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A luz mágica do fim de tarde no alto do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Chegamos ao Hawaii em uma das cidades mais havaianas da Big Island. Hilo é o Hawaii mais autêntico, sem grandes influencias da cultura americana que vemos nas outras partes da ilha. Tranquila e despretenciosa, ela esconde a sua graça justamente nos detalhes.
Depois de tanto tempo, de volta à vegetação tropical, na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii
Um dos melhores lugares para começar a explorar a mescla de culturas e sabores que forma o Hawaii é ir logo pela manhã ao Farmers Market em Hilo, tomar um suco de lilikoi (maracujá) e provar os diversos sabores da comunidade japonesa que vive no Hawaii. Flores, frutas tropicais e orientais, rolos e mais rolos de sushis e vegetais orgânicos produzidos nos arredores da cidade. Para nós brasileiros, tirando o tempero nipônico, tudo parece muito comum, mas acreditem é a primeira pista que os americanos têm para lembrar que estão no único estado totalmente tropical dos Estados Unidos.
Venda de longon (a amarelinha) e rambutan (a vermelha) no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Experimentando frutas no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Uma cidade tropical como várias outras que conhecemos no Caribe, de frente para o mar, com um pequeno centro comercial e a poucos quilômetros de alguns pedaços do paraíso. Cercada de um lado pelo verde das florestas e do outro pelo Oceano Pacífico, o cenário convida a algumas explorações.
Estrada secundária atravessa túnel de árvores ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Mesmo sem muito tempo reservamos a nossa manhã para rodar de carro pela estrada cênica que contorna a baía de Hilo até a Akaka Falls. Tanto tempo nos EUA e havíamos até esquecido como era uma estrada rodeada de tanta mata. Corredores verdes nos levaram à cachoeira, onde fizemos uma trilha rápida até o mirante, distante da água, portanto nada de banho.
A bela Akaka Falls, perto de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Muito verde na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii
Fizemos uma parada rápida para um suco e petiscos havaianos deliciosos na vila pertinho da cachoeira. Docinhos assados de coco, amanteigados e milhares de tipos de geleia, até de jabuticaba encontramos lá! O dono da loja é apaixonado pelo Brasil e em uma de suas viagens trouxe um pé para plantar em seu quintal.
Caminho no verdejante jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
A próxima parada foi no Jardim Botânico de Hilo, que possui uma coleção impressionante de plantas tropicais, orquídeas, bromélias, palmeiras, árvores frutíferas e o que você imaginar! Até um sítio arqueológico à beira-mar foi encontrado durante as limpezas feitas no terreno para a construção do jardim. No meio das trilhas passamos lagos, um aviário de pássaros tropicais, vistas lindas do mar e até pela estátua do Ku, Deus havaiano da guerra. É um lindo passeio, ainda mais para quem gosta de estar na natureza.
Prestando reverência ao deus Ku, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Uma das muitas bromélias no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Chegando perto do mar pela primeira vez no Hawaii, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island
Seguimos viagem pela costa leste da ilha, explorando os arredores de Pahoa, no litoral entre Kapoho e Kalapana. Próximo a Kapoho estão umas piscinas naturais formadas pela maré alta sobre os campos de lava, paisagem incrível! O pessoal faz snorkel por ali, mas sem muitos corais, sem muita vida.
Piscinas naturais se formaram em antigo lençol de lava que avançou sobre o mar, ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Nós tínhamos que correr, pois a programação incluía ainda um por do sol no alto do Mauna Kea. Fizemos uma parada rápida no Isaac Hale Beach Park, onde dei meu primeiro banho de mar havaiano, águas quentes, delícia! Devidamente batizada, aceleramos nosso jipinho na subida ao ponto mais alto do arquipélago.
O primeiro banho de mar no Hawaii a gente nunca esquece! (no Isaac Hale Beach Park, ao sul de Hilo, na Big Island)
O Mauna Kea é basicamente a maior montanha do mundo. Como assim, não é o Everest? Tecnicamente o Everest é a maior montanha acima do nível do mar, mas muitas montanhas nascem lá, no fundo do oceano. Acima do nível do mar o Mauna Kea possui “apenas” 4.207m, mas abaixo são mais 6.000m, sem contar a base real que já foi afundada pelo peso da própria montanha! São 10.200m de montanha, lá do fundo do Pacífico até o alto dos céus do Hawaii! Aí sim o Mauna Kea ultrapassa, de longe, a altura do queridinho dos montanhistas (meros 8.848m), e o melhor, você pode chegar lá de carro!
Estrada precária para chegar no alto do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Mauna Kea significa em havaiano “a montanha branca”, por seu cume muitas vezes estar nevado. Ele é um dos 5 hotspot volcanoes na Big Island, o quarto mais antigo e o quarto mais ativa. A sua última erupção foi há 4.600 anos e hoje, embora ainda seja esperada uma nova erupção, ele é considerado um vulcão dormente.
Caminhada até o pico verdadeiro do Mauna Kea, longe das multidões, na Big island, no Hawaii
Como todos os vulcões no Hawaii, o Mauna Kea é considerado sagrado. Sendo o ponto mais alto de todo o estado é também a mais importante das montanhas sagradas havaianas. Seu vizinho Mauna Loa é a maior montanha em volume e apenas alguns metros mais baixa, com 4.169m. As duas montanhas são gigantescas e não possuem aquele formato clássico de vulcão que conhecemos.
Vista do Mauna Loa, durante a subida do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Antes mesmo de chegar à estrada principal que vai ao cume já estamos nos flancos da montanha sem nem perceber, afinal saímos do nível do mar e subimos 4.200m, atravessando nuvens, perdendo as esperanças de encontrar um bonito por do sol e reencontrando o céu azul já no Visitor Center, perto dos 2.500m. Uma parada de aclimatação é recomendada, já que subir 4 mil metros em poucas horas pode causar dores de cabeça e reações adversas do conhecido mal de altitude. Uma paradinha de 20 a 30 minutos não faz mal a ninguém. Para subir vale a pena estar com um carro 4x4, a estrada é pavimentada em boa parte da subida, mas têm alguns trechos bem esburacados eu um carro menor pode sofrer.
Nosso jipão nos levou traquilamente até os 4.200 metros de altitude do Mauna Kea, ponto mais alto da Big island e do Hawaii
No alto dele está o maior Observatório Astronomico óptico, infravermelho e submilimeter do mundo! No centro de visitantes eles dão mais informações sobre o observatório e as estrelas, lá no alto o que você vai ver são essas casinhas brancas ou prateadas arredondadas, com portas imensas para as grandes lentes que olham para o nosso espaço.
Observando os telescopios construídos no topo do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Terreno vulcânico em tons avermelhados, negros e terracota com um mar de nuvens aos seus pés e os vários observatórios formam a paisagem mais extraterrestre que eu já presenciei, um cenário de outro planeta!
Assistindo a um inesquecível pôr-do-sol a mais de 4.200 metros de altura, no topo do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Antigas bocas de vulcão na região do cume do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Chegamos lá um pouco antes das 17h, exatamente na hora em que o sol começava a se por... um espetáculo indescritível. O céu é um dos mais limpos de todo o planeta (não é a toa que o observatório está lá) e as cores sobre o mar de nuvens fizeram um suave degrade das 7 cores do arco-íris inacreditável. Juro, eu chorei.
Pôr-do-sol maravilhoso no alto do Mauna Kea, a 4.200 metros de altitude a temperaturas próximas de zero, na Big island, no Hawaii
Enquanto o sol se punha e as cores pintavam os céus havaianos, nós acompanhávamos a sombra crescente dessa imensa montanha sobre as nuvens! Sombra da montanha, vocês tem ideia?!
A sombra do Mauna Kea se projeta sobre as nuvens até quase o infinito! (Big island, no Hawaii)
Quando eu começava a me recompor e descer a trilha de volta ao estacionamento, outro choque, do lado oposto ao sol poente, nascia a lua cheia, imensa, mais amarela, linda e formosa que eu já vi! Chorei novamente. Existem alguns raros momentos na nossa vida que temos certeza que nunca esqueceremos e este foi um deles.
A lua soberana no topo da maior montanha do mundo, o Mauna kea, na Big island, no Hawaii
Nós ainda ficamos até a noite dominar completamente o dia e as estrelas darem o ar da graça para os telescópios superpotentes que começarem a trabalhar, incessantemente noite adentro. Eles giram o tempo todo, foi impossível tirar uma foto com a pouca luz, sem que ele borrasse na foto.
As portas se abrem para o telescópio iniciar suas observações noturnas, no topo do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
E de repente você se dá conta que está no Hawaii, no meio do Oceano Pacífico (faz um Google Earth da cena!) a 4.207m de altura, em cima da maior montanha do planeta, a -1°C e olhando para um dos céus mais estrelados da sua vida, mesmo com lua cheia! É gente, tem coisas na vida que não tem preço.
Céu incrivelmente estrelado no topo do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
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