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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Filhotes de elefantes-marinhos brincam na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
A origem do conceito de “Éden” vem do livro Gênesis, da Bíblia. Ali Deus fez um maravilhoso jardim onde acomodou suas mais novas criações, Adão e Eva. O casal acaba por comer o fruto proibido da Árvore do Conhecimento e o Criador, furioso, o expulsa para sempre do jardim. Estava criado o “pecado” e a “vergonha”.
Algumas das muitas fêmeas de elefante-marinho de um harém na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Pinguins rei e um grande elefante-marinho na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Em tempos modernos, o conceito se ampliou um pouco. Hoje, a palavra “Éden” é comumente associada a um local paradisíaco onde vivem muitos animais em perfeita harmonia. Não sei se este lugar existe realmente, mas se existir, não deve ser muito diferente de Gold Harbour, na Geórgia do Sul. Pelo menos, essa foi a sensação que tivemos ao visitar essa baía simplesmente fantástica, rodeada por montanhas e glaciares, cercada por um mar azul e frequentada por elefantes-marinhos, pinguins e muitas outras aves, todos mais felizes do que nunca. Especialmente os filhotes, cheios daquela energia e felicidade próprios da infância, curiosos com tudo o que os rodeia e felizes com o sol que os esquenta. De todos os lugares do mundo, é exatamente ali que gostariam de estar, seu paraíso quase particular.
Elefante-marinho descansa na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
A grande geleira em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
A exceção para toda essa harmonia contagiante, claro, é a briga entre os grandes elefantes-marinhos machos que relatei no post anterior. Dentro do conceito de “Éden”, essa é a falha. Mas não se enganem: as brigas eram a exceção e a harmonia era a regra. Nós estávamos interessadíssimos nas batalhas entre esses enormes animais, mais foi impossível não ficarmos hipnotizados também pela quantidade enorme de animais convivendo e interagindo entre si, todos rodeados por uma paisagem de grandiosidade indescritível.
Uma multidão de pinguins rei na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Pinguim rei se estica todo na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Mais uma vez (e agora foi nossa última vez, a despedida mesmo!), centenas de pinguins rei, sempre elegantes com suas vistosas manchas amarelas. Andam sempre em grupos, parecem ter seus amigos e sua turma. Para nós, é impossível diferenciá-los, mas entre eles, com certeza se entendem. Ora descansam, ora vão passear pela praia, andando em fila de maneira ordenada. No caminho, se interessam por uma bola fofa de gordura e pelos que se espreguiça e depois rola para lá e para cá. É um filhote de elefante-marinho, também ele muito interessado nessas simpáticas aves.
Um filhote de elefante-marinho interage com pinguins rei na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Pequeno elefante-marinho se espreguiça entre pinguins rei na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Os pinguins seguem o seu caminho, agora passando ao lado de seus primos, os pinguins gentoo. É o encontro da 2ª e 3ª maiores espécies de pinguins que coexistem em tantos lugares. Tem uma relação cordial, mas a curiosidade não dura muito. Cada grupo para seu lado, acho que falam línguas distintas.
Cuidadosamente, pinguins rei atravessam a "zona de guerra" de elefantes-marinhos na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Cuidadosamente, pinguins rei atravessam a "zona de guerra" de elefantes-marinhos na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Um pequeno pinguim gentoo caminha na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
A relação é um pouco menos amistosa com as skuas, ave de rapina sempre a procura de um almoço. Mas elas não ousam enfrentar um pinguim adulto. Preferem os ovos, as crianças e os cadáveres. Adulto com adulto, há um tenso respeito entre eles.
Pinguins rei observam um albatroz na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Pinguim rei e elefante-marinho macho parecem se medir em praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Por fim, um delicioso banho no mar. Afinal, já é quase verão por aqui e a água parece muito apetitosa. O que para nós seria congelante, para eles é apenas refrescante! Cuidado maior deve ser tomado na volta, quando tem de cruzar o possível campo de batalhas de dois grandes elefantes-marinhos. O grupo todo para, olha para um lado, para o outro e tratam de acelerar naquele terreno mais perigoso. Uma graça de se ver!
Um grupo de piinguins rei caminha para o mar em Gold Harbour, na Geórgia do Sul (foto de Steve Denver)
Pinguins rei enfrentam as ondas da praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul (foto de Alison Metherell)
Ainda mais interessante ainda de se observar são os filhotes de elefantes-marinhos. Com poucos meses de vida e já tem um peso parecido com o nosso. Rolam para lá e para cá, seus enormes olhos negros atentos a tudo. Brincam entre si, aproximam-se de pinguins e de nós, humanos, e voltam para o aconchego de suas mães. No intenso olhar, não há medo, apenas curiosidade. De novo, o único perigo para eles são as brigas entre os grandes machos da espécie. Podem ser literalmente atropelados. Nada de estar no lugar errado na hora errada. Felizmente, nós não vimos nenhum atropelamento ao vivo, mas os restos de um pequeno filhote que fazia a alegria das skuas era a prova de que acidentes como esse acontecem sim. Mesmo no éden.
Filhote de elefante-marinho na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul (foto de Ken Haley)
Um jovem elefante-marinho faz graça para o fotógrafo na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul (foto de Wayne Purcell)
Filhotes de elefante-marinho brincam na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul (foto de Susan Pairaudeau)
O incrível cenário de Gold Harbour, na Geórgia do Sul, com sua cascata de gelo, pinguins e elefantes-marinhos
Por fim, já falei, mas não custa lembrar: Éden que é éden tem de ser bonito. E beleza é o que não falta nesse lugar, uma grandiosidade de tirar o fôlego, para onde quer que se olhe. Um cenário que não deve nada àqueles de filmes como O Senhor dos Anéis. Gigantescas geleiras que terminam em fotogênicas cachoeiras que escorrem para um mar azul, tudo isso cercado por montanhas nevadas de um lado e uma praia repleta de animais do outro. É, era aqui mesmo que eu queria nascer se eu fosse um elefante-marinho. Com o devido cuidado com os adultos, claro!
Um casal de elefantes-marinhos dorme na praia de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
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