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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A charmosa Rue du Petit-Champlain, na parte baixa do centro histórico de Quebec, no Canadá
Chegamos em Quebec justamente no final de semana. Se a cidade (e o país) já fica em “estado de festa” permanente durante o verão, no fim de semana a animação se acentua ainda mais! Ruas cheias, pessoas felizes, mercados, feiras, festivais, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Sente-se a “energia” vibrar pelo ar.
A parte baixa do centro histórico de Quebec, no Canadá
Quebec é a única cidade “murada” ao norte da Cidade do México. Certamente, não foi para efeitos “decorativos” que se construíram as grossas muralhas e torres que cercam toda a cidade histórica. Não, o problema era mais em baixo. Quebec, a principal cidade francesa na América do Norte, estava sob constante ameaça dos rivais ingleses, que lutavam pela supremacia no continente. Mais de um século de escaramuças e guerras mais tarde e Quebec finalmente caiu, na famosa batalha de “Plains of Abraham”, lutada aos pés dos muros que cercam a cidade. Agora, todo o país e toda a província eram ingleses, mas Quebec continuaria mais francesa do que nunca, na língua, nos costumes e na cultura.
A charmosa Rue du Petit-Champlain, na parte baixa do centro histórico de Quebec, no Canadá
Quinze anos mais tarde e a cidade repeliu o ataque dos revolucionários americanos. Desde então, os muros foram perdendo suas características defensivas e ganhando ares turísticos. Hoje, é possível a dar volta na cidade encima ou ao lado deles, toda a área transformada em um parque. Na parte de dentro, a “Velha Quebec”, dividida em Cidade Alta e Cidade Baixa. Do lado de fora, muita coisa interessante para ser visitada, como o pomposo Palácio do Parlamento Provincial, a rua da balada, com suas dezenas de bares e restaurantes lado a lado, e as “Planícies de Abraão”, onde foi lutada a famosa e decisiva batalha de 1759.
O palácio do Parlamento, em Quebec, no Canadá
Nesses últimos dias, tentamos viver um pouco de tudo isso, aproveitando cada minuto nessa deliciosa cidade. Logo na primeira noite, depois de conseguirmos achar um hotel para ficar dentro dos muros (difícil tarefa num final de semana de verão!), pudemos caminhar pelas ruas desertas e monumentos iluminados, em plena madrugada. Tudo porque insistimos em pegar uma agitada balada, do lado de fora dos muros. Foram momentos mágicos!
Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá
No dia seguinte, ainda pela manhã, descemos caminhando para a movimentada Parte Baixa de Quebec. Caminhávamos entre centenas de animados turistas e dezenas de cidadãos da cidade fantasiados com roupas dos séc XVII e XVIII. Incentivados pela prefeitura, ficam perambulado pela parte histórica da cidade, como se fosse a coisa mais natural do mundo, ou como se realmente vivessem há 200 anos. Era o que faltava para podermos sentir ainda mais o clima da cidade centenária, ruas e prédios com a mesmíssima arquitetura de dois séculos atrás.
Visto do rio St. Laurent, ou São Lourenço, em Quebec, no Canadá
Um bom passeio pelas ruas de pedra, por entre feiras e mercados, uma olhada na orla do rio e estávamos prontos para mais um delicioso almoço francês num dos muitos restaurantes ali embaixo. Renovados, voltamos à parte alta, agora para explorar as ruas que ainda não tínhamos visto naquela área. A cada esquina, uma nova movimentação, mais um grupo de restaurantes, mais um prédio histórico. Impressionante! Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, temos sempre a impressão de estar perdendo alguma coisa...
Cerimônia da troca da guarda, na Citadela de Quebec, no Canadá
Seguimos para fora da cidade, para ver o prédio do parlamento e os famosos campos de batalha, hoje transformados em parque e enorme área verde. Daí se pode observar a cidade murada de um lado, a Citadela (o maior forte do país) de outro e o rio São Lourenço passando lá embaixo. Uma vista magnífica para um fim de tarde!
Fim de tarde em frente ao Cháteau Frontenac, o mais famoso hotel de Quebec, no Canadá
Ainda conseguimos ver a concorrida cerimônia da troca da guarda na Citadela. Aqui, os uniformes são ingleses, parecidos com os do Palácio de Buckingham, em Londres. Pareceram-me um pouco fora do contexto. Voltamos rapidamente para o mundo francês do lado de dentro da cidade, ao lado do Cháteau Frontenac, o mais fotografado hotel do mundo. Não é por menos, uma construção gigantesca e estilosa, suas torres parecendo querer encostar no céu.. Incrível imaginar que construíram um prédio daquele tamanho em pleno século XIX para servir de hotel! Hoje, acabou se transformando na principal landmark da cidade.
O famoso Chateau Frontenac, um dos mais fotografados hoteis do mundo, em Quebec, no Canadá
Para encerrar o dia, do terraço do nosso hotel, junto com os outros hóspedes, assistimos de camarote ao enorme cinema em que foi transformado as paredes de um grande armazém portuário. Em seguida, um show de fogos celebrando o verão e apropria cidade de Quebec. A luz dos fogos iluminava a cidade e as águas do rio, emprestando um ar meio mágico ao cenário. Inesquecível!
Viajante que levou seu piano através dos Estados Unidos, em Quebec, no Canadá
O dia de hoje foi dedicado a mais andanças pelas ruas, um pouco mais vazias do que ontem, inclusive na famosa Place Royale, a principal da Cidade Baixa. Entramos nas belas igrejas da cidade e passamos boas horas em dois dos muitos museus de Quebec. O primeiro foi o que conta a história da América Francesa, de que tratei no post anterior. O segundo foi o Museu das Civilizações. Aí pudemos ler um pouco e aprender sobre a história e a arte dos povos indígenas do Canadá, aqui conhecidos como “First Nations”. Por séculos tiveram sua cultura e modo de vida reprimidos, mas hoje, dentro da política de valorização multicultural do governo e da constituição, as coisas estão mudando, felizmente. Eles são os únicos habitantes das vastas regiões do norte do país, região que aprenderam a viver e interagir com a natureza. Um exemplo de adaptabilidade à condições extremas e uma verdadeira lição de vida. Entre os povos das “First Nations”, nossos amigos Inuits lá da Groelândia. Foi engraçado, até nos sentimos mais “em casa” ao ler sobre eles...
Armazens do porto transformados em gigantesco cinema ao ar livre, em Quebec, no Canadá
Pessoas assistem à show de fogos em Quebec, no Canadá
Por fim, no mesmo museu, deixamos um pouco a América e viajamos para a Ásia. Mais especificamente, para o Japão. O museu apresentava uma excelente exposição sobre os samurais, contando um pouco da história e cultura dessa casta de guerreiros. Trajes e armas reais nos transportaram para um outro tempo e outra realidade, quase fantasiosa, saída de algum filme do Kurosawa. Muito legal!
Arte Inuit no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
Belíssima exposição sobre samurais, no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
Amanhã, deixamos à cidade rumo a dois dias por Parques Nacionais da província de Quebec. Chega de cidades grandes, vamos à pujante natureza do Canadá!
Belíssima exposição sobre samurais, no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
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