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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
No meio da tarde do dia 13, deixamos o Parque Nacional Corcovado para trás e regressamos de barco à Bahía Drake, onde nos esperava a Fiona e toda a nossa bagagem. Nossa ideia era seguir viagem imediatamente, rumo ao Panamá, e bastaram 10 minutos para arrumarmos nossas coisas e partirmos. Mas, eis que, ao cruzar o minúsculo centrinho da pequena cidade, cruzamos com a alemã Tanee caminhando pela rua. Tanne é aquela nossa amiga que conhecemos em San Juan del Sur, lá na Nicarágua, e para quem demos carona para a Costa Rica, onde ela leciona na capital San Jose. Sabíamos que ela tinha uma viagem programada para a Península de Osa por esses dias, mas já tínhamos desistido de reencontrá-la. Nós sim, mas o destino não! Foi joia vê-la novamente. A América não é tão grande assim, hahaha. Fizemos festa, fizemos fotos, contamos de nossas respectivas experiências no parque (ela esteve lá um dia antes de nós) e nos despedimos com um “Até logo!”. Nunca se sabe, né?
Reencontro com a alemã Tanee, em Bahía Drake, na Península de Osa, no sul da Costa Rica
Depois de tanto tempo, voltando ao Panamá, agora vindos da Costa Rica
Depois, pé na estrada. De terra até a estrada principal da península, de asfalto até a rodovia pan-americana e, de lá, até a fronteira que não estava longe. Burocracia mais ou menos rápida por nossa última fronteira na América Central já nas últimas luzes do dia, meu passaporte já tão sem espaço ganhando dois carimbos: um para mim e outra para a Fiona (???).
Nosso caminho entre a Península de Osa, na Costa Rica, e Bocas del toro, no Panamá
Da fronteira, ainda esticamos até a cidade de David, uma das maiores do país. Nada muito turístico por ali, mas muitas atrações nos arredores. Para nós, apenas um lugar para passar a noite no nosso caminho para Bocas del Toro, no litoral norte do país. Quase sempre que encontramos algum viajante e contamos da nossa viagem, ao falar que já tínhamos passado no Panamá, lá vinha a pergunta: “Panamá? Foram à Bocas del Toro?”. E a gente não tinha ido, um enorme buraco no nosso currículo de “viajantes das Américas”. Pois é, chegava a hora de tapar esse “buraco”, algo que já tínhamos planejado desde que passamos por aqui, na ida, para ter algo para ver na nossa volta. E aí, de agora em diante, quando ouvirmos aquelas perguntas, poderemos responder: “Claro, por supuesto!”.
Represa em meio à Cordilheira Central, no Panamá, entre David e Bocas del Toro
Ontem de manhã, partimos cedo para o norte do país, litoral do Atlântico, onde está o famoso arquipélago. Para chegar até lá, temos de cruzar a Cordilheira Central, que não só divide o estreito país em duas partes ainda mais estreitas, como separa os dois maiores oceanos da Terra. Foi do alto das suas montanhas, de cima de uma árvore, que o famoso pirata inglês Francis Drake avistou pela primeira vez o Oceano Pacífico, em meados da segunda metade do século XVI. Até então, esse vasto oceano ainda era um segredo militar de espanhóis e portugueses, em um dos momentos mais marcantes da vida de um dos principais aventureiros daquele século, cavalheiro da rainha Elizabeth e inimigo público número um dos reis de Espanha.
Ancoradouro em Almirante, na costa norte do Panamá, à caminho do arquipélago de Bocas del Toro
Com a ajuda de uma cerveja gelada, esperando a lancha entre Almirante, na costa norte do Panamá, e o arquipélago de Bocas del Toro
A nossa jornada foi no sentido contrário e não tão épica assim. A região é muito linda e merece alguns dias de explorações, mas nós não tínhamos esse tempo, infelizmente. Estamos na pressa de conhecer Bocas del Toro e chegar à Cidade do Panamá, de onde já temos voo marcado para a República Dominicana (falo dessa “novela” nos próximos posts...). Tiramos algumas fotos e descemos para o lado de lá, até a cidade de Almirante, de onde saem os barcos para Bocas del Toro.
Viagem entre Almirante, na costa norte do Panamá, e o arquipélago de Bocas del Toro
Na lancha rápida, a caminho de Bocas del Toro, na costa norte do Panamá
Nossa ideia original era cruzar com a Fiona, mas logo mudamos de planos ao descobrir que o próximo ferry seria apenas na terça-feira (ontem era Domingo). Assim, achamos um estacionamento para nossa companheira de viagens e cruzamos de lancha mesmo. Barcos saem a cada hora de lá, um terminal que muito me lembrou daquele para quem atravessa para a Ilha do Mel. Como reza a tradição nesse tipo de travessia, logo compramos nossas cervejas geladas, para já ir entrando no clima.
Casas coloridas em Bocas del Toro, na costa norte do Panamá
Praça central de Bocas del Toro, na costa norte do Panamá
A lancha atravessa os canais da cidade, cercado de casas sobre palafitas e cheio de pessoas movimentando-se em suas canoas. A cena bucólica acabou quando chegamos em mar aberto. Aberto, mas com águas paradas como se fosse uma lagoa. As ilhas do arquipélago protegem a área das ondulações do oceano e o mar totalmente plano permite que a lancha acelere ao máximo. Não demorou muito e chegávamos à Isla Colón, a principal do arquipélago.
Pronta para pedalar até Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
Vencido pela subida e pela bicicleta defeituosa, no caminho para Boca del Drago, praia de Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico
Vinte minutos caminhando pelas simpáticas ruas cercadas de um casario colorido e histórico e encontramos um lugar para ficar que nos apetecesse. A charmosa cidade atrai surfistas e mochileiros de todo o mundo e tem muitos bons restaurantes para esse tipo de público (sem muito dinheiro no bolso). Mas as praias estão mais afastadas, tanto aqui na ilha como em outras, para onde só se pode seguir de barco.
Nosso caminho de bicicleta cruzando a Isla Colón até a praia de Boca del Drago
Pelo avançado da hora, ficamos por ali mesmo, curtindo nossa pousada em uma casa bicentenária e caminhando pelas ruas de Bocas el Toro (a cidade tem o mesmo nome do arquipélago). Aproveitamos também para decidir nosso roteiro por aqui. Para o dia de hoje, decidimos por uma longa “bicicletada”, até a praia de Boca del Drago, a mais bonita de Isla Colón. Para o dia seguinte, um passeio de barco por algumas das paisagens paradisíacas de Bocas del Toro.
Chegando à Boca del Drago, praia de Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico
Depois de muita pedalada, chegando à Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
E assim foi! Hoje cedo, alugamos duas bicicletas e fomos enfrentar a estrada que cruza toda a ilha até a praia famosa pela quantidade de estrelas do mar. São quase quinze quilômetros que, com uma boa bicicleta, não assustam. Mas esse não era o caso! Minha bicicleta estava permanentemente freada, o que dificultava muito, principalmente nas subidas. Tive de me render algumas vezes, descer da bicicleta e empurrar mesmo! Mas, com paciência, chegamos!
Caminhando pela praia em Boca del Drago, na Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
Caminhando pela praia em Boca del Drago, na Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
O esforço valeu a pena! Outra vez, mar de águas paradas, uma verdadeira piscina. Uma tonalidade verde-azulada difícil de descrever, linda! E lá estavam mesmo as estrelas do mar, dezenas delas, bem pertinho da praia. O estranho é que elas se concentram em apenas um curto trecho da praia. O que será que as atrai até lá? Não sei a resposta, mas sei que o resultado visual é magnífico, estrelas de várias cores, todas as tonalidades entre o branco e o vermelho, grandes e pequenas, uma verdadeira constelação!
Estrelas do mar, uma das atrações em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
Uma das centenas de estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
Ficamos ali um bom tempo, entre o calor da praia, o frescor da água e o gelado da cerveja. Já no final da tarde, na hora de ir embora, descolamos uma condução, bicicletas encima da van e nós confortavelmente instalados lá dentro. O esforço para se chegar até lá pela manhã já havia sido o suficiente, hahaha.
Estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
A bela praia de Boca del Drago, a mais bela da Isla Colón, em Bocas del Toro, no litoral norte do Panamá, lado do Atlântico
Mas nossa ida até lá teve outra grande atração, além das estrelas. Um reencontro ainda mais impressionante do que aquele com a Tanee, dois dias antes. Caminhávamos tranquilamente pela praia quando alguém me chamou pelo nome. Demorei a reconhecer, mas ela deu a pista e tudo voltou à memória. Era a Elise, a luxemburguesa (minha única conhecida desse pequeno país!) que fez a caminhada conosco lá em Huaraz, no Perú há mais de 20 meses!. Por quatro dias cruzamos a Cordillera Blanca, numa das mais belas caminhadas desses 1000dias, e ela fazia parte do nosso grupo. Estudante de medicina, naquela época fazia um estágio em Lima, capital do país. Agora, já completando o curso, fez estágio em San Jose, na Costa Rica. O estágio terminou e ela aproveitou seus últimos dias no continente para conhecer Bocas del Toro. Está a caminho da Cidade do Panamá, de onde voa para a Europa. Acaba de ganhar uma carona para lá, de Fiona! Esse sim foi um reencontro impressionante! Quais eram as chances de acontecer? É ou não é um mundo pequeno? Muito legal! Infelizmente, ainda não tiramos uma foto com a antiga amiga, mas oportunidades não faltarão nos próximos dias!
Nadando entre estrelas do mar em Boca del Drago, praia de Isla Colón, em Bocas del Toro, no Panamá
Local fantástico (desconhecia a sua existência, na totalidade), com umas belas fotos e umas águas de fazer inveja. Parece um pedaço de paraíso, longe da habitual confusão citadina.
Resposta:
Oi Paulo
Até que esse lugar é conhecido, atraisndo muitos viajantes ao Panamá. Para mim, foi uma super surpresa, não achei que fosse gostar tanto, mas adorei! Demos sorte com o tempo, não haviam muitos turistas e tudo estava ... vc viu nas fotos... lindo!
Um grande abraço
CHEGUEI a arrepiar com esse post! O ancoradouro de Almirante está exatamente igual quando eu visitei Bocas, em 2009!
Resposta:
Oi Luiz!
Legal! Eu fico sempre curiosos sobre como estão os lugares que já visitei. Quando vejo fotos recentes, sempre me emociono tb!
Um abs
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