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Antico, Pizza Napoletana

Estados Unidos, Georgia, Atlanta

Ingredientes da Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA

Ingredientes da Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA


Depois de alimentar a alma na nossa viagem submarina no Geórgia Aquarium, fomos alimentar o corpo antes de pegar a estrada. A pedida foi uma deliciosa pizza italiana em um lugar que só quem mora no local poderia conhecer. Dica da Anathalia via Cláudia do Aprendiz de Viajante.

Pizzaiolo do Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA

Pizzaiolo do Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA


Já eram quase quatro horas da tarde, receamos que estivesse fechado, mas como um vizinho do local nos disse: “Não importa a hora, a Antico está sempre aberta.” Não que seja uma pizzaria 24 horas, mas eles sabem que depois do meio dia é sempre hora para uma boa pizza!

Pizza saindo do forno na Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA

Pizza saindo do forno na Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA


Você pode até fazer pedidos online ou pelo telefone, mas ir até o local e ter a experiência de sentar em uma das mesas comunitárias enquanto assiste a sua pizza entrar no forno à lenha. O ambiente despojado de antigo armazém italiano faz a experiência ainda mais original!

Cozinha aberta da Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA

Cozinha aberta da Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA


A pizza é deliciosa, massa fina, ingredientes frescos e combinações criativas fazem desta uma parada obrigatória, ainda mais para os amantes de pizza.

Pronto para devorar uma pizza na Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA

Pronto para devorar uma pizza na Pizzaria Antica, em Atlanta, na Georgia - EUA



Antico Pizza Napoletana
Endereço: 1093 Hemphill Ave – Atlanta, Georgia. Zip Code: 30318
Telefone: 404-724-2333

Estados Unidos, Georgia, Atlanta, Culinária, Gastronomia

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New Jersey Transit

Estados Unidos, New York, Nova Iorque, New Jersey, Princeton Junction

caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos

caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos


É a segunda vez que me despeço de Nova Iorque e confesso a vocês, é uma das despedidas mais doloridas para mim. Primeiro por que sabemos que estamos deixando um mundo de coisas para trás. Segundo por que não sabemos quando poderemos voltar para aproveitar da cidade tudo o que ela tem a oferecer. Terceiro por que quando voltarmos já não encontraremos a mesma Nova Iorque que hoje deixamos para trás.

caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos

caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos


Talvez, tenhamos que rever tudo (com prazer!) e novamente não teremos visto metade do que queríamos. Resumindo, nunca teremos aquela sensação de saciedade e de pertencimento à cidade sem termos morado lá por muuuito tempo. Já não me sinto uma turista, mas estou longe de me sentir parte dela. Voltaremos para cruzar a ponte para Williamsburg, Brooklyn, rodar pelo Queens e pelo Harlem e aí, quem sabe, começar a ter a sensação de que conheço Nova Iorque. Enquanto isso, fico aqui no miolo da Big Apple, a Ilha de Manhattan e olhe lá.

A famosa Brooklyn Bridge, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos

A famosa Brooklyn Bridge, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos


Assim, achei que umas comprinhas seriam uma boa despedida da capital mundial do consumo, mesmo não sendo muito do meu feitio. Passei na Best Buy da 5ª Avenida onde encontrei alguns aparatos para a nossa amada companheira de viagem, que nos abandonou no tour caribenho. A Nikon foi para o hospital, spa e tirou umas férias merecidas para se recuperar de tantos cliques, areia, poeira, imagens maravilhosas e hoje deveria voltar às nossas mãos.

Chegando à Times Square, em Nova Iorque, nos Estados Unidos

Chegando à Times Square, em Nova Iorque, nos Estados Unidos


Mais uma vez estávamos nós na Penn Station pegando um trem para Princeton Junction e as próximas 36 horas seriam de muitas burocracias e arrumações para voltarmos à estrada com a Fiona em ordem. Faxina geral na Fiona, reorganização dos equipamentos na caçamba e lavação de roupa suja. Enquanto isso o Rodrigo brigava com o japonês da Le Camera, que simplesmente não tinha notícias da nossa Nikon e da lente que estavam lá para limpeza e conserto. Algo que era para ser simples e se tornou um pesadelo. Ele simplesmente desapareceu com a câmera e depois de muito insistirmos nos disse que ela foi enviada para a fábrica da Nikon para reparo e nos emprestou uma de suas câmeras reservas pelos próximos 15 dias.

Trabalhando no trem de Nova Iorque à Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos

Trabalhando no trem de Nova Iorque à Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos


Ao mesmo tempo outro problema surgiu: a empresa mexicana que fez o seguro da Fiona (contra terceiros), se negou a renovar para os próximos 6 meses de viagem. Tudo estava certo e documentado, eles haviam garantido que poderíamos renovar, mas deram para trás e ficamos totalmente desamparados novamente. Foi um trabalho de negociação forte, levado às alçadas mais altas e conseguimos a renovação do seguro por mais 60 dias. Quando voltarmos do Canadá, porém, vamos precisar encontrar outra seguradora que possa fazer esta cobertura. Ufa... de volta à lida da vida de viajantes overlanders, roadtrippers, sonrisal, colesterol, novalgino, mufumbo!

Embarcando para Nova Iorque no aeroporto de Barbados

Embarcando para Nova Iorque no aeroporto de Barbados


Hoje voltamos das férias das nossas férias. Estes períodos de viagem ao Caribe são sempre uma quebra da nossa rotina de viagem. Trocamos a Fiona por aviões, barcos, trens, ônibus, lotações, táxis e o que mais vier pela frente. Tiramos as malas do carro e colocamos as mochilas nas costas, matamos as saudades dos nossos mochilões e caímos em um mundo totalmente diferente do que estamos passando nos últimos dias, semanas às vezes meses! O degradé de culturas latinas e agora norte-americanas, saltamos para a África, americana. Hoje voltamos à nossa vida cigana rumo ao Alasca.

Ana fotogrando a praia da Juréia

Ana fotogrando a praia da Juréia

Estados Unidos, New York, Nova Iorque, New Jersey, Princeton Junction, Road Trip

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Boulder e as Rockies

Estados Unidos, Colorado, Boulder

As famosas Montanhas Rochosas, no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

As famosas Montanhas Rochosas, no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


As montanhas rochosas são uma das principais cadeias montanhosas da América do Norte, se estendendo 4.830km do Liard River na British Colombia, no Canadá, até o Rio Grande, no Novo México, sul dos Estados Unidos. Elas foram formadas entre 80 e 55 milhões de anos, quando ouve a colisão e movimentação das placas tectônicas americanas, resultando na elevação da cadeia rochosa.

Região de Aspen, no Colorado, nos Estados Unidos

Região de Aspen, no Colorado, nos Estados Unidos


As Rockies são tão extensas que foram divididas pelos geógrafos em três principais grupos: a Continental Range, Hart Range e Muskwa Range, sendo as duas últimas consideradas a porção norte, ou Northern Rockies. O ponto mais alto de toda a cordilheira é o Mount Elbert 4.401m, aqui no Colorado e é no topo destas montanhas que passa a Continental Divide, linha divisora das águas que correm para o Pacífico ou para o Atlântico.

Um vale em meio às Montanhas Rochosas, no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Um vale em meio às Montanhas Rochosas, no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Nossa história com as Rockies já começou há bastante tempo, quando cruzamos o Grand Teton National Park, as planícies sulfurosas do Yellowstone, os lagos cristalinos e picos nevados Glacier-Waterton National Park, na divisa dos Estados Unidos e do Canadá, seguidos pelo Banff e pelo Jasper National Park no lado canadense. Mais a oeste ainda passamos pela Cascade Range no estado de Washington e a Sierra Nevada na Califórnia. Só agora, porém, chegamos ao parque nacional batizado em sua homenagem, no coração das rochosas americanas, o Rocky Mountains National Park.

Caminhando sobre um lago congelado no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Caminhando sobre um lago congelado no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


O parque é um dos mais antigos dos Estados Unidos, estabelecido em janeiro de 1915, ele está localizado no Colorado, na parte norte da Front Range. Ele está dividido pela Continental Divide, o que traz características bem distintas para ambas as porções do parque, o lado leste seco e com grandes glaciares no alto de suas montanhas, e o lado oeste mais úmido, verde e com grandes áreas de florestas.

Elks pastam tranquilamente no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Elks pastam tranquilamente no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Um dos muitos lagos congelados no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Um dos muitos lagos congelados no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Na temporada de inverno nem todo o parque está aberto à visitação, uma vez que a neve já fechou rodovias e algumas das principais áreas recreacionais. Os inúmeros lagos e trilhas, ótimos para remo e longas incursões nas montanhas rochosas estão congelados e o esqui e cross-country são a melhor pedida nesta época do ano. Todo o azul e o verde que vimos nos lagos das rochosas canadenses, aqui ficaram escondidos pelo branco das camadas de gelo que cobrem a água. A diversão passa a ser caminhar sobre o lago, quase sem percebermos que estamos sobre ele.

Examinando um lago congelado no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Examinando um lago congelado no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


A base para explorar as Rocky Mountains é a jovem e animada cidade de Boulder, ao sul do parque. A cidade localizada a 1.655m de altitude é uma das preferidas dos triatletas, que vivem e treinam aqui para turbinar e oxigenar o corpo na altitude das rochosas americanas.

Usando esquis e sapatos de neve para caminhar no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Usando esquis e sapatos de neve para caminhar no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Boulder é uma cidade estudantil, pois abriga o campus principal da Universidade do Colorado. Soma-se a isso um histórico hippie e alternativo da década de 60 e a cidade se torna uma das mais joviais e efervescentes cidades americanas, com alto nível de qualidade de vida e um intenso movimento artístico, esportivo e ambiental.

A nossa casa em Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

A nossa casa em Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


No pé das Rockies a cidade é um convite aos amantes da natureza, que praticam todos os tipos de esportes ao ar livre, mesmo sob -8°C! Os bikers e corredores lotam as ciclovias e pistas da cidade durante a semana e aos sábados e domingos se lançam para as montanhas. Trilhas e paredões rochosos no verão, esqui e snowboad nos resorts próximos no inverno.

As famosas Montanhas Rochosas, no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

As famosas Montanhas Rochosas, no Rocky Mountains National Park, perto de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Chegamos a cogitar fazer aulas de esqui em um Resort low key aqui perto, o Eldora Resort, um dos resorts old school do Colorado. Fomos até lá e chegamos a nos programar para voltar no dia seguinte, sem roupas especiais e muitas frescuras, só para colocar o pé no esqui. No dia seguinte, porém, a preguiça de sairmos para os -9°C falou mais alto e acabamos decidindo deixar mesmo para os Andes a nossa entrada em mais este esporte.

Muita neve nas ruas de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Muita neve nas ruas de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Aqui em Boulder nós resolvemos testar um esquema diferente de hospedagem que está bem disseminado nos Estados Unidos, o Air BnB. O site basicamente coloca a disposição quartos e casas de pessoas que se cadastraram e hospedam viajantes do mundo inteiro. Segue a mesma linha do Couch Surfing, com indicações e recomendações para ambos, host e viajante, mas aqui tanto o host ganha, podendo ter uma renda extra, quanto o viajante, que vai pagar muito mais barato por localizações mais centrais, um ambiente aconchegante, além de dicas de quem vive o dia a dia da cidade. Nós escolhemos ficar na casa do Jeremy e tivemos sorte que ele pôde nos receber, mesmo reservando apenas um dia antes. Jeremy é montanhista, amante da escalada técnica, já viajou o mundo e trabalha com planejamento ambiental para a prefeitura da cidade. Ele nos recebeu super bem, foi uma ótima experiência! Esperamos conseguir encontrá-lo em terras centro-americanas nos próximos meses, afinal viajantes se atraem.

Visual de inverno em Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos

Visual de inverno em Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos


Ficamos em Boulder durante 4 dias, conhecendo a cidade e seus arredores, aproveitando os restaurantes e bares agitados da Pearl Street e o aconchego da casa do Jeremy para descansar e colocar o sono e as nossas coisas em dia. Nesse pique que temos viajado de vez em quando é importante diminuirmos o ritmo para ter tempo de assimilar tantas aventuras!

Estados Unidos, Colorado, Boulder, Montanha, neve, parque nacional, Rocky Mountains National Park

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Juneau: História, Glaciares e Labirintos

Alaska, Juneau

Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


A capital do Alasca pode ficar ofuscada pela grande metrópole, Anchorage, mas não poderia ficar de fora do nosso roteiro. Sua história e suas riquezas naturais são a porta de entrada para um novo mundo que começaremos a explorar nesta semana na região sudeste do Alasca.

Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


O ano era 1880, Richard Harris e Joe Juneau buscavam ouro nestas terras longínquas. Seu guia nesta busca era Kowee, o chefe da tribo Tinglít que habitava a região. Ele o levou às margens do rio dourado, batizado de Golden Creek. Kowee não imaginava como sua vida mudaria a partir deste momento.

Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Um acampamento de 40 garimpeiros se formou e cresceu em torno da extração do ouro, atraindo comerciantes, missionários e grandes companhias mineradoras. Assim nasceu Juneau, com mais de 66 milhões em ouro extraídos na Mina Treadwell e 80 milhões (equivalentes hoje a 4 bilhões de dólares) da Mina Alaska-Juneau. Esta foi a maior operação mineira no mundo nos idos de 1916, movimentando os mercados de pesca, trazendo fábricas de enlatados, serrarias, transportadoras e até o turismo. Apenas mais tarde, no ano de 1959 foi que Juneau se tornou a capital do Alasca.

O musgo é a primeira vegetação a ocupar o terreno deixado para trás pela Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

O musgo é a primeira vegetação a ocupar o terreno deixado para trás pela Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Desde 1900 as histórias de garimpeiros e o extraordinário cenário destas terras atraíram visitantes para a região. Glaciares, fiordes e florestas já seriam motivos suficientes, mas a natureza ainda proporciona espetáculos como a corrida do salmão, ursos grizzlies pescadores e até baleias para os mais sortudos. Um detalhe importante é estar atento às temporadas de cada um destes animais, para escolher a melhor época para a viagem. O verão normalmente reúne a maioria deles: os salmões sobem os rios e atraem os ursos para os cursos d´água, as baleias jubarte chegam às baías em busca de alimento e são atração garantida durante os tours whale watching. Junto com os salmões, ursos e baleias chegam também hordas de turistas nos grandes navios de cruzeiros e os preços sobem bastante.

A Nugget Falls, bem ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

A Nugget Falls, bem ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Nós chegamos no final da temporada, os preços de hospedagem e ferry estão melhores, mas praticamente todas as portas se fecham quando o último cruzeiro vai embora. Vimos um navio no porto e pensamos “opa! chegamos a tempo!”, mas infelizmente não encontramos mais nenhum tour operando para o Tracy Arm Fjord, Glacier Bay, ou mesmo guias especializados para nos levar às cavernas de gelo nos glaciares. Todos, sem exceção, tinham acabado de fechar para a temporada de inverno. Fiquei bem chateada, mas o que não tem remédio, remediado está e como tudo sempre tem um lado bom, assim até economizamos! Rsrs!

Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Sem os tours, ficamos sem os icebergs e grandes paisagens de gelo próximas do mar, que a propósito, eu achava que estariam por todo o litoral. O Tracy Arm parece ser o único lugar para ver icebergs e na Glacier Bay o grande campo de gelo margeando a costa. Ainda assim Juneau não decepciona e ainda reserva bons motivos para ser visitada. O primeiro e principal deles é o grande Mendenhall Glacier, um belíssimo glaciar com paisagens magníficas e a apenas 15 km do centro da cidade.

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Uma língua de gelo de 19 km que liga o Lago Mendenhall ao Juneau Icefield. Com mais de 2 quilômetros de largura e 30 metros de altura ele é um dos 38 grandes glaciares que escorrem do Juneau Icefield, formando vales, lagos e paisagens como esta.

Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska

Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska


Os icebergs são esculturas flutuantes formadas por gelo azul, o mais puro e cristalino. Nos arredores estão os mais de 5 milhões e meio de acres da Tongass National Forest com árvores imensas da floresta úmida que cobre todo o sudeste do Alasca. Algumas trilhas dão acesso ao lago e a mirantes, a trilha até a Nugget Falls é super agradável e dá uma noção melhor das mudanças que vem ocorrendo nesta paisagem.

Pequenos icebergs e a incrível Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Pequenos icebergs e a incrível Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


O centro de visitantes possui uma exposição bem completa sobre a história geológica do Mendenhall, que está em um processo acelerado de retração, ou seja, descongelamento. Só para vocês terem uma ideia, antes de 1958 este lago não existia! Monitorado pelos cientistas desde 1942, sabe-se que de 1951 a 1958 a face terminal do glacial retraiu 580m. Desde 1958 já se foram mais 2.820 km, quando o lago foi criado, e antes de 1765 a ponta do glaciar se estendia por mais 4 km.

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


Esta é uma das medidas mais claras que temos dos efeitos do aquecimento global e ainda existem pessoas que não acreditam, como se fosse questão de crença! Temos que fazer nossa parte: diminuir o consumo, maximizar a reciclagem e, principalmente, acreditar que se cada um de nós agir, podemos juntos fazer a diferença para o nosso planeta.

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska

Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska


A chuva voltou a cair e nós continuamos a explorar a curta estrada ao norte de Juneau, em busca das nossas amigas baleias. A dica dos locais foi um lugar chamado Shrine of St. Therese. Uma pequena península que entra na baía e é um hot spot de pesca. Peixes atraem todo o tipo de vida marinha, focas, leões marinhos e até baleias!

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Não vimos baleia alguma, apenas algumas focas pescando e um lindo stellar, o maior leão marinho do mundo, nadando ao redor. Porém o santuário não é apenas um lugar para encontrarmos os animais, mas um lugar mágico onde encontramos uma forte energia contemplativa. Percorremos o labirinto, criado pela igreja católica como um meio de concentração para as orações, e meditamos em contado com a natureza e a nossa energia interior sem nem sentirmos a chuva cair.

Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Ainda aproveitamos este tempo chuvoso para escrever, descansar e acabamos nem conhecendo o Alaska State Museum, com exposições sobre a história e a arte dos povos indígenas da região, mas fica aí a dica para incluir no roteiro.

O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska

O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska


Pois é, a chuva continua nos acompanhando e logo descobrimos que não é nada pessoal. Nós estamos não apenas em uma das épocas mais chuvosas, mas em um dos lugares com maiores índices de precipitação em toda a América do Norte. Aqui quando não chove, neva e os locais até estranham quando aquela “estranha bola amarela” aparece no céu. Cuidado! Se ela aparecer em mais de 60 dias durante todo o ano estamos a perigo! Não é a toa que, além de muito bem equipados com suas roupas impermeáveis e botas de borracha, os alascans andam pelas ruas como se a chuva não existisse e dizem: “é o nosso brilho de sol líquido”.

Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska

Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska


O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska

O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska


Assim , mesmo no verão, já venham com espírito e a mala preparados para enfrentar chuva. Enfiem o dois pés na poça d´água e aí sim poderão sentir como vivem os alascans! Depois, uma Alascan Amber ou uma Brown Kodiak são uma boa pedida para esquentar.

Tomando cerveja local em Juneau, no Alaska

Tomando cerveja local em Juneau, no Alaska

Alaska, Juneau, história, Juneau Icefield, Mendenhall Glacier, Tongass National Forest

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Bienvenue au Haïti

Haiti, Port-au-Prince

Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti

Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti


Imaginem um lugar que nada tem a perder, pois já perdeu tudo. Desastres naturais, ditaduras sangrentas e a miserável política que criou um ambiente perfeito para a opressão e manipulação de interesses que se sustenta na miséria de muitos, criando um imenso gap entre os mais ricos e os mais pobres.

Passageira do nosso ônibus aguarda em seu assento, durante nosso tempo na imigração

Passageira do nosso ônibus aguarda em seu assento, durante nosso tempo na imigração


Um país que, isolado pelo mundo branco amedrontado pela primeira República Negra do Ocidente, acabou com seus recursos naturais e hoje depende 100% de importações. No Haiti nada se produz além de boa música, belas esculturas, algumas poucas plantações de subsistência, furacões furiosos e grandes tremores de terra.

O grande terremoto não será esquecido! (Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti)

O grande terremoto não será esquecido! (Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti)


A energia elétrica do país é gerada a base de carvão natural e hoje, que já não há mais floresta, geradores a diesel são a única saída. Esta pequena patota de ricos alienados possui em suas mãos o monopólio dos negócios chaves do país, empresas de importação, venda de geradores de energia e de combustível (diesel). Tivemos a informação de que o Brasil fez um trabalho de pesquisa, planejamento, projeto e o orçamento para a construção de uma hidroelétrica no norte do país. A construção da hidroelétrica iria gerar empregos e resolver boa parte dos problemas energéticos do Haiti. Uma doação que não foi aceita pelo governo, que prefere o valor em dinheiro, pedido recusado pelo Governo Brasileiro.

Sobrevoando Port-au-Prince, no voo para Cap-Haitien, no norte do Haiti

Sobrevoando Port-au-Prince, no voo para Cap-Haitien, no norte do Haiti


Aí nos perguntamos, por que o país não vai para frente? Não há interesse econômico e político, a ganância exacerbada deve cegar a visão ou tirar o coração destes poucos haitianos no poder, que veem sua população morrendo de fome, sede, sem um teto para morar e sem um puto para viver e não fazem nada a respeito.

Nas ruas de Port-au-Prince, no Haiti, muito equilíbrio na cabeça

Nas ruas de Port-au-Prince, no Haiti, muito equilíbrio na cabeça


A história do Haiti facilita a compreensão da desgraçada cultura e psique haitiana, que mesmo quando consegue se livrar dos seus algozes franceses, cria um Imperador sedento por status e poder, que para conseguir a liberdade do país termina se afundando em dívidas internacionais. Uma Republica que nasceu falida e devedora. Já não bastassem as dificuldades de um pós-guerra, Christophe e suas manias de grandeza se unem para a construção da maior fortaleza do Caribe, a Citadelle, localizada há poucos quilômetros de seu pomposo castelo desenhado para rivalizar com, nada mais nada menos, que o Castelo de Versalles, o San-Souci. (Leia mais sobre a história no Blog do Rodrigo)

O caminho morro acima até a Citadelle, no norte do Haiti

O caminho morro acima até a Citadelle, no norte do Haiti


Esta semana faremos um passeio pelos locais que remontam esta história, das pobres vizinhanças nos arredores do bairro chique de Pétion-Ville, passando pelos escombros de Port-au-Prince, voando sobre Citadelle e chegando a um dos maiores paraísos particulares na costa norte do país.

Uma simpática jangada nos mares de Labadee, na costa norte do Haiti

Uma simpática jangada nos mares de Labadee, na costa norte do Haiti


Nós chegamos ao Haiti em um ônibus vindo de Santo Domingo. Foram 8 horas, duas delas parados na mal afamada fronteira dos dois países, em uma terra de ninguém, “esquecida por Deus”, segundo os dominicanos,“É tudo culpa do vudu”, dizem os mais religiosos.

Meninas no interior da catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti

Meninas no interior da catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti


Apesar de toda essa falação, não tivemos nenhum problema na fronteira, descemos do ônibus, enfrentamos as filas da imigração, cercados de sorrisos dos cambistas quando dizíamos que éramos brasileiros. Do lado de fora carros das Forças de Paz das Nações Unidas e um belo lago, azul, sobre um terreno calcário que me fez lembrar, Pedernales deve ser aqui perto! Imaginem quantas cavernas inundadas não existem na região para serem exploradas?

Condução do lado haitiano da fronteira com a Rep. Dominicana

Condução do lado haitiano da fronteira com a Rep. Dominicana


Este, porém, não era o nosso foco agora. Vínhamos com nossos olhos curiosos, ouvidos aguçados e coração aberto para ver o Haiti que a mídia não nos mostra. Um país de um povo que luta para sobreviver na adversidade e ainda chora e sorri, sonha e desespera, goza e sente dor, mantendo viva lá dentro uma esperança genuína de que dias melhores virão.

Encontro com criança no caminho até a Citadelle, no norte do Haiti

Encontro com criança no caminho até a Citadelle, no norte do Haiti

Haiti, Port-au-Prince, Caribe, história, Impressões

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TRE, Pinguim e Amigos

Brasil, São Paulo, Ribeirão Preto

O famoso bar Pinguim, em Ribeirão Preto - SP

O famoso bar Pinguim, em Ribeirão Preto - SP


Chuva e frio de 10°C em Ribeirão Preto? É quase inacreditável, mas é verdade. Em todos estes anos freqüentando Ribeirão e região (a família da minha mãe é de Araraquara), eu nunca havia encontrado esta cidade tão fria! Hoje, minutos antes de sairmos de casa, Ribeirão foi abatida por uma forte tempestade com ventos de até 100km/h! Árvores e postes caíram, a cidade ficou com um pequeno caos no trânsito e até o abastecimento de água da cidade foi comprometido, em 13 diferentes bairros! Tempo maluco.

Dia de chuva, no Pinguim, em Ribeirão Preto - SP

Dia de chuva, no Pinguim, em Ribeirão Preto - SP


Entretanto tivemos que tomar coragem e sair de casa. Precisávamos regularizar a nossa situação eleitoral no TRE, já que as nossas justificativas entregues por correio não foram válidas, sabe Deus porque cargas d´água. Fato é que, com um pouco de tempo, paciência e pagando R$ 3,51 (por eleição perdida) tudo se resolve. Fomos à zona eleitoral do Ro, lá mesmo tiraram as guias para pagamento de ambos e no banco ali próximo pagamos as taxas. Já temos nosso certificado de quitação eleitoral, imprescindível para a retirada do novo passaporte.

O histórico teatro Pedro II, em Ribeirão Preto - SP

O histórico teatro Pedro II, em Ribeirão Preto - SP


E já que tivemos que sair do quentinho de casa para o centro, aproveitamos o ensejo e demos uma passadinha no bar mais tradicional da cidade, o Pinguim. São 75 anos de chopps servidos com maestria, petiscos e comidinhas de boteco deliciosas. A marca é tão forte que já possui até adereços de bar, camisetas e presentes com o famoso Pinguim.

Bar Pinguim, em Ribeirão Preto - SP

Bar Pinguim, em Ribeirão Preto - SP


À noite o Rodrigo pôde reencontrar uma turma muito especial que não via há mais de 20 anos: a turma do colegial que se formou com ele no Marista. Hoje, homens e mulheres formados, com família, filhos e áreas completamente diferentes. Wladimir é cantor lírico, Simone é dentista, Murilo é professor e assim por diante.

Reencontro com os amigos da época do colegial, no Marista, em Ribeirão Preto - SP

Reencontro com os amigos da época do colegial, no Marista, em Ribeirão Preto - SP


É divertido demais, até para mim, que não conhecia ninguém, ficar ouvindo as histórias antigas da época de escola. Tudo o que eles aprontavam, as viagens, os amores, as trapalhadas. No final do ano que vem eles completarão 25 anos de formados e querem comemorar! É a nova era da tecnologia, maravilhas da internet que hoje proporciona encontros como este.

Momentos de descontração no Pinguim, em Ribeirão Preto - SP

Momentos de descontração no Pinguim, em Ribeirão Preto - SP

Brasil, São Paulo, Ribeirão Preto, fazenda

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Início do Inverno

Brasil, Maranhão, São Luís

Praia com muita chuva em São Luís - MA

Praia com muita chuva em São Luís - MA


O início do inverno aqui no Maranhão atrasou um pouco, por isso não pegamos as lagoas nos Lençóis cheias. Já estamos em uma área de transição para o clima amazônico, onde o inverno é a estação chuvosa, período de alta precipitação durante 6 meses do ano. Azar por um lado (lagoas vazias), sorte por outro, não precisamos ficar embaixo de chuva o dia inteiro, certo? Errado. Nós pegamos uma das primeiras grandes chuvas da estação! Começou ontem à tarde, quando ainda estávamos na estrada, e ainda não acabou, durando algo em torno de 36 horas! Segundo o Jornal Nacional, choveu em um dia o equivalente à chuva de 10 dias!

Aproveitando a chuva para trabalhar no hotel em São Luís - MA

Aproveitando a chuva para trabalhar no hotel em São Luís - MA


Não há situação mais convidativa do que esta para nos mantermos secos, dentro do hotel, colocando o nosso trabalho em dia. Passamos a manhã e o início da tarde esperando uma trégua, até que o estômago falou mais alto e decidimos sair assim mesmo para explorar um pouco da cidade.

Monumento em praia de São Luís - MA

Monumento em praia de São Luís - MA


São Luis possui uma extensa faixa litorânea que segue da Praia da Ponta d´Areia, região com muitos hotéis, restaurantes e bares, pela Praia São Marcos, a preferida por jovens e surfistas e a popular Praia de Calhau, que possui diversas barracas e restaurantes à beira mar e lota aos finais de semana. Sabemos disso apenas por que somos bem informados, pois com a chuva a praia estava completamente vazia! Encontramos alguns poucos corajosos que enfrentavam a aguaceira para um joguinho de futebol, outros correndo e ou apenas passeando na praia, tomando banho de mar e aproveitando cada milímetro de água que caía. Eu entendo, depois de passar 6 meses num calor absurdo deve ser uma delícia poder se esbaldar em um belo banho de chuva.

Carros enfrentam ruas alagadas em São Luís - MA

Carros enfrentam ruas alagadas em São Luís - MA


No caminho de volta as ruas estavam completamente alagadas e a tempestade só aumentava. Sem muita opção, resolvemos pegar um cineminha no Shopping São Luis. Assistimos o Santuário, de James Cameron. O filme é um conjunto de clichês e situações inverossímeis que chega a ser engraçado, ainda mais para nós que gostamos de escaladas e mergulho em cavernas. Imagino os nossos instrutores de cave como devem ter se retorcido na cadeira ao assisti-lo. Se abstrairmos tudo isso, restam algumas cenas bonitas em 3D.

Almoçando em barraca coberta e confortável na praia em São Luís - MA

Almoçando em barraca coberta e confortável na praia em São Luís - MA


Retornamos ao hotel com a esperança de sair para conhecer um bar do centro antigo, mas a chuva não nos deu um minuto de trégua. As ruas estavam ainda mais cheias de água e acabamos ficando por ali mesmo, rendidos ao room service e rezando para que o tempo melhore.

Cruzamento alagado em São Luís - MA

Cruzamento alagado em São Luís - MA

Brasil, Maranhão, São Luís, chuva, Praia de Calhau, Santuário

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Blanca, Tambores e Garifunas

Guatemala, Livingston

Tentando aprender o envolvente ritmo garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala

Tentando aprender o envolvente ritmo garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala


Os garifunas chegaram neste litoral vindos da ilha de St. Vicent. Africanos fugidos dos navios negreiros que se mesclaram com os Caribs e Arawaks e formaram nova etnia, uma misturança entre africanos, indígenas e até os olhos verdes de alguns náufragos europeus. A mistura que forma este povo não se vê apenas nos traços dos garifunas, mas também nas suas tradições, na sua arte e na sua língua, que possui elementos de todas estas culturas. O som africano da sua fala também se entranha nos seus cânticos e nos seus tambores, passados de mãe para filho, como conta Blanca, mãe de 5 (4 adotivos), e avó de 8 até o momento.

Autoretrato de uma bela menina garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala

Autoretrato de uma bela menina garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala


Blanca é a herdeira do Ubafu - Centro Cultural Garifuna da cidade de Livingston. Sua a mãe lhe passou a urgência de trabalhar para manter e disseminar a cultura garifuna pela cidade e pelo país. Apresentações de músicas, danças e histórias garifunas reúnem os jovens da cidade e os poucos viajantes que chegam até aqui. Ela mantém o centro com doações dos turistas em suas apresentações. Nas duas noites que estivemos lá não havia ninguém além de nós... Desde nosso rápido encontro com os garifunas em Belize, eu estava decidida a entrar um pouco mais nesta cultura. Sou apaixonada por música e por tambores, embora nunca tenha aprendido a tocar achei que fazer uma aula de tambor seria uma boa forma de entrar, conviver e ajudar na manutenção do centro cultural garifuna.

As aulas de tambor com a Blanca foram mais do que batucadas, foram um mergulho na vida da comunidade que gira em torno do Ubafu, que entrava e saía entre as histórias de sua infância, contos e pontos garifunas. Sua didática é simples, a da cópia e reprodução, assim como ela aprendeu. Suas músicas falam do mar, de chegadas e despedidas, sempre muito alegres e melódicas.

Tentando aprender o envolvente ritmo garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala

Tentando aprender o envolvente ritmo garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala


Eu me entreti com as crianças, enquanto esperava Blanca receber o vendedor de sapatos, jogar água no chão de terra batida para refrescar o calor abafado do Ubafu e prosear com suas vizinhas que vieram assuntar sobre a comunidade.

Garoto garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala

Garoto garifuna em Livingston, no litoral da Guatemala


Dario, de 11 anos, cuidava da bebê, colocava ordem entre as primas e irmãs e ainda nos acompanhava na aula de tambor, fazendo a base e me ajudando com o tempo e o contratempo de cada batida. Greicen de 8 anos estava encantada com a câmera e suas tranças bem aprumadas, gravou vídeos, tirou fotos e ainda me ensinou a dançar os ritmos garifunas, com movimentos bem africanos como do nosso afoxé baiano. Liritcha de 4 anos me fez prometer que o nome da minha filha será Liritcha e se for menino? Liritcho! É claro!

Interagindo com crianças em centro cultural garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala

Interagindo com crianças em centro cultural garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala


De noite voltamos lá para nos despedirmos de Blanca e ainda ganhamos um toque de despedida. Dizer adeus é difícil, ainda mais quando entramos para a família. Tive uma conversa profunda com Blanca que me contou da sua briga com um fantasma que tinha ao não ter completado os 7 anos como angelita durante as missas da Semana Santa. No seu sétimo ano ficou com vergonha de entoar um poema, que sabia décor, o qual a perseguiu em seus pesadelos por mais de 40 anos! Semana passada, suando de nervoso, Blanca colocou sua roupa mais linda, branca e toda rendada e esperou na porta do Ubafu a procissão passar. Passou o padre, a imagem, os coroinhas e o povo, e ela se enfiou no meio buscando um lugar mais alto para que pudesse ser ouvida. Eis que com um nó na garganta e muita coragem no peito Blanca começa a recitar o poema, com lágrima nos olhos percebe que todos estão a lhe olhar, parados, estupefatos. Sua voz trêmula é contrabalançada por sua forte presença e quando termina recebe aplausos de toda a procissão, que segue cantando feliz, sem ter noção do que acabara de acontecer ali. Blanca havia tirado das costas uma culpa e um peso imenso que a acompanhou durante toda sua vida.

Autoretrato de uma bela menina garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala

Autoretrato de uma bela menina garifuna, em Livingston, no litoral da Guatemala


Nesta noite ela me contou também que sua primeira filha foi um milagre divino, pois sem namorado algum ela engravidou. Fiquei curiosa sobre a sua visão espiritual, comum às crenças africanas e a mim. Sua religiosidade não permitiu que me contasse que é uma médium poderosa, Rodrigo descobriu conversando com seu amigo. Ainda assim sua fala um pouco confusa tentava me dizer que eles (os espíritos) sabem muito sobre nós e que às vezes estão aqui ao nosso lado, em uma mensagem direta sobre uma pessoa muito especial da minha família que estava ao meu lado. Demorei a me dar conta do recado tão direto que acabara de receber e quando me dei já era tarde para voltar e perguntar mais.

Praticando com tambores garifunas em Livingston, no litoral da Guatemala

Praticando com tambores garifunas em Livingston, no litoral da Guatemala


Blanca sabe o seu valor na comunidade e de certa forma espera este reconhecimento em forma de um prêmio, uma homenagem, uma honraria enquanto ainda estiver viva. Mal sabe ela que este prêmio já lhe é conferido todos os dias, a cada criança que escuta suas histórias, a cada jovem que aprende o seu tambor, a cada garifuna que valoriza a sua cultura e a passa para frente, orgulhosos de sua origem e da sua história.

Guatemala, Livingston, Antropologia, Caribe, Garifuna, Personagens

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Tia (boneteira) desnaturada!

Brasil, São Paulo, Ilha Bela

Se refrescando na cachoeira da Laje na volta do Bonete em Ilha Bela - SP

Se refrescando na cachoeira da Laje na volta do Bonete em Ilha Bela - SP


De hoje não passa! Temos que voltar, até por que amanhã cedo vamos para Curitiba, a Luiza está chegando. Acordamos bem cedinho, demos uma caminhada na praia, eu alonguei enquanto o Ro corria e aqueeeele mergulho bem gelado para acordar! Que dia saudável! Café da manhã gostoso e super natural e vestimos nosso uniforme de trilha, afinal temos 12km pela frente!

Com o André na Pousada Canto Bravo na Praia do Bonete em Ilha Bela - SP

Com o André na Pousada Canto Bravo na Praia do Bonete em Ilha Bela - SP


Na trilha de volta logo começamos a ver o movimento. Três amigos estavam chegando cedinho ao Bonete, devem ter começado a caminhar as 6h30am, pois nos cruzamos no nosso início da trilha. De 5 em 5 minutos encontrávamos casais ou amigos amalucados carregando suas mochilas, barracas ou apenas água para a trilha. A pergunta mais comum era, “Vocês estão vindo do Bonete? Quanto tempo falta?”. Seguimos, passamos direto pelo Rio Areado e continuamos com o objetivo de parar apenas na Cachoeira da Lage, tomar um banho gostoso e seguir caminhada.

Caminhando pela Praia do Bonete em Ilha Bela - SP

Caminhando pela Praia do Bonete em Ilha Bela - SP


Ali encontramos um grupo muito bacana! Um tio com seus vários sobrinhos e 2 filhos que estavam fazendo o programa de passar o dia na trilha e tomando um banho de cachoeira. As crianças estavam empolgadíssimas e na volta 3 delas dispararam na frente. Imagina se o Ro ia deixar elas ultrapassarem ele? Nunca! Flávia, logo olhou para ele e perguntou se ele era atleta, por estar acompanhando o ritmo dela. Bem, eu até tentei no começo, mas eles me passaram correndo e num pique, que eu nem pude me culpar.

Caminhando pela Mata Atlântica voltando do Bonete em Ilha Bela - SP

Caminhando pela Mata Atlântica voltando do Bonete em Ilha Bela - SP


Resolvi andar no meu ritmo acelerado, mas não enlouquecido como o deles. Caminhar sozinha numa trilha dessas as vezes é gostoso, mas hoje me deu uma sensação de que o tempo não passava! Quando cheguei o Ro falou que fiquei uns 5 minutos atrás deles apenas... mas para mim parecia uma eternidade! Nem pude achar ruim que ele me abandonou na trilha, pois além de estar cuidando das crianças que deram “um perdido” no tio, eu conheço o meu marido! Uma criança de 40 anos e que não gosta de perder nunca! Muito menos para uma menina de 10 anos, né Flávia!?

Final da trilha, voltando do Bonete, em Ilha Bela - SP. O grupo voltou conosco desde a cachoeira do Lajeado

Final da trilha, voltando do Bonete, em Ilha Bela - SP. O grupo voltou conosco desde a cachoeira do Lajeado


Conversamos, tiramos fotos e nos inteiramos das notícias do Bruno com o Seu Zé no estacionamento. As crianças adoraram a nossa história e nos bombardearam de perguntas! Cada um tinha a sua especialidade, matemática, geografia, línguas e esportes. Foi um sufoco conseguir responder a todas elas! Mas adorei os nossos novos amigos, espero que nos encontrem logo no Facebook, MSN e Orkut!

No caminho de volta para o norte da ilha, almoçamos no All Mirante, restaurante indicado pela nossa amiga, madrinha e fiel leitora Paulinha! Além de ser gostoso tem uma super vista panorâmica!

Celebrando a Trilha do Bonete no restaurante All Mirante, em Ilha Bela - SP

Celebrando a Trilha do Bonete no restaurante All Mirante, em Ilha Bela - SP


Minutos depois, já na estrada para o norte, passando por Perequê o celular finalmente deu sinal de vida e de repente comecei recebi o recado: 9 ligações da minha mãe! Pensei “Caraca, Nasceu a Luiza!”, comecei a tentar ligar para eles e nada! Ninguém atendia! Eu tinha certeza que era isso, comecei a chorar na mesma hora. Um misto de alegria e tristeza que eu nunca tinha sentido, eu chorava copiosamente emocionada por que sabia que ela tinha nascido e triste por não estar lá, no hospital! De repente chega uma mensagem do Dudu, pai coruja, com a foto da Luiza, LINDAAAAAAAAAAA! Aí eu chorei mais ainda! O Ro ficou até preocupado “você só pode estar chorando de alegria, né linda?”, ele perguntou. Sim, eu estava alegre, muito alegre, mas eu queria tanto estar lá ao lado deles! Ver a Luiza dentro da maternidade, aquele vidro onde ficam todos os bebês... ver a cara do Dudu de assustado e da Dani de cansada e MÃE.

Trocando a frauda da Luiza, que não gosta nada dessa função! (Curitiba - PR)

Trocando a frauda da Luiza, que não gosta nada dessa função! (Curitiba - PR)


Eu havia ligado para ela na noite anterior à trilha do Bonete e ela disse que achava que seria mesmo no final de semana, estava super tranqüila. Que nada! Enquanto estávamos caminhando pela trilha ainda a caminho do Bonete, a Luiza nasceu. No dia 07/07/2010, às 13h50, com 50cm e 3,450kg e não tinha cara de joelho! Não é demais essa minha sobrinha? Foi muito bem feita pelos pais mesmo... tudo o que eu queria era tomar uma pílula e voltar no tempo para estar lá...

Bem, não existe pílula nenhuma... Então começamos a arrumar as coisas para sair cedo amanhã e no final da tarde recebemos um belo convite do nosso anfitrião em Ilha Bela para comer uma deliciosa moqueca de peixe na casa de seus amigos. Lá fomos nós! Conhecemos o Fernando, Robert, Ricardo, Cris e filhos. O Dudu e o Ique estão treinando com Fernando e Ricardo para uma competição de vela que vai começar no próximo sábado, dia 17/07. A semana mais agitada de Ilha Bela, a Capital de Vela. Eu não entendo nada do mundo náutico, li alguns livros, mas sou só mais uma curiosa insaciável! Por falar em insaciável, foi difícil parar de comer a deliciosa moqueca e pirão de peixe e aquela pimentinha especial! De sobremesa para arrematar uma torta de abacaxi com coco que eu nunca havia provado igual.

Vista da casa do Dudu e Celina em Ilha Bela - SP

Vista da casa do Dudu e Celina em Ilha Bela - SP


Mais uma vez fechamos em alto estilo a nossa estadia em um lugar tão especial quanto este. Casa e anfitriões espetaculares, trilha maravilhosa, novos ótimos amigos e assim a Ilha Bela ficará na nossa lembrança, com o gostinho de quero mais.

Brasil, São Paulo, Ilha Bela, Praia, trilha

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Fazendão

Brasil, Minas Gerais, Carrancas

As belas árvores que guardam a entrada da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

As belas árvores que guardam a entrada da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


Depois da carninha e aula de ontem estou me sentindo cada vez mais da aqui da roça! Sempre adorei, mas convivi pouquíssimo com fazendas. O Ro me passa um bom conhecimento e ontem a noite aprendi mais um bocado, mas sempre fico com a impressão de ser menina da cidade quando me meto nesse assunto. Ontem, combinamos com o Rodrigo de ir hoje lá visitar a fazenda que ele administra. Que fazendão lindo! A fazenda fica no pé da Serra das Bicas, coisa que ontem à noite não conseguimos ter a mínima noção. Mais de 1800 hectares com criação de gado, plantação de milho e soja, fora a estrutura antiga da fazenda e as águas que cortam toda essa terra.

Varanda do antigo casarão da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Varanda do antigo casarão da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


A antiga fazenda era um grande engenho de açúcar, aquele que vimos muito nos livros de história. A Casa Grande com mais de 15 cômodos entre quartos, salas, cozinhas e apenas um banheiro! Todos os cômodos têm suas paredes pintadas à mão com cenas cotidianas, paisagens e lembranças de Portugal. Hoje a casa está em reforma e o novo dono pretende restaurá-la, mantendo as pinturas originais.

Bela decoração em uma sala do casarão da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Bela decoração em uma sala do casarão da fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


É impressionante a estrutura e o tamanho da casa, pé direito alto, cozinha com forno à lenha como os que vimos na casa do Aroldo e do Rodrigo, e até um forno à lenha daquele redondo de pizza. Alguns quartos passam por dentro de outros quartos, dizem que era a forma que os pais tinham de controlar as filhas para não pularem a janela à noite para se engraçar com “qualquer um” por aí.

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Antiga sede da Fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


Ali, logo em frente da casa fica o antigo engenho com uma roda d´água de mais de 5m, que rodava com a água da cachoeira. Hoje ela tem sua vertente controlada por um sistema simples de ladrão, pra não enlamear todo o estábulo. Parte da água da cachoeirinha ainda corre ali, ao lado de onde era a senzala. O grande engenho produzia açúcar e aguardente, tonéis de 10 mil litros de pinga ainda estão lá guardados. Além do cultivo da cana, a fazenda tinha uma imensa plantação de café, devia ser a coisa mais linda! E eu, até consegui dar uma mini-voltinha no Coronel, cavalo lindo e super bem treinado, ao mínimo movimento da rédea mesmo eu, uma total inexperiente, consegui “dirigir” ele direitinho! Hahaha!

Ana treinando sua montaria na fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG

Ana treinando sua montaria na fazenda Serra das Bicas em Carrancas - MG


O Rodrigo nos levou dar uma volta, mostrou as plantações e pastos e nos levou até um cantinho da fazenda onde conseguimos ver a Cachoeira da Serra das Bicas. Já tínhamos visto foto, mas sabíamos que era difícil a dona da terra liberar a entrada. Bem, pelo menos já é lindo vermos de longe. Ainda aproveitamos o cenário para gravar um depoimento do Rodrigo para o “Soy loco por ti América”, o vídeo já está pronto! Assistam! http://youtu.be/nhXh6vX7XPE

Cachoeira Serra das Bicas em Carrancas - MG

Cachoeira Serra das Bicas em Carrancas - MG


Para fechar a visita com chave de ouro, fomos até a casa do Rodrigo e ele nos ofereceu um almoço de dar água na boca! Comida caseira, feita no fogão à lenha e com aquele temperinho... hummmm... delícia! Ele nos convidou para uma feijoada hoje a noite e se deixarmos vamos ficando mesmo! Já vou me sentindo cada vez mais em casa aqui em Carrancas, mas o Ro quer ir para São Tomé de qualquer jeito! Vamos ver como vai ficar.

Ana e Rodrigo na fazenda São Francisco, bem pé-de-serra, em Carrancas - MG

Ana e Rodrigo na fazenda São Francisco, bem pé-de-serra, em Carrancas - MG


Obrigada Rodrigo!

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