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Braz Antonio da Silva (17/08)
Eu já li sobre vocês e a FIONA, se é que sao os mesmo que fizeram FOZ ...
Ruan Almeida (08/08)
Olá, parabéns pelo blog!! Sobre a subida ao summit (topo do Mauna Kea) ...
Fernando (07/08)
Olá curti muito a viagem de vocês. Dia dez próximo saio para o Jalapã...
Fernando (07/08)
Olá curti muito a viagem de vocês. Dia dez próximo saio para o Jalapã...
Su (04/08)
Ana, considerando a cor do mar, qual o lugar mais bonito onde vocês pass...
Explorando a geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Imaginem a situação: estamos no Canadá, cruzando as Montanhas Rochosas, um lugar em que as mínimas podem chegar a -52°C e a brazuca aqui escuta o nome “Icefields Parkway”. Hummm, interessante! Ela vê um imenso caminhão com rodas de 1,5m de diâmetro, que leva turistas por essas rotas, fotos do caminhão pequenininho em meio a um imenso campo branco e gelado. O que ela imagina? Cruzaremos sobre um imenso glaciar, tudo nevado, talvez a Fiona precise de correntes, 4 x 4 com certeza! Mas, será que vamos conseguir passar? É claro, estamos em um país de primeiro mundo, organizado, se um carro como o nosso não conseguir passar eles não nos deixam nem entrar na rodovia.
Ao lado do veículo que leva turistas nas geleiras do Banff National Park, em Alberta, no Canadá
Lindo! Assim pegamos a estrada que cruza as Rochosas, ligando o Banff National Park em direção ao Jasper National Park. Nesta região está localizado um dos maiores campos de gelo do mundo, o Columbia Icefield, com 325km2, que pode chegar a 365m de profundidade! Nele se originam alguns dos principais rios da região, como o Athabasca River e o North Saskatchewan River, que por sua vez seguem ao Rio Columbia e à Hudson Bay, no Oceano Ártico. O Columbia Icefield alimenta 8 principais glaciares, alguns dos quais são visíveis da própria parkway.
A bela geleira de Crowfoot, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
Pegamos a estrada animadíssimos, muito gelo e muita neve nos esperavam! Certo? Errado! Já nos primeiros quilômetros vimos que não seria nada disso, afinal estamos no verão, não é mesmo? Verão, minha gente, é quente até no meio do Canadá. Não sei se é culpa do aquecimento global ou não, mas este é um fato. Assim como inverno é frio até no Brasil! Ok, não em todo Brasil, mas lá nas minhas terras subtropicais o aquecimento global só a esfriou ainda mais.
Estrada que corta as montanhas e a belíssima paisagem entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
Os 232 km de estrada cruzam paisagens magníficas, entre montanhas nevadas, florestas de coníferas, lagos alpinos, glaciares e cachoeiras. Nesta época do ano a estrada está aberta, um asfalto ótimo sem um pingo de neve ou gelo. Mas leve um casaquinho, pois as montanhas criam o seu próprio microclima, movimentando o ar gelado dos glaciares para a beira dos lagos e o fundo dos vales.
Estrada que corta as montanhas e a belíssima paisagem entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
No caminho paramos em inúmeros mirantes, Hebert Lake e suas águas cristalinas, onde conhecemos Len e Irmite, um simpático casal canadense que nos encheu de dicas sobre a British Columbia e os nossos caminhos pela costa do Pacífico. Quem sabe conseguiremos encontrá-los próximos à Vancouver na nossa descida pelo Canadá!
Foto antiga mostra a geleira de Crowfoot ainda com três dedos, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
O Crowfoot Glacier é o primeiro dos glaciares que avistamos. O nome vem do seu formato parecido com um pé de um corvo, porém com a retração do glaciar ele perdeu um dos seus dedos. Há 94 anos uma foto deste mesmo lugar (acima) mostra como era a geleira, mais um dos sinais claros do aumento da temperatura no nosso planeta.
A geleira de Crowfoot, agora com apenas dois dedos, na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
Adiante paramos para uma foto no Bow Lake, lago criado pelo Bow Glacier e que também alimenta o Bow River que criou do Bow Valley. Impressionante como um mesmo “Bow” pode ser responsável por tanta beleza!
O magnífico cenário da estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
Infelizmente não podemos parar em todos os mirantes do caminho e como o nosso dia é longo, fizemos a próxima parada no Peyto Lake. Este lago também é criado pelo glaciar de mesmo nome, que está localizado na Peyto Mountains. O glaciar está cada vez mais diminuto e pode ser visto a uma longa distância, mas o seu lago é um dos mais famosos dos Icefileds, com fotos maravilhosas em dias ensolarados. É, infelizmente não tivemos a mesma sorte. A chuva nos pegou no alto da trilha e descemos correndo para o conforto da Fiona.
Lagos e montanhas na estrada entre Lake Louise e Jasper, em Alberta, no Canadá
Já bem impressionados com as belezas do caminho e esperando mais um glaciar no alto da montanha chegamos ao Athabasca Glacier. Embasbacados, finalmente entendemos qual era todo aquele marketing dos grandes caminhões e aventuras pelo gelo!
minúsculas pessoas caminham na geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
O gigantesco Athabasca Glacier é uma das seis principais línguas de gelo do Columbia Icefield. Ele atualmente retrocede de 2 a 3 metros por ano, já diminuiu 1,5km nos últimos 125 anos e perdeu metade do seu volume. Ainda assim, suas proporções são imensas, com 6km de comprimento e pouco mais de 6km2 de área, é um o glaciar mais visitado da América do Norte.
Riacho atravessa a geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Descemos do carro e subimos uma de suas imensas moraines, pilhas de terra e pedras criadas pela geleira, cruzando as placas de marcação do seu retrocesso. As placas indicam onde a geleira estava naquele ano. Passamos por 1982 e ainda andamos um longo caminho até chegar ao gelo.
A caminho da geleira em Columbia Ice Fields, a placa marca até onde o gelo chegava em 1982 (no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá)
Excursões com guias e equipamentos especializados são vendidas do outro lado da estrada para trekkings pelo glaciar. Nós chegamos lá e vimos todos caminhando sobre um longo caminho já pisado, sujo e marcado na geleira e, é claro, não passamos vontade. Andamos pelo belíssimo glaciar, ao lado das corredeiras azuladas criadas sobre o gelo e até o sol deu o ar da graça.
Caminhando pela fantástica geleira de Columbia Ice Fields, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Aqui vale uma ressalva! Caminhar no glaciar não é recomendado. O perigo mora nas fissuras criadas pela água sob o gelo. Com o peso de uma criança o gelo que está escondendo um oco super profundo pode ceder e tanto a queda quanto o frio, podem ser fatais.
O balé das águas na Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Fechamos o roteiro passando rapidamente pela Sunwapta Falls e com uma deliciosa caminhada pela Athabasca Falls. Um cânion estreito foi esculpido pelas águas geladas desta cachoeira que já mudou de curso e escavou novos caminhos, deixando cenários espetaculares.
As poderosas Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Rio corta canyon através de diversas camadas de rocha, em Athabasca Falls, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Nossa chegada à cidadezinha de Jasper foi brindada com um bom vinho e uma ótima música canadense no Olive Bistro. Dia perfeito, com ventos, chuvas e até sol, em uma das estradas mais cênicas da América do Norte! Enfim final feliz para os brasileiros aqui que aos poucos aprendem mais sobre a geografia e o clima destes cantos do norte da América.
Olha só a gente "perdido" no meio do Canadá!
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