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Diminuindo Um Pouco o Ritmo - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Diminuindo Um Pouco o Ritmo

Argentina, Junín de Los Andes, Chile, Pucón

Pessoas nadam no delicioso rio de águas limpas e transparentes que corta a cidade de Junín de Los Andes, na Argentina

Pessoas nadam no delicioso rio de águas limpas e transparentes que corta a cidade de Junín de Los Andes, na Argentina


Depois da nossa bem sucedida subida do vulcão Villarrica, no dia 14, a noite foi de grande comemoração. Jantar farto e muito vinho, conversas que se estenderam pela madrugada. O resultado foi que, no dia seguinte, o Haroldo quase perdeu seu avião de volta a Santiago e ao Brasil. Mas foi só o susto, e no final deu tudo certo. Despachado o Haroldo, precisávamos, então, cuidar da Ana.

A oftaumologista da Ana em Villarrica, perto de Pucón, no Chile

A oftaumologista da Ana em Villarrica, perto de Pucón, no Chile


Já há algum tempo que ela vem sentindo dor de cabeça quando viajamos. Dificuldade de focar a vista, tonturas, náuseas. É só entrar no carro e andar uns poucos quilômetros e começa a reclamar. Ela estava segura de que o problema vinha dos olhos, das lentes de contato. Então, fomos em busca de uma oftalmologista em Villarrica. Essa cidade está a 25 km de Pucón, na direção oeste, no outro extremo do lago Villarrica. Tem o dobro da população de Pucón e, como centro comercial, é muito mais importante. Encontramos um centro médico e marcamos a consulta para a hora seguinte. Depois de atendida, almoçamos por ali mesmo, em um café. Foi quando, através do Santo Skype, ela conseguiu conversar com sua oftalmologista em Curitiba. A Ana encomendou novas lentes com ela, já com as medições feitas na consulta em Villarrica. Além disso, foi recomendado que, para descansar os olhos, ela fizesse compressas de camomila e que deixasse de usar lentes por algum tempo. As lentes novas demoram uma semana para ficarem prontas e serão entregues para nós no Ceará.



Ceará? Pois é, lá mesmo! Ainda não tinha falado disso, mas nós temos esse compromisso já há algum tempo. Meus irmãos e família organizaram um encontro para celebrar o aniversário de nossa mãe, dia 29 de Janeiro, em um hotel no litoral do Ceará. Muito longe para irmos de Fiona, principalmente estando aqui no sul do continente, então a solução para não faltarmos nessa festa imperdível foi voar. Em Outubro do ano passado, debruçados sobre mapas e fazendo cálculos e mais cálculos dos nossos planos de viagem, pesquisando preços e rotas de avião, decidimos que o melhor lugar para estarmos nessa data seria na capital do Chile, Santiago. Compramos passagens aéreas para o dia 26 de Janeiro, retornando em 1º de Fevereiro, Santiago-Fortaleza, passando por Guarulhos na ida e por Brasília na volta. Com a recente união da TAM e da LAN, até que os preços estão bem razoáveis nas viagens aéreas entre os dois países.

Ainda no lado chileno da fronteira, região de Pucón, a caminho de Junín de Los Andes, na Argentina. Ao fundo, o Lanin

Ainda no lado chileno da fronteira, região de Pucón, a caminho de Junín de Los Andes, na Argentina. Ao fundo, o Lanin


Pois bem! Então, depois do nosso encontro marcado com o Haroldo aqui em Pucón, nossa próxima data de referência passa a ser Santiago, até o dia 26 de Janeiro, daqui a 10 dias. Esse é um tempo mais do que suficiente para ver essa parte do país entre a Região dos Lagos e a capital, num percurso de aproximadamente 800 quilômetros. Não é a área mais turística do Chile, mas há sim alguns parques nacionais e praias para explorarmos. Além disso, queremos rever nossos amigos chilenos Pablo e Andrea, que moram nessa rota. Aliás, é na casa da mãe do Pablo que pretendemos deixar a Fiona enquanto nos aventuramos no calor cearense. Exatamente como fizemos quando voamos para a Ilha de Páscoa e também deixamos o carro por lá.

Fim de tarde na Argentina, a caminho de Junín de Los Andes, passando ao lado do monte Lanin, o mais alto dessa região

Fim de tarde na Argentina, a caminho de Junín de Los Andes, passando ao lado do monte Lanin, o mais alto dessa região


Fim de tarde na Argentina, a caminho de Junín de Los Andes

Fim de tarde na Argentina, a caminho de Junín de Los Andes


Então, aproveitando esse tempo de folga que temos, coisa raríssima nesses 1000dias de viagem, resolvemos fazer um detour e dar um pulinho na Argentina, aqui do lado. Quando exploramos a região de Bariloche, quase 50 dias atrás, só fomos até San Martín de Los Andes. Restou outra cidade turística, um pouco mais ao norte e muito procurada pelos amantes de pesca de mosca (fly fishing), Junín de Los Andes. Nós não somos pescadores, mas uma outra atração da cidade chamou muito nossa atenção: o vulcão Lanín. Ainda vou falar muito dele nos próximos posts, mas o fato é que ele é a mais alta montanha da região, uma espécie de irmão mais velho do Villarrica, e é também a montanha mais popular da Argentina (vivendo e aprendendo!). Além disso, apaixonado que somos pelo país, estávamos com saudades dos hermanos e de seus cortes de carne. Não demorou muito para somarmos dois com dois e decidirmos ir para lá. Dois cruzamentos de fronteira (um para ir e outro para voltar) a mais, depois dos mais de 100 que já fizemos nesse continente, não fariam mal a ninguém.

Quadros no restaurante Hueney, em Junín de Los Andes, na Argentina, mostram as diveras moscas que servem de iscas. Fly fishing é muito popular por aqui

Quadros no restaurante Hueney, em Junín de Los Andes, na Argentina, mostram as diveras moscas que servem de iscas. Fly fishing é muito popular por aqui


Quadros no restaurante Hueney, em Junín de Los Andes, na Argentina, mostram as diveras moscas que servem de iscas. Fly fishing é muito popular por aqui

Quadros no restaurante Hueney, em Junín de Los Andes, na Argentina, mostram as diveras moscas que servem de iscas. Fly fishing é muito popular por aqui


Resolvido isso e remediado a questão dos olhos da Ana, voltamos de Villarrica para Pucón e, de lá, rumo à fronteira com a Argentina. Viagem linda, atravessando o Parque Nacional Villarica, do lado chileno, e entrando no Parque Nacional Lanín, do lado argentino. O magnífico vulcão é sempre uma referência no horizonte, com seu belo formato de pirâmide e o cume completamente tomado de gelo e neve. Ele fica bem na fronteira dos dois países, mas as duas rotas para ascendê-lo ficam em território argentino. Aliás, ao lado do lago Tromen, no nosso caminho para Junín de Los Andes, passamos na portaria do parque que dá acesso à rota norte, a mais popular para se chegar ao cume dessa montanha.

No restaurante em Junín de Los Andes, na Argentina, um uqadro compara os cortes de carne argentinos e brasileiros

No restaurante em Junín de Los Andes, na Argentina, um uqadro compara os cortes de carne argentinos e brasileiros


Um rio de águas cristalinas corta a simpática Junín de Los Andes, na Argentina

Um rio de águas cristalinas corta a simpática Junín de Los Andes, na Argentina


Mas o Lanín teria de esperar mais alguns dias. Seguimos diretamente para Junín, encontramos uma bela pousada perto do rio que corta a cidade e, já caminhando, para o restaurante Hueney, o mais popular da região. Ali, nos esbaldamos com carne de cervo e salada, enquanto acompanhávamos o movimento de amantes da pesca no restaurante. As paredes do Hueney são decoradas com fotos ligadas a esse tema, não só de rios e lagos da região, mas também de diversos tipos de iscas para a pesca, as tais “moscas” que dão nome à técnica de pescaria. Além disso, a Ana também encontrou (a adorou!) um quadro que mostrava e comparava o nome dos cortes de carne argentinos e brasileiros, quase que um “guia rápido de churrasco argentino para brasileiros”.

Um rio de águas cristalinas corta a simpática Junín de Los Andes, na Argentina

Um rio de águas cristalinas corta a simpática Junín de Los Andes, na Argentina


Pessoas nadam no delicioso rio de águas limpas e transparentes que corta a cidade de Junín de Los Andes, na Argentina

Pessoas nadam no delicioso rio de águas limpas e transparentes que corta a cidade de Junín de Los Andes, na Argentina


O dia de hoje foi ainda mais tranquilo. De obrigações, apenas marcamos com uma agência o tour para o Lanín. Vou falar mais disso nos posts seguintes, mas é um programa de dois dias. No primeiro, chegamos até o campo base da montanha, já acima dos 2 mil metros de altitude, depois de uma longa caminhada. No dia seguinte, de madrugada, atacamos o cume que fica acima dos 3.700 metros e retornamos à cidade. Hoje, além de marcar o passeio, tivemos também que testar equipamentos, como botas, grampões e capacetes. Bom, fora isso, algo que nos tomou pouco mais de duas horas entre idas e vindas, o rsto do tempo foi dedicado ao ócio e lazer.

Pessoas nadam no delicioso rio de águas limpas e transparentes que corta a cidade de Junín de Los Andes, na Argentina

Pessoas nadam no delicioso rio de águas limpas e transparentes que corta a cidade de Junín de Los Andes, na Argentina


Um rio de águas cristalinas corta a simpática Junín de Los Andes, na Argentina

Um rio de águas cristalinas corta a simpática Junín de Los Andes, na Argentina


A cidade é cortada por um rio, aquele de onde nossa pousada está bem próxima. A área ao redor do rio é um parque e a água que corre ali é absolutamente limpa e cristalina. Enfim, é a praia de Junín de Los Andes, onde todo mundo se encontra. O rio nem é tão frio e ficar tomando sol e fazendo piquenique nas suas margens gramadas é uma delícia. De tempos em tempos, damos um mergulho para refrescar. O melhor é caminhar rio acima e se jogar nele, deixando que a correnteza nos traga de volta. Foi o dia perfeito para relaxarmos e nos prepararmos para o grande esforço que virá em seguida. Para finalizar e também em homenagem aos milhares de pescadores que vêm para cá todas as temporadas, voltamos ao restaurante Hueney e nos refestelamos com trutas frescas. Uma boa noite de sono e tudo pronto para a aventura que começa amanhã!

Fim de tarde na Argentina, a caminho de Junín de Los Andes, passando ao lado do monte Lanin, o mais alto dessa região

Fim de tarde na Argentina, a caminho de Junín de Los Andes, passando ao lado do monte Lanin, o mais alto dessa região

Argentina, Junín de Los Andes, Chile, Pucón, Rio, Montanha, vulcão, Lanin

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Subindo e Descendo o Villarrica - 2a Parte

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Lanín: Rumo ao Campo Base

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