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José Soares (25/11)
Que belo retrato da nossa cidade. Os Pernambucanos agradecem pela essa si...
PAULO CABRAL (15/11)
TEM UMA FOTO ENQUADRANDO DE PERTO O MONTE COM A MOCA SENTADO OLHANDO MEI...
Priscilla (14/11)
Eu adoro Garopaba! Muito bom o seu post e as fotos ficaram ótimas!...
Suzany (09/11)
Olá... Muito adorei as dicas. Estamos indo para lá em janeiro... Você ...
Suzany (09/11)
Olá... Muito adorei as dicas. Estamos indo para lá em janeiro... Você ...
Café da manhã na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá
Há um mês e meio, no dia 3 de Setembro, viajávamos pela região de Lake Louise, na província de Alberta, aqui no Canadá, ainda antes de irmos ao Alaska. Percorríamos uma linda estrada, entre lagos, geleiras e montanhas. Após uma parada para fotografias em um dos muitos mirantes, fomos abordados por uma simpática canadense de nome Irmite. Ela tinha sido atraída pela Fiona (sempre a Fiona!) e pela placa de Curitiba. Parentes seus já haviam morado na cidade e um carro vindo de tão longe logo atiçou sua curiosidade. Não demorou muito e já conversávamos os quatro, pois o seu marido também se aproximou, o Len.
Nosso último trecho de viagem no Canadá
Eles ficaram interessados e entusiasmados com a nossa viagem. Além de nos dar várias dicas sobre a Colúmbia Britânica, onde vivem, ainda nos convidaram para os visitar na pequena cidade onde moram, Chilliwack. Poucos dias depois, no aniversário da Ana, reiteraram o convite num simpático e-mail em que também parabenizavam a minha esposa pela data. A gente, que já estava com vontade, ficou mais ainda. Achamos a cidade no mapa e ficamos imaginando uma maneira de incluí-la no nosso roteiro.
Maravilhosa sobremesa de pêssego e cerejas em caldas, na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá
Por fim, achamos um ótimo motivo para mudarmos a nossa rota original: os vinhos! Ficamos sabendo que a melhor região produtora dessas bebida dos deuses era no Okanagan Valley, no sudeste da Columbia Britânica. E para chegar até lá, adivinha quem estava no caminho? Pois é, a pequena Chilliwack!
Escrevemos para nossos amigos propondo passar lá para um almoço. Eles responderam nos convidando para o jantar e, melhor ainda, para passar a noite por lá. Com isso, ganhamos mais uma manhã em Vancouver, o que nos deu a chance de conhecer o mercado de Granville. Além disso, já que dormiríamos por lá, poderíamos celebrar o reencontro com vinho. Vinho de Okanagan, da melhor qualidade, claro! Comprados na visita matinal ao mercado. Tudo se encaixou perfeitamente!
Nosso memorável e sadio café da manhã na casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá
E assim foi. No final da tarde chegávamos à Chilliwak, sendo recebidos efusivamente pelo casal amigo. Logo estávamos ao redor da mesa de jantar, bom vinho nos copos e uma excelente comida nos pratos, receita do Len, que é ótimo cozinheiro. Tão ou mais gostoso que o vinho e a comida foi a conversa ao longo do jantar. Impressionante como os dois casais, cada um de uma parte do continente, combinaram tanto!
E eu que achava que o assunto principal seria a nossa viagem, que nada! Bem que eles tentaram, fazendo muitas perguntas. Mas nós “contra-atacamos” com perguntas sobre a vida deles. As famílias de ambos tem histórias interessantíssimas, descendentes de ucranianos que fugiram da perseguição religiosa no início da história da Rússia bolchevique.
Raspberry cresce na horta da casa do Len e da Irmi, em Chilliwack, interior da British Columbia. oeste do Canadá
Só isso já seria o bastante, a história dos avós perseguidos por Lenin. Mas era só o aperitivo. A mãe da Irmi, já imigrada para o Canadá, tinha uma “pen pal” (amiga de cartas) na Alemanha. Por cinquenta anos trocaram correspondências com grande regularidade, abrindo seus corações e, como pano de fundo, comentando sobre os acontecimentos da época, desde a ascensão de Hitler na Alemanha até quase a queda do muro, passando pela 2ª Guerra, construção do muro e Guerra Fria. A mãe da Irmi faleceu no final da década, mas a alemã continua viva, já quase centenária. Quando a sua grande amiga morreu, ela mandou para a família todas as cartas escritas pela mãe. Hoje, essa troca de correspondências se tornou um verdadeiro tesouro histórico. Um livro está sendo organizado e boa parte da conversa foi sobre isso. Para alguém completamente vidrado na história do séc XX, eu não poderia ter encontrado lugar melhor para jantar, hehehe!
Com o Len e a Irmi na horta de sua casa Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá
O jantar foi seguido de uma sobremesa divina, doces em calda de pêssego e cereja misturados, feitos pela própria Irmi. Nossa, que delícia! Além de história, doces em calda são o meu outro ponto fraco! Não é a toa que eu tinha simpatizado com eles logo no início! Algo me avisava que eles eram “gente boa”, hehehe. Brincadeiras à parte, eles são ótimos mesmo. Seus quatro filhos já se casaram e saíram de casa, morando em Vancouver e no litoral. Nós fomos acomodados no quarto de um dos filhos, os dois nos fazendo sentir totalmente em casa.
Calorosa despedida da Irmi no jardim de sua casa em Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá
Em casa e muito mimados! Logo que levantamos, um delicioso café da manhã nos esperava. Com muita fruta, iogurte, pães, english muffins, queijos e geleias caseiras fantásticas, muita coisa vinda diretamente da horta deles, ali no quintal. Foram mais algumas horas de conversa agradável e a vontade era de continuar por mais alguns dias. Assunto não faltaria! Nem empatia. Essa foi mais uma das belas surpresas que esse país nos presenteou. Algo mais para tornar ainda mais especial nossa passagem pelo Canadá. Só com muito esforço conseguimos nos levantar da mesa, nos despedir e seguir viagem para o vale dos Okanagan, três horas à frente.
Com o Len e a irmi, o casal canadense que nos acolheu em sua casa em Chilliwack, na British Columbia. oeste do Canadá
Len e Irmite, muito obrigado por nos receber em sua casa, nos tratar de forma tão acolhedora e nos mostrar que existe muito calor humano no país dos esquimós e dos ursos polares. Ganhamos amigos por toda a vida. A internet não tem o charme das cartas de antigamente, mas também servirá para nos manter unidos pelas próximas décadas!
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