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Flamingos se alimentam nas águas vermelhas da Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia
O Parque Nacional da Fauna Andina Eduardo Abaroa, já na Bolívia, geralmente é conhecido pelos turistas de São Pedro do Atacama apenas como o caminho mais bonito para o Salar de Uyuni.
A Laguna Verde, a primeira de muitas lagoas altiplânicas na rota para a Laguna Colorada e o Salar de Uyuni, na Bolívia
O parque criado em 1973, foi ampliado em 1981, depois do naufrágio de um acordo territorial em que a Bolívia cederia este território ao Chile em troca da região de Arica, sua tão sonhada saída para o Oceano Pacífico. O acordo estava prestes a ser fechado quando o Perú entrou nas negociações e acabou inviabilizando-o. A água das lagoas seria utilizada para a mineração de cobre chilena, esgotando e poluindo as lagoas de degelo e mananciais que fazem desta região uma das mais importantes áreas para os milhares de flamingos, vicuñas e vizcachas que vivem neste parque.
Lhamas parecem flutuar no céu, ao lado da Laguna Colorada, na Bolívia
O parque possui aproximadamente 715 mil hectares de superfície, entre uma cordilheira vulcânica e uma serra, com altitude média de 4 mil metros e temperatura média de 2°C, podendo chegar à -30°C! A fauna que se adaptou a estas condições extremas portanto é muito especial e conta com diversas espécies que correm risco de extinção, como os flamingos (chileno, andino e James), as vicuñas e outras aves como el suri e La soca cornuda. Também são encontradas as llamas, vizcachas (um tipo de roedor como o coelho) e uma tímida variedade de vegetação. As principais atrações são as lagoas cercadas por vulcões e montanhas nevadas e a observação dos glamorosos flamingos.
Gelo retorcido da Laguna Blanca, no caminho para a Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia
O primeiro dia de viagem começou pelo extremo sul do parque, logo após cruzar a fronteira do Chile com a Bolívia que tem acesso pela mesma estrada do Paso de Jama. Seguiam conosco o nosso guia Cristóbal e, de carona, sua amiga Krasna chilena de origem croata.
Muito bem acompanhado,entrando na Bolívia a caminho da Laguna Colorada
A primeira parada é no mirante da Laguna Verde, com mais de 17km2 de superfície, ela é dividida em duas, sendo a primeira metade conhecida como Laguna Blanca. Com suas águas congeladas não fica difícil entender por que recebeu este apelido. Ao fundo vemos as costas do Vulcão Licancabur, nosso companheiro de horizonte em São Pedro do Atacama.
O magnífico cenário no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia
As estradas são de terra e alguns trechos não muito bem conservados, o que leva aos motoristas mais experientes a abrirem novos caminhos fugindo dos buracos e da neve acumulada. Assim, existem diversos caminhos e todos eventualmente irão nos levar ao mesmo lugar. Portanto se resolverem se aventurar no parque, vale a pena esmiuçar um mapa, tentar se atualizar sobre os novos caminhos e talvez tentar seguir os carros turísticos. Nem sempre os “choferes” bolivianos gostam de compartilhar estas informações, afinal este é o seu ganha pão, mas com sorte pode ser que encontrem algum mais descolado. Nós tínhamos pouco tempo e por isso decidimos tentar fazer o roteiro completo em 2 dias. Assim, contratamos Cristóbal, que já conhecia o caminho e as manhas dos refúgios onde ficaríamos abrigados.
Jipes levam turistas para a Laguna Colorada, na Bolívia
Nossa segunda parada foi em um pequeno complexo de águas termais. O frio e o vento desafiam os mais corajosos a entrar na pequena piscina que águas calientes perto dos 40°C! A paisagem dos arredores também é recompensadora! Eu estava em dúvida se entraria, mas todo este ambiente, somados ao fato de que o refúgio não teria banho quente, não deixaram dúvida de que seria uma oportunidade única! Rsrs!
Maravilhosa piscina de águas quentes a quase 4.500 metros de altitude e temperatura externa próxima do 0 graus, no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia
Continuamos o nosso roteiro rumo à principal atração do dia, a Laguna Colorada! Passamos por uma região com pequenos geisers e atividades térmicas de origem vulcânica, conhecida como o Sol de Mañana e seguimos adiante! Ainda tínhamos que fazer um pequeno desvio para chegar à Aduana onde tiraríamos a nossa permissão para entrar com a Fiona na Bolívia. Estávamos ansiosos para chegar cedo, ver a Laguna Colorada ainda com luz e para conseguirmos uma boa vaga no refúgio para a noite gelada.
Uma das mais altas aduanas do mundo!
O espetáculo da Laguna Colorada já começa ao longe. Sua coloração avermelhada se destaca na paisagem predominantemente marrom. A cor vermelha acontece devido à alga surirella, rica em betacaroteno e dieta do crustáceo Artemia Salina. Esta por sua vez é a principal fonte alimentar dos pássaros da região, tornando-se responsável pela coloração avermelhada nas plumas dos flamingos. A natureza é mesmo perfeita!
Chegando à fantástica Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia
Depois de muito bem instalados, eu e o Rodrigo fomos até as margens da lagoa, observar os flamingos, que muito bem adaptados e se sentindo acolhidos na sua casa, nem se incomodam com a presença dos turistas. Todo e qualquer ângulo é perfeito e o resto de sol no final da tarde deixa as cores ainda mais intensas!
Flamingos se alimentam nas águas vermelhas da Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia
Retornamos ao nosso abrigo, Refúgio La Cordilleira, um hotel 5 estrelas comparado com os outros abrigos, segundo os nossos amigos. Lá interagimos com o pessoal dos tours que também estavam hospedados, brasileiros, espanhóis e até um casal de alemães que está cruzando de Uyuni para São Pedro de bicicleta!
A Laguna Verde semi-congelada, no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia
Eles dormiram as duas primeiras noites em barracas, com seus sacos de dormir para -30°C, um equipamento de segurança importantíssimo nessas condições. O sol se pôs e a temperatura despencou! Na preparação do jantar me lembrei que o nosso fogareiro não é adequado para altitude... o pouco oxigênio deixa a chama quase inexistente e a velocidade de fervura ridícula. Sorte que depois do jantar da tropa toda, conseguimos emprestar o fogão industrial do refúgio e fazer o nosso macarrão quentinho.
Pessoas se reúnem ao lado do fogareiro do nosso refúgio na Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia
Já com as luzes do refúgio apagadas, brindamos à esta noite inesquecível com um vinho chileno, vendo a lua cheia iluminar a Laguna Colorada.
Maravilhada com a beleza da Laguna Colorada, na Bolívia
Uau!!!! Que fotos, que viagem linda. Vocês já não estão cansados de tanta mudança de paisagem? Beijos saudosos.
Resposta:
Difícil cansar! Hoje em dia ficamos cansados qdo ela não muda! rsrsrs! Beijos
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