0
Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela
Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A tradicional placa de advertência na caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
A Louisiana foi o décimo primeiro estado da Fiona aqui nos Estados Unidos. Um a menos que eu e a Ana, que já havíamos estado na Flórida no comecinho da nossa viagem, dois anos atrás. Viemos de avião, passamos uma rápida temporada no sul do estado, com direito à passagem em Key West, fizemos nosso primeiro giro pelo Caribe e demos outra passada por Miami. Lá se vão dois anos! É até engraçado, para nós, ler os posts daquela época.
Chegando à Flórida, nos Estados Unidos
Agora, chegou a hora de entrarmos no estado dirigindo nosso próprio carro, diretamente do Brasil! Emocionante! Saímos de New Orleans um pouco antes da metade do dia e não demorou muito para entrarmos no “Sunshine State”, o auto apelido da Flórida. Depois, uma longa estrada cruzando a parte oeste do estado até chegarmos ao alto da península que forma boa parte da Flórida. Ali estava nosso objetivo dos próximos dias: as famosas cavernas inundadas da Flórida, as mais “mergulhadas” do mundo!
Nosso chalé no Dive Outpost, em Peacock, na Flórida, nos Estados Unidos
Antes de iniciarmos nossa viagem há dois anos, fizemos vários cursos para nos preparar para a nossa aventura pelo continente. Um deles foi o curso de mergulho em cavernas, uma das modalidades mais técnicas e perigosas da atividade. Acontece que, no Brasil, apesar de tantas cavernas maravilhosas para se mergulhar, não é possível fazer isso, pois dificuldades burocráticas acabaram por, na prática, proibir esse tipo de mergulho.
Roupas secam no capô da Fiona na nossa pousada em Peacock, na Flórida, nos Estados Unidos
Assim, nosso curso (e também toda a nossa experiência) foi dado não numa caverna, mas numa antiga mina abandonada, na cidade de Mariana, em Minas Gerais. A mina, por não ser uma cavidade natural, escapa das burocracias criadas pelo Ibama, e acaba sendo a nossa única “caverna” para se mergulhar no Brasil. Ali treinamos e ganhamos nosso certificado. E por ali passamos novamente, quando estivemos em Minas Gerais. Quem quiser conferir, basta ver os posts de 28/08/2010.
Felizes e prontos para nosso primeiro mergulho numa caverna de verdade, em Peacock, na Flórida, nos Estados Unidos
Desde então, aguardamos a oportunidade do nosso batismo numa caverna de verdade. Poderia ter sido no México (ainda vamos passar lá, na volta!), mas acabou sendo aqui, em Peacock, no norte da Flórida. Insistência da Ana, pois eu já estava querendo deixar passar... Ainda bem que ela insistiu! Uma experiência maravilhosa dessa não dever ser desperdiçada!
Parque de Peacock, na Flórida, nos Estados Unidos
A gente chegou nas últimas luzes do dia na entrada da estrada que dá acesso ao Parque Estadual de Peacock. Bem ali tem um alojamento, o Dive Outpost. O gerente Tim, muito simpático, rapidamente organizou um guia para nos levar na caverna amanhã cedo. Afinal, não somos bobos nem nada de entrar nesse ambiente pela primeira vez sem ter alguém para nos guiar e dar segurança naquele mundo alienígena.
Com o Tony, nosso guia nas cavernas alagadas em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
O mergulho em cavernas realmente é uma atividade muito perigosa, mas ao longo dos anos, técnicas, treinamentos e equipamentos vêm sendo desenvolvidos para torná-la tão segura quanto o possível. E quase tudo isso foi feito, ou criado, aqui na Flórida, onde estão as cavernas mais mergulhadas do mundo. Regras, protocolos, equipamentos, tudo desenvolvido com base na experiência e nos acidentes ocorridos ao longo das últimas duas décadas pelos pioneiros desse esporte.
Pronto para entrar na água em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Assim, as cavernas só estão abertas para mergulhadores devidamente certificados. Todos mergulhamos com equipamentos em redundância, caso um deles falhe. Lanternas, cada um tem três! Além disso, sempre contamos uns com os outros. Antes do início do mergulho, todo o equipamento é checado e rechecado e quando entramos, acompanhamos sempre a famosa “Golden Line”, uma linha amarela que nos guia através do labirinto da caverna.
Começo de mergulho em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Por fim, para complementar toda essa segurança, ainda há outro item fundamental: a calma e o autocontrole. Numa caverna, está proibido entrar em pânico! Afinal, uma vez lá dentro, não há para onde correr! Em águas abertas, na pior das hipóteses, sempre se pode subir para a superfície. Aqui, se subirmos, damos com a cabeça no teto! Não há atalho! Se algo ocorrer, temos de sair pelo mesmo caminho que entramos. Se entramos 300-400 metros, essa é a distância que teremos de nadar novamente. Isso pode levar 20-30 minutos, dependendo do quanto se adentrou na caverna.
Mergulhando na caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Enfim, tudo pela emoção de entrar nesse mundo “proibido”, tão pouco visitado e misterioso aos nossos olhos. É a sensação de exploração no seu máximo sentido. Havia anos que esperávamos pela oportunidade e estávamos prontos e ansiosos por isso.
Junto ao cabo guia na caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Logo de manhã chegou o Tony, o nosso guia. Fizemos a checagem dos equipamentos e seguimos para o parque ali do lado. Ele nos deu o briefing para sabermos o que nos esperava, revisamos os sinais de comunicação, conversamos sobre a história do local e fomos, enfim, mergulhar. Peacock faz parte de um enorme sistema de cavernas, mas nós seguiríamos apenas pela parte principal. Deixamos a boca e a segurança da iluminação natural, afundamos até pouco mais de 10 metros de profundidade e entramos pelo túnel escuro em fila indiana, seguindo a Golden Line. O Tony na frente, a Ana no meio e eu atrás, tentando filmar aquele mundo estranho.
Chegando à saída da caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
É muito difícil descrever o que sentimos lá embaixo. Certamente, a sensação é que não estamos no nosso mundo, que somos apenas visitantes. As luzes iluminam paredes, buracos e passagens e a gente fica imaginando como seria passar por lá se a caverna fosse seca. Engraçado, quando estamos numa caverna seca, é justamente o contrário: eu e a Ana sempre imaginamos como seria mergulhar por ali, se a caverna fosse inundada!
Saindo da caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Os túneis são relativamente largos mas, ao contrário da mina da Passagem, em Mariana, aqui o arquiteto foi a natureza, então não há linhas retas ou passagens regulares. Muito mais bonito e impressionante assim, um túnel cavado através de milhares de anos pela água dissolvendo o calcário. No meio daquela escuridão, tão longe da luz e da atmosfera, nossa mente divaga e a gente apenas segue seus caminhos e pensamentos. Muita coisa passa pela cabeça e nosso trabalho é apenas filtrar o medo, que deve ser deixado para trás.
Fim do primeiro mergulho em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Mas, devo admitir, é um alívio quando fazemos meia volta e um alívio maior ainda quando vemos as primeiras luzes da boca da caverna, na hora da saída. Chegar a superfície, ver o verde das plantas, tirar o respirador e sentir o ar fresco entrando nos pulmões é uma verdadeira dádiva! Assim como são as memórias e experiências que acabamos de ter.
Carregando equipamento de mergulho em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
A gente descansou um pouco e logo partimos para um segundo mergulho, dessa vez por um outro túnel ainda mais bonito. Esse formava chaminés e enormes colunas d’água sobre nossa cabeças. Um verdadeiro show da natureza, escondido sobre a terra e a água, longe dos olhos dos simples mortais. Outra coisa bem legal desse segundo mergulho foi que atravessamos a caverna, chegando até outra saída. Por aí chegamos a superfície, admiramos um pouco o mundo e a luz e voltamos para as profundezas e para a escuridão, para voltarmos a nossa entrada original. Muito legal mesmo!
Passagem por "janela" em caverna alagada em Peacock, na Flórida, Estados Unidos
Hoje dormimos bem mais leves. Tínhamos passado pelo nosso verdadeiro batismo nas cavernas alagadas. Sobrevivemos, hehehe! Amanhã seguimos para outra caverna, a pouco mais de uma hora de distância daqui. É, talvez, a mais famosa do mundo para essa tipo de atividade: Ginnie Springs. É como se fosse a Indianápolis do automobilismo, ou a Wimbledon do tênis. Lá, teremos uma diferença fundamental do mergulho de hoje. Aqui, não há corrente, é como se fosse um lago subterrâneo. Em Ginnie, ao contrário, há um rio. Vamos enfrentar uma forte corrente! Ainda bem que o Tony estará conosco novamente!
isso e verdade ou memtira
Resposta:
Olá Eduarda
É verdade sim!
Abs
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet