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Moisés (02/12)
olá, muito legal o relato. Estou indo em Fevereiro. Qual operadora que v...
Frank (02/12)
Muito boa noite, Que maravilhosa expedição estão fazendo, estava pesqu...
Patricia (01/12)
que saudades e que alegria poder compartilhar com voces as dores (de dent...
Simone (01/12)
Parabéns, fantástica cobertura! obrigada pela experiência compartilhad...
Tatiana Wolff (30/11)
Caramba, é só pensar em conhecer um lugar que eu acho aqui no blog de v...
Na barca, voltando da Ilha
Hoje, dia 01/04, foi um dia bem representativo do difícil processo de deixar tudo para trás, para poder seguir em frente. Começamos o dia com uma manhã linda, céu azul, a Ilha do Mel bonita e serena como poucas vezes vi. Despedimo-nos do Zeco e da sua Pousada Grajagan, que consideramos nossa segunda casa. Antes fosse mesmo! Que delícia! Depois, caminhando rapidamente para o pier para não perder a balsa das 8 da manhã, encontramos o André, do restaurante Marisol (onde tantas vezes almojantamos no final da tarde, aqueles pratos fartos que dão para 4 pessoas - delícia!), que nos acompanhou na travessia para Pontal, sobre um mar que mais parecia um tapete. Lá, encontramos a Lúcia, do Portal do Mel Estacionamento, que sempre cuida muito bem do nosso carro e que fez muita festa para gente, principalmente depois de saber da nossa viagem. Ela adorou a Fiona adesivada.
Depois de nos despedirmos, nós já estávamos em frente ao balneário Atami, no caminho de volta para Curitiba quando a Lúcia apareceu no meu retrovisor, a toda, fazendo sinal e mandando eu encostar. Eu tinha esquecido nosso computador no estacionamento e ela veio atrás de mim para devolver. Que amor! Muito obrigado, Lúcia!!!
Em Curitiba, dei uma última passada no nosso antigo apartamento, todo pintado e preparado para o próximo felizardo que for alugá-lo. Quem me dera fosse eu! Tenho muita dificuldade de deixar minhas coisas para trás. Principalmente aquelas que me trazem tantas boas lembranças. Aproveitei para me despedir do casal de zeladores, Alcides e Cida, que cuidaram tão bem da gente nos últimos 5 anos. Do apartamento, tive de ir na concessionária verificar uma questão da Fiona. No caminho, passei pela loja que tinha comprado o meu Fox, fiel companheiro de tantas viagens. Cheguei lá e o carro tinha sido revendido no dia anterior mas, por sorte minha, o novo proprietário só iria buscá-lo hoje. Desse modo, ainda pude dar um "último abraço" no companheiro de aventuras. E ainda tirei uma foto com a Fiona e o Fox juntos. Passado e futuro, mas o mesmo espírito!
Despedida do Fox, chegada da Fiona.
De lá para a casa da Patícia, minha querida sogra. Ficamos lá arrumando e rearrumando as malas, decidindo o que ía e o que ficava. Soma-se a isso a reunião que tivemos com os desenvolvedores do nosso site e mais a visita ao apartamento novo da Dani e do Dudu (cunhados e pais da nossa sobrinha que está quase chegando) e ficamos bem apertados para chegar a tempo ao aeroporto. Principalmente com a pane nos semáforos em todo o centro de Curitiba. A Patrícia se esgueirava pelo trânsito engarrafado e eu ligava e atazanava o pessoal da TAM. Resultado, chegamos no último minuto possível, literalmente no ÚLTIMO minuto possível, a Ana segurando a moça do check-in enquanto eu carregava a nossa enorme bagagem por um aeroporto lotado, véspera de feriado, com cara de rodoviária.
Enfim, tudo está bem quando termina bem. Nós, nas nossas apertadas poltronas do avião, muitas das nossas coisas (inclusive a Fiona!) nos esperando em Maio, e muitas outras coisas, queridas para sempre, nos esperando em algum lugar da nossa memória.
Em tempo: no nosso embarque internacional, já em Guarulhos, a Ana apelidou o vidro que separa os viajantes internacionais dos nacionais de "Muro de Berlim". Ao mesmo tempo tão perto e tão longe uns dos outros. Nessa hora, estávamos do "lado certo" do muro. Mas, depois, quando entramos no avião, fomos parar do lado "errado" de outro muro de Berlin. Uma fina divisória separa os que viajam amontoados na classe econômica dos que que viajam confortavelmente na business class. Um desses, o nosso eterno ídolo do tênis, Gustavo Kuerten, que viajava para jogar e se divertir em Miami.
Com o Tomas e a Francesca no pré-carnaval em Olinda - PE
Hoje foi dia de carnaval em Olinda. Em pleno Dezembro, uma semana antes do natal, as ruas da cidade histórica se encheram de pessoas celebrando a vida ao som de maracatu e samba. Entre os felizardos, eu e a Ana, acompanhados de nossos novos amigos, o casal formado pelo suiço Tomas e a romana Francesca.
Presépio com bonecos gigantes em Olinda - PE
Passamos uma manhã tranquila na pousada São Pedro e finalmente colocamos em dia nossos blogs. Durante o café conhecemos o casal, chegado ao Brasil ontem de noite. Escolheram apenas lugares feios para visitar no Brasil: Olinda, Fernando de Noronha, Jericoacoara, Belém e Chapada Diamantina.
Pré-carnaval em Olinda - PE
E ainda deram a sorte de estar no dia certo aqui em Olinda. Eles e nós, claro! Por volta das 18:00 saímos todos juntos para acompanhar as vibrantes rodas de batucada. Meninas, senhores, gordos, negros, brancos, todo tipo de gente manobrando seus instrumentos de percussão com maestria. Emocionante assistir e ouvir o resultado.
Seguindo o mini trio elétrico pelas ruas de Olinda - PE
Em seguida, pasamos a seguir um "mini trio elétrico" (uma Kombi!) pelas ruas de Olinda. Nós e as torcidas do Sport, Náutico e Santa Cruz. Cem por cento de pessoas felizes. Após chegarmos no alto da cidade, entramos no bar "Preto Véio" para assistir a uma apresentação de samba. Samba raiz! Nossos novos amigos estavam impressionados.
Bonecos gigantes em Olinda - PE
Na saída do bar, uma roda de capoeira. Realmente, num espaço de poucas horas, pudemos assistir a toda sorte de manifestações culturais. Então, eles nos ofereceram um jantar no único restaurante que encontramos aberto no meio daquela celebração. Foi o tempo de jantarmos e a festa acabou. Perto da meia noite, já estávamos todos na pousada dormindo e sonhando tranquilamente. Felizes por já termos tido o nosso carnaval!
Fiona no meio do pré-carnaval de Olinda - PE
E aquela história de que o carnaval em Olinda e em Salvador começa três meses antes e termina três meses depois... sim, é verdade!
Hotel Glória em Caxambu - MG
Houve um tempo, na primeira metade do século passado, em que era um programa muito comum nas classes mais abastadas se passar parte do ano em alguma das estâncias hidrominerais do sul de Minas. Era a "estação de águas". Cariocas e paulistas fugiam do calor em suas cidades natais e passavam temporadas em cidades como Poços de Caldas, Caxambu, Araxá, São Lourenço entre outras. Em várias delas foram construídos grandes hoteis que prosperaram por décadas, atendendo essa fiel clientela. Enquanto se curavam nas águas milagrosas de dia, se divertiam nos cassinos durante a noite. Foi uma época de ouro para essas cidades. De presidentes a artistas, o glamour cercava essas cidades durante a "temporada".
Aqui em Caxambu o hotel que atendia essa chique clientela era o Glória. O seu mais famoso cliente assíduo: Getúlio Vargas. Mas a proibição dos cassinos no Brasil e o avanço da medicina dos remédios tirou da moda as águas medicinais e todas essas cidades. Os hotéis decaíram, alguns chegaram a fechar.
Esse quase foi o destino do Glória. Ele veio se aguentando nas últimas décadas, com um ar meio decadente meio charmoso. Esteve a ponto de fechar as portas ano passado, afundado em dívidas e questões societárias. Mas um novo dono trouxe esperanças. O hotel está em processo de revitalização para alegria dos funcionários e da cidade.
E também de antigos hóspedes! Estive aqui acompanhado dos pais e do querido e saudoso irmão em 1983. Jamais me esqueci da mais limpa piscina em que havia nadado nem da saborosa água mineral servida nas refeições, mais gostosa que sucos de frutas.
Tanto tempo depois, cá estou com minha esposa querida para prestigiar esse patrimônio das Minas Gerais. Pena que por tão pouco tempo. Em plena segunda-feira, como dois dos poucos hóspedes presentes, somos tratados como reis!
Interior do Hotel Glória em Caxambu - MG
Com nossa guia eslovaca na geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Com uma superfície de mais de 8 mil quilômetros quadrados, a geleira de Vatnajokull é a maior da Europa. São 100 km de largura por 80 km de lado, um verdadeiro mar de gelo com espessura média de 500 metros, mas que chega, em alguns pontos, a 900 metros! Escondida sobre ela, vales, platôs, montanhas, vulcões e até uma fenda que chega a 300 metros abaixo do nível do mar!
A geleita de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia, a maior da Europa
Aproximando-se da geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia, para fazer um trekking no gelo
Despontando para fora do gelo, de tão altos, estão a maior montanha da ilha e aquele vulcão que entrou em erupção alguns anos atrás fechando todos os aeroportos da Europa, numa luta espetacular entre as lavas ferventes e uma quantidade colossal de gelo ao seu redor.
Aproximando-se da geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia, para fazer um trekking no gelo
Animada no início da caminhada sobre a geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Tanta água doce há estocada aí, sob a forma de gelo e neve que, se toda a geleira fosse drenada pelo rio mais caudaloso da Islândia (que é grande! Nós ainda vamos conhece-lo, no norte do país), seriam precisos 200 anos para acabar a água! Okay, se pensarmos no rio Amazonas, o maior do planeta, seriam necessários “apenas” 5 meses...
Subindo um trecho inclinado da geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Uma das muitas "ladeiras" da geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Pois bem, foi esse colosso que fomos conhecer hoje. Agências de turismo oferecem aos turistas mais energéticos a possibilidade de uma caminhada sobre o gelo, as fendas e as belezas de Vatnajokull. Fornecem todo o equipamento necessário, exceto as roupas, e o guia para nos levar lá. No nosso caso, era uma guia, uma simpática moça lá da Eslováquia que já anda sobre o gelo e a neve desde pequenininha.
A geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia, corre em direção ao mar
As enormes montanhas que alimentam a geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Vamos de carro até uma das línguas que saem da geleira e vem até a planície litorânea e caminhamos até o gelo propriamente dito. Aí, com piquetas na mão, cordas na cintura e grampões nas botas, sempre em fila indiana seguindo nossa experiente guia, adentramos esse inverso branco, frio e escorregadio.
Pausa para descanso durante trekking na geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Pequena piscina de água gelada na geleira de Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Observando fissura no gelo da geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Aos poucos, vamos subindo, superando obstáculos, passando sobre fendas profundas e pequenos lagos de cor azul transparente, a mais pura água que se possa imaginar. Vamos também nos acostumando com a técnica de caminhar sobre o gelo. Eu e a Ana não somos experientes nesse tipo de atividade, caminhar sobre uma geleira, certamente nunca em uma desse tamanho. É preciso firmar bem o pé, ou os grampões, que evitam que a gente escorregue. Em trechos mais planos, não é difícil. Nas subidas sim, mas aí a piqueta e os conselhos da nossa guia ajudam bastante. Joelhos dobrados, corpo inclinado para frente! Na descida, claro, é o contrário!
Pose para foto durante caminhada na geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Enormes blocos de gelo em movimento na geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Quase cinco horas de caminhada na geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Após quase duas horas, atingimos um trecho mais plano. Para todos os lados, há apenas gelo e a vastidão do horizonte, o mar de um lado e as montanhas nevadas do outro. Sentimento total de insignificância perto da grandiosidade, da magnitude da paisagem que nos cerca. Aì nos sentamos para alguns minutos de admiração e respeito. E também para nos alimentar, pois ninguém é de ferro!
Muitas horas de caminhada na monumental geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Caminhando sobre a maior geleira da Europa, a Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Caminhando sobre a geleira Vatnajokull, no parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Hora de voltar. Ainda bem que a guia está lá, para descobrir os melhores caminho no meio daquele labirinto de gelo. Passamos por mais fendas, por mais poças de gelo derretido, uma beleza difícil dos olhos acreditarem. Sempre um convite para mais fotografias. Quase sem percebermos, já se foram cinco horas no total. Além de termos ficado perdidos no espaço, também ficamos perdidos no tempo. Naquela paisagem maravilhosa, perdemos todas as referências. Ficamos desnorteados. Perdemos a noção de escala. Assim, livre de todos esses pré-conceitos, fica muito mais fácil “sentir” a natureza que nos cerca. Uma experiência inesquecível!
Uma das línguas da maior geleira da Europa, a Vatnajökull, no Parque de Skaftafell, no sul da Islândia
Pronta para viajar para a Groelândia!
Ao contrário do que muita gente pensa, a data de descoberta do nosso continente americano é matéria bem controversa. Antes de Colombo, que chegou ao Caribe em 1492, muitos outros exploradores e colonizadores já haviam estado por aqui. Mesmo os antecessores dos nossos atuais índios, quando aqui chegaram há uns 17 mil anos, aparentemente já encontraram um continente ocupado há muito mais tempo, embora não haja provas definitivas sobre isso. Aliás, o destino desse misterioso povo que habitava as Américas nesses tempos remotos é completamente obscuro.
Mapa da costa oeste da Groelândia, onde estão a capital Nuuk e Ilulissat, mais ao norte, nossos destinos no país
Em tempos modernos, o primeiro europeu a chegar à América continental, quase 500 anos antes de Colombo, foi o viking Leif Erikson. Só que a América tem também suas ilhas. E se consideramos que Colombo chegou à América em 1492, e nesse ano ele só chegou até as ilhas do Caribe, e não ao continente, então temos de considerar que o primeiro europeu a chegar na América foi aquele que chegou à Groelândia, que também é uma ilha americana, embora com um clima menos “ameno” que as ilhas caribenhas.
Vista aérea das gigantescas geleiras que cobrem o país, no voo entre Nuuk e Ilulissat, na Groelândia
E o primeiro europeu a ir morar na Groelândia foi justamente o pai de Leif Erikson, conhecido como “Erik, o Vermelho”, no ano de 983. Mas não foi ele que descobriu a ilha não. A Groelândia já era conhecida há quase um século. Aparentemente, seu descobridor foi um tal de Gunnbjorn Ulfson. Esse sim é o verdadeiro Cristóvão Colombo. Mas ele não achou muita graça nessa ilha congelada e logo voltou para casa.
Sobrevoando a pequena Nuuk, capital da Groelândia
Foi mesmo o ruivíssimo Erik o primeiro colonizador da ilha. Olha só como eram esses vikings: o pai de Erik já havia sido exilado da Noruega por ter cometido um punhado de assassinatos por lá. Mesmo para padrões vikings, ele era meio violento. Foi morar na Islândia. Ali, quem arrumou confusão, para manter a tradição da família, foi o filho Erik, o Vermelho. Depois de alguns assassinatos, também foi exilado da Islândia. Com a barra da família meio suja na Noruega e Dinamarca, resolveu navegar para o outro lado e acabou chegando na Groelândia.
Chegando no aeroporto de Nuuk, a capital da Groelândia
Acabou passando três anos por lá e, quando o seu período de exílio acabou, voltou para a Islândia para levar mais gente para a Groelândia. Como convencer as pessoas a mudar de ilha? Uma boa publicidade! Erik batizou a sua ilha de “Greenland”, ou “ilha verde”. O marketing deve ter feito sucesso na gelada Islândia e logo uma grande migração se formou em direção à nova terra prometida.
Passeando em dia nublado e gelado em Nuuk, capital da Groelândia
O fato é que, naqueles tempos, o mundo vivia um período mais quente e a Groelândia era sim, mas verde do que hoje. Pero no mucho! Os vikings, ou “norseman” (vikings convertidos ao cristianismo), conseguiram se estabelecer nas únicas terras "ligeiramente" verdes da ilha gigantesca, que ficam na costa sudoeste da Groelândia. Aí fundaram três vilas que chegaram a ter, juntas, cerca de 5 mil habitantes. Essa colônia prosperou por quase 400 anos e depois, sumiu misteriosamente. É uma história para outro post...
A mais bela igreja de Nuuk, capital da Groelândia
Uma dessas vilas ficava próxima de onde hoje está a capital do país, Nuuk, considerada a menor capital do mundo. São cerca de 15 mil habitantes, quase um terço da população do país. Aqui chegamos ontem de noite. “Noite” é só jeito de falar, porque nessa época do ano, já quase não fica escuro por aqui. Eram 22:00 quando chegamos ao aeroporto e, de lá, de táxi, para o nosso hotel, e parecia que estávamos no final de tarde.
Arte nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia
Quando chegamos à Islândia, ontem de manhã, percebemos que era um lugar bem “diferente”. Mesmo assim, ainda parecia no planeta Terra. Já a Groelândia... essa sim parece outro mundo. Do avião, só se vê o branco até o horizonte. Nuuk é um amontoado de casinhas coloridas no meio de uma vasto lençol branco, parte terra, parte mar. Como é tudo da mesma cor (ou sem cor!), muitas vezes, é difícil distinguir terra firme de mar congelado.
O moderno cinema de Nuuk, capital da Groelândia
Tentamos dormir naquele ambiente pouco escuro e, hoje cedo, enfrentamos o frio de 0 graus e o tempo chuvoso para dar uma rápida volta pela cidade. Não tínhamos muito tempo para isso, pois o avião para Ilulissat saía logo depois do almoço. Daqui a alguns dias, voltaremos para passar um dia inteiro por aqui e, aí sim, ver direito a capital do país.
Bandeiras da Groelândia e da Dinamarca tremulam em Nuuk, capital da Groelândia
Caminhamos entre nuvens e até um pouco de neve, congelamos nossas mãos ao vento, cruzamos o centro da cidade carregando nossas mochilas e observamos os groenlandeses aproveitarem um “ameno” dia de primavera. Tiramos algumas fotos da bela igreja e da arquitetura da cidade e seguimos para o aeroporto de táxi, uma das maiores estradas do país, com cerca de 5 km. Mais do que isso, só de helicóptero, hehehe! Agora, rumo ao Círculo Polar Ártico!
O avião que nos levou de Nuuk para Ilulissat, cidade ao norte do Cículo Polar Ártico, na Groelândia
Pôr-do-sol na Praia do Forte - BA
Demorou um pouco mais para conseguirmos partir hoje já que toda a bagagem estava fora do Fiona. Com paciência e muito jeitinho arrumamos toda a nossa casa, bem mais limpa depois do banho, e partimos de Salvador depois de nos despedirmos mais uma vez da Mônica. Afinal, já tínhamos nos despedido na hora do café da manhã e só partimos quando ela já estava em casa para o almoço.
Praia de Itapoã, em Salvador - BA
Rumo ao litoral norte, deixando Salvador para trás. Antes disso, uma paradinha em Itapoã para fotos, já que no dia de Arembepe nossos planos de passar a tarde em Itapoã tinham ido por água abaixo.
Praia de Itapoã, em Salvador - BA
Depois, rápida viagem até a Praia do Forte, a uns 50 km de Salvador. Eu tinha estado com a Ana lá (aqui) há pouco mais de um ano. Na época, ainda trabalhava e tive um congresso no Iberostar, um dos grandes resorts da região. Esquemão diretoria, tudo pago, só mordomia. Mal saímos do hotel e só viemos um dia até a vila, caminhando, bem rapidinho.
Igreja da Praia do Forte - BA
Desta vez, estamos mais simplezinhos e viemos para uma pousada simpática, chamada Pousada dos Artistas. A vila, que estamos conhecendo de verdade só agora, parece um shopping a céu aberto. Lembra-me a Disneylandia, apesar de nunca ter estado lá, juro! Cheio de lojinhas, restaurantes e pousadinhas, tudo muito arrumadinho. Turismo bem família, todo mundo andando naqueles mistos de quadriciclos e bicicletas nas ruas por onde carros são proibidos. Bem diferente de onde temos passado...
Maré baixa na Praia do Forte - BA
A praia é cheia de pedras mas o visual é bem bonito. A principal atração do local são o Projeto Tamar e as piscinas naturais, que vamos visitar amanhã. Hoje, só deu tempo de caminhar pela praia até um ponto onde não há pedras e podemos nadar. Água bem gostosa, praia com temperatura agradável, sem vento. E um pôr-do-sol magnífico que valeu a caminhada.
Saindo do mar na Praia do Forte - BA
Amanhã, depois das piscinas e o Tamar, partimos rumo ao Mangue Seco, fronteira de Bahia e Sergipe. Terra de Tieta do Agreste...
A "piscina velha", no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral
Água Mineral. Este é o simpático apelido do Parque Nacional de Brasília, grande área de preservação de cerrado no extremo norte de Brasília de onde provém parte da água consumida na capital federal.
trilha Cristal Água, no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral
Fazia tempo que eu queria conhecer este parque e hoje foi a minha chance. A Ana já não está mais com febre mas ficou no hotel repousando. Hoje no final da tarde vou tentar tirar ela daqui...
trilha Cristal Água, no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral
O Água Mineral fica a uns 20 min do centro de Brasília. Disseram-me que nos fins de semana vira farofa mas hoje, plena quinta-feira, estava muito gostoso. Parece um clube de campo, só que é público e com acesso livre para as primeiras duas ou três mil pessoas que lá chegarem. Hoje não tinha nem 10% disso.
A "piscina velha", no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral
O grande atrativo são duas enormes piscinas de água corrente e piso de pedra. Depois, são as trilhas, ótimas para se observar a fauna e a flora do cerrado. A parte que é aberta ao público, pode-se conhecer em pouco mais de uma hora. Para variar, existe uma grande área de uso exclusivo dos, adivinhem!, pesquisadores. Na próxima encarnação, serei um!!!
Saguis, no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral
Enfim, foram duas horas agradáveis e refrescantes nesse calorzão de Brasília, enquanto o sul do país enfrenta a maior onda de neve dos últimos dez anos...
Flores no cerrado, no Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral
Admirado com a beleza de Willemstad, em Curaçao
Ainda estava escuro quando começamos a carregar nosso carro para ir ao aeroporto de Aruba, em Oranjestad. Apesar do destino ser aqui tão perto, pouco mais de 15 minutos de vôo, ainda assim é considerado um vôo internacional e devemos fazer o check-in com duas horas de antecedência. Quem se deu bem foi uma americana que saía do nosso hotel àquela hora, em busca de um ônibus para o mesmo aeroporto. Descolou uma carona esperta.
"One Happy Island", a frase símbolo de Aruba
Feito o check-in, tivemos bastante tempo de enrolação no aeroporto. Pudemos até fotografar uma placa de Aruba com os dizeres "One Happy Island", frase que está em todas as placas de carro do país. E ficamos com vontade também de comprar um livro que ensina papiamento, que a Ana achou na livraria, mas conseguimos nos segurar.
A fantástica arquitetura de Punda, em Willemstad, a capital de Curaçao
Nosso destino final hoje era Bonaire, para uma temporada de mergulhos. Mas o vôo era primeiro para Curaçao, onde tivemos umas cinco horas para ficar, antes de voar no fim de tarde para Bonaire. Tempo mais do que o suficiente para deixarmos o aeroporto e irmos dar uma volta em Willemstad, a capital do país.
Utilizando um canhão de maneira bem mais pacífica, em Willemstad - Curaçao
O centro histórico da cidade é dividido por um canal. De um lado está Punda e do outro, Otrobanda. Sem sombra de dúvida, é a mais bonita cidade do ABC e uma das mais belas do Caribe. Observar as casas coloridas do outro lado do canal é um colírio para os olhos, principalmente com o céu azul e com a limpíssima água do mar. A beira d'água é toda ladeada de restaurantes com mesas na calçada. O ar é europeu, mas a temperatura é caribenha!
Restaurantes na beira do canal em Willemstad - Curaçao. Ao fundo, a famosa ponte Rainha Juliana
Curaçao é a mais urbana das ilhas ABC e onde a tradição cultural é mais rica. É onde percebemos que mais há vida própria e que nem tudo gira ao redor do turismo. Ficamos muito felizes por saber que vamos voltar para lá com mais tempo, para poder explorar com mais tranquilidade. Já descolados com o preço do táxi em Aruba, aqui conseguimos ir e voltar do aeroporto numa das vans de transporte público, pagando mais ou menos um vigésimo do que pagaríamos por um táxi. Nada mal! Facilitou que nossa bagagem tinha seguido diretamente para Bonaire. Quando voltarmos para cá, o negócio é já alugar um carro no aeroporto!
O nome do avião é Aruba. Mas nós estamos em Curaçao, embarcando para Bonaire. Viva o ABC!
Por fim, viajamos para a tranquila Bonaire, o "paraíso dos mergulhadores", como diz as placas de carro na ilha. Aqui, a dona do nosso hotel (studio também!) veio nos pegar no aeroporto. Cinco minutos até o hotel, que é em frente ao mar e de onde se pode mergulhar diretamente. Do hotel ao centro, à pé, menos de 10 minutos. Estamos bem localizados!
Chegando ao aeroporto de Kralendjik, capital de Bonaire
Hoje, só deu tempo de ir jantar num restaurante gostoso e caro do centro. Amanhã, pela manhã, vamos mergulhar em frente ao hotel mesmo. E no final da tarde, vamos alugar um carro para nos levar aos quatro cantos da ilha e às dezenas de pontos de mergulho ao longo da costa. Alguns dias tranquilos embaixo d'água nos esperam enquanto, acima dela, temos uma casinha ainda mais sortida que nossa casa em Aruba. Afinal, aqui temos até sala! E, melhor ainda, nossa geladeira também já está bem carregada para os próximos quatro dias. Essa sensação de casa é maravilhosa!
Chegando em Bonaire!
Região serrana em Gravatá - PE
Para nós, no sul, é sempre estranho pensar num clima frio no nordeste. Não combina com aquela imagem que vemos na TV do árido dertão. Pois bem, Pernambuco e os recifences também tem a sua versão de Campos de Jordão. Na verdade, mais de uma. São cidades serranas que no inverno tem mínimas de até 10 graus e que, mesmo no verão, durante a noite tem clima muito agradável, compatível com um bom vinho e mesmo um fondue!
Hotel em Triunfo - PE
O ponto mais alto do estado, com quase 1.300 metros de altitude, fica na cidade de Triunfo, a quase 500 km de Recife. E foi para lá que nós seguimos depois de nossa visita ao Vale dos Dinossauros, perto de Sousa, no sertão paraibano. Com uma combinação de estradas de asfalto em bom e mal estado e também de estradas de terra cruzando a serra entre os dois estados, chegamos em Triunfo já de noite. Três estados num só dia, já que tínhamos amanhecido em Juazeiro do Norte, no Ceará.
Casario colorido em Triunfo - PE
Em Triunfo ficamos no hotel do Sesc, no alto do morro. Friozinho gostoso que a Ana aproveirou para usar manga comprida! De manhã cedo, até umas dez da manhã, tudo o que víamos era neblina. Impossível se imaginar em pleno sertão pernambucano! Aí, finalmente, ela se levantou e pudemos observar o centro da cidade lá embaixo. Ainda demos uma volta de carro por lá para fotografar o belo casario colorido, marca registrada da cidade.
Museu em Serra Talhada - PE
Nosso próximo objetivo foi a cidade vizinha de Serra Talhada. Para chegar lá descemos uma bonita serra. A temperatura muda bruscamente enquanto descemos e logo voltamos àquele calor característico do sertão. Em Serra Talhada queríamos visitar o museu do Cangaço para aprender mais de Lampião e Maria Bonita. Mas demos azar de chegar lá perto do meio dia, horário que o museu fecha. Só deu para dar uma olhadinha em algumas fotos da época.
Pub trazido da Inglaterra em nosso hotel em Gravatá - PE
Aí, uma longa viagem em direção ao leste, atravessando boa parte deste comprido estado. Chegamos a 80 km de Recife, na cidade de Gravatá. Esta é a "Campos de Jordão" preferida dos pernambucanos. Muitos hoteis e resorts que lotam na temporada (inverno!). Nós escolhemos o Hotel Highlander, em meio a uma linda paisagem serrana. Já no final de tarde, fizemos amizade com o simpático proprietário do hotel, o Fonseca, e com ele tivemos uma longa conversa sobre viagens, hotéis e outros assuntos. Muito jóia!
Com o Cláudio Fonseca, o simpaticíssimo proprietário do Hotel Highlander, em Gravatá - PE
Por fim, com o frio aumentando e para comemorar nossos 19 meses de casados, comemos um fondue de queijo acompanhado de um bom vinho chileno. Uma ótima e estratégica passagem pelas montanhas de Pernambuco para nos preparar para outra longa temporada praiana que começa amanhã num lugarzinho bem "mais ou menos": Fernando de Noronha.
Celebrando o 19o mês de casamento com um fondue de queijo em Gravatá - PE
Procuranmdo um lugar vazio para se sentar
Existe várias maneiras de não fazer nada. Certamente, uma bem agradável é não fazer nada em Harbour Island - Bahamas. Foi o que fizemos ontem: um movimentado dia não fazendo nada.
Muito bem instalados que estamos no Bahama House Inn, cama deliciosa, acordamos bem aos poucos, com a luz filtrada pelas cortinas brancas entrando no quarto. O galo cantando ao longe empresta um certo ar de exotismo à manhã. Levantar ou não levantar, eis a questão!
Bom, nada melhor do que ter um belo café da manhã como estímulo. A suculenta Grape Fruit nos esperando (mamãe iria adorar!), o pão caseiro e quentinho, manteiga e géleia, queijos, frutas e suco, tudo isso nos tira da cama. E ainda há uma ótima música ambiente, escolhida a dedo pelo John, um americano que soube muito bem como fazer a sua vida aqui no paraíso. Música cubana, bahamense e até mesmo brazuca!. Por fim, a varanda onde é servido o café, a suave brisa com um leve cheiro de mar, o céu azul e o mar alucinante ao longe. É, melhor é levantar... A cama arrumada vai estar lá, de noite, nos esperando.
Após o café, a varanda continua tão boa que resolvemos continuar por lá, atualizando nosso site. A conexão wi-fi é ótima e rápida. Mas, 90 min mais tarde, a consciência começa a pesar, afinal o sol, o céu, a briza, o mar, todos juntos perguntam: "Escute, vocês vieram aqui para trabalhar ou para passear?". Pois é, eles tem razão!
Caminho para a praia em Harbour Island - atravessando o cemitério
Seguimos para a praia, levando cadeira, guarda-sol, etc, etc. O bucólico caminho atravessa a pequena vila e até mesmo um cemitério (é um atalho!). Chegando na praia, apesar de termos estado lá ontem, nossos olhos ainda não querem acreditar no que veem. Não pode ser verdade! Areias rosas? Águas verde esmeralda? Céu azul? Praia vazia? Não pode ser! Mas é...
Bom, nem tudo são flores. O que era brisa do outro lado da ilha, aqui é um vento inclemente. Por um lado, não passamos calor sob o sol. Por outro, basta uma nuvem passar em frente ao sol e já estamos com frio, em roupas de banho. E, com a velocidade do vento, aquela nuvem que estava lá no horizonte em minutos já está nos fazendo sombra. Em compensação, 15 segundos depois ela já passou e o sol volta a brilhar.
The right spot, the right place
Caminhamos para um lugar onde ficamos mais protegidos da areia trazida pelo vento e tentamos armar o guarda-sol. Impossível! Mas, para que guarda-sol se temos o vento para nos refrescar e sunscreen para nos proteger? Aproveitamos as próximas duas horas para reforçar o bronzeado e mesmo para estudar um pouco um dos muitos manuais de artefatos tecnológicos que temos. Unimos o útil ao agradável.
Meio de transporte em Harbour Island
Bom, praia cansa e praia com vento cansa mais ainda. Resolvemos voltar, deixar as coisas na pousada e ir dar uma corrida. Quem sabe, se transforma num bom e saudável hábito, essas corridas diárias? Corremos pela vila, circundando a ilha. Logo, já não há mais casas, apenas um caminho de areia que corta uma enseada seca pela maré, um trecho de mata, outro ao lado de mansões e seus iates. Uma hora de cooper. A Ana tira de letra. Imagino que a paisagem ajude ela. Mas não é só isso. Está numa ótima forma mesmo. Fruto dos meses de preparação antes da viagem.
Pôr-do-sol na pousada em Harbour Island - Eleuthera - Bahamas
Voltamos para a pousada e vamos assistir o pôr-do-sol do gazebo, estratégicamente construído para esse evento. Conosco, algumas Kalik, a nossa cerveja preferida de Bahamas. Já com o céu escuro, o estômago reclama. Desde o café nada entrou. Pulamos o almoço. Cinco minutos caminhando nos levam ao Valentine onde jantamos com o mar ali, a 50 m de nós, ambiente aberto para permitir a entrada da brisa suave.
Hora de dormir. A cama está chamando. E logo será a vez do galo cantar, da luz filtrada pelas cortinas nos acordar, e blá blá blá.
Em tempo: o vento anulou nossas chances de mergulho. Amanhã, além de não fazer nada, vamos voltar aos recifes para nova sessão de snorkel, cavernas e, quem sabe, tubarões.
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