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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Observando a luz do sol entrar, aos poucos, pelo fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Acampados, passamos uma noite fria no fundo do Grand Canyon. Ontem, quando voltamos da nossa caminhada vespertina até o mirante da Clear Creek Trail, já estava escuro. Mas antes do nosso jantar, ainda caminhamos até a borda do rio Colorado. Ali passamos quase uma hora, contando as estrelas e conversando sobre esses maravilhosos últimos 1000dias que tivemos, todos os lugares que passamos e pessoas que conhecemos. Mas nem toda essa elucubração resistiu ao frio que apertava e voltamos para a nossa barraca. Com muita eficiência e nosso fogareiro novo que agora funciona, a Ana rapidamente fez nosso jantar quentinho. Uma delÃcia! Pura energia para recuperar as calorias que perdemos ontem e as que precisarÃamos hoje. Na verdade, parte delas já usamos de noite mesmo, tentando nos esquentar dentro dos sacos de dormir. Aliás, a Ana, sempre precavida, teve o bom senso de carregar até o fundo do Grand Canyon o meu saco de dormir antigo, além do dela. Assim, enquanto eu estreava o meu novo, comprado na REI de Seattle, próprio para temperaturas mais baixas, ela se enfiava em dois sacos de dormir, mais um saco-lençol que compramos também. Mesmo assim, reclamou do frio.
Acampando no Bright Angel Canyon, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Esquentando água para o chá, no acampamento no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Hoje, antes de iniciarmos o caminho de volta, resolvemos nos esquentar com uma caminhada matutina. Seguimos pela trilha que adentrava o canyon em que está o acampamento. É a North Kaibab Trail, que segue até o alto do North Rim, 1.750 metros acima de nós, ao longo de 22 quilômetros. Certamente, não querÃamos chegar até lá, até porque o North Rim está completamente fechado pela neve e gelo. Mas seguir alguns quilômetros canyon adentro, em trecho quase plano, seria um bom exercÃcio. Além disso, conforme haviam nos dito, o visual era muito belo, um canyon estreito com paredes com centenas de metros. É aqui que temos a verdadeira sensação de um canyon pois, no Grand Canyon propriamente dito, tudo é tão amplo e vasto que a sensação é outra.
Percorrendo trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos "afluentes" do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Percorrendo trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos "afluentes" do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
A Ana seguiu mais lentamente, esquentando os músculos, tirando fotos e se poupando para a longa subida que nos esperava. Eu, ao contrário, me empolguei e, duma caminhada, passei a uma corrida. Correr por aquela trilha naquele canyon estreito e vazio, as primeiras luzes do sol iluminando as paredes mais altas foi, realmente, um momento mágico. Àquela hora, não havia ainda ninguém por ali, exceto o orvalho da manhã. DifÃcil foi tomar a dura decisão de parar e retornar. Algo dentro de mim quer sempre seguir em frente, ir até o final da trilha, qualquer que seja ela. Esses 1000ias e 1000 trilhas que temos passado tem sido um exercÃcio contÃnuo de aprender a parar, respirar fundo e voltar, mesmo com a trilha me chamando a continuar. Que dureza! Enfim, já imaginei o belo desafio que seria, num mesmo dia, descer pela South Kaibab e subir pela North Kaibab. Atravessar todo o Grand Canyon em uma pernada só. Mais um desejo para a minha lista que, dificilmente, terei a chance de tentar. Mas a lista está lá, guardadinha. Crescendo a cada dia e pronta, quem sabe, para ser, hmmm... deixa prá lá.
Encontrando um pequeno cervo no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Despedida de amigos na trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos "afluentes" do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Enfim, corri de volta pela trilha, encontrei a Ana e juntos, voltamos para a barraca. Como bem haviam dito nosso casal amigo de ontem, pelo menos duas noites devem ser passadas lá embaixo. Mas nós tÃnhamos de voltar. Desarmamos a barraca, empacotamos tudo e partimos para a dura subida. Já era quase uma da tarde e estávamos bem atrasados para a trilha, os últimos a partir no dia de hoje.
Vista do acampamento no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
O rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Nos primeiros dois quilômetros, apenas acompanhamos o rio no seu longo caminho para o mar. Finalmente, quando chegamos no canyon lateral conhecido como Bright Angel, aà começa a subida. Como ontem, primeiro vem a subida do canyon interior, depois atravessamos o platô intermediário para, finalmente, enfrentarmos as temÃveis paredes do canyon exterior.
A trilha serpenteia desfiladeiro acima, na subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
A bela luz do fim de tarde bate nas paisagens grandiosas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
De pouquinho em pouquinho fomos subindo, o caminho de hoje num canyon bem mais fechado que o de ontem. Paisagens bem diferentes, igualmente e diferentemente belas. Hoje, por um bom trecho, seguimos ao lado de um córrego, com cachoeiras e pequenas corredeiras. Passamos também por mais acampamentos e pontos de parada intermediários. Isso é bom, pois sempre nos dá um objetivo mais próximo a ser alcançado.
Metade do caminho na subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
A dura subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Apesar da saÃda tardia, o ritmo foi muito bom. Estamos em forma! Fomos subindo pelas encostas do canyon junto com as luzes de um sol que, cada vez mais, se aproximava do horizonte. Cruzamos com pessoas que também desciam atrasadas, elas bem mais longe do seu objetivo do que nós. Ultrapassamos pessoas que saÃram bem antes, mas seguiam mais vagarosamente. Um zeloso pai carregava seu filho em uma mochila de crianças, enquanto a mãe vinha com a filha mais velha, perto de dez anos de idade. IncrÃvel que tenham feito esse caminho. O pobre menino reclamava, chorava de frio ou de tédio. Só parava para ver, curioso, aquelas estranhas pessoas que passavam por ele. Mas logo retornou ao choro, que ecoava pelas paredes do canyon e podiam ser ouvidas por quem estava muitas voltas do ziguezague acima da famÃlia.
Trecho final da subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Já quase no alto, trecho de neve da trilha que sobre o Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Já sem a luz do sol, um pouco antes da noite chegar, alcançamos o trecho de neve e gelo. Realmente, para subir, eles não atrapalham tanto. PoderÃamos devolver nossas correntes antiderrapantes no supermercado e receber o dinheiro de volta. Tivemos ainda tempo para umas últimas fotos e, finalmente, chegamos ao alto do canyon. Felizes, sãos e salvos. Tudo o que desce, sobe! Outro quilômetro e chegávamos a Fiona, mais uma hora (com uma parada no supermercado!) e estávamos no nosso novo hotel, já na cidade de Cameron, no nosso caminho para o Zion National Park, alguns degraus e entrávamos no nosso quarto, o ponto mais alto do dia de hoje. O jantar foi o resto do macarrão de ontem, igualmente delicioso, e os sonhos, os sonhos foram sobre o Grand Canyon, merecidamente considerado uma das sete maravilhas do mundo natural.
Já quase escuro, chegando ao alto do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos
Olá Ana e Rodrigo,não é necessário explicaç~oes nem contagem dos dias ,importa se podem ficar só vcs é que sabem ,e para nós é muito bom ,temos o prazer de ficar acompanhando vcs ,afinal já fazem parte do meu dia quando ligo meu computador,espero ter um livro destas aventuras,um grande abraço
Resposta:
Olá Lurdes
Muito obrigado pelo apoio!
O livro eh um sonho! Vamos ver no final da viagem...
Abs
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