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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Passando por túnel sob as ruínas mayas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Depois da visita à Chichen-Itza na tarde de ontem, seguimos viagem em direção à leste. Nossa ideia era dormir na cidade de Valladolid, um Pueblo Mágico na região central do Yucatán. De lá, hoje, seguiríamos para as ruínas de Cobá para, ao final do dia, chegarmos à Tulum, já na costa caribenha da península.
Nosso percurso cruzando a faixa central do Yucatán, saindo de Mérida, passando por Chichen-Itza, jantando em Valladolid e dormindo em Cobá. No dia seguinte, após uma visita às ruínas da cidade, mais estrada até Tulum, já na costa caribenha da península
Parecia o plano perfeito, mas faltou combinar com os russos. Valladolid é uma cidade colonial, de grande importância histórica para a região. Fundada pela família Montejo (aquela que liderou a conquista do Yucatán) sobre uma antiga cidade maya, inclusive usando as pedras de seus antigos templos para a construção das casas, igrejas e prédios públicos, Valladolid é mais “autêntica” que outros centros, como Mérida ou Cancun. Pelo menos é o que dizia o nosso guia, que a cidade era menos visitada por turistas e, por isso mesmo, menos afetada por influências externas. Bom, pode ter sido assim antes que ela virasse um Pueblo Mágico, em Agosto de 2012. Quando lá chegamos, no finalzinho da tarde de ontem, não encontramos vaga em nenhum hotel, exceto nos mais caros. Todos lotados para o final de semana. Ruas cheias de turistas mexicanos e alguns estrangeiros também.
A praça e a igreja matriz iluminadas em Valladolid, cidade histórica no centro da península do Yucatán, no México
Todos atrás das belezas e charme da cidade colonial e de sua famosa culinária. A cidade sempre foi um forte polo da cultura maya e, durante a Guerra de Castas, no século XIX, foi palco de importantes batalhas, com direito a massacres dos dois lados. Felizmente, essa animosidade entre brancos e indígenas passou e hoje podemos todos nos refestelar tranquilamente em algum de seus restaurantes tradicionais. Foi o que fizemos, jantando deliciosos pratos yucatecos, servidos por moças em trajes típicos e num ambiente bem charmoso. Se não havia vaga nos hotéis, pelo menos no restaurante sim!
Delicioso jantar em Valladolid, cidade histórica no centro da península do Yucatán, no México
Comida típica yucateca em restaurante de Valladolid, cidade histórica no centro da península do Yucatán, no México
A gente não se rendeu aos preços altos dos hotéis mais caros e, estômagos acalmados, resolvemos seguir viagem, no escuro mesmo. Essa é uma das regiões mais seguras do país e a paisagem é praticamente a mesma por todo o interior da península, uma enorme planície coberta por uma vegetação parecida com um cerrado mais viçoso. Enfim, não estaríamos perdendo muita coisa e nem nos arriscando. Assim, seguimos até Cobá, a pequena e pacata vila que se desenvolveu ao lado das ruínas de mesmo nome.
Observando um Juego de Pelota nas ruínas mayas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Foi a melhor coisa que fizemos! Achamos uma pousadinha bem simples, num ambiente quase rural, galos e galinhas caminhando ao nosso redor e cantando pela manhã, hortas e pomares no nosso quintal. Sensação de estar em uma fazenda, mas não uma fazenda qualquer. Uma fazenda no coração do Yucatán! Que legal e que sensação especial! Para complementar, um café da manhã em meio ao ar puro, tranquilidade bucólica e suco de laranja fresquinho!
Um pequeno Juego de Pelotas, com seus aros característicos nas laterias, nas ruínas mayas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Ruínas da antiga cidade maya de Cobá, na península do Yucatán, no México
Depois de toda essa saúde, estávamos prontos para as ruínas de Cobá, ali do lado. A cidade foi uma das mais importantes do mundo maya no final do primeiro milênio, estendendo-se por mais de 80 km quadrados! Foi justamente a ascensão de Chichen-Itza que diminuiu a importância de Cobá como centro regional, o que a fez entrar em lenta decadência. Quando os espanhóis chegaram, estava praticamente abandonada.
Uma das pirâmides nas ruínas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Suas ruínas foram redescobertas em meados do século XIX, mas a dificuldade de acesso ao local a manteve protegida pelo próximo século. Foi só com a construção de Cancun, na década de 70, e o estímulo à novas estradas e desenvolvimento de mais atrações turísticas que abriu a antiga cidade aos olhos dos visitantes. Aos poucos, Cobá passou a fazer parte dos pacotes de viagem de um dia para os frequentadores de Cancun e, mais recentemente, Playa del Carmen. Não tem a força atrativa de Chichen-Itza, mas é uma boa alternativa.
Longe de turistas, encontrando um belo templo na cidade maya de Cobá, na península do Yucatán, no México
No alto de templo maya nas ruínas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Para nós, que dormimos ali do lado, foi fácil chegar antes dos ônibus de turistas que vem de mais longe. Depois das multidões de Chichen-Itza, foi um ótimo respiro. Além disso, há duas outras vantagens: as ruínas estão espalhadas em uma área maior, o que dilui bastante o número de visitantes à nossa vista e muitas das construções não estão restauradas ainda, tornando-as mais reais aos nossos olhos. Não parecem fazer parte de algum cenário de Hollywood ou Las Vegas.
Bicitaxis levam turistas pelas longas alamedas das ruínas mayas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Junto com a Val, caminhando pelas longas alamedas de Cobá, antiga cidade maya na península do Yucatán, no México
As ruínas estão divididas em grupos, separados entre si por alguns quilômetros de alamedas. Boa parte dos turistas se locomove em “bicitaxis” entre eles, mas a caminhada também é muito agradável, sempre na sombra de árvores. Essa foi a nossa opção, continuando com o nosso dia saudável. Há dois grupos mais famosos e, quando nos afastamos deles, podemos estar completamente a sós, nós, as ruínas e os fantasmas que nelas moram. Muito legal! Nesses grupos mais afastados, a vegetação ainda cresce sobre as antigas construções, do mesmo modo que elas permaneceram durante séculos. Pirâmides mais se assemelham a montes de pedra e, aos olhos destreinados, nem se parecem com uma obra humana. É quando temos a real dimensão de todo o trabalho de restauração que foi feito nos outros lugares, remontando pedra sobre pedra que a natureza, tão pacientemente, havia separado.
Em meio a selva, as ruínas de Cobá, na península do Yucatán, no México
Assim é uma antiga pirâmide maya, antes do processo de restauração (Cobá, na península do Yucatán, no México)
Na verdade, visitar esses dois tipos de ruínas, ao natural, com aqui em muitas partes de Cobá, ou as “cinematográficas”, como em Chichen-Itza, são atividades complementares que, quando somadas, nos dão uma visão muito mais ampla do mundo maya, desde o seu auge até sua decadência, sobre como o homem faz para controlar a natureza e sobre como a natureza reconquista o seu espaço. Temos também a visão mistificada da arqueologia, tipo Indiana Jones, que encontra cidades perdidas em perfeitas condições, prontas para serem fotografadas, e a visão mias real e pé no chão, onde as construções mais parecem uma pilha de entulhos sob uma vegetação densa, sendo preciso muita imaginação para vislumbrar o templo que aquilo um dia já foi.
A mais alta das pirâmides em Cobá, que pode ser subida por turistas (na península do Yucatán, no México)
Outro ponto alto, literalmente, das ruínas de Cobá, é a pirâmide conhecida como “La Iglesia”, no grupo Nohoch Mul. Com mais de 40 metros de altura e 120 degraus, é a mais alta estrutura maya de toda a península do Yucatán. Como a península é praticamente plana, a pirâmide é o ponto mais alto num raio de dezenas de quilômetros.
Pela lateral, o Rodrigo ultrapassa vários turistas na subida à mais alta das pirâmides de Cobá, na península do Yucatán, no México
Turistas usam a corda para descer a pirâmide de Cobá, na península do Yucatán, no México
Melhor ainda, ao contrário do que acontece em Chichen-Itza, o acesso à ela está aberto, o que significa que podemos subir até o alto e desfrutar da magnífica vista que se tem lá de cima. É claro que essa é uma das principais atrações da antiga cidade e aí, sempre haverá turistas. Como numa procissão, estão continuamente subindo os estreitos e irregulares degraus. Até uma corda foi colocada lá, para ajudar as pessoas mais cuidadosas, o caminho preferido pela maioria dos que se arriscam a escalada. Com ou sem corda, a vista compensa o esforço, com certeza!
A ampla vista que se tem do alto da mais alta pirâmide da cidade maya de Cobá, na península do Yucatán, no México
A ampla vista que se tem do alto da mais alta pirâmide da cidade maya de Cobá, na península do Yucatán, no México
Felicíssimos de termos visitado Cobá, sua altíssima pirâmide e ruínas solitárias e naturais, seguimos viagem para Tulum. Chega de história, era a hora de aproveitarmos também as belezas naturais desse lugar mágico chamado Yucatán. Chegamos no meio de uma tarde ventosa, o que não nos impediu de caminharmos na praia, sempre impressionados com a cor do mar caribenho, algo que nossos olhos jamais se acostumarão. Matada a vontade de pisar na areia e sentir a água do mar em nossos pés, encontramos um bom lugar para comer, de frente à praia. O melhor lugar para planejarmos nossos próximos dois dias, os últimos com a Val por aqui. No dia 6 ela embarca de Cancun e ainda temos Playa del Carmen e Cozumel pelo caminho. Vamos ver como vamos fazer...
Chegando às belíssimas praias de Tulum, na costa caribenha da península do Yucatán, no México
Muito bom seus comentários fugindo um pouco do locais altamente turisticos e mostrando a opção de realmente conhecer Yucatan
Voces dois sao geniais! Tenho certeza que cada um dos amigos que acompanha essa viagem maravilhosa sente um enorme orgulho, muito prazer e muita honra! Fazemos parte dessa jornada de conhecimento! Parabéns!
Resposta:
Oi Rubens
Que bom que vc está gostando! Nós estamos meio atrasados nos relatos, mas a gente se esforça, hehehe
Então, pode ter certeza que todos vcs viajam conosco nessa jornada sim! Quanto mais escrevemos e fotografamos para dividir a viagem com vcs, mais ela faz sentido para nós! E receber comentários como o seu só nos estimulam a continuar!
Um grande abraço
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