´s, uma das maiores operações da ilha, muito sérios e organizados e por isso também um pouco mais caros. Este passeio não é barato, são 450 dólares belizenhos (US$ 225,00), incluindo tudo. O mesmo tour saindo de San Pedro custaria mais de B$ 700,00 além de mais tempo de navegação. A viagem em uma lancha rápida é de 2 horas de ida e mais 2 horas de volta, inclui almoço e 3 mergulhos com uma parada rápida na Área de Preservação em Half Moon Caye (taxa de entrada na área é cobrada à parte.)

Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

Half Moon Caye, perto do Blue Hole, na grande barreira de corais, em Belize

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Diz aí se você gostou, diz!

Camden, Portland e o litoral do Maine

Estados Unidos, Maine, Camden, Portland-ME

A pequena cidade de Camden, vista do alto de Camden Hill State Park, no litoral de Maine, nos Estados Unidos

A pequena cidade de Camden, vista do alto de Camden Hill State Park, no litoral de Maine, nos Estados Unidos


O litoral do Maine é todo recortado, em cada baía, porto ou ilha, milhares de barcos e marinas decoram a paisagem e nos convidam a paradas “estratégicas” para nos deliciarmos com suas lagostas e cenários espetaculares.

Bela ponte atravessa um dos rios do Maine, nos Estados Unidos, chegando em Camden

Bela ponte atravessa um dos rios do Maine, nos Estados Unidos, chegando em Camden


Nesta road trip pelo nordeste dos Estados Unidos o nosso ponto mais ao norte foi a Mount Desert Island, casa do Acadia National Park. Após três dias explorando a região, fazemos meia volta e começamos o nosso caminho em direção à Portland. Difícil escolher em qual das centenas de vilas marítimas pararíamos, então seguimos a dica de alguns amigos e paramos na pequena cidade de Camden.

Visita ao Camden Hill State Park, em Camden, litoral de Maine, nos Estados Unidos

Visita ao Camden Hill State Park, em Camden, litoral de Maine, nos Estados Unidos


No caminho, o Parque Estadual Camden Hills proporciona uma vista linda da baía onde iremos aportar a nossa Fiona para o almoço. Casinhas com suas floridas floreiras, ruas organizadas, lojinhas, livrarias e restaurantes à beira da água foram o cenário ideal para um final de semana tranquilo e relaxado. Infelizmente essas duas palavras não fazem muito parte do nosso vocabulário ultimamente, o tempo urge e não podemos ficar parados.

A charmosa arquitetura de Camden, no litoral do Maine, nos Estados Unidos

A charmosa arquitetura de Camden, no litoral do Maine, nos Estados Unidos


Restaurante no porto de Camden, no litoral do Maine, nos Estados Unidos

Restaurante no porto de Camden, no litoral do Maine, nos Estados Unidos


Chegamos à cidade de Portland no final do dia, levamos quase uma hora procurando hospedagem na área mais gostosa da cidade, mas todos os Inns e Bed and Breakfasts estavam lotados. Acabamos apelando para um hotel de rede mesmo, uma noite bem dormida para explorarmos a cidade no dia seguinte. A surpresa do dia ficou por conta da Fiona, nossa fiel escudeira, que deu pela primeira vez um sinal de cansaço. Nada que uma paradinha na Toyota não resolvesse, trocamos sua bateria que teve uma longa vida de quase 90 mil quilômetros. Enquanto Rodrigo estava na função concessionária, eu e Bebel saímos explorar a cidade de Portland, que sinceramente, deixou um pouco a desejar.

O porto de Portland, em Maine, nos Estados Unidos

O porto de Portland, em Maine, nos Estados Unidos


Não quero ser injusta, sem dúvida é a cidade tem seu charme e a cena gastronômica parece ser uma das mais agitadas do Maine. Tudo irá depender de qual é o seu objetivo, o que quer ver e quanto tempo terá para aproveitar cada um desses pequenos paraísos dos frutos do mar.

Lagosta, especialidade em Portland, no Maine, nos Estados Unidos

Lagosta, especialidade em Portland, no Maine, nos Estados Unidos


Para quem busca atividades mais jovens e interessantes para as crianças (no nosso caso pré-adolescentes), do porto da cidade saem alguns tours de Whale Watching ou pesca esportiva. As ruazinhas antigas são facilmente exploradas em uma manhã de caminhada.

Passeando por Portland, em Maine, nos Estados Unidos

Passeando por Portland, em Maine, nos Estados Unidos


Almoçamos em um japonês, conhecido por ser um dos melhores restaurantes japoneses de toda essa região. Não estávamos muito no clima de museus, então depois de rodar e conhecer um pouco da cidade e fazer umas comprinhas para a Mel, filhota canina da Bebel, decidimos pegar estrada e seguir viagem.

Loja para cães em Portland, no Maine, nos Estados Unidos

Loja para cães em Portland, no Maine, nos Estados Unidos


Delicioso Frozen Iogurt em Portland, em Maine, nos Estados Unidos. O merecido prêmio depois de consertar a Fiona

Delicioso Frozen Iogurt em Portland, em Maine, nos Estados Unidos. O merecido prêmio depois de consertar a Fiona


Sem dúvida Portland é uma boa escapada de final de semana para aqueles que vivem em Boston ou em cidades do interior. Acho que a impressão que tivemos dela ficou prejudicada na comparação com a região do Acadia, onde temos mais natureza e menos urbanização, cada destino tem o seu momento e o seu público, não deixe de visitar e descobrir se Portland é o seu.

O porto de Portland, em Maine, nos Estados Unidos

O porto de Portland, em Maine, nos Estados Unidos

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As Baías de Tobago

Trinidad e Tobago, Speyside, Englishman Bay

A bela praia de Parlatuvier, durante viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago

A bela praia de Parlatuvier, durante viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago


Estamos longe da Fiona, mas não conseguimos ficar longe de uma boa estrada. Hoje decidimos conhecer todo o litoral norte da ilha de Tobago, explorando a maravilhosa Northside Road.

Northside Road, de Speyside à Crown Point, em Tobago

Northside Road, de Speyside à Crown Point, em Tobago


Esta estrada liga Speyside, no extremo leste da ilha, à Crown Point, no extremo oeste, passando por charmosas vilas, belas praias e magníficas baías. O histórico de colonização da ilha torna ainda mais interessante este passeio, pois passamos por vilas de diferentes origens, como a inglesa Charlotteville e a francesa Parlatuvier. Todas entretanto são muito bem temperadas pelos habitantes tobagonians, a grande maioria de origem africana, além de muito calypso e soca music!

Dirigindo de Speyside à Crownpoint, em Tobago

Dirigindo de Speyside à Crownpoint, em Tobago


A estrada sobe e desce as encostas montanhosas, encontrando a cada 10km um povoado diferente, passamos L´Anse Fourmi e logo avistamos a famosa Bloody Bay, palco de alguma batalha sangrenta entre holandeses, franceses e ingleses pela posse da ilha. Hoje fica até difícil imaginar este povo guerreando em suas tranqüilas águas. Ao longe avistamos dois barcos de mergulho nas Sister Rocks, nossos amigos alemães estavam todos lá e nós estaríamos também se não tivéssemos que voar amanhã.

Vista do restaurante em Castara Bay, durante viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago

Vista do restaurante em Castara Bay, durante viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago


Fizemos um pequeno detour até a entrada da Gilpin Trail, uma trilha entre a mais antiga Reserva de Floresta Tropical (Rain Forest) do Ocidente, pelo menos é assim que ela se apresenta. O tempo mudou e nós também decidimos continuar no litoral ao invés de entrarmos na floresta. Retornamos à Northside Road passando por Parlatuvier, passamos reto pela Englishman´s Bay e fomos direto à Castara.

Chegando à Englishman's Bay, durante viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago

Chegando à Englishman's Bay, durante viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago


Castara Bay é um dos novos hot spots para viajantes que procuram algo alternativo e querem ficar longe dos resorts. Encontramos um restaurante super convidativo à beira da praia, mesmo sendo o menu do dia apenas pizza, não resistimos em parar ali e aproveitar a aprazível atmosfera à beira mar.

Restaurante em Castara Bay, onde almoçamos durante a viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago

Restaurante em Castara Bay, onde almoçamos durante a viagem de Speyside à Crownpoint, em Tobago


As distâncias do mapa que temos são um pouco fora de proporção, quando paramos em Castara achamos que estávamos chegando na Englishman´s Bay, então retornamos um pouco e encontramos a pequena estrada que dá acesso a esta praia. Sem dúvida uma das praias mais virgens deste litoral, possui apenas um pequeno restaurante com cardápio crioulo e um bom abrigo para a hora da chuva. Enquanto esperávamos a chuva passar acabamos conhecendo dois casais norte americanos, de Milwauakee. Divertidíssimos e super viajados, Trip, Barbie, Bob e Debbie são parceiros de várias aventuras pelas águas do Caribe e América Central, tentando escapar um pouco do frio de 20°F, algo próximo à - 8°C com muuuita neve.

Encontro com os casais americanos de Miwaukee, na praia de Englishman'Bay, em Tobago

Encontro com os casais americanos de Miwaukee, na praia de Englishman'Bay, em Tobago


Quando a chuva parou e o sol ameaçava sair novamente, caminhamos nesta praia de areias grossas e douradas, entre o verde das montanhas e do mar. Aqui a nostalgia tomou conta, pois em um piscar de olhos nós podíamos imaginar nossos sobrinhos correndo na praia, meus sogros caminhando e o Rodrigo, Guto e Pedro nadando na raia da Praia Vermelha. Este litoral aqui é realmente muito parecido com o litoral norte paulista, porém com água de verde ainda mais radiante.

Praia de Englishman'´s Bay, na costa norte de Tobago

Praia de Englishman'´s Bay, na costa norte de Tobago


Great Courland Bay, região de Crownpoint, em Tobago

Great Courland Bay, região de Crownpoint, em Tobago


Voltamos à estrada, descemos o Arnos Vale e chegamos à Great Courland Bay onde fica o Turtle Beach Resort, por isso é também conhecida como Turtle Beach. Uma praia imensa com um pôr-do-sol fantástico para brindar o final do nosso dia em Tobago. Passamos ainda ao largo de Plymouth e Bucoo Bay em direção à Crown Point, já em clima de despedida. Amanhã seguimos para St. Maarten e St Martin logo cedo, onde iremos comemorar o primeiro aniversário dos 1000dias!

Magnífico pôr-do-dol em Great Courland Bay, região de Crownpoint, em Tobago

Magnífico pôr-do-dol em Great Courland Bay, região de Crownpoint, em Tobago

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Cave Dive in Tulum!

México, Tulum

Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)

Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)


Toda a Península do Yucatán foi formada basicamente sob o mar, corais e sedimentos marinhos que passaram por inúmeras fases de crescimento em um mar de águas quentes e ricas em vida marinha, e outras inúmeras fases emersas em uma rígida era glacial. A movimentação de placas e outras forças geológicas formaram assim uma imensa planície de rocha calcária, rocha hiper solúvel, cavando sistemas imensos de cavernas e rios subterrâneos na região que hoje conhecemos como Península do Yucatán.

Gran Cenotel, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Gran Cenotel, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Vale lembrar que a região possui outro acidente geográfico famoso, uma imensa depressão de terra ao norte de Mérida, na região de Progresso, formada pela queda do gigantesco meteoro que extinguiu os dinossauros. Ao olho nu não se pode notar, pois depois de milhões e milhões de anos ela já foi coberta por outras camadas de sedimentos. Os satélites, porém, a perceberam por sobre ela existir uma leve variação na ação da gravidade, já que a massa compactada pelo impacto é maior. Há quem diga que alguns dos cenotes na região foram abertos pelos estilhaços deste gigantesco meteoro, mas a teoria mais aceita e correta é que estas grandes aberturas, grutas ou cavernas que dão acesso aos sistemas subterrâneos inundados do Yucatán, foram formados pela dissolução e/ou colapsos nos pontos mais frágeis da rocha.

O magnífico cenote Pet Cementery, cheio de formações,  em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

O magnífico cenote Pet Cementery, cheio de formações, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


A colorida vegetação da parte iluminada do Cenote Car Wash, em Tulum, no Yucatán, sul do México

A colorida vegetação da parte iluminada do Cenote Car Wash, em Tulum, no Yucatán, sul do México


Há milhares de anos os “dzonots” (cenotes no maya yucateco) intrigam e causam curiosidade nos mayas que habitavam a região. Fonte de água límpida e refrescante em uma região quente e seca, muitas vezes os cenotes eram utilizados para rituais em homenagem ao Deus Chaac, Deus da Água. Em Chichén Itzá esqueletos e artefatos ritualísticos foram encontrados no Cenote Sagrado.

Final de mergulho, saindo do Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Final de mergulho, saindo do Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México


Depois de uma rápida passagem pela praia e as Ruínas de Tulum com a Valéria, demos uma volta pelas ilhas da costa de Quintana Roo e pelas Ruínas da Ruta Puuc, no estado de Yucatán, retornamos a Tulum com um objetivo: explorar os cenotes e cavernas da região.

Final de mergulho, saindo do Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Final de mergulho, saindo do Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México


Antes mesmo de sairmos do Brasil nós nos preparamos com longos treinamentos de mergulho técnico e mergulho em caverna, apenas para este momento. Este era um sonho antigo que eu tinha e quando contei ao Rodrigo ele foi o primeiro a incentivar e mais, resolveu me presentear o curso de mergulho em caverna.

Nosso inesquecível mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Nosso inesquecível mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Saímos do Brasil com o segundo nível de treinamento nesta área dos mergulhos técnicos, a certificação conhecida como Intro to Cave. Mergulhamos na Mina da Passagem (Mariana, MG), nas cavernas da Flórida e finalmente chegamos ao grande objetivo, os cenotes mexicanos. Aqui, porém, os buracos são literalmente “mais embaixo”. A complexidade da navegação por estes túneis é imensa e uma das grandes causas de morte de mergulhadores treinados e experientes.

Mergulhando em total escuridão no Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Mergulhando em total escuridão no Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México


Assim, resolvemos não apenas mergulhar, mas aproveitar a oportunidade para unir o útil ao agradável e subirmos mais um nível de certificação. São várias as escolas e operadoras de mergulho técnico na região, nós escolhemos a Dos Ojos Dive Center, indicada por outros mergulhadores que conhecemos aqui no México. O Luis está na região há mais de 15 anos e conhece estes cenotes como a palma da mão.

Aluno e professor de mergulho em cavernas, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Aluno e professor de mergulho em cavernas, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Além disso, nos passou muita segurança e conseguiu montar um esquema bem bacana para nos atender. Durante uma semana tivemos aulas práticas dentro e fora d´água, aulas teóricas e muita conversa sobre os casos de acidentes acontecidos nas mesmas cavernas que nós íamos mergulhar. Ele organizou uma programação de treinamentos com mais de 300 horas de mergulhos nos cenotes e fechamos o nosso curso IANTD Full Cave. O Luis foi ótimo, teve uma super paciência revisando conceitos teóricos já meio esquecidos pelos viajantes aqui e soube aproveitar ao máximo o nosso potencial e tempo para sairmos dali seguros do que estávamos fazendo.

O Luis descarrega os tanques no cenote Car Wash, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

O Luis descarrega os tanques no cenote Car Wash, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México



1° DIA - CENOTE DOS OJOS (20/02)

O belo cenote Dos Ojos, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

O belo cenote Dos Ojos, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


O Sistema Dos Ojos é um dos mais longos sistemas de cavernas no mundo, com mais de 82 quilômetros, 28 diferentes cenotes (entradas) e o túnel mais mais profundo já explorado, a 119,1 metros, no Pit, um dos principais cenotes deste sistema. O seu nome se refere à sua entrada principal, formada pela união de dois cenotes que se assemelham a dois olhos (dos ojos, em espanhol). Foi aqui, na sua entrada principal, que começamos a nossa semana de mergulhos nos cenotes mexicanos.

Tanques cheios para os nossos mergulhos no cenote Dos Ojos, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Tanques cheios para os nossos mergulhos no cenote Dos Ojos, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


O Luis queria nos conhecer melhor embaixo d´água e neste primeiro dia nos levou ao Cenote Dos Ojos, fazendo um primeiro mergulho pela área de cavern da Barbie Line, dando tempo para nos acostumarmos novamente com a dupla nas costas, ajustando bem o equipamento, trim e flutuabilidade. O segundo mergulho já foi dentro da área de cave na Imax Line, que ganhou este nome após ser cenário de um filme Imax. Eu fui liderando o mergulho que durou em torno de 80 minutos de pura emoção, vendo as belíssimas formações, estalactites e estalagmites em uma água completamente transparente, acompanhados de pequenos peixes que pegam carona na luz dos mergulhadores para caçar os pobres camarões e outros peixes cegos que vivem dentro das cavernas. E eu achando que eles eram curiosos e aventureiros! =/

Entrando no Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Entrando no Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México



2° DIA – CENOTE LA PONDEROSA ou JARDÍN DEL EDÉN (21/02)

Cenote Jardin del Eden, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Cenote Jardin del Eden, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


La Ponderosa é um cenote famoso por ter participado de uma novela mexicana que lhe rendeu este nome. Recentemente, porém a família evangélica que é dona do terreno resolveu rebatizá-lo chamando-o de Jardín del Edén. Um cenote de águas verdes, cheias de plantas aquáticas e peixes é um lugar famoso entre os turistas para passar o dia nadando e se divertindo. Um cenote sem formações e espeleotemas e por isso é o escolhido pelas escolas como local de treinamento de alto impacto para os cursos de mergulho em caverna.

Placa de avisos no Cenote Jardin del Eden, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Placa de avisos no Cenote Jardin del Eden, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Antes de entrar na água fizemos os land drills, treinamento onde remontamos as linhas guias que encontramos dentro da caverna e treinamos as nossas marcações de navegação. Carretel principal, secundário, jumps e gaps, cookies e setas (ARC – Arrow, Rope, Cookie), tudo volta a ficar vivo na nossa memória, assim como as novas regras de navegação que aprendemos.

Colocando a amarra de um jump no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Colocando a amarra de um jump no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Desta vez Rodrigo foi liderando o mergulho, amarrando o carretel principal na River Run Line, dois jumps conectando-nos à Circuit Line e um último jump à uma restrição. Fomos abrindo caminho em um mundo submarino subterrâneo, que mesmo sem formações, era impressionante. O sistema aqui deve ter sido sempre inundado e foi sendo dissolvido pela ação do ácido carbônico (vindo do CO2) e dissolvendo o granito. As paredes, tetos e pisos brancos pareciam um queijo suíço todo esburacado, a superfície lunar embaixo da terra. Nós fomos até os 14m de profundidade e foi quando descemos aos 12 metros que cruzamos a nossa primeira haloclina, onde a água doce e a água salgada se encontram. Como estamos próximos ao oceano, quando passamos a mergulhar abaixo do nível do mar a água salgada predomina. A mistura das duas é quase como óleo e água, a água fica turva e quase perdemos a visibilidade até cruzá-la e seguirmos pela água mais salgada e quentinha abaixo dos 12m.

Início de curso de mergulho em cavernas com o Luis, no Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Início de curso de mergulho em cavernas com o Luis, no Cenote Dos Ojos, em Tulum, no Yucatán, sul do México


No caminho de volta tivemos uma surpresa quando Luis apagou nossas luzes e tivemos que sair da caverna no escuro! Saímos bem, o que significa que o Rodrigo fez as marcações corretas na entrada. O segundo mergulho foi para recolhermos as linhas que ficaram lá dentro. Só para vocês terem uma ideia, o primeiro mergulho durou em torno e 79’, enquanto o segundo, bem iluminado e já com as linhas colocadas, durou 57’.

3° DIA – AKTUN HA ou CAR WASH (22/02)

Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)

Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)


O Cenote Aktun Há, ou Car Wash tem este nome, pois ele era realmente um “lavador de carros” até pouco tempo atrás. Localizado bem próximo da estrada que liga Tulum a Cobá, o Car Wash foi desativado e liberado apenas para nadadores, mergulhadores e o lindo crocodilo que o chama de lar. Suas águas azuis esverdeadas são repletas de vegetação de um lado, folhas vermelhas e verdes que tem um efeito super bonito embaixo d´água.

Um pequeno jacaré mora no cenote Car Wash, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Um pequeno jacaré mora no cenote Car Wash, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Parte aberta do Cenote Car Wash, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Parte aberta do Cenote Car Wash, em Tulum, no Yucatán, sul do México


Fizemos um mergulho no túnel up stream, passando por um cenote conhecido como “Luke´s Hope” e fazendo um jump “secreto” para a “Habitación de las Lagrimas”. Os nomes são sempre interessantes e tem uma história por trás. Não sei em detalhes, mas Luke´s Hope foi algum caso de um mergulhador (o Luke) que se perdeu e conseguiu se salvar pois encontrou este cenote no caminho. Já o salão, dizem ter ganho este nome tamanha a sua beleza! O primeiro mergulhador/explorador que a encontrou ficou tão surpreso com a quantidade de espeleotemas que teria em seus olhos lágrimas de emoção!

Placa de advertência no cenote Car Wash, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Placa de advertência no cenote Car Wash, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Desta vez eu fui novamente liderando o mergulho e, mal sabia eu, tinha uma pegadinha desde o início. Treinamentos são ótimos para isso, nos fazer aprender com o próprio erro. Bem, adivinhem, o Luis nos passou o planejamento do mergulho: linha principal, passamos pelo cenote, fazemos um jump à esquerda, passamos pelo salão das lágrimas e se der tempo ainda seguimos até o próximo “T”. Lá fui eu para o que depois fui conhecer como um “Mission Dive”, um problema para mergulhadores de caverna, que não podem se perder na pressa de chegar em algum lugar e deixar de prestar atenção nos detalhes, na respiração, consumo de ar, etc. Enfim, nós não tivemos nenhum problema maior, só foi um mergulho demasiado rápido, inclusive na parte mais bonita do mergulho. Lição aprendida!

Esforço para sair da água carregando tanques duplos no Cenote Car Wash, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Esforço para sair da água carregando tanques duplos no Cenote Car Wash, em Tulum, no Yucatán, sul do México



4° DIA – PIT (Sistema Dos Ojos) e PET CEMENTERY (Sistema Sac Actún, 23/02)

Mergulhando em meio aos raios de luz que penetram no Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Mergulhando em meio aos raios de luz que penetram no Cenote The Pit, em Tulum, no Yucatán, sul do México


Nosso quarto dia foi de descanso nos treinamentos, mas não nos mergulhos! O Luis já tinha outro compromisso fora de Tulum, e nós queríamos muito fazer alguns mergulhos de cavern para tirar algumas fotos bonitas. Então preparamos tudo com o pessoal da Scuba Tulum, parceira da Dos Ojos e fomos com Edwin conhecer dois dos cenotes mais impressionantes da região: o Pit e o Pet. Gostamos tanto de lá que voltamos dias mais tarde para fazer apneia e testar o nosso fôlego. Confira o post aqui.

5° DIA – GRAN CENOTE (25/02)

É preciso estar atento aos sinais na linha guia no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

É preciso estar atento aos sinais na linha guia no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Finalmente chegou o grande dia! O dia em que seremos testados e finalmente avaliados para receber (ou não) a certificação de Full Cave. Mergulho em caverna é uma atividade séria e perigosa e os instrutores sabem da responsabilidade que tem em mãos, certificando um mergulhador que se não estiver preparado pode colocar a sua vida e a do seu parceiro em risco. Nós acordamos concentrados, não apenas pelo teste, mas por saber que a esta altura já deveríamos ter todas as habilidades e novos conhecimentos absorvidos bem compreendidos e como parte do nosso modus operandi.

Início de mergulho no Cenote Pet Cementery, em Tulum, no Yucatán, sul do México

Início de mergulho no Cenote Pet Cementery, em Tulum, no Yucatán, sul do México


O Grand Cenote é um dos sistemas mais complexos da região, interligado com outros cenotes, linhas principais e circuitos. Alguns dos acidentes que estudamos durante esta semana se passaram neste lugar, o que nos deixa mais tensos, mas também mais alertas. Grande parte das regras de sinalização que havíamos aprendido no nosso primeiro curso, Intro to Cave, aqui no México simplesmente não podem ser aplicadas, portanto as setas a cada 50 metros sinalizando a saída e com as distâncias marcadas como vimos nos sistemas da Flórida, não existem aqui, até por que podem complicar ao invés de facilitar.

O incrível cenário do mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

O incrível cenário do mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


O planejamento do mergulho basicamente era, dentro da nossa regra de terços, um tempo máximo de 120´, ou seja, 60´para entrar e 60´para sair. Porém havia aqui um detalhe importante, nós queríamos fazer um circuito, o que significa que se não completássemos o Cuzan Nah Loop antes dos 60’, teríamos que voltar e fechar o mergulho sem o loop. Importante lembrar que neste mergulho o Luis seria o mergulhador “fantasma”, apenas nos acompanhando, avaliando cada passo e gentilmente registrando todo o mergulho com a sua câmera sub.

No último dia, o Luis mergulha conosco com seu equipamento de fotografia, em Tulum, no Yucatán, sul do México

No último dia, o Luis mergulha conosco com seu equipamento de fotografia, em Tulum, no Yucatán, sul do México


O incrível mergulho de quase um quilômetro pelo Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

O incrível mergulho de quase um quilômetro pelo Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Eu lideraria o mergulho e tinha em mente tudo o que havíamos aprendido e revisado nos dias anteriores. Não acelerar e entrar em um “mission dive”, manter o passo, o trim, a flutuabilidade e o consumo de ar perfeitos, pois novamente se atingimos o nosso terço antes de fechar o circuito planejado, retornaríamos. A preocupação que me acompanhava no caminho ao cenote desapareceu assim que entramos na água.

Recolhendo a corda no final de mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Recolhendo a corda no final de mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Passagem mais estreita do mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Passagem mais estreita do mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Fizemos a revisão do planejamento, calculamos os tempos, terços e revisamos o nosso caminho: começamos o mergulho na linha de cavern do Gran Cenote, fizemos um primeiro salto à direita, um gap do Cenote Hotul e logo outro salto à direita na linha do Cuzan Nah Loop, que possui outro pequeno cenote próximo. Fomos tranquilos na nossa pernada de sapo, aproveitando cada minuto e cada cenário.

Fazendo a amarra inicial do mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Fazendo a amarra inicial do mergulho no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Mergulhando pelas galerias do Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Mergulhando pelas galerias do Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


O Grand Cenote é repleto de estalactites e estalagmites, belíssimo! As formações na área do loop são ainda mais impressionantes! Quando estávamos chegando ao nosso terço, que curiosamente estava alinhado com o tempo limite que colocamos para o mergulho, avistamos a luz natural do pequeno cenote que marcava o começo do loop! Timing perfeito! Começamos a recolher as linhas e nossos marcadores (flechas e cookies), retornando pelo gap e novamente o salto, de volta à entrada do Gran Cenote.

Chegando à zona de cavern no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Chegando à zona de cavern no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Gran Cenote, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Gran Cenote, em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Como sempre após o mergulho vamos à nossa avaliação pós-mergulho e revisando todos os passos eu cheguei a conclusão de que tudo havia acontecido exatamente como deveria ser, tudo correu como planejado, sem nenhum erro, nenhum porém. O Luis, que cumprindo o seu papel normalmente é mais crítico e detalhista para nos ensinar, revisou sem correções e contra as suas regras, nos elogiou, felizmente surpreendido com a nossa performance! Sensacional!!! Não restava dúvidas que nós, agora, somos capazes e temos o conhecimento para explorar, em segurança, este imenso mundo subaquático e subterrâneo que forma grande parte do nosso planeta. Um privilégio para poucos malucos! Rsrs!

Fazendo a amarra de um jump no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)

Fazendo a amarra de um jump no Gran Cenote, na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto de Luis Leal)


Nesta mesma noite nos encontramos no Bistrô francês de Tulum para uma conversa final, revisão de alguns temas da prova teórica e já recebemos as nossas novas credenciais! Wohooo! Full Cave Divers! \o/

Final de curso de mergulho em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Final de curso de mergulho em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Fechamos assim a nossa deliciosa rotina de aprendizagem e mergulho em Tulum. Aulas e mergulhos todos os dias das 9 às 16h, hora em que voltávamos para o nosso apartamentinho no Hotel Nadet e ainda tínhamos um tempo para ler as apostilas, descansar um pouco, recarregar as baterias (nossas e das lanternas de mergulho) e então ir para a sala de aula, para as aulas teóricas. Há muito tempo não tínhamos uma rotina em um só lugar e mesmo que em diferentes cenotes, a atividade era basicamente a mesma. Ainda que fosse uma rotina demandante e cansativa, o desgaste era bem diferente que estar na estrada, em diferentes hotéis e lugares todos os dias. Adoramos esta parada em Tulum, realizamos um sonho e saímos de lá com a impressão que foi pouco tempo. Agora sim teremos que voltar (urgentemente!) para colocar todo este conhecimento em prática, explorando e descobrindo este imenso mundo subterrâneo e submerso do Yucatán.

Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)

Mergulhando em cenotes na região de Tulum, no Yucatán, sul do México (foto divulgação, de Luis Leal)

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Cacimba! Odeio despedidas!

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Despedida da Praia da Cacimba, em Fernando de Noronha - PE

Despedida da Praia da Cacimba, em Fernando de Noronha - PE


Por isso gosto de aproveitar até o último minuto! Depois da botecada e ontem, acordei nos últimos minutos do café da manhã e fui com o Haroldo até a Ciliares despedir da Fernanda e até a Noronha Divers dar um até logo para o Fernandão. Essa é a pior parte, vamos nos apegando aos amigos que encontramos e fica ainda mais difícil ir embora. Melhor ainda é ver que é recíproco, e que a estrada não está nos deixando ainda mais carentes, a prova disso é o presente lindo que o Fernando fez para nós, o nosso perfil de mergulho pirografado na madeira! Dá um trabalhão, mas pode ter certeza que ficará guardado para sempre!

Placa comemorativa do nosso mergulho na Corveta, presente do Fernando, em Fernando de Noronha - PE

Placa comemorativa do nosso mergulho na Corveta, presente do Fernando, em Fernando de Noronha - PE


O Rodrigo já tinha acordado cedo e foi correndo para a praia, depois das despedidas nós fomos encontrá-los para aproveitar os últimos minutos de sol e praia. Ele já estava indo embora, tiramos uma última foto e ele voltou correndo. A Praia da Cacimba estava um pouco mais calma, conseguimos ainda nadar depois da arrebentação e deixar todo a nossa ressaca nas águas esmeraldas do mar. As ondas começaram a crescer e os surfistas começaram a dominar a área... time to go. Foi um pequeno sufoco para sair, mas consegui. Esta praia não é para banho nesta época, se não souber nadar e não tiver muita tranqüilidade para lidar com a correnteza e as ondas você se afoga rapidinho! Imaginem vocês que a TV Golfinho fez uma entrevista com o Rodrigo justo de para falar sobre respeitar o mar, etc. Basicamente era uma reportagem educativa para que as pessoas não se afoguem a toa ali na Cacimba, justo com quem!?! A resposta dele? “Cada um dele respeitar os seus limites”... o problema é ele ter um limite! Rsrsrs!

Com o Jurrewerson, dono da Pousada Ondas do Mar e o simpático casal de Vitória, Amanda e Vítor, em Fernando de Noronha - PE

Com o Jurrewerson, dono da Pousada Ondas do Mar e o simpático casal de Vitória, Amanda e Vítor, em Fernando de Noronha - PE


Uma última água de coco geladinha na Barraca das Gêmeas e voltamos para a parte chata do dia. Fazer as malas, desocupar o quarto e seguir para o aeroporto. Até nesta parte Noronha nos reservou boas surpresas, o casal em lua de mel Amanda e Vitor que vieram de Vitória. Nossos vizinhos de quarto, super queridos e animados, pena que só os conhecemos agora. Vários amigos nossos ficam na Ondas do Mar, pousada do Jurréwerson, mas ninguém o conhece pessoalmente já que fica em Recife. Ele é quase igual àquela raia manta, só o Rodrigo e o Fernandão é que viram! Hahaha! Amigos, está aí, ele existe, agora não mais virtual! Fotinho de despedida para comprovar.

Hora da partida no aeroporto em Fernando de Noronha - PE

Hora da partida no aeroporto em Fernando de Noronha - PE


Função aeroporto, check in no vôo, check out da Ilha, aeroporto lotado e quente e logo estamos em Recife.

Fim de tarde com muito trânsito em Recife - PE

Fim de tarde com muito trânsito em Recife - PE


Decidimos ficar em Olinda, centro histórico gostoso de caminhar e mais próximo do carnaval. Ficamos na Pousada São Pedro, uma graça, bem localizada e o principal, tem uma boa internet! Afinal antes de cair na gandaia temos muito trabalho pela frente!

Alerta nas placas da praia de Boa Viagem, em Recife - PE

Alerta nas placas da praia de Boa Viagem, em Recife - PE

Brasil, Pernambuco, Recife, Fernando de Noronha, Olinda, despedidas, Praia, Praia da Cacimba

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