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Adeus, Groelândia

Groelândia, Nuuk, Ilulissat

A bela Catedral Luterana de Nuuk, capital da Groelândia

A bela Catedral Luterana de Nuuk, capital da Groelândia


O dia começou bem cedo hoje e, claro, já estava claro fazia tempo! Nosso voo para Nuuk saía às 7 da manhã, mas pudemos fazer o check-in e despachar as bagagens no próprio hotel! Êta, mordomia boa! Além disso, providenciaram um café da manhã antes do horário para nós. Pão integral da melhor qualidade, queijo camembert e geleia de framboesa. Suco, iogurte e frutas. Viva a influência dinamarquesa, hehehe! Todos os dias, pela manhã, sentia-me um príncipe, ainda mais com a vista do mar gelado à nossa frente. Mal acostumados assim, vamos ficar com saudades!

Suco e pão integral com geleia e queijo camembert, o nosso delicioso café da manhã no hotel de Ilulissat

Suco e pão integral com geleia e queijo camembert, o nosso delicioso café da manhã no hotel de Ilulissat


No aeroporto, ainda tivemos tempo de ler e ver quadros informativos e fotos de satélite sobre a maior geleira do hemisfério norte, justo aqui do lado de ilulissat. As mudanças climáticas das últimas décadas vêm afetando visivelmente a geleira de Jakobshavn (também conhecida como “Geleira de Ilulissat”), que está recuando dezenas de metros anualmente. Mesmo assim, a foto do satélite ainda impressiona, o enorme “Fiorde de Gelo”, com cerca de 80 km de extensão, local onde deságua a Jakobshavn, completamente tomado pelos icebergs da geleira.

Painel com informações sobre o que vem acontecendo com a geleira de Ilulissat, na Groelândia

Painel com informações sobre o que vem acontecendo com a geleira de Ilulissat, na Groelândia


Logo no início do nosso voo, tivemos a chance de ver com os próprios olhos o tal fiorde. A escala da paisagem é impressionante. É muito gelo! Alguns icebergs tem vários quilômetros de extensão e centenas de metros de altura. A impressão que dá é que o mar vai “encher” rapidinho! Felizmente, nos últimos anos a tendência tem desacelerado bastante. Aguardemos todos, ansiosos, os próximos anos...

Foto a[erea da gigantesca geleira de Ilulissat e do Fiorde de Gelo, na Groelândia

Foto a[erea da gigantesca geleira de Ilulissat e do Fiorde de Gelo, na Groelândia


Logo estávamos em Nuuk novamente. Dessa vez, com um clima muito melhor do que quando passamos aqui na vinda. Ótimo, pois tínhamos o dia inteiro para explorações. Passamos logo por uma agência, onde vimos que não havia chance de fazer um passeio de barco para avistamento de baleias. O mesmo problema de sempre: falta de turistas nesse mês entre temporadas. Teríamos de ficar em terra mesmo.

Sobrevoando o Fiorde de Gelo, onde deságua a geleira de Ilulissat, na Groelândia

Sobrevoando o Fiorde de Gelo, onde deságua a geleira de Ilulissat, na Groelândia


Fomos logo para um café quentinho, tomar um chá e acessar a internet. O acesso estava meio prejudicado, então eu aproveitei para ler mais um pouco sobre a história do país. Uma geração após chegarem aqui na Groelândia, os vikings já estavam inquietos novamente. Necessitavam novas explorações! E foi justamente o filho de Erik, o Vermelho (o primeiro a se estabelecer por aqui), que partiu rumo ao oeste. Uma queda de cavalo nas vésperas da viagem impediram que seu famoso pai o acompanhasse. Leif Erikson, seu nome, chegou até o Canadá e daí seguiu a costa para o sul, chegando ao atual Labrador e New Foundland, que chamou de Vinland. No caminho, foi criando entrepostos e pontos de abastecimento. Por três vezes esteve nas novas terras mas, por algum estranho motivo, não seguiu mais ao sul. Imagino que se tivesse ido até a Flórida, teria gostado bastante do clima...

Obra de arte na orla de Nuuk, capital da Groelândia

Obra de arte na orla de Nuuk, capital da Groelândia


Sabe-se muito poucos detalhes dessa aventura, infelizmente. Mas durante as poucas décadas em que estiveram na América continental (aparentemente, eram apenas visitas e não estabelecimentos duradouros), os vikings se relacionaram com os nativos. Alguns foram até parar nas cortes dos países nórdicos. Mas uma perda no afã de explorar, ou uma mudança climática que tornou os mares mais perigosos impediram que essa exploração persistisse. Fica apenas para o campo das hipóteses e das imaginações mais férteis tentar supor como teria sido a história da humanidade se os vikings tivessem se estabelecido na América. Será que falaríamos todos norueguês?

Nuuk, capital da Groelândia, em um dia frio e ensolarado de primavera

Nuuk, capital da Groelândia, em um dia frio e ensolarado de primavera


Bom, o fato é que eles não se estabeleceram na América continental. É a mesma mudança climática que pode explicar isso também começou a dificultar avida deles na própria Groelândia. A comunidade que se expandia, agora lutava por sua própria sobrevivência. O clima já não mais permitia colheitas e nem a criação de animais que eram a base da sua alimentação. O número de habitantes foi minguando. O contato com a terra natal se perdeu. O final da história está contado nos registros da igreja local. Os “norsemans” (vikings convertidos ao cristianismo) fizeram seu último registro na primeira década de 1400. Foi um casamento. Depois disso, nada mais, nem um batismo, nem um óbito. Sumiram do mapa.

Aproveitando a bela tarde de Nuuk, capital da Groelândia, para caminhar pela cidade

Aproveitando a bela tarde de Nuuk, capital da Groelândia, para caminhar pela cidade


Alguns séculos mais tarde, chegaram os dinamarqueses novamente. Vinham em busca de seus antigos parentes. Mas ao chegarem nas comunidades, as encontraram ocupadas pelos Inuits. Daí pensarem que esse povo teria conquistado e eliminado os antigos norsemans. Mas não é isso que contam os registros arqueológicos. Pesquisas nos cemitérios locais indicam que a comunidade aqui simplesmente morreu de fomes e doenças. Os Inuits teriam chegado logo em seguida, migrando do norte da Groelândia, provavelmente fugindo dos rigores do clima mais frio eles também. Mas, melhores adaptados ao frio, dieta baseada em peixes, focas e baleias, conseguiram sobreviver.

Com muito vento, junto à estátua de Hans Egede, fundador de Nuuk, capital da Groelândia, em 1728

Com muito vento, junto à estátua de Hans Egede, fundador de Nuuk, capital da Groelândia, em 1728


Enquanto passeávamos na cidade de Nuuk durante a tarde, não conseguia parar de pensar em como devem ter sido esses últimos anos dos norseman por aqui. Um a um morrendo, e ninguém conseguindo reagir. Deve ter sido dramático. Mas as antigas ruínas dessa última comunidade não estão aqui em Nuuk, mas mais ao sul.

Arte e arquiteura modernas no centro de Nuuk, capital da Groelândia

Arte e arquiteura modernas no centro de Nuuk, capital da Groelândia


Aqui em Nuuk, andamos pelo centro antigo e até a catedral luterana, a construção mais famosa da cidade. Ao lado, no alto de uma colina, a estátua do fundador da cidade, um religioso dinamarquês que veio para cá já nos anos 1700, mais de 300 anos após os norsemans terem desaparecido. O dia estava lindo, mas com muito vento, especialmente no alto da tal colina.

Bonequinhos brancos, conhecido artesanato groelandes em loja de Nuuk, capital da Groelândia

Bonequinhos brancos, conhecido artesanato groelandes em loja de Nuuk, capital da Groelândia


Resolvemos então mudar para um turismo “indoor”. Ficamos impressionados com uma padaria e um supermercado, pela quantidade e variedade de queijos e pães vendidos. É de dar água na boca! Certamente, é uma das vantagens de ser colonizado pela Dinamarca, hehehe!

Balcão bem sortido em padaria de Nuuk, capital da Groelândia

Balcão bem sortido em padaria de Nuuk, capital da Groelândia


Outra coisa que nos chama a atenção é ver todas essas pessoas com cara de esquimó levar uma vida “normal”. Vão a cafés, fazem compras, dirigem carros, levam os filhos nas escolas, caminham nas ruas asfaltadas da cidade, etc... Normalmente, quando pensamos em esquimós, a gente logo imagina um cara com roupa de foca, dentro de um iglu e com um arpão para pescar baleias. É a imagem clichê, que deve até existir (se não, não seria clichê!). Mas aqui em Nuuk, onde mora quase um terço da população do país, as pessoas vivem como nós. Mais agasalhadas, claro! Parece uma coisa óbvia, mas que é engraçado aos olhos ver essas pessoas todas com cara de esquimó andando num shopping, isso é!

Cartaz de filme dinamarquês nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia

Cartaz de filme dinamarquês nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia


E uma das coisas “normais” que eles adoram fazer (como em qualquer cidade do mundo) é ir ao cinema. E nós também! Fomos assistir à estreia dos Vingadores por aqui. Falado em inglês com legendas em dinamarquês. Mas, para quem já viu o filme, sabe que há partes dele que se passam na Rússia e na Índia. Eu e a Ana só olhávamos um para o outro e ríamos quando o filme era falado em russo ou em hindi com legendas em dinamarquês, enquanto nossos cérebros entravam em parafuso. Uma experiência para não mais esquecer...

Tomando um chá quente e se esquentando em um café de Nuuk, capital da Groelândia

Tomando um chá quente e se esquentando em um café de Nuuk, capital da Groelândia


Fomos para o aeroporto para deixar o país, rumo à ilha “tropical” da Islândia (depois da Groelândia, até Islândia parece o Caribe!). O avião levantou voo e eu olhava para baixo já com saudades, mesmo da época que eu não conheci, como quando os vikings aqui chegaram, antes do ano 1000. Influenciado pelo filme, só consigo imaginar um barco cheio de gente parecida com o Thor. Difícil acreditar que um monte de “Thors” morreria de fome e frio, quatro séculos depois...

No aeroporto de Ilulissat, na Groelândia

No aeroporto de Ilulissat, na Groelândia

Groelândia, Nuuk, Ilulissat, história

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Uxmal

México, Uxmal

Chegando à mais famosa construção nas ruínas mayas de Uxmal, o Templo do Adivinho, no Yucatán, sul do México

Chegando à mais famosa construção nas ruínas mayas de Uxmal, o Templo do Adivinho, no Yucatán, sul do México


Uxmal foi uma importante cidade maya do período clássico da civilização, atingindo seu auge por volta do ano 900 da nossa era. Suas ruínas são majestosas e não ficam nada a dever para outras ruínas mais conhecidas, como Chichen-Itza, Palenque ou Tikal (na Guatemala). Com uma grande vantagem: são menos visitadas que essas outras e, portanto, não temos de dividi-las com tantos outros turistas.

O famoso Templo do Adivinho visto por trás, nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

O famoso Templo do Adivinho visto por trás, nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Caminhando nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Caminhando nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Na sua época de ouro, a cidade estabeleceu uma aliança com Chichen-Itza e, juntas, por mais de um século, tiveram a supremacia na parte norte da península. Mas a queda de sua aliada levou Uxmal a uma lenta decadência, até cair frente a invasores toltecas por volta de 1.100, quando novas construções deixaram de ser feitas. Quando os espanhóis chegaram á região, a cidade já tinha bem pouca importância e acabou sendo completamente abandonada na era colonial.

Entrando no Quadrângulo das Monjas', nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Entrando no Quadrângulo das Monjas", nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


O famoso 'deus narigudo' maya, nas ruínas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

O famoso "deus narigudo" maya, nas ruínas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


As ruínas foram “redescobertas” logo após a independência do México e passaram a atrair importantes exploradores, já a partir de 1830. As primeiras fotografias são de 1860, algumas das mais antigas de todo o mundo maya. Foi nessa época também, durante o segundo período monárquico do México, que a cidade foi visitada pela imperatriz Carlota. Antes da chagada da soberana, todos as esculturas e petroglifos com símbolos fálicos (muito comum entre os mayas!)foram retirados das ruínas, para não ofender a pureza real.

Suporte de madeira ajuda a conservar parte das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Suporte de madeira ajuda a conservar parte das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Outra história interessante envolvendo monarcas foi na ocasião da visita da rainha da Inglaterra, em 1975, para a inauguração do show de sons e luzes noturno. Quando a apresentação chegou ao momento de homenagem a Chaac, o deus maya da chuva, uma chuva torrencial caiu sobre o local e dignitários que aí estavam, mesmo que fosse durante o mês de fevereiro, o auge da estação seca.

Caminhando pelo imponente Quadrângulo das Monjas', nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Caminhando pelo imponente Quadrângulo das Monjas", nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Uxmal está a cerca de 80 quilômetros a sudeste de Mérida e foi a nossa primeira parada num dia longo que ainda incluiria uma visita à caverna de Lon-Tun e uma viagem até a cidade de Tulum, já na costa do Caribe, do outro lado da península do Yucatán. E olha que nós não conseguimos começar cedo, ainda terminando de fazer algumas coisas em Mérida.

O 'gol' ou cesta do juego de pelotas nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

O "gol" ou cesta do juego de pelotas nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Mas, enfim, chegamos à antiga cidade-estado maya e, desde o início, já fiquei impressionado. Primeiro, com a magnitude das ruínas e, depois, com o pequeno número de turistas. Logo que entramos na cidade, damos de cara com a construção mais famosa, a chamada Pirâmide do Adivinho. Diferente de todas as outras pirâmides da civilização maya, com suas linhas retas, essa tem linhas ovaladas. Foi justamente dela que tinha visto o comparativo de fotos ontem, no Museu de Mérida. Vê-la agora, ao vivo, foi ainda mais impressionante; E por causa das fotos antigas, pude imaginar também o que viu a Imperatriz Carlota, há 150 anos. Mesmo sem os símbolos fálicos, ela deve ter ficado impressionada...

O Altar do Jaguar nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

O Altar do Jaguar nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Atrás dessa pirâmide está o também incrível “Quadrãngulo das Monjas”. O nome foi dado pelos conquistadores espanhóis por sua semelhança com um convento, pois não existiam monjas ou freiras na civilização maya. É um grande complexo de prédios ao redor de uma praça central, dezenas de câmeras internas para serem exploradas. Só essa construção já nos dá uma boa ideia da enorme população que vivia em Uxmal.

Explorando as ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Explorando as ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Outro importante prédio é o Palácio do Governador, com a maior fachada de qualquer construção pré-hispânica na meso América. É claro que também não faltam os sempre presentes juegos de pelota, outras pirâmides, um altar de um jaguar e um templo decorado com pictografias de tartarugas.

Encontro com brasileira e paranaense nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Encontro com brasileira e paranaense nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Nas nossas andanças e explorações, até encontramos uma curitibana, que hoje mora no Rio Grande do Sul, que conversou bastante tempo com a Ana. Enquanto isso, eu tratei de ir a lugares mais remotos e até inventei uma trilha até o ponto mais alto das ruínas, no topo de uma pirâmide que ainda não foi totalmente restaurada. Visão magnífica de toda a cidade, completamente a sós. Lugar ideal para tentar se comunicar com os antigos donos do lugar. Como não consegui, fui procurar a Ana para ela me ajudar.

Buscando os locais mais isolados das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Buscando os locais mais isolados das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Explorando as ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Explorando as ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Ela estava no alto da “Grande Pirâmide de Uxmal”, essa sim restaurada e frequentada por outros turistas. Levei-a para minha pirâmide, ainda mais alta que a Grande Pirâmide, de onde tiramos nossas fotos e curtimos o visual do enorme vasto cerrado que cerca a cidade e dos prédios mais famosos de Uxmal, todos abaixo de nós.

Nosso lugar secreto, o ponto mais alto das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Nosso lugar secreto, o ponto mais alto das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


A bela vista do nosso lugar secreto, o ponto mais alto das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

A bela vista do nosso lugar secreto, o ponto mais alto das ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México


Depois desse clímax, hora de seguir viagem. Adoramos Uxmal, seus prédios icônicos, o sossego relativo e até a chance de chegar a um lugar onde quase ninguém deve ir. Espetacular! Foram nossas últimas ruínas mayas aqui no Yucatán e não poderíamos ter fechado de melhor maneira: com chave de ouro! Agora, o negócio era acelerar a Fiona para ver se ainda conseguíamos pegar a tal caverna de Lon-Tun aberta...

Passeando nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

Passeando nas ruínas mayas de Uxmal, no Yucatán, sul do México

México, Uxmal, história, mayas, Yucatán

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Chegada em Curitiba

Brasil, Paraná, Curitiba

Cada vez mais linda, a sobrinha Luiza está quase com 1 ano (em Curitiba - PR)

Cada vez mais linda, a sobrinha Luiza está quase com 1 ano (em Curitiba - PR)


Chegamos no finalzinho da tarde em Curitiba, já escurecendo. Falando ao telefone com a Dani, irmã da Ana, descobrimos que era justo o horário de pegar nossa mais nova sobrinha, a Luiza, na sua "escolinha".

Cada vez mais linda, a sobrinha Luiza está quase com 1 ano (em Curitiba - PR)

Cada vez mais linda, a sobrinha Luiza está quase com 1 ano (em Curitiba - PR)


Para quem acompanha o blog faz tempo, sabe que nós retornamos em Curitiba em Julho do ano passado exatamente para dar boas vindas à recém nascida. Depois, em Setembro, quando estivemos aqui para um casamento, pudemos ver a meninona, então "já" com 3 meses de vida. Desde então, só pelo Skype mesmo...

Luiza, vestida de holandesinha, em Curitiba - PR

Luiza, vestida de holandesinha, em Curitiba - PR


Agora, com a pequenininha próxima de completar 1 ano de vida, não pudemos nos conter e fomos logo para a escola. Chegamos lá quase junto com a Dani e passamos as próximas horas juntos, primeiro na casa dela e, mais tarde, na casa da avó coruja, onde vamos ficar hospedados até resolvermos nossos problemas burocráticos (emissão de novo passaporte, visto para o Canadá, seguros de viagem internacional, etc...)

Luiza, com a mamãe, em Curitiba - PR

Luiza, com a mamãe, em Curitiba - PR


Ao longo da semana vamos dando informações sobre o andamento das coisas. Nossa idéia é partir o quanto antes, mas a emissão do passaporte demora uma semana, então o mínimo que ficaremos é uns 10 dias... Enquanto isso, vamos aproveitando os amigos, familiares e, claro , a fofíssima Luiza!

Luiza, com a mamãe e a tia coruja, em Curitiba - PR

Luiza, com a mamãe e a tia coruja, em Curitiba - PR

Brasil, Paraná, Curitiba,

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Canyons, Dunas e a Badwater

Estados Unidos, Califórnia, Death Valley

Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Acordamos meio quebrados hoje, da noite mal dormida na Fiona. Além do desconforto de não se estar numa cama, passamos frio. Tudo pela preguiça de não termos armado a barraca ontem e de nem termos pego os sleepings na parte de trás do carro. No deserto, a noite é fria e esta noite aprendemos isso na prática. Nem que seja no deserto mais quente das américas...

A caminho do Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

A caminho do Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Mas bastou acordarmos, ficarmos alguns minutos no sol e admirarmos aquela beleza cinematográfica que nos rodeava que já ficamos novinhos em folha! Não demorou muito e já estávamos prontos para o longo dia de explorações que nos esperava. A vantagem de termos dormido na Fiona foi que não tivermos de arrumar quase nada para podermos botar o pé na estrada novamente!

Caminhando através do incrível Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Caminhando através do incrível Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


O Death Valley é um enorme e extenso vale com mais de 100 km de comprimento e quase vinte de largura, nas suas partes mais largas. Nas suas laterais, duas cadeias de montanhas que estão se afastando, criando essa enorme falha geológica que é o vale. Conforme se afastam, mais profundo tende a ficar o Death Valley mas, ao mesmo tempo, as forças da erosão (vento e chuva) tendem a trazer o material do alto das montanhas para o fundo do vale. Essas forças contrárias se contrabalançam ao longo do tempo, placas tectônicas levantando e afastando as montanhas, chuvas erodindo as mesmas montanhas. Até hoje, o resultado dessa “gangorra” foi, além das paisagens magníficas aqui criadas e do clima infernalmente quente no verão, o ponto mais baixo das Américas, a 86 metros abaixo do nível do mar.

Mosaic Cannyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Mosaic Cannyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Pois é, um futuro inexorável aguarda o Vale da Morte. As cadeias de montanhas continuarão a se afastar. Eventualmente, todo o oeste da Califórnia vai se separar do continente, formando uma nova ilha. E o Mar de Cortez vai se encontrar com o Death Valley, numa espetacular e titânica invasão das águas, uma espécie de dilúvio bíblico do futuro.

Escalando uma parede no Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Escalando uma parede no Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Enquanto isso não acontece, nós saímos a explorar a região e ver de perto os efeitos dessas enormes forças que agem por aqui. A primeira atração para onde fomos foi o Mosaic Canyon. Deixamos a área de camping que fica na faixa central do vale e rumamos para a encosta ocidental do vale. Chegando às montanhas, já estamos bem longe e bem mais altos que o centro do vale, apesar de que, numa área gigantesca como essa, a gente perca completamente a noção de distância. Lá do alto, o pequeno hotel, o restaurante, a loja e as vans e traillers estacionados ficam completamente minúsculos no meio daquela vastidão. Quem fica bem pequeno também é o campo de dunas Mesquite Dunes, onde estivemos ontem de noite e voltamos hoje. Pareciam uns míseros montinhos de areia perto das enormes montanhas do outro lado do vale.

A bela vista do alto do Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

A bela vista do alto do Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Ali na encosta ocidental, vários canyons se formaram depois de dezenas de milhares de anos de ação da chuva. Quase não chove no Death Valley, pois as montanhas bloqueiam a umidade do lado de lá, mas quando as poucas nuvens que passam chegam aqui, é um grande aguaceiro que logo forma torrentes de água. Elas aproveitam os antigos caminhos cavados em outras épocas, quando a região era mais úmida, e os alargam, trazendo pedras e deixando detritos em seu caminho. Essas verdadeiras avenidas cavadas no meio da rocha hoje podem ser percorridas a pé.

O belíssimo Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

O belíssimo Mosaic Canyon, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Nós percorremos todo o canyon, passando por um incrível cenário de Indiana Jones, as vezes com as paredes quase se encostando, outras num espaço bem amplo. As cores são avermelhadas ou amareladas, em infinitos tons e camadas de diversas eras geológicas. O canyon termina numa parede que já foi uma antiga cachoeira. Aí se pode subir nas encostas ao lado e ter mais uma bela vista do vale que ficou lá para trás.

Mesquite Dunes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Mesquite Dunes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Crianças se divertem em duna nas Mesquite Dunes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Crianças se divertem em duna nas Mesquite Dunes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Voltamos para a Fiona atravessando o canyon novamente, dessa vez com mais luz do sol, o que muda completamente as cores. Descemos de carro para as Mesquite Dunes e fomos caminhar por elas novamente, dessa vez com a luz do sol. O cenário de deserto africano só era quebrado pela presença dos outros turistas, a maioria deles crianças e adolescentes.

Caminhando nas Mesquite Dunes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Caminhando nas Mesquite Dunes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Dessa vez, fomos até a mais alta das dunas. E carregamos duas cervejas geladinhas para tomar lá encima, para surpresa dos outros presentes. Novamente, o cenário africano em pleno coração da América é bem “inusitado”. Nossas últimas dunas tinham sido no Peru e já estávamos com saudades! Por isso lá ficamos por mais de uma hora, caminhando pelas crestas, correndo pelas ladeiras e, enfim, aproveitando o visual.

A Fiona bate seu recorde de altitude negativa na Badwater Basin, ponto mais baixo das américas, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

A Fiona bate seu recorde de altitude negativa na Badwater Basin, ponto mais baixo das américas, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Enfim, era hora de seguirmos em frente. Em frente e para baixo! Já estávamos ao nível do mar e, seguindo para o sul do vale, começamos a dirigir em altitudes negativas. Experiência nova para a Fiona e para a Ana!

Badwater Basin, a - 86 m de altitude, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Badwater Basin, a - 86 m de altitude, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


E assim fomos seguindo, passando por Furnace Creek, onde vamos dormir hoje, passando por mais encostas e canyons coloridos até chegar em Badwater Basin, o ponto mais baixo das Américas. O nome vem de quando chegaram aqui os primeiros exploradores europeus, montados em seus cavalos sedentos. Ao ver a água que se acumula lá embaixo, os cavalos se animaram! Apenas para descobrir que ela é muito salgada e imprestável para o consumo.

Ponto mais baixo das américas, a Badwater Basin, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Ponto mais baixo das américas, a Badwater Basin, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Junto com os outros turistas, lá fomos nós caminhar sobre o porão do continente. Lá encima, na encosta ao nosso lado, 85 metros sobre nossas cabeças, um letreiro marca a altura do oceano. Imaginar uma lâmina de água de quase 100 metros sobre nossas cabeças é meio claustrofóbico...

Muito sal na Badwater Basin, a - 86 m de altitude,  no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Muito sal na Badwater Basin, a - 86 m de altitude, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Lá embaixo, o piso é todo de sal, o resíduo deixado para trás por um antigo lago alimentado por rios que traziam esse mineral das rochas das encostas. A água evaporou e o sal ficou por ali. Durante a última era glacial, há uns 12 mil anos, as geleiras chegavam até aqui e o fluxo constante de água que nascia sobre os enormes blocos de gelo alimentavam um gigantesco lago que preenchia todo o vale. As encostas das montanhas deveriam sustentar uma rica vegetação que não tinha problemas em encontrar água. Tempos idos e passados que hoje só podem ser imaginados. Assim como os tempos futuros, quando o oceano efetivamente chegar até aqui, criando praias e um novo ecossistema. Mas hoje, que é o que podemos realmente ver, lá está uma enorme planície de sal, uma paisagem pitoresca que pode nos parecer eterna, mas que em tempos geológicos, sobrevive apenas por um piscar de olhos.

A 'Natural Bridge', ou Ponte Natural, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

A "Natural Bridge", ou Ponte Natural, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Caminhando pelo sal e ouvindo todas as línguas possíveis (muitos franceses e japoneses por aqui!), comentei com a Ana que só faltava o português. Pois não é que, 15 minutos mais tarde, alguém se aproximou de nós e pediu em alto e bom português que tirássemos uma foto para ele! ?! E olha que o cara não era brasileiro não, mas um legítimo americano. Morou muitos anos em Curitiba há algumas décadas e fala a nossa língua sem sotaque! Tiramos a foto para ele e aproveitamos para tirar uma nossa também!

Com cuidado e esforço, é possível escalar a Natural Bridge, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Com cuidado e esforço, é possível escalar a Natural Bridge, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Já no fim de tarde, voltando da Badwater Basin, ainda fomos visitar um outro canyon, dessa vez na encosta oriental do vale. A grande atração é uma enorme ponte natural, fruto de milhares de anos da água cavando um túnel através de uma parede. Um incrível monumento natural para admirado, fotografado e até escalado, com o devido cuidado. O terreno é bem instável e escorregadio, mas a vontade de uma boa foto supera o medo de uma escorregada perigosa.

Magnífica vista da Badwater Basin, ponto mais baixo do continente, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Magnífica vista da Badwater Basin, ponto mais baixo do continente, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Da mesma maneira que tivemos uma bela visão das dunas lá do Mosaic Canyon, aqui pudemos admirar foi a planície branca de sal da Badwater Basin lá embaixo. O cenário tem uma grandiosidade de tirar a respiração. A luz do fim de tarde ainda consegue fazer tudo mais bonito. Que privilégio estar ali, àquela hora!

O luz do fim de tarde faz as cores do deserto ficarem ainda mais marcantes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

O luz do fim de tarde faz as cores do deserto ficarem ainda mais marcantes, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Ainda tivemos tempo para uma última atração, no nosso caminho de volta para Furnace Creek. Passamos por uma região da encosta conhecida como “Paleta do Artista”. O nome vem da quantidade de cores que se encontra nas encostas, minerais oriundos de antigas formações vulcânicas. Além dos já tradicionais tons de vermelho e amarelo, aqui também se encontra o verde! Parece até que foi pintado! E foi, pela natureza, que resolveu caprichar no seu trabalho, aqui no Death Valley. A gente simplesmente não se cansa de nos impressionar!

Este barranco é completamente verde, na Paleta dos Artistas, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Este barranco é completamente verde, na Paleta dos Artistas, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Chegamos já no escuro no acampamento e seguimos diretamente para o caro hotel, onde não pagamos por um quarto, mas pela piscina e chuveiros (só 5 dólares!). Bom para relaxar do intenso dia e para nos lavar da poeira acumulada por milênios por aqui, mesclada ao nosso suor não tão antigo assim. Depois, uma comida quente já nos minutos finais do restaurante. Por fim, fomos ao local onde dormiríamos. Aí, a Ana teimou comigo e cumpriu sua promessa de armar a barraca, ao lado da Fiona. Eu ainda preferi o desconforto dos bancos do nosso carro, enquanto ela se aboletou na barraca mesmo. Vamos ver quem acorda melhor amanhã...

O sol se põe no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

O sol se põe no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

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A Região das Redwoods e dos Tsunamis

Estados Unidos, Califórnia, Crescent City

Fim de tarde em mirante para ver baleias cinzentas no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Fim de tarde em mirante para ver baleias cinzentas no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


O dia de hoje foi devotado à exploração do Redwood National Park. Na verdade, há mais de um parque por ali, um nacional e diversos estaduais. Áreas protegidas por distintas esferas de governo com o intuito de salvaguardar a rica e emblemática natureza da costa norte da Califórnia. Como o próprio nome sugere, o foco principal do parque são as redwoods, as mais altas árvores do planeta, ultrapassando com folga a marca dos 100 metros de altura. Elas são parentes da sequoias, que crescem em altitudes mais elevadas, são mais “volumosas”, mas não tão altas. Mas nem só de redwoods vive o parque e a região. Assim, vou deixar as árvores e as belíssimas fotos que tiramos para o próximo post e falar aqui das outras atrações.

Chegando novamente ao Oceano Pacífico, em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Chegando novamente ao Oceano Pacífico, em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


A sede administrativa do parque fica na cidade de Crescent City, onde dormimos ontem de noite. Além das árvores, há outra coisa “bem grande” que traz fama à cidade: tsunamis! Aparentemente, o perfil do solo marinho da região é perfeito para essa grandes ondas, quase que como um funil por onde elas ficam ainda maiores e mais destrutivas. Prova disso está no fato que, somente entre 1933 e 2011, doze tsunamis atingiram Crescent City, alguns menores, com ondas de pouco mais de um metro de altura, mas quatro deles com grande poder destrutivo.

Litoral em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Litoral em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


O maior deles, sem dúvida, foi aquele de 27 de Março de 1964, alguma horas depois que o segundo maior terremoto medido da história abalou o Alaska, com uma inacreditável magnitude de 9,2. Como não poderia deixar de ser, o terremoto iniciou o maior tsunami em tempos históricos da costa oeste americana. Pouco mais de quatro horas depois, quatro gigantescas ondas espaçadas por poucos minutos varreram a cidade, causando grande destruição e matando cerca de 15 pessoas. Desde então a cidade se preparou para “conviver” com eles, declarando-se “tsunami-ready”. O grande teste veio em 2011, após o terremoto que abalou o Japão, do outro lado do Pacífico. A cidade foi rapidamente evacuada, mas 35 barcos ancorados no porto não puderam ser salvos. Apenas uma pessoa morreu.

Feliz com o sol e o mar em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Feliz com o sol e o mar em Crescent City, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


Bom, hoje pela manhã, o mar parecia mais calmo do que nunca! Com o sol brilhando, eu e a Ana estávamos felicíssimos de encontrar o mar novamente. Ainda mais estando na Califórnia, até parecia que a água estava mais quente, hehehe. Efeito psicológico, claro! Nós tiramos nossas fotos e iniciamos o longo dia de explorações.

Fim de tarde numa linda praia no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Fim de tarde numa linda praia no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


Os parques nacional e estaduais se estendem ao longo da costa e para o sul nós seguimos, passando por diversos deles, dirigindo por pequenas estradas de terra e parando, aqui e ali, para fazer umas trilhas. Além das matas, ficamos também impressionados com a beleza do litoral. Estivemos em uma praia para assistir ao pôr-do-sol e em um mirante onde, a partir desse mês de novembro, pode-se observar as baleias cinzentas na sua rota do Alaska para a Baja California. Acho que elas estão atrasadas este ano, pois a gente não viu nenhuma. Mas o visual lá de cima estava maravilhoso!

Encontro do rio com o mar no litoral do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Encontro do rio com o mar no litoral do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


Seguimos nossa caminho para o sul, encontrando e reencontrando outras pessoas que faziam o mesmo roteiro. Depois de duas ou três paradas, já estávamos todos amigos, hehehe! A Fiona, como sempre, sendo o maior chamariz, todos interessados naquele carro inexistente nos EUA, com motor a diesel. A Toyota não sabe o que está perdendo por aqui... Ou sabe?

Encontro do rio com o mar no litoral do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Encontro do rio com o mar no litoral do Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


Por falar em amigos, depois de umas tuitadas da Ana ao longo do dia, recebemos uma mensagem de um casal americano que também viaja as américas, o pessoal do http://lostworldexpedition.com/. Tínhamos trocado algumas mensagens há duas semanas e eu jurava que eles estavam no Chile. Pois é, não estavam! O carro deles, sim, mas eles estão aqui na Califórnia, na cidade de Arkata, bem pertinho de onde estávamos. Coincidência tão grande merecia até uma mudança de programação! Assim, resolvemos dormir nessa cidade, que já estava no nosso roteiro, mas que nem pararíamos. Acabamos nos desencontrando de noite, mas de amanhã cedo esse encontro não passa!

Elks machos no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Elks machos no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


Elks machos treinam suas habilidades de luta no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Elks machos treinam suas habilidades de luta no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos


Antes de chegarmos lá, ainda tivemos a chance de ver uma manada de elks, aqueles animais que parecem as renas do Papai Noel. Ao lado da estrada, dois deles brincavam de brigar, seus longos chifres enganchados uns nos outros. Parecia até cena de documentário do Discovery Channel. Paramos e fomos fotografar de perto. Muito legal! Foi só depois disso que vimos a placa dizendo para não nos aproximarmos a pé dos animais, pois eles podem ser perigosos. Acho que estavam tão entretidos entre eles mesmos que não ligaram para aquela loira bonita tirando fotos da brincadeira, hehehe!

Apenas depois de tirar as fotos dos elks, a Ana viu essa placa no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

Apenas depois de tirar as fotos dos elks, a Ana viu essa placa no Redwood National Park, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

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A Caminho da Laguna de Los Tres

Argentina, El Chaltén

Admirando a paisagem da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Admirando a paisagem da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Acordamos hoje para nossa última e maior caminhada na região de El Chaltén, aqui no Parque Nacional Los Glaciares, sul da Argentina. Inclusive, diferentemente das outras duas trilhas que fizemos em que retornávamos à cidade ao final do dia, dessa vez a ideia era dormirmos no próprio parque, acampados. Mas antes de começarmos a caminhar, ainda tínhamos outras coisas para resolver.

Início da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Início da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Admirando a paisagem da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Admirando a paisagem da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Para começar, estávamos saindo da nossa pousada. Quando chegamos à El Chaltén na noite do dia 14, foi um Deus nos acuda para encontrarmos algum lugar para ficar. Nessa época do ano, a cidade é muito concorrida, há muito mais demanda do que oferta. O clima é muito severo por aqui nos outros meses do ano e a grande maioria dos turistas vem mesmo é no verão. Nós, como sempre, não tínhamos reserva. Como viajamos no próprio carro, sem roteiro e datas engessados, nunca sabemos exatamente quando vamos chegar a algum lugar. Quase sempre, isso é uma vantagem. Mas também passamos uns poucos apertos, como quando a cidade em que chegamos está lotada. Foi o caso aqui de El Chaltén, principalmente quando se chega de noite, depois de um dia intenso e algumas centenas de quilômetros de estrada e ainda não se conhece a cidade. Enfim, procura daqui, procura dali, achamos uma pousada bem legal, mas que só tinha lugar até a manhã de hoje.

A bela paisagem da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

A bela paisagem da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


A caminho da Laguna de Los Tres, admirando as montanhas famosas do parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

A caminho da Laguna de Los Tres, admirando as montanhas famosas do parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Na verdade, isso até nos ajudou a definir nossa agenda de caminhadas por aqui, deixando essa para a Laguna de Los Tres em que iríamos dormir no parque por último, encaixada com as noites disponíveis da pousada. Mas além das caminhadas, decidimos também fazer um curso de escalada no gelo em uma das geleiras da região. Ou seja, precisaríamos de mais uma noite por aqui. Com calma e de dia, encontramos um quarto em uma pousada mais simples para a noite de amanhã, quando regressarmos do nosso trekking no parque. Então, nossa primeira atividade do dia foi mudar nossa bagagem de pousada. O quarto ainda não era nosso na manhã de hoje, mas pudemos deixar as mochilas e o carro por lá.

Chegando à Laguna Capri e a caminho da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Chegando à Laguna Capri e a caminho da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Chegando à Laguna Capri e a caminho da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Chegando à Laguna Capri e a caminho da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


A segunda atividade foi justamente fecharmos o tal curso de escalada. Já tínhamos reservado antes, mas faltava pagar e testar os equipamentos que iríamos usar, principalmente as botas da Ana. Eu resolvi fazer o curso com minhas botas mesmo, embora eles não sejam tão rígidas como deveriam ser para uma atividade dessas. Separamos grampões e capacetes para nós, conversamos com alguns guias, marcamos a hora do encontro, enfim, deixamos tudo pronto para a manhã do dia 19. Agora, só faltava combinar com São Pedro para que as condições de tempo fossem favoráveis ou, ao menos, não fossem desfavoráveis.

Com o dia limpo, pode-se ver claramente o Fitz Roy e o Cerro Torre, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Com o dia limpo, pode-se ver claramente o Fitz Roy e o Cerro Torre, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Fitz Roy visto da Laguna Capri, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Fitz Roy visto da Laguna Capri, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


E assim, com tudo acertado, mudamos o foco de nossas cabeças novamente para a caminhada que tínhamos à nossa frente. Ainda não sabíamos como estaria o tempo no dia 19, mas hoje de manhã ele estava absolutamente radiante, muito sol e pouco vento. Perfeito para entrarmos no parque mais uma vez e também para vermos e fotografarmos as montanhas maravilhosas no horizonte.

As principais trilhas feitas a partir de El Chaltén, ao lado do Parque Nacional Los Glaciares, na Argentina

As principais trilhas feitas a partir de El Chaltén, ao lado do Parque Nacional Los Glaciares, na Argentina


Característica das principais caminhadas feitas a partir de El Chaltén, ao lado do Parque Nacional Los Glaciares, na Argentina

Característica das principais caminhadas feitas a partir de El Chaltén, ao lado do Parque Nacional Los Glaciares, na Argentina


A trilha que faremos esses dois dias no parque é, na verdade, uma junção de 3 diferentes trilhas, formando uma espécie de circuito ou loop. No mapa de trilhas que há neste post é fácil ver o caminho. Saímos de El Chaltén, fomos em direção à Laguna Capri e de lá para Poincenot. Foi aí que armamos nossa barraca, mesmo antes de subirmos até a Laguna de Los Tres. Descemos de volta para dormir e, amanhã cedo, enfrentaremos os 400 metros de desnível novamente para voltarmos à Laguna de Los Tres. Voltamos uma última vez a Poincenot para desarmarmos e guardarmos nossa barraca e pegamos a trilha que passa pelas Lagunas Madre e Hija. Essa trilha termina no caminho que leva à Laguna Torre, onde estivemos no dia 16. Finalmente, já com caminho conhecido, regressamos à El Chaltén. Total da brincadeira: uns 35 quilômetros.

Cada vez mais pertos do Fitz Roy, Cerro Torre e Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Cada vez mais pertos do Fitz Roy, Cerro Torre e Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Glaciar Piedras Blancas, visto da Laguna Capri, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Glaciar Piedras Blancas, visto da Laguna Capri, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Bem, começamos a trilha mais tarde do que o normal e por isso, caminhamos praticamente sozinho. Depois do dia nublado que tivemos na caminhada anterior, ver aquele céu azul era um colírio para os olhos. Logo depois de deixarmos a cidade, a trilha começa a subir uma encosta e continua subindo por pouco mais de uma hora. Depois, chegamos em um vale e nele seguimos praticamente no plano, algumas subidas e descidas aqui e ali. Atravessamos alguns bosques de lenga e temos sempre o majestoso Fitz Roy a nossa frente, uma espécie de referência do quanto estamos evoluindo em nossa caminhada. Não só ele, mas as belas e escarpadas montanhas ao seu lado, todas vão ficando cada vez maiores no horizonte. A cada bosque que saímos, lá estão elas, as montanhas, nos dando as boas-vindas. Nunca vou me cansar de repetir: lindas, lindas e lindas!

Encruzilhada importante na trilha da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Encruzilhada importante na trilha da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Pontes improvisadas para cruzar trecho encharcado da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Pontes improvisadas para cruzar trecho encharcado da trilha para a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Pouco depois da metade do caminho até o ponto onde vamos dormir, chegamos à Laguna Capri. Também há um camping nesse local, todos querendo aproveitar a beleza da lagoa e a imagem da cadeia de montanhas refletida em suas águas. Num dia sem vento, seria a foto perfeita. Se ficássemos mais tempo por lá e com esse céu azul como inspiração, talvez eu até tivesse coragem para um rápido mergulho. Mas já era tarde e ainda tínhamos muitos quilômetros pela frente. Então a Laguna Capri ficou para trás enquanto o Fitz Roy continuou a crescer no nosso campo de visão.

Cruzando riacho e quase chegando a Poincerot, local de camping da trilha da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Cruzando riacho e quase chegando a Poincerot, local de camping da trilha da Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Pouco antes de chegarmos a Poincenot está a bifurcação da trilha que faz a ligação com as Lagunas Madre e Hija e o caminho para a Laguna Torre. É o sentido que tomaremos amanhã de tarde. Mas hoje, seguimos para o acampamento, atravessando um terreno alagado onde pequenas pontes de madeira nos ajudavam a cruzar os trechos mais encharcados. Por fim, dentro de um aprazível bosque de lengas, o acampamento Poincenot, onde armamos nossa barraca. É aqui que também ficam todos os alpinistas profissionais que vem ao parque para tentar subir o Fitz Roy ou algum outro pico que faz parte da mesma formação, como o Mermoz ou o Guillaumet. São todas montanhas completamente além das habilidades de simples mortais como nós! Só nos resta admirá-las aqui de baixo, torres de pedra que parecem desafiar a gravidade e tentar chegar aos céus.

Mata de Poincerot, local de camping para quem segue até a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Mata de Poincerot, local de camping para quem segue até a Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Nossa barraca armada no camping de Poincerot, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Nossa barraca armada no camping de Poincerot, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Barraca armada e um tempinho para recuperar o fôlego, partimos para os três quilômetros finais, agora com muito menos peso. Ainda bem, pois esse é o pedaço mais duro dessa trilha. Subimos uma verdadeira pirambeira e ganhamos cerca de 400 metros de altitude, tudo isso no quilômetro final da trilha. Nessa escadaria montanha acima cruzamos muita gente descendo, pois éramos praticamente os últimos do dia. Foi aqui que, poucos dias atrás, o Helder e a Lilian, os Nerds Viajantes, tiveram de desistir antes de chegar no alto. O famoso vento patagônico apareceu e era tão forte que chegava a derrubar as pessoas. O Helder seguiu o quanto pôde, mas as pessoas que desciam o desaconselhavam a continuar. Por fim, quase lá no alto, uma rajada mais forte fez ele ver que realmente deveria descer.

Lagunas Madre e Hija no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

Lagunas Madre e Hija no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina


Ele tinha contado essa história para nós quando nos encontramos em El Chaltén, dois dias atrás. Então, já estávamos psicologicamente preparados e eu havia decidido que apenas um furacão me faria desistir. Mas não teve nada disso não. Tudo estava calmo e a nossa única dificuldade era mesmo a própria subida, os ziguezagues e degraus que não acabavam mais. Com o fim do dia se aproximando, decidi acelerar e me separar da Ana. Eu queria chegar lá encima ainda com luz para fotografar.

O sol se esconde atrás dos paredões de pedra na Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

O sol se esconde atrás dos paredões de pedra na Laguna de Los Tres, no parque Los Glaciares, região de El Chaltén, no sul da patagonia argentina

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Na Ponte de Pedra

Brasil, Goiás, Cavalcante

Sob a magnífica Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Sob a magnífica Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Saímos mais cedo hoje, preparados para a extensa programação do dia: Ponte de Pedra e Cachoeiras do rio Veredas. Todos à bordo da Fiona, eu, a Ana, o Chico e o Zé Pedrão, o percurso de carro hoje era mais curto que o de ontem e logo já estávamos na trilha.

Começo de dia saudável: banho na cahoeira Renascer, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Começo de dia saudável: banho na cahoeira Renascer, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


A primeira parada foi na Cachoeira Renascer. Qiue maneira mais sadia de começar o dia, com um banho de cachoeira!. Bem rápido, pois tínhamos de subir uma montanha para chegar ao principal objetivo do dia, a Ponte de Pedra.

A Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

A Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


A trilha é bem agradável, inicialmente ao lado de um rio e na sombra de árvores. Depois, subimos uns 200 metros de altura, até chegarmos aos campos de cerrado de altitude. Agora, já estamos, literalmente, no planalto central!

Sob a magnífica Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Sob a magnífica Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Mais um bom pedaço de trilha cortando o planalto, vegetação baixa e florida e visão ampla. Estamos praticamente ao lado do Parque Nacional, que podemos ver o tempo todo, nas montanhas logo ali do lado. Mais uma vez, vem o absurdo na cabeça de não se poder entrar no Parque Nacional aqui no município de Cavalcante. Ele está ali, a nos chamar, mas a burocracia nos proíbe. Bom... fazer o quê? Seguir para a fantástica Ponte de Pedra, oras!

Explorando o estreito canyon atrás da Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Explorando o estreito canyon atrás da Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


O trabalho conjunto da chuva, vento e rio, quiçá ajudados por algum movimento tectônico criou essa maravilha da natureza, uma enorme ponte de pedra natural suspensa sobre um rio de águas limpas e cristalinas. Uma beleza!

Sobre a bela Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Sobre a bela Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Tão incrível como admirar esse fenômeno é nadar sob ele, seja num largo poço de um lado, ou num estreito canyon do outro. Aliás, nadando através deste canyon chegamos num pequeno poço de onde a água do rio despenca numa profunda garganta quase sem fundo, espremida ao lado de uma parede com mais de 100 metros de altura. Visão absolutamente magnífica, altamente impactante, mesmo para alguém que só tem estado em lugares lindos nesses últimos 400 dias. O lugar é de uma grandeza que chegamos a ficar sem ar. Que vontade de virar uma gota d'água e seguir o curso do rio garganta abaixo. Quantos mistérios lá embaixo?

Visual da Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Visual da Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Infelizmente, não pudemos levar nossa Câmera até lá, pois tivemos de nadar um trecho. Essa visão sublime terá de ficar guardada apenas na nossa memória. E na de quem mais chegar a este lugar maravilhoso. Mais tarde, subimos a montanha ao lado da Ponte de Pedra e pudemos fotografar esse pequeno poço e a cachoeira que desaba na garganta, mas tudo de um outro ângulo...

Água despenca em garganta na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Água despenca em garganta na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


O pequeno lago em que ficamos nadando, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

O pequeno lago em que ficamos nadando, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Outra coisa que subimos foi a ponte de pedra. Não podíamos perder esta oportunidade, já que esse tipo de formação tem vida curta, em trmos geológicos. Uns cem mil anos? É, não podemos arrsicar, hehehe.

Admirando a Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Admirando a Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Como disse antes, depois subimos no alto da montanha e, de lá pudemos admirar a paisagem fantástica da planície lá embaixo, dos vales e canyons e da região da Chapada dos Veadeiros, uma das mais belas do país, sem dúvida.

Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Tudo tão belo, a ponte de pedra, o rio, a paisagem, o cerrado, que acabamos desistindo das cachoeiras do rio Veredas para poder passar mais tempo por lá. Até nadamos mais uma vez, no poço sob a ponte. Um visual daquele tem de ser aproveitado! Atpe o último momento, hehehe

Com o Chico, no poço embaixo da Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Com o Chico, no poço embaixo da Ponte de Pedra, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO


Amanhã, voltamos às cachoeiras. Vamos ao Rio Prata, Muita estrada e muita trilha nos esperam. E muitas cachoeiras, claro!

Correndo em trilha na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

Correndo em trilha na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO

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Retorno à Pura Vida

Costa Rica, Arenal

Pássaro se alimenta de banana em terreno de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

Pássaro se alimenta de banana em terreno de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica


No início de Dezembro de 2011 entramos na Costa Rica, vindos do Panamá e a caminho da América do Norte. Foram onze dias intensos pelo país, percorrendo praias, subindo montanhas, conhecendo a capital e nadando em rios azuis. A Costa Rica é, de longe, o país na América Central com a infraestrutura turística mais desenvolvida, o maior número de visitantes e a maior quantidade de atrações já exploradas. Nossos onze dias por aqui foram pouco, só nos dando uma ideia de tudo o que o país pode oferecer. Temos uma segunda chance agora, ver um pouco do que deixamos para trás há mais de dezesseis meses.


Atravessando novamente a Costa Rica, passando pela região de Arenal (B), pelo parque de Manuel Antonio (C) e pela Península de Osa (D)

Infelizmente, nosso tempo não é grande o suficiente para ver tudo o que queríamos e, uma vez mais, vamos ter de escolher entre alguns lugares. Mesmo descontando tudo o que já tínhamos visto da vez anterior, teremos de deixar algo para trás. Motivos para voltar algum dia, hehehe.

Em praia do lago Nicarágua, prontos para seguirmos à Costa Rica, a alemã Tanya na carona

Em praia do lago Nicarágua, prontos para seguirmos à Costa Rica, a alemã Tanya na carona


Nosso roteiro dessa vez começa com a laguna e o Parque Nacional de Arenal, onde está o vulcão mais ativo do país. Depois, vamos conhecer algumas das praias consideradas as mais belas da Costa Rica, no Parque Nacional Manuel Antonio, na costa do Pacífico. Por fim, vamos passar uns dias na famosa Península de Osa, um dos melhores lugares do continente para se observar a vida selvagem. Na vinda, quase passamos nela e a Ana até brigou comigo por não termos parado por lá. Desde então, virou um ponto obrigatório na nossa volta. Fazendo esse roteiro, vamos deixar de lado a costa caribenha do país. Devido à geografia do Costa Rica, para ir até lá depois da Península de Osa, só fazendo uma enorme volta, retornando até San Juan para pegar a estrada até o litoral do lado de lá. Infelizmente, não temos esse tempo. Por toda a América Central, a costa caribenha é de acesso bem mais complicado que a costa do Pacífico. Por razões históricas, aquela região se desenvolveu menos, longe dos centros políticos de seus respectivos países. As exceções são Belize (claro!) e Panamá, aonde vamos sim até o lado do Caribe, para conhecer Bocas del Toro.

Caravana de carros holandeses na fronteira Nicarágua - Costa Rica

Caravana de carros holandeses na fronteira Nicarágua - Costa Rica


Placa holandesa na fronteira Nicarágua - Costa Rica

Placa holandesa na fronteira Nicarágua - Costa Rica


Ontem, depois de deixarmos nossos amigos do Kiki Around the World em Rivas, embicamos para o sul, rumo à fronteira. Conosco estava a Tanee, uma alemã que mora em San Jose dando aulas na escola alemã da cidade. Ela tinha conhecido a Carol e o Alexis em Ometepe. Por coincidência, quem também os conheceu por lá foram duas outras professoras, uma alemã e outra espanhola, que trabalham na escola alemã de San Salvador, capital salvadorenha. Ficamos todos amigos no hotel de San Juan del Sur e a Tanee veio conosco de carona para a Costa Rica.

Casal holandes na fronteira Nicarágua - Costa Rica

Casal holandes na fronteira Nicarágua - Costa Rica


Uma das poucas lembranças chatas que tínhamos do país era a entrada complicada em sua fronteira, excessivamente burocrática. Pois, dessa vez foi a mesma coisa. Só que a chatice começou antes, para sair da Nicarágua. Chegamos ao posto de fronteira cinco minutos depois de uma verdadeira caravana de vans holandesas, que vem cruzando o continente de sul à norte. São diversos casais na melhor idade viajando da Argentina ao Alaska. Um por um, cada um deles teve de registrar seu carro com a única mulher responsável por isso. Só para escrever os complicados nomes holandeses já era um parto. Uma hora de espera para, finalmente, em 30 segundos, ela dar conta dos nossos papéis, que eram só de saída, ao contrário dos europeus, que estavam entrando no país.

Posto de fumigação na fornteira Nicarágua - Costa Rica

Posto de fumigação na fornteira Nicarágua - Costa Rica


A bela vista do nosso hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

A bela vista do nosso hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica


Enfim, Lei de Murphy total! Depois, já do lado da Costa Rica, foi um tal de ir para lá e para cá atrás dos papéis e burocracias, seguro, alfândega, passaporte, fumigação, cópias de documentos, assinaturas e carimbos. Santa paciência! Quem achou melhor seguir em frente foi a Tanee, com medo de perder o ônibus e só chegar de madrugada na sua casa. Embarcou ali mesmo, na fronteira. Muito simpática, vamos ver se a gente ainda se vê. Ela está indo para Osa em dias parecidos com os nossos. Veremos...

Muitos tipos de pássaros nos jardins de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

Muitos tipos de pássaros nos jardins de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica


Vencida a selva burocrática, todos nós (eu, a Ana e a Fiona) devidamente regularizados no país, seguimos em frente, rumo à laguna de Arenal. O primeiro trecho da viagem foi na estrada principal, a famosa pan-americana, e foi bem tranquilo. Depois, uma pequena estrada secundária até o lago. Pouco antes de chegar lá, ansiosos por assistir o entardecer em suas águas, eis que um acidente com um ônibus em uma ponte estreita fechou o trânsito nos dois sentidos. Outra vez, chegamos cinco minutos atrasados. O Murphy estava mesmo com a macaca! O acidente era bem simples, um amassadinho só, no ônibus e no táxi que teimaram em disputar uma ponte que só dá espaço para um veículo de cada vez. Aí ficaram, esperando a polícia técnica chegar. Eles e a interminável fila de carros dos dois lados da ponte.

Pássaro se alimenta de banana em terreno de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

Pássaro se alimenta de banana em terreno de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica


Finalmente, a polícia chegou, mediu o que deveria medir e a ponte foi liberada. Mas aí, já estava escuro e nada de podermos ver lago, teoricamente tão bonito. A ideia original era chegarmos até a ponta sul dele, já bem perto do parque nacional e do famoso vulcão. Mas o cansaço, a irritação e o bom senso nos fizeram mudar de ideia e achamos um hotel ali na costa norte mesmo, de um alemão há muito radicado por aqui, mas que ainda fala melhor sua antiga língua do que a nova. Foi só o tempo de comermos deliciosas salsichas com batatas e desabarmos na cama.

A bela vista do nosso hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

A bela vista do nosso hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica


Aí dormimos, aí acordamos. Agora sim, descansados e com a ajuda da luz do dia, pudemos admirar e nos encantar com a bela paisagem que nos rodeava. Com um delicioso e sadio café da manhã, pudemos ver o lago lá embaixo e todas as montanhas que o rodeiam. Muito verde e muita vida, principalmente de pássaros. O hotel do alemão é famoso na região por ser frequentado pelas mais variadas espécies aladas, coloridas e cantantes. Vêm eles atrás também do café da manhã, um enorme prato de frutas que lhes é servido religiosamente todas as manhãs. Para nós, foi um espetáculo. Agora sim, sentíamo-nos de volta à “pura vida”, o inteligente mote turístico que o governo costarriquenho criou para o seu país. É isso aí, no meio de todos aqueles pássaros coloridos e daquela natureza exuberante, é impossível negar: “Costa Rica, é pura vida!”.

Muitos tipos de pássaros nos jardins de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

Muitos tipos de pássaros nos jardins de hotel na região da Laguna de Arenal, na Costa Rica

Costa Rica, Arenal,

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Vulcão Osorno, Petrohué e os Lagos

Chile, Puerto Varas

Maravilhado com o cenário formado pelo lago Llanquihue e o vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Maravilhado com o cenário formado pelo lago Llanquihue e o vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Saímos de mala e cuia hoje, de Puerto Varas, no sul do Chile. A ideia era passar todo o dia explorando as atrações ao redor do lago Llanquihue, o segundo maior do país, e ainda seguir para Pucón no fim da tarde. Estamos no coração da chamada “Região dos Lagos”, uma das mais belas aqui do Chile, e o que não falta são atrações para serem vistas, exploradas, fotografadas e admiradas. Lagos, florestas, cachoeiras, vulcões e pequenas cidades, enfim, tem para todo o gosto. Então, tratamos de partir cedo, depois de um delicioso café da manhã no nosso hostel na cidade.

Nossa rota ao redor do lago Llanquihue, no sul do Chile, de Puerto Varas a Frutillar, passando pelo vulcão Osorno, Saltos de Petrohué e Lago de Todos os Santos, na rota para Bariloche, na Argentina

Nossa rota ao redor do lago Llanquihue, no sul do Chile, de Puerto Varas a Frutillar, passando pelo vulcão Osorno, Saltos de Petrohué e Lago de Todos os Santos, na rota para Bariloche, na Argentina


A caminho do vulcão Osorno, toda a grandeza do lago Llanquihue, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

A caminho do vulcão Osorno, toda a grandeza do lago Llanquihue, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Nosso primeiro objetivo é, literalmente, a maior atração turística dessa parte do Chile. Refiro-me ao magnífico vulcão Osorno que, com seus mais de 2.600 metros de altitude, reina soberano às margens do lago Llanquihue. Ontem já tínhamos tido um belo aperitivo dessa incrível montanha, o privilégio de assistir o entardecer pintar o vulcão de cores avermelhadas. Hoje, queríamos chegar mais perto do gigante e é justamente pela manhã que as condições climáticas costumam ser mais firmes nas altas altitudes do vulcão. O dia costuma começar calmo, mas com a tarde chegando, o vento ao redor do cume acelera e nuvens poderiam atrapalhar a visão. Então, foi para lá mesmo que seguimos em primeiro lugar.

Chalés na orla do lago Llanquihue, com vista privilegiada para o vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Chalés na orla do lago Llanquihue, com vista privilegiada para o vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


O magnífico vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

O magnífico vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Na verdade, nós já tínhamos visto o Osorno uma vez nessa viagem. Foi de longe, lá do outro lado da cordilheira, quando passamos pela cidade argentina de El Bolsón. Aí chegamos aos 2.260 metros de altitude do Cerro Piltriquitrón (veja post e fotos aqui) e de lá fotografamos o vulcão Osorno sabendo que, um dia, chegaríamos aqui. Pois é, 33 dias depois, a hora chegou! E, para nossa sorte, num dia lindo de céu azul!

A Ana fotografa o magnífico vulcão Osorno enquanto damos a volta no lago Llanquihue, região de Puerto Varas, no sul do Chile

A Ana fotografa o magnífico vulcão Osorno enquanto damos a volta no lago Llanquihue, região de Puerto Varas, no sul do Chile


O vulcão Osorno se destaca sobre uma linha de nuvens, na orla do lago Llanquihue, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

O vulcão Osorno se destaca sobre uma linha de nuvens, na orla do lago Llanquihue, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Viemos contornando o lago Llanquihue no sentido anti-horário, pela sua costa sul. A estrada está quase sempre na orla do lago e as vistas são lindíssimas, tanto do lago como do vulcão. Muitos hotéis e chalés para turistas estão exatamente ao lado do lago para poder aproveitar esse cenário de cinema. Além disso, diversos mirantes nos permitem parar e fotografar com calma o vulcão. Um espetáculo a cada curva.

O lago Llanquihue e o vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

O lago Llanquihue e o vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


O cume nevado do vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

O cume nevado do vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Por fim, perto da pequena cidade de Enseada, entramos no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, o mais antigo do Chile. Ele foi criado em 1926 justamente para proteger a belíssima natureza dessa região que faz fronteira com a Argentina, seus vulcões, lagos e florestas. Sim, é tudo no plural mesmo, pois há outros vulcões além do Osorno e outros lagos além do Llanquihue, como se vê nas fotos desse post.

Sobre a copa das árvores se destaca o cume nevado do vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Sobre a copa das árvores se destaca o cume nevado do vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


A Fiona nos leva para bem perto do vulcão Osorno, já bem alto nas encostas da montanha, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

A Fiona nos leva para bem perto do vulcão Osorno, já bem alto nas encostas da montanha, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Uma estrada de rípio sai da estrada principal asfaltada que dá a volta no lago e sobe em direção ao vulcão. Em boas condições, ela vai ziguezagueando encosta acima, deixando para trás e para baixo a linha da floresta até atingir uma pequena estação de esqui, chamada La Burbuja. Estamos aproximadamente a 1.200 metros de altitude. A vista para o Llanquihue, lá embaixo, é sublime, assim como é a vista para o cume da montanha, quase 1,5 quilômetros ainda acima de nós. Quanto mais perto do Osorno, mais insignificante nos sentimos!

Alto nas encostas do vulcão Osorno, o belíssimo visual do lago Llanquihue, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Alto nas encostas do vulcão Osorno, o belíssimo visual do lago Llanquihue, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Bem alto nas encostas do vulcão Osorno, na na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Bem alto nas encostas do vulcão Osorno, na na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Desse ponto sai um teleférico de cadeirinhas que sobe mais umas duas centenas de metros, mas ela estava desligada. É daqui também que partem os grupos que sobem até o cume do vulcão. São seis horas de caminhada, entre ida e volta, e é preciso botas com grampões para caminhar no gelo e na neve, além, é claro, de um bom casaco e de cordas de segurança. As escaladas são sempre feitas em grupos com um guia local. Nós chegamos a pensar em fazer essa excursão, mas como vamos subir o Villarrica amanhã, achamos que um cume de vulcão já estava de bom tamanho. O Villarrica, dizem, tem o cume mais impressionante e interessante.

Nuvens de altitude no cume do vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Nuvens de altitude no cume do vulcão Osorno, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Alto nas encostas do vulcão Osorno, já bem próximos da linha de neve, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

Alto nas encostas do vulcão Osorno, já bem próximos da linha de neve, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


A razão disso é simples: o Osorno não tem uma cratera ou caldeira em seu cume. Na verdade, ele é considerado um vulcão bem ativo em tempos históricos, mas já está calmo há quase 150 anos. Sua última erupção foi em 1869, a última das 11 erupções ocorridas desde 1575, quando os espanhóis chegaram por aqui e começaram a fazer anotações. Ocorre que nenhuma dessas erupções foi em seu cume, mas em fissuras laterais, nas encostas da montanha. O cume mesmo, esse já está calmo há milhares de anos e o gelo e a neve escondem qualquer vestígio de cratera. Para quem quiser realmente a sensação de ver um vulcão clássico, com cratera e tudo, o Villarrica é mesmo uma melhor opção. Mas, falando de erupções do Osorno, adivinhem quem estava aqui por perto e testemunhou uma das últimas a ocorrer? Sim, sempre ele, o inglês Charles Darwin! Já perdi a conta de quantos lugares nós estivemos nessa viagem em que o famoso cientista também esteve. Em janeiro de 1835, a bordo do Beagle, que fazia sua 2ª viagem ao continente e estava ancorado em Ancud, na costa norte da Ilha de Chiloé, Darwin presenciou a uma bela erupção lateral do vulcão Osorno. Sujeito de sorte!

Visita aos Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales,  região de Puerto Varas, no sul do Chile

Visita aos Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, região de Puerto Varas, no sul do Chile


Turistas se admiram com a força e a beleza das águas dos Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales,  região de Puerto Varas, no sul do Chile

Turistas se admiram com a força e a beleza das águas dos Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, região de Puerto Varas, no sul do Chile


Canyons cavados pela lava vulcânica do vulcão Osorno e hoje ocupados pelas águas do rio Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales,  região de Puerto Varas, no sul do Chile

Canyons cavados pela lava vulcânica do vulcão Osorno e hoje ocupados pelas águas do rio Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, região de Puerto Varas, no sul do Chile


Bem, nós não quisemos esperar a cadeirinha começar a funcionar e continuamos nosso tour pela região. Descemos a encosta do vulcão e seguimos para os Saltos de Petrohué, quase nos pés do Osorno. O Petrohué é um rio que nasce no Lago de Todos os Santos e que, como o lago, tem uma cor incrível, parecido com uma esmeralda. Em um ponto, ele atravessa um canyon estreito em meio a rocha vulcânica, cavado muito tempo atrás por lava fervente de uma das erupções laterais do Osorno. Aí ele forma saltos e cachoeiras num lindo espetáculo que atrai centenas de turistas. A maioria deles em passeios organizados por agências de turismo, ônibus e mais ônibus que vêm de Puerto Varas e Puerto Montt.

Visita aos Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales,  região de Puerto Varas, no sul do Chile

Visita aos Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, região de Puerto Varas, no sul do Chile


Os Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales,  região de Puerto Varas, no sul do Chile

Os Saltos de Petrohué, no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, região de Puerto Varas, no sul do Chile


Há também aqueles que estão vindo de Bariloche, lá do outro lado dos Andes! Isso mesmo, estamos numa rota turística que une as duas cidades, numa viagem que envolve quatro trechos de ônibus intercalados com três trechos de barco e que demora cerca de 12 horas. Já falei dessa viagem quando estávamos do lado de lá e de como ela é cara, perto de 200 dólares. Melhor viajar pela rota mais longa, porém em tempo bem mais curto, toda de ônibus, e que custa cinco vezes menos. Com o dinheiro e tempo economizados, pode-se pagar por um bom passeio de barco no Lago de Todos os Santos, que é a parte mais bela da viagem entre as duas cidades.

Navegando no Lago de Todos os Santos, vindo de Bariloche, na Argentina, para Puerto Varas, no Chile. Foto de 1992, quando o Rodrigo tinha um pouco mais de cabelo

Navegando no Lago de Todos os Santos, vindo de Bariloche, na Argentina, para Puerto Varas, no Chile. Foto de 1992, quando o Rodrigo tinha um pouco mais de cabelo


Vinte e dois anos depois, reencontro com as águas cor de esmeralda do belíssimo Lago de Todos os Santos, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina

Vinte e dois anos depois, reencontro com as águas cor de esmeralda do belíssimo Lago de Todos os Santos, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina


Falo isso porque fiz exatamente essa rota através dos lagos há 22 anos. Na época, era bem mais barato, embora a alternativa de ônibus já fosse mais em conta. Enfim, hoje, depois dos Saltos de Petrohué, seguimos de Fiona até o Lago de Todos os Santos, onde a estrada acaba. Rever o lago depois de duas décadas foi emocionante. Não é a toa que o ex-presidente americano Theodore Roosevelt, uma dos maiores viajantes de todos os tempos, se encantou por ele e disse que o Todos os Santos era o lago mais belo do mundo. Sua cor nos hipnotiza, assim como as montanhas que o cercam. O vulcão Osorno, o Cerro Tronador, com mais de 3 mil metros de altitude, bem na fronteira dos dois países (também tem uma foto dele no post sobre o Piltriquitrón!) e o peculiar vulcão Pontiagudo.

O vulcão Pontiagudo visto do Lago de Todos os Santos, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

O vulcão Pontiagudo visto do Lago de Todos os Santos, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


A silhueta inconfundível do vulcão Pontiagudo, na região de Puerto Varas, no sul do Chile

A silhueta inconfundível do vulcão Pontiagudo, na região de Puerto Varas, no sul do Chile


Sim, ele tem mesmo esse nome e não é difícil deduzir a razão! Tem 2.400 metros de altitude e chegar ao seu cume é muito mais difícil do que nos outros cumes da região, apesar de não ser tão alto. Os primeiros a chegar lá foram um suíço e um chileno, em 1937, mas o chileno despencou e morreu na descida. De lá para cá, foram menos de 100 aventureiros a atingir a façanha. Um deles, ainda na juventude, o milionário ecologista Douglas Tompkins, quem tento falei ultimamente (post aqui). Enfim, ali da praia do Lago de Todos os Santos, temos uma ótima visão desse vulcão que também já dorme há mais de 150 anos.

Um hotel aos pés do vulcão Osorno, na pequena Petrohué, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina

Um hotel aos pés do vulcão Osorno, na pequena Petrohué, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina


A Ana caminha em praia do Lago de Todos os Santos, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina

A Ana caminha em praia do Lago de Todos os Santos, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina


É possível se hospedar por aí mesmo, belos hotéis na orla do lago Todos os Santos. Ou então, pegar o barco até Peulla, na outra ponta do lago e já quase na fronteira com a Argentina, e se hospedar por lá. A gente, na nossa corrida diária, se satisfez com a vista, as fotografias e o ar respirado por ali. Muito vento nos fez desistir da ideia de um banho no lago (o que eu fiz da outra vez!), mas pelo menos molhamos os pés, só para não deixar passar batido!

Testando as águas geladas do Lago de Todos os Santos, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina

Testando as águas geladas do Lago de Todos os Santos, na rota entre Puerto Varas, no sul do Chile, e Bariloche, na Argentina


Praia lotada do lago Llanquihue em Frutillar, no sul do Chile

Praia lotada do lago Llanquihue em Frutillar, no sul do Chile


Depois, Fiona novamente, para continuarmos nossa volta do Llanquihue. Dessa vez, fomos diretamente para Puerto Octay, vila turística no norte do lago, e de lá para a simpática Frutillar (adoro esse nome!). Aí, nos rendemos à fome, afinal já estávamos no meio da tarde, e encontramos um bom restaurante na frente da praia. Praia lotada, todo mundo querendo aproveitar as águas plácidas do Llanquihue, seja para algum mergulho, seja num passeio de barco. E o vulcão Osorno, exatamente do outro lado do lago, sempre a nos vigiar, sereno. Não conheço o Monte Fuji, no Japão, mas dizem que ele é igualzinho o Osorno. Se for, deve ser muito bonito! Pois foi assim, a observar e ser observado pelo Monte Fuji das Américas, que terminamos nossas explorações dessa região tão linda. Daqui, diretamente para Pucón, também na beira de um lago e também aos pés de um vulcão, ainda hoje. Temos um primo para encontrar e um vulcão para subir. O show não pode parar, já dizia o poeta...

Turistas se divertem nas águas do lago Llanquihue, aos pés do majestoso vulcão Osorno, na pequena Frutillar, no sul do Chile

Turistas se divertem nas águas do lago Llanquihue, aos pés do majestoso vulcão Osorno, na pequena Frutillar, no sul do Chile

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Roteiro no Canadá e Viagem à Quebec

Canadá, Montreal, Quebec

O palácio do Parlamento, em Quebec, no Canadá

O palácio do Parlamento, em Quebec, no Canadá


Hoje foi o dia de, pela primeira vez de verdade, colocar o pé na estrada aqui no Canadá. Por enquanto, só tínhamos dirigido da fronteira até Montreal, um percurso de menos de 50 quilômetros. Nossa viagem era até Ville du Quebec, ou simplesmente Quebec, a histórica cidade que emprestou seu nome à toda a província. Em linha reta, pouco mais de 200 km, mas nós viemos pelo caminho mais longo, tentando conhecer um pouco do interior da província, ver um pouco do país.

Skyline de Montreal, no Canadá

Skyline de Montreal, no Canadá


O Canadá é, me desculpem o chavão, um país de dimensões continentais. Com quase 10 milhões de quilômetros quadrados, deixa o Brasil, os Estados Unidos e a China no chinelo, só perdendo mesmo para a Rússia. Acontece que quase toda a população do país, assim como sua infraestrutura, fica concentrada numa estreita faixa territorial na parte sul, próxima à fronteira com os EUA. Aí estão todas as grandes cidades e regiões metropolitanas. No resto do país, a densidade populacional é ainda menor que a da Amazônia.

Canadá e suas províncias

Canadá e suas províncias


Pois é, e para quem acha que é a Amazônia que é inacessível, não conhece o norte do Canadá. Na Amazônia, pela água, se chega a qualquer lugar. Os rios são verdadeiras autoestradas dentro da mata. Aqui, só de avião mesmo. E é caro, quase proibitivo para simples mortais. Nós queríamos muito dar uma olhada neste norte do país. Mas a Fiona não chega lá, infelizmente. Uma oportunidade surgiu quando viajamos para a Groelândia. Existe uma nova rota de avião para lá, saindo do Canadá e com direito a uma escala em Nunavut, uma das províncias isoladas do norte. Mas iria sair tão caro, mas tão caro, que resolvemos ir pela Islândia mesmo.

A maior estrutura inclinada do mundo, no Estádio Olímpico em Montreal, no Canadá

A maior estrutura inclinada do mundo, no Estádio Olímpico em Montreal, no Canadá


Outra província que pensamos seriamente em visitar foi a Nova Escócia, na costa leste. Dizem ser ainda mais bonita que a Nova Inglaterra. Quando viajamos até o Maine com a Bebel, com mais umas cinco horas de estrada chegaríamos até lá. Mas o bom senso e a falta de tempo falaram mais alto e também esta província ficou para a próxima. Quando? Pois é, para alguma outra viagem, infelizmente…

A enorme esfera da Exposição de 67, em Montreal, no Canadá

A enorme esfera da Exposição de 67, em Montreal, no Canadá


Enfim, depois de tanto adiarmos, finalmente chegamos a este belíssimo país. Teremos a chance de conhecer as principais províncias e cidades aqui do lado leste, numa primeira etapa, e depois o lado oeste, quando estivermos subindo (e depois, descendo!) para o Alaska.

Paisagem bucólica entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá

Paisagem bucólica entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá


Do lado de cá, viajaremos por Quebec e Ontario. Parece pouco, mas não é! Ao contrário de Brasil e Estados Unidos, o Canadá tem poucos estados (apenas dez províncias e três territórios) e cada um deles é maior do que a maioria dos países da Terra. Ontario e Quebeq, por exemplo, têm o tamanho de Pará e Amazonas, respectivamente. Posto de outra maneira, apenas a província de Quebeq tem o dobro do tamanho de todos os países da América Central e Caribe somados!

Muitos lagos entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá

Muitos lagos entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá


No lado oeste, devemos passar por Alberta, Colúmbia Britânica, Yukon e, quem sabe, um pulinho nos Northwest Territories. Se tudo seguir como planejamos, até que vamos ver um pedacinho do país, hehehe! Mas o roteiro do lado oeste ainda não está fechado, não. Quem acabou ficando de fora também do nosso roteiro foram as províncias centrais do país. Por tudo o que pesquisamos, parece ser mais interessante cruzar o continente de leste a oeste pelo lado dos Estados Unidos. Então, depois de Toronto e Niágara, voltamos para o Tio Sam, para só voltar ao Canadá lá em Alberta.


Nosso roteiro planejado no Canadá. Clique aqui para ampliar o mapa e verificar como estamos apenas na ponta sul dos enormes estados de Quebec e Ontario

Aqui no leste do país, já determinamos nosso roteiro. No caminho estão as metrópoles de Montreal, Ottawa e Toronto, a cidade histórica de Quebec, os parques nacionais de Maurice e Mont-Tremblant e a região fronteiriça conhecida como 1000 Islands (com esse nome, tínhamos de ir conferir, né!), além das Cataratas de Niágara, claro!

Paisagem rural entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá

Paisagem rural entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá


Iniciamos hoje, então, essa nossa longa jornada pelo país. Começamos em Montreal mesmo, visitando as áreas do estádio olímpico e da exposição internacional de 67. A primeira possui a maior estrutura inclinada do mundo, bem ao lado do Velódromo que foi transformado em uma gigantesca estufa. A segunda, localizada em uma ilha fluvial em frente à cidade, foi transformada em parque. Fomos lá ver a gigantesca esfera que se vê de quase qualquer parte da cidade e demos de cara com os preparativos de um mega show que ocorreria ainda hoje. Mais uma das infinitas atividades de verão que se espalham por todo o país, atraindo milhares de pessoas.

Plantações floridas entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá

Plantações floridas entre Montreal e Quebeq, ao sul do Rio São Lourenço, no Canadá


Depois, estrada. Logo saímos da veloz autopista que conecta as duas maiores cidades da província para seguirmos pelo interior. Nosso objetivo era conhecer uma região cheia de lagos, ao sul do rio São Lourenço. São diversas pequenas cidades, sempre na beira de lagos que, nessa época do ano, servem para toda sorte de atividades aquáticas. No inverno, ao contrário, congelam completamente. Mas agora, barcos levando banhistas, pescadores e esquiadores passeiam por todos eles. Ao redor dos lagos, campos de golfe, clubes privados e cidades muito bem arrumadas, com pousadas e restaurantes charmosos. Entre os lagos, uma zona rural tomada por plantações e fazendas com aspecto bucólico. Enfim, uma linda região na qual poderíamos viajar por uma semana inteira, com certeza! Por pouco, não passamos a noite em North Hatley, uma dessas cidades. A tentação foi grande, pelo charme e tranquilidade do lugar. Mas, atrasados que estamos na nossa viagem, resolvemos seguir em frente, depois de um passeio pela orla do lago.

A bela e tranquila North Hatley, na orla de um dos lagos ao sul do São Lourenço, entre Montreal e Quebeq, no Canadá

A bela e tranquila North Hatley, na orla de um dos lagos ao sul do São Lourenço, entre Montreal e Quebeq, no Canadá


Daí seguimos para Quebec, onde já chegamos no final do dia. Seguimos diretamente para a cidade murada, (a única ao norte da Cidade do México!), onde queríamos encontrar hotel. Não foi tarefa das mais fáceis, nessa época do ano e em véspera de final de semana. Mas, com a ajuda da dona de um dos hotéis lotados, encontramos um, com uma belíssima vista da cidade baixa.

Entrando na cidade murada de Quebeq, no Canadá

Entrando na cidade murada de Quebeq, no Canadá


O muro que cerca o centro histórico de Quebec, no Canadá

O muro que cerca o centro histórico de Quebec, no Canadá


Foi só o tempo de nos instalarmos e já fomos para a rua, tentar começar a aproveitar essa verdadeira joia que é a cidade. Caminhamos pelo centro histórico da parte alta, tiramos fotos dos prédios iluminados e seguimos para fora dos muros, onde a balada é mais movimentada. Aí encontramos um delicioso e animado bar, com excelente música ao vivo e cerveja bem gelada. Tínhamos de brindar o início de nossa aventura canadense e, mas do que isso, o fato de termos chegado ao coração da América Francesa. Um espetáculo, na beleza, história, cultura e comida! Assunto para o próximo post...

Balada em Quebec, no Canadá

Balada em Quebec, no Canadá

Canadá, Montreal, Quebec, North Hatley

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