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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
O belo mar que circunda San Pedro, na grande bareira de corais de Belize
Ontem foi o dia de deixarmos definitivamente a América do Norte para trás. Foram mais de doze meses entre os gigantes México, EUA e Canadá, além das mais desconhecidas e exóticas Bermudas e Groelândia. Um continente incrível, cheio de contrastes e belezas naturais. Foi inesquecível, mas nada de ficar olhando para trás! Agora, o nosso foco volta a ser a América Central. E estamos começando justamente pelo único país da região que não havíamos passado na nossa “subida”, Belize, uma espécie de América Latina que fala inglês.
Chegando à Belize!
A Fiona já está devidamente segurada em Belize
A passagem pela fronteira foi muito tranquila. Até Agosto do ano passado, brasileiros necessitavam visto para entrar no país, mas felizmente essa exigência (e custo!) caiu. Avisados pelos nossos amigos do 4x1, que passaram por aqui há pouco mais de um mês, evitamos ir atrás dessa burocracia. Eles, que não sabiam disso ainda, pagaram 50 dólares pelo visto e ninguém avisou nada para eles, nem no consulado e nem na fronteira. Para nós, o único gasto foi comprar um seguro obrigatório para a Fiona. Quer dizer, para terceiros. Assim, com ela segurada e nossos passaportes com os devidos stamps (ganhamos uma permanência de 30 dias), estávamos prontos para conhecer mais um país nessa nossa jornada dos 1000dias.
Fomos recebidos de braços abertos em Corozal, a primeira cidade em Belize
Litoral de Corozal, em Belize
Belize se diferencia de seus vizinhos da região por ter sido colonizado pela Inglaterra e não pela Espanha. O país ibérico foi a maior potência mundial durante o séc XVI e aproveitou esse período para ocupar quase todo o continente americano naquele século, incluindo aí toda a América Central. Mas essa supremacia mundial caiu no século seguinte e a potência decadente foi substituída por Inglaterra e França no comando dos mares. Mas esses países chegaram atrasados na partilha do continente americano. Restou a eles tomar da Espanha as pequenas ilhas do caribe, assim como a Jamaica e parte de Hispaniola (o Haiti). No continente propriamente dito, pelo menos informalmente, ingleses começaram a ocupar a costa leste da América Central.
Mapa de Belize, espremido por terra entre México e Guatemala e pela 2a maior barreita de corais do mundo, pelo mar. O Blue Hole fica no Lighthouse Reef
Quem começou esse “trabalho” foram os piratas e corsários. Do litoral da Costa Rica à costa de Belize, eram esses bandidos de alto mar que dominavam o pedaço. Mas, por pressão espanhola, os ingleses resolveram ordenar a situação, reconhecendo a soberania espanhola mas, ao mesmo tempo, de maneira informal, continuando a explorar economicamente a região. Diversos tratados se seguiram e, de uma forma geral, a Inglaterra acabou por reconhecer que aqueles eram territórios espanhóis. Mas até hoje, na costa caribenha da América Central, a língua inglesa é mais popular que a espanhola, seja na Costa Rica, na Nicarágua ou em Honduras.
Arquitetura britânica em Corozal, no norte de Belize
Belize foi uma exceção. Aqui, para alívio dos colonizadores ingleses, ex-piratas que agora trabalhavam na indústria madeireira, a Inglaterra resolveu “formalizar” o seu controle e derrotou a armada espanhola no início do séc XVIII, assumindo Belize como sua colônia, com o nome de Honduras Britânica. O rancor espanhol com a situação foi herdado por suas antigas colônias e desde o séc XIX que México, Guatemala e Honduras reclamam sua soberania sobre a região. Mas a Inglaterra permaneceu no controle da sua “British Honduras” até 81, quando o país ganhou sua independência com o nome de Belize e, depois disso, continuou a fornecer segurança internacional para o novo país, evitando qualquer aventura bélica dos apetitosos vizinhos. Atualmente, a situação se estabilizou e, aparentemente, todas as fronteiras foram reconhecidas. De qualquer maneira, as forças da rainha continuam por perto...
O famoso Blue Hole, em Belize, fica bem mais impressionante quando é visto de cima, como nessa foto da internet
A língua inglesa é falada por todo o país, mas Belize é completamente multilíngue. Perto das fronteiras terrestres, o espanhol é muito popular. No interior, os dialetos Kek-chi e mo-pan, dos mayas, são a primeira língua. Pelo país inteiro, se fala o creolle, mescla de francês, inglês, dialetos africanos e indígenas (uma misturança só!) e, em algumas poucas cidades do litoral sul, a língua garifuna é que é a corrente. Garifuna é a língua falada por um povo com esse mesmo nome, descendente direto de uma mistura de negros e índios Carib, vindos da ilha de San Vincent e que se espalharam do litoral de Honduras à Belize. Tem uma história interessantíssima e, certamente, ainda vou falar deles em algum post mais para frente.
O sol nasce na baía de Corozal, em Belize
Em Corozal, com o sol nascendo, passageiros esperam o barco para San Pedro, em Belize
A mais conhecida atração turística do país é o famoso Blue Hole, um antigo cenote hoje localizado em pleno mar, em um atol do lado de fora da grande barreira de corais. Essa é a segunda maior barreira de corais do mundo, atrás apenas da australiana, um local cheio de ilhas paradisíacas e um verdadeiro sonho para mergulhadores de todo o mundo. Mas, evidentemente, as atrações turísticas não se resumem a isso. O país está cheio de impressionantes ruínas mayas, bem longe das multidões que costumam frequentar suas congêneres no México e na Guatemala. A experiência cultural de se poder conviver com a cultura maya atual, assim como com os garifunas também é um grande atrativo.
Nosso barco entre Corozal e San Pedro, já na grande barreira de corais de Belize
Chegando à grande barreira de corais em Belize
Nós resolvemos ir diretamente à cereja do bolo, para depois explorar as outras atrações. Assim, chegamos à Corozal no final da tarde de ontem e hoje, enquanto o sol nascia, já tomávamos o barco para San Pedro. Essa já é uma ilha que está em plena barreira de corais e dizem ter sido a inspiração da Madonna na sua música Isla Bonita. Mas isso deve ter sido há uns 20 anos... Hoje, o desenvolvimento urbano tomou conta da antiga ilha paradisíaca, vegetação nativa e areia tomadas por asfalto, casas, restaurantes e lojas. Para quem quer bastante agito e muitas festas, pode ser o lugar certo. Mas não para nós. Fomos até lá apenas para mudar de barco e seguir um pouco mais para o sul, para outra cayo chamado Caye Caulker. Parecido com a San Pedro da Madonna de 20 anos atrás. Assim nos disseram e vamos conferir...
San Pedro, lá em plena grande barreira de corais de Belize
Praia em San Pedro, cheia de restaurantes, piers e lojas, em Belize
Olhando no mapa, é fácil perceber que teria sido mais rápido pegar o barco em Belize City, a maior cidade do país, bem mais próxima de Caye Caulker. Mas nos disseram que não seria seguro deixar a Fiona por lá, nos esperando. Parece que a cidade é bem perigosa. Assim, deixamos a Fiona no nosso simpático hotel em Corozal, cujo proprietário é um figuraça e muito amável e partimos rumo à antiga Isla Bonita, de lá para a atual isla Bonita e, de lá, em poucos dias, ao famoso Blue Hole! Já estamos em Belize!!!
En San Pedro, embarcando para Caye Caulker, outra ilha na grande barreira de corais de Belize
A viagem continua maravilhosa!!!!Pouco conhecia sobre Belize e através de vocês pude conhecer melhor.
Abraços
Resposta:
Olá Mabel
Eu também conhecia pouco de Belize antes de chegar aqui. Foram dias de intensas descobertas e rico aprendizado! Adoramos!
Abraços
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