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Helder Ribeiro (01/07)
Que maravilha, duas belas sequências de posts! Acho que minha maior vont...
Bruno (01/07)
Muito bom... ficarei no aguardo para os novos relatos.... Excelente via...
Tatiana Wolff (30/06)
Dona Helen (30/06)
Tudo sobrne Argentina e principalmente Buenos Ayres está como todo os ou...
Ana Christ (29/06)
San Telmo é um dos meus lugarezinhos preferidos em Buenos Aires. Amo cad...
Pedalando na zona rural a caminho da praia, na Ilha de Marajó - PA
Reconhecendo a veracidade do jargão, o Brasil é mesmo um "paÃs de dimensões continentais". Vejam só: dentro de um dos vinte e sete estados do Brasil (tudo bem que é um dos maiores) tem uma ilha, pedaço pequeno do Pará, que é quase do tamanho da Suiça! E a Suiça não é um paÃs tão pequeno assim. Dentro dele cabem quatro lÃnguas, metrópoles como Genebra e Lausanne, muitos relógios, chocolates e deliciosos queijos com buraco.
Pedalando ao lado de búfalos na cidade de Soure, na Ilha de Marajó - PA
Pois bem, como eu estava doente ontem e empatei a nossa vida, só tÃnhamos hoje para conhecer a Suiça Marajoara (que é a nacionalidade de quem mora na ilha). Será que dá para conhecer a Suiça européia em apenas um dia? Bem, aqui é realmente um pouco mais fácil. Boa parte da Ilha de Marajó é composta de pântanos, terrenos alagadiços e mangues. Por isso os búfalos se deram bem por aqui. Apenas a costa leste é "aberta" ao turismo, com exceção de algumas fazendas no interior da ilha. Na costa leste, temos três principais vilas: Joannes, Salvaterra e Soure, a "capital".
Canoa leva nossas bicicletas, na Ilha de Marajó - PA
Joannes é a mais isolada e tranquila. Salvaterra é mais compacta e tem uma bela praia. E Soure é a que tem mais coisas para se ver e fazer, além do seu ar campestre, com avenidas largas repletas de mangueiras, pouco movimento e búfalos pastando nos canteiros. Há três belas praias ao norte da vila, duas delas a pouco mais de 5 km por estrada de terra e a outra a 11 km por estrada de asfalto.
Pedalando na praia de Araruna, na Ilha de Marajó - PA
Dispostos a recuperar o tempo perdido, alugamos duas bicicletas no próprio hotel, o Casarão da Amazônia, e seguimos paras as praias mais próximas, separadas por um igarapé. Foi em uma delas que, 21 anos atrás, eu, o Haroldo e o Marcelo fizemos uma bate-volta, à pé mesmo. A gente tinha vindo na barca da manhã, aportado em Soure (bons tempos!), e caminhamos rapidamente até lá, em tempo de voltar e pegar a barca da tarde, de volta à Belém. Foi uma corrida! O coitado do Marcelo, mais baixinho, não aguentava nosso ritmo de caminhada e tinha de correr, de tempos em tempos. No fim, deu tudo certo. Mas ir e voltar para Marajó, no mesmo dia, foi realmente uma loucura. O problema é que não tÃnhamos tempo...
Entrando no mar de água doce com uma vara para se proteger das arraias, na Ilha de Marajó - PA
Bem, hoje, de bicicleta, foi mais tranquilo. É bem pitoresco pedalar na zona rural da ilha, cruzar um búfalo aqui, uma manada de búfalos ali. Para quem já os estava vendo nas ruas da cidade, até que fomos nos acostumando. Não demorou muito para chegarmos à praia de Araruna. A ponte que existia para cruzar o igarapé está em ruÃnas. Mas uma canoa nos deu uma carona para atravessarmos nossas bicicletas. Longa e bela praia deserta. Pedalamos um pouco pela praia, achamos um lugar gostoso e demos um belo mergulho. Estranho mar de água doce, com ondas e tudo! É mais "estranho" ainda do que ver búfalos por aÃ. Só tem um problema: a praia é conhecida por ter muitas arraias, daquelas que ferroam. Então, temos de entrar com uma vareta e ir cutucando a areia à nossa frente, para afastá-las antes que pisemos em suas cabeças e sejamos ferroados. Pelo sim, pelo não, seguimos as recomendações e, com todo o cuidado, pudemos nadar. E pensar que toda essa água é apenas uma das bocas do rio Amazonas...
Ponte sobre o mangue, que dá acesso à praia de Barra Velha, na Ilha de Marajó - PA
Voltamos para o igarapé, conseguimos outra carona de canoa e seguimos para a praia ao lado, bem mais movimetada, a Barra Velha. Ali, em uma das barracas, ao som de muito tecno-brega, lanchamos e nos refrescamos com uma água de coco e uma cerpa. Realmente, entre os produtos tÃpicos paraenses, preferimos a cerpa do que o tecno-brega...
Cervejinha na praia de Barra Velha, na Ilha de Marajó - PA
Renovados, pedalamos de volta para a cidade com o intuito de seguir para a outra praia, a Pesqueiro. Mas chegando na cidade, fomos atingidos por uma tÃpica tempestade amazônica. Era água que não acabava mais, e nós ilhados embaixo de um toldo. Custou a passar e a gente na maior dúvida se enfrentava os nove quilômetros restantes até a praia ou se voltava para o conforto do hotel. Bem, hotel tem em todo o lugar, e SuÃça, ou Marajó, são apenas duas. Então, para frente e avante até a praia.
Muita chuva no meio da tarde em Soure, na Ilha de Marajó - PA
Pedalando nas estradas da Ilha de Marajó - PA
Desta vez no asfalto, mas cruzando com búfalos da mesma maneira, seguimos até a praia, onde já chegamos no fim de tarde. Já estava bem vazia, mas julgando pela estrutura do local, deve receber bastante gente durante o dia. Bela praia, a última da costa. Para cima, só mangue. Tiramos fotos, descansamos, a Ana perdeu sua lente de contato, mais uma cerpa e voltamos para a cidade e para o hotel. Após mais de 30 quilômetros de pedaladas, nossas nádegas já reclamavam.
Manada de búfalos em estrada da Ilha de Marajó - PA
Fomos relaxar e comemorar o dia na piscina que tinha até hidromassagem e depois, uma pizza com muito queijo de búfala para jantar. Depois, cama! Afinal, o dia será longo amanhã. Alvorada às quatro da matina, para pegar o ônibus que nos levará até o ferry, dia passeando em Belém, vôo de madrugada para Macapá. Vamos ver se a gente aguenta...
Celebrando o dia de pedaladas na Ilha de Marajó, na piscina do hotel em Soure - PA
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