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Mabel (22/07)
Que lindo!!!, numa viagem ao Uruguai demos uma "passarinha" não deu para...
Daniel (21/07)
Gostei do post e de rever as propagandas da década de 80 também! Abra...
Ana Christ (20/07)
Rodrigo, mais uma vez estou eu aqui me inspirando em vocês pra viajar pr...
Thais (17/07)
Olá, Ana e Rodrigo! Primeiro gostaria de agradecer muito por todas as di...
Virgilio (17/07)
Linda esta praia, ainda não conheço, um dia vou ter a oportunidade, lin...
Pier avança sobre o lindo mar de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Na madrugada de ontem, ao descer as escadas da casa da Marília e do David, lá estava ele a nos esperar, para despedir-se e também certificar-se que não perderíamos o avião. Bem, não perdemos! Eram seis da manhã quando chegamos ao aeroporto em Castries para devolver o carro e fazer o check-in. Antes das oito decolávamos e vinte minutos mais tarde estávamos pousando em Kingstown, a capital de São Vicente e Granadinas.
Terminal de ferries da capital de São Vicente, no Caribe
Viajando e aprendendo! Descubro agora que foi aqui, em São Vicente, que os índios Caribs mais resistiram à dominação europeia. Pensava que havia sido em Dominica, única ilha do Caribe onde ainda existe uma comunidade desses índios. Também descobri o porquê disso...
Deixando para trás Kingstown, a capital de São Vicente, no Caribe
Conforme os índios Caribs foram sendo exterminados ou expulsos das outras ilhas, eles foram migrando para São Vicente, seu grande bastião aqui no Caribe. Até franceses e ingleses reconheciam isso e, por meio de tratados, definiam a ilha como um local “neutro” na sua eterna luta de supremacia na região. Outro ponto que tornava a ilha especial foi que também negros fugidos e rebelados contra a escravidão buscavam refúgio em São Vicente. Aqui, acabaram por se mesclar com os indígenas, formando um grupo conhecido como “Black Caribs”.
No ferry entre San Vincent e Bequia, uma das Granadinas
No ferry entre San Vincent e Bequia, uma das Granadinas
Bom, como era usual naquela época, os tratados eram desrespeitados e os ingleses ocuparam a ilha, enfrentando uma aguerrida resistência dos Black Caribs. Por fim, já no final do séc. XVIII, os ingleses deportaram à força 5 mil indígenas para a ilha de Roatan, na costa de Honduras. Mais ou menos como Stálin faria quase duzentos anos depois, com diversas populações no Cáucaso, para garantir o controle russo da região. Os Caribs sentiram o golpe e finalmente se submeteram ao controle colonial.
Descansando no ferry entre São Vicente e Bequia, uma das Granadinas
Chegando à ilha de Bequia, em São Vicente e Granadinas
Outra tragédia aguardava a população indígena. No dia 7 de Maio de 1902, um dia antes da grande erupção do Mt. Pelée, na vizinha Martinica, o vulcão Soufriere entrou em erupção por aqui. Cerca de 1.600 pessoas morreram, todos parte da população Carib que vivia aos pés da montanha. É por isso que hoje, a única população remanescente de Caribs está em Dominica.
Muitos veleiros na ilha de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Caminhando para o hotel pela orla de Port Elizabeth, a capital da ilha de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Hoje, a principal atração turística da ilha de São Vicente é exatamente o trekking até o alto do vulcão adormecido. Saindo da capital Kingstown, é um programa entre 5 e 6 horas, contando o deslocamento de carro também. Nós estávamos na dúvida se faríamos ou não, pois estamos com tempo contado para chegar até Granada, de onde voaremos para Barbados no dia 1º. Fazendo as contas, e considerando que queríamos conhecer também as Granadinas, a cadeia de pequenas ilhas que se estende de São Vicente até Granada, vimos que não teríamos tempo, infelizmente. Tivemos de escolher entre as praias paradisíacas e o famoso vulcão e, estando nos nossos últimos dias no Caribe, acabamos optando pela primeira opção.
Praia paradisíaca na ilha de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Desse modo, nossa experiência na ilha de São Vicente, a principal do país, foi tomar um táxi do aeroporto até o porto, seguindo pela estrada cênica. O ferry partiu cinco minutos depois de chegarmos e pudemos admirar a cidade de Kingstown, espremida entre as montanhas e o mar, enquanto nos afastávamos em direção ao sul.
Jogando Bets em praia de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Nosso destino era a ilha de Bequia, a primeira e a mais popular das Granadinas. Só tivemos um certo problema em pronunciar corretamente o seu nome. Por mais pausadamente que eu dissesse o seu nome, ninguém me compreendia. Tive de mostrar por escrito para alguém dizer: “Bek-uei! You wanna go to Bek-uei!”. Okay, então Bequia é “Bek-uei”…
A maré forma pequenas piscinas em praia de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Então, uma hora mais tarde, ainda antes das 10 da manhã, chegamos ao nosso destino: Port Elizabeth, a principal cidade da pequena ilha. Aí, de mochila nas costas (é aqui no Caribe, sem a ajuda da Fiona, que eu me sinto um verdadeiro mochileiro!), fomos caminhando pela calçada na maravilhosa orla da cidade, sob a sombra das árvores e com um verdadeiro aquário ao nosso lado, até encontrar um hotel de preços razoáveis, bem em frente ao mar. A cidade está numa baía que fica sempre repleta da veleiros. Afinal, as Granadinas são o paraíso dos velejadores e Bequia é o portão de entrada desse paraíso.
Caminhando por praia na ilha de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Pelo resto do dia de ontem e por todo o dia de hoje, nossa programação foi aproveitar as duas mais belas praias da ilha, a Princess Margareth e a Low Bay, ambas com areias brancas, cor de creme e águas calmas e cristalinas, cor típica do Caribe. Para chegar até lá, duas maneiras: pela estrada dando a volta num morro, muito sobe e desce e uma meia hora de sol à pino ou simplesmente nadando naquela águas paradisíacas, dando a volta nas pedras...
Trabalhando na varanda do hotel em Port Elizabeth, em Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
No primeiro dia, caminhamos. Depois de muito sol e snorkel com muitos ouriços e o mais incrível polvo que já tive ao meu alcance, decidimos que a Ana voltaria nadando e eu me arriscaria pelas pedras, carregando a mochila. Deu trabalho, mas consegui. Já no dia de hoje, nada de levar mochila, fomos os dois nadando. Muitas horas mais fazendo snorkel no paraíso, sol brilhante sobre nós e um mar cheio de vida logo abaixo. No intervalo, caminhada na areia cremosa e minutos refrescantes sob a sombra de árvores e a brisa que não parava de correr.
Visão de Port Elizabeth, capital da ilha de Bequia, em São Vicente e Granadinas, no sul do Caribe
Amanhã é dia de deixarmos Bequia para trás e continuar no nosso rumo para o sul. Dessa vez, vamos no fast-ferry, passando por outras duas das Granadinas e chegando à Union Island, já no outro extremo do arquipélago. Vai ser de lá que vamos conhecer as estrelas das Granadinas, um pequeno conjunto de ilhotas transformado em parque marítimo conhecido como Tobago Cays
O mapa da ilha de São Vicente e Granadinas. Nós chegamos na ilha principal e seguimos logo para Bequia
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