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Estátuas de San Augustín - Blog da Ana - 1000 dias

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Estátuas de San Augustín

Colômbia, San Agustín

Totens de pedra milenares de cultura há muito desaparecida, em San Agustín, na Colômbia

Totens de pedra milenares de cultura há muito desaparecida, em San Agustín, na Colômbia


San Augustín é um desses lugares que nos perguntamos: como eu nunca ouvi falar disso? Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, as descobertas arqueológicas de San Augustín datam do início do século XIX, quando pesquisadores chegaram à região e começaram as escavações. A colonização se deu em 1608, quando as missões espanholas fixaram um centro religioso e o local se tornou um ponto de apoio nas viagens entre Popayán e a floresta em Putumayo.

Visitando o interessantíssimo Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia

Visitando o interessantíssimo Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia


Maior coleção de peças religiosas na América do Sul, localizada no sul da Colômbia a 1800m de altitude, espalhadas em 2mil km2, em um belíssimo cenário de serras e montanhas. As salas funerárias eram cavadas na terra e delimitadas por pedras, os sarcófagos escavados em rocha e as estátuas esculpidas em pedra vulcânica, como guardiões destes ancestrais. Com as mais diferentes fisionomias, as esculturas possuem características antropomorfas e zoomorfas, algumas com rostos humanos e traços felinos. O jaguar, a águia e a serpente, conhecidas em todo o mundo andino, também estão presentes assim como macacos, rãs, salamandras, entre outros. Uma curiosidade é que estes sítios funerários foram terraplanados sobre as montanhas, algo que ainda não tínhamos encontrado nas nossas andanças.

No ponto mais alto do incrível Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia

No ponto mais alto do incrível Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia


A maior questão para a qual os arqueólogos ainda não têm uma resposta definitiva é: quem era este povo? De onde vieram? Onde eles viviam? Não foram encontradas provas contundentes de que estes habitavam a mesma região, ou que apenas a utilizavam como cemitério. Os indígenas que viveram ou passaram por aqui carregavam consigo um conjunto de características de várias culturas, podendo ser encontradas nas estátuas traços da cultura maia, mochica, inca, entre outros povos sul americanos que teoricamente nunca haviam passado por aqui. Quem nos contou isso foi Jaime, um importante historiador colombiano de Bogotá, que conhecemos aqui em San Augustín.

Totens de pedra milenares de cultura há muito desaparecida, em San Agustín, na Colômbia

Totens de pedra milenares de cultura há muito desaparecida, em San Agustín, na Colômbia


A teoria mais aceita e que consta inclusive no site da Unesco (http://whc.unesco.org/pg.cfm?cid=31&id_site=744) sobre o local é que eles viviam em casas de madeira e palha e por isso quase nada foi encontrado de suas vivendas. Nada se sabe sobre sua estrutura social e política, mas existem estudos e teorias sobre a evolução desta sociedade, que teria sido substituída por indígenas de base Amazônica já no século VIII d.C. Estes possuíam técnicas agrícolas mais desenvolvidas, porém uma estrutura menos complexa social, política e culturalmente, sendo vista por alguns historiadores até como um retrocesso cultural.

Totens de pedra milenares de cultura há muito desaparecida, em San Agustín, na Colômbia

Totens de pedra milenares de cultura há muito desaparecida, em San Agustín, na Colômbia


As tumbas são marcadas por estátuas de pedra esculpidas entre 3.300a.C. até 900 d.C. , datas obtidas através da técnica do Carbono 14, aplicada nos ossos encontrados no local. A data mais antiga foi encontrada no Alto de Lavapatas, um cenário maravilhoso onde foram encontradas apenas urnas infantis, junto a uma fogueira cerimonial. No mundo das hipóteses e imaginações tudo pode, portanto alguns dizem que ali seria um local onde eram enterradas as crianças sacrificadas para os Deuses desta sociedade.

Tumbas com mais de 1000 anos em San Agustín, na Colômbia

Tumbas com mais de 1000 anos em San Agustín, na Colômbia


Algumas estátuas dos arredores figuram um homem adornado, possivelmente um pajé ou sacerdote, com uma faca em uma mão e uma criança de ponta-cabeça em outra. Ligando os pontos até faz sentido. Mas quem diz que este não seria o médico e parteiro da tribo?

Totens na entrada de antigas tumbas no Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia

Totens na entrada de antigas tumbas no Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia


As tumbas e estátuas mais elaboradas são as mais recentes, marcando um período de maior complexidade social e religiosa. A explosão de densidade populacional tornou possível a concentração de poder nas mãos de chefes tribais, aparecendo neste período templos funerais e acima de 300 esculturas mais elaboradas, tanto em tamanho quanto em complexidade.

O toten 'Obispo', no Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia

O toten "Obispo", no Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia


Em uma cultura que cuidava tão bem de seus mortos é especial encontrar um local para o culto à vida. A Fuente de Lavapatas é um lugar religioso onde eram feitos os batismos e cerimônias ligadas ao nascimento. A fonte foi esculpida no leito natural de um rio, com diversos canais e imagens dos seus deuses e animais ligados à água, como cobras e salamandras.

Leito de rio todo esculpido, no Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia

Leito de rio todo esculpido, no Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia


O Bosque das Estátuas é outro lugar espetacular, nos sentimos literalmente entrando em um filme de Indiana Jones ou no episódio de Tintim – O Ídolo Roubado. Dezenas de estátuas de tumbas que haviam sido profanadas e saqueadas estavam largadas ao léo e receberam um local especial. Uma trilha nos leva a cada uma delas em meio a uma floresta densa e verde. Homens-jaguar, mulheres com suas crianças, macacos e outros animais, já no fim do dia, com a pouca luz que passava dentre as copas das árvores. Cenário de filme emocionante, faltou sair detrás delas um bando de guerreiros protetores que nos levariam para um caldeirão!

Visitando o Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia

Visitando o Parque Arqueológico de San Agustín, na Colômbia


Um lugar tão peculiar como este ainda nos reservava uma bela surpresa. Cansados, após o dia de estrada e descobertas, encontramos um grupo de colombianos muito especial! Marcela, Jaime e Carlos, colombianos, ela professora de artes, Jaime historiador e Carlos biólogo. Abordaram-nos curiosos sobre o projeto, pois viram os adesivos da Fiona. Todos ali já viajaram muito e puderam nos dar dicas ótimas de lugares por onde ainda vamos passar. A curiosidade deles acabou em uma reunião riquíssima e super divertida no La Casona, com ótima música, muita história e um encontro de almas incrível! Era quase meia-noite quando nos demos conta que nem tínhamos hotel! Rsrsrs! Enfim, este encontro não termina por aqui, ainda nos veremos em Bogotá!

Com os novos amigos colombianos em San Agustín, na Colômbia

Com os novos amigos colombianos em San Agustín, na Colômbia

Colômbia, San Agustín, arqueologia, Estátuas

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Comentários (2)

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  • 24/11/2018 | 21:59 por Daniel Iozzi Sperandelli

    Adorei esta postagem. Estava lendo um livro de Thor Heyerdahl que menciona a semelhança de estátuas das Ilhas Marquesas com as de San Augustin. O autor dedicou sua vida a provar que povos sul americanos povoaram a Polinésia.

  • 04/01/2012 | 22:05 por Paulinha Ribas

    Guria, vc já leu ou já ouviu falar em "Exilados de Capela"?
    Explica um pouco sobre essas civilizações. É bem interessante, principalmente para quem já é espírita.
    Beijos

    Resposta:
    Oi guria! Nunca ouvi falar mas vou pesquisar! Adorei esse lugar, é especial! Bjooos

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