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No fundo no Grand Canyon!

Estados Unidos, Arizona, Grand Canyon

Trilha em meio à grandiosidade do Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos

Trilha em meio à grandiosidade do Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos


Todos nós conhecemos as imagens do Grand Canyon, uma das 7 maravilhas naturais do Planeta Terra, este imenso cânion recortado pelo Rio Colorado e esculpido pelas eras glaciais, ventos e intempéries do tempo.

O sol de fim de tarde ilumina as paredes coloridas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

O sol de fim de tarde ilumina as paredes coloridas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


O que ninguém realmente pensa é como será olhar para cima e enxergar esta grandiosidade de onde nós, indubitavelmente, somos apenas um pequenino grão de areia. Lá de baixo é de onde temos a proporção da nossa pequeneza diante do processo geológico e do tempo que fazem parte desta paisagem.

Já no final da tarde, subindo a trilha do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Já no final da tarde, subindo a trilha do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Rio Colorado no canion interior do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Rio Colorado no canion interior do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Lá do alto muitas vezes imaginamos, será que alguém um dia já esteve lááá embaixo, nas entranhas do Grand Canyon? Bem, vocês sabem que o ser humano é movido por uma curiosidade, um instinto e principalmente pelo desafio. O primeiro europeu a se aventurar pelo South Rim foi o conquistador espanhol Francisco Vásquez de Coronado, em 1540, seus soldados, porém, não tiveram sucesso em descer até o rio. Mais de 200 anos se passaram até que outro europeu tentasse fazer a travessia do Grand Canyon com a ajuda dos indígenas da Nação Hualapai, que até hoje vivem nos arredores do West Canyon. Porém foi em 1869 que o Major John Wesley Powell, 9 homens e suplementos para 10 meses de expedição, partiram do Green River em Wyoming, encontrando as águas do Rio Colorado em Utah e percorrendo as corredeiras do Rio Colorado por mais de 3 meses até chegar ao “Big Canyon”. Foi Powell, lá do alto da sua pequeneza, que pela primeira vez usou o termo “Grand Canyon” ao se referir ao grandioso acidente geográfico.

O Rio Colorado, visto da parte norte do desfiladeiro, no Grand Canyon,  no Arizona, nos Estados Unidos

O Rio Colorado, visto da parte norte do desfiladeiro, no Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Nós chegamos ao Grand Canyon no inverno, com temperaturas de -18°C durante a noite, e mesmo assim não nos passou pela cabeça, nem por um minuto, em não descer esta trilha para conhecer uma das mais antigas entranhas do nosso continente. Só nos demoveria desta ideia algum ranger bem informado e muito convincente, com dados recentes sobre as condições da trilha e da previsão de tempo.

Auto retrato durante a subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Auto retrato durante a subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


A boa notícia é que enquanto o South Rim está a 2.100m de altitude, a base do cânion está a apenas 800m sobre o nível do mar, ou seja, muito mais quente. A má notícia (principalmente para os preguiçosos) é que nós temos que descer 1.300m até o Rio Colorado e depois temos que subir os mesmos 1.300m! A rota até pode ser feita em um dia, mas além de não ser indicado, por somarem mais de 26 km de extenuante caminhada, não vale a pena descer uma das trilhas mais lindas que você já fez na sua vida, para voltar correndo e não aproveitar a paisagem, ficando sem tempo de explorar um pouco mais das vistas, trilhas e cânions que existem lá embaixo.

Cruzando ponte sobre o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Cruzando ponte sobre o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Existem duas trilhas para acessar a base do cânion e normalmente os hikers utilizam uma delas para descer e a outra para subir, fechando o circuito e conhecendo todo o caminho. A rota mais utilizada, principalmente no inverno, é a descida pela South Kaibab Trail e a subida pela Bright Angel Trail.

Descendo a trilha do Grand Canyon em meio a uma paisagem impressionate! (no Arizona, nos Estados Unidos)

Descendo a trilha do Grand Canyon em meio a uma paisagem impressionate! (no Arizona, nos Estados Unidos)


Nós decidimos fazer a caminhada em dois dias, acampando uma noite no Bright Angel Campground, com as temperaturas previstas para 0°C, totalmente suportável com os nossos super sacos de dormir e os novos lençóis térmicos. Empacotamos tudo, nos abastecemos no supermercado da vila e logo estávamos prontos para a nossa aventura. Na manhã seguinte deixamos o carro estacionado no parking do Back Country Office e pegamos o Hikers Bus, shuttle do parque especial para hikers, que passa por ali as 8h05 e as 9h05 da manhã.

No ônibus, a caminho do início da trilha para descer o Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

No ônibus, a caminho do início da trilha para descer o Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Nós e vários outros hikers entramos na trilha nevada pouco mais de 9h30. A maioria estava utilizando freios/stoppers para neve, um aparato que você coloca na sua bota ou tênis de caminhada que te dá mais aderência na neve. Nós compramos um simples, mas decidimos tentar descer sem eles, apenas usando os nossos bastões. Esta trilha está mais tempo no sol, por isso o trecho com neve era menor. Ela já começa com um ziguezague animal, super estreito e inclinado com uma vista surreal do cânion!

Visão de um ensolarado Grand Canyon, antes de iniciarmos a trilha que desce até o rio Colorado, no Arizona, nos Estados Unidos

Visão de um ensolarado Grand Canyon, antes de iniciarmos a trilha que desce até o rio Colorado, no Arizona, nos Estados Unidos


Ali, nos primeiros metros de trilha encontramos um paulista fotografando e já pensando em voltar, desacostumado e um pouco preocupado com a quantidade de neve. Realmente um escorregão ali não é nada bem vindo.

Início da trilha de descida do Grand Canyon, o caminho cheio de neve e gelo, no Arizona, nos Estados Unidos

Início da trilha de descida do Grand Canyon, o caminho cheio de neve e gelo, no Arizona, nos Estados Unidos



A South Kaibab começa em uma elevação de 2.213m e está dividida basicamente assim:
- Trailhead até a Cedar Ridge: 2,4km – 347m de perda de elevação
- Cedar Ridge para Skeleton Point: 2,4km – 274m de perda de elevação
- Skeleton Point para Tip Off: 4,2km – 463m de perda de elevação
- Tip Off até o Bright Angel Campground: 2,4km – 274m de perda de elevação

Total Trailhead até o Bright Angel Campground: 11,3km – 1.457m de perda de elevação.

Início de caminhada, a trilha ainda na sombra enquanto, ao fundo, o sol inunda o Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos

Início de caminhada, a trilha ainda na sombra enquanto, ao fundo, o sol inunda o Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos


Esta trilha é simplesmente maravilhosa! A cada virada, cada passo você está mais próximo de uma parede vermelha, amarela ou terracota, com pedras gigantes, mirantes e paisagens deslumbrantes. Cada curva desvenda novas vistas e novos ângulos do cânion, com a luz diretamente a sua frente, simplesmente perfeita.

Durante a trilha de descida, admirando a paisagem do Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos

Durante a trilha de descida, admirando a paisagem do Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos


Fizemos uma parada para um lanche, várias paradas para fotos e mais ou menos na metade do caminho conhecemos uns locais, que frequentam esta trilha pelo menos duas vezes ao ano. Steve e sua esposa moram em Phoenix, ela super atlética ia e vinha na trilha para se esquentar e não perder o pique. Passava em frente e voltava para ver “onde estava o marido”, carregando uma mochilona nas costas. Ele super viajado tinha um papo interessante, nos contando de suas viagens de carona, ônibus e barco pelos caminhos da América Latina.

Despedida de amigos na trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos 'afluentes' do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Despedida de amigos na trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos "afluentes" do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Isso é uma coisa ótima aqui nos EUA, sempre encontramos pessoas de todas as idades nas trilhas, jovens senhores super atléticos como eles (que beiravam os 60 anos) e jovens avós como o Pat, de 45 anos, que veio do Kansas para conhecer o Grand Canyon e já voltava para casa, afinal em poucos dias será o Natal e ele tem a família e seus 3 netos o esperando em casa. Pat nos acompanhou até a primeira vista do Colorado River, ponto alto e emocionante da trilha. Lá do alto já pudemos avistar os barcos de rafting que cruzam o Rio Colorado em expedições de uma semana ou mais, acampando ao longo do rio, deve ser uma delícia!

Acampamento de expedição que navegava pelo rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Acampamento de expedição que navegava pelo rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Nós mal percebemos, mas esta última descida é a mais íngreme e exposta da trilha, com vista direta para o Colorado e vários ziguezagues, ora olhando para as montanhas, ora para a ponte que nos leva ao outro lado do rio, ora para um dos principais pontos de referência de todos os hikers dentro do cânion, o Templo de Zoroastro.

Com um companheiro de trilha, admirando a parte interna do Grand Canyon,  no Arizona, nos Estados Unidos

Com um companheiro de trilha, admirando a parte interna do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


A chegada ao rio nos reservava ainda uma passagem ainda mais simbólica, um túnel feito na rocha, dando acesso à Kaibab Bridge, ponte que atravessa o Rio Colorado. É como se estivéssemos entrando em um portal do tempo, um lugar encantado que poucos privilegiados têm a sorte de estar.

Ponte cruza o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Ponte cruza o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Ponte cruza o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Ponte cruza o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Chegamos ao camping um pouco antes das 14h30, montamos a barraca, organizamos o acampamento e saímos novamente para uma caminhada ao longo do Bright Angel Creek, e subimos um trecho da trilha do Clear Creek. Subimos por quase uma hora para vermos lá de dentro do cânion o pôr do sol contra as paredes multicoloridas que nos rodeavam. Lá do alto vemos novamente o rio Colorado serpenteando entre as montanhas, ao longe as altas paredes do South Rim de onde vinha o cintilar dos flashes dos turistas, minúsculos em seus confortáveis mirantes.

O sol de fim de tarde ilumina as paredes coloridas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

O sol de fim de tarde ilumina as paredes coloridas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Magnífica vista do rio Colorado, no alto da trilha Clear creek, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Magnífica vista do rio Colorado, no alto da trilha Clear creek, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Foi daqui que tivemos a noção do tamanho da encrenca do Tip Off, trecho exposto da trilha, vendo dois hikers minúsculos que enfrentavam cada uma das curvas como se fossem despencar da trilha.

Vista da parte final da trilha que nos levou até o fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Vista da parte final da trilha que nos levou até o fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Voltamos ao acampamento, pegamos nossas lanternas, luvas e gorros e fizemos mais alguns quilômetros de caminhada para ver as estrelas aparecerem no céu, às margens do Rio Colorado. Momentos inesquecíveis, quando celebramos os nossos 1000dias de viagem, sem o fim do mundo, no fundo do Grand Canyon. Retornamos ao acampamento morrendo de frio, fizemos nosso jantar, macarrão ao molho gorgonzola e logo nos enfiamos em nossos sacos de dormir. Ainda era cedo, convidei o Rodrigo para ir ao Phanton Ranch, que abre suas portas a todos depois das 20h para uma cervejinha ao redor da lareira, mas mal tive tempo de terminar o convite e ele já estava roncando quentinho, estreando o seu novo saco de dormir de plumas de ganso. Eu demorei a dormir, entrei com roupas quentinhas dentro do lençol térmico e mais dois sacos de dormir, o meu (que suporta até -5°C) e mais o antigo saco de dormir do Rodrigo, que eu resolvi carregar morro abaixo e morro acima, como garantia. Uma noite na barraca nunca é uma noite bem dormida, mas esta, meus amigos, foi um inferno gelado. Demorei a pegar no sono, mas uma vez que todas as camadas fizeram efeito e o frio foi embora finalmente pude descansar.

Admirando e curtindo um espetacular fim de tarde no fundo do Grand Canyon, na parte alta da Clear Creek Trail, no Arizona, nos Estados Unidos

Admirando e curtindo um espetacular fim de tarde no fundo do Grand Canyon, na parte alta da Clear Creek Trail, no Arizona, nos Estados Unidos


Acampando no Bright Angel Canyon, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Acampando no Bright Angel Canyon, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


No dia seguinte sair de todo este ninho quentinho foi outro exercício de coragem. A luz da manhã entrando nas frestas do cânion era ainda mais bonita que a luz do final de tarde. No caminho do banheiro encontramos uma família de veadinhos, fofos demais, comendo algum de seus capins prediletos. Tomamos um chá e resolvemos colocar o pé na trilha novamente, antes de desmontar acampamento. Fomos à North Kaibab Trail, ao longo do Angel Creek, para conhecer um pouco do cânion mais estreito dentro do cânion, dentro do Grand Canyon.

Encontrando um pequeno cervo no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Encontrando um pequeno cervo no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Percorrendo trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos 'afluentes' do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Percorrendo trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos "afluentes" do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Andamos até a terceira ponte e eu decidi voltar tranquilamente, alongando e fotografando. O Rodrigo ainda decidiu correr até a quinta ponte. Encontrei novamente nossos amigos de Phoenix, que nos esperaram para a cervejinha no calor do Phanton Ranch ontem à noite. Nos despedimos do casal de aventureiros, ainda com uma esperança de, quem sabe, estender a nossa estada naquele mundo encantado no fundo do Grand Canion. Mas o dever e o tempo falaram mais alto e voltamos correndo desmontar o acampamento para começar o nosso caminho de volta.

O rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

O rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Estávamos na trilha pouco antes das 13h e agora pegaríamos a Bright Angel Trail para subir até o South Rim. A trilha é mais longa, pois tem trechos mais planos e no final um longo ziguezague. Começamos a caminhada ao longo do Rio Colorado, atravessando a Silver Bridge, dando um até logo à base do Grand Canyon. Beleza pouca é bobagem!

O rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

O rio Colorado no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Agora, precisávamos nos concentrar e subir esta trilha acelerados! Não queríamos chegar ao trecho nevado da trilha sem luz. Aí vai o perfil da trilha:

Bright Angel Trailhead (elevação 2.093m):
- River Resthouse to Bright Angel Campground: 2,4 km – 0m de ganho de elevação
- Indian Garden Campground até a River Resthouse: 5,2 km – 402m de ganho de elevação
- 3 Mile Resthouse até o Indian Garden Campground: 2,7 km – 289m de ganho de elevação
- 1 ½ Mile Resthouse até 3 Mile Resthouse: 2,4 km – 299m de ganho de elevação
- Trailhead até 1 ½ Mile Resthouse: 2 km – 345m de ganho de elevação

Total Bright Angel Campground à Trailhead: 15,3km – 1.335m de ganho total de elevação

Paisagem a meio caminho do fundo do Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos

Paisagem a meio caminho do fundo do Grand Canyon no Arizona, nos Estados Unidos


Cruzamos diversas vezes o Bright Angel Creek até chegar ao platô onde está o Indian Creek Campground. A esta altura a máquina fotográfica já estava na mochila, bem longe do meu alcance, caso contrário não chegaríamos lá em cima a tempo. Andamos em passos acelerados, eu, bem orgulhosa do meu ritmo, morro acima e com o peso da mochila nas costas. Confesso que no início eu estava preocupada com o tempo e já vinha trabalhando o meu psicológico para uma possível noite de sono no Indian Creek Campground com temperaturas nada agradáveis.

Metade do caminho na subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Metade do caminho na subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Que nada! Em boa passada chegamos logo até ele e o pior ainda estaria por vir. Cruzamos casais e famílias inteiras, uma delas com uma menina de 7 anos e um bebê com menos de dois anos na cadeirinha nas costas do pai. A certa altura este bebê começou a chorar e ele não parou enquanto não chegou ao topo. Foram pelo menos duas horas de choro para o desespero dos pais, que tentaram de tudo para acalmá-lo, mas ele não lhes dava opção, “eu quero chegar, o que estou fazendo aqui?” devia estar pensando o menino.

A trilha serpenteia desfiladeiro acima, na subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

A trilha serpenteia desfiladeiro acima, na subida do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Outra famíla no caminho inverso descia lentamente e já bastante atrasada, um menino de 6 anos e sua grande mochila de explorador e sua irmã de uns 10 anos, que olhava para mãe e perguntava: “o que faremos se não conseguirmos chegar hoje?”. Eu não quis me meter, mas fiquei curiosa com qual seria a resposta. Pelo menos o parque nacional é bem estruturado, estas quebras no roteiro fazem os objetivos mais alcançáveis e o psicológico muito mais confiante.

Pausa para lanche e dscanso, subindo a trilha do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Pausa para lanche e dscanso, subindo a trilha do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Enfim, já quase no topo, ainda pegamos longos trechos de neve, parte com gelo, no interminável ziguezague de resthouses a resthouses. Chegamos ao Bright Angel Lodge exatamente 17h15, completamos os 15,3 km de trilha (morro acima) em menos de 5 horas, um ótimo tempo!

Já quase no alto, trecho de neve da trilha que sobre o Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Já quase no alto, trecho de neve da trilha que sobre o Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Já quase escuro, chegando ao alto do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Já quase escuro, chegando ao alto do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Dois dias em uma das trilhas mais lindas do mundo, logo após de termos feito a Kalalau Trail no Hawaii, eleita pela National Geographic uma das trilhas costeiras mais bonitas do mundo. Sem dúvida não há como compará-las, são belezas cênicas completamente diferentes e com cenários que não cansam de te impressionar e fazer valer cada passo e cada gota de suor deixada no caminho.

Pela primeira vez, observamos diretamente o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Pela primeira vez, observamos diretamente o rio Colorado, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos



Organizando o Trekking para a Base do Grand Canyon

Vista do acampamento no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Vista do acampamento no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


O tempo ideal de estada na base do cânion é de pelo menos duas noites, assim você pode aproveitar para fazer algumas das várias trilhas na base do cânion, como a Clear Creek (10 a 12 km ida e volta) ou a trilha em direção ao North Rim até a Ribbon Falls (23km ida e volta - plana).

Percorrendo trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos 'afluentes' do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Percorrendo trilha ao longo do Bright Angel Canyon, um dos "afluentes" do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


A primeira parada para organizar um trekking à base do cânion, portanto, é o Back Country Office, próximo ao Bright Angel Lodge na Grand Canyon Village. Lá eles te fornecem um mapa, dão informações atualizadas sobre as condições da trilha e fazem a reserva do espaço para a área de camping. Na alta temporada (que significa todas as épocas, menos no inverno), é preciso reservar antes, pois o camping é bem concorrido. O permit para acampar é de 10 dólares (taxa) + 5 dólares por dia por pessoa.

Acampando no Bright Angel Canyon, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Acampando no Bright Angel Canyon, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


A área de camping é bem organizada, dividida e numerada, todas são bem planas, tem mesas e caixas anti-ratos para a comida (um problema no camping), água potável e um banheiro, porém não oferece chuveiros.

Um dos alojamentos do Phanton Ranch, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Um dos alojamentos do Phanton Ranch, no fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Se dinheiro não for problema e você preferir fazer a caminhada mais leve, sem carregar mochilas pesadas com comida, equipamento de camping, etc, você também tem uma opção. Reserve com antecedência através do Bright Angel Lodge um quarto e as refeições no Phanton Ranch. O rancho na base do cânion oferece quartos comunitários (beliches com banheiro compartilhado) ou ainda chalés com banheiro privativo, quentinhos e bem confortáveis (Quartos de 89 a 135 dólares, café da manhã 24 dólares, lanche/almoço 12 dólares, jantar de 27 a 40 dólares. Os preços podem variar conforme a temporada).

Mulas trazem turistas do fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Mulas trazem turistas do fundo do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos


Se você não é de trekking e caminhar 26km vai ser demais para a sua saúde, ainda há uma forma de conhecer o Grand Canyon por este ângulo. Toda a viagem pode ser feita em mulas. Para organizar a viagem com as mulas contate o Bright Angel Lodge e eles te darão todas as regras e informações necessárias. Que tal conhecer o Grand Canyon de outro ângulo?

Uma majestosa lua nasce sobre as paredes internas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

Uma majestosa lua nasce sobre as paredes internas do Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos

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“Indiada”

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, Paraguai, Ciudad del Este

Engarrafamento para se chegar à Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR

Engarrafamento para se chegar à Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR


Antes que pensem que sou preconceituosa, deixem-me explicar. “Indiada” é um termo que adotei no meu vocabulário desde a minha intensa convivência com os nossos conterrâneos brazucas gaúchos. Ele é um substantivo para o famoso “programa de índio” e que resume muito bem o nosso dia de hoje.

Chegando ao posto da Receita na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu - PR

Chegando ao posto da Receita na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu - PR


Depois de passarmos quase duas horas dentro do carro em um percurso que levaria no máximo meia hora, atravessamos a famosa Ponte da Amizade. Ela passa sobre o Rio Paraná, que faz a divisa entre Foz do Iguaçú, no Brasil e Ciudad Del Este, no Paraguai. Ao que consta, um caminhão estragou na ponte hoje cedo e por isso todo o tráfego de veículos ficou prejudicado, até o início da tarde.

O rio Paraná, fronteira de Brasil e Paraguai, visto do alto da Ponte da Amizade

O rio Paraná, fronteira de Brasil e Paraguai, visto do alto da Ponte da Amizade


Maravilha, atravessamos a ponte. Nesta passagem a imigração, aduana e todos estes órgãos de fronteira aqui existem por mera formalidade, pois o acordo entre os países do MERCOSUL permite o trânsito livre de veículos e pessoas entre os dois países, apenas para um dia de compras.

Fronteira do Brasil com o Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR

Fronteira do Brasil com o Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR


O esquema depois que atravessa a ponte, estando de carro ou van, é ir direto para o Shopping Del Este, logo após a Aduana Paraguaia do lado esquerdo. É um ótimo ponto de apoio, estacionamento, banheiros e já possui várias lojas bacanas. Dentro do shopping paga-se um pouco mais caro, mas a qualidade e procedência da mercadoria é mais garantida.

Movimento em Ciudad del Este, no Paraguai

Movimento em Ciudad del Este, no Paraguai


Nosso guia, Maycon, nos levou direto para outro shopping de compras, onde existem várias lojas de eletrônicos e mercadorias em geral, como uma Americanas Paraguaia. Lá ele conhece os donos das lojas e garante troca, inclusive fazendo os trâmites por correio, se necessário. Essa história de “La garantia soy yo” nunca foi comigo, sou super daquela filosofia de que o barato sai caro. Nós havíamos feito uma lista imensa de compras, mas no final, a loucura das ruas e o amontoado de pessoas é tanto que me dá um branco e vontade de sair correndo dali. Eu ainda conseguia abstrair, comprei um secador para os dias de frio lá nos Andes, achamos uma barraca totalmente made in China, quebra o galho. O Rodrigo, coitado, não conseguia entrar no clima e muito menos abstrair... estava se sentindo o próprio índio fora d´água.

Com o Maicon, nosso motorista e guia para compras em Ciudad del Este, no Paraguai

Com o Maicon, nosso motorista e guia para compras em Ciudad del Este, no Paraguai


Minha mãe, sempre muito prática, já aproveitou para fazer as compras, incluindo encomendas. Aí vem a indiada mor, para fechar o dia. Tivemos que entrar na fila da receita federal para declarar e pagar uma pequena diferença de imposto, 40 reais. A fila nem estava tão grande, mas a morosidade do serviço fez com que ficássemos ali mais de uma hora! O calor baixou a sua pressão e ela começou a passar mal na fila... que beleza! Mas como tudo tem um lado bom, o fiscal percebeu o apuro e nos passou na frente da fila. Agora, se assim já demorou uma hora, imaginem quanto tempo teria sido normalmente? Acho uma pena, pois várias pessoas não param ali para declarar 50 dólares a mais, a maioria passa direto e reto. Nós, pessoas corretas e amigas da lei, temos que ficar horas na fila para pagar imposto! É uma inversão total de valores...

Observando os pedestres atravessando a Ponte da Amizade, entre Paraguai e Brasil

Observando os pedestres atravessando a Ponte da Amizade, entre Paraguai e Brasil


No final do dia o saldo foi positivo, o importante é levar tudo isso na esportiva, como experiência. Depois desse perrengue todo nós merecíamos um bom almoço/jantar na Picanha na Pedra em frente ao nosso hotel. Agora é recarregar as energias que amanhã tem mais!

Glossário/Dicionário:

1. programa de índio
Enviado por Felipe Monteiro de Carvalho (SP) em 21-04-2009.
Significado: Começou significando um programa envolvendo a natureza, como fazer trilha, ou ir a uma praia deserta, mas com significado negativo, como algo que não é confortável. Posteriormente foi extendido para todo tipo de programa que não dá ou não dará certo, que será lotado, ou obrigara as pessoas a suportar muito calor ou outro tipo de desconforto. Pode ser utilizado positivamente também, significando programa próximo da natureza, mas é utilizado predominantemente no significado negativo.
Exemplo: Esperar 3 horas na fila do Hopi Hari para ir num brinquedo: Mas que programa de índio!
Fonte: www.dicionarioinformal.com.br

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, Paraguai, Ciudad del Este, Paraguay, Ponte da Amizade

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New Orleans em 2 dias

Estados Unidos, Louisiana, New Orleans

Muito movimento na Bourbon Street, a rua mais famosa de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

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New Orleans, ou NOLA para os íntimos, é a cidade dos sonhos para qualquer boêmio. Lá todos podem encontrar onde se divertir, desde aqueles que querem festa, mulheres e cerveja baratas, até os que apreciam a boa culinária, cervejas artesanais e, é claro, uma boa música.

Homenagem aos grandes nomes do jazz em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

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É o tipo de lugar que você pode passar dois dias e conhecer razoavelmente bem, mas foi uma das poucas cidades que senti aquela vontade imensa de morar por um tempo. Poder conhecer os bares, os músicos e participar da história viva que está acontecendo, aqui e agora. Ser uma “insider” em NOLA, rodeada de pessoas interessantes e curiosas pelo mundo, principalmente da música, do jazz, do blues e todas as nuances que giram em torno delas. Bem, sonhar não custa nada, tínhamos dois dias, então vamos tentar viver neles um mês inteiro!

Tarde de leitura em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

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A cidade que já teve ocupação espanhola e francesa é um misto de Europa e Estados Unidos, com um pé na África. Os tempos de escravidão trouxeram para cá o ingrediente que faria esta mescla de culturas entrarem em ebulição e resultarem em boa música, uma das melhores culinárias nos Estados Unidos e lindos festivais como o Mardi Gras.

A cruz acorrentada, homenagem aos escravos na primeira igreja para negros em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

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O Mardi Gras é um carnaval que nasceu nos encontros semanais dos escravos na Congo Square, hoje dentro do principal parque da cidade, o Parque Louis Armstrong.

Congo Square, um raro lugar de diversão para os escravos em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

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A praça era o único lugar onde os negros podiam se reunir livremente com seus instrumentos musicais e viver um pouco da sua cultura, falando sobre os seus sentimentos em relação ao trabalho escravo, a religião e as tradições de suas tribos na África. Esse caldeirão cultural foi precursor de ritmos como o blues e o fabuloso jazz!

Ana participa de banda de jazz em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

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A arquitetura e organização da cidade dispensam carro. No Garden District você encontra os melhores Bed & Breakfast e Guesthouses, restaurantes e alguns pubs. Detalhe importante: a cidade é um grande centro para convenções da região, além de um dos destinos favoritos dos americanos para casamentos, ao lado de Las Vegas. Assim, reservar a pousada com antecedência vai lhes poupar de uma hora de busca e bateção de perna.

Pegando o bonde em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

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Todos os dias pegamos charmoso bondinho da St Charles Avenue, no Garden Disctrict até a entrada da famosa Bourbon Street. O antigo centro cultural de New Orleans já teve seus dias de glória, hoje continua lotado de turistas, porém com bares e casas de reputação duvidosa.

Casa de shows na Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Casa de shows na Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


Meninas em roupas diminutas convidam os homens a entrarem nessas casas, em outros cantos mulheres decadentes tentam ganhar a vida na porta de um bar. Cervejas, drinks baratos e essa atmosfera festiva atraem os jovens a se perder dia e noite nos guetos da Bourbon Street.

Marujos caminham na famosa Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Marujos caminham na famosa Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


A cidade portuária foi escolhida para um Encontro Nacional da US Navy (Marinha Americana), então encontrar marinheiros uniformizados era comum em todas as ruas e bares. As casas ofereciam descontos especiais para os oficiais, que se dividiam em atividades diversas. Uma das belas surpresas que tivemos foi encontrar a banda oficial da marinha em um concerto especial na St. Louis Cathedral. Admiramos pasmos e emudecidos a suntuosa catedral ao som de hinos militares e famosas notas sulistas típicas de NOLA.

Interior lotado da St. Louis Cathedral, em dia de apresentação de banda da marinha (em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos)

Interior lotado da St. Louis Cathedral, em dia de apresentação de banda da marinha (em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos)


St Louis Cathedral, em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

St Louis Cathedral, em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Seguimos em busca da tão aclamada e legendária New Orleans. Caminhando pelo French Quarter, cruzamos a Jackson Square, rodeada de cartomantes e músicos, em direção ao Rio Mississippi.

Barco leva turistas em passeio noturno pelo rio Mississipi, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Barco leva turistas em passeio noturno pelo rio Mississipi, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


O clássico rio cantado em várias canções forma a maior bacia hidrográfica na América do Norte e marcou a história dos Estados Unidos como uma das principais vias de comércio de madeira, alimentos e algodão. Os antigos barcos a vapor comuns entre 1830 e 1870 já não circulam mais, a não ser para levar e trazer turistas. Quem tiver tempo pode programar cruzeiros de 5 e até 10 dias por paisagens belíssimas e pela história dos Estados Unidos no American Queen.

O barco tradicional do Mississipi, que hoje faz passeios com turistas em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

O barco tradicional do Mississipi, que hoje faz passeios com turistas em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Caminhando pela Decatur St. chegamos finalmente à parte boêmia do French Quarter. No caminho vale um desvio para conhecer o Laffite´s Black Smiths Shop, se autoproclama o bar mais antigo de New Orleans ainda em atividade.

Lafitte's Blacksmith Shop, o mais tradicional bar da Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Lafitte's Blacksmith Shop, o mais tradicional bar da Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


A Frenchmann Street é tudo o que imaginamos que foi um dia a Bourbon Street. Bares e casas de música com bandas de jazz, blues e rock, garotos de uma banda de metais tocando na esquina e casais dançando em um revival total das épocas áureas do Jazz em New Orleans.

Banda de jazz toca nas ruas de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Banda de jazz toca nas ruas de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Spotted Cat foi o meu bar preferido, músicos e público apaixonados pela música. Não se assuste se só encontrar seus pais e avós na plateia, eles sabem apreciar a boa música melhor que muitos jovens por aqui.

Muito jazz nos bares da Frenchman Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Muito jazz nos bares da Frenchman Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


Um encontro com o Captain Charles, amigo de Andrew revelou que a música não está apenas nos bares, está na cultura de todo orleneano. Restaurando sua casa, uma pérola do final do século XIX, estava com todos os seus móveis e peças de decoração no primeiro andar. Rodeados por um grande antiquário original, quadros, móveis e sua imensa coleção de CDs, tomamos um vinho delicioso trocando histórias da vida, viagens e amigos em comum.

Encontro com o Capitão Charles Walton e seus amigos, na sua casa em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Encontro com o Capitão Charles Walton e seus amigos, na sua casa em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Sua visita à NOLA não estará completa se não incluir no roteiro um breve tour gastronômico pelas delícias do sul. O po-boy, sanduíche de lingüiça artesanal ou carne desfiada com queijo é uma boa pedida para um brunch. O preferido dos locais é a muffalleta.

Po-Boy e cerveja da Louisiana em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Po-Boy e cerveja da Louisiana em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Propaganda de Po-Boy, o famoso sanduíche de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Propaganda de Po-Boy, o famoso sanduíche de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


A dica para um jantar especial é o Irene´s Cuisine, é um pouco mais caro, mas vale cada centavo. O menu não é extenso, porém cada prato é preparado à perfeição! Um piano bar foi nosso companheiro durante uma hora já que fizemos a reserva em cima da hora, portanto se não quer esperar ligue e reserve com antecedência! Para fechar a noite, um pouco de açúcar na veia, prove o beignets do Café du Monde, um dos points preferidos para o fim de noite nas madrugadas de NOLA.

O famoso e boêmio Cafe du Monde, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

O famoso e boêmio Cafe du Monde, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Louisiana, New Orleans, Música, Mississippi River

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Laguna Bacalar

México, Bacalar

Cores do caribe na água doce da laguna Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Cores do caribe na água doce da laguna Bacalar, no sul do Yucatán, no México


Bacalar é um pequeno povoado à beira de uma lagoa de mesmo nome, que significa “rodeado por juncos”, do maya Bakhalal. Este Pueblo Mágico é também o povoado mais antigo de Quintana Roo e foi palco para momentos importantes da história maya e mexicana. No ano de 1543 os conquistadores espanhóis conquistaram a Cidade Maya de Bacalar, que na época tinha em torno de 5 mil habitantes, e construíram um forte para proteção da região de piratas e outros invasores: o Forte San Felipe. No início do século XX, durante a Guerra das Castas, a cidade foi tomada pelos Mayas e o forte serviu como refúgio para famílias mexicanas (não mayas) que viviam na região.

Forte de Bacalar, no sul do Yucatán, no México. Construída para barrar piratas!

Forte de Bacalar, no sul do Yucatán, no México. Construída para barrar piratas!


A Laguna Bacalar é o único corpo d´água superficial permanente na Península do Yucatán, que sob a pedra calcária possui um imenso sistema de rios subterrâneos. A lagoa também é conhecida como a Laguna de las Siete Colores, formada por sete diferentes cenotes transbordados que colorem suas águas nos mais diferentes tons de azul.

Cores do caribe na água doce da laguna Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Cores do caribe na água doce da laguna Bacalar, no sul do Yucatán, no México


O lago está conectado a outras duas lagoas, a Laguna Guerrero e a Laguna Milagros e em época de cheia chega a se unir ao Río Hondo e à Baía de Chetumal, ao sul, quase na fronteira com Belize. Um lugar incrível e tranquilo, perfeito para quem quer se afastar um pouco da conturbada e turística Riviera Maya.

Arma de guerra em tempos de paz! Forte de Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Arma de guerra em tempos de paz! Forte de Bacalar, no sul do Yucatán, no México


A cidade possui uma pracinha central bem simpática, com dois cafés, um restaurante e uma pizzaria nos seus arredores. Na beira do lago estão os hotéis, guest houses e balneários municipais onde locais e os poucos turistas se refrescam nos dias mais quentes. Já estava escuro quando chegamos na cidade e tínhamos com a intenção de ficar apenas uma noite. No dia seguinte o clima meio chuvoso, a preguiça e vontade de relaxar neste lugar tão pacífico foi irresistível e acabamos ficando um dia a mais, dando uma nova chance de ver alguma cor no lago, que com o dia nublado e chuvoso refletia um belo prateado das nuvens.

Deliciosos piers na laguna de Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Deliciosos piers na laguna de Bacalar, no sul do Yucatán, no México


O cenário inspirador e a tranquilidade da região nos fez companhia no trabalho de atualização dos blogs. Almoçamos no Restaurante Los Aluxes de cozinha francesa-yucateca. O cenário é perfeito, na beira do lago, e a comida maravilhosa! Provamos um prato de camarão flameado ao xtabentum em redução de achiote, risoto e vegetais. Divino!

Arte decotativa em restaurante em Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Arte decotativa em restaurante em Bacalar, no sul do Yucatán, no México


À tarde ainda pudemos visitar um cenote que tenta atrair turistas com uma bela tacada de marketing, se autoproclamando o Cenote Azul. De azul ele não tem nada, mas as suas águas verdes e mornas são bem convidativas para um mergulho.

Árvore se debruça sobre o Cenote Azul, ao lado da laguna de Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Árvore se debruça sobre o Cenote Azul, ao lado da laguna de Bacalar, no sul do Yucatán, no México


Refrescando-se no delicioso Cenote Azul, ao lado da laguna de Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Refrescando-se no delicioso Cenote Azul, ao lado da laguna de Bacalar, no sul do Yucatán, no México


No final de tarde eu aproveitei para fazer uma massagem, tentando consertar o que estes três anos de estrada e diferentes colchões estão tentando estragar. A Laguna de Bacalar é o nosso local de despedida do México e da América do Norte. Depois de pouco mais de 12 meses viajando por terras norte-americanas, cruzando parques nacionais, desertos, montanhas nevadas e as mais diferentes paisagens, línguas e culturas é hora de se despedir. Despedida perfeita no paraíso rodeado de juncos.

Dia de sol e visual caribenho na laguna Bacalar, no sul do Yucatán, no México

Dia de sol e visual caribenho na laguna Bacalar, no sul do Yucatán, no México

México, Bacalar, Pueblo Mágico, Península do Yucatán, Cenote Azul, Laguna Bacalar

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St Eustatius

San Eustatius, Oranjestad_SE

Oranje Beach, uma das duas praias de Sint Eustatius - Caribe

Oranje Beach, uma das duas praias de Sint Eustatius - Caribe


Famosa por ter sido a primeira representante de uma potência estrangeira a reconhecer os Estados Unidos da América como uma nação independente, Sint Eustatius serviu como porto de fornecimento de pólvora e munição para a guerra da Independência Americana.

Homenagem ao grande feito histórico de Sint Eustatius - Caribe (o que lhe custou muito caro!)

Homenagem ao grande feito histórico de Sint Eustatius - Caribe (o que lhe custou muito caro!)


A pequena Statia, como é carinhosamente chamada, possui em torno de 3200 habitantes e é ligada administrativamente à Holanda, como um estado das Antilhas Holandesas. Possui universidade e toda a infra-estrutura administrativa, além de abrigar um importante posto de abastecimento para navios de grande porte que estão na rota entre EUA ou Europa para a América do Sul.

Fort Oranje, em Oranjestad, única cidade de Sint Eustatius - Caribe

Fort Oranje, em Oranjestad, única cidade de Sint Eustatius - Caribe


A cidade é dividida entre upper town e low town, mais ou menos como as praias no sul da Bahia, Trancoso e Arraial d´Ajuda. Um enorme degrau dividi a rua costeira, que possui os melhores hotéis e restaurantes com um estilo característico de Statia, nada que se possa dizer americanizado como o restante do Caribe. A praia que margeia esta rua é Oranjestad Bay, uma das únicas praias da ilha, ainda assim inconstante, com mais ou menos areia dependendo do período do ano e das correntes. A upper town parece uma cidade de casinhas de bonecas. As casas antigas datando do século XVII são de madeira, pequenininhas, baixinhas e coloridinhas. Ali fica a maioria dos prédios adminsitrativos, biblioteca, banco e comércio.

Passeando na simpática Oranjestad, capital de Sint Eustatius - Caribe

Passeando na simpática Oranjestad, capital de Sint Eustatius - Caribe


A principal atração é o Fort Oranje, que começou a ser construído pelos franceses em 1629, mas foi ampliado e concluído depois que os holandeses dominaram a ilha. Statia trocou de mãos entre franceses, ingleses e holandeses mais de 22 vezes! Isso sem contar que antes quem a habitava eram os Caribs. Foi neste forte que foram disparados a primeira saudação à nova nação americana, conhecido como “First Salute”, 11 disparos como resposta aos 13 disparos feitos pelo Andrew Doria, navio americano que carregava uma cópia da declaração de independência.

Vista do alto do Fort Oranje,  em Sint Eustatius - Caribe

Vista do alto do Fort Oranje, em Sint Eustatius - Caribe


Há apenas 2 quadras dali ficam as ruínas da antiga Sinagoga Honen Dalim, de 1739, ao que consta, a segunda mais antiga sinagoga do hemisfério ocidental. Ela está sendo vagarosamente restaurada com doações feitas por entidades judaicas, principalmente holandesas.

Ruínas da segunda mais antiga sinagoga do hemisfério ocidental (em Oranjestad, Sint Eustatius - Caribe)

Ruínas da segunda mais antiga sinagoga do hemisfério ocidental (em Oranjestad, Sint Eustatius - Caribe)


A Igreja Reformista Holandesa fica dentro do mesmo complexo do Fort Oranje, sua construção de 1755 está intacta, porém seu telhado foi arrancado por um furacão em 1792 e ela está aberta desde então. É uma bela estrutura em meio ao antigo cemitério.

Antiga igreja holandesa que perdeu seu teto num furacão em 1792 e assim permaneceu! (em Oranjestad, Sint Eustatius - Caribe)

Antiga igreja holandesa que perdeu seu teto num furacão em 1792 e assim permaneceu! (em Oranjestad, Sint Eustatius - Caribe)


Depois de explorarmos os pontos históricos descemos para a cidade baixa, buscando informações sobre mergulhos e um bom lugar para almoçar. Já agendei um mergulho para mim amanhã na Scubacqua, que vai me levar a alguns dos 36 pontos de mergulho da ilha. Almoçamos no Golden Era Hotel, à beira da baía de Oranjestad e com vista para Saba e os navios que aguardavam abastecimento.

Almoçando na orla do mar do Caribe, em Oranjestad, capital e única cidade de Sint Eustatius

Almoçando na orla do mar do Caribe, em Oranjestad, capital e única cidade de Sint Eustatius


Voltamos para a nossa pousada no “interior” da ilha, caminhando e procurando por lojas de equipamentos elétricos. Pois é, esquecemos em Saba o nosso super adaptador que cabia em todas estas tomadas americanas e ficamos sem ter como carregar as nossas baterias. Conhecemos toda a cidade e seus arredores visitando cada uma das lojas, Dougins, Rivers, Dutch Plumbing e até a Mansion Hardware, todos estavam “out of stock”. Já estava começando a acreditar que ficaríamos sem ter como escrever durante estes 4 dias, Rodrigo totalmente de bode, quando entrei em um mercadinho para comprar água e por acaso perguntei. Não é que eles tinham!?! No lugar menos provável foi onde conseguimos salvar o dia! (e o bom humor do marido, hahaha).

Vista do alto do Fort Oranje,  em Sint Eustatius - Caribe

Vista do alto do Fort Oranje, em Sint Eustatius - Caribe


Statia me parece uma ilha mais autêntica, sem tanta influência turística, sem navios de cruzeiros, grandes lojas ou badalação. A vida como ela é, ou melhor, como ela realmente deveria ser no Caribe dos anos 50.

San Eustatius, Oranjestad_SE, Sint Eustatius, Caribbean, Statia, St Eustatius, história

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Blue Chicago!

Estados Unidos, Illinois, Chicago

Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Céu azul e um dia lindo para nos despedir de Chicago rumo ao meio oeste americano. Os planos eram muitos! Silvia, minha prima que mora em Milwalkee há 7 anos e já rodou bem a região nos deu algumas dicas ótimas.

Outra vez, admirando o reflexo da cidade na mais popular obra de arte de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Outra vez, admirando o reflexo da cidade na mais popular obra de arte de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


- Um passeio de barco pelo Chicago River, não dos turísticos, de water táxi mesmo, passando pelo píer e indo até o Adler Planetarium. É mais barato que um tour e tem uma das melhores vistas do skyline de Chicago, a partir do lago.

Pessoas se refrescam na brisa vinda do lago, numa marina de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Pessoas se refrescam na brisa vinda do lago, numa marina de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


- Ir até Chinatown provar o tal café da manhã chinês que dizem ser ótimo! Uma experiência bem diferente com certeza!

Parque florido em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Parque florido em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


- Assistir a um espetáculo como o Blue Man Group que está em cartaz ou um musical da cena “Off-Brodway” de Chicago no Theater District, mas carregar o Rodrigo para um show desses seria quase impossível.

Passeando pelo distrito artístico de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Passeando pelo distrito artístico de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Eram tantos planos misturados ao nosso cansaço, vontade de ficar no hotel e trabalhar nos blogs que acabamos fazendo nada disso e simplesmente deixamos o dia rolar. Saímos novamente caminhando pelo Loop e continuamos o nosso Architecture Tour pelo centro da cidade.

Caminhando por praça central de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Caminhando por praça central de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


O clássico convive bem com o moderno em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

O clássico convive bem com o moderno em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Chegamos ao Millenium Park e cruzamos até a Buckingham Fountain, já na área do Grant Park. A quantidade de água nesse chafariz não está no gibi! São 5 milhões e 700 mil litros de água, em 193 jatos e o jato central projeta a água a 46m de altura! A Buckingham Fountain é uma das maiores fontes do mundo e foi inspirada na Latona Fountain do Palácio de Versalhes.

A maior fonte de Chicago,em frente ao Lago Michigan (em Illinois, nos Estados Unidos)

A maior fonte de Chicago,em frente ao Lago Michigan (em Illinois, nos Estados Unidos)


A fonte jorra alto num dia de muito sol em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

A fonte jorra alto num dia de muito sol em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Embasbacados, voltamos caminhando pela beira do lago até a Monroe Street. Com um céu tão azul, não consegui convencer o Rodrigo a entrar em um museu, no caso, o The Art Institute of Chicago. Então voltamos pela Nichols Bridgeway, um calçadão elevado criado pelo italiano Renzo Piano, que corre no alto da Michigan Avenue, interligando a asa mais moderna do instituto de arte até o Millenium Park.

Caminhando entre os arranhacéus de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Caminhando entre os arranhacéus de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Praticando blues em plena praça de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Praticando blues em plena praça de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Sexta-feira é dia de música no parque! Chegando lá vimos a movimentação do público que já estendia suas toalhas de piquenique e guardava seus lugares no gramado do Jay Pritzker Music Pavillion. O moderno pavilhão de shows foi projetado pelo arquiteto Frank Gehry, o mesmo que assinou a curvilínea BP Bridge.

Público se prepara para show gratuito de música clássica no Parque Millenium, em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Público se prepara para show gratuito de música clássica no Parque Millenium, em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


O Rodrigo escapou do museu, mas não escaparia da ópera no parque! Ele relutou, tentou escapar para um blues no plaza ou até uma “ida rápida” ao hotel. Eu relutei e consegui levá-lo a uma loja para nos abastecermos de vinho e pão para o nosso piquenique com música no parque. “The Spectre’s Bride” é uma ópera do tcheco Dvorák estreada na Inglaterra em 1884 que fala de uma mulher que reencontra o fantasma do seu amante e o segue até o cemitério em meio a delírios de amor. Ahhh, as óperas! Adoro suas histórias de amor em tons intensos e sempre dramáticos! O Rodrigo, sempre com o ipad (e o Reinaldo Azevedo) na mão, adorou o programa!

Pão, vinho e música clássica no Parque Millenium, em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

Pão, vinho e música clássica no Parque Millenium, em Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


Não poderíamos nos despedir de Chicago sem ir a um legítimo bar de blues. Buddy Guy´s Legends é o mais famoso e por isso mesmo nós fugimos. A música é ótima, mas o bar parecia mais uma tourist trap. Seguimos a dica do concierge do nosso hotel e fomos parar no Chicago Blues, um bar super bacana com clima mais intimista e um blues de ótima qualidade.

Tia e sobrinha arrasam em show de blues em bar de Chicago, em Illinois - Estados Unidos

Tia e sobrinha arrasam em show de blues em bar de Chicago, em Illinois - Estados Unidos


Deliciando-se com apresentação de blues em Chicago, em Illinois - Estados Unidos

Deliciando-se com apresentação de blues em Chicago, em Illinois - Estados Unidos


Chegamos tarde e pegamos a última hora de show. Nos seus arredores várias baladas lotadas fechavam suas portas as 2 da manhã e os jovens fervendo se recusavam a ir embora. Duas da manhã, ruas lotadas de gente jovem e divertida, era tudo o que eu queria, além da companhia de um amigo mais festeiro e noturno para me acompanhar. Quase entramos no The Underground, o point da noite de sexta-feira, mas a fila disputadíssima não me ajudou em nada e tive que me render ao marido e voltar para o hotel e os braços de Morpheu.

O entardecer chega e junto com ele, as luzes de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

O entardecer chega e junto com ele, as luzes de Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos


A magnífica e iluminada Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

A magnífica e iluminada Chicago, em Illinois, nos Estados Unidos

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Kalalau Trail

Hawaii, Kauai-Kalalau

Fim de tarde glorioso na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Fim de tarde glorioso na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Você consegue imaginar um lugar de natureza pristina, imensas cachoeiras em meio a cânions inexplorados, praias desertas e encostas vulcânicas escarpadas no centro do Oceano Pacífico? Esta é a Na Pali Coast no litoral norte da ilha de Kauai, no Hawaii.

A maravilhosa Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

A maravilhosa Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Depois de sobrevoarmos a ilha dos dinossauros, chegou a hora de explorarmos suas entranhas, irmos fundo em suas matas para descobrir o que esconde a intocada Na Pali Coast. O único jeito de chegar até lá nesta época do ano é através de uma trilha de 36 km (ida e volta), a Kalalau Trail.

Paisagens cinematográficas da Na'Pali Coast, no caminho para o Kalalao, em Kauai, no Havaí

Paisagens cinematográficas da Na'Pali Coast, no caminho para o Kalalao, em Kauai, no Havaí


Não é por acaso que a Kalalau Trail é considerada pela National Geographic o melhor trekking litorâneo do mundo. São 18 km ziguezagueando pelas encostas da Na Pali Coast, seus rochedos, praias, florestas e riachos para chegar ao paraíso perdido dos antigos havaianos: o Kalalau Valley.

Praia no início da trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Praia no início da trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


O trekking começa no final da Kuhio Highway, às margens da Ke´e Beach. Os primeiros 3km de trilha levam até a Hanakapi´ai Beach, uma boa opção para um day hike na famosa Na Pali Coast. No ponto mais alto deste trecho, além de vistas lindas dos “palis”, palavra havaiana para penhascos, nesta época também é fácil avistar baleias jubarte, na sua migração anual pelas águas do arquipélago. Vários trekkers já acabam parando por ali mesmo, acampam de frente para a praia e aproveitam para conhecer a cachoeira que está 2 km vale acima.

Centenas de totens de pedras na tHanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Centenas de totens de pedras na tHanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


A vida 'selvagem' na Hanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

A vida "selvagem" na Hanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Hora do lanche e do descanso, depois de 2 milhas de trilhas, na Hanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Hora do lanche e do descanso, depois de 2 milhas de trilhas, na Hanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Viemos hoje cedo de Kihei até Hanaley Bay, tomamos um último café da manhã bem reforçado e colocamos o pé na trilha. Já eram quase 10 horas da manhã, mas o nosso objetivo era chegar hoje mesmo ao Kalalau Valley. A Laura e o Rafa, super companheiros, toparam a empreitada e lá fomos nós, carregados de equipamento e comida para a tão esperada aventura.

Percorrendo a magnífica trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Percorrendo a magnífica trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


O Rodrigo, meu forte e cavalheiro marido estava mais carregado e acelerou o passo. Eu, Laura e Rafa seguimos firmes, mas no nosso ritmo, parando para tirar fotos e aproveitar as paisagens. O tempo não estava o melhor para as fotos, mas foi perfeito para nós, que não precisamos lidar com o calor insuportável e o sol escaldante durante a trilha. Subimos e descemos encostas em um infindável zigue-zague, contornando os vales e os penhascos da Na Pali Coast.

Momento de relaxamento depois de grande subida na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Momento de relaxamento depois de grande subida na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Depois que passamos a Hanakapi´ai Beach a trilha fica menor, menos sinalizada, menos movimentada e mais atrativa aos meus olhos aventureiros. Caminhamos, caminhamos e caminhamos e perdemos a noção de quanto já foi ou quanto ainda faltava. Olhamos para um lado e já não podemos mais ver a Ke´e Beach. Olhamos para o outro lado e ainda não avistamos a Kalalau. Estamos deliciosamente perdidos em meio aos palis e às bailarinas de hula-hula que descem lentamente para o seu encontro com o mar.

Árvores que inspiraram as fantasias de Hula Hula, ao longo do caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Árvores que inspiraram as fantasias de Hula Hula, ao longo do caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Eis que avistamos a marca das 6 milhas, estamos na metade do caminho! O Hanakoa Valley é um vale suspenso, que não tem acesso à praia. Recentemente o parque liberou esta área para camping e é um dos melhores pontos para os hikers mais tranquilos e com mais tempo montarem acampamento e recuperarem as energias. Além de vistas lindas da costa, daqui também sai uma trilha de menos de 1km para a Hanakoa Falls, que dizem ser ainda maior e mais bonita que a de Hanakapi´ai. Já se foram 10km! Logo adiante encontramos o Rodrigo, descansando à beira do rio e após um lanche rápido voltamos à trilha ainda mais animados, agora só faltam 8km!

O Rodrigo já está no alto do próximo morro, no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

O Rodrigo já está no alto do próximo morro, no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Na segunda parte da trilha chegamos à sessão mais seca da ilha, as paisagens ficam ainda mais fortes, cores mais intensas e a trilha mais perigosa. O caminho corta um penhasco alto e sem proteção. Um tropeço ou uma pisada em falso pode te levar direto ao mar, 200 metros falésia abaixo.

O cenário maravilhoso na trilha do Kalalao, ao longo da Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

O cenário maravilhoso na trilha do Kalalao, ao longo da Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Este é o único trecho que exige nervos de ferro mesmo para os menos encanados com altura. Cruzamos outros mochileiros no caminho, uns indo, outros voltando e todos se apertando contra a parede de pedra para que o outro possa passar. Se você tem vertigem ou não é muito tolerante para alturas é neste trecho que a coisa pode complicar.

A Ana, Laura e Rafa caminham por trilha na beira de um penhasco, a caminho da Kalalao Beach, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

A Ana, Laura e Rafa caminham por trilha na beira de um penhasco, a caminho da Kalalao Beach, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Depois de cruzarmos os estreitos penhascos, temos a primeira visão do nosso tão almejado objetivo, a Kalalau Beach. Para não nos deixar duvidar, ali estava uma placa que dizia em havaiano e inglês:

Finalmente, depois de 10 milhas percorridas, a praia do Kalalao está próxima! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)

Finalmente, depois de 10 milhas percorridas, a praia do Kalalao está próxima! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)


“Kalalau. Esta é uma terra sagrada. Dê a ela o seu maior cuidado, respeite e vá sabendo que você a preservou para as futuras gerações.”

Marcação de 10 milhas na trilha do Kalalao. Só falta uma! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)

Marcação de 10 milhas na trilha do Kalalao. Só falta uma! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)


Como em um passe de mágica todo o nosso cansaço daqueles 16 km desapareceram e novamente ganhamos novas energias para continuar morro abaixo e finalmente chegarmos à terra prometida.

Finalmente, depois de 10 milhas percorridas, a praia do Kalalao está próxima! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)

Finalmente, depois de 10 milhas percorridas, a praia do Kalalao está próxima! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)


O sol já coloria o céu em tons de rosa e alaranjado, mal conseguíamos enxergar a cor do mar que refletia o prateado do final do dia, se escondendo atrás das montanhas escarpadas da Na Pali Coast.

Um inesquecível pôr-do-sol nos recebe na praia de Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Um inesquecível pôr-do-sol nos recebe na praia de Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Com o restinho de luz ainda tivemos tempo de encontrar um lugar no movimentado camping e montar as nossas barracas. A Laura e o Rafa logo conheceram um local, que lhes recebeu com as boas vindas da comunidade clandestina que vive nesta praia. Clandestina? Pois é, como o vale e a praia estão em um parque estadual, a estadia máxima permitida é de uma semana, mas chegando aqui entendemos que estes “locais” simplesmente não consigam mais ir embora.

estréia da nossa barraca nova em kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

estréia da nossa barraca nova em kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Voando sobre a magnífica Lalalao Beach, em Kauai, no Havaí

Voando sobre a magnífica Lalalao Beach, em Kauai, no Havaí


A cachoeira que escorre nos rochedos da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

A cachoeira que escorre nos rochedos da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Aqui encontramos a natureza pura no seu esplendor, intocada e vibrante, entramos em contato com a energia primordial que alimenta o nosso planeta. Em uma ilha como o Kauai, tão jovem e tão distante, acredito mesmo que deve ser mais fácil de nos conectarmos com outros níveis energéticos, como se o Kalalau fora um portal para uma nova e mais elevada dimensão.

Enormes ondas estouram nos rochedos da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Enormes ondas estouram nos rochedos da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Pela manhã, caminhando pela praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Pela manhã, caminhando pela praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Nós logo entramos em ressonância com esta boa vibração. Não demorou nenhum minuto para todos do grupo se colocarem em acordo de que não poderíamos voltar amanhã. Um dia inteiro naquele paraíso era o mínimo (e o máximo) que podíamos nos permitir. Fiquemos então, faremos racionamento de comida, viveremos de prana, felizes na Kalalau.

Não é a toa que os barcos não chegam até a praia nessa época do ano, na kalalau beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Não é a toa que os barcos não chegam até a praia nessa época do ano, na kalalau beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Aos poucos vamos entendendo como esta comunidade funciona para se esquivar das rondas do parque e se manter viva. São homens e mulheres que vivem em total comunhão com a natureza, o vale lhes fornece água, frutas e raízes e eles só o deixam para comprar suprimentos uma vez ao mês e olhe lá. A paz de espírito que encontraram aqui é mais do que suficiente para alimentá-los.

Arte nas árvores da trilha para a cachoeira, em Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí. Coitada da árvore...

Arte nas árvores da trilha para a cachoeira, em Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí. Coitada da árvore...


Alguns deles vivem aqui há 6 meses, um ano, diz a lenda que o mais antigo vive no fundo do vale, distante de todos, como um ermitão, por quase 20 anos! A procura deste Shangrilá começou na década de 60, quando os hippies paz e amor buscavam lugares como este para viverem seus tempos de libertação. Foi a própria National Geographic que lançou os primeiros olhares neste canto do planeta, publicando uma foto da praia de Kalalau e a colocou na berlinda, criando a primeira migração dos mais aventureiros daquela época.

Luz do sol filtrada pelas nuvens e montanhas, na Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Luz do sol filtrada pelas nuvens e montanhas, na Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Triste é saber que tudo isso ocorre de forma clandestina, pois o parque não está preparado para lidar com os impactos ambientais que uma comunidade pode representar. O gerenciamento do lixo é dificultado pelo acesso ser apenas por esta trilha, durante os meses de verão a praia fica mais tranquila e alguns barcos conseguem aportar. Helicópteros acabam sendo a melhor saída para a retirada do lixo, a mais prática e mais cara também, o que diminui os recursos destinados a outros melhoramentos necessários como a instalação e manutenção dos banheiros ecológicos e melhoramentos na trilha. Enfim, é difícil acreditar no paraíso idealizado se ali está o homem.

Acampando de frente ao mar, na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Acampando de frente ao mar, na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Nas nossas andanças por lá vimos pouco ou quase nada de lixo, então eu prefiro acreditar que a consciência ambiental e o amor que esta comunidade nutre por esta terra, seja maior e esteja levando-os a cuidar dela da forma correta.

A 'cachoeira do banho', em Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

A "cachoeira do banho", em Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Durante um dia aproveitamos a praia dentre os naturistas, vimos uma bailarina de hula-hula dançar ao natural pelas areias de Kalalau. Apreciamos as ondas gigantes que proibiam a entrada até dos mais ousados nas suas águas e nos encantamos com as catedrais de pedra que envolvem as paisagens verdejantes do Kalalau Valley.

O grandioso background da praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

O grandioso background da praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Enormes torres de pedra se erguem para o céu, na Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Enormes torres de pedra se erguem para o céu, na Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


À tarde os casais se dividiram, eu e o Rodrigo aceleramos pelas trilhas vale acima, em busca das cachoeiras e poços de água doce. Lá descobrimos novas comunidades ribeirinhas, que preferem o rio ao mar, o verde e o isolamento, aos turistas que mal sabem chegar até aqui.

Caminhando na mata em direção a uma cachoeira próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Caminhando na mata em direção a uma cachoeira próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Cachoeira próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Cachoeira próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Nas trilhas cruzamos parte do patrimônio histórico do vale, ruínas da antiga comunidade tradicional havaiana que viveu por aqui. Quantos anos será que elas possuem? Quem será que as construiu? Sabe-se que até uma comunidade de leprosos foi exilada no começo do século passado, destinada a viver nesta terra distante e abençoada.

Ruínas de antigas habitações na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Ruínas de antigas habitações na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


De volta à praia encontramos Laura e Rafael que nos aguardavam com uma boa notícia, o Rafa havia saído para pescar e voltou com dois peixes para aumentar o nosso jantar.

O Rafa grelha um peixe que ele mesmo pescou durante a tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí. Que luxo!!!

O Rafa grelha um peixe que ele mesmo pescou durante a tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí. Que luxo!!!


Fogueira para o peixe e fogareiro para o macarrão no nosso banquete na segunda noite em Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

Fogueira para o peixe e fogareiro para o macarrão no nosso banquete na segunda noite em Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


Aqui, ao menos, a comunidade tem esse espírito cooperativo, logo que souberam que ampliamos a nossa estadia e racionávamos a comida, alguns vieram oferecer ajuda, a vara de pesca, frutas, o que fora. Sentimos-nos acolhidos, não fosse o nosso voo de volta, sem dúvida ficaríamos por mais tempo, aprenderíamos a viver de luz e amor... Pelo menos por mais alguns dias, porque não?

delicioso fim de tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí

delicioso fim de tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí


No nosso terceiro dia perdidos na costa norte do Kauai, infelizmente já era hora de voltarmos a nos encontrar. Um banho de mar no reino de Namaka, que hoje nos recebeu de braços abertos, como quem diz, “estarei por aqui aguardando o seu retorno”. O sol quente nos acompanhou durante toda a caminhada de volta e a marca de 6 milhas novamente apareceu como uma nova dose de energia. Um banho nos poços de água fresca nos deixaram prontos para os 10km que faltavam.

Diversão com um cipó em piscina natural na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Diversão com um cipó em piscina natural na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Terminamos a trilha cansados, mas felizes. Sabíamos que este esforço para cruzar os palis da Na Pali Coast e chegar à Kalalau seria apenas o primeiro das nossas vidas, pois sem dúvida voltaremos.

Chegando à praia das duas milhas, na trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Chegando à praia das duas milhas, na trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Hawaii, Kauai-Kalalau, trilha, Trekking, Kalalau Trail, Napali Coast

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Nevado de Toluca

México, Toluca

Nessa foto aparecem os dois lagos do interior da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México

Nessa foto aparecem os dois lagos do interior da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México


Toluca é uma das grandes urbes ao redor da Cidade do México, com mais de 840 mil habitantes que participam ativamente da sua vida, emprestando trabalhadores que vão diariamente a capital apenas para o dia de trabalho, assim como Cuernavaca ao sul e Puebla a oeste.

Igreja na praça central de Toluca, no México

Igreja na praça central de Toluca, no México


O nome Toluca fez parte do nosso cotidiano enquanto dirigíamos para cima e para baixo no DF, encontrando as dezenas de placas que indicavam a 'Autopista Toluca'. A cidade, no entanto, não estava no nosso roteiro até uma semana atrás, quando fechamos o plano de aclimatação para o Pico de Orizaba.

A praça central de Toluca, no México

A praça central de Toluca, no México


O grande Nevado de Toluca, ou Xinantecatl, é a quarta maior montanha do México, um dos mais conhecidos e importantes nevados ao redor da capital e do alto dos seus 4680m de altitude é um ótimo campo de treinamento para os mais ávidos montanhistas.

A Fiona e o Nevado de Toluca, na região central do México

A Fiona e o Nevado de Toluca, na região central do México


Aos que amam montanhas, paisagens vulcânicas, lagos de degelo e um pouco de exercício acima dos 4 mil metros, é o lugar ideal para conhecer um pouco das montanhas mexicanas e adicionar ao seu roteiro algo diferente, uma pitada especial de natureza e aventura. Várias agências de turismo na Cidade do México organizam day tours para o Nevado, com transporte, alimentação e tudo.

Um dos lagos dentro da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México

Um dos lagos dentro da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México


Toluca está a 66km do Vale do México, apenas 1 hora de ônibus do terminal leste da capital. Foi lá que o Gera e a Valéria se encontraram para vir ao nosso encontro. Enquanto eles vinham de ônibus, eu e Rodrigo atravessávamos as montanhas e lagos entre Cuernavaca e Toluca, passando por pequenos povoados, tianguis (feiras livres) e reservas naturais em uma longa jornada pela única região ao redor da Cidade do México que não possui uma autopista. Seguimos de pueblito em pueblito, curtindo cada engarrafamento na pista simples, até o tão esperado encontro no Hotel Colonial, no centro de Toluca.

Colorida igreja em homenagem à Virgem de Guadalupe, no caminho para o Nevado de Toluca, na região central do México

Colorida igreja em homenagem à Virgem de Guadalupe, no caminho para o Nevado de Toluca, na região central do México


Um passeio pelo centro histórico da antiga cidade espanhola, um jantar bem mexicano e logo estávamos de volta ao hotel nos preparando para a caminhada do dia seguinte. Hoje foram meninos para um lado e meninas para outro, cada qual com seus assuntos e paixões. Gera e Rodrigo falando sobre suas experiências nas montanhas, enquanto eu e Val tirávamos o atraso de quase 1000dias de amizade a distancia, assunto que não acabava mais. A Val trouxe com ela não apenas a sua linda energia e alegria, mas um pedaço de casa, da minha família, de tudo o que mais me faz falta durante essa viagem... Além de umas balinhas de banana de Antonina, Hehehe, amooo!

Nas alturas, o reencontro das amigas no Nevado de Toluca, na região central do México

Nas alturas, o reencontro das amigas no Nevado de Toluca, na região central do México


No dia seguinte cedo estávamos todos prontos para encarar a nossa primeira grande montanha no México. A Val, guerreira, com apenas um dia acima dos 2mil metros lá na Cidade do México, topou a empreitada! A esta altura eu já tinha decidido que não subiria o Orizaba para poder acompanhar a Val nos roteiros de ferias. Então combinamos com os rapazes para acelerarem nos seus treinos, e nós seguimos no nosso ritmo, curtindo a paisagem e respeitando os limites do corpo e da aclimatação.

Admirando a beleza da enorme cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)

Admirando a beleza da enorme cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)


A montanha estava super protegida por viaturas militares, que viam o movimento na estrada da mesma barraquinha onde paramos para a nossa quesadilla de café da manha. Mal sabíamos que na volta, seriamos nós a passar pela revista da operação padrão, com direito a filmagem na televisão mexicana e tudo! Rs!

Com o Gera e a Val, tomando café já na estrada, a caminho do Nevado de Toluca, na região central do México

Com o Gera e a Val, tomando café já na estrada, a caminho do Nevado de Toluca, na região central do México


O Nevado de Toluca nos recebeu com um sol e céu azul maravilhosos, dia perfeito para uma caminhada! Cumprimos tranqüilamente a primeira etapa, subindo até o mirante do Lagos Sol e Luna.

De longe, a Ana fotografa o Rodrigo e o Gera a caminho do cume do Nevado de Toluca, na região central do México

De longe, a Ana fotografa o Rodrigo e o Gera a caminho do cume do Nevado de Toluca, na região central do México


Com o Gera, chegando à cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)

Com o Gera, chegando à cratera do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)


Daqui começamos a caminhada ao redor da cratera do vulcão, formada há aproximados 10.500 anos, quando se deu a sua maior erupção. Como bem havia descrito Gera, 'uma das crateras vulcânicas mais lindas que já vi na minha vida!' Aqui o Rodrigo e o Gera avançaram para o seu treino, e eu e a Val circulamos a cratera matraqueando sem parar, sinal de que oxigênio não faltava! Rsrs!

Botando o papo em dia no alto do Nevado de Toluca, na região central do México

Botando o papo em dia no alto do Nevado de Toluca, na região central do México


Toda a caminhada tem vistas maravilhosas, ângulos diferentes para as dezenas de fotografias tiradas neste dia. A etapa final da nossa caminhada de subida foi uma inacabável rampa de cinzas e pedras vulcânicas, mas que com paciência e persistência foi vencida pelas amigas, que chegaram à neve, pouco acima dos 4.400m de altitude! O Ro e o Gera, no maior pique, chegaram ao Pico Águila, a 4.625m de altura!

A Ana e a val na crista do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)

A Ana e a val na crista do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)


Pela primeira vez acima dos 4 mil metros, a Val na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México

Pela primeira vez acima dos 4 mil metros, a Val na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México


Lá do alto vimos os picos nevados dos vulcões Popo e Itza, a mais de 100km de distancia em linha reta, emergindo das nuvens cinzentas de poeira e poluição da Cidade do México. Uma vista rara, segundo Gera, que já esteve aqui 2 vezes e nunca tinha conseguido observá-los!

Quase no alto Nevado de Toluca, na região central do México. Ao fundo, o Popo e o Itzla, duas das maiores montanhas do país (foto de Geraldo Ozorio)

Quase no alto Nevado de Toluca, na região central do México. Ao fundo, o Popo e o Itzla, duas das maiores montanhas do país (foto de Geraldo Ozorio)


Feliz da vida, no topo do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)

Feliz da vida, no topo do Nevado de Toluca, na região central do México (foto de Geraldo Ozorio)


Bom agouro para os viajantes e montanhistas! Hoje mesmo cruzamos novamente quase 5 horas de estrada entre Toluca e Amecameca, rumo ao oeste, para continuar a temporada de montanhas. Que venha o Itzaccíhuatl!

Com o Gera e a Val na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México

Com o Gera e a Val na crista da cratera do Nevado de Toluca, na região central do México

México, Toluca, Montanha, Trekking, vulcão, Nevado de Toluca

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Bryce Canyon National Park

Estados Unidos, Utah, Bryce Canyon

Admirando a paisagem gelada do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Admirando a paisagem gelada do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


A estrada entre o Zion e o Bryce Canyon já dava sinais que a nossa passagem por lá seria das mais geladas da viagem. Ela vai margeando o East Fork Servier River, subindo gradativamente dos 1.773m dos portões do Zion National Park, para os 2.406m do Bryce Canyon. O rio congelado lá fora era um fenômeno que nos impressionava de dentro do quentinho da Fiona, que consegue nos isolar deste univrso gelado que nos cerca, uma ilha de calor e conforto.

A bela paisagem pintada de vermelho, amarelo e branco, no caminho entre o Zion e o Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

A bela paisagem pintada de vermelho, amarelo e branco, no caminho entre o Zion e o Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Paralela, ao leste da estrada, estão as montanhas dentro das fronteiras do parque nacional, que se estendem por quase 50km de norte a sul sobre o Colorado Plateau. No caminho um portal natural de pedras avermelhadas abre o caminho para a terra encantada do Red Rock Cânion, que surge vibrante na paisagem de planícies brancas, cobertas pela neve.

Formações rochosas do Red Rock Canyon, pouco antes de chegar ao Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Formações rochosas do Red Rock Canyon, pouco antes de chegar ao Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


A esta altura da viagem chegamos a pensar que não veríamos mais nada que realmente nos impressionasse, muitas formações são parecidas, rochas avermelhadas, cânions e afinal, ainda esta semana vínhamos do rei dos cânions, uma das 7 maravilhas do mundo! Certo? Errado! A próxima hora nos comprovou que não existiria, neste caso, melhor situação do que estar completamente enganados!

O sol de fim de tarde ilumina as paredes mais altas do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

O sol de fim de tarde ilumina as paredes mais altas do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Chegamos ao Bryce Canyon sem muitas expectativas, era um final de tarde frio e nublado, com nevascas passageiras e temperatura variando entre -10 e -12°C. A esperança era que amanhã o tempo melhorasse e pudéssemos enfim conhecer o parque. Mas algo nos disse para ir até lá, dar uma olhadinha no que estava por vir. O prêmio por seguir nossos instintos não poderia ter sido melhor!

Chegamos ao Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos, bem na hora mágica das últimas luzes do sol. Fantástico!

Chegamos ao Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos, bem na hora mágica das últimas luzes do sol. Fantástico!


Uma brecha nas nuvens deixou os raios de sol passarem no ângulo perfeito para criar a iluminação mais louca que eu poderia sonhar e em um cenário de outro mundo!

O sol de fim de tarde ilumina as paredes mais altas do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

O sol de fim de tarde ilumina as paredes mais altas do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Centenas, milhares de hoodoos, estreitos pilares de pedras, coloriam a paisagem em tons de amarelo, rosa e alaranjado, cobertos em neve e rodeados por uma paisagem azulada de inverno.

Chegando ao fantástico e gelado Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Chegando ao fantástico e gelado Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Os Hoodoos estão por toda parte, estas colunas de pedra esculpidas pelo tempo sobre a Claron Formation. Antigos lagos, rios e riachos depositaram layers de minerais ricos em ferro e materiais limosos por mais de 20 milhões de anos, para criar esta camada de rocha que mais tarde foi exposta quando houve a elevação das placas tectônicas, o mesmo evento geológico que formou as Montanhas Rochosas. Desde então as rochas da Claron Formation são esculpidas e desenhadas pela natureza, durante milhões de anos.

A bela paisagem da parte baixa do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

A bela paisagem da parte baixa do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Caminhando entre as peculiares formações rochosas do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Caminhando entre as peculiares formações rochosas do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Uma estrada cênica percorre 29km no parque, durante o inverno apenas um trecho dela é mantido livre da neve e fica aberto para os visitantes. Os vários mirantes cercam uma das principais atrações do parque, o Bryce Amphitheater, começando pelo Sunrise Point (2.444m), passando pelo Sunset Point (2.438m), Inspiration Point (2.469m) e por último o Bryce Point (2.529m). Percorremos todos eles no final do dia, com o restinho da luz mágica que coloria o cânion.

O Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos, fica a mais de 2.500 metros de altitude

O Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos, fica a mais de 2.500 metros de altitude


Na manhã seguinte pela primeira vez a Fiona não quis pegar, o frio da noite deve ter congelado todos os fluidos nos cabos e motor e ela simplesmente não funcionava. Tentamos 3, 4, 5 vezes até que vimos um guincho vindo resgatar outro carro. Foi falarmos com o guincho para rebocarmos a Fiona que ela pegou, parece até que ouviu! Hahaha!

A magnífica paisagem do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

A magnífica paisagem do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Voltamos ao parque e depois de uma parada rápida no centro de visitantes decidimos fazer a trilha considerada a mais bonita do cânion, alguns arriscam a dizer que é a melhor trilha de 3 milhas do país, a Queens Garden Trail.

Caminhando no espetacular Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Caminhando no espetacular Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Toda ela está coberta de neve e a maioria dos turistas que andava por ela estava usando os snow shoes, um aparato especial que te dá mais superfície e aderência na neve, ou pelo menos um stopper. Nós, pra variar, colocamos nossas botas, meias-duplas e encaramos a neve a -6°C.

A fantástica paisagem de inverno do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

A fantástica paisagem de inverno do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Pessoas usam snow shoes para caminhar no Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Pessoas usam snow shoes para caminhar no Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Descemos uma rampa do alto do Sunset Point e caminhamos por 2 horas entre Hoodoos e pedras, cruzando rios congelados e cobertos de neve e tentando decifrar as formas esculpidas pela natureza. O Martelo do Thor, a Rainha no seu jardim, pontes e arcos suspensos e o incrível Sentinela, o mais estreito dos hoodos. Uma lenda dos índios Paiutes, que habitavam a região quando os colonizadores chegaram, diz que os Hoodoos seriam “O Povo Lendário” que o Deus Coyote teria transformado em pedra.

A fantástica paisagem de inverno do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

A fantástica paisagem de inverno do Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos


Fechamos o loop de 5 km subindo para a borda do cânion pelo Sunrise Point e caminhando ainda um trecho pela Rim Trail. Dia branco, mas de cores fantásticas, o vermelho e rosa da pedra contra o branco da neve torna o cenário encantado. O sol começou a aparecer quando já era hora de partirmos, mais uma despedida difícil. No verão este parque de clima árido e quente deve ser outro mundo, que também queremos explorar. Nem preciso dizer que já voltou para a lista.

Visita ao Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Visita ao Bryce Canyon National Park, em Utah, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Utah, Bryce Canyon, Trekking, parque nacional, Bryce Canyon

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Feliz Navidad!

El Salvador, El Tunco

El Tunco, litoral de El Salvador

El Tunco, litoral de El Salvador


O melhor brownie do mundo! Um presente de natal um tanto quanto estranho, mas foi assim que resolvi chamá-lo, afinal não é sempre que me permito um bolo de chocolate no meu café da manhã. A propósito, eu AMO bolo de chocolate e brownies são os mais fáceis de encontrarmos por aí, mas nenhum durante estes quase 600 dias foi tão maravilhoso quanto este!

Praia de El Tunco, litoral de El Salvador

Praia de El Tunco, litoral de El Salvador


Acordamos com o calor, havia acabado a luz do povoado. Sem ar e sem ventilador, nos restou levantar todos suados e dar um tchibum na piscina. O Rodrigo voltou direto para a cama, meio ressacado da noite de ontem. Eu tomei um solzinho na piscina, fui até a praia, tirei umas fotos e voltei ao quarto, junto com a luz e o ar condicionado. Aproveitei o tempo para colocar as coisas em dia e fazer companhia ao maridão capotado.

Nosso hotel La Guitarra, em El Tunco, litoral de El Salvador

Nosso hotel La Guitarra, em El Tunco, litoral de El Salvador


A praia aqui não é muito user friendly, o mar é muito forte e as milhares de pedras roladas na beira vão e voltam com a maré, dificultando caminhadas pela praia e até mesmo um mergulho no mar. A areia negra é uma beleza diferente, mas fica muito quente com o sol e além das pedras, muitos galhos e troncos deixam a estreita faixa de areia menos convidativa para deitar e curtir a praia. Assim, a maioria das pessoas se instala em um dos bares de frente para o mar, arriscando algumas entradas bem no rasinho, de preferência pela manhã, quando a maré está baixa.

Domingão, praia cheia em El Tunco, litoral de El Salvador

Domingão, praia cheia em El Tunco, litoral de El Salvador


As rochas imensas formam uma paisagem lindíssima, o rio ao lado tem um cheiro de mangue não muito agradável e a piscina da pousada acaba mais uma vez parecendo a opção mais aconchegante para nos refrescarmos nesse dia de natal. Fizemos um brunch super saudável de no café ao lado, granola, iogurte, pão integral e frutas. Hummm!

Almoço saldável de Natal, em El Tunco, litoral de El Salvador

Almoço saldável de Natal, em El Tunco, litoral de El Salvador


Eu estava sempre imaginando que naquele mesmo momento todos os meus tios e primos estavam reunidos na casa da Tia Made. Todos os natais, no dia 25, reunimos as três gerações da família que não pára de crescer. São 11 primos na família Costa, 9 na Sech, 3 na Petchel, mais nós 3 da B. Silveira, quase todos casados e com pelo menos 2 filhos, façam as contas! É uma delícia, aquela primaiada toda reunida, em uma das únicas datas que quase todos comparecem. Aí vai uma foto da reunião deste ano, e olhe que estava faltando bastante gente!

Reunião natalina da pequena família da Ana, em Curitiba, no Paraná

Reunião natalina da pequena família da Ana, em Curitiba, no Paraná


Enquanto meu pai, minha irmã mais nova Dani, marido e filha nos representavam lá, minha irmã do meio, Juliane e minha mãe estavam em St. Albans, perto de Londres, comemorando com a família do seu namorado. Infelizmente não conseguimos falar com ninguém pelo skype, cada um seguia nas suas festas, funções e fusos-horários, mas sem dúvida estavam todos conectados em espírito.

À noite jantamos uma pizza gostosa, batemos um papo com o Stephen, sueco divertidíssimo que conhecemos ontem na ceia de natal e fomos para o show de Latin Jazz maravilhoso no bar do La Guitarra. Jazz de altíssima qualidade, de frente para a praia, à luz das estrelas e com uma bela taça de vinho na mão. Hohoho, Feliz Natal!

El Salvador, El Tunco, Praia, Natal, La Guitarra

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