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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Jangada preparada para sair ao mar no Pontal do Maceió, em Fortim, no litoral do Ceará
Já há muitos meses que minha família vem planejando celebrar em grande estilo o aniversário de minha mãe. Afinal, não é todo dia que se faz 80 anos de idade. Seria também mais uma grande chance de conseguirmos reunir toda a família de uma só vez. Com os filhos grandes, casados e com seus próprios filhos, isso tem sido cada vez mais difícil de conseguir. Ainda mais que uma irmã mora no exterior e outro irmão só recentemente voltou a morar no Brasil. Para falar a verdade, na atual configuração, não me lembro se um encontro completo já tenha ocorrido. Somos cinco filhos (mais um que está lá no céu), quatro dos quais casados, e cinco netos e a última grande chance de reunião havia sido no aniversário de 80 anos do meu pai, em junho passado (post aqui), mas uma cunhada, a Íris, teve de ir trabalhar nos EUA bem naqueles dias e a reunião não foi completa. Agora, tínhamos uma nova chance de ouro e não podíamos deixá-la escapar.
Família reunida para jantar no hotel de Fortim, litoral do Ceará
Para falar a verdade, um dos motivos que também complicaram uma reunião completa da família foi o nosso projeto dos 1000dias. Afinal, estamos longe de casa há quase quatro anos! Teoricamente, nossa viagem deveria ter terminado em Dezembro de 2012 (quando completamos 1.000 dias de viagem), mas não terminamos e continuamos sendo um empecilho para a reunião da família. Assim, no aniversário do meu pai, como já estávamos na “prorrogação” dos 1000dias, não tínhamos desculpas para não comparecer e voamos lá de Roraima para Ribeirão Preto para participar da festa. Naquela época, a gente também se comprometeu a não faltar no aniversário de minha mãe. Na verdade, até imaginamos que talvez a viagem já tivesse terminado até lá, mas não terminou. De qualquer maneira, compromisso é compromisso e assim que foi definido o local onde seria a celebração, tratamos de nos programar de estar lá. E assim foi. Festa marcada para o litoral do Ceará, fizemos nossas contas, vimos que estaríamos entre Chile e Argentina e tratamos logo de comprar as passagens de avião de Santiago a Fortaleza. Feito isso, foi só calibramos nosso roteiro para chegarmos à capital chilena na época certa. Nossos 1000dias terão mais um intervalo, mais umas “férias das férias”, mas logo retornamos e retomamos a parte final de nossa viagem.
Tudo explicado, vamos à história. Acordamos anteontem de manhã ainda em Rengo, na casa de nossos amigos Andrea e Pablo. Daí dirigimos para Santiago, diretamente para a casa da Maria Ester, a mãe do Pablo. De tanto que passamos por aqui, já somos amigos e a Fiona já até sabe o caminho para chegar à casa dela. Foi aqui que também deixamos a Fiona quando voamos para a Ilha de Páscoa, em outubro do ano passado. A diferença é que, daquela vez, não abandonamos a Fiona no Chile, pois a Ilha de Páscoa também é território chileno e, portanto, nós não estávamos saindo do país. Agora sim, vamos ao Brasil enquanto nosso carro permanece no Chile e esse “pequeno detalhe” tem implicações burocráticas.
Nossa rota de avião entre Santiago, no Chile, e Fortaleza, no Ceará, fazendo escala na capital Brasília
Sobrevoando o centro-oeste do Brasil, no voo entre Brasília e Fortaleza, no Ceará
Como regra geral, países “não gostam” que nós cheguemos até eles de carro e saiamos de outra maneira, deixando o carro para trás. Enxergam aí a possibilidade de algum trambique, que tenhamos, por exemplo, vendido ilegalmente o automóvel. Por isso, pelo menos em países mais organizados, eles mantêm em seus computadores a informação de como e onde cada turista entro no país. Na hora da saída, checam para ver se não há nada errado. Pode ser a duração da estadia, se não ficamos mais tempo do que o permitido, ou se não estamos deixando um carro para trás. Durante nossos 1000dias, passamos diversas vezes por essa situação, pelo dilema de seguir ou não a burocracia e “burrocracia” de seguir estritamente as regras e procedimentos de cada país sobre como deixar um carro para trás, nem que seja temporariamente (como era sempre o nosso caso!).
O balcão de salgados não deixa dúvidas, estamos no Brasil! (escala no aeroporto de Brasília, rumo a fortaleza, no Ceará)
O balcão de doces não deixa dúvidas, estamos no Brasil! (escala no aeroporto de Brasília, rumo a fortaleza, no Ceará)
Os EUA, por exemplo, são um raro caso que não cria embaraços. Por três vezes deixamos a Fiona por lá, uma quando fomos às Bermudas, outra quando viajamos para a Islândia e Groelândia e outra quando fizemos uma de nossas incursões às ilhas caribenhas. Nem uma burocracia ou papel para preencher. Simplesmente, aparecemos no aeroporto e pagamos nosso voo, enquanto a Fiona ficava na garagem do amigo Marcelo, em Miami, ou na casa da prima Anita, em Princeton. Houve também os casos do México, Suriname e Colômbia, onde ignoramos solenemente as regras e simplesmente pegamos nossos voos para o Caribe, a Fiona ficando na casa de algum amigo ou no estacionamento de um hotel. No aeroporto, ninguém conferiu nada, nem na ida nem na volta, e não tivemos problemas. Foi assim também na Argentina, quando embarcamos para a Antártida.
Revistas em português! Já estamos no Brasil, escala em Brasília, rumo a Fortaleza
Sobrevoando o centro-oeste do Brasil, no voo entre Brasília e Fortaleza, no Ceará
Aonde não foi assim, foi no Panamá. De lá nós iríamos voar para a República Dominicana e nossa ideia era fazer como já havíamos feito todas as vezes anteriores: ignorar as regras. Mas um despachante com quem estávamos em contato para nos auxiliar na tarefa de atravessar o carro de volta à América do Sul nos aconselhou muito a seguir os procedimentos burocráticos, sob pena de não nos deixarem embarcar no aeroporto. Aí, decidimos seguir as regras e foi um parto, como relatado nesse post. Tivemos de deixar o carro em um “porto seco”, pagar um bom preço, preencher muitos papéis e perder bastante tempo. Fora isso, deu tudo certo e pudemos viajar tranquilos.
Muito sol na praia do Pontal do Maceió, em Fortim, no litoral do Ceará
Agora, aqui no Chile, tratamos de descobrir os procedimentos também. Não queríamos nos arriscar a sermos barrados no aeroporto, perdermos o voo, a festa da minha mãe e a chance de, finalmente, reunir toda a família. Eram riscos demais! Felizmente, a complicação aqui no Chile é muito menor do que no Panamá. Só precisávamos ir até a polícia de fronteira e assinar um termo de responsabilidade dizendo que o carro ficaria com um chileno de confiança no país. O tal “chileno de confiança” também deveria estar presente e assinar o mesmo termo. Na volta, seria necessária apenas a nossa presença para dar baixa nesse documento. A polícia de fronteira mais perto de nós era no próprio aeroporto e nós resolvemos conceder essa “honra” de guardião da Fiona para a Maria Ester. Sempre muito simpática e solícita, ela aceitou a incumbência e o trabalho. “Trabalho” porque ela teve de ir até o aeroporto anteontem de tarde conosco, para fazer a burocracia. Nós viajamos de Rengo até a casa dela, tomamos uma água e, agora todos juntos, fomos até o aeroporto. Ali assinamos os papéis e voltamos de Fiona para a casa dela, garagem velha conhecida do nosso carro. Aqui a Fiona ficará até voltarmos do Brasil, no dia 2 de fevereiro, daqui a uma semana.
Reencontro com pais e tios no hotel em Fortim, litoral do Ceará
Passeando na maré baixa na praia de Pontal do Maceió, em Fortim, litoral do Ceará
Ontem bem cedo, céu ainda escuro, um táxi veio nos pegar na casa da Maria Ester para nos levar ao aeroporto. Ali, embarcamos sem problemas, termo de compromisso e passaportes mostrados ao oficial da aduana. A TAM e a LAN se juntaram recentemente e os voos entre os dois países têm muitas promoções. A gente conseguiu uns preços bem razoáveis, principalmente porque compramos com bastante antecipação. Nosso itinerário para Fortaleza fazia uma escala em Brasília, local onde pisamos nossos pés em solo pátrio pela primeira vez desde que fomos ao casamento da Laura e do Rafa na Ilha do Mel, há 45 dias.
A praia de Pontal do Maceió, em Fortim, litoral do Ceará
Barcos em suas "garagens" na praia de Pontal do Maceió, em Fortim, litoral do Ceará
Deu tempo de passear no aeroporto e avaliar as obras de modernização com vistas a Copa do Mundo, daqui a poucos meses. Muita coisa para se fazer ainda, mas as placas informativas em inglês já estão em todo canto. Espero que não façamos feio com os gringos! Mas, falando em línguas, foi passeando na banca de jornais e nas lojas de comida que nos fez perceber que estávamos realmente em nosso país. No princípio, os olhos até estranham todos aqueles jornais, revistas e livros escritos em português. Depois, é o estômago que se assanha quando vê os balcões de doces e salgados à mostra. Não tem nada parecido em todos os outros aeroportos que conhecemos nesses 1000dias. E para mim, como bom mineiro, ver pães de queijo à venda é sempre um colírio para os olhos e um estimulante irresistível para água na boca.
A Ana muito preocupada da vida no hotel em Fortim, litoral do Ceará
A Bebel aproveita o sol na piscina do hotel em Fortim, litoral do Ceará
Logo já estávamos no avião novamente. Algumas horas depois e já pousávamos no aeroporto de Fortaleza, também em obras de modernização para a Copa do Mundo. Mas aqui meus interesses eram outros! Aí mesmo no aeroporto, já encontramos meus pais, que também chegavam em horário parecido vindos de São Paulo. A boa notícia é que eles confirmaram que vão mesmo nos encontrar no Uruguai daqui a 17 dias e viajar conosco por lá. Tanto insisti que, finalmente, já no finalzinho do 2º tempo da prorrogação, eles decidiram ter também sua participação nos 1000dias. Que ótimo!
Encontro com a cunhada Íris no hotel em Fortim, litoral do Ceará
A Ana com os padrinhos do Rodrigo no hotel em Fortim, no litoral do Ceará
De carro alugado, seguimos da capital cearense para a cidade de Fortim, no litoral leste do estado, perto de Canoa Quebrada. Aí fica nosso hotel, na praia conhecida como Pontal do Maceió. Será nossa casa pelos próximos 7 dias, na companhia maravilhosa de toda a família. Além dos pais, irmãos, cunhados e sobrinhos, também vieram um primo (o Haroldo, aquele do vulcão Villarrica, em Pucón), meus padrinhos de batizado e casamento e outro casal de tios. Assim, o hotel está quase cheio só de familiares. Melhor impossível!
Maré baixa na praia de Pontal do Maceió, em Fortim, litoral do Ceará
Sobrinho e cunhados prestigiando o encontro para celebração de aniversário da mãe do Rodrigo, em Fortim, no litoral do Ceará
Ainda mais quando, no dia seguinte, com a luz do sol, percebemos realmente aonde estávamos. Uma praia maravilhosa, com aquelas jangadas típicas do Ceará, era o cenário. A bela piscina do hotel seria o ponto de encontro durante todas as tardes. E para quem seguiu nossa viagem e nossos posts desde o início, vai reconhecer vários rostos nas fotos desse e dos próximos relatos. Além do Haroldo, aqui está a sobrinha e afilhada Bebel, que viajou conosco no nordeste dos EUA, o sobrinho Leo a sua namorada Karen, que estiveram conosco em Itaúnas, no Espírito Santo, a família do irmão Pedro, que nos recebeu no Rio e esteve conosco em Visconde de Mauá, e as famílias das irmãs Lalau e Guto, que estiveram conosco em Poços de Caldas, São Carlos e Ribeirão Preto. Tem também o tio Carlos e a Gogóia, pais do Chico, que viajou conosco na Chapada dos Veadeiros e interior de Goiás. Enfim, como se diz por aí, está tudo em família e a semana nesse paraíso promete!
Família reunida para jantar no hotel de Fortim, litoral do Ceará
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