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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Com o Gera e a Val na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Eram oito horas da manhã quando, já a mais de 20 quilômetros do centro de Toluca, sentamos à mesa do restaurante na beira da estrada, bem no trevo de onde parte a estrada de acesso ao Nevado de Toluca, a montanha que iríamos subir no dia de hoje. Juntos conosco nesse café da manhã, passando a fazer parte da aventura de 1000dias por toda a América, a Valéria e o Geraldo. Nós os tínhamos encontrado na noite anterior, no hotel em Toluca, mas é claro que a história vem de bem mais longe...
Com o Gera e a Val, tomando café já na estrada, a caminho do Nevado de Toluca, na região central do México
Nas alturas, o reencontro das amigas no Nevado de Toluca, na região central do México
A Valéria, ou simplesmente Val, conhece a Ana há muito mais tempo do que eu. São amigas desde criança, lá de Curitiba, compartilhando doce lembranças infantis como se fossem da mesma família. A amizade continuou na adolescência e na vida adulta e a Val foi uma de nossas primeiras convidadas para ser nossa madrinha de casamento, selando de uma vez os laços para toda a vida. Formada em turismo, acompanha nossa viagem de perto desde o primeiro dia, sempre planejando vir nos encontrar. No início desse ano, decidiu que era chagada a hora e, quase num ímpeto, comprou a passagem para o México. Vai ficar conosco por duas semanas, entre montanhas, praias, grandes e pequenas cidades, a mais nova passageira da Fiona.
Com a Val no Nevado de Toluca, na região central do México
Com o Gera, chegando à cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
Já a amizade com o Geraldo, ou Gera, é “um pouco” mais recente. O Gera é amigo do Guto, meu irmão. Escalaram juntos várias montanhas no Chile e no Brasil. Já há algum tempo ele vivia entre Brasil e México, país de sua esposa. Recentemente, se mudou de vez para cá e tem viajado bastante no país, principalmente atrás das montanhas que tanto gosta. Sabendo da minha ideia de subir o Pico Orizaba, a montanhas mais alta do México e de toda a América do Norte, se não contarmos o Alaska, o Guto teve a ótima ideia de nos colocar em contato, já no final do ano passado. Desde então, a gente vem trocando e-mails para tentar organizar alguma coisa. Mais do que o próprio Orizaba, o Gera montou para nós um verdadeiro roteiro de aclimatação, passando por várias montanhas progressivamente mais altas e duras para que, na hora do grande teste, estejamos prontos. Melhor ainda, escolheu montanhas em lugares interessantes, como Bernal e Tepoztlán, ambas Pueblos Mágicos. E para completar, programou suas férias para este período, para que pudesse nos acompanhar nas escaladas finais, aqui no Nevado de Toluca, no Izta e no objetivo final, o Orizaba.
Com o Gera, no alto do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
Pela primeira vez acima dos 4 mil metros, a Val na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Bem, a Val não veio para o México apenas para subir montanhas! Levá-la para cima dos 4 mil metros de altitude logo no seu segundo dia por aqui já foi um teste, mas passar metade de sua viagem no país subindo montanhas já era demais. Assim, eu e a Ana resolvemos nos dividir por uns poucos dias. Começamos todos juntos aqui em Toluca e assim vamos para o Iztla. Mas, de lá, as duas vão passar uns dias na Cidade do México enquanto eu, mais fanático pelas grandes altitudes, junto com o Gera, nos arriscamos no Orizaba. Depois, reencontro-me com a esposa e a madrinha e seguimos para a península do Yucatan, para uma semana de cidades históricas, ruínas maias e praias caribenhas. Desse modo, agradamos todos a gregos e troianos.
A Val chega à cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
Caminhando para a borda da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Bom, terminamos nossas “quesadillas de queso” e fomos aproveitar o dia lindo de céu azul que fazia para subir uma das maiores montanhas do México, com mais de 4.600 metros de altitude. Pode parecer muito, mas boa parte do trabalho, quem faz é a Fiona. Uma estrada nos leva até os 4.200 metros e dali, mais 20 minutos de caminhada até a parte mais baixa da crista da cratera, a 4.300 metros de altura. É de onde temos a primeira verdadeira visão da beleza e magnitude dessa montanha, na verdade um vulcão dormente, quem sabe extinto.
Admirando a incrível beleza da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Nessa foto aparecem os dois lagos do interior da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
A última erupção do Nevado de Toluca foi há 10.500 anos. Um erupção mediana, do mesmo porte da erupção do vulcão Pinatubo, na década de 90, nas Filipinas. A região onde hoje está Toluca, a 20 quilômetros de distância, ficou coberta com pouco mais de um metro de cinzas. Já a região da Cidade do México, a pouco mais de 100 quilômetros de distância, recebeu 10 cm de cinzas. A mesma erupção, hoje, teria sido um desastre. Na época, ainda na era glacial, não eram tantos os humanos que viviam nas redondezas. Não se sabe com certeza se foram afetados, mas certamente sua caça preferida foi: foram encontrados ossos de mamutes em meio às cinzas daquela erupção.
A Ana e a Val, amigas desde criança, na crista do Nevado de Toluca, na região central do México
Admirando a beleza da enorme cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
Hoje, chegando na borda da cratera, era difícil imaginar qualquer tipo de destruição em meio a uma beleza tão espetacular. O Toluca pode não ser a mais alta, mas é séria concorrente ao título de mais bonita montanha mexicana. Dentro de sua cratera, 100 metros abaixo de nós, não há um, mas dois lagos. O lago da Lua e o Lago do Sol, um verde e outro azul, tão próximos e tão distintos. Só são iguais na beleza, a neve das encostas refletida nas sua suas águas plácidas e serenas. Um verdadeiro colírio para os olhos de quem tem a chance de ver. Um espetáculo visual como há muito não tínhamos!
A incrível paisagem da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
A impressionante cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Depois de alguns minutos de pura veneração, começamos a seguir pela crista da cratera, em direção às partes mais altas. Nessa altura, com o ar muito mais rarefeito, qualquer esforço cansa bem mais, principalmente quando o organismo ainda não está aclimatado. Fomos subindo bem devagar, eu e o Gera mais à frente, a Ana e a Valéria ficando para trás. As duas tinham muita conversa para colocar em dia. Pelo menos, dois anos de histórias e novidades!
Botando o papo em dia no alto do Nevado de Toluca, na região central do México
Quase no alto Nevado de Toluca, na região central do México. Ao fundo, o Popo e o Itzla, duas das maiores montanhas do país (foto de Geraldo Ozorio)
Na frente, eu e o Gera chegamos a um platô mais alto, depois de vencer uma íngreme subida de terra solta, quase uma duna de areia. Quanto mais alto, mais belo ficava o panorama. À nossa frente, agora, uma encosta de pedras com uns cem metros de altura que tem o nome de Pico del Aguila, o segundo mais alto da montanha, com 4.640 metros de altitude. Para lá seguimos, entre neve e rochas, as mãos e nossos bastões de caminhada nos ajudando.
Caminhando pela crista do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
Subida final para um dos picos do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
Um último esforço e chegamos ao nosso cume de hoje, uma excelente conquista rumo ao Orizaba. De lá, vimos a Ama e a Valéria chegarem àquele platô mais alto, logo depois da tal duna de areia e de uma crista mais estreita, uma bela vista para os dois lados. Quase sem saber, tiramos fotos recíprocas, além de fotos nossas mesmo, felicidade pura de chegarmos, cada um de nós, no nosso ponto alto do dia.
O Rodrigo e o Gera, dois pequenos pontos no cume do Nevado de Toluca, na região central do México
A Ana e a val na crista do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)
A Ana na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Eu e o Gera descemos para nos encontrar com as meninas para nova sessão de fotos. Aí, foi z vez de eu me separar sozinho dessa vez. Acelerei para baixo, porque agora queria chegar ao centro da cratera, até a borda daqueles dois lagos maravilhosos que tínhamos visto de cima. Para minha surpresa, a água nem era tão fria e, quem sabe, num dia inspirado e com roupas de banho, até fosse possível um mergulho rápido. Um mergulho acima dos 4 mil metros de altitude deve ser bem especial! Pois é, mas não hoje...
1000dias no alto do Nevado de Toluca, na região central do México
Descendo o Nevado de Toluca, na região central do México
Um dos lagos dentro da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México
Voltei para a crista, reencontrei os três e, agora juntos, voltamos para a sempre fiel Fiona. Na nossa apertada programação, passamos direto por Toluca e fomos, quase na mesma estrada de ontem, até Tepoztlán novamente. Mas também não paramos aí. O destino final do dia de hoje foi a pequena Amecameca, aos pés de duas montanhas (também vulcões!) ainda mais altos que o Nevado de Toluca. Estou falando do Itza e do Popo, a 3ª e a 2ª maiores montanhas do México, respectivamente. Quase frente à frente, é aqui o cenário da nossa próxima etapa de aclimatação rumo ao Orizaba. Nós já os vimos lá do alto do Nevado, imponentes, pairando sobre as nuvens. Chegou a hora de vê-los mais de perto! A caminhada de amanhã promete!
A Fiona e o Nevado de Toluca, na região central do México
O Iztla, com a forma de uma mulher deitada, visto do alto do Nevado de Toluca, na região central do México
Ro, Muito Obrigado pela companhia ! Me diverti muito e o mais importante: fiz novas amizades !
Excelente relato ! me fez sentir novamente neste lugar que tanto me encanta....
Abraços e boa sorte !
Resposta:
Oi Gera
Nós é que agradecemos a companhia. Além de um guia, ganhamos um amigo. Foi espetacular! Viva as montanhas!
Um grande abraço e obrigado, lá do fundo do coração, de ter nos levado nesse lugar incrível!
Linnndo,ter amigos assim é uma benção,um abraço
Resposta:
Oi Lurdes
Pois é, melhor que estar em um lugar maravilhoso coomo esta montanha, é estar aí muito bem acompanhado, como nós estávamos. Como vc mesma disse: uma benção!
Um abraço
Que beleza!!! Linda a montanha e vontade de ter estado junto com vocês!! Estou curioso pelo relato e fotos do Orizaba, abraços, Guto
Resposta:
Grande Guto
Se não estava lá pessoalmente, estava em espírito e nos nossos pensamentos, com certeza! Não sentiu seu ouvido esquentando não?
Antes do relato do Orizaba, ainda tem o do Izta, a bela montanha em forma de mulher deitada. Foi espetacular! Depois, vem o Orizaba.... Chegamos lá!
Um grande abraço
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