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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Casario em San Cristobal de Las Casas, no sul do México
Como diversas cidades mexicanas, San Cristobal tem nome e sobrenome. O nome homenageia o santo enquanto o sobrenome, “Las Casas”, homenageia o bispo Bartolomeu de Las Casas, o maior protetor dos direitos indígenas em tempos coloniais. A igreja católica teve um papel polêmico no processo de colonização da América espanhola, sendo alvo de muitas críticas. Mas certamente também teve vários aspectos positivos. Um deles, indubitavelmente, foi que era a única voz importante em defesa dos direitos indígenas, a única instituição para a qual os nativos poderiam recorrer. Muitas vezes essa posição a colocou em conflito com o Estado o que levou, por exemplo, à expulsão de toda a ordem jesuíta das colônias espanholas na América, em meados do séc XVIII.
Rua peatonal da charmosa San Cristobal de Las Casas, no sul do México
O fusca, carro ainda muito comum nas ruas do México (em San Cristobal de Las Casas, no sul do país)
Os indígenas de Chiapas, estado de que San Cristobal foi a maior cidade durante séculos, sempre foram parcela importante da população. Em que pese a “proteção” por parte de homens como Las Casas, a sua situação sempre foi de mal a pior. Não por acaso foi aqui que surgiu o EZLN para lutar exatamente pelos direitos desses nativos. Em 1994, surgindo do “nada”, o Ex[ercito Zapatista chegou a tomar a cidade por alguns dias, fazendo manchetes nos jornais de todo o mundo. Pelo bem ou pelo mal, o fato é que, desde então, a situação tem melhorado, embora ainda reste muito o que fazer.
Subindo o morro para chegar à igreja San Cristobal, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México
O turismo também vem fazendo a sua parte, trazendo dinheiro e investimentos e movimentando a economia da região. Além disso, ajuda a manter essa belíssima região aos olhos do mundo, o que certamente mantém o governo sob pressão para continuar investindo por aqui.
Devoção na Igreja San Cristobal, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México
San Cristobal, por exemplo, é uma cidade agradabilíssima de se visitar. O seu centro histórico tem ruas de pedra e arquitetura colonial. A quantidade de hotéis charmosos impressiona e o número de restaurantes de qualidade é, de certa forma, desesperador. Como experimentar todos? Como escolher entre eles? Vários tem como especialidade comida natural, tudo cultivado de maneira orgânica.
A bela fachada do templo de Santo Domingo, em San Cristobal de Las Casas, no sul do México
As praças estão sempre cheias e vivas. Pode ser de dia ou de noite, sempre há movimento no coreto, uma banda no andar de cima, um café no andar de baixo, pessoas passando, olhando e dançando ao seu redor. Também as ruas peatonais são assim, vários restaurantes com as portas abertas, mesas na calçada, gente sentada e vendo a vida passar.
O sempre agitado coreto em San Cristobal de Las Casas, no sul do México
Nós chegamos na cidade no fim da tarde de ontem e vamos embora amanhã de manhã. Deu tempo de conhecer dois bons restaurantes, um acolhedor bar de vinhos, caminhar pelas ruas e praças, visitar algumas igrejas e também o sempre agitadíssimo mercado da cidade.
Hora do passeio em San Cristobal de Las Casas, no sul do México
Uma das igrejas, justamente aquela que tem o nome da cidade, está encima de um morro que proporciona uma bela visão de San Cristobal, além de um bom exercício também, para vencer as centenas de degraus para se chegar lá. A visita ao mercado é sempre genial, aquela confusão total de sabores, cheiros e cores, gente local atendendo à gente local e uns poucos e afortunados turistas vendo aquilo tudo. Para nós, brasileiros, uma das coisas que impressionam é a quantidade e variedade de feijão e de milho, duas das mais consumidas comidas no país, desde o tempo dos Olmecas, muito antes de mayas e astecas. Feijão de todas as cores, até verde e azul! E não é pintado, não!
Diferentes variedades de milho no mercado de San Cristobal de Las Casas, no sul do México
Para mim, um grande esforço foi passar por aqui, especialmente por aquele delicioso bar do vinho, sem tomar uma gota de álcool. Estou em semana de antibióticos e portanto, em estrita abstinência alcoólica. Um motivo a mais para voltar a essa bela cidade algum dia, só para tomar uma cervejinha ao lado do agitado coreto, ou uma taça de vinho acompanhada de bom queijo no Vino de Baco.
Até feijão verde e azul (!!!) tem no mercado de San Cristobal de Las Casas, no sul do México
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