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Contemplando as ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
San Ignácio é um dos destinos turísticos mais populares de Belize, logo depois das praias de águas azuis de areias branquinhas de Ambergris e San Pedro. Um roteiro pelo país não estará completo se não incluir explorações pelas matas, cavernas e rios de Cayo, tudo isso com uma boa dose da Cultura Maya!
Detalhe de esculturas em alto relevo nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
O estado de Cayo é a casa da maior Cidade Maya de Belize, a impressionante e imponente Caracol. San Ignacio é a melhor base para explorações desta e de outras ruínas menores nas vizinhanças como Cahal Pech e Xunantunich, além de cavernas e rios que foram frequentados pelos povos mais antigos que aqui viviam.
A mata densa que cerca as ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Nossas explorações nesta região começaram pelo Blue Hole National Park, uma piscina de águas azuis que dá acesso a um pequeno sistema de caverna. Quando vimos o nome “Blue Hole”, e sabendo do seu famoso homônimo belizenho, achamos que seria algo mais impressionante, mas é uma boa parada para refrescar.
Mergulhando no pequeno cenote Blue Hole, ao sul de Belmopan, capital de Belize
O parque também possui uma rede de trilhas pela floresta tropical com cavernas e mirantes que dão uma boa visão do interior de Belize.
A boca da caverna St Herman's Cave, ao sul de Belmopan, capital de Belize
Subindo em mirante no alto de uma colina no parque do Blue Hole, ao sul de Belmopan, capital de Belize
Ele está localizado na Hummingbird Highway que conecta o sul à capital Belmopan, que passamos rapidamente de carro no caminho para San Ignacio. Belmopan, uma das menores capitais do mundo, foi construída em 1970 para sediar a capital do país após a destruição de Belize City e vários arquivos públicos pelos ventos de 300km/h do furacão Hattie.
As majestosas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Uma das principais cidades do Período Clássico Maya possui vestígios arqueológicos que datam até 1200 a.C. Sua fundação porém se deu no ano de 331 d.C, com influências Teotihuacanas, do México Central. Durante muito tempo a cidade era tida como um centro de menor importância no mundo maya, até a descoberta de sua relação com as mais poderosas Calakmul e Tikal.
As ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Foi no ano de 556 d.C que Tikal declarou guerra à Caracol e a derrotou. 6 anos mais tarde o Senhor das Águas de Caracol foi em busca de vingança e derrotou Tikal em uma guerra que foi responsável pelo período de declínio da poderosa cidade maya. Durante este período de quase 120 anos Tikal passou por uma diminuição populacional e teve um grande hiato na construção de novos monumentos.
Visitando as ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
A pirâmide principal de Caracol conhecida como Caana é grandiosa! No topo dela se encontram os aposentos da família real e dos sacerdotes mayas, diferentemente de outros sítios onde as pirâmides eram usadas apenas para motivos cerimoniais. A cidade é uma das maiores em extensão, com aproximadamente 200km2. São em torno de 267 estruturas por quilômetro quadrado e entre elas 25 estelas, 28 altares, 250 enterros e 200 caches.
Detalhe das intrincadas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Um dos muitos altares nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Como o sítio é mais retirado ele é também um dos menos visitados em Belize, o que faz a experiência ainda melhor. Entre árvores e pirâmides de pedras encontramos um campo de futebol da pequena vila montada dentro do sitio arqueológico. Uma grande árvore no A Group Plaza estava repleta de ninhos de um curioso pássaro, o montezuma oropendula, que para cantar quase dá uma cambalhota com seus pés presos ao galho! Seus ninhos têm mais de um metro de comprimento pendurados na árvore.
Ninhos de montezuma, nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
No alto da árvore, um pássaro montezuma, com sua característica cauda amarela, nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Enquanto observávamos os montezumas começamos a escutar os gritos dos bugios gritadores (howler monkeys). Seguimos seus gritos passando por uma alameda de arvores e estelas, e junto a outros turistas sortudos, ficamos observando os macacos por mais de 30 minutos, gritando sem descanso! Demais!
Um emocionante encontro com um barulhento bando de macacos bugil gritador, nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Um emocionante encontro com um barulhento bando de macacos bugil gritador, nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Localizada a 40 km de San Ignacio, a viagem para Caracol por si só já é uma aventura! O acesso é por uma estrada que corre paralela a fronteira com a Guatemala e por incidentes que ocorreram no passado com turistas, o governo oferece uma escolta militar de ida as 9h da manhã e no retorno as 14h.
A caminho das ruínas mayas de Caracol, a famosa placa de lombada em forma de gente! (em Belize, quase na fronteira com a Guatemala)
Escolta militar patrulha as ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
A simpática escolta militar nas ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Nós fomos no nosso ritmo, encontramos a escolta já nas ruínas e retornamos pouco antes dela sair, sem problema algum. Na volta ainda paramos nos poços do Río On Pool, delicia para relaxar e se refrescar depois do dia de estrada e caminhada.
Delicioso banho de cachoeira em rio no caminho para as ruínas mayas de Caracol, em Belize, quase na fronteira com a Guatemala
Uma das caveiras de pessoas sacrificadas na ATM Cave, na região de San Ignacio, em Belize (foto da internet)
A ATM, sigla para Actun Tunichil Muknal, significa a caverna do sepulcro de pedra. A caverna é um lugar sagrado para os mayas, que buscavam no inframundo o auxilio dos seus deuses durante os períodos mais difíceis de secas. Além das belíssimas formações e espeleotemas, encontramos reminiscências destes rituais feitos em honra ao Chaac, deus das águas, incluindo sacrifícios humanos! Um lugar único no mundo maya!
Espeleotemas na ATM Cave, na região de San Ignacio, em Belize (foto da internet)
A visita dura em torno de 5 horas, pouco mais de 40 minutos de caminhada pela mata, cruzando rios e matas até a entrada da caverna. Entramos nela nadando em um pequeno poço do mesmo rio por onde iremos seguir caverna adentro. Lá, seus labirintos guardam imagens e formas impressionantes! Aos poucos os resquícios arqueológicos começam a aparecer, ferramentas de corte utilizadas para auto-mutilação pelos sacerdotes foram encontradas junto de vasos na sala do maiz. Feitas de obsidiana e jade, uma delas tem a forma de milho e pode ser vista ao longe.
Entrando na ATM Cave, na região de San Ignacio, em Belize (foto da internet)
Quanto mais entramos na caverna, mais complexos vão ficando os cerimoniais, inúmeros potes e jarros de cerâmica que carregavam alimentos, recolhiam a água e eram quebrados para espantar os maus espíritos. O preto da fumaça no teto, tanto dos incensos, quanto das áreas de cozinha indicam que os mayas ficavam ali por dias.
Potes e vasilhas mayas na ATM Cave, na região de San Ignacio, em Belize (foto da internet)
Nós vimos pelo menos 5 esqueletos no nosso caminho, mas já foram contados 14 pelos arqueólogos. Os mais impressionantes deles são o do bebê de 12 meses e o de sua mãe, que descansa inteirinho em um dos pontos mais distantes da caverna. Com a ajuda do guia entramos na realidade, entendemos o desespero pelo qual passava aquele povo, e como suas técnicas iam evoluindo conforme a seca se prolongava. Assim foi o final de várias das poderosas cidades-estado do Período Clássico, um momento de mudanças profundas para a Civilização Maya.
Esqueleto de mulher sacrificada na ATM Cave, na região de San Ignacio, em Belize (foto da internet)
A visita a esta caverna só pode ser feita através de operadoras de ecoturismo que possuem o treinamento e a permissão para entrar na gruta. Entramos em um grupo com uma chinesa e um indiano que vivem nos Estados Unidos e um grupo de amigos belgas, que ao que tudo indica, foram os culpados por atrasar a saída do tour em mais de 2 horas. Nosso guia Francisco foi super atencioso e fez todas as explicações e suspenses dentro da caverna para entrarmos no clima.
Observando antigos potes mayas, no mesmo local onde foram encontrados, na ATM Cave, na região de San Ignacio, em Belize (foto da internet)
Detalhe: Não é permitido o uso de câmera neste tour, pois alguns outros turistas descuidados acabaram quebrando (com suas câmeras) 2 dos crânios centenários dos pobres coitados que foram sacrificados ali. Ainda assim, são imagens inesquecíveis mesmo para os mais desmemoriados. A ATM Cave é imperdível para os apaixonados pela cultura Maya.
Meninas se divertem no rio de San Ignacio, em Belize
A cidade de San Ignacio é uma das mais organizadas e orientadas ao turismo no país, mas ainda assim não possui muitos atrativos por si só, sendo somente uma boa base para explorar a região. Apenas andar pelas ruas bagunçadas, fazer um passeio pelo mercado popular no sábado e provar a culinária belizenha no favorito Hannah Restaurant já é suficiente.
Han-nah, nosso restaurante preferido em San Ignacio, em Belize
Se você não está no clima de cidade de terceiro mundo como experiência antropológica e social, uma forma de se isolar um pouco da loucura urbana é hospedar-se em um dos vários hotéis e eco-resorts (caros) ou campings (baratos) nos arredores da cidade, às margens do rio.
O belo rio que divide San Ignacio em duas, em Belize
Nós ficamos hospedados no centro, já que não queríamos gastar muito e precisávamos de internet. No hotel conhecemos Lili, John e seu pai, viajando de carro desde Washington DC ao Alaska e agora estão cruzando rumo ao Sul e eventualmente chegarão a Patagônia. Ele é fotógrafo, ela professora e participa da viagem nas suas férias e o pai aposentado é uma ótima companhia, bem falante e curioso. Sempre bacana encontrar outros viajantes expedicionários, jantamos juntos uma noite e trocamos muitas historias e experiências.
Mercado de San Ignacio, em Belize
Rose Apple, um tipo de maçã aguada no mercado de San Ignacio, em Belize
O movimentado mercado de San Ignacio, em Belize
Fechamos aqui na região de Cayo a nossa viagem por Belize, um país muito rico e diverso culturalmente! Tivemos ótimas surpresas e muitos encontros especiais durante as nossas andanças: garifunas, velejadores, expats e locais que fizeram uma nova imagem de Belize em nossas mentes. Quando olharmos o mapa da América Central este cantinho meio britânico, meio caribenho, meio maya e meio garifuna nunca mais será o mesmo!
Entrando novamente na Guatemala, agora vindos de Belize
esqueci, da pra fazer mergulho apenas ho halfmoon e the aquarium? sou open water e nao quero mergulhar no blue hole! beijos e obrigada
Resposta:
Oi Lua! Para chegar até half moon e aquarium provavelmente você pegue o tour para o blue hole e aí pode fazer o mergulho até 18m lá também. Dá uma olhada no site do Frenchies Scuba (http://www.frenchiesdivingbelize.com/), foi o pessoal com quem mergulhamos. Mas não deixe de fazer, Half Moon foi um dos melhores mergulhos da viagem =) Beijos!
oi ana, vc cita malamanai no primeiro post, mas pelo jeito nao foram ate lá ne?
Em janeiro farei belize, guatemala e honduras, por 30 dias. Ameiii o relato de voces e ja anotei infinitas dicas. Mas gostaria que me ajudasse na lojistica ja que nao teremos a fiona kkkk. Considerando que so temos 30 dias pros 3 paises, gastaria qtos dias em belize? Quero ir a caye caulker, tobacco, atm cave, caracol e lamanai... Vc faria questao de ir a ambergris?
Resposta:
Oi Lua! Destes 30 dias eu ficaria mais tempo primeiro na Guatemala (Antigua, San Marcos de la Laguna, Semuc Champey e Tikal), segundo em Belize e terceiro em Honduras (Copán Ruínas e Bay Islands). Lamanai é o sítio arqueológico mais conhecido de Belize, deve ser bem bacana, mas não conseguimos ir, perdemos o horário do barco e acabamos seguindo viagem, mas se conseguir ir, vá, dizem que é lindo. Vocês podem tanto tentar alugar um carro e fazer as coisas por conta, como nós fizemos com a Fiona, quanto entrar em tours. A base para explorar Caracol e ATM Cave é San Ignacio, lá existem várias agencias de ecoturismo que te levam. Para ir a Caye Caulker vocês podem tentar ir direto de Belmopan, que deve ser onde vocês vão chegar... tem ferries que vão direto para lá sem passar em Ambergris. Eu sinceramente não senti falta de ficar em San Pedro, mas depende do seu estilo, se quiser mais infra-estrutura é lá que irá encontrar. Sobre Tobacco, como já respondi no outro comentário acho que barco organizado é só lá de Dandriga mesmo. Se você resolver fazer um esquema como nós fizemos nos cayes e quiser um veleiro só para vocês, fale com o Gaston para ver quanto custa, quem sabe ele consegue pegá-los em Caye Caulker ou Dandriga e faz um tour geral por lá, olha só o site deles http://oceantrips.com/tour/de-rob-classic-sailing-sloop-1917/. Boa sorte e boa viagem!
Gostei muito das dicas, vcs podem me dizer quantas noites em San Ignacio foram necessarias para conhecer a região??? Valeu!!!
Resposta:
Oi Aleciana!
Ficamos 3 noites em San Ignacio, mas com o nosso próprio carro, depende um pouco de sorte (ou planejamento/reserva antecipada) para conseguir fechar os tours com as operadoras locais nas datas que estará lá. É uma das partes mais bonitas de Belize, super indicamos!
ps: desculpe a demora no retorno...
Beijos!
Ana
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