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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá
O arquipélago de San Blás é formado por quase 400 pequenas ilhas, pouco mais de 10% delas habitadas por indígenas da etnia Kuna. Está localizado na costa norte (caribenha) do Panamá, a cerca de 100 km à leste de Colón, a cidade que fica na saída do Canal do Panamá. Ou seja, fica na parte do istmo entre Colón e a Colômbia.
Acordando no paraíso de San Blás, na costa do Panamá
As ilhas são realmente pequenas e, na maioria delas, pode-se dar a volta à pé em poucos minutos. Seus habitantes, os Kunas, não chegaram lá há muito tempo, em termos históricos. Espremidos entre os invasores espanhóis vindos do oriente e tribos rivais armadas com venenos mortais vindas da Colômbia, preferiram se refugiar neste arquipélago. Desde então, adaptaram-se a uma vida simples, mas orgulhosa de sua cultura, preservando seu modo de viver através dos séculos, mesmo com o contato cada vez mais frequente com a cultura ocidental. Hoje, formam uma comunidade semi-autônoma, senhores de suas ilhas e da sua sociedade.
Índias Kuna se aproximam do nosso veleiro para vender artesanato, em San Blás, na costa do Panamá
Índia Kuna, representante da tribo que há séculos habita San Blás, na costa do Panamá
As ilhas são sempre repletas de coqueiros e cercadas por águas tranquilas, esverdeadas e transparentes. As praias são de areia branca e fina. O cenário é absolutamente paradisíaco, aquela imagem clichê que temos todos em nossas mentes de como seria a ilha perfeita. Pois é, afinal, quem aqui chega descobre que a tal imagem clichê existe de verdade!
Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá
Uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Neste paraíso passamos esses últimos dois dias, navegando entre as pequenas ilhas. Navegações curtas e muitos mergulhos nas águas tépidas para nos referscar do sol que São Pedro nos enviou. A nossa principal diversão era fazer snorkel pelas "redondezas", descobrir a vida marinha e bater recordes de profundidade (estava sempre com meu computador de mergulho!). Consegui chegar aos 18 metros sem pé de pato e só não fui mais fundo porque essa foi a maior profundidade que encontramos. A Ana também estava indo fundo, mas uma inflamação no ouvido não deixou que ela praticasse tanto, infelizmente.
Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Pelo menos nos locais onde estivemos ancorados, não havia muita riqueza de corais. Apenas no naufrágio, nossa última parada em San Blás. Um grande barco afundado em profundidades de no máximo 5 metros, o sonho dos praticantes de snorkel. É possível passar por seus corredores, examinar antigas estantes, portas e janelas e, aí sim, observar a abundância de corais de diversas cores, formas e consistências.
Uma arraia durante snorkel em San Blás, na costa do Panamá
O coral cérebro, durante snorkel em barco afundado em San Blás, na costa do Panamá
Foi também aí por perto que mais vimos vida animal. Um cardume de lulas do tamanho de camarões grandes, muitos peixes coloridos, uma arraia dorminhoca e até uma cobra marinha, algo que eu nem sabia que existia por aqui.
Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Encontro fortuito com a brasileira Dana, que está morando e trabalhando em San Blás, na costa do Panamá
Outro fato curioso (êta mundo pequeno!) foi termos encontrado, no nosso segundo ponto de ancoragem, uma amiga da Ana via internet e facebook. Foi a Dana, uma brasileira casada com um espanhol que há dois anos mora e trabalha por aqui, no barco do casal. Eles fazem charter pelo arquipélago. Um motorista traz o casal afortunado diretamente da Cidade do Panamá para um porto aqui perto e, por alguns dias, velejam por essas ilhas paradisíacas. Já não bastasse todo esse mimo, a Dana ainda é cozinheira profissional. Enfim, é uma semana de rei para os clientes, que chegam à san Blás sem a parte "chata" da navegação de 40 horas em mar aberto desde Cartagena.
O "ritual" de entrada no mar durante nossa estadia nas ilhas de San Blás, na costa do Panamá
Nosso cotidiano era nadar e mergulhar bastante e voltar para o barco para as refeições ou em busca de um pouco de sombra. Nadar até as ilhas, caminhar um pouco e tentar encontrar algum coco. No final da tarde, banho de shampoo e água do mar. Dormir cedo e acordar cedo.
Tomando banho de shampoo no fim de tarde em San Blás, na costa do Panamá
Bom, aí está chegando a hora de seguir em frente. Vamos navegar por toda essa noite para chegar em Portobelo, já no continente, pela manhã. Ao final, terão sido quase 450 km de navegação. É lá que faremos a imigração e seguiremos diretamente para Colón para tentar desembaraçar a Fiona antes do fim de semana. Depois de tanta vida boa, um pouco de stress para variar...
Belo fim de tarde em San Blás, na costa do Panamá
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