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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
O maravilhoso reflexo do céu nos rios que cortam a Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Como mostrei no post anterior, tínhamos todo o conforto para as horas de descanso na pousada Uacari, em Mamirauá, mas não foi para relaxar que tínhamos ido até o coração da Amazônia. Fomos para lá para explorar e aprender, ver e fotografar, sentirmo-nos mais perto dessa natureza exuberante. E para isso, os melhores momentos eram mesmo os passeios realizados pela reserva de desenvolvimento sustentável.
Encontro das águas na região de Tefé, no Amazonas
Uma gigantesca Samaúma, na região de Tefé, no Amazonas
No processo de fazer a reserva na pousada, um dos questionários que temos de preencher e enviar são as nossas preferências e interesses de conhecimento. Podemos dizer que priorizamos ver a floresta, seus animais, sua fauna ou as comunidades que lá vivem. Podemos dizer se preferimos caminhar ou navegar, e mesmo se queremos pescar piranhas. Assim, questionários envolvidos, o pessoal da pousada tenta montar a melhor programação de passeios possíveis para se adequar aos nossos interesses.
Enttrando na belíssima Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
A floresta alagada na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Nós chegamos à Pousada Uacari justamente entre duas semanas muito movimentadas, grupos grandes. Na nossa semana, ao contrário, não eram muitas pessoas, o que facilitou ainda mais a adequação da programação aos gostos de cada um. Quem queria pescar piranha, pescou, quem queria dormir isolado na casa da floresta, dormiu, quem queria sair a todo momento de canoa, saiu. Muito legal!
Guia nos dá explicações durante passeio de canoa motorizada pela Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Durante passeio na canoa motorizada, observando a flora e fauna da Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Nessa época do ano, como já disse, só se pode passear com canoa. Não há terra firme para caminhar. Os rios Solimões e Japurá “se levantam” mais de 10 metros e cobrem todo o solo da floresta, seus igarapés e lagos, restando apenas a copa das árvores acima do nível da água. Na verdade, viram um só rio, com largura de dezenas de quilômetros, entremeados pela copa da floresta. No leito “normal” dos rios, a água corre forte rumo ao oceano. Nos pontos de alagamento, nas florestas e trechos que são lagos durante o período seco, mal se percebe o seu movimento, embora ele exista. É neste verdadeiro mar de água doce, ora em águas abertas, ora em águas “fechadas” pela floresta, que fazemos nossos passeios.
Depois de mais um passeio, chegando de volta à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
O maravilhoso reflexo do céu nos rios que cortam a Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Para ir a distâncias maiores, seguíamos nas canoas grandes, motorizadas, todo o grupo a bordo. Era o momento de ficarmos nos trechos de águas abertas, a hora ideal de admirar a grandeza da paisagem, observar a floresta e suas imensas árvores de longe, o esplendor do entardecer refletido nas vastas extensões cobertas pela água. A cada momento, a cada ângulo, a chance de uma nova foto. Era também o momento mais fácil de observarmos os pássaros da região, as dezenas de espécies de diferentes cores, formas e tamanhos que voavam sobre nós, de uma borda do rio à outra, de uma parte da floresta alagada para outra parte da floresta alagada. As vezes solitários, muitas vezes em duplas, outras vezes em bandos que variavam de poucos indivíduos às centenas deles.
Procurando jacarés durante passeio noturno na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Retornando à Pousada Uacari após passeio noturno na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Foi nesse tipo de canoa que fomos visitar uma comunidade ribeirinha, assunto que vou falar com mais detalhes em outro post. Foi nela também que procuramos os famosos botos cor-de-rosa, uma dos mais emblemáticos animais dos rios amazônicos. Também foi em uma canoa motorizada que seguimos até um grande lago a quase uma hora de distância da pousada. “Lago” , como disse, é apenas modo de falar, pois é apenas mais um pedaço do enorme rio que cobre tudo o que vemos por aqui. Mas por estar relativamente isolado dos canais principais, ele se parece mesmo um lago e foi aí que tivemos um espetacular pôr-do-sol seguido por uma chuva de proporções amazônicas. Felizmente, tivemos tempo de chegar a uma estação de pesquisa localizada no tal lago e esperar que a chuva passasse, todos admirados com a força do rio que vinha de cima. Depois, passada a chuva, já no escuro, com a ajuda de holofotes e sempre à procura dos olhos brilhantes de jacarés, retornamos ao conforto de nossa casa.
Nosso guia nos leva para um passeio na floresta alagada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Fruta muito comum nessa época do ano na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Por mais lindos e panorâmicos que fossem esses passeios pelas águas abertas, não tenho dúvida que a grande estrela dos passeios são mesmo as excursões em canoas pelas matas alagadas. Saímos em duplas, acompanhado pelo guia e remador, pelas proximidades da pousada, e passamos horas explorando cada recanto desse incrível ambiente que é uma floresta alagada. Percorremos quase que exatamente o mesmo caminho que, durante a seca, se faz à pé, através das trilhas na floresta. Só que agora, muito mais altos pelo alto nível das águas, estamos muito mais próximos das copas das árvores e, consequentemente, dos animais que lá vivem.
Fotografando a floresta alagada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Passeando confortavelmente na floresta alagada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
O guia vai nos explicando e mostrando particularidades das floresta e de suas árvores. Mostra a utilidade de cada uma delas, seja na medicina, seja das características da madeira. Ele nos explica como os animais se adaptam a esse ambiente transitório, desde onças a jacarés até as formigas. Pois é, esses insetos sociais, a cada mudança de estação, se mudam da terra para as árvores, e das árvores para a terra. Constroem enormes colônias penduradas nos grandes galhos de árvores e, se precisarem nadar um pouco, não hesitarão. Como terá a evolução chegado a essa perfeição que é uma colônia de formigas? Cada indivíduo é fraco e frágil, mas a soma de todos eles é invencível e funciona como um relógio. Sinceramente, não consigo entender...
Durante passeio na floresta alagada, nosso guia nos mostra árvore repleta de formigas em seu interior, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Olhando para a copa da floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Navegando sob as árvores, esquilos, bichos-preguiça e macacos ficam mais perto do que nunca. Esses últimos são fáceis de localizar pela algazarra que fazem, seja quando se movimentam pelas árvores, seja quando estão comendo. Nosso prazer era localizar o seu som e seguir até lá, curiosos sobre qual espécie encontraríamos dessa vez. Falo um pouco da fauna de Mamirauá no próximo post.
Visita a uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Eu e a Ana não fomos pescar piranhas, já que pescaria não é muito a nossa praia, mas pudemos admirar as fotos tiradas por outros que foram. Também não optamos por dormir na Casa da Floresta, uma pequena construção toda cercada de telas verdes a 10 minutos de canoa da pousada. Na época da seca, ela está há quase quinze metros do solo, erguida sobre palafitas.Mas agora, na cheia, a água do rio quase a alcança e ela parece pairar sobre as águas. Ideal para quem quer dormir no meio da floresta. Mas, para quem quiser experimentar esse quarto de 3 metros por dois, não pense em uma noite romântica! A presença de um guia é mandatória! Nós preferimos ficar no conforto d nosso quarto na pousada, mas isso não impediu que a fôssemos conhecer também, em um de nossos passeios pela floresta alagada.
Visitando a Casa da Floresta, na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
A casa na Floresta, quase alagada, sobre palafitas de mais de dez metros de altura, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Enfim, tem programas para todos os gostos. Era sempre o ponto alto de nosso dia, nos ajeitarmos em nossos assentos na canoa, apenas imaginando o que veríamos naquelas próximas horas de exploração de um mundo tão diferente desse que acostumamos a viver. Mas esse outro mundo, o da floresta alagada, é nosso também, parte integrante do nosso pequeno planeta. Nada melhor que conhecer melhor nossa própria casa!
Passeio na floresta alagada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Simplesmente belo!!
Amazonia, o jardim do mundo.....
Resposta:
E que jardim mais bonito!!!
Um abs
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