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Junior (31/10)
Gostei muito da matéria e gostaria de visitar a Serra do Catimbau, poré...
Carlos Araujo (30/10)
Adorei as fotos e os relatos! Eu também tive o privilégio de visitar es...
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Josi (23/10)
Olá Rodrigo !! Eu e meu esposo estamos pensando em conhecer a Guiana Fr...
Josi (23/10)
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A magnífica paisagem na estrada entre Haines Junction, no Canadá e a fronteira com o Alaska
Paramos ontem no final da tarde na cidade de Haines Junction porque tínhamos marcado um encontro ali com nossos amigos viajantes colombianos. Acabamos por nos desencontrar, mas como já estava tarde, ficamos por ali mesmo, mais uma noite no Canadá. Bem, não encontramos os velhos amigos mas, em compensação, fizemos uma nova amiga hoje, pela manhã. A Karrie, uma legítima canadense da etnia Tutchone, interessada na Fiona, veio conversar conosco e a conversa rendeu uma boa meia hora de troca de informações. Nós, sobre a viagem, e ela, sobre a cultura e meio de vida local, principalmente a caça. Confesso que, ao conversar com ela, mudei um pouco meus conceitos. Ela apenas faz o que faziam seu pai, seu avô e uma centena de gerações anteriores. Caçam e aproveitam tudo o que é possível do animal, carne, ossos, pele, chifres, etc... Ela disse que é tudo para consumo próprio e de amigos. Comercializar carne de caça no Canadá é proibido. Um alce grande, com cerca de uma tonelada, chega a durar um ano entre geladeira e churrascos. A única crítica que faço é que o pai e o avô não caçavam com rifles modernos, que tem até mira telescópica. O animal não tem chance alguma contra essa tecnologia moderna. Além disso, com o uso dos veículos, eles chegam rapidamente a pontos onde antes era preciso uma semana de caminhadas para ir e voltar.
Nossa simpática amiga Karrie, da etnia Tutchone, em Haines Junction, no Yukon - Canadá
Enfim, se pensarmos bem, as vacas e galinhas que comemos também não tem nenhuma chance nos matadouros. São criadas para isso, certo. Mas também os alces e cervos daqui estão em reservas de caça onde, pelo menos em teoria, a população é “administrada” para ficar em equilíbrio e não correr o risco de extinção. É, eu nunca mataria ou sairia numa excursão de caça. Aliás, também não mataria uma vaca ou galinha num matadouro. Mas não tenho o menor pudor em me deliciar num churrasco. Aliás, muito pelo contrário... Acho pior mesmo aqueles que viajam para África ou Índia para dar uns tiros em leões, tigres ou elefantes e levar um tapete de troféu para casa. Isso sim, é o fim!
A magnífica paisagem na estrada entre Haines Junction, no Canadá e a fronteira com o Alaska
Bem, seguimos então para o Alaska numa estrada que atravessa paisagens belíssimas! Foi construída pelos americanos na 2ª Guerra mundial, pois tinham medo que os japoneses invadissem Haines. Então, a cidade passou a ser a única além de Skagway, no sudeste do Alaska, a ter acesso rodoviário. A diferença entre elas é que em Skagway chegam cruzeiros o tempo todo e a cidade já é construída para esse tipo de turismo, enquanto Haines retém ainda aquele charme de uma vila autêntica. Por ali, chega apenas um cruzeiro por semana, na temporada.
A magnífica paisagem na estrada entre Haines Junction, no Canadá e a fronteira com o Alaska
Pouco mais de uma hora e chegamos à fronteira. É a terceira vez que deixamos o Canadá e a décima-segunda que entramos nos EUA nesses 1000dias. Os caras da fronteira americana nem aguentam mais nos ver, hehehe. “Ihhh, lá vem aqueles malucos outra vez!”. Das 12 vezes, 5 foram com a Fiona, duas delas naquele folclórico dia que chegamos do México. Uma vez foi a pé, lá em Tijuana, naquele mesmo dia, e outras 6 de avião, duas das quais apenas em escala de voos, mas que temos de passar pela aduana do mesmo jeito. Justiça seja feita, sempre nos trataram muito bem e de forma bastante eficiente.
Nosso primeiro encontro com as majestosas "Bald Eagles", em rio próximo à Haines, no sudeste do Alaska
Outra vez no Alaska e logo nos deparamos com o animal-símbolo da nação americana, a Bald Eagle, aquela águia linda com o corpo negro, mas a cabeça e calda brancas. Essa área e nesta época do ano é o melhor lugar para se avistar esse formoso animal. Eu não tinha ideia de quão bonita ela é, absolutamente majestosa ao voar e ao cantar. São dezenas delas, sempre na beira do rio, aproveitando-se dos salmões que estão subindo o curso d’água em que nasceram. Apesar de termos visto algumas bem de perto, estávamos desprevenidos e sem a máquina fotográfica. Quando a pegamos, já não tivemos tão boas chances. Enfim, ficamos maravilhados com essa ave, mas as melhores fotos vão ter de esperar. Teremos mais dois dias por aqui e tenho certeza que teremos mais uma chance!
Nosso primeiro encontro com as majestosas "Bald Eagles", em rio próximo à Haines, no sudeste do Alaska
Chegamos à Haines e fomos diretamente a um restaurante em frente ao fiorde, uma vista grandiosa. O tempo estava meio chuvoso, e promete continuar assim pelos próximos dias. Mesmo assim, a visão é linda, o fiorde cercado por florestas verdes e montanhas nevadas. No restaurante, a especialidade é o salmão. Aproveitamos para aprender sobre todas as variedades do peixe, cada uma com o seu tempo certo de subir o rio. A temporada, então, dura vários meses, enquanto os peixes vão mudando. Quem faz a festa são os pescadores, as águias e, claro, os ursos!
Cartaz informativo sobre as diferentes espécies de salmão que frequenatm a área de Haines, no sudeste do Alaska
Pois é, queríamos saber dos ursos! Logo nos explicaram que o local certo para encontrá-los era no lago Chilkat, a 12 milhas da cidade. Um pequeno canal liga o lago ao fiorde e por aí passam centenas de salmões. Todo fim de tarde, os ursos se reúnem por ali para banquetear. Enquanto não chegam, são os pescadores, com a técnica do fly fishing, é que ocupam o espaço.
A pequena e simpática Haines, no sudeste do Alaska
Bom, já sabendo o mapa do tesouro, corremos para lá. Lugar maravilhoso, paisagem incrível! Mas chegamos cedo demais. Após umas duas voltas pelo local, voltamos para o centro para achar um hotel e nos instalar. Retornamos no fim da tarde, mas aí já estava escuro demais para fotos. Quer dizer, escuro demais para fotografias claras, mas não para fotografias escuras, hehehe!
Cão enfrenta as águas geladas de praia no fiorde de Haines, no sudeste do Alaska
Pescadores tentam o seu salmão antes do horário dos ursos, no lago Chilkat, próximo à Haines, no sudeste do Alaska
O que importa mesmo é que os ursos estavam por lá! Vários! Grizzlies gordinhos, prontos para a longa soneca de inverno. Vimos muitos do outro lado do rio e a Ana fez milagre para fotografá-los. Depois, apareceu um enorme cruzando a estrada bem a nossa frente. Finalmente, um urso adolescente se refestelando num salmão na nossa margem do rio. Mas foi ficando cada vez mais escuro e mais difícil fotografar. Pior, escuro assim, nem tínhamos mais coragem de ficar do lado de fora da Fiona, principalmente do lado daquele bosque escuro onde eles vivem. Pescadores nos disseram que nunca houve um incidente por aqui, os ursos estão interessados demais nos salmões para se preocuparem conosco. Ok, tudo bem, mas quero pelo menos poder ver se eles estão ali por perto, hehehe!
Ursos começam a aparecer do outro lado do rio Chilkat, próximo à Haines, no sudeste do Alaska
Um enorme urso atravessa a estrada do lago Chilkat, próximo à Haines, no sudeste do Alaska
Assim, voltamos para casa felizes de tê-los visto tão de perto, mas mais ainda por já saber onde encontrá-los. Com certeza, será nosso programa predileto nos próximos dois dias, enquanto esperamos pela partida do nosso ferry na tarde do dia 25.
Ursos pescam salmão no início da noite no lago Chilkat, próximo à Haines, no sudeste do Alaska
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