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Blog da Ana - 1000 dias

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SHUFFLE Há 1 ano: México Há 2 anos: México

Peyote, a experiência sagrada.

México, Real de Catorce

Tocando tambor e reverenciando a natureza no alto de 'El Quemado', na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Tocando tambor e reverenciando a natureza no alto de "El Quemado", na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Um dia de céu azul, com poucas nuvens no céu, maravilhoso! Uma cavalgada nas montanhas ao redor de Real era uma forma de nos sentirmos mais íntimos daquela terra tão cheia de história e com tantas belezas naturais.

Cavalos prontos para nossa cavalgada na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Cavalos prontos para nossa cavalgada na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Saímos cedo pela manhã para uma cavalgada com Refúgio, um guia local, homem sabido e muito comunicativo. Ele foi nos explicando sobre a vida, os causos e os tempos áureos da cidade minera, que chegou a ser a mais rica reserva de prata da Nova Espanha.

Com o nosso guia durante cavalgada na região de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Com o nosso guia durante cavalgada na região de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


Cavalgada na região de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Cavalgada na região de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


O recorrido sai da pequena cidade em direção ao Pueblo Fanstasmo, antigo povoado espanhol com palacetes e mansões riquíssimas da época da mineração. O povoado foi abandonado quando o preço da prata despencou e ficaram aqui as paredes em ruínas, testemunhas de um passado não muito antigo.

Chegando à Ciudad Fantasma, perto de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Chegando à Ciudad Fantasma, perto de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Explorando a Ciudad Fantasma, próxima de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Explorando a Ciudad Fantasma, próxima de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Desfrutando cada luz e cor da paisagem com as passadas firmes e um pouco cansadas dos valentes Cacauate, Chiflado e Campeón, decidimos ampliar o nosso olhar e continuar em uma volta mais longa ao redor das montanhas da Sierra de Catorce. Fizemos o recorrido passando pelo alto dos montes por onde um dia floresceu a fazenda de Ventura Ruíz, fazendeiro e minerador mexicano que se tornou um símbolo da justiça entre os seus trabalhadores. Ele não enriqueceu e foi dos poucos a não ter mão de obra escrava em suas minas. “Nesta fazenda todos ganhavam!” diz Refúgio com orgulho do seu paisano mexicano.

Ruínas da Ciudad Fantasma, próxima de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Ruínas da Ciudad Fantasma, próxima de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Aos poucos as cores da terra, dos cactos e do céu começam a se avivar e a nossa visão fica mais potente do que nunca. Passamos a olhar o mundo em alta definição, com todos os detalhes, da menor rama do deserto ao mais distante cerro, tudo está nítido como nunca.

Planta do deserto na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Planta do deserto na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Sentimos o vento intensamente, refrescando nosso suor do sol do deserto, enquanto cavalgamos acelerados rumo ao Cerro Quemado. O cerro de longe tem o formato de um elefante, segundo Refúgio, um dos motivos pelo qual muitos indianos peregrinam até aqui ao monte sagrado Huichol, para seus rituais e meditações.

Cavalos aguardam enquanto seus clientes sobem o El Quemado, montanha sagrada próxima de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Cavalos aguardam enquanto seus clientes sobem o El Quemado, montanha sagrada próxima de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


Cavalgada nas montanhas ao redor de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Cavalgada nas montanhas ao redor de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


O Quemado é o centro do mundo na cultura Huichol, o lugar onde nasceu Tatewari, o grande ancestral Fogo. É um centro místico e cerimonial a leste do território wixarika que atrai milhares de peregrinos indígenas que andam quilômetros e quilômetros como faziam, já há centenas de anos, os seus ancestrais.

Caminhando pelas montanhas da região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Caminhando pelas montanhas da região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Deixamos os nossos cavalos, Refúgio e subimos caminhando lentamente ao alto do Quemado. Passamos por uma grande mandala de pedras, com oferendas no centro. Lá do alto temos uma visão ampla do Wirikuta, o Deserto de Chihuahuan, lugar onde os wixarikas encontram os seus cactos sagrados, o hikuri, ou peyote, utilizado para guiá-los em seu caminho e aprendizados. Embora encontrado em todo o deserto, de Coahuila até San Luis Potosi, o peyote encontrado aqui no Wirikuta é o mais desejado para as suas cerimônias.

El Quemado, a montanha sagrada na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

El Quemado, a montanha sagrada na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Um colorido cactus nas montanhas de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Um colorido cactus nas montanhas de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


O peyote é um cacto que cresce lentamente no Deserto de Chihuahuan, nos estados de Coahuila, Nuevo León, Tamaulipas e San Luis Potosí. Ele é utilizado por tribos indígenas norte-americanas a mais de 5.500 anos para usos medicinais e ritualísticos. As suas propriedades curativas estão relacionadas a tratamentos para reumatismo, diabetes, cegueira, gripes, doenças de pele e como analgésico para dores de dente, parto e outras.

O famoso peyote, espécie de cactus comum no região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

O famoso peyote, espécie de cactus comum no região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


O seu princípio ativo é a mezcalina, também presente em outras plantas espinhosas do deserto como o maguey e o agave, por exemplo. Com o formato de uma cabeça de alho, o seu crescimento é muito lento, o que faz com que a substância fique mais concentrada em seus gomos. A mezcalina é conhecida também por suas propriedades psicoativas e é utilizada pelos indígenas como um instrumento de ampliação de consciência, induzindo a estados meditativos de profunda introspecção. Os indígenas da região amazônica utilizam o Ayuaska, planta com diferente princípio ativo, porém com efeitos muito parecidos. Conhecemos a história de um morador da região, um xamã (pajé) que utiliza o peyote há mais de 30 anos, ele já tinha ouvido falar do Ayuaska e mais jovem teve a oportunidade de prová-la. Segundo ele os efeitos e as experiências espirituais “San distintas, mas igualiiiitas, igualitas, igualitas.”

Conversando com nosso guia nas montanhas de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Conversando com nosso guia nas montanhas de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


O uso do peyote é visto com certa cautela, medo e as vezes preconceito por outras comunidades, pois acredita-se que por ter propriedades psicotrópicas, ele seria considerado uma droga. A realidade é que existem várias formas de classificação destas substâncias, desde as drogas farmacêuticas, até as drogas ilícitas. A principal questão no meu ponto de vista é: ela causa dependência química? Pesquisas de uso prolongado do cacto já foram realizadas com os índios Navajo nos Estados Unidos e o resultado afirma que além de não causar dependência, ela não causa déficits neurológicos nos seus usuários. Estes usuários, na realidade, mostram inclusive que os efeitos do uso do peyote são positivos para a saúde psicológica e mental.

O famoso peyote, espécie de cactus comum no região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

O famoso peyote, espécie de cactus comum no região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Chegamos ao topo do Cerro Quemado e encontramos um grupo terminando seu ritual, entregando suas oferendas e emanando uma forte energia através da música batucada paulatinamente, entrando em comunhão as vibrações místicas da natureza pura e linda deste centro energético da Terra.

Labirinto místico de pedras na montanha sagrada da região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Labirinto místico de pedras na montanha sagrada da região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Oferenda à natureza no alto da montanha El quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Oferenda à natureza no alto da montanha El quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Fechamos nossos olhos e meditamos por um momento. A introspecção profunda é natural, embalados pelos tambores, vemos dentro e fora, a beleza da vida. Fica claro o medo que nós humanos temos de nos perdermos da mente ao nos entregarmos ao conhecimento espiritual. O ser humano vive aprisionado em um mundo material, raso e irreal com medo de ver o que já lhe é familiar, mas que aqui, se torna quase inconcebível.

Prestando reverência à montanha sagrada de El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Prestando reverência à montanha sagrada de El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Esta experiência aconteceu de forma natural, nós não fomos atrás dela, ela veio até nós. Fomos presenteados com uma experiência incrível de transcendência do espírito, onde conseguimos apurar os nossos sentidos e estar mais conscientes da capacidade desperdiçada, mental, sensorial e energeticamente, pelo ser humano.

A pequena capela no alto da montanha sagrada El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

A pequena capela no alto da montanha sagrada El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Retornamos aos nossos cavalos, certos de que este foi um dos dias mais incríveis da nossa viagem. Refúgio nos explica que a montanha apenas se revela desta forma aos que estão em sintonia com a energia do lugar, com a natureza e as vibrações positivas, de puro amor pela vida e pelo mundo.

Cavalos e guias esperam seus clientes sob a lua e um céu azul, aos pés de El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Cavalos e guias esperam seus clientes sob a lua e um céu azul, aos pés de El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Regressamos lentamente à cidade, passando por plantações de nopales, aveia, arroz e outros produtos do rico deserto mexicano. Novamente me sinto no sertão nordestino, um lugar que aos olhos dos urbanóides é pobre e sem vida, mas que sem precisar cavar muito encontramos alimentos, uma rica cultura e natureza.

Chegando de cavalgada à Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Chegando de cavalgada à Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


De volta à nossa pousada encontramos o ambiente ideal para descansar as pernas e cadeiras das 5 horas de cavalgada. O sol nos aquecia carinhosamente nas cadeiras de balanço, com vista para a cidade de pedras, a arena de rinha de galos e a foto do Pancho Vila.

Aproveitando a luz do sol que entrava pela janela do nosso quarto, no fim de tarde em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Aproveitando a luz do sol que entrava pela janela do nosso quarto, no fim de tarde em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Esta tarde chegou à cidade o Walter, fotógrafo argentino, que vive no Canadá e revisita a sua segunda pátria, o México. Ele está retornando de uma viagem de 3 meses do Canadá à América Central de carro, um mergulho na cultura Maya. Nos encontramos na varanda da pousada, vendo a vida passar, cavalgadas, artesãs e muitas histórias de viajantes.

Com o Walter, amgo argentino que fizemos em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Com o Walter, amgo argentino que fizemos em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


Luz mágica de fim de tarde no quarto de nosso hotel em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Luz mágica de fim de tarde no quarto de nosso hotel em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


Mais tarde conhecemos Mercedes, nossa anfitriã na Pousada Angel y el Corazón. Mercedes também chegava de uma cavalgada e nos contou sobre as vida no povoado de uma perspectiva diferente, de quem andou o mundo depois de ter saído da Argentina com os pais exilados, e escolheu essa boa energia de Real de Catorce para construir o seu lar. Uma luta nada fácil para quem quer recursos e educação de qualidade para os filhos, mas ela é das poucas que resistiu e se manteve firme, certa de suas escolhas.

Vaso com pequenos cactus no nosso hotel em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Vaso com pequenos cactus no nosso hotel em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


A noite ainda nos reservava um momento ainda mais especial, o encontro com a turma da resistência, escritores, fotógrafos, chefs de cozinha, mexicanos, italianos, argentinos e espanhóis. Um grupo de amigos apaixonados pela vida, por Real de Catorce, que sonham e constroem um mundo melhor. Arie, Luiz, Franchesco, Triciel e Mercedes, acompanhados pelos filhos e filhas deste sonho com nomes como Jade, Luna, Arco-Íris, acompanhados pela criatividade que lhes é peculiar. A noite fria foi regada a vinho, mezcal, boas botanas, assuntos interessantíssimos e inflamados, declamações de poesias de Altazor, de Vicente Huidobro, e finalizada por uma reunião em torno da fogueira. Um mundo mágico com o qual me identifico, quase um sonho... Será que foi mesmo real?

Cavalos esperam seus clientes sob a lua e um céu azul, aos pés de El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Cavalos esperam seus clientes sob a lua e um céu azul, aos pés de El Quemado, na região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

México, Real de Catorce, cavalgada, cavalo, Huichol, peyote, Pueblo Fantasmo, Quemado

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Darwin e Martelos

Galápagos, Isla Darwin

A inconfundível silhueta de um tubarão-martelo em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos

A inconfundível silhueta de um tubarão-martelo em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos


A nossa rotina no barco Galápagos Sky começava as 6h45, quando o café da manhã já estava servido. Café da manhã delicioso, diga-se de passagem, frutas, pães, queijos e cada dia um prato quente diferente, panquecas, ovos, arepas, etc. As 7h30 nos reuníamos na sala para o briefing do primeiro mergulho do dia.

O famoso Arco de Darwin, na ilha de mesmo nome, em Galápagos

O famoso Arco de Darwin, na ilha de mesmo nome, em Galápagos


Hoje ainda de madrugada o Capitán Vitor começou a navegar em direção a Ilha de Darwin. O tempo estava feio e chuvoso, mas os golfinhos que acompanhavam o barco não deixaram o nosso ânimo cair. Lindos saltavam e davam mortais completos, se exibindo, enquanto nos aproximávamos do imenso paredão rochoso e do famoso Arco de Darwin. Uma formação rochosa separada da ilha principal em forma de um arco, perfeito. O nosso ponto de mergulho é exatamente aí, ao redor deste arco.

Golfinho salta em frente ao nosso barco na Ilha de Darwin, em Galápagos

Golfinho salta em frente ao nosso barco na Ilha de Darwin, em Galápagos


Um dos motivos do Arquipélago de Galápagos ter tamanha biodiversidade marinha é o encontro de diversas correntes frias e quentes, que trazem cardumes de grandes animais de todos os lados. Por isso o tipo de mergulhos praticado é o chamado “mergulho de espera”, em que os mergulhadores ficam parados próximos a formações rochosas e coralíneas em torno dos 15 a 20m literalmente esperando.

Todos à espera de um tubarão-baleia em mergulho na Isla Darwin, em Galápagos

Todos à espera de um tubarão-baleia em mergulho na Isla Darwin, em Galápagos


Não precisamos esperar muito e logo os cardumes de tubarões martelos aparecem! São martelos de 1,5m a 4m de comprimento, dezenas, 30, 50, as vezes até 100 martelos em um cardume!

Dois tubarões-martelo em mergulho na Isla Darwin, em Galápagos

Dois tubarões-martelo em mergulho na Isla Darwin, em Galápagos


Segundo Kostia, o instrutor russo que está no barco, os martelos são os únicos tubarões que andam em grupo. Observa-se facilmente que os maiores vêm na frente para analisar o terreno, ver o que encontrarão pela frente e aí comunicam o cardume através do seus sonares.

Cardume de tubarões em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)

Cardume de tubarões em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)


Estes primeiros tubarões são os que mais se aproximam de nós, chegando a menos de 2m de distância. O Rafa e a Laura receberam uma encarada de um deles a menos de 2m e este ainda abriu o boca na cara deles! Sorte que a boca dele não é tão grande, mas ainda assim impõe respeito!

Tubarão-martelo em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Henning Abheiden)

Tubarão-martelo em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Henning Abheiden)


É uma pena que a visibilidade não estava melhor, os nossos 13m de visão nos deixavam ver os que estavam mais próximos e ao fundo, láááá no azul, vemos os vultos do imenso cardumes passando. No meio deles é comum encontrarmos também os Tubarões Galápagos e o Silk Shark, com um bico fino, mais cara dos tubarões que conhecemos dos filmes e fotos.

Tubarão em mergulho em Darwin em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)

Tubarão em mergulho em Darwin em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)


Os golfinhos continuavam nos acompanhando na hora em que descíamos do barco principal em nossos botes para os mergulhos. Felizes, lindos e saltitantes! Nós estávamos ainda mais ansiosos, pois Darwin é onde mais se vêem os tubarões-baleia. Os dois primeiros mergulhos foram lindos e com muita diversidade de peixes, tartarugas e milhares de tubarões-martelos. A temperatura da água boa, perto dos 26°C. Tivemos muita sorte de vermos os tubarões-baleia em Wolf, mas não podíamos nos iludir que veríamos o tempo todo.

Tartaruga marinha em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos

Tartaruga marinha em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos


Fomos ao terceiro mergulho, confesso já sem muita esperança, quando “blin blin blin!!!” TUBARÃO BALEIA!!! A corrente estava mais forte e por isso a perseguí-lo estava muito mais difícil! Fui atrás da Glenda pelas pedras, fazendo como uma escalada submarina para guardar ao máximo as forças para as pernadas. Quando vi que ele parou de nadar e a corrente ficou mais tranquila me mandei para o seu lado e consegui chegar pertinho novamente, devia ter uns 10m! Logo ela mudou de rumo e começou a vir em minha direção, passou 2m acima de mim, tão imensa, que só me restou agarrar-me às pedras deitada de barriga para cima e vê-la passar, da cabeça à cauda, se eu esticasse o braço encostava nela! Emocionante!!!

O enorme vulto de um tubarão-baleia visto por baixo, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retidada de vídeo)

O enorme vulto de um tubarão-baleia visto por baixo, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retidada de vídeo)


Tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)

Tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)


Voltei à superfície em estado de êxtase e sem muito tempo de falar e comemorar. Subindo no panga Laura e Rafa gritaram, “Olhem os golfinhos!!!”. Eles estavam nadando ao nosso lado, ao redor do bote, maravilhosos!!! Eu não queria subir e ir embora, mas tampouco eles queriam nos deixar. Subimos e eles foram nos acompanhando, saltando e nadando junto com o barco, sensacionais!

Golfinhos acompanham nosso barco na Ilha de Darwin, em Galápagos

Golfinhos acompanham nosso barco na Ilha de Darwin, em Galápagos


Esta noite dormimos ali, abrigados em uma das baías da Ilha de Darwin, e já não bastassem todos os shows que tivemos hoje, logo depois do jantar tivemos uma cena impressionante!

Hora do jantar ao largo da Ilha de Darwin, em Galápagos

Hora do jantar ao largo da Ilha de Darwin, em Galápagos


Ficamos rodeados de Galápagos Sharks pescando na luz do barco. Havia um cardume de peixes que por sua vez pescavam peixinhos vermelhos ainda menores. Como diria Sérgio Chapelen: “É o show da vida!”

Tubarões de Galápagos (quase inofensivos!) cercam nosso barco durante  a noite na Ilha de Darwin, em Galápagos

Tubarões de Galápagos (quase inofensivos!) cercam nosso barco durante a noite na Ilha de Darwin, em Galápagos

Galápagos, Isla Darwin, Ecuador, Equador, Mergulho, Tubarão martelo

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A transposição

Brasil, Alagoas, Piaçabuçu (Foz do São Francisco)

Margem do São Francisco pouco antes da sua foz, na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Margem do São Francisco pouco antes da sua foz, na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)


Tudo parece perfeito, porém não devemos acreditar em tudo que vemos. O guia turístico do barco vai nos passando informações durante o tour e conscientizando os turistas de que toda esta paisagem está em constante mutação. Os motivos são os mesmos já descritos acima, represas e desmatamento da mata ciliar que vão provocando o assoreamento do rio e provocando o aparecimento de novos bancos de areia, novas ilhas e aos poucos a diminuição do rio. Aqui este fenômeno é ainda mais intenso e facilmente percebido, pois quanto mais o rio perde sua força, mais espaço ele deixa para o avanço do mar.

Grupo se aperta na sombra de coqueiros para ouvir o guia, na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Grupo se aperta na sombra de coqueiros para ouvir o guia, na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)


Triste é ouvir que tudo isso pode realmente acabar. O guia faz uma parada estratégia no alto da duna, à sombra de um coqueiro para explicar a todos o que é o projeto de Transposição do Rio São Francisco. Uma obra idealizada para ajudar a população do sertão nordestino, porém que está localizada 80% dentro das terras de latifundiários. Canais de 300km de extensão, 25m de largura e 6m de profundidade serão construídos.

Sinal de celular na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe! (município de Piaçabuçu - AL)

Sinal de celular na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe! (município de Piaçabuçu - AL)


No entanto o projeto não irá atingir quem realmente precisa. Os principais estados beneficiados seriam Pernambuco e Ceará e os estados de Alagoas e Sergipe sairiam totalmente prejudicados, pois além de não estarem dentro do alcance dos canais, terão um grande volume de água do rio desviado. O rio de onde tiram o seu sustento irá diminuir e sucumbir às forças do mar, portanto tudo o que vemos aqui hoje pode, em alguns anos, estar embaixo d´água. A população ribeirinha não terá onde viver e ficará ao Deus dará.

Rio São Francisco em Piaçabuçu - AL

Rio São Francisco em Piaçabuçu - AL


É difícil saber exatamente quais serão as conseqüências e o impacto ambiental e social deste projeto. É difícil saber exatamente em quem acreditar. Recebemos informações de todos os lados, dos que acreditam na transposição aos que a abominam. Fato é que com um investimento muito menor poderiam ser cavados milhares de poços artesianos no sertão, região rica em lençóis freáticos, e sem dúvida o problema de fornecimento de água seria sanado. Afinal, em quem devemos acreditar? O encontro do bom senso e da responsabilidade ambiental e social em torno desta questão é primordial para que não tenhamos apenas a mudança de endereço da pobreza e miséria.

Carranca do barco que nos levou à Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Carranca do barco que nos levou à Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Brasil, Alagoas, Piaçabuçu (Foz do São Francisco), foz, Praia, Rio, Rio São Francisco, São Chico

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Baía La Mixteca

México, Puerto Escondido

A praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

A praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Puerto Escondido está localizado na costa do Pacífico, no estado mexicano de Oaxaca. Chegamos no início da tarde e nos hospedamos na Playa Zicatela, onde está a maior parte do agito, hotéis e restaurantes. Encontramos muitos italianos morando por aqui, abrindo seus negócios, como em todo este trecho da costa mexicana.

Cactus no mirante da  praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

Cactus no mirante da praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Seu nome origina de uma antiga história de piratas. Andrés Drake, irmão do famoso pirata Francis Drake, aportou nesta baía deserta para um período de descanso longe das autoridades. Sem mais nada de interessante para fazer na vida e se aproveitando do seu status de pirata, algumas semanas antes, ele e sua tripulação raptaram uma índia mixteca de uma vila próxima.

Almoço de peixe e camarão em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

Almoço de peixe e camarão em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Foi ali, nesta baía deserta, que a índia conseguiu escapar do navio e nadar até a costa, escondendo-se na densa floresta ao longo da praia. Os piratas a procuraram diversas vezes, porém nunca puderam encontrá-la, passando a chamar o local de “Baía de La Escondida”. Com o passar dos anos o nome foi mudando, passando por Puerto La Escondida e finalmente Puerto Escondido.

A famosa 'mão na rocha', na praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

A famosa "mão na rocha", na praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Durante muito tempo a baía foi inabitada, por dificuldades como água potável, etc. Uma vila começou a se desenvolver formalmente apenas nos anos 30 do século passado e nos anos 70 possuía apenas 400 habitantes. Hoje a cidade já possui em torno de 20 mil habitantes e se tornou o principal destino turístico na costa de Oaxaca.

Fim de tarde bem gostoso na praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

Fim de tarde bem gostoso na praia de Zicatela, em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Calçadão, estacionamentos e palmeiras ao longo da avenida principal mostram que o desenvolvimento chegou para ficar. Restaurantes imensos na beira da praia oferecem cadeiras e guarda-sóis e alguns bares noturnos que garantem uma boa salsa. O centro da cidade fica há uns 20 ou 30 minutos de caminhada, ocupando o morro que está no canto direito da praia. A praia do centro é exatamente o pequeno porto natural que era utilizado pelos piratas, dividido por uma bela formação rochosa da praia de Zicatela.

A concorrida praia central de Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

A concorrida praia central de Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Na nossa corrida habitual, infelizmente não tivemos muito tempo para explorar seus arredores. Caminhamos ao longo da praia até o mirante entre a Zicatela e a Praia do Centro e aproveitamos para dar um clássico tchibum de final de tarde. Uma amiga de uma amiga de uma amiga que já morou aqui e conheci pelo facebook (só podia ser coisa de internet!) já tinha nos dado a dica: o pôr-do-sol de Puerto é maravilhoso, não percam! Quem nos acompanha aqui sempre sabe, este é um dos espetáculos naturais mais bacanas e já vimos muuuuitos pores-do-sol, mas este é realmente magnífico! Pudemos ver até a última unha de sol baixar direto na água, em um vermelho intenso radiante e sem uma nuvem no horizonte para atrapalhar. Valeu a dica Chiara!

Visitando Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

Visitando Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Outra dica da Chiara foi o almoço na Cantina Vasco, com um saudável prato de dourado “a la plancha” com esses pequenos camarões aí, óh. Um deleite!

Almoço de peixe e camarão em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México

Almoço de peixe e camarão em Puerto Escondido, na costa de Oaxaca, no litoral Pacífico do México


Fechamos a noite com uma boa salsa com o pé na areia e várias caipirinhas a “la mexicana”, com rum no lugar da cachaça. Não é aquela Brastemp, mas já ajuda a matar um pouco as saudades de casa.

México, Puerto Escondido, , México, Oaxaca, Pacífico, Praia, Puerto Escondido

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Lapinha à Beagá

Brasil, Minas Gerais, Lapinha, Belo Horizonte

Com o Ivan, nas pinturas rupestres da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Com o Ivan, nas pinturas rupestres da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Domingo. Primeiro dia após a Maratona da Serra do Cipó. Dia perfeito para descansarmos até mais tarde, dormirmos aproveitando a cama deliciosa da Pousada Travessia, onde ficamos hospedados na Lapinha. Que lugar gostoso... Hoje seria o dia de folga para estes dois folgados, no seu ponto de vista, mas cansados, exauridos no meu. Ainda assim, nada de folga, pois ontem não conseguimos terminar a maratona, ainda temos que ir até a represa, atravessá-la de canoa até as pinturas rupestres junto com o Ivan.

Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Minha vontade era de dizer ao Rodrigo... “vá, vá você enquanto eu durmo.” Nos atrasamos um pouco, porém um personagem não me deixou ter coragem de desistir, o Ivan, o tão comentado canoeiro que faz este passeio. Eu precisava conhecê-lo, e não era à toa, personagem saído dos livros de Guimarães Rosa, Ivan nos vê e a primeira coisa que diz é: “não era as 8h?” e não nos agüentamos... ”Mas ontem era as 15h30, não era?” Sem nenhuma cerimônia nos cumprimentamos e seguimos viagem para a represa, já contando vários causos da região. Precisamos prestar atenção, pois além de falar muito rápido ele deve ter o inhangatú entranhado nas veias.

Preparada para cruzar a lagoa de canoa, com o Ivan, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Preparada para cruzar a lagoa de canoa, com o Ivan, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


No caminho ele vai nos contanto todos os causos, dos 8 “veados” e das 15 “sapatas” que ele teve que levar, os apertos que teve, em falar o que queria, e ouvir o que não queria. Sem pensar nas reais conseqüências. Ele fala que o povo mais velho não está acostumado com essas coisas de homem beijando homem, etc, mas é claro que este é uma atitude invasiva naquela pequena comunidade parada no tempo.

Patos selvages na lagoa da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Patos selvages na lagoa da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


As pinturas rupestres são geniais, até ET o povo enxerga lá, a melhor é um veado fêmea que está prenha, era comum as manifestações em torno da fertilidade, acreditando que traria mais alimento e caça para a comunidade.

Pinturas rupestres de 7 mil anos, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Pinturas rupestres de 7 mil anos, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Voltamos à pousada e é hora de seguirmos viagem para Belo Horizonte. Não vejo a hora de encontrar um pouco de civilização, cidade grande, estrutura. Tirar os quilos de pó da Fiona, lavar roupa... Estamos precisados deste oposto. Só para vocês terem uma idéia, hoje a hora que tomei banho, não conseguia tirar um pontinho preto do meu dedo mindinho do pé... Adivinhem? Encontrei um jovem bicho de pé o perfurando faceiramente! ARGH! Eu nunca mais tinha visto esse negócio, desde criança, nem lembrava a cara dele... É, coisas que fazem parte dessa vida de ecoturismo e aventura.

Placa indicatica da Estrada Real, na Serra do Cipó - MG

Placa indicatica da Estrada Real, na Serra do Cipó - MG


A viagem foi ótima, chegamos à BH e logo nos acomodamos em um hotel na Savassi, bairro central, com tudo o que precisamos por perto. O assistente do hotel ficou horrorizado com a quantidade de poeira em tudo o que tirávamos do carro. Descarregamos o carro todo, pois amanhã a Fiona vai para sua revisão dos 10mil km. É, 10km, quase 150 dias! O tempo está voando! Daqui a pouco já estamos de volta.

Brasil, Minas Gerais, Lapinha, Belo Horizonte, Lapinha

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Sergipe Histórico

Brasil, Sergipe, Aracaju, São Cristóvão

Bela porta de igreja em São Cristóvão, cidade histórica e antiga capital de Sergipe

Bela porta de igreja em São Cristóvão, cidade histórica e antiga capital de Sergipe


Todo o nordeste possui uma história muito rica na colonização brasileira, porém nem todos os estados exploram isso turisticamente. Pouco ouvimos falar da participação de Sergipe e Alagoas na história do Brasil Colônia e muito menos das suas cidades históricas. Um dos fatos que me impressionou foi saber que o Quilombo de Palmares, liderada pelo ex-rei africano e escravo Zumbi, ocupava grande parte destes dois estados. Devido ao feriado natalino não pudemos conhecer o Museu dos Palmares em Maceió, mas fiquei muito curiosa e deve valer à pena a visita. Neste mesmo contexto histórico começamos o nosso dia em Aracajú, fazendo uma caminhada pelo seu centro histórico.

Palácio do governo em Aracaju - SE

Palácio do governo em Aracaju - SE


Domingo pós-feriado natalino, todas as lojas e estabelecimentos comerciais estão fechados, mas ainda podemos apreciar os prédios históricos e a decoração natalina. A imponente catedral em uma belíssima praça bem arborizada na quadra vizinha ao Palácio do Governo e à Ponte do Imperador, píer sobre o Rio Sergipe.

A 'Ponte do Imperador', um pier sobre o rio Sergipe, em Aracaju - SE

A "Ponte do Imperador", um pier sobre o rio Sergipe, em Aracaju - SE


Caminhamos mais um pouco e chegamos ao mercado municipal, sempre um ponto interessante a ser visitado em uma capital, pois ali vê-se um apanhado de toda a cultura regional, do artesanato à gastronomia. Praticamente em todos os mercados vemos isso, mas aqui me chamou a atenção como as ervas medicinais fazem parte da cultura brasileira, sendo vendidas aos quilos e para todos os males.

O Mercado Municipal de Aracaju - SE

O Mercado Municipal de Aracaju - SE


O Mercado Municipal de Aracaju - SE

O Mercado Municipal de Aracaju - SE


Aracajú passou a ser a sede do governo do estado no ano de 1855, antes disso quem tinha este papel era São Cristóvão, cidade do século XVII. Há apenas 25km da atual capital, São Cristóvão é uma cidade histórica tranqüila, com uma grande presença de elementos arquitetônicos dos idos de 1600, como as igrejas da Igreja Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Nª Sª do Carmo maior e menor, entre outras.

Igreja do Amparo, em São Cristóvão, cidade histórica e antiga capital de Sergipe

Igreja do Amparo, em São Cristóvão, cidade histórica e antiga capital de Sergipe


Algumas delas estão sendo restauradas pelo IPHAN, como a própria Igreja Matriz, porém a maioria se encontra em mau estado de conservação. O grande casario que hoje abriga o Museu de Sergipe, foi um dia a sede do Governo do Estado, sendo reformado e transformado em Museu apenas em 1955. Andamos pela cidade e almoçamos no restaurante “O Sobrado”, em frente à Praça da Matriz.

Restaurante tradicional  'O Sobrado' em São Cristóvão, cidade histórica e antiga capital de Sergipe

Restaurante tradicional "O Sobrado" em São Cristóvão, cidade histórica e antiga capital de Sergipe


De volta a Aracajú fomos até a Barra dos Coqueiros, tentar desbravar o além ponte, mas encontramos apenas uma praia mais popular lotada e suja. Sabemos que lá há também um grande resort e uma estação hidroviária, de onde se deve ter uma vista privilegiada da orla de Aracajú, mas não chegamos até lá com pressa para conhecer ainda as praias da capital.

A bela e enorme árvore de Natal em Aracaju - SE

A bela e enorme árvore de Natal em Aracaju - SE


As praias são extensas e a cor do seu mar um pouco escura, devido aos dois rios que ali deságuam, mas para compensar encontramos uma orla muito organizada e limpa. É considerada por muitos a orla mais bonita do Brasil. Se é a mais bonita não sei, mas até onde conheço é sem dúvida a com maior infra-estrutura. Além de um posto do Protejo Tamar, são dezenas de restaurantes, barracas de tapioca, sorveterias, bares, parques infantis, praças, quadras esportivas e até um parque com uma lagoa artificial, realmente uma atração por si só. Fechamos a noite à moda da casa, jantando ali no restaurante Cariri, casa de forró e comida típica sergipana.

Atravessando o Velho Chico de balsa, em Penedo - AL

Atravessando o Velho Chico de balsa, em Penedo - AL

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Vida Garifuna

Belize, Hopkins

Praia em Hopkins, no litoral sul de Belize

Praia em Hopkins, no litoral sul de Belize


Se você é daqueles que gosta de viajar para encontrar culturas contrastantes, novos idiomas, sons e sabores, Hopkins é um ótimo lugar em Belize para começar as suas explorações. Oficialmente a única Vila Garifuna do país, Hopkins mantém vivos os costumes, tradições e a história dos “Black Caribs”. Dangriga, Punta Gorda e Placencia também são cidade garifunas, porém maiores, o que dificulta o encontro com o ritmo e a cultura dos seus moradores.

Cães (incluindo o Chími - o marrom) brincam em praia de Hopkins, no litoral sul de Belize

Cães (incluindo o Chími - o marrom) brincam em praia de Hopkins, no litoral sul de Belize


A maioria da sua população vive uma vida simples, homens no mar pescando o almoço e o jantar de cada dia, enquanto mulheres cuidam da casa, filhos, cozinham e fazem artesanatos. O seu idioma é uma mistura de arawak, carib e dialetos africanos, onde homens e mulheres possuem vocábulos próprios, nunca usados pelo outro sexo. Dizem que a origem disso estaria ligada à história do surgimento dos Garifunas, quando apenas mulheres Arawaks sobreviveram e se uniram aos Caribs e aos negros fugidos dos navios negreiros, que anos mais tarde foram expulsos da ilha de St Vicent.

Fim de tarde, chegando de volta à Hopkins, no litoral sul de Belize

Fim de tarde, chegando de volta à Hopkins, no litoral sul de Belize


Depois da nossa passagem pelos cayes, a parte mais turística de Belize, estávamos em busca de um lugar que nos mostrasse um pouco mais o mosaico de culturas que convive no país. A população maya se concentra no sul e os garifunas em algumas cidades e vilas na linha litorânea. Saímos de Corazal, quase na fronteira com o México, passamos por Belize City, ex-capital e principal centro econômico do país e seguimos em direção à Placencia. A nossa primeira ideia era dormir em Placencia, mas algo me dizia que lá não era o lugar, então resolvemos desviar pouco menos de 20km e dar uma olhada na pequena vila de Hopkins.

Longo trecho de estrada de terra no caminho para o sul de Belize

Longo trecho de estrada de terra no caminho para o sul de Belize


A pacata vila parecia quase deserta, tamanho o calor que fazia no meio daquela tarde ensolarada. Vimos algumas crianças correndo pelas ruas enquanto suas mães, nas portas das casas de madeira com telhado de palma, viam aquele casal de “gringos” chegar em sua espaçonave prateada. Cruzamos toda a vila pela rua de terra paralela à praia de águas tranquilas e repleta de coqueiros, buscando algum lugar para comer. Nossa primeira parada foi no centro de cultura garifuna, onde alugam alguns quartos e oferecem aulas de tambor. Não havia ninguém... Apenas tambores e uma bagunça imensa, pratos sujos, cumbucas, garrafas plásticas e lixo por tudo. A televisão ligada dava aquele ar de que o local fora abandonado em meio a uma invasão bárbara.

Praia de Hopkins, no litoral sul de Belize

Praia de Hopkins, no litoral sul de Belize


Continuamos, agora encasquetados com as placas de um lugar que dizia ter cabanas, café, restaurante vegetariano à beira da praia, Kismet Inn. Quando chegamos demos de cara com Elvis,um negão rasta, garifuna simpático. Elvis desentocou Tricia do quarto, uma new yorker de origem judia que depois de ter um dos restaurantes mais badalados de Nova Iorque resolveu viver no Caribe. Ela viveu anos na Jamaica, onde teve uma gravadora de discos e, sabe Deus como, veio parar aqui.

Frente do nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize

Frente do nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize


Tricia tem as melhores histórias que você pode imaginar! Como bem definido por Gaston, “I love Tricia, there´s always a drama”. O Kismet Inn por si só é uma atração, dormimos em uma cabana de pescador no terreno à beira mar repleto de coqueiros, galos e cachorros. Os jantares familiares feitos por Tricia incluem desde sabores indianos veganos à sopa de tartaruga que o seu homem, Elvis, pescou. Mesmo homem em quem Tricia quase ateou fogo quando ele apareceu, mais uma vez, bêbado. Ela tinha avisado que o mataria se acontecesse de novo! Gargalhava nos contando que enquanto ele estava desmaiado de bêbado jogou álcool ao redor dele e o acordou riscando fósforos em falso, em seu ímpeto torturador para dar-lhe uma lição. A cara de susto do Elvis deve ter sido tão cômica quanto a risada de Tricia contando o causo! Histórias tristes contadas com seu humor ácido que se reunidas dariam um filme perfeito numa mistura meio Tarantino e meio Wood Allen.

A Cher, o galo do nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize

A Cher, o galo do nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize


Nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize

Nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize


Durante os dias nós trabalhamos nos blogs e caminhamos pela praia, socializamos com os locais na pizzaria vizinha, onde encontramos a melhor pizza da ponta norte de Hopkins (a única, a propósito). As crianças batem ponto lá vendendo doces de coco, cassava e cacau, além de pedir a colaboração para o festival de pipas que reúne a comunidade no próximo dia 16. Infelizmente perdemos o festival, mas não a chance de socializar com estes lindos garifuninhas. No nosso primeiro pôr do sol em Hopkins, acompanhados de uma boa Belize Stout (como chamam a cerveja local, Belikin), conhecemos Gaston, outro personagem citado acima.

Meninas garifunas vendem artesanato para turistas em Hopkins, no litoral sul de Belize

Meninas garifunas vendem artesanato para turistas em Hopkins, no litoral sul de Belize


Um holandês que vive pelos mares do Caribe há 9 anos morando em seu veleiro. Hopkins é um dos seus lugares preferidos, onde encontra pessoas de verdade, sem firulas e falsidades. Gente simples, que vive a vida tranquila, com seus problemas e suas alegrias, a vida como ela é e não como ninguém (ou nenhum sistema) disse que deve ser. Gaston é um homem vivido e de opiniões fortes que já morou em diversos países da África, Europa e América Central.

Nossa primeira foto do Gaston, antes mesmo de conhecê-lo (em Hopkins, no litoral sul de Belize)

Nossa primeira foto do Gaston, antes mesmo de conhecê-lo (em Hopkins, no litoral sul de Belize)


Ele nos convidou a fazer um tour em seu barco até a Grande Barreira de Corais e a pequena ilha de Tobacco Caye. Nós estávamos procurando algo parecido nos arredores, tínhamos uma opção de snorkel em uma ilha mais próxima e ainda tínhamos ficado com o camping na Half Moon Caye, que não aconteceu, entalado na garganta. No dia seguinte nadamos até seu barco sendo atucanados por um peixinho branco desgraçado e com alguma chance de cruzar um peixe-boi que às vezes aparece por estas águas. Conhecemos o barco, conversamos novamente para fechar os detalhes e decidimos partir com Gaston para uma velejada de 3 dias pelas águas azuis de Belize. Partiríamos no dia seguinte, depois de mais uma noite de histórias e gargalhadas com Tricia, seus vizinhos, Gaston e Cris, amigo canadense que chegou em veleiro hoje.

Barco ancorado em frente ao nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize. Ainda não conhecíamos o 'The Rob'...

Barco ancorado em frente ao nosso hotel em Hopkins, no litoral sul de Belize. Ainda não conhecíamos o "The Rob"...


Hopkins foi uma das melhores surpresas da viagem, conhecemos personagens memoráveis, pessoas muito especiais! Cada um deles nos relembrou à sua forma meio esquizofrênica que a vida é assim, cheia de altos e baixos, surpresas e loucuras. Foram dois dias que nos ensinaram como é importante seguirmos nossos instintos, deixando a vida fluir e principalmente, aproveitando esta oportunidade única que temos de poder mudar de planos a qualquer momento. Enfim, deixar a vida nos fazer feliz!

Noite em praia de Hopkins, no litoral sul de Belize

Noite em praia de Hopkins, no litoral sul de Belize

Belize, Hopkins, Garifunas, Kismet Inn

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A Cidade dos Deuses

México, Cidade do México

Diante da grandiosidade da Pirâmide do Sol. as pessoas quase desaparecem! (em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México)

Diante da grandiosidade da Pirâmide do Sol. as pessoas quase desaparecem! (em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México)


Teotihuacán foi a maior e principal cidade da Mesoamérica no período pré-hispânico. Possuía uma população estimada entre 100 a 200 mil habitantes e mais de 21 km2 de superfície durante o seu apogeu, entre os séculos III e VII. O sítio arqueológico está localizado há 45 km do centro da Cidade do México e é destino obrigatório para qualquer turista, viajante ou passante da capital.

Pirâmides do Sol e da Lua vistas do Templo de Quetzalcóatl, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Pirâmides do Sol e da Lua vistas do Templo de Quetzalcóatl, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Pesquisadores acreditam que Teotihuacán, por sua localização geográfica estratégica, era um dos maiores centros comerciais de troca de mercadorias entre outras cidades e aos poucos sua cultura (leia-se arquitetura, religião, etc), foi influenciando as outras civilizações da época.

Contra o sol forte, nada melhor do que um sombreiro! (em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México)

Contra o sol forte, nada melhor do que um sombreiro! (em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México)


Descobertas feitas em Tikal e Monte Albán confirmam que Teotihuacán tinha uma grande influência em todas as civilizações mesoamericanas. Dentre as provas foram encontrados objetos de origem Maya ou da região do Golfo e inclusive um bairro zapoteca que fazia parte da grande metrópole.

Maquete da grande cidade de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Maquete da grande cidade de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Em nahuátl, língua azteca, Teotihuacán significaria, “A cidade em que foram feitos os Deuses” ou “A Cidade dos Deuses”. Aqui nasceu a lenda da origem do Quinto Sol, quando todos os seus Deuses teriam dado a sua vida em sacrifício para o aparecimento de uma nova civilização, a Azteca, e suas novas divindades. Assim Teotihuacán se tornou a cidade mitológica dos Aztecas, cenário da maioria das histórias em que se embasou a sua religião.

Estátua no museu do sítio arqueolõgico de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Estátua no museu do sítio arqueolõgico de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


A visita necessita no mínimo um dia completo se a intenção é percorrer todo o sítio. Nós chegamos um pouco tarde e aceleramos o passo para ver tudo. Chegamos direto no portão 3, que dá acesso direto à Pirâmide do Sol, Pirâmide da Lua, a principal parte da Calzada de los Muertos e ao museu do sítio.

Do alto da Pirâmide do Sol, admirando a Pirâmide da Lua, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Do alto da Pirâmide do Sol, admirando a Pirâmide da Lua, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


A Calzada de los Muertos é a principal avenida que cruza a cidade, no eixo norte-sul. Foi assim chamada pelos Aztecas, pois acreditavam que os grandes edifícios ao longo da avenida seriam tumbas construídas por um antigo povo de gigantes.

Caminhando em direção à Pirâmide da Lua, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Caminhando em direção à Pirâmide da Lua, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Ao extremo norte encontramos a Pirámide de La Luna, que não pode ser “escalada” até o topo. Ainda assim a vista do alto da sua plataforma é lindíssima, observamos do centro do eixo norte-sul os principais edifícios e temos uma vista privilegiada da sua irmã maior, a Pirâmide do Sol.

A incrível Pirâmide da Lua vista do alto da Pirâmide do Sol, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

A incrível Pirâmide da Lua vista do alto da Pirâmide do Sol, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Terceira maior pirâmide do mundo, a Pirámide del Sol possui 225m de base e mais de 70m de altura. Sua estrutura imponente é maciça e foi construída no ano de 150 d.C. em apenas duas etapas construtivas. Para o Rodrigo que já visitou as mais conhecidas pirâmides do mundo, ela é tão (ou mais!) impressionante que suas similares egípcias.

A massiva Pirâmide do Sol, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

A massiva Pirâmide do Sol, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Uma curiosidade é que a Pirâmide do Sol foi construída sobre uma pequena caverna, utilizada para fins rituais. A primeira grande teoria é que a pirâmide foi construída sobre uma caverna natural onde eles acreditariam ter havido a origem da vida. Outros dizem que ali haveria uma nascente de água, como principal elemento da vida, seria o grande motivo de adoração desta construção. Estudos mais recentes comprovam que a caverna é artificial e acreditam que ali teria sido uma tumba real, porém os vários saques sofridos pela cidade após o seu abandono, esta teoria ainda não pode ser comprovada. Ninguém sabe exatamente qual era a finalidade desta magnífica pirâmide, o fato é que até hoje peregrinos vêm até aqui nas datas do equinócio para meditações e energização.

A Ana e uma longa fila de pessoas sobe a Pirâmide do Sol em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

A Ana e uma longa fila de pessoas sobe a Pirâmide do Sol em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Subir os seus 248 degraus a mais de 2500m de altitude é um trabalho e tanto, mas vale à pena! A vista do alto é recompensadora, além de podermos fechar os olhos e nos imaginarmos bem re-energizados pelas boas vibrações destes antepassados americanos.

Meditação inspirada pela impressionante visão das pirâmides do Sol e da Lua, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Meditação inspirada pela impressionante visão das pirâmides do Sol e da Lua, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Fizemos um tour rápido pelo museu, que fecha às 17h, aproveitando os últimos minutos para ver a imensa maquete que representa a antiga cidade. As principais peças estão expostas no Museu de Antropologia na Cidade do México, então se você vai lá, a visita ao museu pode ser mais rápida.

Estátua no museu do sítio arqueolõgico de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Estátua no museu do sítio arqueolõgico de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Economizamos tempo de caminhada voltado de carro ao portão 1, que dá acesso à La Ciudadela, onde está o Templo da la Serpiente Emplumada. Construídos entre os anos de 150 e 250 d.C., a ciudadela foi o novo centro político, cultural e econômico da cidade de Teotihuacán.

Escultura na fachada do Templo de Quetzalcóatl, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Escultura na fachada do Templo de Quetzalcóatl, em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Para a consagração deste templo foram sacrificadas mais de 100 pessoas, enterradas em grupos de 4, 8, 18 e 20 corpos, somadas aos sacrifícios infantis que foram colocados nos vértices da pirâmide.

Pessoas sacrificadas em honra à Pirâmide do Sol em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Pessoas sacrificadas em honra à Pirâmide do Sol em Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Alguns guias cobram em torno de 450 pesos (aprox US$ 35,00) para acompanhar a visita e passar a visão e o conhecimento deles sobre a história deste lugar. Eu e o Rodrigo temos divergências neste ponto, mas acabamos optando pela economia e buscamos as informações em livros, no próprio sítio em placas, no museu e na nossa boa e velha amiga internet. Independente de qual seja a sua fonte de informações, não deixe de visitar uma das mais importantes cidades pré-hispânicas no México.

Criança descansa em gramado nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México

Criança descansa em gramado nas ruínas de Teotihuacán, ao norte da Cidade do México


Voltamos à Cidade do México impressionados com esta civilização e tivemos tempo suficiente no engarrafamento para devanear sobre sua origem e seu cotidiano.

Trânsito complicado na volta de Teotihuácan para a Cidade do México

Trânsito complicado na volta de Teotihuácan para a Cidade do México


Chegamos às Lomas de Santa Fé já eram quase 21h e ainda conseguimos marcar um jantar com Javier, um amigo que nos foi apresentado via internet pelo Haroldo, primo do Rodrigo. Restaurante japonês com um bom vinho e boas companhias! Noite perfeita para fechar o dia de explorações em um dos mais impressionantes sítios arqueológicos das Américas.

Jantar com o Rodrigo, o Javier e a sua esposa, em Santa Fé, na Cidade do México

Jantar com o Rodrigo, o Javier e a sua esposa, em Santa Fé, na Cidade do México

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Abraão, um passeio na história.

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ


Mais um dia de chuva... Nossa primeira intenção era subirmos o Pico do Papagaio hoje, mas ninguém merece subir quase 1000m de altura para não enxergar nada, ainda mais em um lugar lindo como este. Amanhã a previsão é de sol, então deixamos para o dia do meu aniversário este presente. Com chuva e um pouco de frio, hoje resolvemos fazer uma parte mais histórica da Ilha que ainda não conhecíamos.

Molhando os pés na Cachoeira do Poção, na Ilha Grande - RJ

Molhando os pés na Cachoeira do Poção, na Ilha Grande - RJ


Andamos pela vila e fomos direto ao Centro de Visitantes, que fica na Sede do Parque Nacional da Ilha Grande. O centro é muito bacana, tem várias informações muito interessantes sobre a história da ilha, trilhas e fica instalado onde foi um dia a lavanderia do Lazareto.

Visitando o Centro de Visitantes do INEA em Abraão, na Ilha Grande - RJ

Visitando o Centro de Visitantes do INEA em Abraão, na Ilha Grande - RJ


De lá seguimos para o Circuito do Abraão, que passa pelo Mirante da Praia Preta, Mirante do Aqueduto, Poção, Aqueduto, Praia Preta, Lazareto e finalmente o Mirante do Pescador. Ilha Grande faz parte da história do Brasil desde 1700, quando fazendeiros de café e cana começaram a explorar a ilha para agricultura. Grande parte da ilha é recoberta pela Mata Atlântica, porém boa parte dela já é uma mata secundária que se refez sobre esta área de cultivo. Mais tarde D. Pedro II comprou a fazenda do Holandês para instalar o Lazareto, instalação da vigilância sanitária que funcionava como um hospital de quarentena dos imigrantes e visitantes do Brasil. Lá era feito o controle de entrada de pestes e doenças contagiosas que se alastravam pelo mundo naquela época. Todos os navios que chegavam ao Brasil aportavam no Lazareto da Ilha Grande e todos os passageiros eram examinados. Caso algum deles apresentasse alguma suspeita, era retirado para observação e instalado conforme a sua classe em um dos prédios do Lazareto. Foi no prédio de passageiros de 1ª classe também, que o próprio D. Pedro II ficou hospedado com sua família antes de ser exilado em Portugal, logo após a Proclamação da República. O Lazareto posteriormente se tornou uma prisão, conhecida como a Alcatraz Brasileira, fazendo parte do Complexo Prisional de Ilha Grande, juntamente com a C.C.D.R. de Dois Rios. Para atender a demanda de água da Vila de Abraão e do Lazareto foi construído o belíssimo Aqueduto, com rochas e óleo de baleia, e ele mesmo até hoje faz parte do sistema de abastecimento de água supre a vila.

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ


Dia relax, trabalhando bastante! Quero colocar uns vídeos novos, mas editar esse negócio dá trabalho! Uma amiga minha é entusiasta dos vídeos mais roots, sem edição mesmo, quem sabe começo a me desapegar desses preciosismos e começamos a postar uns vídeos brutos para vocês! Por enquanto o dia trabalhando em condições precárias, sem mesa e internet ¼ de meia boca, me renderam um vídeo quase pronto e um belo torcicolo!

O rio da Praia Preta, na Ilha Grande - RJ

O rio da Praia Preta, na Ilha Grande - RJ


No final do dia fiquei meio deprê, em outros anos essa hora eu estaria ligando para todos os meus amigos para combinar o festerê de aniversário em um bar em Curitiba. É o meu primeiro aniversário na estrada, amanhã temos a programação de subir o Pico do Papagaio, segundo ponto mais alto da Ilha Grande e depois seguir para o Rio de Janeiro. Já que estamos aqui pertinho, escolhi passar o aniversário na cidade maravilhosa, com meus queridos cunhados e sobrinha, afinal, aniversário com a família é muito mais gostoso.

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Villa de Leyva

Colômbia, Villa de Leyva

Igreja da praça central de Villa de Leyva, na Colômbia

Igreja da praça central de Villa de Leyva, na Colômbia


Villa de Leyva é uma cidade histórica colombiana, um dos destinos preferidos dos bogotanos nos finais de semana e feriados. A apenas 2 horas de Bogotá, a região oferece uma diversidade de atrações interessantes para todos os gostos. Cachoeiras, trilhas, museus paleontológicos, sítios arqueológicos pré-colombianos e antigos monastérios são algumas das atividades nos seus arredores.

A enorme praça central de Villa de Leyva, na Colômbia

A enorme praça central de Villa de Leyva, na Colômbia


Fundada em 1572, é considerada um monumento nacional por conservar a arquitetura em estilo colonial. A sua imensa praça central é cercada de prédios antigos, a igreja e restaurantes super convidativos para uma tarde preguiçosa e ensolarada. Uma mistura entre Outro Preto e Parati, com áreas montanhosas nas suas cercanias, porém com ruas de pedra totalmente planas faz caminhar pelas ruas de Leyva um deleite. Pelo simples prazer de sentir a atmosfera, encontrar bistrôs nas antigas casas espanholas com átrios varandados e ver a vida passar.

Caminhando pela cidade histórica de Villa de Leyva, na Colômbia

Caminhando pela cidade histórica de Villa de Leyva, na Colômbia


A 15 minutos de carro encontram-se os Pozos Azules, lagos de águas cristalinas com coloração azul-esverdeada. São nascentes de água, porém não são potáveis e estão fechadas para banho. Uma caminhada ao redor dos poços é bacana ver um pouco da região.

Os 'Lagos Azules' em Villa de Leyva, na Colômbia

Os "Lagos Azules" em Villa de Leyva, na Colômbia


Dali, seguimos para o museu El Fósil, onde está exposto o fóssil de um kronosaurio de pouco mais de 7m de comprimento e 110 milhões de anos. O dinossauro marinho de cabeça imensa, parente dos crocodilos, foi encontrado nesta região em 1977 e é um dos maiores da sua espécie já encontrados em todo o mundo.

O físsil de um gigantesco réptil marinho (Kronosauro) em Villa de Leyva, na Colômbia

O físsil de um gigantesco réptil marinho (Kronosauro) em Villa de Leyva, na Colômbia


Fóssil marinho com mais de 100 milhões de anos em Villa de Leyva, na Colômbia

Fóssil marinho com mais de 100 milhões de anos em Villa de Leyva, na Colômbia


Novamente é impressionante imaginar que répteis marinhos poderiam ser encontrados no meio da Colômbia. A explicação para isso é a mesma encontrada para os depósitos de sal que formam a catedral em Zipaquirá. Uma antiga baia de água salgada banhava esta área, com águas rasas, claras e cálidas, deixando como prova a concentração em fósseis marinhos de plantas, animais e microorganismos que são encontrados na região.

Dezenas de fósseis marinhos, prova que Villa de Leyva já esteve sob o mar! (Colômbia)

Dezenas de fósseis marinhos, prova que Villa de Leyva já esteve sob o mar! (Colômbia)


O mais fácil de ser encontrado em várias rochas é um caracol casa de um mega molusco marinho pré-histórico. Além do museu, o encontramos nas pedras que fazem parte da construção do Monastério El Santo Ecce Hommo. Convento de padres dominicanos de mais de 400 anos, possui tem sua arquitetura bem conservada e uma coleção de arte religiosa e sobre a história da chegada dos padres espanhóis na região.

O belo pátio central de antigo monastério em Villa de Leyva, na Colômbia

O belo pátio central de antigo monastério em Villa de Leyva, na Colômbia


O Parque Arqueológico de Monquirá, conhecido como “El Infiernito” era o observatório solar dos antigos povos que habitavam a região. Os muíscas utilizavam as colunas para definir os períodos de plantio e colheita e construíram ao seu redor uma espécie de jardim da fertilidade.

Construção neolítica em Villa de Leyva, na Colômbia. As pedras servem para medir a luz do sol e o início das estações

Construção neolítica em Villa de Leyva, na Colômbia. As pedras servem para medir a luz do sol e o início das estações


Ali se realizavam cerimônias de fertilidade para os seus deuses. Este povo era poligâmico, porém apenas os homens podiam ter mais de um parceiro. As mulheres possuíam um papel importante na sociedade, já que a linhagem hierárquica se dava através de sua árvore. Ainda assim aquelas que praticassem poligamia eram fortemente punidas.

Cultura neolítica cultuava símbolos fálicos, símbolos de fertilidade, em Villa de Leyva, na Colômbia

Cultura neolítica cultuava símbolos fálicos, símbolos de fertilidade, em Villa de Leyva, na Colômbia


São mais de 30 estátuas de pênis esculpidas em todos os tamanhos, tipos e formatos, como símbolo da fertilidade. Só não entendi por que o Rodrigo, que estava tão interessado no tal observatório solar, de repente quis ir embora tão rápido.

Na construção do antigo monastério em Villa de Leyva, é possível encontrar dezenas de fósseis (Colômbia)

Na construção do antigo monastério em Villa de Leyva, é possível encontrar dezenas de fósseis (Colômbia)


Depois de um delicioso almoço na praça central, O Rodrigo ainda teve o pique de subir até um mirante próximo da cidade. No final da tarde, a chuva se armou e um véu escuro se pôs sobre Villa de Leyva.

O mirante de Villa de Leyva, na Colômbia

O mirante de Villa de Leyva, na Colômbia

Colômbia, Villa de Leyva, arqueologia, Arquitetura, cidade histórica, dinossauros

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