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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Balsa leva veículos através da baía de Guaratuba, no litoral do Paraná
Nós resolvemos passar os últimos dias dos nossos 1000dias na costa paranaense e nas cidades históricas da região. Por isso, ao pegarmos a estrada desde Joinville, em Santa Catarina, não viemos para o Paraná pela rodovia principal, a BR-376, que sobe a serra e segue diretamente para Curitiba. Em seu lugar, optamos pela pequena estrada de Garuva, que permanece na planície litorânea e segue para a cidade de Guaratuba, o maior balneário praiano do Paraná.
Nosso roteiro entre Joinville (SC) e Antonina, passando de balsa pela Baía de Guaratuba, no Paraná
Foto de satélite da Baía de Guaratuba, a segunda maior do Paraná, entre os municípios de Guaratuba e Matinhos. Como ainda não há ponte, o remédio é fazer a travessia de balsa
Depois de tantos dias explorando o maravilhoso litoral catarinense, as cidades praianas do nosso Paraná não são assim, atrativas. Na verdade, boa parte do litoral do estado é ocupado por duas grandes baías. Paranaguá, mais ao norte (a chamada “Baía de Antonina” está dentro da Baía de Paranaguá) e a Baía de Guaratuba, ao sul. As duas baías são lindas, bastante entrecortadas e de natureza exuberante, mas praticamente sem praias. Para quem procura essas extensões de areia, elas se encontram exatamente entre as duas baías, divididas nas cidades de Matinhos e Pontal do Paraná. Na verdade, é tudo praticamente uma praia só, litoral parecido com aquele do Rio Grande do Sul. Essa longa praia é dividida entre os chamados “balneários”, bairros que se desenvolveram em frente à praia.
Chegando a Guaratuba, no litoral do Paraná
Chegando a Guaratuba, no litoral do Paraná
Pescador em praia de Guaratuba, no litoral do Paraná
Vendedor de coco em praia de Guaratuba, no litoral do Paraná
Quem foge á regra é exatamente Guaratuba, localizada ao sul da baía de mesmo nome. Para quem quer chegar aí usando apenas estradas, só se for por Santa Catarina. Exatamente pelo caminho que viemos, a estrada de Garuva. A ligação de Guaratuba com o resto do litoral paranaense (e do estado!) é através de uma balsa que leva os carros sobre as águas da baía. É uma travessia bem agradável e cênica. O problema maior não está na balsa, mas na espera da longa fila que se forma para acessá-la nos meses de verão. Por isso, a construção de uma ponte é uma demanda antiga dos paranaenses, mas nenhum governo foi ainda capaz ou teve vontade política para realizá-la.
Balsa entre Guaratuba e Matinhos, no litoral do Paraná
Balsa entre Guaratuba e Matinhos, no litoral do Paraná
A última balsa da Fiona durante a expedição 1000dias, atravessando a baía de Guaratuba em direção a Matinhos, no litoral do Paraná
Para nós que estamos viajando por aqui fora da temporada, foi tudo muito tranquilo. Passamos rapidamente por Guaratuba e suas praias e fizemos nossos registros fotográficos. Depois, diretamente para a balsa. Uns quinze minutos de espera e já estávamos navegando em direção a Matinhos. A Ana já tinha estado nessa balsa outras vezes, mas para mim foi a primeira vez. Confesso ter ficado impressionado com a beleza da natureza ao redor, as montanhas verdes e inclinadas da Serra do Mar cobertas pela Mata Atlântica delineando o contorno da baía. Pois é, não ficamos impressionados com as praias, mas a beleza natural mais do que compensou!
Um belo pier na baía de Guaratuba, litoral do Paraná
A natureza exuberante da Baía de Guaratuba, no litoral do Paraná
Atravessando, de balsa, a bela Baía de Guaratuba, no litoral do Paraná
Do lado de lá, em Matinhos, já pegamos a estrada rapidamente. Nosso objetivo era chegar a dois tesouros históricos dessa região, as cidades de Morretes e Antonina. Depois dessas cidades, em uns poucos dias, aí sim seguiremos para a joia da rainha dessa parte do litoral brasileiro, a Ilha do Mel. Para quem acha que o litoral paranaense não vale a pena, certamente não conhece esse pedaço de paraíso. Localizada bem na boca da Baía de Paranaguá, não deve nada para as praias mais bonitas do litoral catarinense, paulista, carioca ou nordestino. Tudo bem que minha opinião pode ser meio enviesada, afinal foi lá que escolhemos casar e foi também de onde começamos nossos 1000dias. Enfim, volto a falar de lá quando chegarmos (regressarmos) à ilha em poucos dias. Nesse post, quero mesmo é falar das balsas!
Atravessando, de balsa, a bela Baía de Guaratuba, no litoral do Paraná
Atravessando de balsa a baía de Guaratuba e chegando a Matinhos, no litoral do Paraná
Atravessando de balsa a baía de Guaratuba e chegando a Matinhos, no litoral do Paraná
Pois é, estando tão próximos do final dos 1000dias, tudo é motivo para nos emocionar. Hoje, por exemplo, para cruzar essa bela baía de Guaratuba, pegamos a última balsa dessa nossa jornada pelas Américas. Do Alaska à Patagônia, essas travessias de barco sobre rios, lagos e mares sempre foram momentos marcantes da nossa viagem. Na maioria das vezes, essas balsas eram a única opção que tínhamos para continuar viagem, o único caminho para seguir em frente, a única maneira de se chegar a algum lugar que, sem elas, seriam inatingíveis para quem viaja de e com o carro.
A primeira balsa da Fiona: Cananéia-Ilha Comprida
Atravessando de balsa para Ilha Bela - SP
Fiona apertada entre outros carros no ferry-boat para Salvador - BA
A Fiona aguarda a balsa chegar, em Porto de Pedras - AL
Mas, além de caminho, elas eram um atrativo em si. É um momento para respirarmos, descermos da Fiona e socializarmos com outras pessoas, com outros viajantes. Na maioria das vezes, em meio a um cenário deslumbrante e grandioso, em algum rio amazônico, algum lago chileno ou praia nordestina. Foi assim que passamos pelo Amazonas três vezes, além de outros rios emblemáticos como o Xingu ou o São Francisco. Foi assim que atravessamos fiordes no Alaska e no Chile. Foi assim que navegamos no Titicaca ou no lago Nicarágua.
Atravessando o Velho Chico de balsa, em Penedo - AL
Cruzando o rio Sibaúma numa pequena balsa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN
Nossa travessia de balsa entre Oiapoque, no Brasil e Saint Georges, na Guiana Francesa
Balsa entre Suriname e Guiana, cruzando o rio Correntyne
Estou falando aqui das balsas, os barcos em que a Fiona viajava embarcada também, e não das nossas viagens “solitárias” no mar, como quando fomos à Antártida ou viajamos em Galápagos, ou ainda entre diversas das ilhas caribenhas. Nessas oportunidades, a Fiona nos esperava em algum estacionamento do continente, temporariamente abandonada. Não, estou falando de quando ela também estava no barco, fazia parte da nossa aventura.
Embarcando a Fiona para a travessia do rio Essequibo, na Guiana
De manhã, com as "cortinas" abertas, no barco Manaus-Santarém
Balsa sobre o Rio Xingu, na Transamazônica - PA
Quer dizer, na verdade, houve três ocasiões em que ela viajou de barco sem a nossa companhia. Duas vezes quando cruzamos de Américas, do Sul para a Central e no caminho de volta. Nesses casos, a Fiona embarcava não em uma balsa, mas num verdadeiro navio transatlântico, desses que carregam centenas de contêineres Mesmo que quiséssemos, não éramos admitidos nesse barco. Então, o máximo que podíamos fazer era levá-la até o porto e buscá-la do lado de lá. A outra vez foi na nossa primeira travessia do rio Amazonas, indo de Belém para Macapá. Três dias de viagem contornando a Ilha do Marajó em uma balsa sem cobertura, optamos pelo conforto de voar.
Travessia entre Filadelfia - TO e Carolina - MA
Embarcados no ferry sobre o Rio Magdalena, em Mompós - Colômbia
Finalmente, prontos para embarcar em Cartagena, na Colômbia
Fiona abordando o ferry Che Guevara, à caminho da Isla Ometepe, no lago Nicarágua
Mas todas as outras dezenas de vezes, estávamos os três juntos, sim. A mais longa dessas travessias foi quando viemos do Alaska para a Colúmbia Britânica, no Canadá, pela Inside Passage. Visual grandioso, a gente passando frio e se embasbacando lá no convés e a Fiona protegida no porão do navio. Na outra grande travessia, já foi diferente. Estávamos todos no convés do barco amazônico que nos levou de Manaus a Santarém, entre redes amarradas no convés e a brisa fresca que entrava pela proa.
Fiona e companheiros aguardam para embarcar no ferry-boat entre Mazatlán e La Paz, na Baja California - México
Fiona pronta para a viagem pela Inside Passage, entre Juneau e Sitka, no sudeste do Alaska
Embarcando no ferry de Victoria para Vancouver, na British Columbia, no Canadá
A Fiona é o último carro a conseguir entrar no ferry da Isla Mujeres para Cancún, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Outras passagens também foram memoráveis, como aquelas da Carretera Austral, no Chile, cruzar duas vezes o Estreito de Magalhães no extremo sul do continente, navegar no mais alto lago navegável do mundo entre Peru e Bolívia ou enfrentar os lagos formados pelo rio Magdalena, no interior da Colômbia na terra que inspirou Gabriel Garcia Marques. Como esquecer também as pequenas balsas em praias do Nordeste que mal acomodavam a Fiona sobre elas? Era quase preciso se equilibrar sobre a pequena jangada!
A Fiona e seu companheiro de conteiner na viagem para a Colômbia (no porto de Colón, no Panamá)
Embarcando a Fiona para cruzar o rio Amazonas, em Manaus. Do outro lado está a estrada para Porto Velho
De balsa, cruzando o rio que separa Rondônia do Acre, a caminho de Rio Branco
A Fiona entra na pequena balsa para atravessar o lago Titicaca, entre Copacabana e La Paz, na Bolívia
Enfim... são muitas histórias e momentos marcantes para nós. E hoje, passamos pela nossa última balsa. De agora em diante, pelo menos para a Fiona (nós ainda vamos para a Ilha do Mel!), é só terra firme! Mas eu aproveito a oportunidade para publicar, ao longo desse post, uma coleção de fotos com diversas dessas passagens sobre rios, lagos e baías nesses quatro anos de viagem. As legendas das fotos são as originais e relê-las nos faz viajar pela América novamente, nos relembra do quão longe chegamos e do tanto de coisas que vimos e experimentamos.
A Fiona preparada para fazer a travessia de rio entre Bolívia e Brasil, em Guayaramerin, no lado boliviano
Travessia de balsa sobre o rio Paraguai, na estrada-parque do Pantanal Sul, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul
A Fiona no ferry que nos leva de Punta Arenas à Terra do Fogo, no sul do Chile
A Fiona se aperta na balsa de Puerto Yungay em direção ao final da Carretera Austral, em Villa O'Higgins, no sul do Chile
As fotos estão em ordem cronológica, exceto pelas primeiras, que são as fotos do dia de hoje, quando cruzamos a Baía de Guaratuba. Então, viaje conosco também pelos confins do continente…
Preparando-se para embarcar em balsa para cruzar a Caleta Gonzalo, no parque Pumalín, trecho da Carretera Austral no sul do Chile
Entrando na balsa entre o Farol de Santa Marta e Laguna, no sul de Santa Catarina
Me emocionei! Leio o blog desde o primeiro post, tô enrolando pra ler esse final porque já tô com saudade hahahaha...já tah na hora de ter 1000dias na Europa pra eu ter o que ler aqui rsrsrs
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