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Dona Helen (02/02)
Como o dia estava nublado e chuvoso , tive que usar a imaginaçãoara faz...
Lilian Horayama (29/01)
Acabamos de cruzar a fronteira de Honduras e foi a pior até agora... Inf...
Roberta (29/01)
Olá Ana, viajo para lá mes que vem, e ja ate consegui o contato do Sr....
Cesar L Freiberger (26/01)
Estive por aí em 2011, é um lugar magnífico, fiz 650 Km pela RUta-40,...
Igor Machado (26/01)
É o que eu ja imaginava então vou cancelar mesmo a idéia de Fairbanks ...
Igreja de Santo Domingo durante o fim de tarde, em Oaxaca, no México
Vivendo e aprendendo! Eu sou um cara razoavelmente viajado e muito interessado na vida e cultura de outros países. Boa parte dos lugares que visitamos nesses já 600 dias de viagem, no Brasil e na América do Sul, eu já conhecia ou pessoalmente ou de ouvir falar. É claro que houve lugares novos, boas surpresas mas, como regra geral, eu já estava antecipando. Mesmo na América Central e Caribe, antes das respectivas viagens eu tinha lido, no guia e na internet, sobre o que encontraríamos.
Uma das muitas galerias de arte em Oaxaca, no México
Mas aqui no México tem sido diferente. Primeiro, por alguma estranha razão, nunca imaginei viajar para cá nos tempos de estudante, então não tinha lido sobre o país. Segundo, ninguém no meu círculo fez algum mochilão por aqui, contando histórias e mostrando fotos. Terceiro, como a nossa viagem se acelerou ultimamente e temos passado por muitos lugares que eu pouco conhecia, mal temos tempo para ler e nos preparar sobre os lugares que passaremos nos próximos 2-3 dias, quanto mais sobre onde estaremos daqui a duas semanas...
A Catedral de Oaxaca, no México
O resultado é que este país tem sido uma sucessão de belas surpresas. Lugares incríveis que eu nem sabia existir. Meu conhecimento prévio de México era aquele de chavões sobre o país: gente de sombreiro, desertos cheios de cactos e cascavéis, policiais bigodudos e corruptos, muita festa e comida apimentada e Guadalajara, a terra do Brasil no México. Obviamente, o país é muito mais do que isso!
Coreto com música na praça central de Oaxaca, no México
A maior dessas surpresas até agora foi a incrível cidade de Oaxaca. O “x” aqui no México tem som de “j”. O “j” deles e não o nosso! Por isso que muitas vezes o nome do país também se escreve “Mejico”. Enfim, o som é do nosso “r”. Por isso, pronuncia-se “Mérrico” e também “Oarraca”. Pois bem, essa cidade com mais de 500 mil habitantes de quem eu nem tinha ouvido falar é um centro cultural repleto de galerias de arte, ruas de pedras cercadas de casario antigo, uma praça sempre viva com seus restaurantes, cafés e um coreto constantemente musicado. Além disso, museus de padrão internacional contam a história das várias civilizações que passaram por aqui, dos zapotecas aos espanhóis.
Música em mesa de bar, em Oaxaca, no México
Por aqui ficamos dois dias muito agradáveis. Além do deleite de conhecer a cidade, também fizemos a revisão dos 70 mil km da Fiona e compramos nossas passagens para nossa próxima investida ao Caribe. Dessa vez, vamos viajar por Jamaica, ilhas Cayman e Cuba, nesta ordem. Saímos da Cidade do México no dia 26 de Janeiro e voltamos para lá mesmo no dia 27 de Fevereiro. Em Cuba, durante as duas últimas semanas desse mês caribenho, teremos a companhia dos nossos queridos padrinhos Rafa e Laura, os mesmos que já nos acompanharam pelo Equador.
Mantendo limpa a igreja! (em Oaxaca, no México)
Belíssimo vitral da Catedral de Oaxaca, no México
Outra coisa que fui averiguar aqui em Oaxaca foi a questão dos vistos. Para o americano, aparentemente não terei problemas, disse-me o cônsul. Para o mexicano, daqui eles não podem ajudar. Quem sabe no aeroporto, na hora da saída? Ou então, arrisco ir assim mesmo e na entrada dou um jeito. Tenho de provar que Rodrigo, Afonso Briza Junqueira = Rodrigo Afonso, Briza Junqueira.
O magnífico interior da igreja de Santo Domigo, em Oaxaca, no México
Voltando à magnífica Oaxaca, além da incrível Zócalo (a praça central), das inúmeras galerias de arte, dos excelentes restaurantes (e eu ainda na minha abstinência alcoólica...) e das maravilhosas igrejas (especialmente a de Santo Domingo!), devo confessar que o que mais me impressionou foi a qualidade do Museu de Cultura da cidade. Localizado no imponente prédio de um antigo convento, o museu mostra os principais achados arqueológicos das culturas regionais, destacando-se os zapotecas e os mixtecas. Os zapotecas tiveram uma enorme cidade aqui do lado, conhecida hoje como Monte Albán. Vamos visitar suas ruínas amanhã. Essa cidade floresceu no primeiro milênio de nossa era e chegou a ter mais de 25 mil habitantes. Foi abandonada ao mesmo tempo em que as cidades mayas ao final do período clássico, em meados do séc. X. Mais uma peça nesse enorme mistério...
Joias zapotecas expostas no Museu de Cultura de Oaxaca, no México
Pois foram os zapotecas o primeiro povo a desenvolver uma escrita aqui na América. Alguns séculos depois de abandonarem Monte Albán, ela foi utilizada por um outro povo, os mixtecas. Estes estavam sendo conquistados pelos astecas bem na época em que Cortez e seus conquistadores chegaram...
Máscara mortuária zapoteca exposta no Museu de Cultura de Oaxaca, no México
Emocionante descrição de um dos mais famosos achados arqueológicos do séc XX: a Tumba 7 de Monte Albán (no Museu de Cultura de Oaxaca, no México)
O museu conta toda essa história e muito mais. Os tesouros encontrados em Monte Albán são impressionantes. A Tumba 7, descoberta na década de 30, é um dos capítulos mais belos da história da arqueologia mexicana e mundial. Digna de Indiana Jones!
Os incríveis "códices" deixados pelas civilizações pré-colombianas e seu triste fim causado pelos colonizadores (no Museu de Cultura de Oaxaca, no México)
Exemplo de um códice zapoteca, no Museu de Cultura de Oaxaca, no México
Na loja do museu senti-me totalmente oprimido culturalmente. Eram dezenas e dezenas de livros sobre as culturas pré-hispânicas, mostrando a história, a música, a arte, a culinária e todos os aspectos da vida desses povos que por milênios foram os senhores dessas terras. Poderia passar semanas ali, lendo livros e observando figuras e fotografias. Uma riqueza impressionante de informações. Infelizmente, não temos esse tempo, pelo mens não agora. Com a Fiona novinha em folha, seguimos amanhã para Monte Albán e de lá para o litoral, para a praia de Zipolite. Estamos agora numa corrida contra o tempo, afinal temos compromisso para o dia 26: viagem marcada para a Jamaica!
Quantidade "massacrante" de informações sobre as civilizações pré-colombianas na loja do Museu da Cultura de Oaxaca, no México
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