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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Puxando uma sucuri pelo rabo no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Bem cedo, logo após o café da manhã reforçado, já estávamos prontos para sair no caminhão pelos caminhos do Hato El Cedral, nos llanos venezuelanos. Um grande veículo, com a carroceria toda aberta para facilitar a observação da vida animal e com capacidade de levar umas vinte pessoas.
Com nosso guia Vitor, pronto para nosso passeio pelo Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Estrada que corta o Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Mas éramos apenas três. Eu, a Ana e o Vitor, nosso guia e motorista. Ele já trabalha no El Cedral há mais de 30 anos, muito antes que a fazenda começasse também a explorar o turismo. Acompanhou toda a evolução da fazenda, a época dos primeiros turistas, o momento em que a fazenda foi vendida para um consórcio de bancos e a fase de parceria entre o governo e uma empresa local, com participação dos funcionários. No momento em que Chávez nacionalizava os outros hatos, esse aqui já funcionava com a participação governamental. Por isso, teve um destino diferente dos outros e continua funcionando.
A paisagem grandiosa do Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Terrenos alagados no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Na verdade, sua gestão até está servindo de modelo para reabrir os outros. O grupo que está gerindo o El Cedral está em conversações com o estado para passar gerir os outros hatos. Pelo menos no papel, tudo parece estar se organizando e a gente só pode torcer pois, de uma maneira ou de outra, esses hatos devem funcionar, não só para o bem dos que aqui visitam, mas também dos que aqui trabalham.
São milhares de jacarés no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Bem, começamos nosso passeio e não tardou nem um minuto para começarmos a avistar pássaros, mamíferos e répteis. A maior variedade está nos pássaros e são tantas espécies e tantos indivíduos que ficamos até tontos. Vou fazer um post só para eles, depois.
Capivara se refresca no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Quanto aos mamíferos, há veados, tamanduás e até onças, embora essas sejam bem raras por aqui. Mas o que mais se vê, aos milhares, são as capivaras. Na estrada, na sombra das árvores, pastando nos campos e nadando nos rios e lagos. Solitárias, em famílias ou em grandes grupos, completamente à vontade num ecossistema que parece ter sido feita para elas.
Filhotes de capivara no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Uma creche de capivaras no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Interessante também foi ver os filhotes. Ficam organizados numa espécie de “creche”, com dois ou três adultos tomando conta de mais de uma dezena de pequenos. Mesmo na hora de atravessar um rio, estão sempre todos juntos, uma ordem quase militar.
Jacarés e tartarugas convivem pacificamente no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Um veado adulto no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Já os répteis, a supremacia em número fica dividida entre os jacarés, as tartarugas e as iguanas. Interessante foi ver como as pequenas tartarugas convivem bem com os ameaçadores jacarés, muitas vezes tomando sol lado a lado nas bordas de lago. Pelo visto, existe um acordo tácito de não agressão entre eles, hehehe.
Um lagarto cruza a estrada no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Lagarto se esconde em folhagem de árvore no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Pode existir entre eles, mas não entre jacarés e pessoas! Eu não me arriscaria a nadar nem em uma poça por aqui. Literalmente! Vi jacarés de mais de dois metros escondidos em poças d’água que eu julgaria pequenas até mesmo para lagartixas! Para onde quer que se olhe (menos para o alto das árvores, claro!), lá estão eles, nadando ou se esquentando ao sol. Dos mais pequenos a alguns com mais de quatro metros, bem gordos.
Capivara no fim de tarde no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Nosso veículo de observação no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Pela manhã, nosso passeio foi só de caminhão e nós só os vimos de longe, distâncias de 5 a 50 metros. Mas no passeio da tarde, fizemos também uma saída de barco. Aí, eles estavam ali do lado. Felizmente, muito mais interessados nos nacos de carne que o Vitor arremessava para eles do que em nós.
Filmando Mimujer, a obesa jacaré no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Mimujer, uma enorme e obesa jacaré no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
No final do passeio de barco, ele até “pescou” um filhote de jacaré, que no começo resistiu bastante, mas que depois acabou se aquietando. O Vitor o trouxe à bordo e pudemos fazer aquelas fotos clássicas segurando um filhote de jacaré. Mesmo nessa idade, eles já são bem valentes, mas segurando no lugar certo, logo abaixo da garganta, ficam um pouco mais sossegados.
Um grande jacaré no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Jacaré erra o alvo no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Fazer isso com um pequeno é fácil. Difícil seria pegar os maiores. Tem um, na verdade “uma”, que já é bem conhecida do Vitor. Um verdadeiro monstro de gorda. Peixes a capivaras não devem ter vida fácil perto dela. Se chama “Mimujer” e quando a encontramos, estava na siesta da tarde, ignorando a carne que lhe oferecemos. De uma distância segura, fizemos nossas imagens e filmagens. Difícil imaginar um bicho desse saindo correndo atrás de mim, mas pelo sim, pelo não, melhor não arriscar muito...
O Vitor "pesca" um pequeno jacaré para nós no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
A Ana segura um filhote de jacaré no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
De todos esses 1000dias de viagem, e mais outros tantos por aí, inclusive no Pantanal brasileiro, nunca tinha visto tantos bichos na minha vida. Um espetáculo! Desculpe-me o Alaska, a Amazônia, a Costa Rica e outros, mas até agora, o título de “Animal Planet” é aqui dos llanos da Venezuela!
Tartarugas rse reúnem na margem de um lago no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Filhote de veado no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Uma iguana no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
E entre tantos pássaros e jacarés, tartarugas e iguanas, capivaras e veados, o grande momento do dia ficou com um encontro muito especial, com um outro animal: uma enorme sucuri vagando livre pela planície alagada!
Entrando no pântano a procura de uma sucuri, no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Uma enorme sucuri em meio ao terreno pantanoso do Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Desde cedo estávamos de olho nesse animal fabuloso, atormentando o Vitor para encontrar uma. Seus olhos treinados não falharam e, no meio da manhã, lá estava uma, tranquila entre o capim e a água. Já estávamos felizes em vê-la de longe, mas o Vitor propôs que nos aproximássemos. Fomos até o lado dela, mas a cobra não se mexia, ignorando nossa presença ou nosso perigo. Muitas fotos e filmagens, mas queríamos mais...
Com todo cuidado, filmando uma sucuri no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
O Vitor nos mostra como pegar uma sucuri pelo rabo no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Pedi ao Vitor para cutucá-la e ela finalmente se mexeu. Estava indo se esconder no rio, mas o Vitor a agarrou pela cauda e a puxou para terreno aberto. Ela não gostou muito disso, mas quando se virava para enfrentá-lo, o Vitoa a puxava para o lado oposto. Aí, olhou para nós e perguntou, como se fosse a coisa mais normal do mundo: “Querem tentar?”.
A Ana mostra que não tem medo de sucuri no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
A sucuri se afasta de nós no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
“Siiiiimmmm!!!!”. E ele nos ensinou a tática e tratamos de tentar, a valente da Ana primeiro e eu logo depois. Só esse momenro já valeu nossa vinda aos llanos e todos os quilômetros a mais no nosso caminho. Como diz aquele anúncio: “Segurar uma sucuri de 4,5 metros pelo rabo, não tem preço!!!
Capivara solitária parece assistir o entardecer no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Para finalizar o dia e tantas emoções, nada melhor que um relaxante e maravilhoso pôr-do-sol refletindo nas águas prateadas das lagoas e campos alagados. De tão bonito, até uma capivara solitária pareceu ter parado para poder admirar o espetáculo à nossa frente. Foram minutos valiosos e, finalmente, voltamos para a sede da fazenda, ainda imaginando poder assistir a outro show de revoada de pássaros, como o de ontem. Mas, como disse, pássaros é o assunto do próximo post...
O fantástico entardecer no Hato El Cedral, na região dos llanos venezuelanos, perto da cidade de Mantecal
Vocês são doidinhos da silva, né? A cada post tenho mais a certeza disso... rs e a cada dia a saudade aperta mais e mais!
Amamos vocês!
Resposta:
Olá Cunhada linda!
Somos "doidinhos" sim, mas com todo o cuidado!!!
Muitas, muitas, muitas saudades!!!
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