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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Nosso grupo reunido posa para fotos na cinematográfica baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Não demorou muito para entendermos por que a baía em que chegamos hoje cedo se chama Gold Harbour (porto de ouro). Claro que não há ouro por ali. O nome seria uma alusão à cor dourada dos paredões graníticos iluminados pelo sol que se põe, mas nós não estivemos por lá neste horário. Para nós, o nome vem da incrível beleza do lugar, os tais paredões negros mesmo (pelo menos, neste horário) despencando sobre o mar azul e formando uma pequena baía quase circular de águas calmas. O que complementa esse cenário tornando-o ainda mais grandioso é o que vem acima dos paredões, uma autêntica geleira que nasce nas montanhas um pouco mais distantes e alcança a borda dos paredões. Aí, uma incrível cascata de gelo desce as paredes e chega até o mar, despejando nele constantemente pequenos blocos de gelo que ficam boiando pela baía. De tempos em tempos, um bloco maior despenca lá de cima, fazendo um estrondo que ecoa pelas paredes e forma uma pequena onda que percorre toda a baía.
Chegando a maravilhosa Gold Harbour, na Geórgia do Sul, para uma sessão de caiaque e dsembarque em terra
Chegando a maravilhosa Gold Harbour, na Geórgia do Sul, para uma sessão de caiaque e dsembarque em terra
Chegando a maravilhosa Gold Harbour, na Geórgia do Sul, para uma sessão de caiaque e dsembarque em terra
Antigamente essa cascata era muito mais larga, mas também aqui a geleira está retrocedendo. Na verdade, eram duas cascatas paralelas, mas uma delas já sumiu deixando em seu lugar uma cachoeira. Basta olhar para o enorme paredão para perceber que algum dia, todo ele era uma enorme cachoeira de gelo, as marcas ainda claras da fricção do gelo e da rocha, por toda a sua extensão. Devia ser incrível, mas não podemos reclamar, pelo menos visualmente, do cenário que vemos hoje. Uma cascata de gelo ao lado de uma cascata de água “normal”, uaaauuuu!!!
A Val, nossa guia de caiaques, prepara seu equipamento para nossa saída em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Um zodiac leva parte de nossos caiaques para Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Levando os caiaques de volta ao Sea Spirit em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Já está achando lindo o suficiente? Pois é, a mãe-natureza não! Por isso, tratou de “fazer” uma praia ali do lado, dentro da baía, e a encheu de pinguins rei e gentoo, elefantes e lobos marinhos e várias espécies de pássaros. Aí sim, chegamos a um cenário digno de filmes tipo “Senhor dos Anéis”.
Nossos caiaques nos esperam em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Nosso grupo de caiaque rumo a Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Como seria possível melhorar isso? Simples: me dê um dia de céu azul e um caiaque para poder remar por essa baía. Mais alguma coisa? Sim, que tal chegar aqui bem na época em que os gigantescos elefantes-marinhos estejam brigando entre si para garantir a posse de haréns com várias dezenas de elefantas-marinho. Pronto, agora nem o Senhor dos Anéis tinha pensado nisso!
Fazendo caiaque simples em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Estreando meu caiaque simples na magnífica Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Foi exatamente assim a nossa manhã nesse lugar. Para dar uma última “melhoradinha” na situação, eu e a Ana resolvemos trocar nosso caiaque duplo por dois simples, para que pudéssemos nos fotografar e também ter maior liberdade para irmos aonde quiséssemos na hora que quiséssemos. Dia e lugar mais perfeito para fazermos essa troca, difícil de imaginar...
Fazendo caiaque na incrível baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Estreando meu caiaque simples na magnífica Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Estreando meu caiaque simples na magnífica Gold Harbour, na Geórgia do Sul
E assim foi. Bem cedo mesmo já estávamos ancorados e tirando fotos do lugar, quase esquecendo de tomar o café da manhã. Enquanto isso, a Val (nossa guia de caiaques) dava uma última olhada em nossas caiaques e respectivas regulagens e outro guia já começava e levar os pequenos barcos para o local onde os abordaríamos. Normalmente, um zodiac leva (ou puxa) cinco caiaques para lá enquanto o caiaque restante (ou dois deles) seguem conosco no nosso zodiac, que leva todo o afortunado grupo de 10 “caiaqueiros”. Temos quatro caiaques duplos e três simples, um deles para a Val. Hoje, como disse, esses dois caiaques simples restantes foram ocupados por mim e pela Ana.
Nosso grupo rema no magnífico cenário de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Nosso grupo rema no magnífico cenário de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Nosso grupo rema no magnífico cenário de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Cada vez mais acostumados com a técnica de passar do zodiac para o caiaque, logo estávamos todos em nossos barcos, eu e a Ana nos acostumando com o barco menor e mais leve. Até por isso ele também é menos estável na água, mas com as águas internas da baía tão calmas, não tivemos dificuldade. O negócio foi logo começar a explorar nossos arredores.
Passageiros do Sea Spirit se aproximam da cascata de gelo de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Um zodiac se aproxima de uma cascata em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Um zodiac chega bem perto da cascata de gelo em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
É claro que a atração principal era a tal cascata de gelo, mas a Val foi logo nos dizendo para não nos aproximarmos muito. Se um bloco de gelo grande se desprender dela, a onda gerada nos derrubaria facilmente se estivéssemos muito próximos e dificilmente teríamos tempo para fugir ou nos preparar para ela. Se estivermos mais longe, sempre será possível alinhar o caiaque antes da onda chegar. Enfim, ela nos deu nossos limites e tratamos de obedecer. Depois, quando voltássemos ao zodiac, iríamos dar uma volta mais perto dela, já que com o motor é possível escapar de qualquer onde que apareça.
Um elefante-marinho nada em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Com apenas a cabeça fora d'água, um elefante-marinho nada na baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Para chegar até mais perto dela, só tínhamos de cuidar para não atropelar algum elefante-marinho ali na baía. Certamente, num choque desses, seríamos nós que levaríamos a pior, já que o bicho é maior e muito mais pesado que nosso caiaque. Fora que talvez não gostasse muito de um possível choque e aí sim, estaríamos encrencados. Com tanta testosterona lá na pequena praia, muitos dos machos que perderam as batalhas estavam se refrescando nas águas da baía, então, olhos abertos!
Muitos pedaços de gelo na baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Observando o gelo nas águas da baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Remando no cenário grandioso de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Então, lá fomos nós para perto da cascata de gelo e com o devido cuidado com o trânsito de elefantes. Quanto mais perto chegávamos, aumentava também a quantidade de blocos de gelo na água. Foi nossa primeira experiência com eles aqui nos mares do sul, coisa que deve virar rotina quando chegarmos à Antártida. Enfim, como ainda não estamos costumados, era estranho e muito legal remar e ver esse gelo ao nosso lado, motivo de risos, admiração e claro, muitas fotos.
Remando em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Remando em direção à cascata de gelo em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Remando ao lado da cascata de gelo em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Já a cascata de gelo, que nem parecia tão grande lá de longe, foi se revelando mais e mais grandiosa. Agora sim podíamos vislumbrar o tamanho dos blocos de gelo que a compõe e termos a medida exata do perigo de se estar lá embaixo na hora errada. Em compensação, a beleza do cenário também aumentou, assim como a nossa sensação de insignificância perto daquilo tudo.
Elefantes-marinhos e gaivotas em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Casal de shags imperiais em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Um shag imperial descansa em pedra na baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Para nos distrair um pouco com algo mais “normal” para nós, uma pequena ilha rochosa ocupada por pacíficas fêmeas de elefantes-marinho e um casal de shags imperiais, aquele com os olhos azuis. Ao redor, barulhentas gaivotas antárticas nadando na água e, elas também, se desviando dos pequenos blocos de gelo.
Nosso grupo rema ao lado da praia em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Observando de perto a praia e a fauna de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Remando ao lado de um elefante-marinho e a praia repleta de pinguins em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Depois de chegarmos ao nosso limite de distância, nos voltamos para a praia, para remarmos mais perto da fauna que ali estava. Pinguins e elefantes, todos se viravam para nos ver, eles querendo saber se esse estranho “animal” (nós!) também iríamos querer nosso lugar naquela praia já tão cheia. Não ainda! Por enquanto, nossa preocupação não era por espaço em terra, mas na água mesmo, já que por ali havia ainda mais elefantes. Aqui, a tarefa era ainda mais complicada: chegar o mais próximo dos animais sem irritá-los e também sem irritar a nossa guia, sempre de olho em nós. A segunda parte da tarefa tendia a ser mais difícil, mas com jeito e insistência, sempre se consegue!
A Ana rema ao lado de um elefante-marinho em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Uma selfie fazendo caiaque em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Caiaque em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
E aí, cada vez mais cheios de si, resolvemos nos voltar para a cascata de gelo novamente e, assim como fizemos no caso dos elefantes, tentar empurrar nosso limite um pouquinho mais para lá. De novo, com o devido cuidado, conseguimos! Ali, cada metro era mais emoção e mais emoção era o que queríamos! Foi maravilhoso, com “M” maiúsculo!
Hoje remamos em dois caiaques simples em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Fazendo caiaque na incrível baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Remando ao lado da cascata de gelo em Gold Harbour, na Geórgia do Sul
E aí, de volta para a praia e daí para o zodiac. Pela primeira vez, terminamos nosso caiaque no nosso barco de apoio. A ideia era levá-los de volta ao Sea Spirit para depois fazermos nosso tour mais perto da cascata de gelo e, enfim, desembarcar em terra firme. Ali nos esperava, finalmente, a chance de testemunhar as brigas colossais entre animais com quase 4 toneladas. Não existe nada igual na Terra hoje em dia e fomos presenteados com essa chance de ouro aqui, no nosso último desembarque na Geórgia. Uma chance dessa não pode ou deve ser desperdiçada. Assunto para o próximo post!
Nosso grupo reunido posa para fotos na cinematográfica baía de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Já fora dos caiaques saindo de Gold Harbour, na Geórgia do Sul
Maravilhoso mesmo!!!!!!!!!! Abraços
Resposta:
Oi Mabel
Pois é, fazer caiaque nesse lugar foi mesmo muito especial!
Abraços
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