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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Aproveitando a beleza do mar em Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
As primeiras grandes potências coloniais do mundo moderno foram Portugal e Espanha, que dominaram os mares durante boa parte dos séculos XV e XVI. Aproveitando-se de sua supremacia marítima, ocuparam boa parte das Américas, além de entrepostos comerciais na costa africana e no sul da Ásia. Mas as nações ibéricas não souberam aproveitar as riquezas adquiridas em suas novas colônias para manter seu domínio, e já no final do séc XVI perderam a supremacia marítima para as potências emergentes, Holanda, França e Inglaterra.
A bela orla de Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
Aproveitando o sol em praia de Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
A Holanda se manteve como potência por poucas gerações e vem desse período suas colônias em terras americanas, como o atual Suriname e as Antilhas Holandesas. Já França e Inglaterra, essas disputaram pelos próximos dois séculos aquelas terras que não haviam sido ocupadas de maneira decisiva por Portugal e Espanha. O campo de batalha entre as duas nações ia da América do Norte à Índia, passando pelo Caribe. A África, nessa época, ainda escapava da corrida colonialista, aparentemente pela maior força das doenças africanas nos europeus do que vice-versa. Foi preciso a invenção da penicilina para que a África fosse colonizada, já no séc XIX.
Aproveitando o sol em praia de Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
Areia branca, coqueiros e mar azul: estamos perto do paraíso em Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
No Caribe, os espanhóis já haviam ocupado as quatro grandes ilhas, restando as menores para serem divididas entre as novas potências coloniais (se bem que os ingleses acabaram tomando a Jamaica enquanto os franceses tomaram metade de Hispaniola, o Haiti, dos espanhóis). Quanto às pequenas ilhas, essas que estamos viajando agora, viviam trocando de mão entre franceses e ingleses. Guadalupe, por exemplo, foi colonizada por franceses, mas por diversos períodos, esteve na mão dos ingleses.
Crianças se divertem no mar de Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
Como na grande maioria das ilhas caribenhas, foi a cultura da cana-de-açúcar que prosperou por aqui, sempre baseada no regime de plantations (grande propriedades) com muita mão-de-obra escrava, basicamente negros trazidos da África. Em Guadalupe, esses grandes senhores de terra eram colonizadores franceses e seus descendentes. Mas foi exatamente durante os períodos de dominação inglesa que a economia da ilha mais prosperava, já que passava a ter acesso aos ricos mercados da Inglaterra e de sua colônia (ou ex-colônia, dependendo da época), os Estados Unidos.
Visual caribenho em Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
Um desses períodos ocorreu durante a Revolução Francesa. Os senhores de terra em Guadalupe eram monarquistas, inimigos da República. Preferiram se unir aos eternos rivais ingleses que obedecer ao Governo Revolucionário em Paris. Pois Robespierre e companhia enviaram para cá um general que tratou de abolir a escravidão e formar um exército de negros. Expulsou os ingleses e guilhotinou boa parte da antiga aristocracia local. Victor Hugues, seu nome, também incentivava a pirataria, inclusive contra os barcos da mais nova nação e potência emergente, os Estados Unidos. Com isso, trouxe muita riqueza para Guadalupe, mas quase causou uma guerra entre França e Estados Unidos. Foi preciso que Napoleão chegasse ao poder para botar “ordem na casa”, inclusive reinstituindo a escravidão em Guadalupe e mandando Hugues de volta para casa.
A movimentada e charmosa marina de Sainte-François, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
A Inglaterra voltou a ocupar a ilha, que só passou a ser definitivamente francesa com os tratados assinados com o fim das guerras napoleônicas. Desde então, Guadalupe, mais francesa do que nunca, foi mudando de status, de colônia para província para departamento ultramarino, hoje com os mesmo direitos de qualquer departamento francês.
Maluco-beleza nos dá as boas-vindas em francês em praia de Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
E hoje fomos conhecer a parte mais francesa desse departamento, o litoral onde milhares de franceses da Europa vem passar suas férias anualmente. Souberam escolher bem! Praias de areias brancas, águas azul-esverdeadas numa confusão maravilhosa de tons, restaurantes com bons queijos e vinhos.
Começamos caminhando pelas praias de Sainte-Anne mesmo, aquele visual tipicamente caribenho, exatamente como manda o clichê. Foi só mesmo a fome para nos tirar da praia e nos colocar no carro rumo à vizinha Sainte-François, com mais opções de restaurantes construídos ao redor de uma marina repleta de barcos.
Criança se diverte no fim de tarde em Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
No fim de tarde, voltamos para Sainte-Anne, onde fomos recebidos na praia por um maluco-beleza que dedicou uma bela música para a Ana. A gente não entendia o que ele dizia, mas a boa intenção era clara! Até gravamos esse momento inesquecível, reage franco-caribenho da melhor qualidade!
Experimentando o Ti-punch em Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
Foi uma excelente despedida da querida Guadalupe. Amanhã viajamos para Dominica, logo cedo. Deixamos a Europa de volta à América. Mas não por muito tempo: em seguida iremos para Martinica, outro departamento francês que disputa com Guadalupe o título de destino caribenho mais querido dos parisienses.
Banho noturno de piscina em nosso hotel em Sainte-Anne, no litoral sul de Grande Terre, em Guadalupe
Muito bom seu Blog saberia me informar alguma expressão local de Guadalupe ? Desde já agradeço!
Resposta:
Olá Daniela
Tentei puxar pela memória, mas não lembrei de nenhuma expressão só deles. Todo mundo fala francês, e as expressões são aquelas normais que existe na língua mesmo.
Nos bares, por exemplo, sempre perguntavam: "Voulez-vous un ti-punch?
Abs
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