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Kely (08/10)
Nossa que maravilha 1000dias pelos vinhedos do mundo, ia ser demais! Vou ...
mabel (07/10)
Estou interessada nesse trecho.Sempre ouço falar de atravessar da Argent...
Joao (07/10)
Bolivia é muito interessante e os relatos mais interessantes ainda! Tudo...
Joao (06/10)
Não, respondeu tudinho. Obrigadão! E tenho acompanhado o blog de vcs, a...
Rubens Werdesheim (01/10)
Essa região é demais !! O que sobrou da Mata Atlântica ainda serve par...
Fiona chega ao Oceano Pacífico, em Iquique, no norte do Chile
Domingo nublado e preguiçoso em Iquique. Depois da correria para atravessar do Atacama ao Uyuni e voltar ao Chile, precisávamos de um dia tranquilo para respirar, descansar e trabalhar um pouco no site. Pode parecer que não, mas ficamos angustiados em não mantê-lo atualizado. Então, tiramos o dia de hoje para fazer isso e cuidar do nosso bem (material) mais precioso, nossa filha e companheira, Fiona.
O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)
A coitada, depois de cruzar tantos salares ela estava com uma crosta de sal de uns 2cm em toda a lataria e uns 5 a 8cm na frente e região dos pneus e rodas. Assim que o nosso principal objetivo do dia (fora do hotel) era colocá-la limpa e sem sal. Fomos ao posto para a ducha externa, ficamos meia hora na fila, depois ao shopping para tentar assistir um filme enquanto faziam a lavagem interna. Ai que prazer ver a nossa casinha limpa!
O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)
Sem um filme que nos interessasse, aproveitei o tempo para ir ao salão. Detalhe que cortei o cabelo há menos de 2 meses, mas as condições adversas já o deixaram parecendo uma vassoura, com pontas duplas, triplas e até quíntuplas. Esse é o tipo de preocupação que nunca precisei ter na vida e que surgiu na viagem. Até agora a solução foram os cortes mais freqüentes, xampus especiais de nutrição e todos os tipos de hidratação possível. Coisas de mulher. Assim rodamos um pouco por Iquique fazendo coisas da vida comum e cotidiana, que delícia! Nessa vida cigana, fica cada vez mais claro que as situações “normais” e rotineiras fazem nos sentirmos mais em casa.
Admirando a beleza da laguna Atitlán e de seus vulcões, em San Marcos La Laguna, na Guatemala
Assim nos despedimos do Lago Atitlán. Acordamos cedo, tomamos um café da manhã bem saudável e fomos para o parque/praia da vila, direto para as pedras.
Dia de sol na espetacular laguna Atitlán em San Marcos La Laguna, na Guatemala
O sol estava delicioso, a paisagem sensacional! Eu não queria me despedir, demorei a tomar coragem para entrar na água fria, mas eu não sairia dali sem um último mergulho. Subi ao trampolim e correndo dei o meu salto derradeiro na cratera alagada.
Um mergulho em Atitlán com os três vulcões a observar! (em San Marcos La Laguna, na Guatemala)
Sabem como é, dia de despedida, até me rendi aos chocolates de Olga, Benjamin e Shani. Mas no final, são tão pidunchos que a coração mole aqui acabou dando o mesmo chocolate para eles dividirem! Puro cacau!
Amizade com as crianças de San Marcos La Laguna, na Guatemala
A viagem hoje não seria muito longa, mas tínhamos algumas paradas obrigatórias no caminho. Como fizemos a viagem de vinda durante a noite, perdemos as melhores vistas do alto da cordilheira vulcânica que cerca o lago. A primeira parada foi em uma das infindáveis curvas que sobem a serra. A vista para o lago era simplesmente sensacional!
O incrível visual da Laguna Atitlán e seus três vulcões! (em San Marcos La Laguna, na Guatemala)
Já no alto, vamos circundando a cratera, entre curvas, montanhas e pequenas vilas e encontramos outro mirante de onde podemos ver até o estreito onde está a cidade de Santiago de La Laguna, a segunda maior cidade em torno do lago, onde 95% da população é indígena e quase não se vêem turistas.
Placa bilíngue no mirante da Lauguna Atitlán (em San Marcos La Laguna, na Guatemala)
Neste ponto encontramos um grupo de jovens mesclado, 3 estudantes de arquitetura da capital, com os seus amigos viajantes, 2 argentinos e 1 suíço que vive em Medellín. Eles ficaram super curiosos sobre a viagem e quando vieram falar conosco já haviam acessado o site e até nos mandado um tweet! Amo a tecnologia!
Encontro com argentinos, guatemaltecos e um suiço no mirante de Atitlán, saindo de San Marcos La Laguna, na Guatemala
Dali demos carona até o povoado mais próximo para o Don Lorenzo, nome bem italiano para um tiozinho 100% indígena. Fomos conversando com ele sobre os costumes, línguas e religiões indígenas. Ele confirmou uma suspeita, em cada região as mulheres se vestem com um tipo de saia e tecido. Em uma primeira olhada parecem todas iguais, mas aos poucos notamos que mudam as cores, o quadriculado, a forma de amarrar a saia, etc.
Roupa típica na região do lago Atitlán, em San Marcos, na Guatemala
Segundo ele já foram registrados 22 idiomas mayas diferentes na Guatemala, e o K´iqche´está entre os 4 mais falados. Curioso foi que levei uma bela pregação quando perguntei a ele da religião maya, mas para minha surpresa foi uma pregação católica! “Existe apenas um Deus, ele nos criou e seu filho morreu por nós!” Vivendo e aprendendo.
As igrejas evangélicas são muito fortes em toda a Guatemala (em San Pedro la Laguna, no lago Atitlán)
Pôr-do-sol nas dunas de Galos, região de Galinhos - RN
A península de Galinhos possui registros desde o início do século XVII, quando os holandeses começaram a extração de sal na região. Mais tarde se formou uma pequena colônia de pescadores e uma fábrica de salga com os principais peixes encontrados na região, dentre eles o peixe-galo, motivo do atual nome das duas comunidades, Galos e Galinhos.
Salina na região de Galinhos - RN
Toda a região é desenhada por dunas e salinas entrecortadas pelo rio Guamaré e alguns mangues que restaram. Digo isso pois, ainda dentro do município de Guamaré, que dá acesso ao porto de onde fazemos a travessia para Galinhos, encontramos um grande alagado.
Rio em Galos, na região de Galinhos - RN
Este lagamar um dia foi um manguezal, bioma rico em biodiversidade e berçário de várias espécies. O mangue foi aniquilado para dar lugar à produção de sal e a um odor horrível que vive até hoje.
Pequeno porto fluvial de Galos, na região de Galinhos - RN
Aproveitamos o dia para explorar a península a pé! Saímos de Galinhos já na maré alta, caminhamos cerca de uma hora até a praia de Galos. Caminhada belíssima, mas ainda melhor se feita na maré baixa.
Caminhando de Galinhos à Galos, litoral do Rio Grande do Norte
Cruzamos a vila de Galos para conhecer as margens do rio de água salobra, não sei até agora se é mais salgado pelo contato com as salinas ou pelo contato com o mar. Almoçamos a beira-rio e partimos para a segunda etapa do nosso roteiro, rumo ao Capim.
Pronto para mergulhar no rio em Galos, região de Galinhos - RN
O Capim é uma lagoa formada na maré cheia entre as dunas. São mais 50 minutos de caminhada subindo e descendo dunas até chegar a ele. O sol já estava baixando e preferimos subir até a duna mais alta ao lado do capim para ver o belíssimo pôr-do-sol.
No meio das dunas de Galos, na região de Galinhos - RN
As dunas ainda eram bem escassas no meu currículo, então posso afirmar sem dúvida alguma que foi o mais bonito que já vi! Brincamos feito crianças nas dunas, admirando o nascer da lua sobre o mar e o sol se pôr no rio. Fantástico!
Pôr-do-sol nas dunas de Galos, região de Galinhos - RN
Retornamos caminhando à luz da lua sobre as dunas. Tínhamos areia até as orelhas, tomamos uma ducha na comunidade e seguimos pela praia, agora na maré boa, até Galinhos. A lua cheia iluminando o nosso caminho e do bugue que nos ofereciam carona em vão... Afinal, o que esses loucos fazem andando essa hora pela praia? Eles não iriam entender...
Maravilhoso luar na caminhada de volta pela praia até Galinhos - RN
A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos
A região de Flagstsaff oferece muitas atividades de aventura e natureza para o pouco tempo que temos. No inverno o Snowbowl é a principal atração, com uma estação de esqui que é o principal playground de toda a região. No verão a estação fecha, mas uma infinidade de trilhas e passeios se abrem para descobrirmos um Arizona mais parecido com os que temos na nossa memória.
Quando há neve, a região do Humphrey Peak atrai muitos esquiadores à Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos
Começamos o dia lá mesmo, na entrada do Snowbowl. Já com pouca neve, a estação de esqui fechou há uma semana. Ainda assim o tempo nos dois últimos dias esfriou e na última noite tivemos neve no alto das montanhas, nos contou um dos funcionários. Eles nos advertiram que a trilha para o Humphreys Peak não estaria muito fácil de ser visualizada e mais difícil de ser acessada depois dos 11 mil pés, mas que conseguiríamos ter uma boa vista.
Início da trilha para subir o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos
Nosso plano não era chegar até o topo, já que este seria um trekking de 8 horas. A trilha completa tem em torno de 4,5 milhas, pouco mais de 7 km. Caminhamos entre pinheiros e árvores imensas, cruzando o tempo todo com pegadas de esquilos, coelhos e raposas. A neve estava fofa em vários trechos da trilha, mas havia também pegadas frescas de pelo menos mais duas pessoas que entraram na trilha mais cedo rumo ao pico.
Depois da neve da madrugada, os pinheiros estavam brancos na subida do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos
Subimos lentamente por aproximadamente 2 milhas, quando as pegadas começaram a ficar desencontradas, a trilha mais difícil de encontrar e a neve muito fofa. Conseguimos ainda ter uma vista bacana da região, lagos e uma floresta verde de coníferas.
A bela paisagem da região do Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos
Após nos afundarmos na neve até os joelhos, hora de dar meia volta e regressar em direção ao próximo destino, em direção à cidade de Sedona.
Muita neve na trilha que sobe o Humphrey Peak, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos
Existem duas estradas de Flagstaff para Sedona e aqui você definitivamente deve pegar a estrada do Oak Creek Canyon, que talvez seja até mais curta, mas suas curvas a tornam muito mais prazerosa e demorada.
O belo canyon de Oak Creek, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos
Afundamos rapidamente no cânion e aos poucos conseguimos enxergar as formações rochosas e avermelhadas dos arredores. Pousadas charmosas na beira do rio e várias opções de campings já mostram que o lugar é famoso entre os americanos para feriados e férias.
O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos
Nesta mesma estrada encontramos a entrada do Slide Rock State Park, o trecho mais cênico do Oak Creek Canyon, onde o riacho esculpiu gentilmente as pedras e formou um balneário natural lindo.
O belo rio no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos
Uma antiga plantação de maçãs, hoje o parque estadual conta com uma pequena infra-estrutura de bar, banheiros e área de piquenique. A trilha passa pelas macieiras e segue rio acima.
Bosque de macieiras no Slide Rock State Park, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos
Os corajosos entram na água que deve estar perto dos 16°C de temperatura, homens, mulheres e crianças, se esbaldando nas piscininhas e corredeiras do rio enquanto o sol ajudava a esquentar. O parque fecha as 17h, hora de continuarmos em direção à Sedona.
As belas paisagens do Oak Creek Canyon, perto de Sedona, no Arizona, Estados Unidos
Se você vai visitar a região e seu foco não for o Snowbowl de Flagstaff (montanhas e estação de esqui), ou mesmo que seja, mas não tenha preguiça de dirigir, sem dúvida alguma Sedona é deve ser a sua base. Uma cidade charmosa para os padrões americanos, com um boulevard agradável de caminhar com várias opções de cafés, restaurantes e curiosidades do mundo místico.
A cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos, está no meio de uma incrível paisagem
Massagens, terapias alternativas e palestras sobre a kundaline são facilmente encontradas em cartazes da cidade. Algumas pessoas implicam com esse “povo alternativo”, como eu sou filha de uma médica homeopata e um psicólogo transpessoal, eu adoraria passar um tempo por aqui explorando e conhecendo por mais tempo. Normalmente esse “povo alternativo” escolhe uns lugares bem especiais para montar sua base, lugares com uma energia especial. Você não precisa ser muito sensitivo para perceber isso, é só olhar ao redor.
Enormes paredões coloridos ao lado da cidade de Sedona, no Arizona, Estados Unidos
Passaporte italiano da Ana
Hoje, pela última vez nesta viagem, cruzamos a fronteira de entrada nos Estados Unidos. Saímos do Canadá por Osoyoos, uma fronteira menos movimentada entre a British Columbia e o Estado de Washington, mas não com menos infraestrutura. Eu estava tranquila, todas as vezes que cruzamos as fronteiras americanas fomos muito bem tratados e tudo deu certo, não seria agora que algo aconteceria. Já o Rodrigo estava ansioso e um pouco apreensivo e o motivo era eu. Sim, eu. Estou viajando com o meu passaporte italiano e como todos os europeus não necessito de visto para viajar aos EUA, porém só tenho permissão de permanência de no máximo 3 meses.
Passaporte brasileiro do Rodrigo
As últimas idas e vindas entre o Canadá e EUA, incluindo o Alasca, eu fiz com o meu último carimbo de entrada do dia 28/07, quando voltamos das Bermudas. Já sabíamos, portanto que teríamos que parar na inspeção secundária, preencher formulários, responder a várias perguntas, procedimento padrão. O que eu não imaginava é que seríamos parados por tanto tempo, questionados 3, 4 vezes as mesmas perguntas e que teríamos, além do carro, até o nosso site vasculhado. “Desliguem o carro, mãos aonde eu possa ver!”, assim começou e continuou a conversa, tiramos tudo que tínhamos nos bolsos, cintos e até no pingente meu colar queriam saber se tinha algo dentro. Eles foram extremamente rigorosos, mas sem perder o respeito em momento algum. Parece que ficaram mesmo instigados com o fato de uma italiana e um brasileiro estarem sem trabalho, viajando por mais de dois anos em um carro brasileiro aqui, em terras tão distantes e ainda por cima, querendo renovar a permanência nos Estados Unidos por mais 3 meses! (Realmente, faça-me o favor! Rsrs). O Rodrigo, como bom brasileiro, ainda tinha permissão válida por mais 4 meses. Se não renovassem a minha não havia um plano B, voltaríamos ao Canadá, talvez. Voar para fora do país e voltar via Seattle? Quem sabe... Enfim, eu teria apenas uma semana restante nos EUA, eles teriam que renovar, então esta simplesmente não foi uma preocupação que nos atormentou durante a viagem.
Visto de permanência do Rodrigo nos EUA (6 meses de permanência)
Após um belo chá de cadeira, formulários, perguntas e tudo o que reza o almanaque do policial de fronteira padrão, estávamos liberados com o a minha permanência renovada! Fronteiras são um bicho chato mesmo, ficar na dependência da boa vontade e julgamento de policiais, que independente do seu histórico e passado idôneo, podem simplesmente não ir com a sua cara e acabar com aquela viagem tão planejada, economizada e sonhada, é o fim da picada! Assim, além de ter todos os documentos e vistos em dia, o melhor que posso dizer é: mantenha a calma, respire, conte até 100 para não mandar o cara “passear” e relaxe, pois no fim vai dar tudo certo.
Visto de permanência da Ana nos EUA (3 meses de validade)
O PROBLEMA
Um dos temas que mais tem me incomodado nestes últimos 35 dias é a alimentação. Praticamente todos os países possuem algum prato local, que logo logo vocês poderão conhecer no nosso link de gastronomia do site. Estamos viajando boa parte do tempo no circuito turístico, onde os restaurantes já se adaptaram às preferências dos seus maiores freqüentadores, os americanos. É uma tristeza, a junk food impera. O famoso breakfast americano, com ovo, bacon, mufins e, durante o dia, todos os tipos de sanduíches, donuts, batatas fritas, onion rings e porcarias possíveis. Para beber? Sucos artificialmente flavorizados, aromatizados e de todas as cores que você imaginar, quando não servem apenas refrigerantes.
Eu que havia praticamente banido frituras da minha vida passei a ser uma consumidora assídua e já sinto a diferença nas roupas, na pele, no funcionamento geral do organismo e até na disposição. Na culinária local as opções acessíveis são mais frituras: Conch Fritter nas Bahamas e Turks and Caicos e Pastelillos em Porto Rico. Encontramos também os frutos do mar bem apimentados geralmente, mas peixes o Rodrigo não é muito fã e moluscos, quem não come sou eu. Lanches e comidas assadas são peça rara por aqui, acho que eles não aprenderam a usar o forno.
QUANTO CUSTA?
Comendo o que o povo come gastamos em torno de 60 reais por refeição, surreal, totalmente fora da nossa realidade. Qual é a opção que temos? Ou podemos cozinhar a nossa própria refeição, o que não é fácil já que não temos cozinha, ou ainda buscarmos a alta gastronomia importada da Itália, França, etc. Aí é claro, em um bom restaurante de culinária internacional conseguimos comer de forma mais saudável, mas o investimento é consideravelmente alto, em torno de 120 reais por um prato de salada e um prato de carne que nós dividimos para economizar dinheiro e calorias. Em uma viagem de férias não é problema gastarmos isso por refeição, mas quando isso passa a fazer parte da sua nova rotina, se torna muito caro!
A SOLUÇÃO
Depois de eu ter surtado umas duas ou três vezes com o Rodrigo para não nos rendermos, finalmente encontramos uma solução paliativa: vamos ao supermercado, compramos frutas, muita água e alguma bolachinha salgada para fazer pequenos lanches durante o dia. E fazemos uma grande refeição em algum restaurante que ofereça pelo menos uma boa salada. Conseguimos colocar isso em prática mesmo há poucos dias, mas já estou sentindo o resultado. Estou desinchando, minha disposição e meu humor estão muito melhores!
Conhecemos um americano em Turks que já rodou bem nas rodovias americanas e ele nos deu a dica: “levem sua própria comida, preparem saladas, sanduíches naturais, sucos, etc. Se ficarem na dependência dos postos que encontrarão no caminho vocês vão ganhar pelo menos uns 50 pounds!”.
ENFIM...
Passaremos os próximos meses no Brasil, então acho que não teremos grandes problemas com a alimentação. Esta primeira etapa aqui no Caribe valeu a pena para nos planejarmos para as highways americanas e lembrarmos que a comida de casa é sempre a mais gostosa.
Leito seco de antigo lago na parte norte do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
O local hoje conhecido como Vale da Morte já era habitado a mais tempo do que podemos imaginar. A tribo indígena Timbisha Shoshone há muitos anos chama o imenso vale de lar. Nesta terra de extremos eles se adaptaram e aprenderam a viver com as mais altas e as mais baixas temperaturas, pouca água e fonte de alimento escassa. A sabedoria milenar deste povo os fez viver em comunhão com a natureza do vale que batizaram de Tümpisa, que significa na sua língua o “vale da vida”.
Death Valley visto do mirante Dante´s View, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Mosaico de cores no fundo do Death Valley, visto da Dante´s View, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
O Death Valley foi assim batizado após 1849, quando a Corrida pelo ouro na costa oeste começou. Os homens que se aventuravam tentaram encontrar caminhos alternativos para a atual Califórnia. Um grupo que passou pelo vale perdeu suas mulas e um homem que não aguentaram a árdua tarefa de cruzar o deserto árido e escaldante. Conta a lenda que despedindo-se do vale um deles teria dito “Goodbye Death Valley” ou “adeus vale da morte”, e o nome ficou.
Caminhando no leito seco do lago da Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Hoje o dia prometia uma longa programação, começando cedo pelo Zabriskie Point, 16km ao sul de Furnace Creek. Um mirante para uma cadeia de montanhas amareladas que mais parecem imensos sulcos na terra.
O incrível Golden Canyon, visto de Zabriskie Point, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
21 km mais ao sul subimos aos 1.669m de altitude em um dos mirantes mais famosos do parque, o Dante´s View. Lá temos uma vista maravilhosa de toda a área que conhecemos ontem, o Salar Badwaterbasin, ponto mais baixo do continente americano e toda a cadeia montanhosa que está em constante movimento. As placas tectônicas que formam o vale continuam em movimento, aqui elas se encontram e enquanto o fundo do vale desce, a Panamint Range continua se elevando.
Turistas no alto de Dante´s View, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
O retorno é por um cenário bem conhecido pelos mineradores, que no início da busca pelo ouro encontraram aqui o bórax. O ouro só foi encontrado depois, ao leste de onde hoje se localiza o parque. Por este cânion passava a Twenty Mule Team, carroagens puxadas por 20 mulas que transportavam todo o minério até a ferrovia. Hoje o parque ainda não está totalmente livre da cobiça dos mineradores, que continuam a exploração nos seus arredores e ainda brigam por ampliar suas áreas dentro das fronteiras da reserva.
As famosas charretes de vinte mulas, da época da mineração no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Fizemos um pit stop em Furnace Creek para um último banho de piscina e uma boa ducha, já que a noite será em um camping mais selvagem, longe de tudo e todos. Nos abastecemos e seguimos mais 88km ao norte, direto para o Scotty´s Castle.
O exótico Scotty´s Castle, no norte do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
A corrida do ouro sofreu uma brusca decaída em 1912 e as empresas mineradoras começaram a buscar outra forma de ganhar dinheiro com a estrutura que haviam montado, começando a divulgar a região para o turismo. Zabriskie, vice-presidente da companhia mineradora de Borax, foi quem redirecionou o negócio com um incrível empreendedorismo e usou suas linhas férreas para colocar turistas de todos os lados aqui, no Death Valley. Isso sim é ter visão!
Ficamos minúsculos ao lado da enorme cratera do vulcão Ubehebe, no norte do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Construído em 1920, o castelo foi parte da lenda que atraiu os primeiros turistas ao parque, Scotty e seu amigo viviam ali e recebiam curiosos que vinham de longe para ouvir suas histórias sobre aquela terra distante e sobre os aventureiros que passavam por ali. Hoje o castelo virou um museu que conta parte dessa história.
Pequeno vulcão ao lado da cratera do vulcão Ubehebe, no norte do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
A próxima parada foi a 13km dali, no Vulcão Ubehebe. Sua primeira erupção foi apenas há 2 mil anos atrás, imagino que os Timbisha Shoshone devem ter ouvido de longe! A explosão criou um cenário de outro planeta, a cratera principal, magnífica, que desvendou as camadas de rocha multicoloridas e outras crateras menores nos seus arredores. A caminhada de uma hora ao redor da cratera vale a pena, ainda mais no final da tarde quando aquela luz mágica deixa as cores ainda mais intensas.
A impressionante cratera do vulcão Ubehebe, no norte do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Até este ponto rodamos apenas por estradas pavimentadas e perfeitas, porém daqui em diante seguimos por estradas de terra e pedra por mais 43km para chegar ao nosso destino final no roteiro deste parque nacional, o Racetrack.
As incríveis pedras que se movem e seus rastros, na Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Quem gosta de assistir reportagens sobre natureza e fenômenos inexplicáveis já deve ter ouvido falar das “pedras que andam”. Eu já tinha ouvido falar, mas não sabia que este fenômeno acontecia aqui! Uma vez um imenso lago, hoje uma planície de argila fina e seca que abriga as tais rochas caminhantes. Nenhum cientista conseguiu explicar ainda como o fenômeno acontece, principalmente pelas marcas deixadas pelas pedras acontecerem em uma superfície completamente plana e em diferentes direções!
Leito seco de antigo lago na parte norte do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
A teoria mais aceita é que em períodos de chuva, raros por aqui, a base do lago recebe uma fina camada de água que se congela com as baixíssimas temperaturas da noite. O movimento da pedra então seria facilitado, deslizando pelo gelo com um empurrãozinho dos fortes ventos que sopram de todas as direções com uma força tremenda! Parece até fazer sentido, mas se você pensar, que vento consegue arrastar uma pedra de 40kg?
As incríveis pedras que se movem e seus rastros, na Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Fomos montar o nosso acampamento com o resto de luz e com essa incógnita na cabeça. Camping selvagem, vento e muito frio nesta área mais alta do parque, com uns poucos vizinhos nos arredores. Comemos um miojo, que àquela altura parecia delicioso e tomamos uma deliciosa garrafa de vinho, californiano, é claro!
Felizes com o dia magnífico, acampados ao lado do Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
A lua cheia nasceu mais tarde iluminando toda a paisagem, deixando até a furtiva e curiosa raposa fácil de ser descoberta. Na lua cheia é sempre mais difícil de dormir, em uma barraca gelada então? Quase impossível. É nessa noite que nos despedimos do Tümpisa, o vale da vida que já nos deixa saudosos sem nem termos ido embora.
Noite de lua cheia e maravilhosa no acampamento ao lado do Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
A bela igreja metodista de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
Apelidada “Land of the sky” ou “Terra do céu”, Asheville é uma cidade de pouco mais de 80 mil habitantes no estado americano de North Carolina. Situada estrategicamente entre o famoso Great Smoky Mountains National Park e o Shennandoah National Park, seus arredores já foram cenário para filmes como “O Último dos Moicanos” e até hoje atrai artistas, músicos e pessoas apaixonadas pela natureza, o que a torna um lugar alternativo e bem cosmopolita.
A pomposa arquitetura do centro histórico de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
Asheville figura em uma ampla lista de rankings, citando apenas alguns deles como uma das "25 Melhores Destinos de Artes da América" (Revista AmericanStyle), "A nova “freak capital”dos EUA" pela revista Rolling Stone, "Nova Meca New Age" (CBS News) e em 2007, Asheville foi nomeada uma das sete principais lugares para se viver nos EUA pelo Ranking de cidades da Frommer.
Caminhando pelo centro histórico de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
Nós chegamos em um dia de chuva e cinzento, mas as suas ruas, bares e restaurantes estão sempre cheios e divertidos com pessoas de todas as tribos e idades. Paramos no delicioso Salsa´s Mexican Caribbean Restaurant, restaurante que mistura o melhor das duas cozinhas, mexicana e caribenha, sempre com uma exposição interessante de artistas contemporâneos da região e um público bem antenado.
Restaurante em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
A comida é divina e muito criativa, além de ter uma boa relação custo x benefício. Nada melhor que uma boa cerveja artesanal para acompanhar uma delícia apimentada dessas. Eu provei a Pale Ale da High Lander Brewing Company, saborosa e no ponto certo para não brigar com o sabor da comida. Ótima sugestão do nosso simpático garçom.
Deliciosa e apimentada comida mexicana requintada, em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
Uma das milhares de cervejas artesanais americanas, em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
A arquitetura da cidade vai do art decó ao neogótico em seus edifícios históricos, igrejas e monumentos. A chuva deu um intervalo e conseguimos andar nas ruas arborizadas, sempre cruzando um músico mambembe tocando sob uma marquise na sua viagem particular.
A pomposa arquitetura do centro histórico de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos
À noite, não poderíamos perder a chance de ouvir uma legítima Jam Section de cordas, em uma das principais representantes da Folk Music Americana. Fomos ao mais indicado bar em Downtonw Asheville, o Jacskon Pub. Cada músico traz o seu instrumento de corda como o violino, violão, contrabaixo e o indispensável banjo! Os músicos estavam se divertindo aos montes, solos alucinados cada vez mais acelerados faziam o público ir ao delírio! Mais tarde uma banda de jovens tomou o palco e fez uma apresentação maravilhosa, essa sim era profissional! É sempre bacana ver jovens se interessando, revivendo e aprimorando tradições.
Balada com jam session com muita música Folk, em Asheville, na Carolina do Norte - EUA
Asheville é o nosso ponto de partida para conhecermos a região dos Apalaches e da Blue Ridge Parkway, a road trip mais famosa no leste dos Estados Unidos.
Caminhando na Sea Wall do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Vancouver é daquelas metrópoles cosmopolitas que você sente andando pelas ruas, entrando nos mercados, provando os diferentes aromas, testando seu paladar e principalmente mantendo os ouvidos bem atentos. Em uma mesma quadra é possível ouvir chineses, japoneses, coreanos, árabes, latinos e africanos, tudo ao mesmo tempo e agora. Não impressiona o fato de ela ser a cidade etnicamente mais diversa do Canadá, onde 52% dos habitantes não tem o inglês como primeira língua.
Preparação do nosso churrasco mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
As gerações de imigrantes cada vez mais se mesclam, mesmo os chineses, que geralmente estão fechados em seus clusters, já são vistos em círculos totalmente ecléticos. Talvez por serem um dos primeiros imigrantes e se sentirem mais pertencentes a esta terra, talvez pela consciência coletiva da globalização, que aqui acontece em tempo real, ao vivo e a cores. O resultado dessa miscigenação será ainda mais claro na próxima geração, que sem dúvida será de um povo mais forte, mais tolerante, mais feliz e incrivelmente interessante. Qual será a cara dos vancouverites daqui a 30 anos? Seria um bom estudo antropológico.
Dirigindo em Vancouver, no Canadá
A cidade começou em torno do mercado de madeira na vizinhança de Gastown, em 1867, após a passagem de mais de 25 mil garimpeiros que seguiam para o Fraser Canyon, na Fraser Gold Rush. A pequena vila cresceu com a chegada da Canadian Pacific Railway, quando o seu porto natural se tornou o principal na costa oeste canadense. A exploração de madeira e o transporte são o cerne da economia da região, que mais tarde se beneficiou da Klondike Gold Rush, servindo de base e fornecendo suprimentos para os mineiros que seguiam rumo ao Alasca.
Caminhando pelo centro de Vancouver, no Canadá
Rodeada de montanhas nevadas, praias e parques, o turismo se tornou a segunda maior atividade econômica da cidade, apelidada carinhosamente de “Raincouver”. Capa de chuva, sapatos fechados ou impermeáveis e um guarda-chuva são itens indispensáveis se você quiser explorar bem a cidade sem pegar um resfriado. Para tentar garantir dias mais secos, planeje sua viagem entre abril e setembro, época que tende a ser mais seca e ensolarada.
Dia chuvoso no Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Nós ficamos baseados no West End, no centro de Vancouver, no Riviera Hotel. Um hotel mais antigo, mas muito bacana, bom preço, estacionamento gratuito, free wifi e ótima localização. Dali, podíamos fazer quase tudo a pé ou andar poucas quadras até o skytrain. A melhor surpresa foi descobrirmos que não era apenas um quarto, era um apartamento com suíte, sala, copa e cozinha! Janelas imensas com uma bela vista do centro e aquela sensação de estarmos novamente em casa. Lá do alto víamos o Stanley Park, o porto entre os prédios, as luzes e carros da cidade molhada. Vocês não tem ideia a delícia que é ter um espaço maior para nos espalharmos, recebermos amigos e inventarmos moda na cozinha. Sim, vocês leram bem, recebemos amigos! Aqui reencontramos os amigos Kombianos, Meli e Jorge e finalmente conhecemos os expedicionários brazucas do 4x1 – Retrato das Américas, assunto que merece outro post.
Vista do nosso apart-hotel em Vancouver, no Canadá
Após fazer umas compras no Whole Foods da vizinhança para o café da manhã, caminhar pela Robson Street e ao longo do porto, entre o Harbor Green Park e o Canada Place já é um ótimo começo. Caminhar é o jeito mais gostoso de sentir a cidade.
O Outono chega em Vancouver, no Canadá
Dali você já estará pertinho de Gastown, o centro antigo e da incrível vizinhança de Chinatown. Por alguns momentos você estará na China sem precisar gastar nem um centavo. Tudo é chinês! De chineses, para chineses.
A Chinatown de Vancouver, no Canadá
Se a loucura urbana te sufocar, faça um detour (táxi, ônibus, bicicleta) e siga para o Stanley Park, a principal área verde na ponta oeste do West End em downtown. Uma longa caminhada pelas trilhas do parque, ao redor dos lagos, entre árvores gigantes e praias, sem dúvida te farão esquecer que está numa cidade grande. A Lost Lagoon é a mais bonita, o Beaver Lake está tomado por plantas, os totens são a principal atração do parque (que nós não vimos) e a vista do parque para a Lions Gate Bridge, ponte para North Shore, é a melhor. Lá no alto do Prospect Point tomar um vinhozinho para relaxar no final da tarde não é má ideia.
Parece o Ibirapuera, mas é o Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Admirando o belo visual do alto do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Outro tour interessante é explorar as praias e parques da English Bay ao sul de downtown. As vistas do skyline do West End do outro lado do False Creek são lindas. As melhores vistas, principalmente no final da tarde com a luz a favor, são do Vanier Park. Lá estão também o Museu de Vancouver, com ótimas exposições, o Space Center e ao lado no Hadden Park o Museu Marítimo de Vancouver. Se quiser ver todos os museus, você pode ficar mais de um dia só nesse roteiro sem dúvida!
Fim de tarde em um dos muitos parques em Vancouver, no Canadá
Um dos muitos parques na orla de Vancouver, no Canadá
Nós tiramos umas férias de museus e aproveitamos que não chovia para continuar nos outdoors pela Kitsilano Beach e seguindo pela Point Grey Road até a Jericho Beach, o Pacific Spirit National Park e finalmente a Wreck Beach, o melhor lugar para ver o pôr do sol. Descemos correndo os 470 degraus e conseguimos pegar os últimos raios que se escondiam nas nuvens que cobriam o horizonte. Jovens universitários ficam sobre os troncos que preenchem as areias da praia, enquanto um grupo animadíssimo de tiozinhos riporongas fazia um luau em volta da fogueira na praia.
Até o cachorro admira o pôr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
Admirando põr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá
Novamente, tendo tempo, você pode vir mais cedo e aproveitar para explorar um os melhores museus da cidade de Vancouver, praticamente dentro da cidade universitária da UBC, o Museu de Arqueologia. Eu não me conformei de deixar este passar, mas tudo em prol da comunidade, no caso, do marido. =/
O Outono chega em Vancouver, no Canadá
Todo este tour fica mais fácil se você tiver um carro ou ainda se conseguir encontrar a linha de ônibus que vai até a Universidade da British Columbia, e ir parando ao longo do caminho. O melhor mapa para se localizar neste roteiro é o Vancouver Parks, que você encontra em qualquer hotel ou centro de informações turísticas. No caminho de ida e de volta, você provavelmente irá cruzar a Burrard Bridge e passará por cima da Grandville Island, onde está o obrigatório, Granville Island Public Market, que também mereceu um post à parte.
Fiona entre as árvores coloridas de Outono, em Vancouver, no Canadá
No começo da noite, um jantar na charmosa Gastown em um dos restaurantes da Water St entre os edifícios antigos de tijolos vermelhos. Nós provamos e adoramos o Six Acres, restaurante e pub em um dos prédios mais antigos de Vancouver. Super aconchegante e com um cardápio de comidas e bebidas bem diferenciado, recomendo! Se quiser estender a noite, o Cabaret (abaixo do Chill Winston) tem noites bem animadas, nós chegamos bem em uma noite de Burlesque Halloween! Os rapazes acharam meio esquisito, mas no final todos nos divertimos!
Show de burlesque especial de Halloween em Vancouver, no Canadá
O maior agito fica mesmo é na Granville Avenue, onde estão as baladas main stream de Vancouver. Ruas fechadas no sábado à noite, vários bares e boates. O Roxy é a boate mais agitada, seguida pela Venue (custam em torno de 15 a 20 dólares para entrar), mas depende do seu estilo e pique de enfrentar filas e multidões. Na nossa primeira noite andamos bem procurando alguma que nos encantasse a acabamos entrando na Joe´s Apartment, pista com boa música, galera animada e estava sem fila. Lembrando que a maioria das casas fecha às 2 da manhã e as pizzarias ficam abertas madrugada afora, faturando uma nota dos jovens bêbados e esfomeados na saída da balada.
Show de burlesque especial de Halloween em Vancouver, no Canadá
A diversidade hoje é o marco mais intenso da cidade de Vancouver, independente de onde ande e quais explorações faça, lembre-se de sentir, mais que ver, de sorver a cidade aos poucos com um vinho, um chá chinês, um café colombiano ou uma guiness no pub irlandês. Aí sim você terá conhecido a verdadeira Vancouver.
Fim de tarde na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá
A Ilha Bela é imensa, quase tão grande quanto a ilha de Florianópolis! São mais de 36km de praias e, dizem, 365 cachoeiras! Seria uma cachoeira por dia do ano, já pensaram? Mas descobrimos lá que os moradores da ilha costumam chamar de cachoeira qualquer rio de pedra. Quedas d´água mesmo são aproximadamente 30.
Praia de Jabaquara em Ilha Bela - SP
Depois de umas comprinhas básicas no supermercado da vila e uma passada no internet café para os posts de ontem, acabamos postergando o nosso plano inicial e deixamos a trilha do Bonete para amanhã. Decidimos conhecer o litoral norte da Ilha, já que estamos hospedados na Ponta das Canas. Fomos até a praia do Jabaquara com intenção de fazer uma trilha que dizem existir dali até a Praia da Fome e a Praia do Poço. Dirigindo para lá comecei reconhecer o caminho e quando chegamos à praia tive certeza, eu já havia estado ali em 2004. O Rodrigo cada vez mais ia dando crédito à minha memória, quase uma ilhéu!
Realmente a Praia de Jabaquara é uma das mais bonitas da ilha! Chegamos e logo encontramos um belo oásis-restaurante à beira-mar. Exploramos a praia em busca de informações sobre a trilha para a Praia da Fome, lugar usado pelos portugueses para engorda de escravos no século XVIII. Eles paravam nesta praia para “tratar” os escravos antes de venderem no continente. A trilha já foi uma estrada, mas todos falaram que está muito fechada, tomada por bambuzais. Acabamos não nos arriscando, pois já eram 14h e não achamos nenhum barqueiro como back up. Mais uma praia que fica para os próximos 1000dias.
Praia de Jabaquara em Ilha Bela - SP
Depois de quase sermos carregados pelos borrachudos, resolvemos desbravar os mares e fazer um snorkel. Infelizmente a água não estava tão limpa quanto na minha lembrança. Não sei se nós é que estamos mais exigentes depois do Caribe, ou se a minha memória é que estava romantizando o lugar, pois lembro desta praia como um dos meus melhores snorkels no Brasil. Saímos primeiro no costão lado esquerdo, com água friiia e quase nos enroscamos em uma rede de pesca colocada ali. Ainda assim vimos alguns peixes, 3 arraias e o Ro (sortudo!) ainda viu uma tartaruga! Mais uma nadada no costão do lado direito, mas a água fria nos fez voltar correndo para o oásis assistir ao jogo da Copa do Mundo entre a Holanda e o Uruguai. Pena que os nossos “hermanos uruguajos” não conseguiram a final... mas que raça! Quem sabe os brazucas aprendem um pouco com eles!?!
Celebrando os 100 dias de viagem, em Ilha Bela - SP
À noite, aproveitando a maravilhosa casa e vista da casa do Dudu e Cê, fizemos mais uma comemoração dos nossos 100 dias de estrada! Queijo e vinho, regados a muito amendoim e uma bela vista do canal, São Sebastião e Caraguá, enquanto trabalhava nos últimos vídeos do Soy loco por ti América. Afinal, alguém tem que trabalhar nesse casal! Rs!
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