0
arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha
Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela
Joao (21/09)
Que legal! E como é o povo da Groelandia? Frios, feios? Que linguas eles...
Rafael Corado (19/09)
Olá, sou jalapoeiro de São Félix! Muito boa a descrição sobre a cida...
antonio pedron (15/09)
olá, tudo bem! lugares maravilhosos. Estaremos no caminho via Salta/Ar, ...
marco antonio santos (14/09)
oiu participo deum congresso na UNAM santa fé, em outubro, passo 8 di...
Dale Viaja (12/09)
Ana! no fuimos al desfile. Ahora estamos en Ecuador y ustedes?...
A Serra da Capivara é conhecida principalmente por suas riquezas arqueológicas e não por suas belezas naturais. Mas este Parque Nacional continuaria sendo um ponto obrigatório mesmo se as pinturas não existissem. A cultura brasileira não valoriza o sertão, a caatinga, acredita que o nordeste possui belezas naturais apenas no litoral e é aí que todos nós estamos muito enganados. Falta conhecimento e cultura, a influência da mídia e do próprio mercado turístico fizeram com que o sertão nordestino ficasse marginalizado no turismo brasileiro.
A famosa Pedra Furada, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Não é a toa que grandes obras literárias e musicais brasileiras são inspiradas por este cenário. João Cabral de Melo Neto, Gonzagão, Gil e vários outros grandes nomes já cantavam o poético luar do sertão, mais brilhante do que nunca sobre a caatinga branca e reluzente. A florada do mandacaru anunciando a chegada do período chuvoso e os tempos de renovação das plantas, águas, animais, a vida!
Caatinga verdinha na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Durante as trilhas que fizemos no parque nacional, aos poucos fomos aprendendo a compreender e admirar este bioma. Várias árvores encontradas na mata atlântica se adaptaram para conseguir sobreviver neste novo ambiente. Além do tão famoso mandacaru, planta cactácea comum na caatinga, encontramos os ipês, a jurema-preta, planta de raízes alucinógenas, a maniçoba e várias outras que se modificaram durante milênios para suportar o clima semi-árido. Estas plantas caducifólias sobrevivem durante todo o período de seca justamente por diminuir a sua superfície de perda de água, ficando sem folhagens.
Coroa de Frade na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Estas folhagens servem de alimentos para os animais que vivem nesta região como os caprinos, os catitus, veados, entre outros. Nós tivemos a grande sorte de encontrar um grupo de catitus, próximo a uma das portarias do parque, em um dos pontos de alimentação mantido pelo parque. São uma espécie de porcos selvagens, me aproximei para fotografar e o chefe do grupo não hesitou em que enfrentar com seus valentes grunhidos. Eu é que não me atrevi a continuar avançando.
Catitus (porcos selvagens) na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Na caminhada pela trilha da Invenção e Toca do Inferno, nós tivemos a grande sorte de ver um fenômeno raro no sertão, a chegada da chuva. Já estávamos estranhando ver a caatinga tão verde, mas isso já era motivo de que estamos em período chuvoso. Perguntamos curiosos ao Rafael, nosso guia, se a chuva surpreendia em outras épocas de seca e ele nos respondeu que sim, e que esta era conhecida como “a chuva desgraçada”.
Vista do alto da Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Nós, sulistas de plantão, achamos que a maior benção no sertão é receber uma chuva em período de seca... que nada! A natureza é tão sábia que já se adaptou e até uma chuva, aparentemente inofensiva, pode arruinar as criações de caprinos que se alimentam da folhagem seca. Quando estas folhas são molhadas, apodrecem e criam fungos, que significam doenças se ingeridos pelos bodes e cabras.
A chuva faz a alegria das crianças na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
A fauna continua rica quando se trata de répteis e anfíbios. São vários tipos de lagartixas, inclusive uma espécie endêmica da Serra da Capivara, além de camaleões, sapos-bois, etc. Período de chuva chegando, estão todos prontos para o período reprodutivo. A chuva que vimos chegando no alto da escadaria da invenção logo nos alcançou, esperamos um pouco em uma portaria e seguimos para a trilha da Toca do Inferno. Ela é assim chamada, pois os caçadores ouviam barulhos estranhos vindos de dentro desta toca. Nós não sabíamos o que iríamos encontrar e a nossa surpresa foi simplesmente a mais mágica de todas, uma cachoeira!
Pequeba e mágica cachoeira no fundo de canyon do Inferno, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
A água da chuva escorreu para esta toca, formando no fundo dela uma pequena cachoeira e um riacho, que mais uma vez aproveita para irrigar a vida. Espumas um tanto quanto nojentas, são um ninho de sapo-boi, os insetos dependem dessa chuva para se reproduzir, inclua aí as muriçocas, todo o tipo de pernilongos irritantes e até as borboletas!
Caminhando com as borboletas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Toda esta vida, esta fauna e esta flora é circundada por sítios arqueológicos de riqueza histórica incomensurável e situados em um dos mais belos cenários já vistos aqui no Brasil. Montanhas de arenito desenhadas pelo desgaste do tempo, da chuva e dos ventos, formou a Serra da Capivara, uma serra de pedras coloridas , cânions secos e inexplorados. Tocas que testemunharam a chegada do ser humano nestas terras e até hoje permanecem intactas, mudas, caladas. A nossa Capadócia não deixa nada a desejar para as turcas, só falta mesmo o passeio de balão.
Incrível visual, semelhante ao da Capadócia, no canyon Canoas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Apresento a vocês a beleza dos sertões, aquela que não é falada nos telejornais, programas turísticos e pelos políticos. Apresento a vocês o nosso Brasil.
Incrível visual, semelhante ao da Capadócia, no canyon Canoas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Com o Naldo no canyon do Riacho do Boi, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Saímos cedinho de Petrolina, 6h30 da manhã. A viagem de Petrolina à Caracol é longa, pouco mais de 500km sertão adentro, passando por diversas vilazinhas escondidas no mundo. Eu não conseguia parar de pensar, como eles vieram parar aqui?
Chegamos longe! Fronteira de Pernambuco e Piauí
O Estado do Piauí foi colonizado de dentro para fora, os bandeirantes procuravam terras para criação de gado, mas não deu muito certo, já que o clima semi-árido não ajudava muito. A primeira cidade fundada foi Oieras, em 1740 sendo definida como capital do estado. Mais tarde Teresina foi fundada, sendo a primeira capital planejada do país. Este povo que vemos sobrevivendo neste interiorzão, com pouca água, um calor imenso, foi aos poucos se fixando neste processo de colonização.
Cena comum nas estradas do interior do Piauí e do Nordeste
Caatinga é, em tupi, floresta branca, devido à coloração das árvores quando estão completamente secas. O período chuvoso começou em novembro e deve ir até fevereiro, período chamado pelos piauienses de inverno. São temperaturas de 36°C, mas ainda assim tivemos a sorte de ver parte desta caatinga toda verde e até florida, já que a primeira chuva aconteceu há uns 20 dias.
Paisagem do Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Em meio à esta Caatinga, encontra-se o Parque Nacional da Serra das Confusões, parque formado em 1998, sendo hoje a maior reserva de caatinga no Brasil. O plano de manejo do parque ainda não está pronto, pela informação que recebemos do nosso guia, e a estruturação está começando agora, com a construção das primeiras portarias. Dentro do Parque encontram-se ainda algumas comunidades como o Barreiro e o Capim, famílias que estão aguardando suas indenizações para se mudarem da área de reserva.
Chegando ao Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Chegamos à tarde em Caracol e tentamos contato direto com Adão, guia do aprque que nos foi indicado pelo Luis, aventureiro que conhecemos aqui no site. Infelizmente o Adão estava acamado e pediu então que seu filho Naldo nos acompanhasse. Fomos direto para o Parque conhecer uma das suas mais famosas atrações, o Riacho do Boi.
canyon do Riacho do Boi, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Um cânion estreito formado por paredes de mais de 20m de altura. Estas fendas abrigam centenas de andorinhas, que deixam o local com um aroma sui generis. Descemos para o riacho por uma escada colocada por um padre italiano que viveu na região, antes destas escadas, uma raiz imensa era utilizada para acesso ao local.
Saindo do canyon do Riacho do Boi no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
O calor era grande e o Rodrigo queria muito ir até um riacho ou um ponto com água para se refrescar. Caminhamos mais uns 45 minutos pelo leito de um rio intermitente, que aparece apenas por alguns dias do ano quando se dá o período de chuvas. Lá, no final do leito areado deste rio fica a Gruta Escondida, um olho d´água que brota da terra. O Naldo nos disse que teria água e queria cumprir a promessa! No meio do sertão encontrar um olho d´água destes é uma benção! Entretanto, estamos vindo do Velho Chico e de 10 dias na Chapada Diamantina, acho que o Ro esperava encontrar um rio, mesmo que com pouca água, mas um rio. Vi a carinha de desânimo dele, que foi intimado a entrar (por mim, é claro) no olho d´água, uma vez que nos fez andar até lá.
Olho d'água no Riacho do Boi, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Um belo banho, jantar gostoso na pousada da Ednéia e capotamos logo cedo, afinal a Serra das Confusões ainda guarda muitas surpresas para nós!
Fim de tarde no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Igreja da pequena cidade de san Luis, na Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
A subida da Sierra de San Luís no final de tarde, após um longo dia de explorações na Península de Paraguaná foi uma viagem meio surreal. Como assim saímos de um lugar desértico e totalmente plano para uma serra verdejante, úmida e fria em menos de 30 minutos? A estrada íngreme e sinuosa já nos indicava mudanças, mas foi quando chegamos no ponto alto da subida que vimos que a mudança seria mesmo radical. Todo o calor que vínhamos tentando driblar durante o dia, repentinamente se transformou em umidade e frio.
O belíssimo entardecer na Sierra de San Luis, ao sul de Coro, no noroeste da Venezuela
A noite no Hotel Turístico Gran Apolo só deixava mais clara a decadência do turismo venezuelano. Um hotel que já deve ter tido seus dias de glória de repente se vê quase abandonado, o ralo menu e os preços abusivos também são uma pista de que os tempos não estão fáceis para ninguém. Dormimos ao som das cigarras e da chuva que esfriava a montanha e acordamos em meio à neblina e uma garoa fina que se recusava a facilitar a vida destes turistas intrépidos pelas serras venezuelanas.
Nosso hotel em Curimagua, na Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Buscamos dali, perguntamos de lá e logo chegávamos ao Haitón del Guarátaro, um buraco vertical de 305m de profundidade e 12 metros de diâmetro, um tipo de formação bem peculiar desta região. O haitón também é chamado de sima e é formado pela infiltração da água em fissuras verticais na rocha calcária. Aqui nesta região há um punhado deles e o Guarátaro é o maior do país!
Chegando ao Haitón de Guarataro, na Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Painel informativo sobre o Haitón de Guarataro, com mais de 300 metros de profundidade, na Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Alguns quilômetros adiante chegamos à cidade que empresta seu nome à serra, San Luís. Lá almoçamos no restaurante Don Pepe, onde Morela, professora do primário, treina suas novas técnicas culinárias ensinadas no curso onde seu exigente professor dá-lhe broncas e chibatadas até que repita exatamente o que lhe foi ensinado. Embora não concorde com o método, posso dizer que está funcionando, a comida foi deliciosa, assim como a conversa com a simpática Rosa e sua mãe.
Com a Morela e sua filha Rosa, na pequena cidade de San Luis, Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
A tarde foi explorando a mais famosa das cachoeiras da região, as Cataratas de Hueque, que mesmo em um sábado nublado, recebia piqueniques de turistas locais, vulgo farofão. Imaginem em um domingo como não deve ficar! As cataratas não são as mais indicadas para banho, pois têm uma grande força na queda d´água, mas ao lado tem algumas cachoeirinhas e riachos secundários que os locais usam para se divertir.
As belas cataratas de Hueque, na Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
As belas cataratas de Hueque, na Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Saindo das Cataratas de Hueque vimos umas das cenas mais impressionantes do final de semana, ao lado do frio e do haito: uma cobra de uns 2 metros lutando bravamente por sua vida após ter sido atropelada no meio da estrada. Ela estava em posição de ataque, toda curvada, pronta para dar o bote no primeiro carro que aparecesse. A sorte dela é que nós a vimos e paramos por um bom tempo para fotografá-la e tentar evitar que outros carros a atropelassem, mas mesmo assim um louco nos “ultrapassou” e, diante dos nossos olhos, passou por cima dela, sem dó nem piedade! Ainda assim ela sobreviveu, forte como um touro! Pobre cobra.
A enorme cobra Cazadora que encontramos nas estradas da Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Uma enorme cobra Cazadora que encontramos em uma estrada da Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Seguimos a nossa vida de viajantes errantes para um destino mais do que certo: Parque Nacional Morrocoy. Foram pelo menos 3 horas de viagem entre San Luís e Tucacas para descobrirmos que o melhor caminho para o parque seria mesmo o balneário praiano de Chichiriviche. Lá vamos nós!
A enorme cobra Cazadora que encontramos nas estradas da Sierra de San Luis, região de Coro, no noroeste da Venezuela
Andando de carro na praia da Juréia
No norte da Ilha Comprida pegamos a ponte para Iguape, outra cidade colonial, apenas sete anos mais nova que Cananéia, possui características muito parecidas. Vamos em direção à Barra do Ribeira, agora por dentro, já que não existe acesso pela praia. Um detalhe, vocês perceberam o nome, “Barra do Ribeira”? Isso mesmo! É o mesmo rio que dá nome ao PETAR, “Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira”! Nosso roteiro está acompanhando ele lá de cima até a sua barra, aqui no litoral. Dali parte a balsa para a Juréia Sul, durante a semana de hora em hora e final de semana de 30 em 30 minutos.
Ponte que liga Iguape à Ilha Comprida
A Juréia é outra praia maravilhosa e que abriga uma Estação Ecológica. Chegamos na vila, nos instalamos na Pousada Dalu, mantendo o nosso objetivo de baixar a média de gastos, para equilibrar o dólares a mais do Caribe. A pousadinha é simples, mas muito jóia. A Lu a comprou faz pouco tempo e está reformando, até setembro terá novos quartos e piscina, a temporada promete.
Entrada da Juréia na parte sul do parque
O sol resolveu se esconder novamente e aquele dia lindo deu lugar a nuvens e em vez de duas horas da tarde pareciam seis. Mesmo assim não desanimamos e seguimos mais 18km pela praia até a entrada da Estação Ecológica da Juréia. Uma cachoeirinha gelada, como sempre, mas muito gostosa! Acima dela existem mais duas cachoeiras maiores fechadas para meros mortais, apenas pesquisadores com autorização podem seguir na trilha. Já decidi que na próxima encarnação serei pesquisadora! Quantas coisas deixamos de ver? Ok, tudo em prol da natureza.
Cachoeira na parte sul da Juréia
Cachoeira na parte sul da Juréia
Nota de falecimento
Voltando da cachoeira encontramos um cortejo fúnebre vindo pela praia. O cemitério fica a uns 7km da vila. Deve ser alguém importante, pensamos, eram mais de 20 carros acompanhando a falecida esposa de um homem muito querido aqui na vila. É, infelizmente essas coisas acontecem, que Deus a tenha.
Cemitério na praia da Juréia
Cortejo fúnebre na praia da Juréia
Portland, a cidade das pontes, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Portland-Oregon é uma cidade moderna de nome e sobrenome. Na costa leste, dificilmente você escutará simplesmente o seu primeiro nome Portland, já que ela possui uma homônima do lado de lá, Portland-Maine. A Portland “de lá” está no litoral, já a daqui está às margens de um rio. A cidade das pontes possui pelo menos 11 grandes pontes, algumas antigas e meio espalhafatosas que cruzam o Willamette River.
A famosa Iron Bridge, sobre o Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
As pontes dão um ar industrial à cidade e a um primeiro olhar até meio decadente. Uma caminhada pelo Tom MacCall Waterfront Park em seu longo calçadão beira rio e aquele monte de ferro começa a entrar pelos nossos poros, dando um novo sentido à urbanidade de Portland. Seus traços duros e retos se replicam em sua arquitetura, prédios antigos e ruas austeras ganham cor nos movimentos artísticos que florescem na cidade.
Tradicional cooper ao lado do Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Porém, dentro dessa identidade visual tão urbanóide, existe um coração. Um coração verde e contemporâneo. Faixas exclusivas para ciclistas com posição central desde 1994 coexistem com outros projetos de transporte, como o aerial tram construído em 1986 (uma espécie de metrô de superfície) e até ônibus elétricos (que, disfarça, lembraram as minhas férias quando eu era pequenininha lá em Araraquara, rs!)
Muito bem marcada, pista exclusiva para ciclistas em rua central de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Caminhando por uma das muitas praças de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
A cidade das rosas talvez ganhe outra vida no verão, nestes dias que passamos estava chuvosa e bem acinzentada. Cruzamos a Hawthorne Bridge para conhecer a East Esplanade, caminhamos entre nuvens, garoas e torós da beira rio até o Portland Building com a imensa estátua da Portlandia, Deusa do Comércio.
Pelo visto, chove muito em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos. Até estátua usa guarda-chuva!
A famosa Portlandia, deusa do comércio com ares de Netuno, no centro de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Chegamos à Pioneer Courthouse Square rodeada de prédios antigos e a Fórum de Justiça, prédio de 1875, o mais antigo da costa noroeste. Cruzamos todo o centro antigo e o bairro de Chinatown até chegar ao artístico e mais sofisticado Pearl District.
Praça central de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Museu de Artes de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
A sofisticação aparece nos detalhes das restaurações dos prédios da região industrial e antigos depósitos, um dos bairros mais “cools” com galerias de arte, lojas de designers e estilistas alternativos. Lá fizemos uma parada obrigatória na Deschutes Brewery & Public House, que no meio da tarde estava bem disputada. A sopa de queijo com cerveja Ale é maravilhosa, sem contar o menu de degustações das cervejas preferidas da casa.
Aproveitando a chuva para testar as cervejas de uma cervejaria em Portland, no Oregon, costa oeste dos Estados Unidos
No sábado voltamos às margens do Willamette, caminhamos até a Steel Bridge, a segunda mais antiga da cidade construída em 1912. Nos sábados uma das maiores atrações é o Saturday Market, uma feirinha hippie, de comidas e antiguidades, com uma cara de Largo da Ordem ou Vila Madalena. Artesanato, antiguidades, sebos, quinquilharias, carrinhos de comida, música, bem diferente do padrão americano que encontramos por aí, mais alternativo que o “normal”, mas ainda assim bem organizadinho.
No movimentado mercado de sábado, ao ar livre, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Atravessando a Iron Bridge, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Uma coisa que logo me chamou a atenção foram os carrinhos de comida nos estacionamentos do centro. Eles estão por tudo e são uma opção barata que tem bastante adesão entre os habitantes da cidade. Comida mexicana, grega, indiana, vietnamita e como você imaginar. O pessoal compra o almoço nestes carrinhos e vai até a praça mais próxima ou à beira do rio para almoçar. É difícil encontrar espaço para o comércio informal nos Estados Unidos, este é um toque de latinidade à Portland ou de desapego às regras tão presentes no padrão norte-americano. A cidade parece acolher melhor opções e alternativas para suprir todo tipo de necessidade e receber todo tipo de maluco.
Carrinhos de comida, típicos de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
Falando em maluco, é o que mais vemos pelas ruas, desde drogaditos à artesãos e malucos beleza que pensam que ter uma vida “alternativa” é viver nas ruas pedindo dinheiro, quase como uma forma de protesto, já que não tem muito a que protestar. Não consigo engolir um homem (ou uma mulher), jovem, sadio, sentado em uma praça com uma cara de “ripongo” e um cartaz pedindo dinheiro para comida. Há várias formas de se revoltar contra um sistema e esta, sem dúvida, não me comove e não ajuda em nada.
No movimentado mercado de sábado, ao ar livre, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
A nossa rápida passagem por Portland me deixou ainda mais curiosa com a cidade. A chuva, o cansaço e o tempo escasso acabaram deixando o nosso “approach” meio superficial. Tenho certeza que tendo mais tempo para sentir e explorar os guetos e galerias de arte, os bairros e parques além da área central, o encontro com a alma desta cidade tão reconhecidamente alternativa e independente seria sensacional.
Observando o Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos
O rio Colorado cruza e esculpe o deserto no norte do Arizona, nos Estados Unidos (Marble Canyon)
Nos despedidos do Grand Canyon percorrendo o deserto dentro das fronteiras da Nação Navajo, uma das mais tradicionais e bem conservadas culturas indígenas dos Estados Unidos. Suas principais atividades econômicas são a pecuária, a confecção de produtos têxteis (fios, cobertores e tapetes) e a produção de alta qualidade de jóias semipreciosas com prata sterling e turquesas.
As incríveis cores e formas do deserto do norte do Arizona, quase fronteira com Utah, nos Estados Unidos
A maior reserva indígena americana cobre porções do Arizona, Utah e New México e cerca a Hopi Indian Reservation, outra área semiautônoma disputada pelas duas nações. A região é rica em minérios e na segunda metade do Século XX a mineração de carvão e urânio foi uma das suas principais atividades econômicas. A falta de informação e regulação fez com que grande parte dos trabalhadores indígenas fosse contaminada pela radiação e a mineração foi proibida no começo do Século XXI.
A primeira ponte rodoviária sobre o rio Colorado a leste do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Conhecida também como a população Diné ou Naabeehoó é a maior nação indígena reconhecida pelo governo americano, com 300.048 membros. Eles mantêm viva a língua navajo, derivada do Athabascan, língua falada pelas primeiras nações no oeste canadense e leste do Alaska. Acredita-se que eles migraram para a região em torno do ano 1.400, quando os Pueblanos já habitavam a área hoje conhecida como New México.
Montanhas esculpidas pelo tempo no dserto entre o Arizona e Utah, nos Estados Unidos (Cliff Dwellers)
Em 1864 o governo americano resolveu expulsar os dinés da sua terra, obrigando-os a andar por 480km até Bosque Redondo, próximo à Fort Sumner no Novo México. A Long Walk levou mais de 9 mil indígenas entre homens, mulheres e crianças às piores condições de sobrevivência, sem o suprimento correto de água e comida, em meio à epidemias e conflitos com outras nações inimigas. Quatro anos mais tarde (1868) os líderes Navajo negociaram com o governo americano para retornarem a um local próximo à sua terra natal, e mesmo “sem permissão” voltaram a ocupar a terra ancestral próxima ao San Juan Valley.
Moradia indígena no deserto ao norte do Arizona, nos Estados Unidos (Cliff Dwellers)
O Marble Canyon é a fronteira oeste do território Navajo, cruzamos a Navajo Bridge sobre o Rio Colorado e seguimos ao norte pela I-89, passando por paisagens fantásticas, rochas esculpidas pelo vento e que são utilizadas pelos indígenas como curiosas cabanas de pedra (rock dwellings).
O rio Colorado cruza e esculpe o deserto no norte do Arizona, nos Estados Unidos (Marble Canyon)
Nós ficamos hospedados no hotel do histórico Cameron Trading Post, estabelecido 1916 para receber comerciantes, exploradores viajantes de todo o mundo. Um punhado de casas, um hotel e um pequeno centro comercial onde cada família vende seu artesanato e peças de prata. Os traços geométricos característicos e o trabalho delicado na prata e nas pedras são realmente impecáveis! Pena que eles não curtem muito fotos, nem deles e nem dos trabalhos à venda... Temos que respeitar.
As magníficas vastidões entre a fronteira de Arizona e Utah, na Kaibab National Forest, nos Estados Unidos
O Monument Valley, um dos mais impressionantes monumentos naturais do país, está dentro desta reserva, no caminho para a fronteira quádrupla entre os estados de Utah, Arizona, Colorado e New México, conhecida como Four Corners. Mas este será assunto para outro post.
A bela paisagem no caminho entre o Grand Canyon, no Arizona, e o Zion Canyon, em Utah, nos Estados Unidos
As coloridas canoas da Praia do Bonete em Ilha Bela - SP
Uma noite maravilhosa, longe das luzes da cidade, ontem tivemos um céu totalmente estrelado! 3 estrelas cadentes vistas em apenas 5 minutos na praia! Difícil é escolher o pedido, são tantos! Um jantar com comidinha caseira na Pousada da Rosa e um vinho delicioso na nossa Pousada, a Canto Bravo, nos fizeram dormir como dois bebês.
Admirando a Praia do Bonete em Ilha Bela - SP
Acordamos hoje já preparados para caminhar e desbravar mais algumas praias do sul. Subimos o morro para uma vista maravilhosa do Bonete e seguimos caminhando para a Praia das Enchovas. Até tínhamos pensado em um plano alternativo, que seria seguirmos por uma trilha de 5 horas direto para a Praia de Castelhanos, mas não conseguimos contato com um jipeiro para a carona de volta até a Fiona.
Bela vista de Ilha Bela - SP (no caminho para a Praia das Anchovas)
A trilha para Enchovas seguia pelo mesmo tipo de “trilha-avenida” que chegamos aqui. Um desvio rápido para o morro, onde vemos o outro lado da praia do Bonete e as casas à beira do rio. Mais 30 a 40 minutos de caminhada e chegamos em uma praia ainda mais paradisíaca. A água esmeralda, transparente, com um rio gelado encontrando o mar no meio da praia. Uma baía mais protegida bem procurada pelos pescadores da região, que já tinham levado dali naquela manhã 30kg de lula. Hummm! Prefiro lula na panela do que em Brasília!
Vista da Praia do Bonete do alto do morro no caminho para a Praia das Anchovas em Ilha Bela - SP
Lá nas Enchovas conhecemos o Seu Anacleto, meu xará “versão masculina”. O Seu Anacleto é nativo ali das Enchovas, vive com sua esposa, trabalhando como caseiro da propriedade particular que domina todo o terreno em frente à praia. Chegamos lá e começamos a conversar enquanto ele prendia sua nova rede à corda com bóias, com uma agulha de madeira feita por ele mesmo. Lembro que certa vez tentei aprender a usar esta agulha, mas é muito difícil! O Seu Anacleto faz isso há anos, de olho fechado.
Chegando à Praia das Anchovas em Ilha Bela - SP
Muito sábio e divertido ele me consolou dizendo “Se eu for para São Paulo, não sobrevivo 2 dias!”. Eu só acredito vendo, Seu Anacleto já rodou o Brasil inteiro trabalhando em barco pesqueiro conheceu de norte a sul, mas voltou para a sua terra natal.
Na casa do Anacleto na Praia das Anchovas em Ilha Bela - SP
Pedimos a ele um depoimento para o Soy loco por ti América. Ele, muito encabulado, não deixou filmarmos, mas respondeu à pergunta:
- Por que você gosta daqui?
- Eu não gosto de Ilha Bela! Muito carro, muita gente... - respondeu rapidamente!
Então refizemos a pergunta:
- Por que você gosta daqui, da Praia das Enchovas? - E ele sem titubear respondeu:
“Ué, por que é o lugar onde eu nasci!”.
Eu tentei emendar que não deveria ser nada difícil morar ali, naquele paraíso, praia maravilhosa, mar, tranqüilidade... e ele me desafiou:
- “Venha! Venha morar aqui, você não agüenta! Venha ver o que é esse paraíso, viver com estes borrachudos todos os dias!”
Hahaha! Seu Anacleto é uma figura rara, logo nos encantamos pela sua sabedoria e jeito verdadeiro de ser!
Chegando à Praia das Anchovas em Ilha Bela - SP
O procuramos por indicação do André, o gerente da Pousada Canto Bravo, ele já havia nos avisado que iríamos gostar de conversar com ele. O motivo principal era uma trilha que nos leva até o Poço Esmeralda e uma árvore belíssima dentro da propriedade, uma Sapopema gigantesca, com mais de 40m de circunferência! Não conseguimos fazer esta trilha, pois nosso plano era irmos embora hoje mesmo, pegando a trilha do Bonete de volta para a Ilha Bela. Engraçado, é como se o Bonete não fosse parte da Ilha Bela mesmo... enfim, íamos voltar para a cidade.
As coloridas canoas da Praia do Bonete em Ilha Bela - SP
Chegando de volta ao Bonete começamos a pensar, por que não ficar mais uma noite? Passar mais uma noite aqui neste lugar tão mágico? A Pousada Canto Bravo é super romântica, à luz de velas, com mosquiteiros graciosos sobre as camas e um banho quentinho, ali na beira da praia. Vimos o sol se pôr, aproveitando ao máximo a praia, o mar delicioso e combinamos um jantar para provar a deliciosa gastronomia da Chef da Pousada, Oriana. Ela veio de Pirinópolis para o Bonete, passando por SP onde se formou em Gastronomia, Conseguem imaginar o menu? Sororoca, um peixe branco, fresquinho, pescado hoje mesmo! E de sobremesa um doce de leite com coco, uma delícia!
Pescador consertando sua rede na Praia do Bonete em Ilha Bela - SP
Como disse o Chefe da Polícia Ambiental que encontramos: “Ahá, não foram embora né? Já estão virando boneteiros!”
Cruzando rio na Praia do Bonete em direção à Praia das Anchovas em Ilha Bela - SP
Belo pôr-do-sol no Oceano Pacífico, em Mancora, no litoral norte do Peru
Máncora é um balneário praiano localizado no estado de Piúra a 1.172km de Lima, no norte do Perú. Às margens da Panamericana, é uma das praias preferidas dos peruanos, sendo comparada por alguns guias e blogueiros como a Búzios peruana.
Praia em Mancora, no litoral norte do Peru
O centro da cidade é repleto de restaurantinhos, bares e as baladas são bem conhecidas. Lá podem ser encontrados alguns hostals e pousadas mais simples e baratas, mas o charme mesmo está em um bairro vizinho conhecida como Mancora Chica, onde estão os melhores hotéis e pousadas à beira mar. A maioria deles possui também restaurantes gourmets, spas e um ambiente suuuper relax com piscina, bar e um deck com vista para o Pacífico.
Nosso hotel em Mancora, no litoral norte do Peru
Nós encontramos um hotel chamado Punta del Sol, que não era dos mais charmosos, mas por isso também tinha um preço mais amigável. As tarifa aqui variam de 160 a 300 soles (60 a 110 dólares), podendo custar 800 soles nos hotéis 5 estrelas de alto luxo. Recentemente esta região foi notícia nos jornais de todo o país, vítima de uma grande ressaca (ou até um mini-tsunami), que teria abatido o litoral e destruído casa e hotéis à beira mar. Isso diminuiu muito o movimento e o turismo, nos contou um vendedor ambulante que conhecemos na praia. Mas como pudemos verificar, nada aconteceu, Máncora está lá, linda e formosa como sempre.
Coqueiros na praia em Mancora, no litoral norte do Peru
O tempo estava um pouco nublado, o sol deu o ar da graça durante a manhã e depois a nebulosidade tomou conta. Caminhamos na praia, mas o vento frio não me animou a ter um approach mais íntimo com o pacífico. Praia extensa e com pedras é sim muito bonita, mas confesso que, como brasileiros, estamos mal acostumados com a beleza de nossas praias. Assim aproveitamos para tomar um pouco de sol e trabalhar bastante, tentando tirar o atraso aqui nos blogs.
Nosso "escritório" em Mancora, no litoral norte do Peru
À noite demos uma volta para conhecer o centro da cidade, já era quase meia-noite e mesmo sendo sábado quase não achamos um restaurante aberto. Um bar reciclado foi a nossa salvação, com a sua pizza-brusqueta de 3 queijos deliciosa. As baladas na beira mar não nos pareceram muito atrativas, bombando um reggaeton fuerte, disputando som na mesma quadra. Havia também uma festa eletrônica free em um grande hotel à beira-mar, mas eu ainda em recuperação da infecção e com um marido ajuizado até demais, nem fomos lá para dar uma olhada.
Fim de tarde na praia de Mancora, no litoral norte do Peru
Ah! Temos novidades! Conseguimos nos encaixar em um barco de live aboard para Galápagos no dia 25 de setembro! Rafael e Laura que já estavam embarcando para Quito também conseguiram ajustar as agendas. Não teremos as suítes para cada casal, mas os mergulhos e tubarões baleia estarão lá! Infelizmente a data disponível não se encaixava com a agenda do nosso primo Haroldo, que ficou sem Galápagos e nós sem a sua visita neste ano =(
Pelicanos voam tranquilamente em Mancora, no litoral norte do Peru
Amanhã seguimos viagem rumo ao Equador!
Rio logo abaixo do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Acordei hoje com muito frio. Não foi à toa, a temperatura realmente baixou de ontem para hoje, o dia amanheceu nublado e com muito vento. Nossa programação era novamente conhecer outros dois complexos de cachoeiras. Quem já conviveu mais comigo sabe que sou um horror de manhã... Estava totalmente preguiçosa! Frio, sono, imagina se eu queria entrar na água gelada? Há, há. Olha só o sorriso amarelo...
Cachoeira da Fumaça em Carrancas - MG. Não é aconselhável nadar...
Bem, temos que andar e conhecer, então fomos primeiro ao Complexo da Fumaça. Uma cachoeira lindíssima, com um volume imenso de água e poluída. Parte do esgoto da cidade de Carrancas ainda é despejado neste rio. Todo o Complexo da Cachoeira da Fumaça já se tornou um Parque Municipal e está em processo para se tornar uma área de preservação. Na Prefeitura de Carrancas já existem verbas destinadas ao tratamento da água e esgoto. Para variar uma solução tardia, mas antes tarde do que nunca. Sendo assim, escapei de entrar na água! Uuuufa!
Cachoeira da Fumaça em Carrancas - MG. Não é aconselhável nadar...
Partimos para o segundo complexo de cachoeiras, o Complexo Esmeralda. Uma pérola a apenas 10 minutos de Carrancas, é sem dúvida um dos lugares de rios e cachoeiras mais bonitos que já fui.
Rio do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Rio do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Talvez por isso o Rodrigo não parasse de confundir o nome dela “Esmeralda” com “Pérola”, está ficando velho mesmo! A água, verdinha e transparente, desce em uma laje imensa lindíssima, formando diversas cachoeiras e poços esmeralda.
Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Rio logo abaixo do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
A cachoeira principal e que dá o nome ao complexo tem o poço mais bonito e gostoso de nadar. Ui! Me entreguei! Eu que tinha certeza que não conseguiria nadar naquela água gelada, depois de umas 2 horas de trilhas explorando a laje, acabei me rendendo e pulando na água, até porque à tarde o sol resolveu dar o ar da graça. A água estava geladíssima, mas deliciosa, eu que tanto fiz doce acabei sendo a que mais acostumei e aproveitei a água.
Enfrentando as águas geladas e maravilhosas do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Enfrentando as águas geladas e maravilhosas do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Eu sou parceira e companheira de aventuras, mesmo no frio! Esquentando no sol e esfriando na cachoeira!
Rio logo abaixo do Poço Esmeralda em Carrancas - MG
Grande galeria na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Vocês sabiam que cada milímetro de estalactite demora mais de 10 anos para se formar? Uma caverna é a história viva! História que cada estalactite nos conta sobre a geologia e a formação do planeta onde vivemos.
Galeria na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
A Caverna São Mateus no Parque Estadual da Terra Ronca é um destes lugares. Uma caverna de 21 km de extensão, com dezenas de salões adornados, com milhares de estalactites, estalagmites, electites, flores de calcita e todos os espeleotemas que se podem imaginar!!!
Rio e espeleotemas na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Sem palavras, eu, Rodrigo e Flávia éramos levados por Ramiro por todos os cantos da caverna e cada vez que iluminávamos uma parede, um teto, uma coluna ou um salão só conseguíamos falar coisas como: MEU DEUS, CARACA, SENSACIONAL!!!
Com o Ramiro, nosso guia na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
É desconcertante entramos em um lugar como este e sabermos que aquele museu a “céu fechado” está ali todos os dias das nossas vidas! E não apenas da nossa, de toda a história da humanidade!!! Calculando bem, aquela caverna começou a se formar lá pelos tempos dos dinossauros! São mais de 100 milhões de anos que marcam o início de um trabalho paciente de construção deste templo natural. O gotejamento lento da água por minúsculas fissuras do calcário, que transportam em cada gota de água um grão do que um dia será uma escultura natural.
Incríveis formações na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Ramiro não se cansa disso. Desde os 7 anos de idade vive enfurnado nestas cavernas. Sua lógica é diferente da nossa, ele possui uma relação diferente do tempo, da vida, do claro e do escuro. Sabe apreciar cada ponto de vista, cada facho de luz. Aprendeu na prática e também com os especialistas que o acompanharam durante todos estes anos. Espeleólogos e fotógrafos franceses, paulistas, cariocas, brasilienses, amantes de cavernas de todos os cantos do mundo já vieram desvendar os mistérios e belezas deste lugar. Ramiro estava sempre lá, atento, aprendendo cada detalhe.
O Ramiro na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Acendia a sua luz dicróica, falava, olhem ali e no próximo segundo nos dizia, “vâmo andá?” Tortura? SIM, para nós era uma tortura, mas em uma caverna de 21km, cada minuto é sagrado. Andamos 8 horas dentro da São Mateus, tempo suficiente para nos perdermos no tempo e na escuridão. Tempo suficiente para explorar parcamente os seus primeiros 2km! É desesperador, só no primeiro quilômetro poderíamos ficar uns 3 dias, dormindo dentro da caverna, para ver cada uma das suas obras de arte.
Perfeita flôr de calcita na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Nunca na história deste país havíamos visto tantas electites e flores de calcitas, formações raras e de extrema fragilidade, em apenas um lugar! Cada um dos salões possuía milhares de estalactites, cada uma delas com centenas de electites, estes tubos calcários laterais que se formam pelo entupimento do vaso principal da estalactite.
Delicadas formações de calcita na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Ainda mais difícil é explicar a freqüente incidência das formações de flores de calcita, ainda mais para nós, meros espeleo-amantes amadores. Quem disse que rochas não tem vida? Aqui é impossível se manter firme nesta afirmação. Cada pedra possui uma forma, uma textura, flores, fungos, colunas, castelos, discos, marshmallows, imagens, São Franciscos de Assis, catedrais... Enfim o que a sua imaginação quiser. Ali descobrimos onde Bonanno Pisani e Gaudi tiveram inspiração para a Torre de Pisa e a Catedral da Sagrada Família. Ali somos testemunhas oculares da genialidade sutil e calada da mãe natureza.
"1000 dias" na caverna de São Mateus, no P. E. de Terra Ronca, região de São Domingos - GO
Blog da Ana
Blog da Rodrigo
Vídeos
Esportes
Soy Loco
A Viagem
Parceiros
Contato
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet



















.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)







.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)










.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)










.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)