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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Foto de despedida na pousada Papagayo, antes de partirmos para o Chimborazo e o Cotopaxi, no Equador
Ainda bem cedo a Laura partiu para o seu day-tour ao vulcão Quilotoa. O guia que contratamos pelo telefone, ainda lá em Cuenca, cumpriu seu compromisso e apareceu na pousada Papagayo antes das nove. A Laura seguiu com ele para um dos mais belos vulcões do paÃs e, de lá, seguiria diretamente para Quito, para o mesmo hotel que ficamos quando passamos por lá. Dorme lá hoje e nos aguarda no final do dia de amanhã, após os nossos trekkings ao Cotopaxi e Chimborazo.
Quem não cumpriu seu compromisso foi a nossa agência Gulliver. O inÃcio dos nossos tours, previstos para a manhã, foram se atrasando, se atrasando e se atrasando. O problema maior foi que um grupo muito grande de turistas subiu o Cotopaxi no dia anterior e boa parte dos guias, material de alpinismo e meios de transporte foi mobilizado para eles. Enquanto não chegassem de volta, ficarÃamos na mão. No meu caso, foi ainda pior. O guia contratado simplesmente deu o cano, não atendia o celular e a Gulliver teve de encontrar outra pessoa para me levar até lá.
A caminho do Cotopaxi (Equador)
Uma bela maneira de iniciarmos nossas aventuras: ao invés de pensarmos nas nossas montanhas e escaladas, ficamos estressados imaginando se elas aconteceriam ou não. Bom, muita chateação mais tarde, acabei partindo depois da uma da tarde para uma viagem de quase quatro horas de carro até o primeiro refúgio do Chimborazo, a 4.800 metros de altitude. Até aÃ, o carro chega. Depois, uma rápida caminhada até o segundo refúgio, o Whymper, a pouco mais de 5 mil metros, de onde partirÃamos de madrugada para o cume do Chimborazo, mil e trezentos metros verticais acima.
Faz muito tempo que quero subir essa montanha mágica, um antigo vulcão venerado pelos incas e admirado por pessoas como Simon BolÃvar. Com seus 6.300 metros de altitude, é a maior montanha do Equador e também o ponto mais distante do centro da Terra, superando até mesmo o Everest. Isso porque o nosso planeta é mais "gordinho" na altura do equador e o Everest se encontra em maiores latitudes enquanto o Chimborazo está praticamente sobre a linha que divide a Terra ao meio.
Subida para o refúgio do Cotopaxi, a 4.800 m de altura (Equador)
A montanha foi escalada pela primeira vez em fins do séulo XIX pelo inglês Whymper. Por isso o refúgio tem o seu nome, assim como o maior do seus cumes. O segundo maior cume, que fica no caminho de quem segue pela rota normal (o meu caso!), se chama Ventemilla e é uma homenagem ao presidente equatoriano da época, que financiou a expedição de Whymper. Desde a conquista do cume, milhares de pessoas já lá subiram e um número muito maior fracassou nesse intento. Além das condições sempre imprevisÃveis do tempo (se São Pedro não quiser, ninguém sobe essa montanha!), a forte e longa subida do glaciar faz muita gente voltar para trás.
O mais comum é que as pessoas tentem subir o Cotopaxi, pouco mais de 400 metros mais baixo e com uma subida muito mais suave. Ali, o Ãndice de sucesso é bem maior do que no Chimborazo. O exemplo que meu guia me deu mostra bem isso. Duas semanas atrás, um grupo de 35 pessoas tentou subir o Cotopaxi, dos quais 23 chegaram ao cume. Desses, apenas 6 se arriscaram no Chimborazo. E dos 6, apenas três chegaram ao topo.
Preparativos no refúgio mais baixo do Chimborazo, a 4.850 metros de altitude, no Equador
Bom, isso tudo era música para meus ouvidos. Por mais que meu guia tentasse me intimidar (acho que ele não está botando muita fé em mim...), mais eu queria subir a montanha. Nada como um lugar sem turistas, apenas a infinita vastidão selvagem da natureza. Meu único temor era que eu tivesse perdido minha aclimatação pelos 10 dias passados ao nÃvel do mar, mas ao subir do primeiro refúgio para o segundo, minha confiança novamente aumentou. Tanto que eu o convenci a adiar nossa partida por duas horas. Ao invés de saÃrmos à s 11 da noite, resolvemos sair à uma da manhã. Isso porque eu não queria me arriscar a chegar ainda no escuro no topo da montanha.
Partindo em direção ao refúgio mais alto, a 5.000 metros de altitude, no finalzinho da tarde, no Chimborazo - Equador
Além de nós, os únicos que também vão tentar o cume amanhã são dois alemães e seu guia. Eles já estão por aqui há duas noites, para tentar se aclimatar. Até agora, nenhuma dor de cabeça e muita disposição, dizem eles. Mas, de qualquer maneira, vão partir mesmo às 11 da noite.
Enfim, estou pronto e ansioso para o desafio de amanhã. Espero que a Ana e o Rafa, lá no Cotopaxi, estejam no mesmo pique que eu estou por aqui. Isso, só vou saber amanhã de tarde, quando todos nos reencontramos lá na Papagayo. Então, uma feliz noite de mÃseras três horas de sono para todos nós!
Muita neve a 4.850 metros de altitude, local até onde os carros chegam, no Chimborazo, no Equador
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